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Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil:1980-2002Maria Fernan<strong>da</strong> Tourinho PeresNancy CardiaPatrícia Carla dos SantosNúcleo <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>da</strong> ViolênciaUniversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São PauloCentro Colaborador <strong>da</strong> OrganizaçãoMundial <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>Apoio:Secretaria Especialdos Direitos HumanosPrograma <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s<strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento


Peres, Maria Fernan<strong>da</strong> TourinhoHomicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 /Maria Fernan<strong>da</strong> Tourinho Peres, Nancy Cardia, Patrícia Carla dosSantos; Núcleo <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>da</strong> Violência, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> SãoPaulo. -- [São Paulo] : NEV/USP, [2006].311 p. : il.Bibliografia.1. Homicídio – Brasil – Indicadores (1980-2002) 2. Violência(Criminologia) 3. Direitos <strong>da</strong> criança 4. Crianças (Sociologia) 5.Adolescentes (Sociologia) 6. Problemas sociais - Brasil I. Cardia,Nancy II. Santos, Patrícia Carla dos III. Núcleo <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>da</strong>Violência. Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo IV. Título.21. CDD 364.1520981P437h© Copyright Núcleo <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>da</strong> Violência, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.Os conceitos e opiniões que integram este livro são <strong>de</strong> exclusiva responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do Núcleo <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>da</strong>Violência <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo e dos autores.Os autores são responsáveis pela escolha e apresentação dos fatos contidos neste livro, bem como pelas opiniõesnele expressas, que não são necessariamente as <strong>da</strong> SEDH/PR e do PNUD e nem os comprometem.Projeto gráfico e editoração: Frédéric Berthéléméfred@fora<strong>de</strong>serie.art.br - www.fora<strong>de</strong>serie.art.br


Agra<strong>de</strong>cimentosA publicação e divulgação dos resultados foram possíveis graças ao apoio <strong>da</strong> Secretaria Especialdos Direitos Humanos <strong>da</strong> Presidência <strong>da</strong> República (SEDH) e do Programa <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s <strong>para</strong> oDesenvolvimento (PNUD)Para consoli<strong>da</strong>ção e análise dos <strong>da</strong>dos a respeito <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> direitos humanos contracrianças e adolescentes, utilizamos os <strong>da</strong>dos do projeto “Banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> imprensa sobre as gravesviolações <strong>de</strong> direitos humanos”, financiado pela FAPESP (Fun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa do Estado <strong>de</strong>São Paulo). Agra<strong>de</strong>cemos a to<strong>da</strong> equipe do projeto, em especial à Maria Cecília Abreu, Marcela Evangelista,Flávia Vernaschi, Aline Midori e Leandro Daniel Carvalho.Agra<strong>de</strong>cimentos especiais à equipe do Núcleo <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>da</strong> Violência <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> SãoPaulo pelo seu empenho na realização e edição final do texto.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-20021


3. Número <strong>de</strong> vítimas <strong>de</strong> homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.4. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes no total <strong>de</strong> homicídios e incrementos (%), segundo grupos <strong>de</strong> gêneroe população total. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.5. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios no total <strong>de</strong> mortes por homicídios e incrementos (%), segundo grupo etário. Brasil, 1980, 1990,2000, 2002.6. Proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> no total <strong>de</strong> mortes por causas externas e incrementos (%), população<strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.7. Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios no total <strong>de</strong> mortes por causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo sexo. Brasil, Regiões e UFs, 1980a 2002.8. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000) por causas externas e incremento global (%), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs,1980 a 2002.9. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), segundo sexo. Brasil, Regiõese UFs, 1980 a 2002.10. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000) por homicídios e incrementos (%), população total e por faixas etárias seleciona<strong>da</strong>s. Brasil, Regiõese UFs, 1980 a 2002.11. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000) por homicídios e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento, população 0 a 19 anos. Brasil, Regiõese UFs, 1980 a 2002.12. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios na população 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Brasil,Regiões e UFs, 1980 a 2002.13. Distribuição dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo Região administrativa. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.14. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre o total <strong>de</strong> óbitos por causas externas e incrementos (%), segundo Região administrativa.Brasil, 1980, 1990, 2000, 2002.15. Evolução <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%) segundo Região administrativa. Brasil, 1980,1990, 2000, 2002.16. Distribuição dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes por Estados <strong>da</strong> Região Norte. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.17. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios e incrementos (%). Brasil, Região Nortee Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.18. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre o total <strong>de</strong> óbitos por causas externas e incrementos (%). Brasil, Região Norte e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.19. Evolução <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%). Brasil, Região Norte e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração,1980, 1990, 2000, 2002.20. Distribuição <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes <strong>de</strong> 0 a 19 anos, por Capitais. Brasil, Região Norte, 1980 a 2002.21. Distribuição dos homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos nos estados <strong>da</strong> Região Norte. Brasil, 1980 a 2002.22. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios e incrementos (%) nas capitais. Brasil,Região Norte, 1980, 1990, 2000, 2002.23. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas nas capitais. Brasil, Região Norte, 1980, 1990, 2000, 2002.24. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Norte, 1980, 1990,2000, 2002.25. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong> óbitos por causas externas e incrementos(%), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rondônia, 1980 a 2002.26. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), segundo sexo.Rondônia, 1980 a 2002.27. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Rondônia, 1980 a 2002.28. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Rondônia, 1980 a 2002.29. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%). Rondônia, PortoVelho e outros municípios, 1980-2002.30. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), segundo sexo.Porto Velho, 1980 a 2002.31. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Porto Velho, 1980 a 2002.32. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Região Norte, 1980 a 2002.33. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Porto Velho, 1980 a 2002.34. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong> óbitos por causas externas e incrementos(%), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Acre, 1980 a 2002.35. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Acre, 1980 a 2002.36. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Rondônia, 1980 a 2002.37. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Acre, 1980 a 2002.38. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), Acre, Rio Branco4244444546464748494952535354555556575758595960616263636465666768686970Sumário <strong>de</strong> tabelas, gráficos e quadros


e outros municípios, 1980-2002.39. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Rio Branco, 1980 a 2002.40. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Rio Branco, 1980 a 2002.41. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Rio Branco, 1980 a 2002.42. Distribuição dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes por Estados <strong>da</strong> Região Nor<strong>de</strong>ste. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.43. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios e incrementos (%). Brasil, Região Nor<strong>de</strong>stee Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.44. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre o total <strong>de</strong> óbitos por causas externas e incrementos (%).Brasil, Região Nor<strong>de</strong>ste e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>da</strong> fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.45. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%). Brasil, Região Nor<strong>de</strong>ste e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.46. Distribuição <strong>de</strong> homicídios em crianças e adolescentes por Capitais. Brasil, Região Nor<strong>de</strong>ste, 1980 a 2002.47. Distribuição <strong>de</strong> homicídios nos estados <strong>da</strong> Região Nor<strong>de</strong>ste. Brasil, 1980 a 2002.48. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios e incrementos (%). Brasil, RegiãoNor<strong>de</strong>ste, Capitais, 1980, 1990, 2000, 2002.49. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas nas capitais. Brasil, Região Nor<strong>de</strong>ste, 1980, 1990,2000, 2002.50. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Nor<strong>de</strong>ste, 1980,1990, 2000, 2002.51. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong> causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Pernambuco, 1980 a 2002.52. Coeficiente <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e populaçãototal. Pernambuco, 1980 a 2002.53. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Pernambuco, 1980 a 2002.54. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Pernambuco, 1980 a 2002.55. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%). Pernambuco,Recife e outros municípios, 1980-2002.56. Coeficiente <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e populaçãototal. Recife, 1980 a 2002.57. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Recife, 1980 a 2002.58. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Recife, 1980 a 2002.59. Distribuição dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes por Estados <strong>da</strong> Região Su<strong>de</strong>ste. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.60. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios e incrementos (%). Brasil, Região Su<strong>de</strong>stee Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.61. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre o total <strong>de</strong> óbitos por causas externas e incrementos (%).Brasil, Região Su<strong>de</strong>ste e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.62. Evolução <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios e incrementos (%).Brasil, Região Su<strong>de</strong>ste e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração,1980, 1990, 2000, 2002.63. Distribuição <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes por Capitais. Brasil, Região Su<strong>de</strong>ste, 1980 a 2002.64. Distribuição <strong>de</strong> homicídios nos estados <strong>da</strong> Região Su<strong>de</strong>ste. Brasil, 1980 a 2002.65. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios e incrementos (%) nas capitais. Brasil,Região Su<strong>de</strong>ste, 1980, 1990, 2000, 2002.66. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Su<strong>de</strong>ste,1980, 1990, 2000, 2002.67. Evolução <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Su<strong>de</strong>ste, 1980, 1990,2000, 2002.68. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong> causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Minas Gerais, 1980 a 2002.69. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Minas Gerais, 1980 a 2002.70. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Minas Gerais, 1980 a 2002.71. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Minas Gerais, 1980 a 2002.72. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), Minas Gerais, BeloHorizonte e outros municípios, 1980-2002.73. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Belo Horizonte, 1980 a 2002.707172737374757676777879798081828383848585868788888990909192939394959596Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002


74. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Belo Horizonte, 1980 a 2002.75. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Belo Horizonte, 1980 a 2002.76. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong> causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Espírito Santo, 1980 a 2002.77. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Espírito Santo, 1980 a 2002.78. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por faixa etária.Espírito Santo, 1980 a 2002.79. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> instrumento.Espírito Santo, 1980 a 2002.80. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, Espírito Santo, Vitóriae outros municípios, 1980-2002.81. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por grupo <strong>de</strong> sexo epopulação total. Vitória, 1980 a 2002.82. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por faixa etária.Vitória, 1980 a 2002.83. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> instrumento.Vitória, 1980 a 2002.84. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong> causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2002.85. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por grupo <strong>de</strong> sexo epopulação total. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2002.86. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por faixa etária. Rio<strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2002.87. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> instrumento.Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2002.88. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, Rio <strong>de</strong> Janeiro, capitale outros municípios, 1980-2002.89. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por grupo <strong>de</strong> sexo epopulação total. Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2002.90. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por faixa etária. Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>do Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2002.91. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> instrumento.Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2002.92. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong> causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.São Paulo, 1980 a 2002.93. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por grupo <strong>de</strong> sexo epopulação total. São Paulo, 1980 a 2002.94. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por faixa etária. SãoPaulo, 1980 a 2002.95. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> instrumento.São Paulo, 1980 a 2002.96. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, São Paulo, capital eoutros municípios, 1980-2002.97. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por grupo <strong>de</strong> sexo epopulação total. Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, 1980 a 2002.98. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por faixa etária. Ci<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> São Paulo, 1980 a 2002.99. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> instrumento.Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, 1980 a 2002.100. Distribuição dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes por Estados <strong>da</strong> Região Sul. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.101. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios e incrementos (%). Brasil, Região Sul eUni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.102. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre o total <strong>de</strong> óbitos por causas externas e incrementos (%).Brasil, Região Sul e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2002.103. Evolução <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%).Brasil, Região Sul e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração,1980, 1990, 2000, 2002.104. Distribuição <strong>de</strong> homicídios em crianças e adolescentes por Capitais. Brasil, Região Sul, 1980 a 2002.105. Distribuição <strong>de</strong> homicídios nos estados <strong>da</strong> Região Sul. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.106. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios e incrementos (%) nas capitais. Brasil,Região Sul, 1980, 1990, 2000, 2002.107. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas nas capitais. Brasil, Região Sul, 1980, 1990, 2000,2002.9798999910010110110210310410510510610710710810911011111111211311311411511611611711811811911912012110Sumário <strong>de</strong> tabelas, gráficos e quadros


108. Evolução <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Sul, 1980, 1980,1990, 2000, 2002.109. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong> causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Paraná, 1980 a 2002.110. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Paraná, 1980 a 2002.111. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Paraná, 1980 a 2002.112. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Paraná, 1980 a 2002.113. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, Paraná, Curitiba eoutros municípios, 1980-2002.114. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Curitiba, 1980 a 2002.115. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Curitiba, 1980 a 2002.116. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Curitiba, 1980 a 2002.117. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong> causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Santa Catarina, 1980 a 2002.118. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Santa Catarina, 1980 a 2002.119. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Santa Catarina, 1980 a 2002.120. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Santa Catarina, 1980 a 2002.121. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, Santa Catarina,Florianópolis e outros municípios, 1980-2002.122. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Florianópolis, 1980 a 2002.123. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Florianópolis, 1980 a 2002.124. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Florianópolis, 1980 a 2002.125. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong> causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, 1980 a 2002.126. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, 1980 a 2002.127. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, 1980 a 2002.128. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, 1980 a 2002.129. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, Rio Gran<strong>de</strong> do Sul,Porto Alegre e outros municípios, 1980-2002.130. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Porto Alegre, 1980 a 2002.131. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Porto Alegre, 1980 a 2002.132. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Porto Alegre, 1980 a 2002.133. Distribuição dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes por Estados <strong>da</strong> Região Centro-Oeste. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.134. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios e incrementos (%). Brasil, Região Centro-Oeste e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.135. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre o total <strong>de</strong> óbitos por causas externas e incrementos (%).Brasil, Região Centro-Oeste eUni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.136. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%).Brasil, Região Centro-Oeste e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.137. Distribuição <strong>de</strong> homicídios em crianças e adolescentes por Capitais. Brasil, Região Centro-Oeste, 1980 a 2002.138. Distribuição <strong>de</strong> homicídios nos estados <strong>da</strong> Região Centro-Oeste. Brasil, 1980 a 2002.139. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios e incrementos (%) nas capitais. Brasil,Região Centro-Oeste, 1980, 1990, 2000, 2002.140. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas nas capitais. Brasil, Região Centro-Oeste, 1980, 1990,2000, 2002.141. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Centro-Oeste, 1980,1990, 2000, 2002.121122123123124124125126126127128129129130131131132133133134135135136137137138139139140140141142142143Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-200211


142. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong> causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Mato Grosso do Sul, 1980 a 2002.143. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Mato Grosso do Sul, 1980 a 2002.144. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Mato Grosso do Sul, 1980 a 2002.145. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Mato Grosso do Sul, 1980 a 2002.146. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, Mato Grosso do Sul,Campo Gran<strong>de</strong> e outros municípios, 1980-2002.147. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Campo Gran<strong>de</strong>, 1980 a 2002.148. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Campo Gran<strong>de</strong>, 1980 a 2002.149. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Campo Gran<strong>de</strong>, 1980 a 2002.150. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong> causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Goiás, 1980 a 2002.151. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Goiás, 1980 a 2002.152. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Goiás, 1980 a 2002.153. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Goiás, 1980 a 2002.154. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%), população 0 a 19 anos, Goiás, Goiânia e outrosmunicípios, 1980-2002.155. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Goiânia, 1980 a 2002.156. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Goiânia, 1980 a 2002.157. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Goiânia, 1980 a 2002.158. Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong> causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Distrito Fe<strong>de</strong>ral, 1980 a 2002.159. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexoe população total. Distrito Fe<strong>de</strong>ral, 1980 a 2002.160. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por faixa etária.Distrito Fe<strong>de</strong>ral, 1980 a 2002.161. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento.Distrito Fe<strong>de</strong>ral, 1980 a 2002.162. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, em 20 estados brasileiros, 1980.163. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, em 20 estados brasileiros, 1990.164. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, em 20 estados brasileiros, 2000.165. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, em 20 estados brasileiros, 2002.166. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, em 20 capitais brasileiras, 1980.167. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, em 20 capitais brasileiras, 1990.168. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, em 20 capitais brasileiras, 2000.169. 169: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, em 20 capitais brasileiras, 2002.170. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 15 a 19 anos, sexo masculino. Brasil e 20 capitais brasileiras, 1980.171. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 15 a 19 anos, sexo masculino. Brasil e 20 capitais brasileiras, 1990.172. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios, população <strong>de</strong> 15 a 19 anos, sexo masculino. Brasil e 20 capitais brasileiras, 2000.173. Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 15 a 19 anos, sexo masculino. Brasil e 20 capitais brasileiras, 2002.174. Incrementos global e parciais (%) <strong>da</strong> Proporção (%) <strong>de</strong> óbitos com intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> entre os óbitos por causas externas.Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.175. Distribuição <strong>da</strong>s graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> violação. Brasil, 1980 a 2003.176. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo faixa etária e tipo <strong>de</strong> violação. Brasil, 1980 a 2003.177. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo tipo <strong>de</strong> violação e faixa etária. Brasil, 1980 a 2003.178. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo sexo e tipo <strong>de</strong> violação. Brasil, 1980 a 2003.179. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo tipo <strong>de</strong> violação e sexo. Brasil, 1980 a 2003.180. Proporção (%) <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo local <strong>de</strong> ocorrência. Brasil, 1980 a 2003.181. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos ocorri<strong>da</strong>s em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.182. Execuções ocorri<strong>da</strong>s em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.183. Linchamentos ocorridos em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.184. Violência Policial ocorri<strong>da</strong> em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.14414414514614614714814814915015115115215315315415515515615715815915916016116116216216316416416517417517617717717817917917918018012Sumário <strong>de</strong> tabelas, gráficos e quadros


185. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos ocorri<strong>da</strong>s em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.186. Execuções ocorri<strong>da</strong>s em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.187. Linchamentos ocorridos em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.188. Violência Policial ocorri<strong>da</strong> em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.189. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos ocorri<strong>da</strong>s em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil,1980 a 2003.190. Linchamentos ocorridos em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.191. Violência Policial ocorri<strong>da</strong> em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.192. Proporção (%) <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.193. Proporção (%) <strong>de</strong> execução sumária segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.194. Proporção (%) <strong>de</strong> linchamentos segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.195. Proporção (%) <strong>de</strong> violência policial segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.196. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos segundo papel do agente, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.197. Distribuição <strong>da</strong>s graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> violação. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.198. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo faixa etária e tipo <strong>de</strong> violação. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.199. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo tipo <strong>de</strong> violação e faixa etária. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.200.Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo sexo e tipo <strong>de</strong> violação. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.201. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> violação e sexo. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.202.Proporção (%) <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo local <strong>de</strong> ocorrência. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.203.Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos ocorri<strong>da</strong>s em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.204.Execuções ocorri<strong>da</strong>s em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.205.Violência policial ocorri<strong>da</strong> em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.206.Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos ocorri<strong>da</strong>s em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.207. Execuções ocorri<strong>da</strong>s em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.208.Linchamentos ocorridos em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.209.Violência policial ocorri<strong>da</strong> em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.210. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos ocorri<strong>da</strong>s em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong>Janeiro, 1980 a 2003.211. Violência policial ocorri<strong>da</strong> em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.212. Proporção (%) <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.213. Proporção (%) <strong>de</strong> execução sumária segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.214. Proporção (%) <strong>de</strong> linchamentos segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.215. Proporção (%) <strong>de</strong> violência policial segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.216. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos segundo papel do agente, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.217. Distribuição <strong>da</strong>s graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> violação. São Paulo, 1980 a 2003.218. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo faixa etária e tipo <strong>de</strong> violação. São Paulo, 1980 a 2003.219. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo tipo <strong>de</strong> violação e faixa etária. São Paulo, 1980 a 2003.220.Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo sexo e tipo <strong>de</strong> violação. São Paulo, 1980 a 2003.221. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo tipo <strong>de</strong> violação e sexo. São Paulo, 1980 a 2003.222.Proporção (%) <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo local <strong>de</strong> ocorrência. São Paulo, 1980 a 2003.223.Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos ocorri<strong>da</strong>s em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.224. Execuções ocorri<strong>da</strong>s em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.225.Linchamentos ocorridos em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.226.Violência policial ocorri<strong>da</strong> em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.227. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos ocorri<strong>da</strong>s em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.228.Execuções ocorri<strong>da</strong>s em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.229.Linchamentos ocorridos em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.230.Violência policial ocorri<strong>da</strong> em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.231. Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos ocorri<strong>da</strong>s em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo,1980 a 2003.232.Execuções ocorri<strong>da</strong>s em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.233.Linchamentos ocorridos em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.234.Violência policial ocorri<strong>da</strong> em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.235.Proporção (%) <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.236.Proporção (%) <strong>de</strong> execução sumária segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.237. Proporção (%) <strong>de</strong> linchamentos segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.238.Proporção (%) <strong>de</strong> violência policial segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.239.Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos segundo papel do agente, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.180181181181182182182184184185186187187188189189190191191192192192193193193194194195196196197198198199200200201202202202203203203204204204205205205206206207208208209Quadros1. Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios nos Estados e capitais brasileiras, 1980 a 2002.2. Variáveis <strong>de</strong> acordo com o CID-9 e CID-10.3. Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Análise214230231Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-200213


