corretivas ou compensatórias <strong>de</strong> caráter local, e seleção <strong>de</strong> áreas <strong>para</strong> projetosespecíficos e sua implementação.O material cartográfico e tipos <strong>de</strong> sensores remotos básicos utilizados nesseslevantamentos são os mapas e cartas planialtimétricas em escalas maiores que 1:50.000e fotografias aéreas até a escala 1:60.000, <strong>para</strong> que seja possível produzir os mapasfinais em escalas entre 1:50.000 e 1:100.000.As uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> mapeamento são i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s no campo, por observação eamostragem ao longo <strong>de</strong> toposseqüências, que <strong>de</strong>vem ser as mais representativas <strong>da</strong>área, abrangendo diversas formas <strong>de</strong> encostas e tipos <strong>de</strong> relevo, <strong>de</strong> modo a permitir ascorrelações <strong>solo</strong>s-superfícies geomórficas.Nos levantamentos semi<strong>de</strong>talhados as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> mapeamento são constituí<strong>da</strong>spor uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s simples, complexos e associações, <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s no nível <strong>de</strong> família <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s,em sistemas hierárquicos <strong>de</strong> classificação. É importante que as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> mapeamentotenham razoável homogenei<strong>da</strong><strong>de</strong>, sendo esperado que as inclusões em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s simplesnão ultrapassem 15 % <strong>da</strong> área mapea<strong>da</strong>. Em associações é admitido o máximo <strong>de</strong> 10 %<strong>de</strong> inclusões, se forem <strong>de</strong> uma única classe <strong>de</strong> <strong>solo</strong> e até 20 % se forem duas ou maisuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> mapeamento. Espera-se que a precisão <strong>de</strong> informações sobre a composiçãoe a pureza <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> mapeamento, neste tipo <strong>de</strong> levantamento, esteja em torno <strong>de</strong>85-90 % (IBGE, 2007).2.3 Mapeamento digital <strong>de</strong> <strong>solo</strong>sFica claro que o levantamento e mapeamento <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s são ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>simportantes no diagnóstico do meio físico, uma vez que a pedosfera encontra-se emcontato com a atmosfera e a hidrosfera, e é parte <strong>da</strong> geosfera e <strong>da</strong> biosfera, po<strong>de</strong>ndo,então, ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> uma excelente ferramenta na estratificação <strong>de</strong> ambientes(RESENDE et al., 1995). No entanto, o levantamento tradicional é uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>bastante onerosa, em termos <strong>de</strong> tempo e custos. Somado a isto, a crescente preocupaçãoambiental e o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> agricultura <strong>de</strong> precisão <strong>de</strong>man<strong>da</strong>ram novoslevantamentos <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s em escala compatível com estes objetivos (McBRATNEY et al.,2003).O mapeamento digital <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s po<strong>de</strong> então ser <strong>de</strong>finido como a criação <strong>de</strong>sistemas espaciais <strong>de</strong> informação <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s através do uso <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los numéricos <strong>para</strong> ainferência <strong>da</strong>s variações espaciais e temporais dos tipos <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s e <strong>de</strong> suas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s,7
a partir <strong>de</strong> observações e conhecimento dos <strong>solo</strong>s e <strong>de</strong> variáveis ambientaiscorrelaciona<strong>da</strong>s (LAGACHERIE & McBRATNEY, 2007).Esses levantamentos surgiram através <strong>da</strong> elaboração <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los preditivos <strong>da</strong>distribuição dos <strong>solo</strong>s na paisagem, tornando esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> mais ágil. Estes mo<strong>de</strong>lospo<strong>de</strong>m ser realizados, por exemplo, por meio <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong> correlação entre <strong>solo</strong>s,geomorfologia, geologia e vegetação nativa, respeitando-se os fatores <strong>de</strong> formação dos<strong>solo</strong>s (RESENDE et al., 1995).Os fatores <strong>de</strong> formação dos <strong>solo</strong>s <strong>de</strong>scritos por JENNY (1941) são: material <strong>de</strong>origem, clima, organismos, relevo e tempo. O material <strong>de</strong> origem é <strong>de</strong>finido como oestágio inicial do sistema <strong>solo</strong>, que através dos processos físico-químicos dointemperismo alteram e <strong>de</strong>sagregam as rochas, transformando-as em <strong>solo</strong>.O clima é consi<strong>de</strong>rado por BIRKLAND (1984) o fator mais importante na<strong>de</strong>terminação <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> maioria dos <strong>solo</strong>s. De seus elementos, <strong>de</strong>stacam-se atemperatura e a precipitação pluvial. Esta última fornece a água que, por sua vez, estápresente na maioria dos fenômenos físicos, químicos e bioquímicos que se processamno <strong>solo</strong>. A temperatura, por outro lado, tem influência marcante na intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> eveloci<strong>da</strong><strong>de</strong> com que aqueles fenômenos atuam. Os organismos compreen<strong>de</strong>m a micro emacro fauna e flora que tem ação direta nos processos <strong>de</strong> formação do <strong>solo</strong>, agindotanto em sua superfície como no seu interior.A ação do relevo reflete-se diretamente sobre o clima do <strong>solo</strong> e sobre a dinâmica<strong>de</strong> água, tanto a superficial como a que transita no interior do <strong>solo</strong>. A ação sobre o climado <strong>solo</strong> se dá diretamente, através <strong>da</strong> incidência diferencia<strong>da</strong> <strong>da</strong> radiação solar, segundoa inclinação e a posição <strong>da</strong>s vertentes e do <strong>de</strong>créscimo <strong>da</strong> temperatura com o aumento<strong>da</strong> altitu<strong>de</strong>, e indiretamente, sobre os seres vivos e tipos <strong>de</strong> vegetação natural, que são<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong>s condições climáticas locais. Parte <strong>da</strong> água que atinge o <strong>solo</strong>, por suavez, nele se infiltra e parte escorre sobre a superfície, na forma <strong>de</strong> enxurra<strong>da</strong>(OLIVEIRA, 2005).Por fim, o tempo é consi<strong>de</strong>rado o mais passivo dos fatores <strong>de</strong> formação, pois elenão adiciona nem exporta material e não contribui nos fenômenos <strong>de</strong> intemperismomecânico e químico, necessários a formação do <strong>solo</strong>. Porém, como os outros fatoresvariam ao longo do tempo, em si mesmos e em suas relações mútuas, ele condiciona oresultado final <strong>de</strong>ssas interações (PATON, 1977). Assim sendo, o clima, juntamentecom os organismos, agem no material <strong>de</strong> origem num <strong>de</strong>terminado relevo,transformando-o em <strong>solo</strong> ao longo do tempo.8
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O latossolo vermelho amarelo textur
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um banco de dados digitais para ess
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6 SUGESTÕESComo trabalhos futuros
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mapa de solos na região de Três P
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McBRATNEY, A.B.; MENDONÇA SANTOS,
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PISSARA, T.C.T.; POLITANO, W.; FERR
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TURCOTTE, R.; FORTIN, J.P.; ROUSSEA
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8 ANEXO(S)Anexo I………………
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65,9 0,9 3,6 6,8 LVdf text. argilos
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Balanceamento de classes = 1a b c d
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Anexo VI - Matriz de confusão para