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A Primeira Relação Sexual, o Primeiro Casamento e o ... - UFMG

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236Para as mulheres mais velhas, as mulheres que participam no mercado de trabalho sãomais independentes. Para as negras de baixa escolaridade, é muito importante que a jovem dehoje trabalhe fora. Diferente da época em que eram mais novas, elas percebem que as jovensde hoje não esperam os filhos crescerem para procurar emprego e, por começarem a trabalharmais cedo, não são dependentes dos maridos ou das famílias, como elas eram. Para as negrasde alta escolaridade, o trabalho para a mulher que tem um filho é uma necessidade hoje emdia e, muitas jovens quando encontram um emprego deixam os filhos com as avós.As mulheres brancas de baixa escolaridade acreditam que trabalhar fora, atualmente, éum prazer para as mulheres, pois significa independência e, como compartilham mais ascoisas com os companheiros, não se sentem como escravas. Já para as brancas de altaescolaridade, hoje em dia existe um problema na seqüência dos eventos - as jovens primeiroficam grávidas e depois pensam que precisam trabalhar para manter o filho. Isto é umproblema e pode dificultar a entrada no mercado de trabalho.Enfim, este capítulo revela aspectos importantes sobre a percepção das mulheresacerca do nascimento do primeiro filho. Em primeiro lugar, parece haver uma norma sobre aidade de nascimento do primeiro filho que diz que a mulher não deve tê-lo depois dos 30anos. Na verdade, 30 anos é o limite máximo aceitável para estas mulheres. Em segundolugar, embora muitas jovens defendam que o primeiro filho não deveria vir antes que amulher tivesse ao menos 20 anos, uma grande parcela delas teve o primeiro filho ainda naadolescência. Esta situação foi bastante comum nos grupos de baixa escolaridade, onde foipossível observar uma contradição entre a teoria e a prática. Entre as mulheres mais velhastambém foram constatadas situações similares. Uma possível explicação para este fato podeestar na própria experiência das pessoas. Em outras palavras, depois de terem vivenciado amaternidade na adolescência ou muito novas, as mulheres passaram a acreditar que ter o filhomais tarde seria melhor.Quanto aos estudos e a participação no mercado de trabalho, vale ressaltar que,enquanto para as mulheres de alta escolaridade - possivelmente com uma melhor situaçãosocioeconômica - conciliar estudos, trabalho e maternidade parece ser algo bem mais viável,para as de baixa escolaridade a dificuldade de pagar para que alguém cuido da criançaenquanto estuda ou trabalham é um dos maiores dilemas. Também é importante apontar queestas mulheres nunca mencionam a possibilidade de deixar a criança em um estabelecimento

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