Programando em NCL 3.0.pdf - Telemidia - PUC-Rio

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à interferência de múltiplos percursos. Se os mesmos símbolos foremenviados em mil subcanais, em paralelo, a duração de cada símbolo será de 1milissegundo. Suponhamos agora que um intervalo de guarda de 1/8 desímbolo seja introduzido entre cada símbolo. Interferências entre símbolosserão evitadas se o tempo de recepção entre o primeiro e o último eco formenor que o intervalo de guarda, ou seja, 125 microssegundos, o que equivalea uma diferença de caminho de propagação de aproximadamente 37,5quilômetros.Como mencionamos na Seção 1.1, todos os padrões de transmissão paraTV digital terrestre utilizam códigos corretores de erro. A modulação OFDMé invariavelmente usada em conjunto com a codificação do canal, daí adenominação COFDM. Tanto no sistema DVB-T quanto no ISDB-T, acodificação de canal envolve a codificação de Reed-Solomon e de Treliça.A técnica de modulação BST-OFDM (Band Segmented TransmissionOrthogonal Frequency Division Multiplexing) proposta no sistema japonês(ISDB-T, ISDB-TSB e ISDB-C) melhora a técnica COFDM em doissentidos, introduzindo a segmentação de banda e a intercalação no tempo(time interleaving).A intercalação no tempo espalha ao longo de um sinal transmitidosímbolos consecutivos gerados no sinal original. Dessa forma, quandoacontecem erros, eles não afetam símbolos consecutivos, mas são de fatoespalhados com relação ao sinal original. Evitando-se a concentração deerros, evita-se que corretores de erros não sejam capazes de recuperá-los.A segmentação de banda explora o fato de que algumas portadoraspodem ser moduladas de forma diferente de outras. Assim, o canal de TV de6 MHz pode ser segmentado e modulado com a técnica mais apropriada paracada serviço. É possível, por exemplo, enviar sinais de vídeo em um canalcom modulação otimizada para recepção móvel, enviar outros sinais de vídeoem outro canal otimizado para recepção fixa etc.1.2.5 Canal de Retorno ou Canal de InteratividadeUm sistema de TV digital terrestre pode operar sem canal de retorno (oucanal de interatividade). Nesse caso, as aplicações podem usar (ou navegarem, por semelhança com a Web) apenas os dados transmitidos por difusão.Caso as aplicações permitam a interação do usuário, o serviço oferecido échamado de interatividade local.Padrões de referência de um sistema de TV digital podem incluir,contudo, o uso de um canal de retorno.22

O canal de retorno pode ser unidirecional, permitindo ao receptorapenas o envio de dados. Um segundo nível de interatividade é então definido,permitindo ao usuário telespectador o envio de dados, por exemplo,solicitando a compra de um determinado produto, votando em umdeterminado assunto etc.O canal de retorno também pode ser bidirecional assimétrico,possibilitando ao receptor fazer o carregamento (download) de dadosutilizados pelas aplicações. Nesse caso, uma aplicação pode receber dadospor difusão ou pela rede de retorno. Um terceiro nível de interatividade éentão fornecido, permitindo ao usuário telespectador o acesso a dados nãoprovenientes por difusão, por exemplo, permitindo a navegação na Web.Um canal de retorno bidirecional pode também permitir o envio de dadosem banda larga (upload). Nesse caso, o receptor pode passar a atuar comouma pequena emissora. Esse nível de interatividade, chamada deinteratividade plena, possibilita, entre outras coisas, o que vem sendochamado de “TV social (social TV)” ou “TV em comunidade (communityTV)”, que se caracteriza por um grupo de usuários telespectadores de ummesmo programa que podem trocar dados entre si.O sistema brasileiro de TV digital terrestre permite, em suas normas, osquatro níveis de interatividade, assim como os sistemas americano, europeu ejaponês de TV digital terrestre.1.3 MiddlewareNa Seção 1.2.3 vimos como uma aplicação, em particular um programanão-linear, pode ser enviada por difusão e sem solicitação através de seçõesprivadas MPEG-2. Essa especificação também poderia ser obtida sobdemanda, como usual em serviços IPTV ou Web TV. A especificação daaplicação, entre outras funções, deve ser a responsável pela sincronizaçãoespacial e temporal dos vários objetos de mídia que compõem a aplicação.Uma aplicação poderia ser executada diretamente sobre o sistemaoperacional de um receptor (ver Figura 1.3). No entanto, os sistemasoperacionais de propósito geral não estão preparados para dar um bomsuporte às aplicações de TV digital. Além disso, uma aplicação de TV deveser capaz de ser executada em qualquer plataforma de hardware e sistemaoperacional.Para tornar as aplicações independentes da plataforma de hardware esoftware de um fabricante de receptor específico e para dar melhor suporte àsaplicações voltadas para a TV, uma nova camada é acrescentada nos padrõesde referência de um sistema de TV digital. A essa camada denominamos23

