Programando em NCL 3.0.pdf - Telemidia - PUC-Rio

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Os seres humanos se vestem de acordo com a situação. Por exemplo, sevai a uma festa de gala, um homem pode usar terno e gravata; porém, se vai àpraia, usa um calção. Da mesma forma, objetos (nós) de mídia podem serexibidos de forma diferente, conforme a situação. A forma como um objeto demídia deve ser exibido, onde e por quem é especificada na entidade descritor(descriptor na Figura 2.2). É nessa entidade que são dadas as característicasiniciais da apresentação. Iniciais porque elas podem mudar com o tempo. Porexemplo, o posicionamento de um objeto pode mudar, e, de forma análoga,um ser humano pode mudar sua vestimenta com o tempo (no decorrer daanimação da festa de gala, o homem pode, por exemplo, tirar a gravata).Devemos notar que o descritor também define onde o objeto deve serapresentado, incluindo aí o dispositivo de exibição. Assim, essa entidade é abase para o suporte a múltiplos dispositivos de exibição.Note que a forma como um ser humano se veste pode ser adaptada àsituação. Do mesmo modo, a forma como um nó é exibido depende dasituação. Assim, podemos associar vários descritores a um mesmo nó demídia, que serão escolhidos de acordo com a situação, de acordo com umaregra (rule). O conjunto de descritores alternativos deve ser definido dentroda entidade switch de descritores (descriptorSwitch na Figura 2.2). Essaentidade é que vai permitir à NCL a definição declarativa da forma como umconteúdo deve ser apresentado, adaptada a um certo contexto de exibição.Objetos de mídia podem se relacionar, assim como os seres humanos.Exemplos de relacionamentos foram definidos no Capítulo 1; por exemplo, osrelacionamentos temporais e espaciais entre objetos de mídia, tãomencionados naquele capítulo.Um relacionamento é definido por uma relação e pelos participantes darelação. Voltando à nossa metáfora, uma relação entre seres humanos poderiaser definida como “homem é casado com mulher”. Em um relacionamento,um ser humano do tipo homem vai exercer o papel homem na relação e outrodo tipo mulher vai exercer o papel correspondente à mulher. Assim, temos orelacionamento “João é casado com Maria”. Devemos notar que, em umasociedade que não admite a poligamia, apenas um ator pode exercer cadapapel nessa relação. Tomemos agora mais três relações entre seres humanos:“ser humano é amigo de ser humano”, “ser humano tipo cardiologista cuidado enfarte de ser humano”, “ser humano paga dinheiro a ser humano”. Naprimeira dessas relações, vários seres humanos podem exercer o mesmopapel, por exemplo: Tadeu é amigo de José e de Antônio. Conclusão:relacionamentos podem ser do tipo n:m. Na segunda relação descrita, orelacionamento se dá entre partes do ser humano, por exemplo: “Marcos (umcardiologista) cuida do enfarte do coração de Severino”. Conclusão:relacionamentos relacionam âncoras; como caso particular, a âncora querepresenta todo o conteúdo. No terceiro caso de relação descrito, o44

elacionamento se dá entre ser humano e uma propriedade do ser humano, porexemplo: Gustavo paga dinheiro a Marcelo (aumentando o valor depropriedade “quantidade de dinheiro” do Marcelo). Conclusão: os papéis deuma relação podem ser exercidos por quaisquer das interfaces (âncoras oupropriedades). Como conclusão geral: um relacionamento é n:m e relacionainterfaces.Façamos agora um paralelo da nossa metáfora com os objetos de mídiaNCM. Em NCM, uma relação é definida pela entidade conector (connectorna Figura 2.2). Um conector define uma relação através de seus papéis (roles)e da “cola” (glue) entre os papéis. Por exemplo: um trecho de nó de mídia, aoter sua apresentação iniciada, deve iniciar a apresentação de um trecho denó de mídia (a cola foi destacada em itálico). Os papéis “um trecho do nó demídia” podem ser exercidos por qualquer âncora, como no exemplo derelacionamento: no exato momento de uma novela (trecho de um nó de vídeo)em que uma atriz dá uma mordida em um pedaço de pizza, deve ser iniciada apropaganda da pizzaria (um nó de imagem por inteiro).No NCM, os conectores podem ser causais e de restrição, mas no casoda NCL 3.0, em seu perfil para TV digital, os conectores são sempre causais(a “cola” é sempre de causalidade), ou seja, quando as condições em umconjunto de papéis forem satisfeitas, um conjunto de ações deve ser aplicadoem um conjunto de papéis. Conectores definem relações n:m entre interfacesde nós.No NCM, a ligação entre o papel de um conector e uma interface de umnó se dá através da entidade elo (link na Figura 2.2). Assim, um elo écomposto por um conector e por ligações (binds) entre os papéis dosconectores e interfaces de nós que exercem o papel. Através de elos,relacionamentos de sincronismo temporal e espacial podem ser definidos, emparticular relacionamentos com interação do usuário.Como dissemos, um descritor, ou um switch de descritores, pode serassociado a um nó definindo como, onde e por quem será exibido. Essasentidades podem ser associadas ao nó através de um atributo do nó, ouatravés de um elo, mais precisamente através de uma ligação (bind) de umelo. No caso de dupla associação, as definições contidas nas associaçõesrealizadas por elos se sobrepõem àquelas realizadas por atributos de nós.Voltando à nossa metáfora, os seres humanos em geral pertencem a umconjunto de organizações ou estruturas. Por exemplo, João mora em umacasa, pertence a um clube, toma regularmente um certo ônibus etc. Vamoschamar essas estruturas que agrupam os seres humanos de contêineres. Noteque um contêiner pode conter outros contêineres e mais seres humanos. Porexemplo, uma rua pode conter várias casas e seres humanos transeuntes; emuma dessas casas pode morar João e Maria. Uma rua está dentro de um45