ApresentaçãoEm muitos países <strong>da</strong> América Latina, como é o caso do Brasil, houve um formidável progresso naredução <strong>da</strong>s taxas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> infantil, graças a políticas nas áreas <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> pública e <strong>da</strong> educação.Infelizmente, todo esse progresso é tragicamente anulado pelas altas taxas <strong>de</strong> homicídio. As maioresvítimas <strong>de</strong> homicídios no Brasil, entre 1980 e 2002, são jovens e adolescentes entre 15 e 19 anos, quecorrespon<strong>de</strong>m a 87,6% dos casos. Nem os beneficiários diretos <strong>da</strong>quelas políticas foram poupados: 5%<strong>de</strong>sses casos ocorreram com crianças <strong>de</strong> até nove anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>.Na classificação <strong>da</strong>s mortes <strong>de</strong> crianças e adolescentes, os homicídios situam-se na terceira posiçãonas “mortes por causas externas”. É surpreen<strong>de</strong>nte que essa situação tenha se agravado, ao invés<strong>de</strong> ter diminuído ou <strong>de</strong> ter sido controla<strong>da</strong>, em pleno período <strong>da</strong> consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> <strong>de</strong>mocracia. Era <strong>de</strong> seesperar que, com o retorno ao estado <strong>de</strong> direito, as violações <strong>de</strong> direitos humanos fossem reduzi<strong>da</strong>s ouaté mesmo <strong>de</strong>saparecessem. Com efeito, as violações motiva<strong>da</strong>s pela repressão política <strong>de</strong>svaneceramse,mas os atentados aos direitos civis <strong>da</strong> maioria pobre e afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte, a criminali<strong>da</strong><strong>de</strong> organiza<strong>da</strong>e as práticas arbitrárias persistiram e até aumentaram.Na<strong>da</strong> consola sabermos que o Brasil não está isolado nessa situação. <strong>Estudos</strong> <strong>de</strong> inúmeras organizações<strong>de</strong> direitos humanos em nosso continente, África, Ásia e Europa chamam a atenção <strong>para</strong> aviolência contra as crianças nas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s urbanas e revelam o extraordinário grau <strong>de</strong> brutali<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong>ssas práticas, que incluem espancamentos, chutes, ataques com tesouras, coronha<strong>da</strong>s <strong>de</strong> revólver,agressões sexuais e tortura. Tais práticas ocorrem comumente nas ruas, durante <strong>de</strong>tenções e/ou acaminho <strong>da</strong>s <strong>de</strong>legacias policiais e nos xilindrós ali localizados.Des<strong>de</strong> que muito comumente as crianças <strong>de</strong> rua, por exemplo, e os adolescentes passaram a serpercebidos pelo público como um estorvo social, os aparelhos policiais agem com quase total impuni<strong>da</strong><strong>de</strong>e raramente casos com queixas são processados e os responsáveis punidos. Muitas vezes, háa impressão <strong>de</strong> que a polícia, ao li<strong>da</strong>r com crianças e adolescentes, primeiramente, agri<strong>de</strong>-os antes <strong>de</strong><strong>fazer</strong> qualquer questionamento.Durante o processo <strong>de</strong> pre<strong>para</strong>ção do estudo sobre violência contra crianças <strong>para</strong> as Nações Uni<strong>da</strong>s,recebemos muitas informações sobre assassinatos <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> rua em várias regiões. Desaparecimentose execuções freqüentemente são justificados pela polícia e por governos como sendo emnome <strong>da</strong> guerra contra o crime. Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, os números que conhecemos po<strong>de</strong>m ser muito maioresdo que indicam os insuficientes <strong>da</strong>dos relatados. Muitos casos <strong>de</strong> violações não são registrados pelojustificado temor <strong>da</strong>s testemunhas em sofrerem retaliação e por não terem acesso a nenhum recurso<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r na socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. A maioria dos homicídios continua tendo a autoria <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong>, o que garantea impuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> seus atores.O caso brasileiro dos homicídios <strong>de</strong> crianças, adolescentes e jovens, <strong>de</strong>sven<strong>da</strong>do neste cui<strong>da</strong>dosotrabalho do Núcleo <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>da</strong> Violência <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (NEV-USP), chama a atençãopelos números, certamente, os maiores do mundo em países que não enfrentam guerra interna ou insurreiçãoarma<strong>da</strong>. Os <strong>da</strong>dos coligidos por este estudo mapeiam com enorme segurança esses homicídiosHomicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 15


e são, <strong>de</strong>ssa forma, um instrumento essencial do conhecimento <strong>para</strong> a situação ser reverti<strong>da</strong>. Cabe-nosigualmente examinar os números e observações à luz do sistema sociopolítico que prevalece no Brasil.A pesquisa <strong>de</strong>ixa claro que as crianças e jovens abatidos por homicídios têm cor, situação social,sexo, localização, profissão totalmente conhecidos. Essas mortes ocorrem justamente naqueles lugareson<strong>de</strong> a professora Nancy Cardia com seus colegas pesquisadores do NEV <strong>de</strong>monstraram existir uma superposição<strong>de</strong> carências <strong>de</strong> todos os direitos socioeconômicos a que está exposta a maioria esmagadora<strong>da</strong>s vítimas. Esse contexto limita as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma existência sem conflitos e sem violência.Some-se a essas condições o fato <strong>de</strong> que as comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s pobres <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s regiões metropolitanascomo Rio <strong>de</strong> Janeiro, São Paulo e Recife, on<strong>de</strong> se concentram os maiores números <strong>de</strong> homicídios, sejam áreas<strong>de</strong> arraigamento <strong>da</strong> criminali<strong>da</strong><strong>de</strong> comum organiza<strong>da</strong>. Nesses locais, a vi<strong>da</strong> cotidiana está submeti<strong>da</strong>ao controle do terror dos bandos criminosos, prepostos dos escalões mais sofisticados <strong>da</strong> criminali<strong>da</strong><strong>de</strong>organiza<strong>da</strong> que opera nos níveis mais altos, associa<strong>da</strong> em “anéis burocráticos” em todos os aparelhos estatais,como documentaram inúmeras comissões parlamentares <strong>de</strong> inquérito no Congresso Nacional.Mas seria extremamente tecnicista crer que essas altas taxas <strong>de</strong> homicídios se <strong>de</strong>vam apenas auma conseqüência mecânica <strong>de</strong> elementos estruturais <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> população brasileira. Há obrigaçõescomparti<strong>da</strong>s entre todos os atores <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> pública brasileira. Praticamente ninguém escapa, com responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>sacumula<strong>da</strong>s <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Constituição <strong>de</strong> 1988. Nenhum po<strong>de</strong>r executivo quis ou <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong>criar condições (mesmo com maiorias parlamentares) <strong>de</strong> reformar a estrutura <strong>de</strong>scoor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>, dispendiosae incompetente [<strong>da</strong>s Polícias Civil e Militar <strong>da</strong>s 27 Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração. Até hoje, a inaptidãoe a ineficiência geralmente caracterizam a investigação científica (sic), que ain<strong>da</strong> recorre à tortura <strong>de</strong>suspeitos, como mostram os relatórios <strong>da</strong> Organização <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s (ONU) e <strong>de</strong> OrganizaçõesNão-Governamentais (ONGs)].O sistema <strong>de</strong> registro e análise <strong>da</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> crianças e jovens continua sendo extremamentelimitado. Em conseqüência, as políticas são <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma surreal pela incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ou apenas <strong>para</strong> impressionar, com incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> reverter o quadro atual. Diante do agravamentoa ca<strong>da</strong> ano dos números examinados neste estudo, não se observa um propósito <strong>de</strong> emergência naspolíticas estabeleci<strong>da</strong>s.O po<strong>de</strong>r legislativo atua erroneamente ao sabor <strong>de</strong> <strong>da</strong>r respostas a crises eventuais e sua principalreação é agravar penas, indo na contracorrente do direito penal do mundo todo. A última <strong>de</strong>rrota crucialmenteimportante <strong>para</strong> baixar os homicídios foi a incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos parlamentares <strong>de</strong> diminuírem oacesso dos adolescentes e jovens às armas <strong>de</strong> fogo, proibindo sua comercialização. Criaram a propostabizarra <strong>de</strong> um referendum cujo resultado já po<strong>de</strong>ria ser facilmente previsto <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro momento,pois somente em um “conto <strong>da</strong> carochinha” alguém po<strong>de</strong>ria crer que uma população acossa<strong>da</strong> pelo crimee pelos homicídios, racionalmente, renunciaria o acesso à <strong>aqui</strong>sição <strong>de</strong> armas — proteção ilusória.No judiciário, 15 anos após a aprovação do Estatuto <strong>da</strong> Criança e do Adolescente (ECA), gran<strong>de</strong>número <strong>de</strong> juízes ain<strong>da</strong> o <strong>de</strong>sconhece, bem como a Convenção do Estatuto <strong>da</strong> Criança, e não consegueimplementar um sistema efetivo <strong>de</strong> proteção. Em todo o País, as crianças continuam sujeitas a um arbítrioe a execuções que os militantes políticos não mais estão arriscados a enfrentar.Depois <strong>da</strong> publicação <strong>de</strong>ste minucioso e tão bem fun<strong>da</strong>mentado relatório, as autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s responsáveisnão po<strong>de</strong>rão alegar <strong>de</strong>sconhecimento <strong>da</strong> situação. Sempre <strong>de</strong>ve haver esperança <strong>de</strong> que do conhecimentose passe à ação, <strong>para</strong> que esta “epi<strong>de</strong>mia” <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens possa, um dia, cessar.Paulo Sérgio PinheiroGenebra, 22 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2006.16Apresentação


1A vitimização <strong>de</strong> crianças e jovens:o cenário internacionalAo longo dos últimos 25 anos, temos visto crescer a violência que atinge crianças e jovens . Apenasno ano <strong>de</strong> 2000, estima-se que ocorreram 199 mil homicídios <strong>de</strong> jovens entre 10 e 29 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>,em todo o mundo (Krug et al., 2002). O crescimento dos homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens vem ocorrendoem vários países, e <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> múltiplos fatores , porém permanece um fato surpreen<strong>de</strong>nte, pois sedá ao mesmo tempo em que há gran<strong>de</strong>s ganhos na redução <strong>da</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> infantil, no controle <strong>de</strong>doenças <strong>para</strong>sitárias e infecciosas e na <strong>de</strong>snutrição, em vários países, e mais outras tantas <strong>de</strong>ficiênciascongênitas passam a ser evita<strong>da</strong>s, garantindo-se melhor quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> a um número crescente<strong>de</strong> crianças. Esse crescimento é maior em <strong>de</strong>terminados em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s regiões: nas Américas, <strong>de</strong>stacam-seos países latino-americanos, na Europa Oriental, em particular, a Fe<strong>de</strong>ração Russa. O grupomais afetado é o <strong>de</strong> jovens do sexo masculino. Neste capítulo, apresentaremos um perfil <strong>da</strong> vitimização<strong>de</strong> crianças e jovens, segundo a literatura internacional.Quantos jovens e crianças são vítimas <strong>da</strong> violência em uma <strong>da</strong><strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>? Que tipo <strong>de</strong> violênciaatinge mais crianças e jovens? Quem são os principais agressores? Quais são os contextos/cenáriosque apresentam mais riscos? Estas são perguntas que os pesquisadores fazem, visando planejarintervenções <strong>para</strong> prevenir a vitimização. Há, por parte dos pesquisadores, um forte interesse tantona violência não-fatal como na violência fatal, pois as pesquisas longitudinais têm estabelecido umforte vínculo entre exposição continua<strong>da</strong> à violência, vitimização recorrente e violência fatal.A vitimização recorrente provoca várias seqüelas físicas e psicológicas, como síndrome <strong>de</strong> distúrbiospós-traumáticos (insônia, síndrome do pânico, distúrbios alimentares, t<strong>aqui</strong>cardia, <strong>de</strong>pressão). A vitimizaçãopo<strong>de</strong> aumentar o envolvimento <strong>de</strong>ssas crianças e jovens com comportamentos <strong>de</strong> risco: o uso<strong>de</strong> drogas, o porte <strong>de</strong> armas, comportamentos <strong>de</strong>sviantes ou <strong>de</strong>linqüentes, ou po<strong>de</strong> ain<strong>da</strong> reforçar crenças,normas e valores que facilitem a adoção <strong>de</strong> formas violentas <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> conflitos, aumentandoassim os riscos <strong>de</strong> vitimização fatal (Kilpatrick, Saun<strong>de</strong>rs e Smith, 2003, 2003; Shaffer e Ruback, 2002).1. A literatura que trata <strong>da</strong> violência que vitima jovens e crianças ten<strong>de</strong> a se concentrar nas faixas etárias entre 10 e 18 anos. A<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> criança <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s abrange todos aqueles abaixo <strong>de</strong> 18 anos, ou seja, o grupo etário que não seria consi<strong>de</strong>rado,em muitos países, passível <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> legal. Neste estudo, estamos trabalhando com crianças e jovens <strong>de</strong> 0 até 19 anos.Esta extensão <strong>da</strong> faixa etária <strong>de</strong>correu <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalharmos com as estimativas <strong>de</strong> população forneci<strong>da</strong>s pelo IBGE <strong>para</strong>cálculo dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por 100 mil habitantes. O IBGE não fornece estas estimativas ano a ano, senão por faixasetárias padroniza<strong>da</strong>s e, no limite superior, a faixa vai <strong>de</strong> 15 até 19 anos.2. Este crescimento ocorreu em países com diferentes níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e mo<strong>de</strong>los econômicos: países capitalistas e socialistas;<strong>de</strong>senvolvidos, parcialmente <strong>de</strong>senvolvidos e em <strong>de</strong>senvolvimento; e parece estar relacionado a mu<strong>da</strong>nças no mercado <strong>de</strong>trabalho, resultando em <strong>de</strong>semprego dos pais e eliminação dos postos que permitiam ao jovem entrar no mercado; intensificação doprocesso <strong>de</strong> urbanização, com a piora <strong>da</strong>s condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> no espaço urbano; ampliação do consumo <strong>de</strong> álcool e drogas; aumentodo acesso a armas <strong>de</strong> fogo (ampliação e aumento do acesso a álcool, drogas e armas <strong>de</strong> fogo).3. A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> violência utiliza<strong>da</strong> <strong>aqui</strong> é a <strong>da</strong> Organização Mundial <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (Relatório Mundial sobre Violência e Saú<strong>de</strong>, 2002,p.5): O uso intencional <strong>da</strong> força física ou do po<strong>de</strong>r, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa ou contra um grupo ouuma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e que resulte ou tenha alta probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> resultar em lesão, morte, <strong>da</strong>no psicológico, <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoou privação .4. Por violência não-fatal, enten<strong>da</strong>-se lesão corporal leve ou grave, assalto à mão arma<strong>da</strong>, abuso sexual ou estupro.5. Pesquisas que acompanham um mesmo grupo <strong>de</strong> pessoas ao longo do tempo.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 17


Prevenir a violência fatal, exige que se previna a exposição <strong>de</strong> crianças e jovens a situações <strong>de</strong> risco, oque inclui a violência não-fatal. Além disso, exige que se conheça o máximo possível sobre as vítimas eos agressores, sobre as causas, fatores e contextos, e que as intervenções <strong>de</strong> prevenção sejam cientificamenteavalia<strong>da</strong>s e os resultados, <strong>da</strong>quelas com maior probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sucesso, disseminados .Os jovens e crianças vítimas <strong>da</strong> violência: qual perfil <strong>da</strong> vitimização não-fatal?Apesar do interesse dos pesquisadores e <strong>da</strong> importância do tema, <strong>da</strong>dos sobre a vitimização nãofatal<strong>de</strong> crianças e jovens não são fáceis <strong>de</strong> se obter por vários motivos: 1. os registros policiais são falhos;2. as pesquisas <strong>de</strong> vitimização rotineiras incluem apenas crianças com i<strong>da</strong><strong>de</strong> superior a 12 anos; 3.em poucos países, há coleta regular <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> morbi<strong>da</strong><strong>de</strong> em hospitais, atendimentos <strong>de</strong> emergênciae postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Em termos <strong>de</strong> ocorrências policiais, o perfil <strong>da</strong> violência que vitima jovens e criançasé muito difícil <strong>de</strong> ser conhecido, porque a pouca i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s vítimas as <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> cooperação<strong>de</strong> adultos <strong>para</strong> notificarem à polícia aquelas ocorrências nas quais foram vítimas. Isto explicaria, emparte, por que 48% dos casos <strong>de</strong> crimes graves que vitimaram crianças não foram relatados à polícianos Estados Unidos em 1996 (Wilson, 2000) . Além disso, os tipos <strong>de</strong> violência que são registrados pelapolícia e que se tornam ocorrências policiais, em geral, trazem pouca ou nenhuma informação sobre ai<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> vítima, exceto nos casos <strong>de</strong> homicídio.O sub-registro <strong>de</strong> ocorrências policiais tem sido um forte incentivador <strong>da</strong>s pesquisas <strong>de</strong> vitimização,cujos <strong>da</strong>dos são utilizados <strong>para</strong> se dimensionar quantas ocorrências criminais, efetivamente,ocorrem <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e, <strong>de</strong>ste modo, i<strong>de</strong>ntificar o grau <strong>de</strong> sub-registro. As pesquisas <strong>de</strong>vitimização <strong>de</strong>veriam, em tese, aju<strong>da</strong>r a respon<strong>de</strong>r quantas crianças e jovens são vítimas <strong>de</strong> que tipo<strong>de</strong> violência não-fatal. Essas pesquisas, porém, mesmo em países on<strong>de</strong> são realiza<strong>da</strong>s regularmente aca<strong>da</strong> seis meses ou um ano, também sub-registram a vitimização <strong>de</strong> crianças e jovens, pois as amostrassão compostas por crianças e jovens com, ao menos, 12 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, habitando residências comtelefone. Ou seja, são excluí<strong>da</strong>s crianças abaixo <strong>de</strong> 12 anos e aquelas moradoras em casas sem telefone,institucionaliza<strong>da</strong>s ou moradoras <strong>de</strong> rua.Em países on<strong>de</strong> há <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> sobre ferimentos provocados pela violência, o quadroé assustador: estima-se (Krug et al., 2002) que <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> homicídio <strong>de</strong> jovem ocorram <strong>de</strong> 20 a 40 vítimas<strong>de</strong> violência não-fatal. Segundo a mesma fonte, os números variam muito; em Israel, por exemplo,o coeficiente <strong>para</strong> jovens <strong>de</strong> 18 anos seria <strong>de</strong> 196 lesões graves que necessitaram atendimento médicoa ca<strong>da</strong> 100 mil habitantes. A ocorrência <strong>de</strong> lesões não-fatais cresce à medi<strong>da</strong> que avança a i<strong>da</strong><strong>de</strong>, emespecial, entre os jovens do sexo masculino.Além <strong>da</strong>s pesquisas <strong>de</strong> vitimização, outra fonte <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos sobre a violência que atinge criançase jovens, são os estudos sobre a exposição <strong>de</strong>stes grupos à violência. Esses estudos permitem que se<strong>de</strong>lineie um perfil mais completo <strong>da</strong> vitimização, mostrando qual grau <strong>de</strong> contato direto e indireto <strong>da</strong>scrianças com a violência na vizinhança (comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>), na escola ou na família. Essas pesquisas, emgeral, baseiam-se em auto-relatos.6. Básico na prevenção <strong>da</strong> maior parte <strong>da</strong> violência é a compreensão do quando e on<strong>de</strong> ela ocorre, a <strong>de</strong>terminação do que a causae a documentação científica <strong>da</strong>s várias estratégias <strong>para</strong> a prevenção e intervenção que são ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente eficientes. (YouthViolence: Report, 2001)7. Pesquisas com jovens universitários (18 a 24 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>) revelam um perfil <strong>de</strong> vitimização semelhante ao <strong>de</strong> jovens com menos<strong>de</strong> 18 anos, porém em freqüência inferior a <strong>de</strong> jovens <strong>de</strong> mesma i<strong>da</strong><strong>de</strong> não-universitários. Ao contrário do que seria esperado, jovensuniversitários recorrem menos à polícia <strong>para</strong> registrar crimes do que jovens não-universitários. (Hart e Rennison, 2003)181 - A vitimização <strong>de</strong> crianças e jovens: o cenário internacional


Dados <strong>da</strong> National Survey of Adolescents (1996) , que monitora o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> adolescentesnos Estados Unidos, revelam que, em 1995, entre os jovens <strong>de</strong> 12 a 17 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, em algummomento <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> (prevalência) foram vítimas <strong>de</strong>: agressão sexual (8,1%), lesão corporal grave (17,1%),punição física abusiva (9,4%), e testemunho <strong>de</strong> violência grave, ou seja, alguém recebendo um tiro, levandouma faca<strong>da</strong>, sendo agredido sexual ou fisicamente ou sendo ameaçado com uma arma (39,4%)[Kilpatrick, Saun<strong>de</strong>rs e Smith, 2003].Pesquisas regulares <strong>de</strong> vitimização, como a National Crime Victimization Survey, também mostravam,em 1995, que crianças e jovens entre 12 e 17 anos tinham sido vítimas <strong>de</strong> lesão corporal (72%),segui<strong>da</strong> <strong>de</strong> lesão corporal grave (17%), <strong>de</strong> assalto à mão arma<strong>da</strong> (8%) e <strong>de</strong> abuso sexual/estupro (3%)(Lauritsen, 2003). Em 1997, essa mesma pesquisa <strong>de</strong>monstrou que 11% <strong>da</strong>s vítimas <strong>de</strong> crimes, naquelepaís, tinham menos <strong>de</strong> 18 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>. Essas pesquisas permitem uma melhor estimativa do realcontato que crianças e jovens têm com a violência, mas não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ter limitações em <strong>de</strong>corrênciado perfil <strong>da</strong> amostra: crianças com mais <strong>de</strong> 12 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, moradoras em residências com telefones.A exclusão <strong>de</strong> crianças menores <strong>de</strong> 12 anos, e/ou <strong>da</strong>quelas que habitam casas sem telefone, que estãoinstitucionaliza<strong>da</strong>s ou moram na rua provoca distorções nos resultados, distorções estas cuja proporçãopermanecia <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong> até recentemente.Ain<strong>da</strong> nos Estados Unidos em 1997, em 12 Estados <strong>da</strong> União, as polícias começaram a registrara i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s vítimas <strong>de</strong> violência não-fatal e isto permitiu i<strong>de</strong>ntificar a super-representação <strong>de</strong> jovenscom menos <strong>de</strong> 17 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> como vítimas <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> <strong>de</strong>litos violentos. As crianças e jovens entre0 e 17 anos representaram em 1997: 71% <strong>da</strong>s vítimas <strong>de</strong> abuso sexual (ou estupro), 38% <strong>da</strong>s vítimas<strong>de</strong> seqüestro e 12% <strong>da</strong>s vítimas <strong>de</strong> todos os crimes violentos registrados pela polícia. A lesão corporalfoi o crime mais freqüente, representando 41% dos casos registrados pela polícia, relativos a essa faixaetária (Finkelhor e Ormond, 2000).Outros <strong>da</strong>dos do Fe<strong>de</strong>ral Bureau of Investigation (FBI), relativos a crianças com menos <strong>de</strong> 12 anos<strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> reiteram a forte presença <strong>de</strong> crianças como vítimas <strong>da</strong> violência não-fatal, contrariando o queos adultos costumam imaginar sobre o que seja a experiência <strong>da</strong> infância e do começo <strong>da</strong> adolescência:entre 1991 e 1996, crianças com menos <strong>de</strong> 12 anos representaram 5,5% <strong>da</strong>s vítimas <strong>de</strong> todos os crimesviolentos registrados pelas polícias. Estas crianças foram vítimas <strong>de</strong>: agressões sexuais (32%), seqüestro(21%), lesão corporal grave (4%), lesão corporal simples (4%) e assalto à mão arma<strong>da</strong> (2%). Mais <strong>de</strong>um terço <strong>da</strong>s vítimas (37%) tinha menos <strong>de</strong> 7 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> e, surpreen<strong>de</strong>ntemente 10 , quase a meta<strong>de</strong>(47%) eram meninas (Wilson, 2000). O estudo do FBI <strong>de</strong>monstrou ain<strong>da</strong> que crimes contra criançastêm maior probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ser relatados à polícia se ocorrerem <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> escola e se o agressor for umadulto não familiar.Pesquisas com jovens universitários (18 a 24 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>) revelam um perfil <strong>de</strong> vitimizaçãosemelhante ao <strong>de</strong> jovens com menos <strong>de</strong> 18 anos, porém em freqüência inferior a <strong>de</strong> jovens <strong>de</strong> mesmai<strong>da</strong><strong>de</strong> não-universitários. Ao contrário do que seria esperado, jovens universitários recorrem ain<strong>da</strong> menosà polícia <strong>para</strong> registrar crimes do que jovens não-universitários (Hart e Rennison, 2003).8. National Institute of Justice, 2003.9. Segundo Osofsky (2001), em 1996, aproxima<strong>da</strong>mente 50% <strong>da</strong> vitimização grave (lesão corporal grave, estupro ou assalto à mãoarma<strong>da</strong>) <strong>de</strong> jovens nos Estados Unidos não foram notificados à polícia ou a qualquer autori<strong>da</strong><strong>de</strong> escolar, <strong>de</strong> assistência social ou<strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. Kilpatrick, Saun<strong>de</strong>rs e Smith (2003) relatam que, segundo a National Survey of Adolescents <strong>de</strong> 1995, ao menos 86% <strong>da</strong>sagressões sexuais e 65% <strong>da</strong>s agressões físicas, que vitimaram adolescentes, não foram notificados à polícia, apesar <strong>de</strong> as vítimasconhecerem os agressores (ou talvez justamente por este motivo).10. Dado que meninos ten<strong>de</strong>m a ser mais vítimas <strong>de</strong> violência do que meninas.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 19


