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POBREZA INFANTIL E DISPARIDADES EM MOÇAMBIQUE 2010internacionais. Além disso, a posse familiarde redes mosquiteiras não se traduz numuso efectivo das redes por crianças menoresde cinco anos e mulheres grávidas, os doisgrupos populacionais de maior risco dedoença grave e morte por malária.Considera-se que, anualmente, chegam a ummilhão as gravidezes na África subsaarianaque têm complicações devido a co-infecçãode malária e HIV. 76 Tanto a infecção commalária como por HIV durante a gravidezestão associadas a anemia materna, baixopeso à nascença e mortalidade materna einfantil, apresentando a infecção por HIV ummaior risco de malária. Em presença de coinfecção,a prevalência de anemia e baixopeso à nascença pode ultrapassar os 35por cento. 77 A OMS agora recomenda o usode tratamento preventivo intermitente xv eredes mosquiteiras tratadas com insecticidapara todas as mulheres grávidas quevivam em áreas de alto risco de malária.De forma correspondente, o Ministério daSaúde em Moçambique também reforçouo tratamento preventivo e introduziu otratamento preventivo intermitente em 2006.Em 2008, o MICS registou que 67 por centodas mulheres grávidas tinham recebidotratamento preventivo intermitente, o quenão está muito longe da meta de 2010.2.6. Infecções respiratóriasagudasTal como a malária, as infecçõesrespiratórias agudas (IRA) constituemuma das principais causas de morbilidadee mortalidade entre as crianças emMoçambique, sendo a pneumonia a maisgrave de entre elas. Segundo estimativasda OMS, 60 por cento das mortes causadaspor IRA poderiam ser evitadas com o usoselectivo de antibióticos, mas o sucesso dotratamento depende de detecção precoce edo acesso a unidades médicas.A percentagem de crianças menores decinco anos com sintomas de pneumoniareduziu de 10 por cento em 2003 para 5 porcento em 2008. Em 2008, cerca de 65 porcento das crianças com sintomas de IRAforam levadas a uma unidade sanitária. 78A prevalência de sintomas de IRA em criançasque vivem em áreas urbanas era maior doque nas que vivem em áreas rurais (12 e 9 porcento, respectivamente). A percentagem decrianças com sintomas na Cidade de Maputoera cinco vezes superior à de Tete (ver Figura3.23) 79 , o que poderia ser explicado pelamaior densidade populacional da Cidadede Maputo, uma vez que as IRA podempropagar-se ou agravar-se com superlotaçãodas habitações, ambientes de vida de máqualidade ou poluição. A menor prevalênciaem crianças de famílias mais pobres oumenos escolarizadas pode ser explicadapelo facto de a maioria das pessoas maisescolarizadas viver em áreas urbanas.Existe uma grande disparidade napercentagem de crianças que recebemtratamento para as IRA (ver Figura 3.24).As crianças das famílias em melhorescondições e aquelas cujas mães tinham pelomenos o ensino primário têm muito maisprobabilidade de receber tratamento parasintomas de IRA do que as de áreas rurais,de famílias pobres e aquelas cujas mães nãotinham escolarização. Não foi observadanenhuma relação entre o nível educacionalda mãe e a sua capacidade de reconhecer ossintomas de pneumonia, o que indica que osistema de ensino deve incidir mais sobrequestões de saúde familiar. 802.7. Doenças diarreicasA diarreia é outra importante causa demorbilidade e mortalidade infantil emMoçambique. Torna-se mais frequente emcrianças com seis ou mais meses de idade,quando começam a gatinhar e a comerxv Definido como a provisão de, pelo menos, duas doses de tratamento de sulfadoxina+pirimetamina durante as asconsultas pré-natais de rotina.76