Programando em NCL 3.0.pdf - Telemidia - PUC-Rio
Programando em NCL 3.0.pdf - Telemidia - PUC-Rio Programando em NCL 3.0.pdf - Telemidia - PUC-Rio
aproximadamente três vezes a altura da tela, que passa a ter uma relação deaspecto de 16×9. Nessa distância e com essa relação de aspecto, o ângulo devisualização horizontal é de 30 graus, possibilitando ao telespectador maiorsensação de presença na cena (imersão).Graças às técnicas de compressão de dados, a melhora em um sistemade TV digital também se faz sentir na qualidade do áudio. Dentro da mesmafaixa de 6 MHz de um sistema terrestre é também possível transmitir áudiono padrão 5.1 (multicanal), dando ao telespectador, agora sob o aspecto dasensibilidade auditiva, maior sensação de imersão na cena.As técnicas de compressão digital permitem também a alternativa de seter vários programas de menor qualidade de definição na TV digital terrestre;por exemplo, de se ter vários programas de qualidade SDTV, em vez de se terum único programa (áudio principal e vídeo principal) de maior qualidade(HDTV) ocupando toda a faixa de 6 MHz. Essa nova possibilidade advindado emprego da tecnologia digital é o que chamamos de multiprogramação.Todos os programas em um mesmo canal de 6 MHz podem estarrelacionados a um mesmo conteúdo ou não. Um exemplo de relacionamentopoderia ser a transmissão de um jogo de futebol, no qual uma câmera poderiaestar posicionada atrás de um dos gols, captando também o som provenienteda torcida ali posicionada, outra câmera poderia estar posicionada no outrogol, ainda uma outra no centro do estádio etc. Ao telespectador seria dada aopção de escolher qual câmera visualizar em um determinado momento oumesmo visualizar todas simultaneamente. Quando o conteúdo damultiprogramação está relacionado, muitas vezes o processo é chamado demulticâmera.Em uma multiprogramação, entretanto, os vários programas podem sercompletamente independentes, o que nos leva a revisitar o conceito de canal.Na TV analógica, o canal de 6 MHz (ou seja, o canal de frequência) eraconfundido com o canal de programação (normalmente associado a umaradiodifusora). Agora não precisa ser mais assim. Em um mesmo canal defrequência podemos ter vários programas diferentes.O impacto da TV digital é muito mais significativo, no entanto, do que asimples troca de um sistema de transmissão analógico para digital, e muitomais do que uma melhora da qualidade de imagem e de som. Mais do queisso, um sistema de TV digital permite um nível de flexibilidade inatingívelcom a difusão analógica. Um componente importante dessa flexibilidade é apossibilidade de expandir as funções do sistema por aplicações construídassobre a base de um sistema padrão de referência.Tais aplicações são programas computacionais, residentes em umdispositivo receptor ou provenientes de dados enviados conjuntamente(multiplexados) com o áudio principal e o vídeo principal de um programa6
televisivo. Assim, uma das características mais importantes da TV digital é aintegração de uma capacidade computacional significativa no dispositivoreceptor, permitindo o surgimento de uma vasta gama de novos serviços,como a oferta de guias eletrônicos de programas, o controle de acesso e aproteção de conteúdo, a distribuição de jogos eletrônicos, o acesso a serviçosbancários (T-banking), serviços de saúde (T-health), serviços educacionais(T-learning), serviços de governo (T-government) e, em especial, osprogramas não-lineares.Um programa não-linear é um programa de TV composto não apenaspelo áudio principal e vídeo principal, mas também por outros dadostransmitidos em conjunto. Esses dados se constituem de outros áudios evídeos, além do principal, imagens, textos etc., e uma aplicação relacionandotemporalmente e espacialmente todos esses objetos de mídia, incluindo ovídeo principal e o áudio principal. Esses relacionamentos podem