As limitações <strong>de</strong>ssas pesquisas levaram alguns pesquisadores a explorarem novas técnicas alternativas<strong>de</strong> pesquisa aplicáveis a crianças menores <strong>de</strong> 12 anos. Trataram ain<strong>da</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar quaisos efeitos sobre uma criança <strong>de</strong> ser vítima <strong>de</strong> diferentes tipos <strong>de</strong> violência em diferentes contextos:na família, na escola e na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Finkelhor et al. (2005) realizaram uma pesquisa nacional, nosEstados Unidos, com crianças e jovens entre 2 e 17 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, que i<strong>de</strong>ntificou um alto grau <strong>de</strong> subrepresentação<strong>da</strong> vitimização infantil, mesmo quando medi<strong>da</strong> pelas pesquisas <strong>de</strong> vitimização tradicionais.Foram examinados 34 tipos <strong>de</strong> violência contra jovens e crianças, envolvendo crimes, maus-tratos,vitimização por irmãos e por colegas, abuso sexual e testemunho <strong>de</strong> violência (vitimização indireta).Os resultados <strong>de</strong>sse estudo revelaram que, entre 2001 e 2002, em média, ca<strong>da</strong> criança e jovem foi vítima<strong>de</strong> até três tipos <strong>de</strong> violência e que a ca<strong>da</strong> mil crianças e jovens:• 530 foram vítimas <strong>de</strong> agressão corporal, em que 103 sofreram alguma lesão em conseqüência<strong>de</strong>sta agressão;• 357 testemunharam violência;• 273 foram vítimas <strong>de</strong> crimes contra o patrimônio;• 136 foram vítimas <strong>de</strong> maus-tratos;• 82 foram vítimas <strong>de</strong> crimes sexuais.Cerca <strong>de</strong> 20% <strong>de</strong>sses jovens e crianças foram vítimas <strong>de</strong> bullying (que inclui, além <strong>de</strong> provocaçõese humilhações, agressões físicas e sexuais) e 25% sofreram algum tipo <strong>de</strong> assédio. As crianças entre 6 e12 anos são, com maior freqüência, vítimas <strong>de</strong> agressão física, <strong>de</strong> bullying e <strong>de</strong> assédio. Já os adolescentessão vítimas <strong>de</strong> lesão corporal, seqüestro, agressão por irmãos/colegas, agressão não sexual contraórgãos genitais e violência <strong>de</strong> namoro.A conclusão dos autores é que a maioria <strong>da</strong>s pesquisas subestima maciçamente o grau <strong>de</strong> vitimização<strong>da</strong>s crianças e dos jovens: um exemplo é a lesão corporal, enquanto os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong>ssa pesquisarevelam 530 vítimas <strong>de</strong> lesão corporal a ca<strong>da</strong> mil crianças e jovens, as pesquisas tradicionais mostramentre 39 e 49 vítimas <strong>de</strong> lesão corporal a ca<strong>da</strong> mil crianças. Esse estudo revela ain<strong>da</strong> a existência <strong>de</strong>padrões <strong>de</strong> vitimização crônica: crianças que são vítimas <strong>de</strong> agressão sexual combina<strong>da</strong> com violência<strong>de</strong> namoro e crimes <strong>de</strong> ódio. Estas combinações <strong>de</strong> vitimização, que <strong>de</strong>ixam fortes seqüelas, não sendo<strong>de</strong>tecta<strong>da</strong>s, não po<strong>de</strong>m ser alvo <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> prevenção. Sendo altamente traumáticas, são o tipo <strong>de</strong>vitimização que aumenta o risco <strong>de</strong> mais violência e <strong>de</strong> se tornarem estatísticas fatais.A gran<strong>de</strong> contribuição <strong>de</strong>sses novos estudos <strong>de</strong> vitimização está em trazer <strong>para</strong> o <strong>de</strong>bate o queocorre antes <strong>da</strong>s estatísticas <strong>de</strong> homicídio: o papel <strong>da</strong> experiência <strong>de</strong> vitimização recorrente, provoca<strong>da</strong>por violência não-fatal na construção do <strong>de</strong>sfecho fatal e, portanto, <strong>da</strong> prevenção <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>sfecho.Conhecer o perfil <strong>da</strong>s vítimas <strong>da</strong> violência não-fatal é um dos elementos necessários <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong>programas <strong>de</strong> prevenção mais eficientes, mas também é importante i<strong>de</strong>ntificar quem são os agressores,ou seja, é necessário prevenir tanto a vitimização como a agressão.Perfil dos agressores <strong>da</strong> violência não-fatalO relacionamento entre as vítimas infantis e juvenis e seus agressores varia <strong>de</strong> acordo com otipo <strong>de</strong> violência sofri<strong>da</strong>, com a i<strong>da</strong><strong>de</strong> e com o sexo <strong>da</strong> vítima. Dados dos Estados Unidos (Finkelhor eOrmond, 2000) revelam que, em 55% dos casos <strong>de</strong> violência contra crianças, o agressor é um adulto.Em 62% dos casos <strong>de</strong> lesão corporal, as vítimas juvenis conheciam o agressor, e em 3 <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> 7 estupros,a vítima conhecia o agressor, enquanto 80% <strong>da</strong>s vítimas <strong>de</strong> assalto à mão arma<strong>da</strong> não conheciam oagressor. (Kilpatrick, Saun<strong>de</strong>rs e Smith, 2003).201 - A vitimização <strong>de</strong> crianças e jovens: o cenário internacional


na, ao longo do período <strong>de</strong> 1991 a 2000, e verificou que a causa <strong>de</strong> morte mais freqüente ain<strong>da</strong> são osaci<strong>de</strong>ntes (15%), seguidos dos aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito (14,6%). Os homicídios vêm em terceiro lugar, com10,1% e os suicídios, em quarto, com 9,1%.Análises focaliza<strong>da</strong>s, em países específicos, revelariam que a “epi<strong>de</strong>mia” <strong>de</strong> homicídio não eraexatamente algo generalizado, mas, mesmo ao consi<strong>de</strong>rar os grupos <strong>de</strong> maior risco, jovens do sexomasculino, entre 15 e 19 anos, varia entre ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, entre bairros, afetando mais osmoradores <strong>de</strong> áreas mais pobres <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s centros urbanos 12 . Isso é válido tanto <strong>para</strong> países economicamente<strong>de</strong>senvolvidos como <strong>para</strong> países em <strong>de</strong>senvolvimento. Sanjuan (1998), analisando os <strong>da</strong>dos <strong>da</strong>Venezuela entre 1992 e 1996, mostrou como o homicídio <strong>de</strong> jovens se transformou, em curto espaço <strong>de</strong>tempo, em um grave problema em Caracas. Enquanto no começo dos anos <strong>de</strong> 1990, Yunes e Zubarewhaviam i<strong>de</strong>ntificado um coeficiente <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> 5/100 mil habitantes <strong>para</strong> jovens entre 15 e 19anos no país, em 1994, este coeficiente, no caso <strong>de</strong> Caracas, <strong>para</strong> a mesma faixa etária, atingia 218 por100 mil habitantes. Resultados semelhantes foram obtidos por Concha (1998) <strong>para</strong> a Colômbia.A concentração dos homicídios em ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e, especificamente, em alguns <strong>de</strong> seus bairros oudistritos, explica por que os homicídios são também interpretados como “um barômetro social, umindicador <strong>da</strong>s relações sociais em nível micro e macro. O assassinato não é apenas um crime, é umsinalizador <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública ou social” (Shaw, Tunstall e Dorling, 2005). Os homicídios crescem à medi<strong>da</strong>que se <strong>de</strong>terioram as condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, como <strong>de</strong>monstram os <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Organização Mundial <strong>da</strong>Saú<strong>de</strong>, analisados no Relatório Mundial sobre Violência e Saú<strong>de</strong> (Krug et al., 2002), no capítulo sobreviolência juvenil: os países latino-americanos que passaram (ou passam) por transições políticas e/ousaem <strong>de</strong> guerras civis, países africanos e do antigo Leste europeu apresentam os coeficientes <strong>de</strong> homicídiomais elevados 13 .A relação entre a piora nas condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e o aumento dos homicídios tem sido observa<strong>da</strong>mesmo nos países com os mais altos índices <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento humano e econômico e on<strong>de</strong> as taxas<strong>de</strong> homicídio costumam ser bem reduzi<strong>da</strong>s, como é o caso do Japão (Hata et al., 2001) e <strong>da</strong> Grã-Bretanha(Shaw, Tunstall e Dorling, 2005). Neste último, os autores analisaram os homicídios por um período<strong>de</strong> 20 anos (1981 a 2000), no qual ocorreram 13 mil homicídios em todo o país. Os autores i<strong>de</strong>ntificaramum forte crescimento <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> homens jovens (20 a 24 anos), moradores <strong>da</strong>s regiões e dosbairros mais pobres do país, a partir <strong>de</strong> 1985. Surpreen<strong>de</strong>, no caso <strong>da</strong> Grã-Bretanha, por exemplo, queo homicídio e o suicídio cresçam na mesma população: homens jovens e pobres. Este crescimento éatribuído à piora <strong>da</strong>s condições sociais e ao aumento <strong>da</strong> <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong> socioeconômica. Testemunharoutros jovens <strong>da</strong> mesma i<strong>da</strong><strong>de</strong> conseguirem uma melhor educação, melhores postos <strong>de</strong> trabalho e tornarem-semais ricos levaria estes jovens a sentirem-se <strong>de</strong>svalorizados, a envolverem-se em mais disputasverbais e físicas, talvez, como forma <strong>de</strong> se sentirem menos inferiorizados e, assim, correrem maisriscos <strong>de</strong> lesão e morte 14 .A concentração <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre grupos social e economicamente maisvulneráveis em uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> parece ser um fenômeno universal. O homicídio <strong>de</strong> jovens e criançasfoi i<strong>de</strong>ntificado como um grave problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública nos Estados Unidos em meados dos anos<strong>de</strong> 1980, período em que estes homicídios começaram a crescer <strong>de</strong> forma tão acentua<strong>da</strong> a ponto <strong>de</strong>12. Em 85% dos con<strong>da</strong>dos nos Estados Unidos, não há casos <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> jovens.13. Na Rússia, por exemplo, as taxas <strong>de</strong> homicídio triplicaram entre 1988 e 1994 (Pri<strong>de</strong>more, 2003), e ain<strong>da</strong> se reconhece que estesnúmeros provavelmente estão subestimados.14. Shaw, Tunstall e Dorling (2005).221 - A vitimização <strong>de</strong> crianças e jovens: o cenário internacional


<strong>de</strong>m, inadverti<strong>da</strong>mente, colocar-se mais em situações perigosas. O resultado <strong>de</strong>ssa pesquisa segue namesma direção <strong>de</strong> outro estudo (Lauritsen, 2003) que buscou explicar por que jovens, filhos <strong>de</strong> famíliaschefia<strong>da</strong>s por apenas uma pessoa (em geral, mulheres), têm maior risco <strong>de</strong> ser vítimas <strong>de</strong> violênciafatal e não-fatal. Essas famílias estão submeti<strong>da</strong>s a maiores dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas, moram em áreasmais carentes, on<strong>de</strong> há mais <strong>de</strong>semprego, mais <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> assistência pública,maior número <strong>de</strong> outros jovens em condições <strong>de</strong> risco e um menor número <strong>de</strong> adultos em condições<strong>de</strong> exercer um controle social mais eficaz e <strong>de</strong> proteger os jovens <strong>da</strong> violência. Quando estas famíliasmu<strong>da</strong>m <strong>de</strong> moradia, seus filhos são mais expostos à violência, por terem <strong>de</strong> se a<strong>da</strong>ptar a um novo ambiente:apren<strong>de</strong>r a distinguir aon<strong>de</strong> ir <strong>de</strong> on<strong>de</strong> não ir; com quem an<strong>da</strong>r e com quem não an<strong>da</strong>r, ou seja,apren<strong>de</strong>r as regras <strong>de</strong> sobrevivência do bairro e seus códigos.O fato <strong>de</strong> os homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens terem crescido muito nos últimos vinte anos, emvários países ao redor do mundo, tem levado alguns pesquisadores a buscar explicações <strong>para</strong> este crescimentono perfil <strong>de</strong>mográfico <strong>da</strong>s populações e nas concentrações <strong>de</strong> jovens e crianças, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em um <strong>de</strong>terminado momento: o papel que as chama<strong>da</strong>s “on<strong>da</strong>s <strong>de</strong> jovens” teriam naexplicação <strong>para</strong> os picos <strong>de</strong> homicídios.Dois dos estudos mais recentes, sobre o papel do perfil <strong>de</strong>mográfico no caso dos homicídios, foramrealizados nos Estados Unidos 18 . Os dois estudos <strong>de</strong>monstram que há uma relação entre a maiorpresença <strong>de</strong> jovens e a maior incidência <strong>de</strong> homicídios, e seu oposto: a que<strong>da</strong> nos homicídios segue alteraçõesno perfil <strong>de</strong>mográfico <strong>da</strong> população ao que se refere às minorias raciais: negros e hispânicos 19 .Entretanto esta relação não é tão forte quanto se pensava inicialmente, pois, segundo Fox e Piquero(2003), as mu<strong>da</strong>nças no perfil <strong>de</strong>mográfico explicam apenas 10% <strong>da</strong> redução dos homicídios. Estes autoreschamam atenção <strong>para</strong> a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se conhecer em maior profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> “fatores etiológicos”do homicídio.Há consenso entre os pesquisadores sobre o papel que armas <strong>de</strong> fogo têm <strong>de</strong>sempenhado nocrescimento dos homicídios: as armas <strong>de</strong> fogo são as mais freqüentemente usa<strong>da</strong>s em homicídios <strong>de</strong>jovens adolescentes acima <strong>de</strong> 10 anos (Krug et al., 2002; Tourinho Peres, 2004; Harms e Sny<strong>de</strong>r, 2004).Em 1994 (Krug et al., 2002), 80% dos homicídios <strong>de</strong> jovens, na Colômbia, envolveram armas <strong>de</strong> fogo;nos Estados Unidos 70%, entre 12 e 17 anos, o percentual atinge 76% (Harms e Sny<strong>de</strong>r, 2004). Se consi<strong>de</strong>rarmossó os jovens do sexo masculino, o percentual sobe ain<strong>da</strong> mais e, em 2000, armas <strong>de</strong> fogoforam utiliza<strong>da</strong>s em 86% dos homicídios <strong>de</strong> jovens entre 12 e 17 anos, nos Estados Unidos. Já as criançasmenores <strong>de</strong> dois anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> ten<strong>de</strong>m a ser mortas por maus-tratos/espancamentos.O perfil dos agressoresPrevenir os homicídios requer, por sua vez, mais informações sobre as vítimas (além <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>,sexo e raça ou etnia) e sobre os agressores. Um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio <strong>para</strong> a prevenção dos homicídios <strong>de</strong>jovens resi<strong>de</strong> na pouca informação, mesmo nos países on<strong>de</strong> há muito conhecimento acumulado sobreos homicídios, as vítimas e os agressores. De fato, se conhece muito menos sobre as vítimas <strong>da</strong> violênciafatal do que sobre as vítimas <strong>de</strong> violência não-fatal. Os estudos <strong>de</strong> vitimização fornecem muita18. O Brien e Stockard (2002) e Fox e Piquero (2003).19. O Brien e Stockard (2002), que além do tamanho do grupo incluíram a variável tipo <strong>de</strong> família se os pais estavam em umarelação conjugal formal ou informal, fornecem a seguinte explicação: quanto maior o grupo <strong>de</strong> nascidos em um mesmo ano (cohorts)maior a competição econômica e maior a <strong>de</strong>svantagem econômica. Gran<strong>de</strong>s grupos <strong>de</strong> cohorts colocam maior pressão sobre os empregose sobre as instituições <strong>de</strong> segurança social, e sobre os adultos por supervisão. Assim, há menos regulação social e integraçãoe menos exercício <strong>de</strong> capital social.241 - A vitimização <strong>de</strong> crianças e jovens: o cenário internacional


informação sobre as vítimas <strong>da</strong> violência não-fatal, informações estas que não constam dos boletins<strong>de</strong> ocorrência <strong>da</strong> polícia ou <strong>da</strong>s notificações <strong>de</strong> óbito 20 . Quanto aos agressores, parte <strong>da</strong> explicação estánas baixas taxas <strong>de</strong> resolução dos casos, problema que atinge até mesmo os Estados Unidos, on<strong>de</strong> háum gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> homicídios não esclarecidos. Sorenson (2000), por exemplo, verificou que, emLos Angeles, 42,3% dos casos <strong>de</strong> homicídios não têm nenhum suspeito i<strong>de</strong>ntificado.O que está razoavelmente bem estabelecido é que o perfil do agressor varia segundo a i<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong> vítima: crianças com 12 anos ou menos ten<strong>de</strong>m a ser vitima<strong>da</strong>s por conhecidos e, <strong>de</strong>ntre estes, háum gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> mulheres agressoras (43%, Finkelhor e Ormond, 2001). A maior parte dos estudosmostra que as crianças com até 6 anos têm um perfil <strong>de</strong> vitimização claro: parte é vítima <strong>de</strong>ntro<strong>da</strong> família, e o agressor é um dos responsáveis: pai, mãe ou tutor. Isso se observa nos Estados Unidos(Finkelhor e Ormond, 2001; Lyman et al., 2003) na Suíça (Romain et al., 2003) ou no Japão (Hata et al.,2001). Esta é também a faixa etária <strong>para</strong> a qual se estima que haja maior subnotificação <strong>de</strong> casos <strong>de</strong>homicídios. Apenas um dos estudos realizados no Estado do Missouri, nos Estados Unidos, sobre os casos<strong>de</strong> mortes aci<strong>de</strong>ntais <strong>de</strong> crianças ocorridos entre 1983 e 1986, i<strong>de</strong>ntificou que 39% <strong>de</strong>stes aci<strong>de</strong>ntesencobriam mortes por maus-tratos e que outros 18%, provavelmente, também eram maus-tratos. A subestimativa<strong>de</strong>ssas mortes é tão freqüente que há um alerta, <strong>da</strong>tado <strong>de</strong> 1995, do US Advisory Board onChild Abuse and Neglect <strong>de</strong> que os coeficientes <strong>de</strong> homicídio <strong>de</strong> crianças pequenas po<strong>de</strong>m ser o dobrodos números oficiais, e uma solicitação <strong>de</strong>sta Comissão <strong>de</strong> que to<strong>da</strong>s as mortes aci<strong>de</strong>ntais <strong>de</strong> criançaspassem por uma revisão.As crianças com menos <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, tanto do sexo feminino como masculino, têm maiorprobabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ser mortas pela própria mãe. Entre 1 e 5 anos o risco <strong>de</strong> morte é por maus-tratos porparte do pai, mãe ou do responsável por seus cui<strong>da</strong>dos. Este risco não é pequeno, pois mesmo após to<strong>da</strong>a que<strong>da</strong> <strong>de</strong> homicídios nos Estados Unidos, <strong>da</strong>dos mais recentes (2005) revelam que 20% <strong>da</strong>s pessoasassassina<strong>da</strong>s naquele país, em 2002, o foram por uma pessoa <strong>da</strong> família, e esse percentual cresce <strong>para</strong>crianças com menos <strong>de</strong> 13 anos <strong>para</strong> 66%. Entre os 7 e 10 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, o risco <strong>de</strong> homicídio cai, mascresce o <strong>de</strong> morte por motivação sexual. Acima dos 12 anos e até os 17 anos, os meninos têm maior risco<strong>de</strong> morte por homicídio, os agressores ten<strong>de</strong>m a ser jovens adultos do sexo masculino. Os <strong>da</strong>dos sugeremque os agressores não são <strong>da</strong> mesma faixa etária <strong>da</strong>s vítimas, como <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m vários autores, massim jovens adultos, ou seja, mais velhos que as vítimas. Ao menos nos casos registrados entre 1980 e2000, nos Estados Unidos, em que os agressores eram conhecidos, em 75% dos casos, estes agressoreseram jovens adultos. Estima-se que, em menos <strong>de</strong> 25% dos casos, o agressor tenha a mesma i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>vítima (Harms e Sny<strong>de</strong>r, 2004).Dados, também dos Estados Unidos, mostram que 11% <strong>de</strong>sses homicídios 21 são perpetrados porestranhos e 29%, por pessoas não i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s; assim, é difícil “avaliar <strong>de</strong> modo acurado a ameaça representa<strong>da</strong>pelos estranhos porque com freqüência a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> dos perpetradores dos homicídios <strong>de</strong>jovens não é conheci<strong>da</strong>” 22 . Estes jovens são mortos não nas escolas, mas nas vizinhanças <strong>de</strong> suas mora-20. Além <strong>da</strong>s pesquisas <strong>de</strong> vitimização, outra fonte <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos sobre as vítimas <strong>da</strong> violência não-fatal são os estudos longitudinaissobre a saú<strong>de</strong> e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> adolescentes que são rotineiramente realizados nos Estados Unidos, ou ain<strong>da</strong>, estudos comagressores violentos e suas vítimas. Já <strong>da</strong>dos sobre homicídios requerem pesquisas em arquivos (do judiciário ou <strong>da</strong> polícia) e entrevistascom familiares, e este tipo <strong>de</strong> pesquisa é mais raro.21. Esses números variam conforme a fonte: Harms e Sny<strong>de</strong>r (2004) relatam que, em 26% dos homicídios <strong>de</strong> jovens ocorridos entre1980 e 2000, o agressor era <strong>de</strong>sconhecido. Nos casos em que a polícia i<strong>de</strong>ntificou um responsável, 38% eram familiares, 47% conhecidose 15% <strong>de</strong>sconhecidos.22. Finkelhor e Ormond, (2001).Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 25


dias, apenas 1% dos homicídios <strong>de</strong> jovens, nos Estados Unidos ocorre nas escolas (Finkelhor e Ormond,2001; Harms e Sny<strong>de</strong>r, 2004).Quanto ao envolvimento pregresso <strong>de</strong>stas vítimas com violência ou com <strong>de</strong>litos criminais, os <strong>da</strong>dosinternacionais divergem: em alguns países, uma parte <strong>de</strong>stes jovens, vítimas <strong>de</strong> homicídio, pareceter tido algum envolvimento anterior com <strong>de</strong>litos. Esse é o caso dos Estados Unidos, on<strong>de</strong> uma análisedo perfil <strong>de</strong> jovens, mortos e feridos por armas <strong>de</strong> fogo, <strong>de</strong>monstrou que a maioria “era altamente<strong>de</strong>linqüente” (Loeber et al., 1999), outros estudos não apontam esta relação. Por exemplo, Cohen et al.(2002) mostram que, em 2000, 0,05% dos jovens presos por algum <strong>de</strong>lito foi por homicídio doloso ouculposo. Na Europa, segundo Pfeiffer (1998), 1,8% dos jovens foi preso por envolvimento com homicídioe, no Brasil (Adorno et al., 1999), foi i<strong>de</strong>ntificado que 1,3% dos jovens sindiciados por Varas <strong>da</strong> Infância e<strong>da</strong> Adolescência na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (entre 1993 e 1996) estava envolvido com homicídios. Os <strong>da</strong>dossugerem que, ao redor do mundo, os jovens são, com maior freqüência, vítimas <strong>de</strong> homicídio e nãoagressores. Apesar <strong>de</strong>sse fato, sabe-se muito pouco sobre seus agressores e, menos ain<strong>da</strong>, sobre os contextosnos quais as mortes ocorrem: quais são os tipos <strong>de</strong> interação que provocam maior risco, qual opapel do álcool e <strong>da</strong>s drogas; <strong>da</strong>s normas <strong>de</strong> comportamento; <strong>de</strong> competições por prestígio e por po<strong>de</strong>r;por afeto; ou mesmo por medo.261 - A vitimização <strong>de</strong> crianças e jovens: o cenário internacional


2Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovensna literatura nacional 23O levantamento <strong>da</strong> literatura especializa<strong>da</strong> foi realizado mediante consulta a fontes documentais<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s. Valemo-nos, inicialmente, do levantamento do diretório dos grupos <strong>de</strong> pesquisa,publicado em Ciência e Cultura, 54, julho-set. <strong>de</strong> 2002. Nele, encontram-se os principais grupos que seocupam do estudo <strong>da</strong> violência no Brasil, inclusive com trabalho concentrado no domínio <strong>da</strong> violênciafatal. Foram consultados também a plataforma Lattes do CNPq, bibliotecas digitais (USP, Unicamp, IBGE,IPEA), o portal <strong>de</strong> periódicos <strong>da</strong> CAPES e o sistema Scielo <strong>de</strong> periódicos eletrônicos. A<strong>de</strong>mais, conferiu-seatenção particulariza<strong>da</strong> a algumas publicações especializa<strong>da</strong>s: Revista <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, publicação <strong>da</strong>Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> USP / Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, <strong>da</strong> Escola Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública (ENSP) e<strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Oswaldo Cruz (Fiocruz); Revista Panamericana <strong>de</strong> Salud, <strong>da</strong> Organização Pan-americana<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OPAS) e a Revista Brasileira <strong>de</strong> Ciências Sociais, publicação <strong>da</strong> Associação Nacional <strong>de</strong> Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS).Foram feitos ain<strong>da</strong> rastreamentos em websites, em especial Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS e SIM); SecretariaMunicipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro; Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Estado <strong>de</strong> São Paulo; e SecretariaMunicipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (PRO-AIM).Adotou-se ain<strong>da</strong> o critério <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar as referências cita<strong>da</strong>s com maior freqüência, nos principaisestudos, <strong>de</strong> modo a cercar o que há <strong>de</strong> mais relevante na pesquisa brasileira na área. O levantamento adotoua <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> crianças, adolescentes e jovens adultos do Estatuto <strong>da</strong> Criança e do Adolescente (ECA).A produção <strong>de</strong> informações, <strong>de</strong> estudos, análises e pesquisas sobre homicídios no Brasil provém <strong>de</strong>organizações governamentais, organizações não-governamentais, centros <strong>de</strong> pesquisa e universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s (públicose privados). Resulta tanto <strong>de</strong> projetos institucionais, executados em equipe, quanto <strong>de</strong> pesquisadoresindividuais. Em regra, organismos governamentais concentram seus esforços prioritariamente na produção,<strong>de</strong>puração, classificação, armazenamento, processamento e divulgação <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos quantitativos e <strong>de</strong>análises técnicas. Entre esses, <strong>de</strong>stacam-se a Fun<strong>da</strong>ção Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística (IBGE);o Instituto <strong>de</strong> Pesquisas Econômicas Aplica<strong>da</strong>s (IPEA); o Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>;o Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) e o Sistema <strong>de</strong> Informações <strong>de</strong> Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM), do Ministério <strong>da</strong>Saú<strong>de</strong>; a Fun<strong>da</strong>ção Oswaldo Cruz (Fiocruz); a Gerência <strong>de</strong> Informação Epi<strong>de</strong>miológica, <strong>da</strong> Superintendência<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva, <strong>da</strong> Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro; o Grupo Técnico <strong>de</strong> Informações <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong> e a Fun<strong>da</strong>ção Sistema Estadual <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Dados (Sea<strong>de</strong>), ambos do Governo do Estado <strong>de</strong> São Paulo;o Programa <strong>de</strong> Aprimoramento <strong>da</strong>s Informações <strong>de</strong> Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (PRO-AIM), <strong>da</strong> Prefeitura do Município<strong>de</strong> São Paulo, além <strong>de</strong> outras secretarias municipais e estaduais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> segurança pública.Organismos internacionais também <strong>de</strong>sempenham importante papel, inclusive na formulação<strong>da</strong> agen<strong>da</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos e documentos técnicos bem como <strong>de</strong> pesquisas. São eles: Organiza-23. A revisão <strong>da</strong> literatura contou com a participação <strong>de</strong> Otávio A.F. Albuquerque, bolsista <strong>de</strong> Treinamento Técnico 1, Pró-Reitoria<strong>de</strong> Pesquisa USP; Júlio César Bezerra e Thiago Tha<strong>de</strong>u <strong>da</strong> Rocha, bolsistas do PIBIC-CNPq. Eles foram responsáveis pela realização <strong>de</strong>levantamento bibliográfico e a inserção <strong>da</strong>s referências em banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos eletrônico, mediante emprego do programa EndNote 8.Posteriormente, esse levantamento foi atualizado por Patrícia Carla dos Santos e Sérgio Adorno.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 27


ção Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS); Organização Pan-Americana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OPAS); e Instituto Latino-Americano<strong>de</strong> Prevenção do Delito (Ilanud).Por sua vez, as organizações não-governamentais procuram produzir informações alternativasàs divulga<strong>da</strong>s pelos organismos governamentais, explorando outras fontes – como casos noticiados naimprensa periódica, <strong>de</strong>núncias <strong>de</strong> testemunhas, monitoramento e vigilância epi<strong>de</strong>miológica, realizadossegundo procedimentos técnico-metodológicos não convencionais. Entre as ONGs, citam-se AmericasWatch Committee; Movimento Nacional <strong>de</strong> Meninos e Meninas <strong>de</strong> Rua (MNMMR); MovimentoNacional <strong>de</strong> Direitos Humanos (MNDH); Justiça Global; Viva Rio; Comissão Teotônio Vilela <strong>de</strong> DireitosHumanos (CTV), entre outros.Centros <strong>de</strong> pesquisas privados ou grupos <strong>de</strong> pesquisas vinculados às universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s têm exercidopapel <strong>de</strong>cisivo no acúmulo <strong>de</strong> informações qualifica<strong>da</strong>s e na exploração, ca<strong>da</strong> vez mais avança<strong>da</strong>, <strong>da</strong>scausas, circunstâncias e contexto social que explicam a vira<strong>da</strong> epi<strong>de</strong>miológica <strong>da</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> voluntária,no Brasil, há, pelo menos, três déca<strong>da</strong>s. Alguns têm se sobressaído por seus estudos e pesquisasa respeito dos homicídios no Brasil: Instituto Superior <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>da</strong> Religião – RJ; Grupo <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>de</strong>Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica, <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública <strong>da</strong> USP; Centro Latino-Americano <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong><strong>de</strong> Violência e Saú<strong>de</strong> (Claves); Jorge Careli, <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Oswaldo Cruz (Fiocruz); <strong>Estudos</strong> <strong>de</strong> Criminali<strong>da</strong><strong>de</strong>e Segurança Pública, <strong>da</strong> UFMG; Núcleo <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>da</strong> Violência (NEV-CEPID/USP); Núcleo <strong>de</strong>Pesquisa <strong>da</strong>s Violências (Nupevi) <strong>da</strong> UERJ; e Centro <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>de</strong> Segurança e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia (CESEC), <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Cândido Men<strong>de</strong>s (UCAM-RJ), entre tantos outros.O corpo <strong>de</strong> pesquisadores provém <strong>de</strong> distintos campos disciplinares. Grosso modo, divi<strong>de</strong>-se em doisgran<strong>de</strong>s grupos: a) pesquisadores do campo <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> pública, em especial epi<strong>de</strong>miologistas; b) cientistassociais, sobretudo antropólogos, sociólogos, cientistas políticos e psicólogos sociais. Foi no campo <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>pública e <strong>da</strong> epi<strong>de</strong>miologia que o crescimento <strong>da</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por causas externas motiva<strong>da</strong> por homicídioscomeçou a merecer atenção especial. Os primeiros estudos já alertavam <strong>para</strong> uma espécie <strong>de</strong> vira<strong>da</strong>epi<strong>de</strong>miológica, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os anos 70 do século passado, conforme apontou Mello Jorge (1979) em sua originaltese <strong>de</strong> doutoramento em Saú<strong>de</strong> Pública <strong>de</strong>fendi<strong>da</strong> na USP. Para os pesquisadores <strong>de</strong>sta área, o crescimentoacentuado <strong>de</strong> homicídios, em curto espaço <strong>de</strong> tempo, é um problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, uma vez que comprometea integri<strong>da</strong><strong>de</strong> física <strong>de</strong> populações, provoca aumento <strong>de</strong> custos com atendimento e tratamento<strong>da</strong>s vítimas e reduz expectativas <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, estimulando sentimentos coletivos <strong>de</strong> pânico e incerteza.Por sua vez, cientistas sociais têm se valido dos estudos <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>miologistas e mesmo incorporado<strong>de</strong>scobertas e teses neles expostas e <strong>de</strong>fendi<strong>da</strong>s. Além <strong>de</strong>ssas preocupações, os estudos realizadospor cientistas sociais revelam preocupações mais abrangentes, relaciona<strong>da</strong>s ao lugar e impacto dos homicídiosna mu<strong>da</strong>nça dos padrões <strong>de</strong> criminali<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> violência na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira contemporânea,em especial, a partir do processo <strong>de</strong> transição e consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> <strong>de</strong>mocracia neste país. Sob estaperspectiva, o problema <strong>da</strong> violência fatal, além <strong>de</strong> suas conexões com saú<strong>de</strong> pública, está igualmenteassociado ao controle social, às políticas <strong>de</strong> segurança pública e justiça penal, à emergência do crimeorganizado, intensificando as disputas com resultados fatais.O levantamento i<strong>de</strong>ntificou 135 referências divulga<strong>da</strong>s por meio <strong>de</strong> veículos nacionais, compreen<strong>de</strong>ndoperiódicos especializados, livros, coletâneas, boletins técnicos.As fontes <strong>de</strong> informações e seus problemas metodológicosDiferentes pesquisadores têm se ocupado dos problemas metodológicos oferecidos pelas fontes<strong>de</strong> informação sobre mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por causas externas, classificação na qual se inserem os homicídios.282 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens na literatura nacional


Não é <strong>aqui</strong> o caso <strong>de</strong> inventariar todo o elenco <strong>de</strong> minuciosos problemas apontados pelos estudiosos.Há mais <strong>de</strong> uma déca<strong>da</strong>, lutas profissionais no campo <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> – nasci<strong>da</strong>s tanto <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>civil por meio <strong>de</strong> seus órgãos <strong>de</strong> representação corporativa quanto <strong>de</strong> segmentos <strong>de</strong> órgãos governamentais– alia<strong>da</strong>s às pressões <strong>da</strong>s agências internacionais <strong>de</strong> regulamentação lograram uniformizar epadronizar, em todo o território nacional, o formulário <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> óbito.Não ocorreu o mesmo no domínio dos serviços <strong>de</strong> segurança pública, a <strong>de</strong>speito <strong>da</strong>s lutas queperduram há mais <strong>de</strong> duas déca<strong>da</strong>s, razão por que não há um Boletim <strong>de</strong> Ocorrência Policial padronizado<strong>para</strong> o País. Ca<strong>da</strong> Estado dispõe <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo próprio, o que põe em movimento to<strong>da</strong> uma ca<strong>de</strong>ia<strong>de</strong> conseqüências como padrões locais <strong>de</strong> registro, armazenamento, processamento e divulgação <strong>de</strong>informações. Com isso, os sistemas estaduais não se comunicam entre si. A partir <strong>de</strong> 1999, a SecretariaNacional <strong>de</strong> Segurança, do Ministério <strong>da</strong> Justiça, tem divulgado por meio <strong>de</strong> seu sítio na web (www.senasp.gov.br) <strong>da</strong>dos nacionais, com base nas informações presta<strong>da</strong>s pelas secretarias estaduais <strong>de</strong> segurançapública. Embora submeti<strong>da</strong> a procedimentos mínimos <strong>de</strong> consistência, a coleta primária <strong>de</strong> informaçõesnão é homogênea, justamente porque não há um formulário-padrão <strong>para</strong> registro policial.Em parte, em <strong>de</strong>corrência disso, são i<strong>de</strong>ntificados vários problemas. Os principais referem-se àincompatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> entre as distintas fontes <strong>de</strong> informação, às diferenças metodológicas quer <strong>de</strong> coletaquer <strong>de</strong> tratamento dos <strong>da</strong>dos, à eleva<strong>da</strong> proporção <strong>de</strong> variáveis sem informação, ignora<strong>da</strong>s quer noBoletim <strong>de</strong> Ocorrência Policial – documento sob a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s secretarias estaduais <strong>de</strong> segurançapública – quer nas <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> óbito, documento sob encargo dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ain<strong>da</strong>que a verificação <strong>de</strong> óbito por mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> externa seja <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do Instituto Médico-Legal(IML), órgão subordinado à esfera policial estadual.É notória a dispari<strong>da</strong><strong>de</strong> entre as estatísticas <strong>de</strong> homicídio apresenta<strong>da</strong>s pelos serviços <strong>de</strong> segurançapública e as estatísticas <strong>de</strong> óbito por mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> externa, ofereci<strong>da</strong>s pelos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Cal<strong>de</strong>ira (2000), com<strong>para</strong>ndo os números <strong>de</strong> homicídios fornecidos pela polícia civil com os registroscivis, constatou que as diferenças, <strong>para</strong> a Região Metropolitana <strong>de</strong> São Paulo variaram <strong>de</strong> 47,09%, em1981, a 18,79%, em 1995. Valores próximos são encontrados, <strong>para</strong> o mesmo período, tanto <strong>para</strong> o municípiocomo <strong>para</strong> o Estado <strong>de</strong> São Paulo. Mais recentemente, outros estudiosos constataram que essadispari<strong>da</strong><strong>de</strong> vem sendo reduzi<strong>da</strong>, pois a integração entre estatísticas vitais e laudos <strong>de</strong> necropsia foiconsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> satisfatória (92,0%). [Gawryszewski, V.P.; Kahn, T. e Mello Jorge, M.H.P. (2005)].Ressaltam-se ain<strong>da</strong> imprecisões no preenchimento <strong>de</strong> formulário-base (Drumond Jr., 1999). Éfreqüente que informações essenciais, que possam i<strong>de</strong>ntificar ou caracterizar esses protagonistas doseventos violentos, <strong>de</strong>ixem <strong>de</strong> ser preenchi<strong>da</strong>s [cf. Njaine et al. (1997)]. Observam-se igualmente falhasno fluxo <strong>de</strong> informações entre as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s que coletam <strong>da</strong>dos (mais propriamente aquelas incumbi<strong>da</strong>sdo tratamento e as encarrega<strong>da</strong>s do processamento e divulgação). Barros, Ximenes e Lima (2001)compulsaram a causa básica <strong>da</strong> morte nas <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> óbito por causas externas em menores <strong>de</strong>20 anos resi<strong>de</strong>ntes em Recife-PE, em 1995. Dividido em duas etapas – codificação e vali<strong>da</strong>ção – o estudoanalisou a concordância entre os <strong>da</strong>dos oficiais e os <strong>da</strong>dos do estudo. Para 14 categorias <strong>de</strong> mortepor causa externa, inclusive homicídio, a porcentagem <strong>de</strong> concordância foi <strong>de</strong> 92%. [Cf. Barros et al.,2002; Cal<strong>de</strong>ira, 2000; Castro, Assunção e Durante, 2003; Gawryszewski, 2002; Mello Jorge, M.H.P., Gawryszewski,V.P. e Latorre, M.R.D.O., 1997; Zaluar, 2004].Aparentemente, os <strong>da</strong>dos fornecidos pelos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> parecem mais fi<strong>de</strong>dignos porqueestão fun<strong>da</strong>dos na <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> óbito (DO), ao passo que o Boletim <strong>de</strong> Ocorrência (BO) po<strong>de</strong> registrar,em um mesmo documento, mais <strong>de</strong> uma morte associa<strong>da</strong> a um mesmo e único evento. To<strong>da</strong>via,Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 29


também, não há garantias <strong>de</strong> que a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> óbito cubra o território nacional na sua totali<strong>da</strong><strong>de</strong>.Em 1997, o SIM <strong>de</strong>clarava cobrir 80% <strong>da</strong>s mortes no País. As avaliações indicam que a cobertura é maior(80%), nas Regiões Sul, Su<strong>de</strong>ste e Centro-Oeste e nos Estados <strong>de</strong> Sergipe (82,2%), Rondônia e Roraima(81,4%). [Mello Jorge, 1997 e 1990].Além disso, a fuga <strong>de</strong> informações compromete não somente a fi<strong>de</strong>digni<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas também contribui<strong>para</strong> turvar o conhecimento preciso <strong>da</strong> magnitu<strong>de</strong> <strong>da</strong>s mortes violentas. No caso dos BOs, as improprie<strong>da</strong><strong>de</strong>ssão muitas, tanto que é freqüente i<strong>de</strong>ntificar-se uma porcentagem <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> morte a esclarecer 24 .Os temasA literatura especializa<strong>da</strong> tem abor<strong>da</strong>do a presença <strong>de</strong> crianças e adolescentes no mundo <strong>da</strong>violência sob dupla perspectiva: por um lado, como vítimas; por outro, como agressores. Essa distinçãoé, sob o ponto <strong>de</strong> vista sociológico, arbitrária e comporta não poucos problemas. Certamente, quandoos estudos enfocam crianças e adolescentes como alvo <strong>de</strong> homicídios ou quando referidos àquelessegmentos mais prejudicados pela falta ou insuficiência <strong>da</strong>s políticas sociais, não há dúvi<strong>da</strong>s em classificá-loscomo vítimas.As dúvi<strong>da</strong>s aparecem quando estão em pauta crianças e adolescentes autores <strong>de</strong> infração penal,entre os quais homicídios. As imagens, veicula<strong>da</strong>s pela mídia eletrônica e impressa e pela cinematografianacional, revelam com cores muito fortes a presença, nas metrópoles brasileiras, <strong>de</strong> crianças e adolescentesno mundo <strong>da</strong> <strong>de</strong>linqüência, em especial, no tráfico <strong>de</strong> drogas, portando armas <strong>de</strong> fogo, como sol<strong>da</strong>dosdo “crime negócio” (Zaluar, 2004). Sob esta perspectiva, parte dos formadores <strong>de</strong> opinião, possivelmenterefletindo correntes <strong>de</strong> opinião pública, ten<strong>de</strong> a ter muitas dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> tratá-los como vítimas.No âmbito dos estudos acadêmicos, esse <strong>de</strong>bate repercute sob o clássico confronto entre políticasdistributivas e políticas retributivas. Para alguns pesquisadores, a violência, inclusive a que enre<strong>da</strong>crianças e adolescentes, é resultado <strong>da</strong> <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong> social, que vem se mantendo, no Brasil, há déca<strong>da</strong>s,quase intocável, inclusive por força <strong>da</strong> ausência <strong>de</strong> políticas sociais e públicas compensatórias que,efetivamente, transfiram ren<strong>da</strong> dos grupos mais ricos <strong>para</strong> os mais pobres 25 . Sob esta perspectiva, nãohaveria sentido em distinguir vítimas e agressores. Todos seriam, ca<strong>da</strong> um segundo suas trajetóriaspessoais, potencialmente vítimas, pouco importando se atores passivos ou ativos <strong>da</strong> violência.Esse não é, entretanto, o ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong>queles que responsabilizam a fragili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s políticasretributivas como uma <strong>da</strong>s causas – senão a mais importante – do crescimento dos crimes e <strong>da</strong> violência,inclusive envolvendo crianças e adolescentes. Enten<strong>de</strong>-se que o crime e a violência ganharam espaço porqueas respostas do Estado e dos governos pós-transição <strong>de</strong>mocrática não foram capazes <strong>de</strong> assegurar leie or<strong>de</strong>m, vale dizer, <strong>de</strong> formular e implementar políticas <strong>de</strong> contenção repressiva dissuasórias, mesmo que<strong>para</strong> isso fosse necessário endurecer o tratamento penal até mesmo aplicável a crianças e adolescentes.Não é o caso, nos limites <strong>de</strong>sta revisão <strong>de</strong> literatura especializa<strong>da</strong>, <strong>de</strong> <strong>fazer</strong> um balanço <strong>de</strong>sse<strong>de</strong>bate, examinando <strong>de</strong>ti<strong>da</strong>mente os argumentos a favor e contrários a qualquer uma <strong>da</strong>s posições.Ain<strong>da</strong> assim, convém levantar ao menos uma questão, <strong>da</strong><strong>da</strong> suas implicações <strong>para</strong> o entendimento <strong>da</strong>24. Pesquisa realiza<strong>da</strong> pelo NEV-CEPIDS-USP, Estudo <strong>da</strong> Impuni<strong>da</strong><strong>de</strong> Penal no Município <strong>de</strong> S. Paulo, 1991-97 , observou um percentual<strong>de</strong> registros (4,5% do total <strong>de</strong> todos os crimes observados) que indicavam situações imprecisas: encontro <strong>de</strong> cadáver; mortea esclarecer; resistência segui<strong>da</strong> <strong>de</strong> morte; verificação <strong>de</strong> óbito que não está incluído na categoria homicídio, pois os registrosdisponíveis não permitem fazê-lo. É possível que parte venha a ser efetivamente caracteriza<strong>da</strong> como homicídio; parte, porém, po<strong>de</strong>ser <strong>de</strong>scarta<strong>da</strong> como morte aci<strong>de</strong>ntal ou mesmo morte natural. No entanto, como entre essas ocorrências a proporção <strong>de</strong> autoria<strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong> é eleva<strong>da</strong>, tudo leva a crer que não serão investiga<strong>da</strong>s, e jamais se saberá sua efetiva natureza e classificação exata.25. Embora não incluído nesta bibliografia especializa<strong>da</strong>, sequer no <strong>de</strong>bate sobre violência, um estudo interessante sobre as políticasdistributivas po<strong>de</strong> ser encontrado em: Me<strong>de</strong>iros, Marcelo (2005). O que fazem os ricos. São Paulo: ANPOCS.302 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens na literatura nacional


