A Primeira Relação Sexual, o Primeiro Casamento e o ... - UFMG

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30idades em que experimentaram os eventos investigados, foram construídas a partir dasinformações disponíveis para mês e ano. Somente para aquelas que não sabiam informar asdatas de ocorrência dos eventos, foram consideradas as informações referentes à idade emanos completos. É importante esclarecer que a informação sobre a idade de primeira relaçãosexual foi extraída a partir da idade declarada e comparada com a data informada. Onde haviainconsistência nas informações, prevaleceu a informação dada na questão relativa a idade emanos completos.Como o interesse deste estudo é analisar as diferenças no comportamento sexual ereprodutivo que mulheres de duas gerações distintas apresentavam quando tinham entre 20 e29 anos, a parturição destas pessoas é verificada em dois pontos: até os 19 anos e até os 24anos. É importante esclarecer que esta análise envolve histórias de nascimentos incompletas.Para lidar com o problema das histórias de nascimentos incompletas, a estratégia adotadaneste ponto da análise foi a seguinte: 1) para comparar a parturição que as duas coortesapresentaram até os 19 anos, as 521 mulheres da amostra selecionada são incluídas na análise;2) para comparar a parturição até os 24 anos, somente as mulheres com mais de 24 anos sãoincluídas, perfazendo, assim, um total de 319 mulheres.A classificação de raça/cor das entrevistadas foi feita a partir da resposta dada pelasmesmas à pergunta que segue os moldes do IBGE, cujas alternativas de resposta são: 1)branca; 2) preta; 3) parda; 4) amarela e 5) indígena. Para fins desta análise, as mulheres que seauto-declararam pretas e pardas foram agrupadas na categoria “negra”. As mulheres que seauto-classificaram como “amarela” e como “indígena” foram excluídas da análise, pois, alémde representarem uma parcela muito pequena da população do município (menos de 5%),objetivo do estudo é comparar as brancas e as negras. Em função disto, a variável raça/cor, naanálise, é composta por duas categorias: 1) branca e 2) negra (pretas e pardas). A decisão deagrupar as pretas e as pardas em uma única categoria tem três razões. A primeira reside nofato de que a maioria dos autores utiliza este agrupamento. Assim, adotar o mesmoprocedimento que a maior parte dos autores utiliza facilita comparações com resultados deestudos já realizados. A segunda está na questão da migração entre as categorias de raça/cor.Como CARVALHO, WOOD & ANDRADE (2003) constataram, existe uma mobilidade naautodeclaração de cor, sendo que este processo é mais visível entre pardos e pretos. A terceiradiz respeito às ambigüidades na classificação da cor. TELLES (2003) apontou que há umaprobabilidade maior de que os entrevistados e entrevistadores concordem sobre quem é

31branco do que sobre quem é preto ou pardo e que isto demonstra que as distinções entrebranco e não branco é a divisão racial mais clara na mente dos brasileiros. Assim, é coerenteunir as categorias pretas e pardas em uma única categoria, uma vez que as diferenças entrepretos e pardos é bem mais ambígua do que a divisão entre brancos e pardos.O QUA. 1, exibido ao final desta discussão, apresenta as variáveis usadas na análise eindica a seção de origem das mesmas no questionário da pesquisa SRSR. O item seguinte aoQUA.1 trata das metodologias utilizadas neste estudo.

30idades em que experimentaram os eventos investigados, foram construídas a partir dasinformações disponíveis para mês e ano. Somente para aquelas que não sabiam informar asdatas de ocorrência dos eventos, foram consideradas as informações referentes à idade emanos completos. É importante esclarecer que a informação sobre a idade de primeira relaçãosexual foi extraída a partir da idade declarada e comparada com a data informada. Onde haviainconsistência nas informações, prevaleceu a informação dada na questão relativa a idade emanos completos.Como o interesse deste estudo é analisar as diferenças no comportamento sexual ereprodutivo que mulheres de duas gerações distintas apresentavam quando tinham entre 20 e29 anos, a parturição destas pessoas é verificada em dois pontos: até os 19 anos e até os 24anos. É importante esclarecer que esta análise envolve histórias de nascimentos incompletas.Para lidar com o problema das histórias de nascimentos incompletas, a estratégia adotadaneste ponto da análise foi a seguinte: 1) para comparar a parturição que as duas coortesapresentaram até os 19 anos, as 521 mulheres da amostra selecionada são incluídas na análise;2) para comparar a parturição até os 24 anos, somente as mulheres com mais de 24 anos sãoincluídas, perfazendo, assim, um total de 319 mulheres.A classificação de raça/cor das entrevistadas foi feita a partir da resposta dada pelasmesmas à pergunta que segue os moldes do IBGE, cujas alternativas de resposta são: 1)branca; 2) preta; 3) parda; 4) amarela e 5) indígena. Para fins desta análise, as mulheres que seauto-declararam pretas e pardas foram agrupadas na categoria “negra”. As mulheres que seauto-classificaram como “amarela” e como “indígena” foram excluídas da análise, pois, alémde representarem uma parcela muito pequena da população do município (menos de 5%),objetivo do estudo é comparar as brancas e as negras. Em função disto, a variável raça/cor, naanálise, é composta por duas categorias: 1) branca e 2) negra (pretas e pardas). A decisão deagrupar as pretas e as pardas em uma única categoria tem três razões. A primeira reside nofato de que a maioria dos autores utiliza este agrupamento. Assim, adotar o mesmoprocedimento que a maior parte dos autores utiliza facilita comparações com resultados deestudos já realizados. A segunda está na questão da migração entre as categorias de raça/cor.Como CARVALHO, WOOD & ANDRADE (2003) constataram, existe uma mobilidade naautodeclaração de cor, sendo que este processo é mais visível entre pardos e pretos. A terceiradiz respeito às ambigüidades na classificação da cor. TELLES (2003) apontou que há umaprobabilidade maior de que os entrevistados e entrevistadores concordem sobre quem é

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