ser guiadospor interações do usuário telespectador, ao qual poderá ser delegado ocontrole do fluxo de um programa televisivo, determinando se um conteúdoespecífico deve ser exibido ou não e, em sendo, a forma como será exibido.Como o fluxo de um programa televisivo 2 deixa de ser contínuo em suaconcepção e com vários caminhos alternativos de exibição, esse programa échamado de não-linear.Resumindo, na TV analógica, vídeo, áudio e alguma informação dedados limitada (como o closed captioning) são transmitidos multiplexados, detal forma que um receptor, de projeto relativamente simples, possa decodificare reagrupar os vários elementos do sinal para produzir um programa. Comotal, um programa completo é transmitido em sua forma final. Em um sistemade TV digital, contudo, níveis adicionais de processamento são necessários. Oreceptor processa o fluxo digital extraindo do sinal recebido uma coleção deelementos do programa (vídeo principal, áudio principal, outros vídeos eáudios, imagens, textos etc.), que denominamos anteriormente objetos demídia, que compõem o serviço selecionado pelo consumidor. Essa seleção éfeita usando informações do sistema e do serviço, que também sãotransmitidas. Uma vez que os objetos de mídia tenham sido recebidos, elessão exibidos de acordo com um documento de especificação (parte daaplicação), também recebido junto com os dados, que ao ser processado seencarrega da exibição final.A capacidade computacional necessária ao novo sistema pode serintegrada no próprio dispositivo exibidor: um aparelho de TV digital, um2 Como o leitor já deve ter percebido, muitos termos usados em TV digital devem ser adjetivadospara sua inteira compreensão. Visando simplificar o texto, vamos adotar a seguinte convenção: chamaremoso programa televisivo simplesmente de programa ou programa de TV; um programa computacional,incluindo seus dados, será chamado de aplicação ou aplicativo. Note que, na TV digital, um programa nãolinearé uma aplicação contendo o áudio e vídeo principal entre os seus objetos de mídia.7
- Page 1: Versão 2.1
- Page 4 and 5: 2© 2012, Pontifícia Universidade
- Page 6 and 7: ApresentaçãoO impacto da TV digit
- Page 8 and 9: A Parte II do livro é dedicada à
- Page 10 and 11: usos. Esse capítulo de co-autoria
- Page 12 and 13: Gostaríamos ainda de agradecer à
- Page 14 and 15: HDTVHE-AACHTMLIANAIPTVISDB-TISDB-T
- Page 16 and 17: SumárioPARTE IINTRODUÇÃO À TV D
- Page 18 and 19: 8.2 Contextos .....................
- Page 20 and 21: 16.3.6 Adicionar uma Interface a um
- Page 22 and 23: D.1 Conectores Causais ............
- Page 24 and 25: Figuras, Listagens e TabelasFiguras
- Page 26 and 27: Figura 6.3Figura 6.4Figura 6.5Leiau
- Page 28 and 29: Figura 10.13 Conector com múltiplo
- Page 30 and 31: Figura 18.3 Visão estrutural do Ex
- Page 32 and 33: Listagem 3.41 Novo relacionamento c
- Page 34 and 35: Listagem 10.4Listagem 10.5Conector
- Page 36 and 37: Listagem 13.4Importação de docume
- Page 38 and 39: Tabela 1.1TabelasCodificação de
- Page 40 and 41: Tabela 13.1 Comportamento da Aplica
- Page 42 and 43: Capítulo 1TV Digital:Fundamentos e
- Page 44 and 45: contramedida for tomada, a ISI pode
- Page 48 and 49: celular, um PDA etc. Como há um gr
- Page 50 and 51: O processamento dos dados recebidos
- Page 52 and 53: O sistema brasileiro de TV digital
- Page 54 and 55: Da mesma forma que o padrão MPEG-2
- Page 56 and 57: xxxxMUXMPEG 2Systemzvídeo principa
- Page 58 and 59: decodificar os dados recebidos e co
- Page 60 and 61: 1.2.4 ModulaçãoUm dos padrões ma
- Page 62 and 63: à interferência de múltiplos per
- Page 64 and 65: middleware. A Figura 1.11 apresenta
- Page 66 and 67: Informações adicionais opcionais
- Page 68 and 69: programas não-lineares ao vivo pel
- Page 70 and 71: inicial” é não-declarativo. Uma
- Page 72 and 73: Tabela 1.5 Ambientes de aplicaçõe
