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A Primeira Relação Sexual, o Primeiro Casamento e o ... - UFMG

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14período reprodutivo. Num estudo sobre a dinâmica da fecundidade no Rio de Janeiro, noperíodo entre 1991 e 2000, CAVENAGHI & ALVES (2003) verificam que as mulheres maisescolarizadas e que participam do mercado de trabalho têm taxas de fecundidade específicasmais baixas que as demais e apresentam um padrão cuja cúspide se encontra no grupo entre25 e 29 anos. Segundo eles, as mulheres menos escolarizadas e fora do mercado de trabalhoconcentravam sua fecundidade entre 20 e 24 anos.Já em relação à categoria raça/cor, alguns estudos sugerem que a fecundidade dapopulação de mulheres pretas, no Brasil, até a primeira metade do século XX, era menor doque a da população branca. A reversão deste quadro só veio acontecer no final dos anos de1960, quando a fecundidade das brancas declinou de forma vertiginosa. Em relação ao padrãoetário da fecundidade, segundo raça/cor, estudos empíricos sugerem que, por iniciarem suavida sexual mais cedo do que as brancas e por terem, em maiores proporções, mais filhos naadolescência do que as brancas, as negras estão sujeitas a apresentarem um padrão defecundidade mais jovem (BERCOVICH, 1981, 1991; PERPÉTUO, 2000). No que se refere àsituação educacional, a população negra apresenta desvantagem em relação à branca, emborao nível educacional de ambas tenha aumentado nas últimas décadas. Esta situação se refletenos resultados de fecundidade destes estratos populacionais. Como BERCOVICH (1991)mostra em seu estudo sobre a fecundidade da população negra no Brasil, as TFTs dasmulheres pretas e pardas, sem instrução, é maior do que a das brancas também semescolaridade. Em 1980, a autora observou que a diferença na fecundidade das mulheres pretase brancas sem instrução foi de 20%. Para o nível mais elevado de escolaridade (8 anos oumais de estudo), os resultados revelam que a fecundidade das pretas foi menor do que a dasbrancas. Estes resultados sugerem que o comportamento reprodutivo das mulheres brasileirassofre um efeito mais acentuado da escolaridade do que da cor. Em relação à raça/cor, o estudode CAVENAGHI & ALVES (2003) mostra que as mulheres brancas do Rio de Janeiro, entre1991 e 2000, possuíam TFTs mais baixas do que as mulheres negras. Porém, observam que asmulheres negras com 4 anos e mais de estudo possuíam menos filhos que as brancas com 0 a3 anos de estudo. Este resultado, segundo os autores, ressalta o fato de que o grau deescolaridade, mais do que a cor da pele, é que influencia os níveis de fecundidade.Em conjunto, as idades dos eventos que marcam o início da etapa reprodutiva e ascaracterísticas sócio-demográficas da população estudada são aspectos essenciais para oentendimento saúde reprodutiva das mulheres, com conseqüências importantes sobre as

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