violência contra ou envolvendo crianças e adolescentes no Brasil contemporâneo.Tudo indica que a maioria <strong>da</strong>s crianças e adolescentes vítimas <strong>da</strong> violência fatal não esteja envolvi<strong>da</strong>,compromissa<strong>da</strong> ou enraiza<strong>da</strong> no mundo <strong>da</strong> <strong>de</strong>linqüência juvenil (Castro, 1993). Muitos são pobres,moradores <strong>de</strong> bairros on<strong>de</strong> habitam preferencialmente população <strong>de</strong> baixa ren<strong>da</strong> em condições precárias<strong>de</strong> infra-estrutura urbana. Revelam, não raro, vínculos frágeis com as instituições que representam a or<strong>de</strong>mpor excelência, como a família, a escola básica, o mercado formal <strong>de</strong> trabalho. Sua condição <strong>de</strong> pobreza,simboliza<strong>da</strong> como semente do perigo e <strong>da</strong> ameaça social, torna-as alvos preferenciais <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong>extermínio constituídos, nos bairros que compõem a chama<strong>da</strong> periferia <strong>da</strong>s regiões metropolitanas, <strong>para</strong>execução sumária <strong>de</strong> suspeitos e aqueles estigmatizados como potenciais perturbadores <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m local.Não obstante, é provável que parte dos jovens assassinados, objeto <strong>de</strong>ste relatório, esteja tambémimersa no mundo <strong>da</strong> <strong>de</strong>linqüência. Esses po<strong>de</strong>m ter sido justamente vítimas <strong>da</strong> guerra entre quadrilhase gangues inimigas, que hoje parece caracterizar, em parte, o mundo do crime entre as classespopulares nas metrópoles brasileiras e mesmo nas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s médias (Zaluar, 2004; Spagnol, 2005). Sobesta ótica, são tênues as fronteiras que se<strong>para</strong>m o mundo <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>da</strong>s ilegali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>de</strong> sorte que,entre os jovens assassinados, seguramente há vítimas envolvi<strong>da</strong>s na <strong>de</strong>linqüência como eventuais infratoresou potenciais agressores.Nesse universo, todos são vítimas, não apenas porque provenham do mesmo “meio social” e estejamigualmente submetidos às <strong>de</strong>sfavoráveis condições sociais <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, mas na condição <strong>de</strong> vítimas<strong>de</strong> um mundo social opressivo e <strong>de</strong>spótico, como é o mundo do crime entre classes populares. Po<strong>de</strong>-se,portanto, argumentar que todos, indistintamente, são vítimas <strong>da</strong> pobreza <strong>de</strong> direitos 26 , grosso modoentendi<strong>da</strong> como conjunto <strong>de</strong> obstáculos enfrentados no acesso à justiça social, inclusive precária proteçãosocial contra a <strong>de</strong>rivação <strong>para</strong> a violência e <strong>para</strong> o crime. Se a <strong>de</strong>rivação <strong>para</strong> a violência e <strong>para</strong> o crimeconfigura-se como uma espécie <strong>de</strong> opção, escolha ou vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns, o que resulta na construção<strong>de</strong> carreiras criminais, é justamente porque, em algum momento, as leis <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser aplica<strong>da</strong>s.A <strong>de</strong>speito <strong>de</strong>ssas consi<strong>de</strong>rações teórico-metodológicas, a literatura especializa<strong>da</strong> ten<strong>de</strong>u a promovera distinção irrecuperável entre as figuras <strong>de</strong> vítima e agressor, antes por força <strong>da</strong>s limitaçõesdita<strong>da</strong>s pelas fontes <strong>de</strong> informação e pelas opções metodológicas subjacentes aos estudos, do que porforça <strong>de</strong> motivações i<strong>de</strong>ológicas. Por isso, nesta revisão <strong>de</strong> literatura não há, no atual estado <strong>da</strong> arte,como superar essa dicotomia. Possivelmente pela mesma razão, a literatura especializa<strong>da</strong> vem, ca<strong>da</strong>vez mais, valendo-se do conceito <strong>de</strong> risco 27 <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar situações que fragilizam os grupos sociaisna proteção <strong>de</strong> seus direitos, sobretudo o direito à vi<strong>da</strong>.A literatura especializa<strong>da</strong> vem, há mais <strong>de</strong> duas déca<strong>da</strong>s, ocupando-se <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver instrumentosteóricos, conceituais, metodológicos e técnicos <strong>para</strong> aprimorar o conhecimento <strong>da</strong> dinâmica <strong>de</strong>ssasmortes, suas características, os cenários sociais e institucionais em que elas ocorrem, o perfil socio<strong>de</strong>mo-26. Termo utilizado por Martins, José <strong>de</strong> Souza (org). (1991).27. Segundo Le Breton, a sociologia e a antropologia do risco interessam-se pelo estudo dos perigos inerentes às tecnologias mo<strong>de</strong>rnas,sua concentração em certos lugares; o inventário <strong>de</strong> suas conseqüências sobre o ambiente e sobre os homens (poluição, saú<strong>de</strong>,estresse etc.); o inventário <strong>da</strong>s rupturas possíveis do ecossistema ameaçando as zonas <strong>de</strong> habitação (inun<strong>da</strong>ções, avalanches,tremores <strong>de</strong> terra etc.); problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública estimulados pelas populações em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu modo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, seus hábitosalimentares, sexuais etc. Trata-se <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar pontos <strong>de</strong> vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>para</strong> análise <strong>de</strong> comportamentos, <strong>para</strong> elaboração <strong>de</strong>programas <strong>de</strong> prevenção, <strong>de</strong> informação etc. O estudo do modo pelo qual as populações se sentem ou não em perigo, sua percepçãoprópria do risco, é um domínio privilegiado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início pelas ciências sociais . Le Breton, David. (1995). La sociologie du risque.Paris: PUF (Que sais-je?, 3016). Não sem razão esse conceito foi ajustado <strong>para</strong> <strong>de</strong>screver e explicar comportamentos <strong>de</strong> crianças,adolescentes e jovens adultos como comportamentos <strong>de</strong> risco, entre os quais: consumo <strong>de</strong> drogas, tráfico e outras mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>infração penal; além <strong>de</strong>, é claro, <strong>para</strong> sublinhar a situação <strong>de</strong> vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sses grupos etários à agressão fatal. A propósito,nesse livro, há dois capítulos <strong>de</strong>dicados às relações entre ser jovem e risco social.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 31


gráfico <strong>da</strong>s vítimas bem como <strong>de</strong> seus possíveis agressores. Do mesmo modo, não tem se <strong>de</strong>scui<strong>da</strong>do doestudo <strong>da</strong>s causas e <strong>de</strong> suas repercussões <strong>para</strong> o futuro <strong>da</strong> infância e <strong>da</strong> adolescência no Brasil. Do ponto<strong>de</strong> vista científico e metodológico, ganharam em <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> ao incorporarem, pouco a pouco, sofisticadostratamentos estatísticos, visando precisar e <strong>de</strong>monstrar hipóteses, o que, em gran<strong>de</strong> parte, tem contribuído<strong>para</strong> recusar pressupostos e <strong>de</strong>s<strong>fazer</strong> mitos, não raro estimulados por crenças e i<strong>de</strong>ologias.Esse acervo <strong>de</strong> informações po<strong>de</strong> ser recortado em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s temáticas, assim i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s: Aevolução dos homicídios no tempo e no espaço; quem são as vítimas? (perfis socio<strong>de</strong>mográficos: sexoe i<strong>da</strong><strong>de</strong>); causas <strong>da</strong> violência; fatores <strong>de</strong> risco; <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong> social e segregação urbana; mu<strong>da</strong>nças nasocie<strong>da</strong><strong>de</strong> e nos padrões convencionais <strong>de</strong> <strong>de</strong>linqüência e violência; custos <strong>da</strong> violência.A evolução dos homicídios no tempo e no espaçoO estudo <strong>da</strong> evolução dos homicídios no Brasil pa<strong>de</strong>ce dos problemas metodológicos anteriormenteapontados. Há poucas avaliações ou estudos cobrindo o território nacional. A maior parte temse valido dos <strong>da</strong>dos proce<strong>de</strong>ntes do SIM-DATASUS. Em termos nacionais, os principais resultados indicamque os homicídios são responsáveis pelo crescimento <strong>da</strong>s mortes por causas externas no Brasil.Parte substantiva <strong>da</strong> literatura concentra-se no exame <strong>da</strong> evolução dos homicídios. Não há estudoscumulativos que permitam explicar satisfatoriamente as variações regionais e estaduais. Certamente,em ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s Regiões enfoca<strong>da</strong>s, há histórias locais particulares, inclusive, <strong>de</strong> constituição<strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crime organizado com conexões com o aparelho do Estado e segmentos do mercado, <strong>de</strong> formação<strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> execução sumária e <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> extermínio com pistoleiros profissionais, além<strong>de</strong> características locais <strong>de</strong> organização dos serviços <strong>de</strong> segurança pública e <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> justiçapenal que po<strong>de</strong>m ser pouco eficientes na contenção <strong>de</strong>ssa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> violência fatal, assim como<strong>de</strong> outras mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> crime violento associados com os homicídios.Na literatura especializa<strong>da</strong>, crianças, adolescentes e jovens adultos masculinos, em especial proce<strong>de</strong>ntes<strong>da</strong>s chama<strong>da</strong>s classes populares urbanas, vêm sendo tratados como pertencentes aos grupos<strong>de</strong> risco – isto é, mais vulneráveis – à violência fatal. Trata-se <strong>de</strong> uma tendência que vem sendo observa<strong>da</strong>em inúmeros estudos sobre mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por causas violentas (Mello Jorge, 1981, 1982; 1996 e 1998;Soares et al., 1996; Yazabi e Ortiz Flores, 1988; Zaluar, 1994, 1998 e 2000; Njaine et al., 1997). De acordocom Souza (1994), no período <strong>de</strong> 1980 a 1988, a violência fatal, no Brasil, contra crianças e adolescentes<strong>de</strong> 10 a 14 anos cresceu 79,5%; e, na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos, o crescimento foi <strong>de</strong> 45,3%. 28Da<strong>da</strong>s as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>gem nacional <strong>da</strong> epi<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> violência fatal, os estudos têm se concentradono estudo <strong>de</strong> regiões metropolitanas ou <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s capitais. No Nor<strong>de</strong>ste, as duas regiões metropolitanasmais estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s, e suas respectivas capitais, têm sido Recife (Pernambuco) e Salvador (Bahia).Na Região Sul, a maior parte dos estudos refere-se ao município e à região metropolitana <strong>de</strong> Porto Alegre.Quanto à Região Su<strong>de</strong>ste, os estudos concentram-se nos Estados <strong>de</strong> Minas Gerais, Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulo.Para a Região Centro-Oeste, há poucos estudos, embora se saiba que o crescimento tem sido acentuadoe veloz em municípios como Cuiabá (Mato Grosso). Os estudos disponíveis estão concentrados no DistritoFe<strong>de</strong>ral e seu entorno (Dillon Soares, 1998 e 2000), apontando as tendências ao crescimento. É surpreen<strong>de</strong>nteconstatar que praticamente não há estudos <strong>para</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s como Porto Velho, Rio Branco, São Luís,28. Constatações idênticas ou similares também po<strong>de</strong>m ser encontra<strong>da</strong>s nos seguintes estudos: Cardia (1998); Castro (1993); CBIA(1993); Cor<strong>de</strong>iro e Donalisio (2001); Huggins e Castro (1996); Lyra, Gol<strong>de</strong>nberg e Ily<strong>da</strong> (1996); Minayo (1990); Minayo e Assis (1993 e1994); Paim e Costa (1996); Pochman (2002); Castro (1996); Souza e Assis (1996); Souza e Freitas (1995); Souza, Assis e Silva (1997);Vermelho e Mello Jorge (1996); Vicentin (2002); Waiselfisz (1998 e 2002).322 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens na literatura nacional


Vitória e Curitiba, as quais vêm apontando altas taxas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídio (Mello Jorge, 1997).No município <strong>de</strong> São Paulo, no período <strong>de</strong> 35 anos (1960-1995), o coeficiente <strong>de</strong> homicídios <strong>para</strong>adolescentes, do sexo masculino, na faixa <strong>de</strong> 15-19 anos, passou <strong>de</strong> 9,6 <strong>para</strong> 186,7 por 100 mil habitantes,vale dizer um crescimento <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 1.800% (Mello Jorge, 1998). Avaliação mais recente, cobrindo operíodo <strong>de</strong> 1960 a 1999 (Gawryszewski e Mello Jorge, 2000), confirmou essa tendência, i<strong>de</strong>ntificandomaior aumento percentual (1.900%) na faixa etária <strong>de</strong> 10 a 14 anos. Observou ain<strong>da</strong> que, em 1960, amaioria (52,0%) <strong>da</strong>s mortes causa<strong>da</strong>s por homicídios estava concentra<strong>da</strong> nas faixas etárias acima <strong>de</strong>30 anos. Ao final do período consi<strong>de</strong>rado, a situação inverte-se, pois esse mesmo percentual passa arepresentar as mortes ocorri<strong>da</strong>s nas faixas etárias abaixo <strong>de</strong> 30 anos. Outros estudiosos, acompanhandoa evolução dos homicídios com vítimas na faixa etária <strong>de</strong> 10 a 19 anos, no período <strong>de</strong> 1979 a 1994,constataram que as taxas triplicaram no final do período (Barata et al., 1999).Quanto aos estudos que tratam <strong>de</strong> outros Estados/municípios, o estudo <strong>de</strong> Souza e outros (1997)sobre o município do Rio <strong>de</strong> Janeiro, analisou <strong>da</strong>dos sobre mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por causas externas, no período<strong>de</strong> 1980 a 1994, <strong>para</strong> a faixa etária <strong>de</strong> 10 a 19 anos. Nesse período e nessa faixa etária, ocorreram 20.224óbitos, dos quais 15% correspon<strong>de</strong>ram a homicídios. As taxas evoluíram <strong>de</strong> 29,2, em 1980, <strong>para</strong> 65,6 homicídiospor 100 mil habitantes, no ano <strong>de</strong> 1994. Trata-se <strong>de</strong> um crescimento <strong>de</strong> 124,65%.No Recife, o estudo <strong>de</strong>staca que, no grupo etário <strong>de</strong> 0 a 9 anos, o coeficiente <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> aumentou300%, no período <strong>de</strong> 1979 a 1995. No grupo etário <strong>de</strong> 10-19 anos, os homicídios acusaram crescimento<strong>de</strong> 601,3%, passando <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> 7,9 <strong>para</strong> 55,4 por 100 mil habitantes (Barros et al., 2001). Resultados semelhantesforam obtidos em Salvador, no qual registros do IML “Nina Rodrigues” indicam que a participaçãodos homicídios entre as mortes violentas <strong>de</strong> crianças e adolescentes até 17 anos saltaram <strong>de</strong> 15%, em 1989,<strong>para</strong> 26% em 1990 (Apud Paim et al., 1999). Em Porto Alegre, no grupo etário <strong>de</strong> 10 a 19 anos, o aumentoproporcional dos homicídios foi <strong>de</strong> 38,77%, no período <strong>de</strong> 1990 a 1997. (Sant’Anna e Lopes, 2002).Quem são as vítimas?Muitos estudos buscam caracterizar o perfil socio<strong>de</strong>mográfico e socioeconômico <strong>da</strong>s vítimas.Ao contrário do que se po<strong>de</strong>ria pensar, não há vítimas aleatórias ou ocasionais. Embora, no estágio<strong>da</strong> evolução do crime e <strong>da</strong> violência, no Brasil, as vítimas possam ser encontra<strong>da</strong>s em todos os grupossociais, é em <strong>de</strong>terminados grupos que as taxas são proporcionalmente mais eleva<strong>da</strong>s e acentua<strong>da</strong>s.Trata-se <strong>de</strong> grupos mais vulneráveis, mais expostos à violência, inclusive não-fatal, e mais associadosaos comportamentos <strong>de</strong> risco. Compreen<strong>de</strong>m adolescentes e jovens adultos na faixa <strong>de</strong> 15 a 29 anos, dosexo masculino, proporcionalmente mais representados entre negros e aqueles habitantes dos bairrosque compõem a chama<strong>da</strong> periferia <strong>da</strong>s regiões metropolitanas.Sexo e gêneroÉ flagrante a enorme distância e <strong>de</strong>sproporção entre as taxas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>para</strong> o sexo masculinoe as do sexo feminino. Dillon Soares (2000), estu<strong>da</strong>ndo as taxas <strong>de</strong> vitimização <strong>da</strong> população doDistrito Fe<strong>de</strong>ral, observou que “a) as taxas masculinas <strong>de</strong> vitimização por homicídio são muito maisaltas do que as femininas; b) essas diferenças são generaliza<strong>da</strong>s no tempo e no espaço, não sendo características<strong>de</strong> um ou outro ano particulares, nem <strong>de</strong> um ou dois Estados; c) tanto as taxas masculinasquanto as femininas são eleva<strong>da</strong>s <strong>para</strong> padrões <strong>de</strong> países industrializados”.Todos os estudos revisados convergem em duas direções: primeiramente, é bem maior a proporção<strong>de</strong> vítimas do sexo masculino com<strong>para</strong>tivamente às do sexo feminino ; b) em segundo lugar, o cresci-Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 33


mento <strong>da</strong>s taxas <strong>de</strong> homicídio foi maior e mais acelerado entre as vítimas masculinas do que femininas.Para todo o País, no período <strong>de</strong> 1980 a 1988, o crescimento dos homicídios foi proporcionalmentesuperior (93%) <strong>para</strong> as crianças e adolescentes do sexo masculino, na faixa <strong>de</strong> 10 a 14 anos, quando com<strong>para</strong>docom o crescimento (79,5%) na mesma faixa etária, porém in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> sexo. Quanto àfaixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos, não houve diferenças estatisticamente significativas entre o crescimento geral(45,3%) e o crescimento dos homicídios em que as vítimas são do sexo masculino (43%). (Souza, 1994).Barata et al. (1999) constataram que a distribuição <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> homicídios no sexo masculino, naci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, acompanhou a taxa total. A razão entre os sexos permaneceu, ao longo do períodoenfocado (1979-1994), idêntica, isto é 10:1. O crescimento <strong>de</strong>ssa taxa, <strong>para</strong> o sexo masculino, foi aceleradono período <strong>de</strong> 1979 a 1984 (incremento anual médio <strong>de</strong> 7,92); no período <strong>de</strong> 1984 a 1986, experimentou<strong>de</strong>créscimo; a partir <strong>de</strong> 1986, verificou-se a estabilização <strong>da</strong>s taxas, porém em valores elevados(64 óbitos por 100 mil habitantes). O sexo feminino, por sua vez, conheceu uma curva semelhante; nãoobstante, o crescimento foi discreto (incremento <strong>de</strong> 0,2/ano). Entre 1979 e 1986, as taxas saltaram <strong>de</strong>2,39 <strong>para</strong> 4,23 homicídios por 100 mil habitantes. A partir <strong>de</strong> 1986, as variações ocorreram em torno<strong>de</strong> valor baixo (4,3 homicídios por 100 mil habitantes). No grupo etário <strong>de</strong> 10-19 anos, as taxas <strong>para</strong> osadolescentes do sexo masculino foram 12 vezes maiores do que <strong>para</strong> as adolescentes.O estudo <strong>de</strong> Gawryszewski e Mello Jorge (2000) indica que, no mesmo município, no ano <strong>de</strong> 1999,64,6% <strong>da</strong>s mortes por causas externas correspon<strong>de</strong>ram a homicídios, e 92,6% <strong>da</strong>s vítimas eram dosexo masculino. Nesse período, o coeficiente <strong>de</strong> homicídios alcançou a cifra <strong>de</strong> 59,4 homicídios por 100mil habitantes. Para o sexo masculino, esse coeficiente foi <strong>de</strong> 114,3 homicídios e <strong>para</strong> as mulheres 8,3homicídios por 100 mil habitantes. Nesse ano, a razão foi <strong>de</strong> 13,77 vítimas do sexo masculino <strong>para</strong> ca<strong>da</strong>vítima do sexo feminino. (Veja também Vermelho e Mello Jorge, 1996; Mello Jorge et al., 1997).Lima e Ximenes (1998), em seu estudo sobre a mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por causas externas, em Recife, no ano<strong>de</strong> 1991, i<strong>de</strong>ntificaram os seguintes valores: 4,6:1, no grupo etário <strong>de</strong> 15-19 anos; 7:1 no grupo etário 20-29anos; 9,3:1 no grupo etário <strong>de</strong> 30-39 anos. Diferenças também foram observa<strong>da</strong>s <strong>para</strong> Salvador: enquantoa taxa <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídio, no ano <strong>de</strong> 1991, foi <strong>de</strong> 32,2 óbitos por 100 mil habitantes, <strong>para</strong> osexo masculino era <strong>de</strong> 64,7 e <strong>para</strong> o feminino 3,4 homicídios por 100 mil habitantes (Paim et al., 1999).O estudo sobre homicídios entre adolescentes na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre confirma essas tendências,ain<strong>da</strong> que os valores variem. No período <strong>de</strong> 1990 a 1997, 88% dos homicídios atingiram vítimas do sexomasculino. Particularmente no ano <strong>de</strong> 1993, menos <strong>de</strong> 5% <strong>da</strong>s vítimas eram do sexo feminino. Na faixaetária <strong>de</strong> 1 a 19 anos, a razão foi <strong>de</strong> 5,76 vítimas masculinas <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> feminina (Sant’Anna e Lopes, 2002).É preciso sublinhar, contudo, que as vítimas do sexo feminino estão proporcionalmente maisrepresenta<strong>da</strong>s nos casos <strong>de</strong> violência sexual, não-fatal (Ribeiro et al., 2004). O estudo realizado juntoao Centro <strong>de</strong> Referência <strong>da</strong> Criança e do Adolescente (CRCA) e nos Conselhos Tutelares <strong>de</strong> Ribeirão Preto(SP) constatou, no período <strong>de</strong> 1995 a 2000, que é muito superior a proporção <strong>de</strong> vítimas do sexo feminino(89,8%) do que as do sexo masculino (10,2%). A razão é <strong>de</strong> 8,8 mulheres <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> homem.Os estudos examinados pouco avançam no sentido <strong>de</strong> explicar essas diferenças. Zaluar (1994)sugeriu a inserção diferencial <strong>da</strong>s mulheres na divisão sexual do trabalho no crime organizado no Rio<strong>de</strong> Janeiro. Sublinhou o papel do etos guerreiro, atributo masculino, como motivação <strong>para</strong> a inserção <strong>de</strong>crianças e adolescentes nessa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>linqüência. I<strong>de</strong>ntificou a existência <strong>de</strong> símbolos, comoo porte <strong>de</strong> arma, como privilégio do gênero masculino.Certamente, as explicações <strong>de</strong>vem gravitar em torno dos padrões <strong>da</strong> divisão sexual do trabalho que342 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens na literatura nacional


caracterizam a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira contemporânea e, em especial, estabelecem linhas hierárquicas <strong>de</strong>dominação e subordinação <strong>da</strong>s mulheres em relação aos homens. Sob esta perspectiva, é muito provávelque os adolescentes e jovens adultos, do sexo masculino, estejam mais expostos e vulneráveis à adoção <strong>de</strong>comportamentos <strong>de</strong> risco, aliás apontados pela literatura especializa<strong>da</strong> como se verá mais à frente.No entanto, falta aos estudos uma <strong>de</strong>monstração mais sóli<strong>da</strong> do “quanto” e <strong>de</strong> “como” essasdimensões <strong>da</strong> divisão sexual do trabalho operam, a ponto <strong>de</strong> produzir diferenças tão gritantes quandoestá em discussão a mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por causas violentas, sobretudo os homicídios.I<strong>da</strong><strong>de</strong>A i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s vítimas tem merecido igual atenção. O estudo <strong>de</strong> Dillon Soares (2000), <strong>para</strong> o DistritoFe<strong>de</strong>ral, aponta que “a probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vitimização por homicídio varia muito com o gênero e ai<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> um mínimo <strong>de</strong> 3,85 por 100 mil, entre mulheres <strong>de</strong> 50 a 54 anos, a 134,42 por 100 mil entrehomens <strong>de</strong> 20 a 24 anos, uma diferença que equivale a 35 vezes a outra” (p. 19). Esse estudo conclui, apartir <strong>de</strong> rigoroso tratamento estatístico, que a “i<strong>da</strong><strong>de</strong> influencia a vitimização e os jovens, particularmentena faixa <strong>de</strong> 20 e 40, apresentam taxas mais altas do que as <strong>de</strong>mais faixas. Essa diferença é maisclara no caso dos homens.” (p. 20).É certo que os estudos <strong>de</strong>monstram que as maiores taxas <strong>de</strong> homicídios vitimizam jovens adultos,na faixa <strong>de</strong> 20-39 anos, do sexo masculino. No que concerne ao grupo etário <strong>de</strong> interesse <strong>de</strong>sterelatório (crianças, adolescentes e jovens adultos, na faixa <strong>de</strong> 0 a 19 anos), os estudos costumam estratificá-loem três subgrupos: 0-9 anos; 10-14 anos; e 15-19 anos. Na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980, Souza (1994) jáhavia i<strong>de</strong>ntificado uma tendência que se firmaria na déca<strong>da</strong> seguinte. À medi<strong>da</strong> que se movimenta dossubgrupos etários mais jovens <strong>para</strong> os mais velhos aumenta a probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> jovens serem vítimas.Embora, como apontado anteriormente, o crescimento <strong>da</strong> violência fatal foi proporcionalmente maiorno subgrupo etário <strong>de</strong> 10-14 anos do que no subgrupo <strong>de</strong> 15-19 anos, as taxas <strong>de</strong> homicídio por 100 milhabitantes são maiores neste último subgrupo: no ano <strong>de</strong> 1988, no Brasil, elas alcançaram o valor <strong>de</strong>20,82 com<strong>para</strong>tivamente ao subgrupo <strong>de</strong> 10-14 anos, cuja taxa foi <strong>de</strong> 1,69 homicídio. Em estudo maisrecente, Souza et al. (1997) confirmaram conclusões anteriores.No estudo realizado por Barata et al. (1999), o primeiro subgrupo revelou taxas baixas (entre 0,5e 1,3 óbitos por 100 mil habitantes), estáveis no período consi<strong>de</strong>rado (1979-1994) e muito semelhantes<strong>para</strong> ambos os sexos. No grupo etário <strong>de</strong> 10 a 19 anos, as taxas variaram entre 9,15 e 42,10 óbitos por100 mil habitantes.Gawryszewski e Mello Jorge (2000) mostram que o coeficiente <strong>de</strong> homicídios por 100 mil habitantesfoi, no ano <strong>de</strong> 1999, no município <strong>de</strong> São Paulo, 7,1 no subgrupo etário <strong>de</strong> 10-14 anos, enquanto,no subgrupo etário <strong>de</strong> 15-19 anos alcançou 112,3. Se consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> a distribuição por sexo, essa taxa, nestesubgrupo, foi <strong>de</strong> 208,4 <strong>para</strong> o sexo masculino e 17,4 <strong>para</strong> o sexo feminino (veja também Mello Jorge et al.,1997). Paim et al. (1999) alcançaram resultados semelhantes. No subgrupo <strong>de</strong> 10-14 anos, o coeficiente é<strong>de</strong> 3,6 homicídios por 100 mil habitantes. No subgrupo <strong>de</strong> 15-19 anos, esse coeficiente salta <strong>para</strong> 58,9.Não há igualmente explicações exaustivas <strong>para</strong> a influência do grupo etário na exposição e vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong>à violência fatal. Certamente, essa influência <strong>de</strong>corre <strong>da</strong> adoção <strong>de</strong> comportamentos <strong>de</strong>risco, como uma espécie <strong>de</strong> ritual <strong>de</strong> passagem entre a adolescência e a fase adulta, conforme apontamalguns estudos (veja Le Breton, 1995, citado nota 27). No entanto, <strong>para</strong> <strong>de</strong>monstrá-lo serão necessáriosain<strong>da</strong> estudos que estabeleçam correlação entre as variáveis, como estilo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, padrões <strong>de</strong>agressivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, consumo <strong>de</strong> drogas etc.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 35


