A Primeira Relação Sexual, o Primeiro Casamento e o ... - UFMG

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xviiiLISTA DE QUADROSQUADRO 1 - VARIÁVEIS UTILIZADAS NA ANÁLISE QUANTITATIVA................................... 32QUADRO 2 - SÍNTESE DOS RESULTADOS QUALITATIVOS - PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL,BELO HORIZONTE, 2002.......................................................................................... 128QUADRO 3 - SÍNTESE DOS RESULTADOS QUALITATIVOS - PRIMEIRO CASAMENTO, BELOHORIZONTE, 2002 ................................................................................................... 177QUADRO 4 - SÍNTESE DOS RESULTADOS QUALITATIVOS - NASCIMENTO DO PRIMEIROFILHO, BELO HORIZONTE, 2002............................................................................... 238

11 INTRODUÇÃOEstudos sobre níveis e padrões de fecundidade são extremamente importantes, umavez que mostram a situação e as tendências em relação ao número de filhos tidos e indicam adistribuição relativa dos nascimentos entre as mulheres em idade reprodutiva. Além disto, ospadrões de fecundidade que se estabelecem a partir do nascimento do primeiro filho e dotamanho final de família alcançado são, em grande parte, responsáveis pela probabilidade desobrevivência dos filhos, pela morbidade e mortalidade nos primeiros anos de vida e pelasaúde da mãe (POPULATION HANDBOOK, 1992). Em conjunto, informações sobre níveise padrões de fecundidade fornecem subsídios para análises que investigam o comportamentoreprodutivo de uma população e são, por conseguinte, fundamentais para a elaboração, aimplantação e o municiamento de políticas públicas voltadas para a saúde materna e infantil.Neste trabalho, a preocupação central é analisar a relação entre três eventos do ciclo de vida eo atual padrão etário da fecundidade, a partir de dados disponíveis para o município de BeloHorizonte. As idades da mulher à primeira relação sexual, ao primeiro casamento e aonascimento do primeiro filho são os eventos selecionados. Características sociodemográficastais como coorte de idade, raça/cor e escolaridade, já apontadas em diferentes estudos comoimportantes para a fecundidade, são consideradas na análise.A trajetória histórica da fecundidade brasileira caracterizou-se, até o final dos anos de1960, pela manutenção de um número elevado de filhos por mulher em praticamente todas asregiões. Em relação às décadas anteriores, os anos de 1970 foram marcados por um processode declínio da Taxa de Fecundidade Total (TFT) 1 , a qual apresentou uma queda em torno de30% durante a década (MERRICK & BERQUÓ, 1983). Esta redução no número de filhostidos se intensificou nos anos de 1980, quando a TFT chegou a 4,4 filhos por mulher, econtinuou nos anos de 1990 e 2000, períodos em que as TFTs registradas para o país foram de2,9 e 2,3, respectivamente. Análises sobre as tendências da fecundidade no país mostram que,embora o declínio da fecundidade tenha ocorrido tanto nas áreas urbanas quanto nas áreasrurais, englobando as diversas regiões do país, inclusive a região Nordeste, onde,tradicionalmente, as taxas de fecundidade sempre foram elevadas, a queda no número defilhos tidos teve início nos grandes centros urbanos, atingindo, primeiramente, as mulheres de1 A Taxa de Fecundidade Total (TFT) representa o número médio de filhos que uma mulher teria se mantivesse omesmo comportamento das taxas específicas de fecundidade da população pesquisada e se sobrevivesse até ofinal de seu período reprodutivo (CARVALHO, SAWYER e RODRIGUES, 1998).

11 INTRODUÇÃOEstudos sobre níveis e padrões de fecundidade são extremamente importantes, umavez que mostram a situação e as tendências em relação ao número de filhos tidos e indicam adistribuição relativa dos nascimentos entre as mulheres em idade reprodutiva. Além disto, ospadrões de fecundidade que se estabelecem a partir do nascimento do primeiro filho e dotamanho final de família alcançado são, em grande parte, responsáveis pela probabilidade desobrevivência dos filhos, pela morbidade e mortalidade nos primeiros anos de vida e pelasaúde da mãe (POPULATION HANDBOOK, 1992). Em conjunto, informações sobre níveise padrões de fecundidade fornecem subsídios para análises que investigam o comportamentoreprodutivo de uma população e são, por conseguinte, fundamentais para a elaboração, aimplantação e o municiamento de políticas públicas voltadas para a saúde materna e infantil.Neste trabalho, a preocupação central é analisar a relação entre três eventos do ciclo de vida eo atual padrão etário da fecundidade, a partir de dados disponíveis para o município de BeloHorizonte. As idades da mulher à primeira relação sexual, ao primeiro casamento e aonascimento do primeiro filho são os eventos selecionados. Características sociodemográficastais como coorte de idade, raça/cor e escolaridade, já apontadas em diferentes estudos comoimportantes para a fecundidade, são consideradas na análise.A trajetória histórica da fecundidade brasileira caracterizou-se, até o final dos anos de1960, pela manutenção de um número elevado de filhos por mulher em praticamente todas asregiões. Em relação às décadas anteriores, os anos de 1970 foram marcados por um processode declínio da Taxa de Fecundidade Total (TFT) 1 , a qual apresentou uma queda em torno de30% durante a década (MERRICK & BERQUÓ, 1983). Esta redução no número de filhostidos se intensificou nos anos de 1980, quando a TFT chegou a 4,4 filhos por mulher, econtinuou nos anos de 1990 e 2000, períodos em que as TFTs registradas para o país foram de2,9 e 2,3, respectivamente. Análises sobre as tendências da fecundidade no país mostram que,embora o declínio da fecundidade tenha ocorrido tanto nas áreas urbanas quanto nas áreasrurais, englobando as diversas regiões do país, inclusive a região Nordeste, onde,tradicionalmente, as taxas de fecundidade sempre foram elevadas, a queda no número defilhos tidos teve início nos grandes centros urbanos, atingindo, primeiramente, as mulheres de1 A Taxa de Fecundidade Total (TFT) representa o número médio de filhos que uma mulher teria se mantivesse omesmo comportamento das taxas específicas de fecundidade da população pesquisada e se sobrevivesse até ofinal de seu período reprodutivo (CARVALHO, SAWYER e RODRIGUES, 1998).

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