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A Primeira Relação Sexual, o Primeiro Casamento e o ... - UFMG

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1225.4.9 SínteseDe uma maneira geral, as falas das jovens negras, de baixa e alta escolaridade,mostram que as conversas sobre sexo e sexualidade normalmente não incluem a mãe. Asamigas funcionam como uma das maiores fontes de informação. As revistas especializadas, atelevisão e a internet (esta última, mencionada somente pelas jovens de alta escolaridade)também são ferramentas utilizadas para sanar dúvidas sobre temas relacionados aocomportamento sexual. O constrangimento é apontado como o maior obstáculo para que osdiálogos sobre temas como primeira relação sexual, virgindade e contracepção aconteçamentre mãe e filha.Para as jovens brancas e de baixa escolaridade, conversar com a mãe sobre questõescomo virgindade, primeira relação sexual ou contracepção não é comum. O medo e o respeitopela figura materna, de acordo com as falas destas jovens, inibe o diálogo. Elas dizem que,geralmente, buscam nas amigas as respostas para as dúvidas que têm sobre estes temas. Paraelas, o parceiro é visto como uma possível fonte de informação pois, por serem maisexperientes e terem mais conhecimento, eles deveriam esclarecer as dúvidas das jovens comquem mantêm relações sexuais. Para as jovens de alta escolaridade, além das amigas, asinformações sobre sexo, sexualidade e saúde reprodutiva também são obtidas por meio deconversas com profissional especializado, de revistas, da televisão e da internet. Segundoestas jovens, o diálogo com as amigas é mais fácil porque, geralmente, têm idades próximas eestão vivenciando as mesmas experiências. As conversas com as mães acontecem, de acordocom estas participantes, somente depois que já tiveram a primeira relação e se, por acaso,engravidarem.As mulheres negras e de baixa escolaridade, da geração mais velha, dizem que, naépoca em que eram jovens não conversavam com as mães sobre qualquer tema relacionado àsexo ou saúde reprodutiva. O medo da reação das mães não permitia que mantivessemconversas a este respeito. Para as mulheres negras e de alta escolaridade, a disciplina e arigidez na criação eram os principais motivos que impediam o diálogo com as mães. Alémdisto, tudo era considerado como pecado. Segundo elas, os livros e as conversas com amigasserviam de fonte de informação. De acordo com a visão destas mulheres, atualmente existemais abertura para conversas francas e abertas sobre sexo, sexualidade e comportamentoreprodutivo. Porém, segundo a visão destas mulheres, ainda é difícil para os pais conversaremcom seus filhos e, por esta razão, para muito, é fundamental que a escola atue neste sentido.

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