irregulares (MONTGOMERY, 2003). As variáveis morfométricas do relevo po<strong>de</strong>m serobti<strong>da</strong>s <strong>de</strong> duas formas:a) Diretamente a partir do MDE, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>s variáveis primárias, como a<strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, orientação <strong>da</strong>s vertentes, elevação, plano e perfil <strong>de</strong> curvatura,comprimento do caminho do fluxo e área específica <strong>de</strong> contribuição.b) Calcula<strong>da</strong>s a partir <strong>de</strong> outras variáveis obti<strong>da</strong>s do MDE, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>svariáveis secundárias, que incluem índice <strong>de</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong>, índice <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong>sedimentos entre outros (MOORE et al., 1993).Essas informações morfométricas são variáveis importantes na mo<strong>de</strong>lagemmatemática dos ecossistemas (RAMOS et al., 2003). Dentre estes atributos, elevação,<strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e orientação, têm sido reconheci<strong>da</strong>s como os mais efetivos <strong>para</strong> a realização<strong>de</strong> levantamentos <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s <strong>de</strong> média escala (CHAGAS, 2006).A <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> constitui um importante instrumento <strong>para</strong> levantamentos <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s,ao consi<strong>de</strong>ramos a distribuição do relevo e a paisagem regional (RESENDE, 1995). A<strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> por BURROUGH (1986) como sendo um plano tangente àsuperfície, ou seja, correspon<strong>de</strong> à inclinação <strong>da</strong> superfície do terreno em relação aoplano horizontal, expresso como a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> elevação sobre certa distância.Assim, a <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> influencia diretamente o movimento <strong>da</strong> água, o mo<strong>de</strong>ladogeomorfológico e o processo <strong>de</strong> formação do <strong>solo</strong>, tanto no perfil longitudinal <strong>da</strong>paisagem como no latitudinal, evi<strong>de</strong>nciando também os processos <strong>de</strong> pedogênese.Matematicamente, <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> é a primeira <strong>de</strong>riva<strong>da</strong> <strong>da</strong> altitu<strong>de</strong> (GALLANT &WILSON, 2000).A curvatura do terreno, também conheci<strong>da</strong> como curvatura em perfil, é asegun<strong>da</strong> <strong>de</strong>riva<strong>da</strong> <strong>da</strong> altitu<strong>de</strong>. O plano <strong>de</strong> curvatura e o perfil <strong>de</strong> curvatura representamas formas do relevo, sendo importantes atributos na distinção <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>sgeomorfológicas. O primeiro se refere à forma <strong>da</strong> vertente, analisa<strong>da</strong> em um plano,po<strong>de</strong>ndo ser convergente, divergente e planar e o segundo a forma <strong>da</strong> vertente, analisa<strong>da</strong>em perfil, po<strong>de</strong>ndo ser convexa, côncava ou retilínea. A curvatura <strong>de</strong> uma vertente estárelaciona<strong>da</strong> a fatores tais como teor <strong>de</strong> água no <strong>solo</strong>, fluxo convergente/divergente etaxa <strong>de</strong> erosão/<strong>de</strong>posição (MOORE et al., 1991).As posições <strong>da</strong>s vertentes também apresentam estreita relação com os <strong>solo</strong>s.BRUBAKER et al. (1993) associaram proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s do <strong>solo</strong> diretamente à posição <strong>de</strong>vertentes, numa aplicação direta <strong>da</strong> contextualização topográfica. Os <strong><strong>da</strong>dos</strong> locais econtextualizados po<strong>de</strong>m ser combinados em variáveis compostas, como a <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e13