elacionamento se dá entre ser humano e uma propriedade do ser humano, porex<strong>em</strong>plo: Gustavo paga dinheiro a Marcelo (aumentando o valor depropriedade “quantidade de dinheiro” do Marcelo). Conclusão: os papéis deuma relação pod<strong>em</strong> ser exercidos por quaisquer das interfaces (âncoras oupropriedades). Como conclusão geral: um relacionamento é n:m e relacionainterfaces.Façamos agora um paralelo da nossa metáfora com os objetos de mídiaNCM. Em NCM, uma relação é definida pela entidade conector (connectorna Figura 2.2). Um conector define uma relação através de seus papéis (roles)e da “cola” (glue) entre os papéis. Por ex<strong>em</strong>plo: um trecho de nó de mídia, aoter sua apresentação iniciada, deve iniciar a apresentação de um trecho denó de mídia (a cola foi destacada <strong>em</strong> itálico). Os papéis “um trecho do nó d<strong>em</strong>ídia” pod<strong>em</strong> ser exercidos por qualquer âncora, como no ex<strong>em</strong>plo derelacionamento: no exato momento de uma novela (trecho de um nó de vídeo)<strong>em</strong> que uma atriz dá uma mordida <strong>em</strong> um pedaço de pizza, deve ser iniciada apropaganda da pizzaria (um nó de imag<strong>em</strong> por inteiro).No NCM, os conectores pod<strong>em</strong> ser causais e de restrição, mas no casoda <strong>NCL</strong> 3.0, <strong>em</strong> seu perfil para TV digital, os conectores são s<strong>em</strong>pre causais(a “cola” é s<strong>em</strong>pre de causalidade), ou seja, quando as condições <strong>em</strong> umconjunto de papéis for<strong>em</strong> satisfeitas, um conjunto de ações deve ser aplicado<strong>em</strong> um conjunto de papéis. Conectores defin<strong>em</strong> relações n:m entre interfacesde nós.No NCM, a ligação entre o papel de um conector e uma interface de umnó se dá através da entidade elo (link na Figura 2.2). Assim, um elo écomposto por um conector e por ligações (binds) entre os papéis dosconectores e interfaces de nós que exerc<strong>em</strong> o papel. Através de elos,relacionamentos de sincronismo t<strong>em</strong>poral e espacial pod<strong>em</strong> ser definidos, <strong>em</strong>particular relacionamentos com interação do usuário.Como diss<strong>em</strong>os, um descritor, ou um switch de descritores, pode serassociado a um nó definindo como, onde e por qu<strong>em</strong> será exibido. Essasentidades pod<strong>em</strong> ser associadas ao nó através de um atributo do nó, ouatravés de um elo, mais precisamente através de uma ligação (bind) de umelo. No caso de dupla associação, as definições contidas nas associaçõesrealizadas por elos se sobrepõ<strong>em</strong> àquelas realizadas por atributos de nós.Voltando à nossa metáfora, os seres humanos <strong>em</strong> geral pertenc<strong>em</strong> a umconjunto de organizações ou estruturas. Por ex<strong>em</strong>plo, João mora <strong>em</strong> umacasa, pertence a um clube, toma regularmente um certo ônibus etc. Vamoschamar essas estruturas que agrupam os seres humanos de contêineres. Noteque um contêiner pode conter outros contêineres e mais seres humanos. Porex<strong>em</strong>plo, uma rua pode conter várias casas e seres humanos transeuntes; <strong>em</strong>uma dessas casas pode morar João e Maria. Uma rua está dentro de um45

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