à interferência de múltiplos percursos. Se os mesmos símbolos for<strong>em</strong>enviados <strong>em</strong> mil subcanais, <strong>em</strong> paralelo, a duração de cada símbolo será de 1milissegundo. Suponhamos agora que um intervalo de guarda de 1/8 desímbolo seja introduzido entre cada símbolo. Interferências entre símbolosserão evitadas se o t<strong>em</strong>po de recepção entre o primeiro e o último eco formenor que o intervalo de guarda, ou seja, 125 microssegundos, o que equivalea uma diferença de caminho de propagação de aproximadamente 37,5quilômetros.Como mencionamos na Seção 1.1, todos os padrões de transmissão paraTV digital terrestre utilizam códigos corretores de erro. A modulação OFDMé invariavelmente usada <strong>em</strong> conjunto com a codificação do canal, daí adenominação COFDM. Tanto no sist<strong>em</strong>a DVB-T quanto no ISDB-T, acodificação de canal envolve a codificação de Reed-Solomon e de Treliça.A técnica de modulação BST-OFDM (Band Segmented TransmissionOrthogonal Frequency Division Multiplexing) proposta no sist<strong>em</strong>a japonês(ISDB-T, ISDB-TSB e ISDB-C) melhora a técnica COFDM <strong>em</strong> doissentidos, introduzindo a segmentação de banda e a intercalação no t<strong>em</strong>po(time interleaving).A intercalação no t<strong>em</strong>po espalha ao longo de um sinal transmitidosímbolos consecutivos gerados no sinal original. Dessa forma, quandoacontec<strong>em</strong> erros, eles não afetam símbolos consecutivos, mas são de fatoespalhados com relação ao sinal original. Evitando-se a concentração deerros, evita-se que corretores de erros não sejam capazes de recuperá-los.A segmentação de banda explora o fato de que algumas portadoraspod<strong>em</strong> ser moduladas de forma diferente de outras. Assim, o canal de TV de6 MHz pode ser segmentado e modulado com a técnica mais apropriada paracada serviço. É possível, por ex<strong>em</strong>plo, enviar sinais de vídeo <strong>em</strong> um canalcom modulação otimizada para recepção móvel, enviar outros sinais de vídeo<strong>em</strong> outro canal otimizado para recepção fixa etc.1.2.5 Canal de Retorno ou Canal de InteratividadeUm sist<strong>em</strong>a de TV digital terrestre pode operar s<strong>em</strong> canal de retorno (oucanal de interatividade). Nesse caso, as aplicações pod<strong>em</strong> usar (ou navegar<strong>em</strong>, por s<strong>em</strong>elhança com a Web) apenas os dados transmitidos por difusão.Caso as aplicações permitam a interação do usuário, o serviço oferecido échamado de interatividade local.Padrões de referência de um sist<strong>em</strong>a de TV digital pod<strong>em</strong> incluir,contudo, o uso de um canal de retorno.22

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