- Page 74 and 75: de código declarativo (HTML, SMIL,
- Page 76 and 77: Outras características de Lua, imp
- Page 78 and 79: ISO/IEC 13818-1 (2000). Internation
- Page 80 and 81: Capítulo 2Modelo ConceitualNCMToda
- Page 82 and 83: formulário etc.). No entanto, nenh
- Page 84 and 85: Os seres humanos se vestem de acord
- Page 86 and 87: airro, que está dentro de uma cida
- Page 88 and 89: Além da já mencionada lista orden
- Page 90 and 91: Capítulo 3Introdução àLinguagem
- Page 92 and 93: O novo vídeo acrescentado é uma r
- Page 94 and 95: A definição dos espaços de exibi
televisivo. Assim, uma das características mais importantes da TV digital é aintegração de uma capacidade computacional significativa no dispositivoreceptor, permitindo o surgimento de uma vasta gama de novos serviços,como a oferta de guias eletrônicos de programas, o controle de acesso e aproteção de conteúdo, a distribuição de jogos eletrônicos, o acesso a serviçosbancários (T-banking), serviços de saúde (T-health), serviços educacionais(T-learning), serviços de governo (T-government) e, <strong>em</strong> especial, osprogramas não-lineares.Um programa não-linear é um programa de TV composto não apenaspelo áudio principal e vídeo principal, mas também por outros dadostransmitidos <strong>em</strong> conjunto. Esses dados se constitu<strong>em</strong> de outros áudios evídeos, além do principal, imagens, textos etc., e uma aplicação relacionandot<strong>em</strong>poralmente e espacialmente todos esses objetos de mídia, incluindo ovídeo principal e o áudio principal. Esses relacionamentos pod<strong>em</strong> ser guiadospor interações do usuário telespectador, ao qual poderá ser delegado ocontrole do fluxo de um programa televisivo, determinando se um conteúdoespecífico deve ser exibido ou não e, <strong>em</strong> sendo, a forma como será exibido.Como o fluxo de um programa televisivo 2 deixa de ser contínuo <strong>em</strong> suaconcepção e com vários caminhos alternativos de exibição, esse programa échamado de não-linear.Resumindo, na TV analógica, vídeo, áudio e alguma informação dedados limitada (como o closed captioning) são transmitidos multiplexados, detal forma que um receptor, de projeto relativamente simples, possa decodificare reagrupar os vários el<strong>em</strong>entos do sinal para produzir um programa. Comotal, um programa completo é transmitido <strong>em</strong> sua forma final. Em um sist<strong>em</strong>ade TV digital, contudo, níveis adicionais de processamento são necessários. Oreceptor processa o fluxo digital extraindo do sinal recebido uma coleção deel<strong>em</strong>entos do programa (vídeo principal, áudio principal, outros vídeos eáudios, imagens, textos etc.), que denominamos anteriormente objetos d<strong>em</strong>ídia, que compõ<strong>em</strong> o serviço selecionado pelo consumidor. Essa seleção éfeita usando informações do sist<strong>em</strong>a e do serviço, que também sãotransmitidas. Uma vez que os objetos de mídia tenham sido recebidos, elessão exibidos de acordo com um documento de especificação (parte daaplicação), também recebido junto com os dados, que ao ser processado seencarrega da exibição final.A capacidade computacional necessária ao novo sist<strong>em</strong>a pode serintegrada no próprio dispositivo exibidor: um aparelho de TV digital, um2 Como o leitor já deve ter percebido, muitos termos usados <strong>em</strong> TV digital dev<strong>em</strong> ser adjetivadospara sua inteira compreensão. Visando simplificar o texto, vamos adotar a seguinte convenção: chamar<strong>em</strong>oso programa televisivo simplesmente de programa ou programa de TV; um programa computacional,incluindo seus dados, será chamado de aplicação ou aplicativo. Note que, na TV digital, um programa nãolinearé uma aplicação contendo o áudio e vídeo principal entre os seus objetos de mídia.7