área <strong>de</strong> captação. Os estudos <strong>de</strong> compartimentação <strong>da</strong> topografia apontam a curvaturaem perfil como uma <strong>da</strong>s variáveis <strong>de</strong> alto po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>shomogêneas do relevo (DOORNKAMP & KING, 1971). A curvatura vertical, porexemplo, está relaciona<strong>da</strong> aos processos <strong>de</strong> migração e acúmulo <strong>de</strong> água, minerais ematéria orgânica no <strong>solo</strong> através <strong>da</strong> superfície, proporciona<strong>da</strong> pela gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Associa<strong>da</strong>à exposição <strong>de</strong> vertentes (aspecto), a curvatura vertical <strong>de</strong>sempenha papel importantesobre a evapotranspiração e o <strong>de</strong>corrente balanço hídrico (VALERIANO, 2003).Outro importante parâmetro que po<strong>de</strong> ser extraído do MDE é a área <strong>de</strong>contribuição, que é a área drena<strong>da</strong> a montante <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> célula <strong>de</strong> uma matriz e estárelaciona<strong>da</strong> ao valor <strong>da</strong> área correspon<strong>de</strong>nte à bacia <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> célula específica, porrevelar on<strong>de</strong> há locais com maior fluxo <strong>de</strong> água através do cálculo <strong>da</strong> vazão a partir <strong>de</strong>equações <strong>da</strong>s curvas <strong>de</strong> permanência <strong>para</strong> vazões regionaliza<strong>da</strong>s. Além disso, a<strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> área <strong>de</strong> contribuição é <strong>de</strong> extrema importância nos estudos <strong>de</strong> previsãoe <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> instabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, sobretudo nas porções côncavas do relevo uma vezque essas são zonas potenciais <strong>de</strong> saturação (BEVEN & KIRKBY, 1979).Vários autores <strong>de</strong>senvolveram metodologias <strong>para</strong> a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> área <strong>de</strong>contribuição (COSTA CABRAL & BURGES, 1994), <strong>de</strong>ntre as quais se <strong>de</strong>staca a<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> por QUINN et al. (1991), que efetua o cálculo distribuindo o fluxo <strong>de</strong>forma proporcional entre as células localiza<strong>da</strong>s à jusante, <strong>de</strong> acordo com a <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong>local. Este método obteve melhores resultados <strong>para</strong> aplicação em áreas <strong>de</strong> fluxoconvergente (TARBOTON, 1997).Assim, por ser uma área <strong>da</strong> Ciência do Solo em <strong>de</strong>senvolvimento, o número <strong>de</strong>variáveis morfométricas utiliza<strong>da</strong>s nos estudos <strong>de</strong> associação com os tipos <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s,como quais utilizar, ain<strong>da</strong> não está bem <strong>de</strong>finido.WALKER et al. (1968) mostraram correlações entre parâmetros do relevo eproprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos <strong>solo</strong>s. Os parâmetros utilizados foram: altitu<strong>de</strong>, <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong>,comprimento <strong>da</strong> encosta, direção do <strong>de</strong>clive, curvatura <strong>da</strong> pen<strong>de</strong>nte e distância do topo.Dentre os atributos <strong>de</strong>rivados do MDE que se encontram relacionados com osprocessos <strong>de</strong> formação do <strong>solo</strong> po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar a elevação, <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e curvatura emca<strong>da</strong> ponto <strong>da</strong> superfície. Esses atributos permitem a caracterização <strong>de</strong> elementos <strong>da</strong>paisagem e a posterior associação com uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> mapeamento através <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong>geoprocessamento (MOORE et al., 1991).ODEH et al. (1991) <strong>de</strong>stacaram a importância do <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>paisagem <strong>para</strong> a projeção dos padrões <strong>de</strong> amostragem nos levantamentos <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s, com14
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O latossolo vermelho amarelo textur
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mapeamento de solos fosse classific
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um banco de dados digitais para ess
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6 SUGESTÕESComo trabalhos futuros
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mapa de solos na região de Três P
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8 ANEXO(S)Anexo I………………
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65,9 0,9 3,6 6,8 LVdf text. argilos
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Balanceamento de classes = 1a b c d
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Anexo VI - Matriz de confusão para