Nesta revisão, <strong>de</strong>stacaram-se as análises que enfocam gênero e i<strong>da</strong><strong>de</strong>. Quanto à influência <strong>da</strong>etnia nas taxas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por causas violentas, há poucos estudos. Referem-se à população comoum todo, não discriminando por grupo etário. Recente relatório (PNUD, 2006) 29 <strong>de</strong>monstra que negros,homens e mulheres, são potencialmente vítimas <strong>da</strong> violência, inclusive fatal, com<strong>para</strong>tivamente aosbrancos. Há evidências <strong>de</strong> que adolescentes negros estejam mais vulneráveis à violência fatal, comoapontam Sant’Anna et al. (2005).Causas <strong>da</strong> violênciaParte <strong>da</strong> literatura especializa<strong>da</strong> tem se <strong>de</strong>dicado ao estudo <strong>da</strong>s causas <strong>da</strong> violência. Essas causaspo<strong>de</strong>m ser agrupa<strong>da</strong>s em dupla perspectiva: a perspectiva microestrutural e a macroestrutural. Emboraessas perspectivas não sejam exclu<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong> qualquer forma, os estudos ora acentuam as causasmais propriamente associa<strong>da</strong>s ao ambiente externo imediato – como família, escola, mercado, estilo<strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, comportamento <strong>de</strong> risco, alcoolismo e consumo <strong>de</strong> drogas etc. – ora acentuam elementos extraídos<strong>da</strong> estrutura social, indicativos <strong>da</strong> influência <strong>da</strong>s <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s socioeconômicas, <strong>da</strong> segregaçãoespacial e dos obstáculos ao acesso à justiça social na exposição e vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong> à violência.Fatores <strong>de</strong> riscoParte substantiva <strong>da</strong> bibliográfica examina<strong>da</strong> <strong>de</strong>dica-se à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco à vitimização,exposição e vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong> à violência. Entre esses fatores, os estudos são unânimes emreconhecer que a presença e difusão <strong>de</strong> arma <strong>de</strong> fogo aumentam a probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfechos fataisem conflitos interpessoais <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a or<strong>de</strong>m, dos quais crianças, adolescentes e jovens adultos não estãoprotegidos (Souza, 1994; Falbo et al., 2001; Lima et al., 1998; Barros et al., 2001; Szwarcwald e Castilho,1998; Dillon Soares, 2000; Barros et al., 2001; Fernan<strong>de</strong>s, 2005; Peres e Santos, 2005).A literatura especializa<strong>da</strong> também i<strong>de</strong>ntifica como fatores <strong>de</strong> risco à violência fatal o envolvimento<strong>de</strong> vítimas com consumo abusivo <strong>de</strong> álcool e drogas, com antece<strong>de</strong>ntes criminais graves, inclusiveparticipação em roubos e em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ilícitas, comportamentos não raro reforçados pela inserçãono mercado informal <strong>de</strong> trabalho (Falbo et al., 2001; Barros et al., 2001; Sant’Anna et al., 2005; Ko<strong>da</strong>to eSilva, 2000; Mello Jorge et al., 2005; Davoli et al., 1994; Gomes, 1998).Violência não-fatalOs estudos têm igualmente conferido atenção à influência <strong>da</strong> violência não-fatal – violênciascomo agressões físicas, sociais, morais, sexuais e psicológicas – nos <strong>de</strong>sfechos fatais. Compreen<strong>de</strong>matos como maus-tratos, espancamentos, estupros, negligência, abandono, cometidos por meio <strong>de</strong>queimaduras <strong>de</strong> cigarros, intoxicação intencional, pontapés, socos, arremessos <strong>de</strong> objetos bem comoatos libidinosos, entre outros. Freqüentemente, o homicídio <strong>de</strong> crianças, adolescentes e jovens adultosé o ponto culminante <strong>de</strong> um histórico, na maioria <strong>da</strong>s vezes, cumulativo <strong>de</strong> agressões <strong>de</strong> to<strong>da</strong> sorte.Ribeiro et al. (2004) confirmaram esse cenário em seu estudo sobre violência sexual intrafamiliarescontra crianças e adolescentes atendidos nos Conselhos Tutelares e no Centro <strong>de</strong> Referência <strong>da</strong>Criança e do Adolescente em Ribeirão Preto, interior do Estado <strong>de</strong> São Paulo. Realizado entre 1995 e2000, o estudo i<strong>de</strong>ntificou 226 crianças vitimiza<strong>da</strong>s (a maioria meninas), em 210 famílias, envolvendo217 agressores. Marmo et al. (1995) efetuaram estudo entre profissionais <strong>de</strong> serviços pediátricos na29. Programa <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s <strong>para</strong> o Desenvolvimento PNUD (2006). Relatório <strong>de</strong> Desenvolvimento Humano Brasil 2005. Racismo,Pobreza e Violência. São Paulo: PNUD.362 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens na literatura nacional


ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Campinas, também no interior do Estado <strong>de</strong> São Paulo, visando i<strong>de</strong>ntificar e caracterizar aviolência doméstica. Dos entrevistados, 86,0% revelaram já haver atendido situação <strong>de</strong> maus-tratos,sendo 87,2% espancamentos; 61,5% estupros e 41% negligência. Os agressores gravitam na órbita <strong>da</strong>srelações interpessoais e intrafamiliares: são parentes próximos (pais, irmãos, tios) ou pessoas conheci<strong>da</strong>s(vizinhos, amigos dos pais ou parentes) [Veja também Ko<strong>da</strong>to e Silva (2000), além dos inúmerosestudos <strong>de</strong> Azevedo (1988, 2001) e Azevedo e Guerra (1989, 1993, 1997, 1998)].Por sua vez, Deslan<strong>de</strong>s (1994), em estudo sobre atendimento <strong>de</strong> vítimas <strong>da</strong> violência domésticanos Centros Regionais <strong>de</strong> Atenção aos Maus-tratos na Infância (CRAMI) i<strong>de</strong>ntificou o perfil <strong>da</strong>s famíliasenvolvi<strong>da</strong>s: 70% com ren<strong>da</strong> <strong>de</strong> até três salários mínimos, 80% com dois ou mais filhos; muitas <strong>da</strong>s vítimasnão contam com um dos pais, e a maioria <strong>de</strong> seus agressores possui histórico <strong>de</strong> consumo abusivo<strong>de</strong> drogas e álcool. A maioria <strong>da</strong>s <strong>de</strong>núncias tem origem em algum membro <strong>da</strong> própria família; a participação<strong>da</strong> escola como agente notificante é pouco expressiva, o que parece revelar o <strong>de</strong>spreparo dosprofissionais <strong>de</strong>ssa área <strong>para</strong> li<strong>da</strong>r com problemas <strong>de</strong>ssa or<strong>de</strong>m.Não raro, a violência não-fatal contra crianças e adolescentes é justifica<strong>da</strong> como forma <strong>de</strong> disciplina.Um estudo empreendido no ambulatório pediátrico do Hospital <strong>da</strong>s Clínicas <strong>da</strong> Unicamp (Davoli, 1994)com uma amostra <strong>de</strong> 130 entrevistas a acompanhantes <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> 0-13 anos, vítimas <strong>de</strong> agressão física,i<strong>de</strong>ntificou odds ratio (OR) <strong>de</strong> 8,55 <strong>para</strong> o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>r o comportamento <strong>da</strong> criança quando esta é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>diferente. O mesmo estudo observou que, em 69,2% dos casos, o entrevistado havia sido disciplinadocom o uso <strong>da</strong> força física; 64,1% aprovavam a maneira como haviam sido disciplinados. Embora 96,9%dos entrevistados tenham alegado não utilizar a força física como atitu<strong>de</strong> preferencial no disciplinamento<strong>da</strong>s crianças, 42,3% dos entrevistados referiram <strong>fazer</strong> uso <strong>de</strong>sta medi<strong>da</strong>. Quando a força física é emprega<strong>da</strong>,73,5% escolhem as ná<strong>de</strong>gas como a parte do corpo a ser agredi<strong>da</strong>, porque “não machuca” ou “machucamenos”. Na mesma direção, o estudo <strong>de</strong> Meneghel et al. (1998), baseado na observação <strong>de</strong> adolescentescom histórico <strong>de</strong> comportamento agressivo, encontrou forte associação entre punição física disciplinar eagressivi<strong>da</strong><strong>de</strong> na adolescência. O adolescente agressivo é um adolescente que sofre maus-tratos.É também significativo que crianças e adolescentes sejam vítimas freqüentes <strong>de</strong> ocorrências policiaisviolentas, porém não-fatais. Assis e Souza (1995), analisando <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> morbi<strong>da</strong><strong>de</strong> por violência, nomunicípio do Rio <strong>de</strong> Janeiro, que resultaram <strong>de</strong> ocorrências policiais que envolviam crianças e adolescentes,i<strong>de</strong>ntificou, no ano <strong>de</strong> 1990, 8 mil eventos, uma média <strong>de</strong> 22 por dia. As principais ocorrências compreen<strong>de</strong>ramroubos e furtos, aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito e agressões. As taxas <strong>de</strong> ocorrência, consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s muitoeleva<strong>da</strong>s, variaram <strong>de</strong> 144,1 a 965,1 por 100 mil habitantes, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> área <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. A maioria <strong>de</strong>lasenvolveu adolescentes e jovens adultos, brancos, <strong>de</strong> 15 a 19 anos, do sexo masculino. Igualmente eleva<strong>da</strong>é a taxa <strong>de</strong> ocorrências <strong>de</strong> violência sexual: 21,6% por 100 mil habitantes. As autoras ressaltam que, nagran<strong>de</strong> maioria <strong>de</strong>sses casos, nenhum exame ou perícia é realizado, contribuindo <strong>para</strong> a impuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Gomes (1998) fez um inventário <strong>da</strong>s principais situações em que distintas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> violênciacontra crianças <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ser notifica<strong>da</strong>s, registra<strong>da</strong>s ou não chegam a ser <strong>de</strong>nuncia<strong>da</strong>s. Tudoindica que seja eleva<strong>da</strong> a impuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>para</strong> esses crimes, inclusive homicídios, por essa razão. O estudoconfirma que a força física é recurso mais comumente empregado <strong>para</strong> conter a indisciplina <strong>de</strong> crianças,sobretudo na faixa <strong>de</strong> 0-9 anos. Não estão excluídos, porém, o recurso a outros meios como objetoscortantes e armas <strong>de</strong> fogo. Nas ocorrências <strong>de</strong> abuso sexual, Gomes i<strong>de</strong>ntificou o pai ou padrasto comoprincipal agressor. De to<strong>da</strong>s as ocorrências analisa<strong>da</strong>s, em apenas 31% dos casos foi realizado examepericial <strong>para</strong> comprovação <strong>da</strong> <strong>de</strong>núncia. Tão somente um caso foi convertido em processo penal. Segundoesse autor, “a inexistência <strong>de</strong> testemunhas, em gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong>s ocorrências; a não-indicaçãoHomicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 37


do agressor em alguns casos; a falta <strong>de</strong> apuro nas <strong>de</strong>núncias; informações incompletas e a pouca resolutivi<strong>da</strong><strong>de</strong>no período pós-<strong>de</strong>núncia po<strong>de</strong>m significar que as crianças pobres pouco valem na socie<strong>da</strong><strong>de</strong>”.Na mesma direção, Castro (1993 e 1996) acompanhando o <strong>de</strong>sfecho <strong>de</strong> ocorrências <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong>crianças e adolescentes, no município <strong>de</strong> São Paulo, no ano <strong>de</strong> 1991, concluiu que apenas 1,72% recebeupunição, com sentença transita<strong>da</strong> em julgado.Desigual<strong>da</strong><strong>de</strong> social e segregação urbanaAté o início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990, os estudos, em especial no campo <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>da</strong> epi<strong>de</strong>miologia <strong>da</strong>violência fatal, ten<strong>de</strong>ram a constatar uma aproximação empírica entre pobreza e os homicídios registrados,quer pelos serviços policiais quer pelo serviço civil. Descreviam as vítimas como predominantementeproce<strong>de</strong>ntes dos grupos sociais <strong>de</strong> menor ren<strong>da</strong>, <strong>de</strong> baixa escolari<strong>da</strong><strong>de</strong>, habitantes dos bairros com precáriascondições <strong>de</strong> infra-estrutura urbana, cenário ao qual vinham se associar a <strong>de</strong>sorganização <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>sfamiliares, o consumo abusivo <strong>de</strong> álcool e drogas, a violência institucional e intrafamiliar, a vivêncianos limites <strong>da</strong> legali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Essas observações empíricas eram remeti<strong>da</strong>s ao mo<strong>de</strong>lo socioeconômico vigente,responsável pela mo<strong>de</strong>rnização e urbanização cujos benefícios alcançavam grupos sociais restritos,mais particularmente, indivíduos proce<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong>s classes médias e eleva<strong>da</strong>s <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. (Barros et al.,2001; Deslan<strong>de</strong>s, 1994; Mello Jorge e Vermelho, 1996; Mello Jorge et al., 1997; Sant’Anna et al., 2005).A tese que sustentava relações <strong>de</strong> causali<strong>da</strong><strong>de</strong> entre pobreza, <strong>de</strong>linqüência e violência está hojebastante contesta<strong>da</strong> (Zaluar, 1994a). No entanto, esse <strong>de</strong>bate não parece, sob qualquer hipótese, estarconcluído, principalmente quando se consi<strong>de</strong>ram <strong>da</strong>dos <strong>de</strong>sagregados que refinam o entendimento <strong>da</strong>distribuição espacial e <strong>de</strong>sigual <strong>da</strong> violência.Zaluar e Monteiro (1998), observando estimativas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> indireta, a partir <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos docenso <strong>de</strong> 1991, concluíram que o risco <strong>de</strong> ser vítima <strong>de</strong> violência letal, entre crianças e adolescentes <strong>de</strong>5 a 20 anos dobra quando a mãe pertence a uma família cuja ren<strong>da</strong> per capita é inferior a um saláriomínimo. O risco é também maior <strong>para</strong> mães que vivem em favelas, com<strong>para</strong>tivamente ao resto <strong>da</strong> população.A<strong>de</strong>mais, os estudos que exploram relações entre <strong>de</strong>semprego e crime baseiam-se em <strong>da</strong>dossobre o mercado formal <strong>de</strong> trabalho. Sabe-se que as recentes transformações na economia brasileirae na flexibilização <strong>da</strong>s relações trabalhistas não apenas aumentaram as taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego aberto,mas também vêm contribuindo <strong>para</strong> o aumento <strong>da</strong>s taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego disfarçado e <strong>para</strong> o inchaçodo mercado informal, cuja magnitu<strong>de</strong> não temos preciso conhecimento.Entretanto, recentes análises têm argumentado que, se a concentração <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> permanece amesma <strong>de</strong> duas ou três déca<strong>da</strong>s atrás, como explicar então a influência <strong>da</strong> <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong> social sobre aviolência. Trata-se evi<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> matéria controverti<strong>da</strong>. Seja o que for, a <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong> social não ésocialmente vivi<strong>da</strong> e experimenta<strong>da</strong> como era há duas ou três déca<strong>da</strong>s. Ampliaram-se os padrões <strong>de</strong> consumoe <strong>de</strong> acesso a bens duráveis, mesmo entre os segmentos urbanos dos mais pauperizados. De certo,melhorou o acesso dos segmentos mais pobres ao conforto proporcionado pelo progresso tecnológico.No entanto, permanecem acentua<strong>da</strong>s restrições <strong>de</strong> direitos e <strong>de</strong> acesso às instituições promotorasdo bem-estar e <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia (Adorno, 2002). Por exemplo, aumentou consi<strong>de</strong>ravelmente, no início<strong>de</strong>ste século, a proporção <strong>de</strong> trabalhadores que jamais tiveram contrato <strong>de</strong> trabalho formal assinado. Amaior parte <strong>de</strong>les não recebe bonificação <strong>de</strong> Natal (o chamado décimo terceiro salário), algo em torno<strong>de</strong> 53%; é eleva<strong>da</strong> também a proporção <strong>da</strong>queles que não tem direito a férias remunera<strong>da</strong>s (54%). Entre1996 e 2005, o percentual <strong>de</strong> brasileiros com 16 anos ou mais que se <strong>de</strong>clararam sem ocupação e embusca <strong>de</strong> emprego saltou <strong>de</strong> 4% <strong>para</strong> 11% (Folha <strong>de</strong> São Paulo, 24/3/02). Se alguns direitos foram con-382 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens na literatura nacional


<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> sua resolução (com a criação <strong>de</strong> legislação e tribunais <strong>para</strong>lelos ao Estado, por exemplo).Essas mu<strong>da</strong>nças repercutem também no domínio do crime, <strong>da</strong> violência e dos direitos humanos.Transformam-se os padrões tradicionais e convencionais <strong>de</strong> <strong>de</strong>linqüência, anteriormente, concentradosem torno do crime contra o patrimônio, via <strong>de</strong> regra cometido por <strong>de</strong>linqüentes que agiam individualmenteou, quando muito, em pequenos bandos e cuja ação tinha alcance apenas local. Na atuali<strong>da</strong><strong>de</strong>,ca<strong>da</strong> vez mais, o crime organizado opera segundo mol<strong>de</strong>s empresariais e com bases transnacionais;vai-se impondo, colonizando e conectando diferentes formas <strong>de</strong> criminali<strong>da</strong><strong>de</strong> (crimes contra a pessoa,o patrimônio, o sistema financeiro, a economia popular). Seus sintomas mais visíveis compreen<strong>de</strong>memprego <strong>de</strong> violência excessiva mediante uso <strong>de</strong> potentes armas <strong>de</strong> fogo (<strong>da</strong>í a função estratégicado contrabando <strong>de</strong> armas), corrupção <strong>de</strong> agentes do po<strong>de</strong>r público, acentuados <strong>de</strong>sarranjos no tecidosocial, <strong>de</strong>sorganização <strong>da</strong>s formas convencionais <strong>de</strong> controle <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Na mesma direção, piora ocenário <strong>da</strong>s graves violações <strong>de</strong> direitos humanos.Como se não bastassem as conexões que o narcotráfico estabelece com o mercado e o Estado, eletambém enca<strong>de</strong>ia e introduz <strong>de</strong>sarranjos no tecido social. Soares (2000) i<strong>de</strong>ntifica treze razões pelasquais os tráficos <strong>de</strong> armas e <strong>de</strong> drogas constituem as mais perversas dinâmicas criminais no Brasil,entre as quais: o elevado número <strong>de</strong> mortes; a <strong>de</strong>sorganização <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> associativa e política <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s;o regime <strong>de</strong>spótico imposto às favelas e aos bairros populares; o recrutamento <strong>de</strong> crianças eadolescentes cuja vi<strong>da</strong> é prematuramente comprometi<strong>da</strong>; a disseminação <strong>de</strong> valores belicistas contráriosao universalismo <strong>de</strong>mocrático e do ci<strong>da</strong>dão; a <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> leal<strong>da</strong><strong>de</strong> comunitária tradicional; ofortalecimento do patriarcalismo, <strong>da</strong> homofobia e <strong>da</strong> misoginia; o entrelaçamento com os crimes do“colarinho branco” e com outras mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s criminosas (pp. 267-77).O estudo <strong>da</strong>s relações entre o tráfico <strong>de</strong> drogas e o crescimento dos homicídios é uma questãoque tem ocupado parte <strong>da</strong> literatura especializa<strong>da</strong>, nota<strong>da</strong>mente no campo <strong>da</strong>s Ciências Sociais. Foramos estudos pioneiros <strong>de</strong> Zaluar, quem primeiramente formulou a hipótese segundo a qual a emergênciae o rápido <strong>de</strong>senvolvimento do tráfico <strong>de</strong> drogas, como negócio entre as classes populares <strong>da</strong>região metropolitana do Rio <strong>de</strong> Janeiro, são responsáveis pela vira<strong>da</strong> epi<strong>de</strong>miológica <strong>da</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>por causas violentas, mais propriamente os homicídios intencionais. Zaluar sustenta, em seus estudos,a partir <strong>de</strong> rigorosa etnografia do tráfico, secun<strong>da</strong><strong>da</strong> pelos recursos <strong>de</strong> outros métodos e técnicas <strong>de</strong> levantamento<strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, quantitativos e qualitativos, a influência do narcotráfico na escala<strong>da</strong> <strong>da</strong>s taxas<strong>de</strong> homicídios, em especial entre adolescentes e jovens adultos.Finalmente, haveria que se contabilizar as mortes violentas provoca<strong>da</strong>s por tensões nas relaçõesintersubjetivas que na<strong>da</strong> parecem ter em comum com a criminali<strong>da</strong><strong>de</strong> cotidiana. Trata-se <strong>de</strong> um infindávelnúmero <strong>de</strong> situações, em geral, envolvendo conflitos entre pessoas conheci<strong>da</strong>s, cujo <strong>de</strong>sfecho acaba,muitas vezes até aci<strong>de</strong>ntal e inespera<strong>da</strong>mente, na morte <strong>de</strong> um dos contendores. Compreen<strong>de</strong>m conflitosentre companheiros e suas companheiras, entre parentes, entre vizinhos, entre amigos, entre colegas <strong>de</strong>trabalho, entre conhecidos que freqüentam os mesmos espaços <strong>de</strong> lazer, entre pessoas que se cruzam diariamentenas vias públicas, entre patrões e empregados, entre comerciantes e seus clientes. Resultam, emnão poucas circunstâncias, <strong>de</strong> <strong>de</strong>sentendimentos variados acerca <strong>da</strong> posse ou proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> algum bem,paixões não correspondi<strong>da</strong>s, compromissos não sal<strong>da</strong>dos, reciproci<strong>da</strong><strong>de</strong>s rompi<strong>da</strong>s, expectativas não preenchi<strong>da</strong>squanto ao <strong>de</strong>sempenho convencional <strong>de</strong> papéis como os <strong>de</strong> pai, mãe, mulher, filho, estu<strong>da</strong>nte,trabalhador, provedor do lar etc. No mais <strong>da</strong>s vezes, revelam o quanto o tecido social encontra-se sensível atensões e confrontos que, no passado, não pareciam convergir tão abruptamente <strong>para</strong> um <strong>de</strong>sfecho fatal.Nesse contexto, ressaltam as <strong>de</strong>núncias e os casos <strong>de</strong> assassinatos <strong>de</strong> homossexuais (Spagnol, 2005).402 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens na literatura nacional


3Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovensentre 1980 e 2002 no BrasilPanorama NacionalNo Brasil, foi registrado, no período entre 1980 e 2002, um total <strong>de</strong> 696.056 óbitos por homicídios.Crianças e adolescentes na faixa etária <strong>de</strong> 0 a 19 anos representam 16% (n. = 110.320 - Gráfico 1).As maiores vítimas <strong>de</strong> homicídios entre crianças e adolescentes encontram-se na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19anos, grupo que concentra 87,6% (n. = 96.588) dos casos (Gráfico 2). É importante ressaltar, entretanto,que cerca <strong>de</strong> 5% dos casos foram <strong>de</strong> crianças com até nove anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, o que representa um total <strong>de</strong>5.610 homicídios no período.Gráfico 1: Distribuição dos homicídios por grupo etário. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.30 a 39 anos(n=158.626)23,5%40 a 49 anos(n=79.943)11,9%50 a 59 anos(n=35.895)5,3%60 anos e +(n=23.403)3,5%0 a 19 anos(n=110.320)16,4%20 a 29 anos(n=265.175)39,4%Gráfico 2: Distribuição dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes segundo grupo etário. Brasil, Regiões e UFs,1980 a 2002.0 a 4 anos(n=3.465)3,1%5 a 9 anos(n=2.145)1,9%10 a 14 anos(n=8.122)7,4%15 a 19 anos(n=96.588)87,6%Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 41


90008500800075007000650060005500500045004000350030002500200015001000500Na Tabela 1, é apresenta<strong>da</strong> a distribuição <strong>da</strong>s mortes por causas externas na população <strong>de</strong> 0 a 19anos. Os homicídios situam-se em terceiro lugar entre as causas externas <strong>de</strong> morte, responsáveis por24,1% do total. Quando analisamos os <strong>da</strong>dos por grupos etários específicos, percebemos que os homicídiosse situam em primeiro lugar na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos, responsáveis por 39,8% <strong>da</strong>s mortespor causas externas. Na faixa etária <strong>de</strong> 10 a 14 e 5 a 9, predominam os óbitos por aci<strong>de</strong>ntes e aci<strong>de</strong>ntes<strong>de</strong> trânsito; os homicídios vitimaram 8.122 (11%) e 2.145 (3,6%) crianças e adolescentes, respectivamente.No grupo <strong>de</strong> 0 a 4, predominam as mortes aci<strong>de</strong>ntais e os homicídios representam 4,3% (n. = 3.465) dototal <strong>de</strong> mortes por causas externas.Ain<strong>da</strong> com base na Tabela 1, chama nossa atenção a super-representação masculina em todos osgrupos etários. Consi<strong>de</strong>rando o total <strong>de</strong> homicídios na faixa <strong>de</strong> 0 a 19 anos (n. = 110.320), 88% <strong>da</strong>s vítimasforam homens (n. = 97.496) e 12% foram mulheres (n. = 12.761), o que significa uma relação <strong>de</strong> 7,6 meninos<strong>para</strong> ca<strong>da</strong> menina vítima <strong>de</strong> homicídio. A proporção <strong>de</strong> meninos foi <strong>de</strong> 56,7% (n. = 1.951), 60% (n. = 1.286),73,1% (n. = 5.204) e 91,5% (n. = 88.322) nas faixas etárias <strong>de</strong> 0 a 4, 5 a 9, 10 a 14 e 15 a 19, respectivamente.Consi<strong>de</strong>rando a evolução do número <strong>de</strong> vítimas no período, observa-se um crescimento extremamenteexpressivo (368%), <strong>de</strong> 1.926 vítimas em 1980 <strong>para</strong> 9.007 no ano 2002. A maior parte do crescimento<strong>de</strong>u-se na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos (417%), cujo número <strong>de</strong> vítimas cresceu <strong>de</strong> 1.532 <strong>para</strong>7.919 (Gráfico 3). Ain<strong>da</strong> que seja menos expressivo, é importante ressaltar que o número <strong>de</strong> vítimas <strong>de</strong>homicídios apresenta uma tendência <strong>de</strong> crescimento também nas faixas etárias <strong>de</strong> 10 a 14, 5 a 9 e 0 a 4anos, cujos incrementos são, respectivamente, 353%, 89% e 88%.Gráfico 3: Número <strong>de</strong> vítimas <strong>de</strong> homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 167,3% 61,5% 8,3% 367,7%15 a 19 185,8% 66,1% 8,9% 416,9%10 a 14 187,0% 49,5% 5,5% 352,7%5 a 9 72,1% 7,6% 1,8% 88,5%0 a 4 43,6% 26,2% 3,8% 88,1%01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 200215-19 1532 1601 1564 1877 2208 2517 2684 2925 2931 3889 4378 4067 3584 4124 4547 5159 5338 5855 6411 6566 7274 7638 791910-14 131 149 155 179 176 217 265 267 265 346 376 368 337 377 366 479 513 506 461 485 562 549 5935-9 61 64 64 77 82 66 78 74 90 93 105 91 96 103 106 111 125 117 102 111 113 101 1150 a 4 101 106 116 133 130 108 107 107 136 128 145 148 148 178 149 176 194 167 207 193 183 192 190Embora a participação dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes no total <strong>de</strong> homicídios tenha semantido relativamente estável com um incremento <strong>de</strong> 35,2% no período, passando <strong>de</strong> 13,1% <strong>para</strong> 17,7%(Gráfico 4), é importante <strong>de</strong>stacar que este foi o grupo que apresentou maior crescimento no período.42 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


0 a 19Tabela 1: Óbitos por causas externas segundo grupos <strong>de</strong> gênero e etários, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil,1980-2002.homens mulheres TotalN % N % N %aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito 90310 26,3 40887 36,1 131292 28,7aci<strong>de</strong>ntes 111818 32,5 43152 38,0 155110 33,9homicídios 97496 28,4 12761 11,3 110320 24,1intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> 35910 10,5 11714 10,3 47668 10,4intervenção legal 135 0,0 8 0,0 143 0,0suicídios 7952 2,3 4895 4,3 12855 2,8Causas externas 343621 100,0 113417 100,0 457388 100,015 a 19aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito 43707 21,4 14068 36,6 57807 23,8aci<strong>de</strong>ntes 42927 21,0 7858 20,4 50823 20,9homicídios 88322 43,2 8230 21,4 96588 39,7intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> 22345 10,9 4304 11,2 26661 11,0intervenção legal 126 0,1 5 0,0 131 0,1suicídios 7004 3,4 3975 10,3 10985 4,5Causas externas 204431 100,0 38440 100,0 242995 100,010 a 14aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito 18156 34,6 8697 40,2 26869 36,3aci<strong>de</strong>ntes 22212 42,4 7805 36,1 30036 40,5homicídios 5937 11,3 2182 10,1 8122 11,0intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> 5204 9,9 2046 9,5 7255 9,8intervenção legal 4 0,0 1 0,0 5 0,0suicídios 914 1,7 911 4,2 1827 2,5Causas externas 52427 100,0 21642 100,0 74114 100,05 a 9aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito 17161 44,0 10116 49,7 27300 46,0aci<strong>de</strong>ntes 17131 44,0 7546 37,1 24697 41,6homicídios 1286 3,3 857 4,2 2145 3,6intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> 3362 8,6 1816 8,9 5186 8,7intervenção legal 0 0,0 1 0,0 1 0,0suicídios 32 0,1 6 0,0 38 0,1Causas externas 38972 100,0 20342 100,0 59367 100,00 a 4aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito 11286 23,6 8006 24,3 19316 23,9aci<strong>de</strong>ntes 29548 61,8 19943 60,4 49554 61,2homicídios 1951 4,1 1492 4,5 3465 4,3intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> 4999 10,5 3548 10,8 8566 10,6intervenção legal 5 0,0 1 0,0 6 0,0suicídios 2 0,0 3 0,0 5 0,0Causas externas 47791 100,0 32993 100,0 80912 100,0Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informação sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Brasil.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 43


30,0Gráfico 4: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes no total <strong>de</strong> homicídios eincrementos (%), segundo grupos <strong>de</strong> gênero e população total. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.25,020,0Incrementostotalmeninos80/9019,2%26,0%90/0014,6%14,4%00/02-1,0%-0,4%global35,2%43,6%meninas -10,7% 14,8% -5,3% -2,9%15,010,05,00,0Total meninos meninas1980 13,1 12,1 22,71990 15,6 15,3 20,32000 17,9 17,5 23,32002 17,7 17,4 22,042,0Gráfico 5: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes no total <strong>de</strong> mortes porhomicídios e incrementos (%), segundo grupo etário. Brasil, 1980, 1990, 2000, 2002.36,030,024,0Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 19,2% 14,6% -1,0% 35,2%20 a 29 2,8% 1,5% 1,3% 5,7%30 a 39 -0,8% -4,7% -4,2% -9,4%40 a 49 -22,8% 6,6% -2,6% -19,8%50 a 59 -26,8% -9,5% 7,7% -28,7%60 e+ -25,4% 1,9% 2,2% -22,3%18,012,06,00,00 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 e +1980 13,1 37,6 23,1 13,5 6,8 4,01990 15,6 38,6 23,0 10,4 5,0 3,02000 17,9 39,2 21,9 11,1 4,5 3,12002 17,7 39,7 21,0 10,8 4,8 3,144 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Ao analisarmos a participação <strong>da</strong>s faixas etárias específicas no total <strong>de</strong> homicídios, observamosque houve uma que<strong>da</strong> <strong>da</strong>s proporções nas faixas etárias acima <strong>de</strong> 30 anos e apenas um discreto crescimentona faixa etária <strong>de</strong> 20 a 29 anos (Gráfico 5). A proporção dos homicídios nessa faixa etária passou<strong>de</strong> 37,6%, em 1980, <strong>para</strong> 39,7%, no ano 2002, o que representa um incremento <strong>de</strong> apenas 6%.A participação dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes no total <strong>de</strong> homicídios cresceu em ambosos grupos <strong>de</strong> gênero, como po<strong>de</strong> ser percebido no Gráfico 4. O crescimento mais significativo ocorreuna população masculina, cuja proporção passou <strong>de</strong> 12,1% <strong>para</strong> 17,4%. Entre as mulheres observa-se umaque<strong>da</strong> na participação dos homicídios <strong>de</strong> jovens e adolescentes no total <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> 1980 a 1990,quando ocorre uma reversão <strong>da</strong> tendência com crescimento <strong>de</strong> 20,3% <strong>para</strong> 22%, no ano 2002 (Gráfico 4).Um <strong>da</strong>do que chama atenção é o enorme crescimento <strong>da</strong> participação dos homicídios nas mortespor causas externas na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, cuja proporção passou <strong>de</strong> 11,2% <strong>para</strong> 39,6% (Gráfico6), um incremento <strong>de</strong> 254,4% no período. Isso significa que, no ano 2002, os homicídios passaram a serresponsáveis por quase 40% <strong>da</strong>s mortes por causas externas <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil. É importanteressaltar, entretanto, que parte <strong>de</strong>sse incremento se justifica por mu<strong>da</strong>nças na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos<strong>da</strong>dos ao longo do tempo, o que po<strong>de</strong> ser percebido no Gráfico 6. Ao longo dos anos, houve uma que<strong>da</strong>expressiva na proporção <strong>de</strong> óbitos classificados como morte por intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>, quepassou <strong>de</strong> 18,7% <strong>para</strong> 7,5% do total <strong>de</strong> mortes por causas externas (CE), uma que<strong>da</strong> <strong>de</strong> 60% no período.Gráfico 6: Proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> no total <strong>de</strong> mortes porcausas externas e incrementos (%), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.40,035,030,0homicídiosintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t.Incrementos80/90123,2%-60,5%90/0049,4%12,3%00/026,3%-9,9%global254,4%-60,1%25,020,015,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Homicídios 11,2 11,7 11,5 13,4 14,9 15,5 15,4 17,6 17,5 21,2 24,9 23,9 22,1 24,0 24,5 27,0 27,4 29,9 33,2 34,3 37,3 39,6 39,6Intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. 18,7 16,4 15,3 11,8 12,4 12,8 13,7 13,3 14,0 12,0 7,4 7,9 9,4 9,6 10,0 7,7 6,9 6,4 9,5 7,6 8,3 7,3 7,5No Gráfico 7, observa-se que houve crescimento importante <strong>da</strong> participação dos homicídios nasmortes por causas externas em ambos os grupos por gênero, e, entre os meninos, a proporção passou<strong>de</strong> 15,9% <strong>para</strong> 49,8%, um incremento <strong>de</strong> 214,3% no período <strong>de</strong> estudo. Entre as meninas, o crescimentofoi <strong>de</strong> 192,3%.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 45


50,045,040,0Gráfico 7: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios no total <strong>de</strong> mortes por causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos,segundo sexo. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.Incrementostotalmeninos80/9019,2%26,0%90/0014,6%14,4%00/02-1,0%-0,4%global35,2%43,6%meninas -10,7% 14,8% -5,3% -2,9%35,030,025,020,015,010,05,00,0198019821984198619881990199219941996199820002002 meninas meninos1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002meninas 6,4 6,4 6,0 7,4 7,7 7,4 7,2 8,0 8,2 9,8 10,9 11,6 10,5 10,2 12,1 12,9 13,7 14,4 15,8 16,9 18,3 19,9 18,6meninos 15,9 16,5 16,2 18,7 20,4 21,3 21,1 23,8 23,7 27,9 32,8 31,7 29,1 32,0 32,7 36,0 36,5 38,7 43,2 43,9 47,7 49,8 49,9Gráfico 8: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000) por causas externas e incremento global (%), população <strong>de</strong>0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.14,0306,3%12,010,08,06,0-2,7%-25,9%4,02,0-54,2%31,9%Acid <strong>de</strong> trânsitoAci<strong>de</strong>ntesHomicídiosInt. in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>Interv. legalSuicídios0,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20028,1 8,1 8,7 7,9 8,5 9,4 10,6 9,2 9,3 9,7 9,1 8,8 8,5 8,5 8,8 9,2 10,3 9,7 8,2 8,0 7,6 7,6 7,910,5 10,8 10,7 12,0 11,4 11,6 11,6 11,1 11,0 11,3 11,0 10,6 10,4 10,2 10,4 10,4 11,0 10,3 8,9 9,1 8,9 7,7 7,83,1 3,2 3,2 3,7 4,2 4,7 5,0 5,4 5,3 6,9 7,7 7,1 6,4 7,0 7,5 8,5 9,3 9,9 10,5 10,6 11,9 12,2 12,65,2 4,5 4,2 3,3 3,5 3,9 4,4 4,0 4,3 3,9 2,3 2,3 2,7 2,8 3,1 2,4 2,3 2,1 3,0 2,4 2,7 2,3 2,40,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,10,8 1,0 0,8 0,9 0,7 0,7 0,7 0,7 0,6 0,7 0,7 0,7 0,7 0,8 0,9 0,9 1,1 1,0 1,0 0,9 0,9 1,2 1,146 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


O crescimento dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes po<strong>de</strong> ser evi<strong>de</strong>nciado também nosGráficos 8, 9 e 10, nos quais são apresentados os coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por causas externas específicas.No Gráfico 8, é possível observar que os homicídios apresentam uma tendência <strong>de</strong> crescimentoconstante, e o coeficiente <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídio (CMH) passou <strong>de</strong> 3,1 <strong>para</strong> 12,6 por 100 milhabitantes, um incremento global <strong>de</strong> 306,3% no período. Em 1998, os homicídios passam a ocupar oprimeiro lugar entre as causas externas <strong>de</strong> morte, ultrapassando as mortes aci<strong>de</strong>ntais e os aci<strong>de</strong>ntes<strong>de</strong> trânsito. É importante ressaltar que ocupavam o quarto lugar entre as causas externas <strong>de</strong> morte em1980, passando <strong>para</strong> terceiro em 1983, posição que se manteve até 1996. Outro <strong>da</strong>do relevante é que,entre as causas externas <strong>de</strong> morte, apenas os homicídios, as mortes por intervenção legal e os suicídiosapresentam tendência <strong>de</strong> crescimento no período e, no caso dos suicídios, o incremento global foi<strong>de</strong> 31,9%. As mortes por intervenção legal representam os casos que resultaram <strong>da</strong> ação policial, cujonúmero absoluto aumentou <strong>de</strong> 2 <strong>para</strong> 42 casos no ano 2002. O pequeno número <strong>de</strong> casos dificulta aanálise e, certamente, representa uma subnotificação <strong>da</strong>s mortes <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> ação policial.25,0Gráfico 9: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos eincrementos (%), segundo sexo. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.20,0Incrementostotalmeninos80/90147,8%166,0%90/0055,5%54,4%00/025,4%6,6%global306,3%337,7%meninas 54,7% 59,9% -4,9% 135,2%15,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 3,1 3,2 3,2 3,7 4,2 4,7 5,0 5,4 5,3 6,9 7,7 7,1 6,4 7,0 7,5 8,5 9,3 9,9 10,5 10,6 11,9 12,2 12,6meninos 5,1 5,4 5,3 6,3 7,2 8,1 8,7 9,4 9,3 12,2 13,6 12,4 11,1 12,5 13,0 14,8 16,2 17,4 18,6 18,8 21,0 21,7 22,4meninas 1,0 1,0 1,0 1,2 1,2 1,2 1,3 1,3 1,3 1,5 1,6 1,7 1,5 1,5 1,9 2,0 2,3 2,2 2,3 2,3 2,6 2,5 2,5No Gráfico 9, são apresenta<strong>da</strong>s as curvas <strong>de</strong> evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídiosegundo grupos <strong>de</strong> gênero. Mais uma vez, chamam atenção a magnitu<strong>de</strong> e o crescimento doproblema entre os meninos, cujo incremento supera o encontrado <strong>para</strong> a população total <strong>de</strong> 0 a 19anos. Entre os meninos, o CMH cresceu 337,8%, <strong>de</strong> 5,1 <strong>para</strong> 22,4 por 100 mil habitantes. Entre as meninas,o incremento global foi <strong>de</strong> 135,2%, também bastante expressivo. Consi<strong>de</strong>rando a evolução porfaixa etária (Gráfico 10), nota-se que o crescimento observado <strong>para</strong> o grupo <strong>de</strong> 0 a 19 anos (306,3%)supera o incremento <strong>da</strong> população total do País (143,5%). Entre as crianças e adolescentes, o grupo queHomicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 47


se <strong>de</strong>staca, tanto pelo incremento quanto pelos elevados coeficientes, é o <strong>da</strong> faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos.O crescimento no período foi <strong>de</strong> 280,1% e o coeficiente passou <strong>de</strong> 11,3 <strong>para</strong> 42,9/100 mil habitantes. Ocrescimento foi significativo também na faixa etária <strong>de</strong> 10 a 14 anos (261,6%).Gráfico 10: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000) por homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos(%), população total e por faixas etárias seleciona<strong>da</strong>s. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.45,040,536,031,5Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 147,8% 55,5% 5,4% 306,3%15 a 19 160,7% 37,7% 5,9% 280,1%10 a 14 143,9% 44,5% 2,6% 261,6%5 a 9 48,2% 11,6% -1,1% 63,6%0 a 4 42,9% 27,2% 0,8% 83,2%27,022,518,013,59,04,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 4 0,6 0,6 0,7 0,8 0,8 0,7 0,7 0,8 0,8 0,8 0,9 0,9 0,9 1,0 0,9 1,0 1,2 1,1 1,3 1,2 1,1 1,2 1,15 a 9 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,4 0,5 0,4 0,5 0,5 0,6 0,5 0,6 0,6 0,6 0,6 0,8 0,7 0,6 0,6 0,7 0,6 0,710 a 14 0,9 1,0 1,1 1,2 1,2 1,4 1,7 1,7 1,6 2,1 2,2 2,2 2,0 2,2 2,1 2,7 2,9 2,8 2,6 2,7 3,2 3,1 3,315 a 19 11,3 11,7 11,3 13,5 15,7 17,7 18,7 20,2 20,0 26,4 29,4 27,1 23,3 26,7 29,0 32,5 32,0 34,5 37,3 37,7 40,5 41,9 42,90 a 19 3,1 3,2 3,2 3,7 4,2 4,7 5,0 5,4 5,3 6,9 7,7 7,1 6,4 7,0 7,5 8,5 9,3 9,9 10,5 10,6 11,9 12,2 12,6Consi<strong>de</strong>rando-se os homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens segundo o tipo <strong>de</strong> arma utilizado, observase,no Gráfico 11, um predomínio <strong>da</strong>s armas <strong>de</strong> fogo a partir <strong>de</strong> 1985, quando o CMH com arma <strong>de</strong> fogo(CMH-AF) superou o <strong>de</strong> homicídios cometidos com outras armas e aqueles cuja arma não foi especifica<strong>da</strong>.O CMH-AF foi o que apresentou maior incremento no período (553,2%) passando <strong>de</strong> 1,41 em 1980 <strong>para</strong>9,2 em 2002. Os homicídios cometidos com outras armas também cresceram no período, no entanto, oincremento foi inferior, <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 222,1% e os coeficientes não chegaram a atingir o valor <strong>de</strong> 3 por 100mil habitantes. É importante ressaltar que parte do incremento observado na curva <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> porhomicídio com arma <strong>de</strong> fogo (CMH-AF) po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>corrente <strong>da</strong> melhoria na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>da</strong>dos, o quefica evi<strong>de</strong>nte quando percebemos a que<strong>da</strong> nos homicídios cujas armas não foram especifica<strong>da</strong>s.Ain<strong>da</strong> em relação aos <strong>da</strong>dos nacionais, observa-se que a maior parte dos homicídios tem ocorridonas capitais, em com<strong>para</strong>ção com outras ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s (Gráfico 12). Consi<strong>de</strong>rando-se to<strong>da</strong>s as capitais e to<strong>da</strong>sas <strong>de</strong>mais ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s em conjunto (não capitais), encontramos um coeficiente <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> mais elevadonas capitais, o qual exce<strong>de</strong>, inclusive, o do Brasil. Entretanto, nas capitais, encontramos o menorincremento do período, <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 257%.48 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 11: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000) por homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos(%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.10,09,08,07,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogo 199,2% 104,0% 7,0% 553,3%outros instrumentos 130,3% 40,5% -0,5% 222,1%não especificados 89,7% -35,4% 3,8% 27,2%6,05,04,03,02,01,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 1,4 1,4 1,3 1,3 1,7 2,1 2,1 2,5 2,6 3,4 4,2 3,8 3,3 4,3 4,5 5,4 5,8 6,4 6,9 7,2 8,6 9,1 9,2outros instrumentos 0,6 0,7 0,8 0,8 0,8 0,9 1,0 0,9 1,0 1,3 1,4 1,4 1,6 1,9 2,0 1,9 2,5 2,6 2,7 2,0 2,0 1,9 2,0não especificados 1,1 1,2 1,1 1,6 1,8 1,8 1,9 1,9 1,8 2,2 2,0 1,9 1,4 0,9 1,0 1,1 1,0 0,9 0,9 1,5 1,3 1,2 1,3Gráfico 12: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios na população 0 a 19 anos eincrementos (%). Brasil, Capitais e outros municípios, 1980 a 2002.25,022,520,017,5IncrementosBrasilcapitais80/90231,6%154,4%90/0016,2%42,5%00/025,4%-1,5%global306,3%257,0%outros municípios 141,0% 65,9% 9,9% 339,2%15,012,510,07,55,02,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002outros municípios 2,3 2,4 2,5 3,0 3,1 3,5 3,8 3,9 4,1 5,3 5,5 5,3 4,9 5,4 5,6 6,2 6,8 7,2 7,8 8,2 9,1 9,5 10,0Brasil (total) 3,1 4,5 4,3 5,1 5,8 6,4 6,8 7,2 7,2 9,2 10,3 7,1 8,4 7,0 7,5 8,5 9,3 9,9 10,5 10,6 11,9 12,2 12,6capitais 6,3 6,3 5,9 6,6 8,5 9,3 9,6 10,9 10,1 13,0 16,1 13,9 12,0 13,2 14,7 17,3 19,3 20,4 21,3 20,2 22,9 22,8 22,6Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 49


Consi<strong>de</strong>raçõesEm resumo, o homicídio na faixa etária <strong>de</strong> 0 e 19 anos cresceu ao longo <strong>de</strong> todo o período consi<strong>de</strong>rado,o que se refletiu no crescimento do coeficiente <strong>de</strong> homicídios por 100 mil habitantes <strong>de</strong>ssa faixaetária, que passou <strong>de</strong> 3,1 homicídios por 100 mil habitantes, em 1980, <strong>para</strong> 12,6, em 2002.Também aumentou consi<strong>de</strong>ravelmente o uso <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo como instrumento utilizado: enquanto,em 1980, 45,5% dos casos <strong>de</strong> homicídios ocorreram pelo uso <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo, em 2002, essescasos representaram 73,2% <strong>de</strong> todos os homicídios nessa faixa etária. Em números, isto significa que,enquanto, em 1980, ocorreram ao menos 831 homicídios <strong>de</strong> crianças por amas <strong>de</strong> fogo, em 2002, estescasos totalizaram 6.456 mortes. Em conseqüência, o coeficiente <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças por armas<strong>de</strong> fogo passou <strong>de</strong> 1,4 homicídio, em 1980, <strong>para</strong> 9,2 por 100 mil habitantes, em 2002.O maior crescimento, como mencionado, ocorreu na faixa etária entre 15 e 19 anos (em que estãoconcentrados 89,2% dos homicídios entre 0 e 19 anos), e na qual as armas <strong>de</strong> fogo foram responsáveis,em 2002, pela morte <strong>de</strong> 5.976 jovens em contraposição a 738 em 1980. Houve, porém, um crescimentoexpressivo dos homicídios também nas faixas mais jovens, inclusive por armas <strong>de</strong> fogo. Por exemplo,entre 10 e 14 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, houve um gran<strong>de</strong> crescimento do homicídio entre as mortes por causas externas.Em 1980, 4,4% <strong>da</strong>s mortes nessa faixa etária ocorreram por homicídio, em 2002, essas mortes járepresentavam 20,7%. A participação <strong>de</strong>ssa faixa etária entre a vítimas <strong>de</strong> homicídios, no grupo entre 0e 19 anos, elevou-se <strong>de</strong> 0,9% (1980) <strong>para</strong> 1,2% (2002). Se, em 1980, as armas <strong>de</strong> fogo mataram 55 criançasentre 10 e 14 anos, em 2002, o número <strong>de</strong> vítimas chegou a 388. Já entre as crianças com menos i<strong>da</strong><strong>de</strong>(0 e 9 anos), as armas <strong>de</strong> fogo aparecem em cerca <strong>de</strong> um terço dos homicídios no período (1.694 casos),sendo plausível que os dois terços restantes se <strong>de</strong>vam, em larga medi<strong>da</strong>, a maus-tratos e abusos.Há diferenças <strong>de</strong> gênero, conforme apontado anteriormente, em particular nas faixas etárias entre10 e 14 anos e 15 e 19 anos. Entre 0 e 4 anos e 5 e 9 anos, o risco <strong>de</strong> homicídio <strong>para</strong> meninos e meninas éequivalente, como observado na literatura internacional. Ain<strong>da</strong> que pouco se saiba sobre os agressores,é possível que, nessas faixas etárias, as crianças sejam vítimas <strong>de</strong> violência perpetra<strong>da</strong> por familiares.Cabe ressaltar que, apesar <strong>da</strong>s semelhanças apresenta<strong>da</strong>s, ao longo do período, o risco <strong>de</strong> meninos e meninasentre 0 e 4 anos serem vítimas <strong>de</strong> homicídio aumentou mais do que o <strong>de</strong> meninas e meninos entre5 e 9 anos, tendo o coeficiente <strong>de</strong> homicídios passado <strong>de</strong> 0,6 (1980) <strong>para</strong> 1,1 por 100 mil habitantes, em2002, enquanto o coeficiente <strong>de</strong> 5 a 9 anos cresceu <strong>de</strong> 0,4 <strong>para</strong> 0,7 homicídio por 100 mil habitantes.50 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Tabela 2: Coeficiente <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Total0 a 4 anos 0,6 0,6 0,7 0,8 0,8 0,7 0,7 0,8 0,8 0,8 0,9 0,9 0,9 1,0 0,9 1,0 1,2 1,1 1,3 1,2 1,1 1,2 1,15 a 9 anos 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,4 0,5 0,4 0,5 0,5 0,6 0,5 0,6 0,6 0,6 0,6 0,8 0,7 0,6 0,6 0,7 0,6 0,710 a 14 anos 0,9 1,0 1,1 1,2 1,2 1,4 1,7 1,7 1,6 2,1 2,2 2,2 2,0 2,2 2,1 2,7 2,9 2,8 2,6 2,7 3,2 3,1 3,315 a 19 anos 11,3 11,7 11,3 13,5 15,7 17,7 18,7 20,2 20,0 26,4 29,4 27,1 23,3 26,7 29,0 32,5 32,0 34,5 37,3 37,7 40,5 41,9 42,90 a 19 anos 3,1 3,2 3,2 3,7 4,2 4,7 5,0 5,4 5,3 6,9 7,7 7,1 6,4 7,0 7,5 8,5 9,3 9,9 10,5 10,6 11,9 12,2 12,6Meninos0 a 4 anos 0,6 0,6 0,7 1,0 1,0 0,6 0,8 0,9 0,8 0,9 1,0 1,0 0,9 1,3 1,0 1,1 1,3 1,2 1,6 1,3 1,3 1,2 1,15 a 9 anos 0,5 0,5 0,6 0,6 0,6 0,5 0,5 0,5 0,6 0,8 0,7 0,6 0,7 0,7 0,7 0,7 0,9 0,9 0,7 0,8 0,8 0,7 0,810 a 14 anos 1,3 1,4 1,5 1,6 1,8 2,1 2,4 2,5 2,5 3,0 3,4 3,1 3,0 3,3 2,8 3,8 4,1 4,1 3,5 3,8 4,6 4,5 4,815 a 19 anos 19,9 21,0 20,4 24,0 28,1 32,2 34,2 37,3 36,9 48,7 54,9 49,7 43,0 49,6 52,9 59,7 58,2 63,4 68,4 69,1 74,1 76,9 79,40 a 19 anos 5,1 5,4 5,3 6,3 7,2 8,1 8,7 9,4 9,3 12,2 13,6 12,4 11,1 12,5 13,0 14,8 16,2 17,4 18,6 18,8 21,0 21,7 22,4Meninas0 a 4 anos 0,6 0,7 0,7 0,6 0,6 0,7 0,5 0,7 0,9 0,6 0,8 0,7 0,9 0,8 0,7 0,9 1,1 0,9 0,9 1,0 1,0 1,1 1,15 a 9 anos 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 0,3 0,4 0,4 0,5 0,3 0,6 0,5 0,4 0,5 0,5 0,5 0,6 0,5 0,5 0,5 0,6 0,5 0,610 a 14 anos 0,5 0,6 0,6 0,7 0,5 0,7 1,0 0,8 0,7 1,1 1,1 1,2 1,0 1,0 1,3 1,5 1,7 1,6 1,5 1,4 1,8 1,7 1,815 a 19 anos 2,9 2,6 2,5 3,1 3,3 3,4 3,4 3,4 3,4 4,3 4,3 4,7 3,6 4,0 5,4 5,6 5,8 5,7 6,1 6,3 6,6 6,5 6,00 a 19 anos 0,3 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 0,5 0,4 0,5 0,6 0,8 0,7 0,6 0,7 0,9 1,0 1,2 1,1 1,2 1,2 1,5 1,4 1,3Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>Tabela 3: Coeficiente <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab) por arma <strong>de</strong> fogo, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Total0 a 4 anos 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,1 0,1 0,2 0,2 0,2 0,3 0,2 0,2 0,4 0,2 0,3 0,3 0,2 0,4 0,2 0,3 0,3 0,35 a 9 anos 0,2 0,2 0,1 0,2 0,2 0,1 0,1 0,2 0,2 0,2 0,3 0,2 0,3 0,2 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,4 0,3 0,310 a 14 anos 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,7 0,7 0,8 0,7 0,9 1,1 1,0 0,9 1,1 1,1 1,6 1,7 1,6 1,6 1,6 2,1 2,1 2,215 a 19 anos 5,4 5,2 4,8 5,0 6,5 8,0 8,1 9,7 10,1 13,5 16,6 14,8 12,7 17,0 18,3 21,5 20,6 23,1 25,0 26,2 30,0 32,2 32,40 a 19 anos 1,4 1,4 1,3 1,3 1,7 2,1 2,1 2,5 2,6 3,4 4,2 3,8 3,3 4,3 4,5 5,4 5,8 6,4 6,9 7,2 8,6 9,1 9,2Meninos0 a 4 anos 0,1 0,1 0,1 0,1 0,3 0,1 0,2 0,2 0,1 0,2 0,3 0,3 0,2 0,5 0,3 0,4 0,4 0,4 0,6 0,3 0,4 0,3 0,35 a 9 anos 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,3 0,3 0,2 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,5 0,3 0,310 a 14 anos 0,6 0,7 0,6 0,6 0,6 1,0 1,1 1,3 1,1 1,4 1,8 1,6 1,4 1,8 1,5 2,4 2,6 2,4 2,4 2,4 3,3 3,1 3,415 a 19 anos 9,9 9,5 8,8 9,1 11,6 14,9 14,9 18,3 19,0 25,3 31,2 27,6 23,7 31,9 33,8 40,1 37,9 42,8 46,4 48,7 55,5 60,2 60,70 a 19 anos 2,5 2,4 2,2 2,3 2,9 3,7 3,7 4,6 4,7 6,2 7,6 6,7 6,0 7,8 8,1 9,8 10,3 11,5 12,4 13,0 15,5 16,7 16,9Meninas0 a 4 anos 0,0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,1 0,3 0,2 0,1 0,2 0,1 0,2 0,2 0,1 0,2 0,2 0,2 0,3 0,15 a 9 anos 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,1 0,2 0,1 0,2 0,2 0,3 0,2 0,2 0,2 0,3 0,2 0,210 a 14 anos 0,2 0,2 0,2 0,2 0,3 0,3 0,4 0,3 0,3 0,4 0,4 0,5 0,5 0,5 0,6 0,7 0,8 0,8 0,7 0,8 1,0 1,0 0,915 a 19 anos 1,0 1,1 0,9 1,0 1,4 1,3 1,4 1,3 1,4 2,0 2,2 2,2 1,9 2,2 3,0 3,2 3,3 3,3 3,5 3,6 4,2 3,9 3,70 a 19 anos 1,0 1,0 1,0 1,2 1,2 1,2 1,3 1,3 1,3 1,5 1,6 1,7 1,5 1,5 1,9 2,0 2,3 2,2 2,3 2,3 2,6 2,5 2,5Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 51


Com<strong>para</strong>ções RegionaisNos Gráficos 13, 14 e 15 é possível perceber a existência <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s dispari<strong>da</strong><strong>de</strong>s regionais, tantoao que se refere à distribuição como à evolução <strong>da</strong>s mortes por homicídios entre crianças e adolescentes.Chama atenção, inicialmente, a concentração <strong>de</strong> casos na Região Su<strong>de</strong>ste, que concentra 39% <strong>da</strong>população <strong>de</strong> 0 a 19 anos do País e 61% <strong>de</strong> todos os homicídios nessa faixa etária ocorridos no período.Em segundo lugar, encontra-se a Região Nor<strong>de</strong>ste, que concentra 31% <strong>da</strong> população <strong>de</strong> 0 a 19 anos e19,5% dos homicídios.Gráfico 13: Distribuição dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo Regiãoadministrativa. Brasil, 1980 a 2002.Região Sul(n=9.342)8,5%RegiãoCentro-Oeste(n=6.874)6,2%Região Norte(n=5.994)5,4%Região Nor<strong>de</strong>ste(n=21.509)19,5%Região Su<strong>de</strong>ste(n=66.601)60,4%Ao analisarmos a evolução dos óbitos no período estu<strong>da</strong>do (Gráfico 14), percebemos que houveaumento dos casos em to<strong>da</strong>s as Regiões. Entretanto, apenas a Região Su<strong>de</strong>ste apresenta uma proporçãoque supera a média do País, o que indica um maior impacto dos homicídios nas mortes por causas externas.No ano 2002, a proporção atingiu a elevadíssima taxa <strong>de</strong> 49,2%, ou seja, quase 50% <strong>da</strong>s criançase adolescentes, que morreram por causas externas na Região, foram assassinados. O incremento na Regiãofoi <strong>de</strong> 255,2% no período, enquanto o incremento no País foi <strong>de</strong> 254,4%. A Região Centro-Oeste, apesar<strong>de</strong> apresentar proporções mais baixas do que o País, teve o maior incremento no período, 357,2%.No Gráfico 15, são apresentados os coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100 mil habitantes) <strong>para</strong> o Brasile Regiões. Já em 1980, a Região Su<strong>de</strong>ste apresentava um coeficiente mais elevado do que o do País, oque indica um risco maior <strong>de</strong> morte por homicídios <strong>para</strong> as crianças e adolescentes <strong>da</strong> Região. No ano2000, os coeficientes <strong>da</strong>s Regiões Su<strong>de</strong>ste e Centro-Oeste superam o do Brasil. A taxa <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>é maior na Região Su<strong>de</strong>ste durante todo o período. Os maiores incrementos, entretanto, foram encontradosnas Regiões Nor<strong>de</strong>ste (396%) e Centro-Oeste (499%). A <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong> na distribuição do risco<strong>de</strong> morrer por homicídio no país fica ain<strong>da</strong> mais evi<strong>de</strong>nte ao analisarmos os <strong>da</strong>dos <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>Fe<strong>de</strong>ração e capitais. É o que faremos a seguir.52 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


55,050,045,040,035,0Gráfico 14: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre o total <strong>de</strong> óbitos por causas externas na população<strong>de</strong> 0 a 19 anos, e incrementos (%), segundo Região administrativa. Brasil, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBrasil 123,2% 49,4% 6,3% 254,4%Região Norte 151,6% 21,6% -0,8% 203,4%Região Nor<strong>de</strong>ste 107,0% 45,6% 9,3% 229,3%Região Su<strong>de</strong>ste 117,6% 56,6% 4,2% 255,2%Região Sul 143,7% 28,1% 30,2% 306,3%Região Centro-Oeste 109,8% 115,3% 1,2% 357,2%30,025,020,015,010,05,00,0Brasil Região Norte Região Nor<strong>de</strong>ste Região Su<strong>de</strong>ste Região Sul Região Centro-Oeste1980 11,2% 9,8% 10,4% 13,8% 6,4% 7,2%1990 24,9% 24,7% 21,6% 30,1% 15,6% 15,1%2000 37,3% 30,0% 31,4% 47,2% 20,0% 32,5%2002 39,6% 29,7% 34,3% 49,2% 26,1% 32,9%20,016,0Gráfico 15: Evolução <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%) segundo Região administrativa. Brasil, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBrasil 147,8% 55,6% 5,4% 306,3%Região Norte 136,9% 26,1% 11,4% 233,0%Região Nor<strong>de</strong>ste 128,7% 94,1% 11,7% 395,8%Região Su<strong>de</strong>ste 157,5% 45,7% 0,8% 278,3%Região Sul 155,9% 25,1% 24,1% 297,2%Região Centro-Oeste 121,1% 167,8% 1,1% 498,8%12,08,04,00,0Brasil Região Norte Região Nor<strong>de</strong>ste Região Su<strong>de</strong>ste Região Sul Região Centro-Oeste1980 3,1 2,3 1,7 4,9 2,1 2,11990 7,7 5,5 3,9 12,6 5,3 4,72000 11,9 6,9 7,5 18,4 6,7 12,52002 12,6 7,7 8,4 18,6 8,3 12,6Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 53


Análise por RegiõesRegião NorteComo vimos no Gráfico 13, a Região Norte concentra 5% (n. = 5.994) dos homicídios <strong>de</strong> crianças eadolescentes ocorridos no período <strong>de</strong> 1980 a 2002. A maior parte dos casos ocorreu no Pará, Estado queconcentra 36% (n. = 2.130) dos homicídios <strong>da</strong> Região e 1,9% dos homicídios do País, seguido pelo Estadodo Amazonas, com 27% (n. = 1.589) dos casos <strong>da</strong> Região e 1,2% do País (Gráfico 16).Gráfico 16: Distribuição dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes por Estados <strong>da</strong> Região Norte. Brasil,1980 a 2002.Amapá(n=502)8,4%Tocantins(n=240)4,0%Rondônia(n=916)15,3%Acre(n=355)5,9%Pará(n=2.130)35,5%Roraima(n=262)4,4%Amazonas(n=1.589)26,5%A proporção <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes no total <strong>de</strong> homicídios cresceu na Regiãoe em todos os Estados (Gráfico 17). Com exceção do Pará e <strong>de</strong> Rondônia, os <strong>de</strong>mais Estados <strong>da</strong> Regiãoapresentaram incremento global (1980 a 2002) superior ao crescimento do País. Em Roraima, o crescimentofoi superior a 100%. Em 1980, Roraima apresentou apenas um homicídio <strong>de</strong> crianças e adolescentes– em um total <strong>de</strong> 11 homicídios –, no ano 2002, foram registrados 23 homicídios <strong>de</strong> crianças eadolescentes em um total <strong>de</strong> 122 homicídios. No Amapá, o crescimento foi <strong>de</strong> 1 homicídio <strong>de</strong> crianças eadolescentes em um total <strong>de</strong> 7 homicídios registrados, <strong>para</strong> 41 homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentesem um total <strong>de</strong> 181 homicídios. É importante ressaltar que, em 1980, em nenhum dos Estados <strong>da</strong> Região,os homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes representavam 20% do total <strong>de</strong> homicídios e, no ano 2002, emtrês Estados (Acre, Amazonas e no Amapá), crianças e adolescentes assassinados representam mais <strong>de</strong>20% dos óbitos por homicídios registrados.No Gráfico 18, observa-se que a participação dos homicídios no total <strong>de</strong> mortes por causas externascresceu em todos os Estados <strong>da</strong> Região. O Amapá e Acre foram os Estados que apresentaramcrescimento superior ao do País. O Estado que apresentou o maior incremento foi o Amapá, cujo incrementoglobal foi <strong>de</strong> 909,2%. Entretanto, em todos os Estados <strong>da</strong> Região (exceto Tocantins – Estadocriado apenas na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990), a proporção <strong>de</strong> homicídios cresceu mais <strong>de</strong> 100%. Consi<strong>de</strong>randoa evolução nas déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 1980 e 1990 se<strong>para</strong><strong>da</strong>mente, observa-se que foi nos anos 80 que ocorreuo maior crescimento, em todos os Estados, assim como na Região e no País. De 1980 a 1990, todos osEstados, exceto Rondônia, apresentaram incremento superior a 100%, enquanto, <strong>de</strong> 1990 ao ano 2000,apenas o Amapá apresentou incremento superior a 100%. Ain<strong>da</strong> em relação ao Gráfico 18, é importanteressaltar que, no ano 2002, com exceção <strong>de</strong> Tocantins, em todos os Estados os homicídios são respon-54 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


No Gráfico 19, é apresenta<strong>da</strong> a evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100 mil habitantes), cujocrescimento foi observado em todos os Estados. Acre, Roraima e Amapá apresentaram incremento globalsuperior ao do País; Roraima e Amapá ganham <strong>de</strong>staque com incrementos <strong>de</strong> 479,6% e 1.531,8%, respectivamente.É importante ressaltar que, em todos os Estados, assim como no País e na Região, o crescimentofoi muito superior entre os anos 1980 e 1990, com<strong>para</strong>tivamente ao período 1990-2000. No período <strong>de</strong>2000 a 2002, três Estados (Amazonas, Roraima e Amapá) apresentaram que<strong>da</strong> nos CMH. Os Estados doAcre, Rondônia e Tocantins apresentaram crescimento em todos os períodos. É importante ain<strong>da</strong> ressaltarque os Estados <strong>de</strong> Roraima e Amapá apresentam um quadro preocupante, consi<strong>de</strong>rado o importante crescimentoobservado. Em 1980, ambos apresentavam coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> inferiores ao do País, noentanto, em 1990, 2000 e 2002 passaram a apresentar coeficientes superiores. Já Rondônia apresentou omovimento inverso, com coeficientes superiores ao do Brasil em 1980 e 1990 e inferiores em 2000 e 2002.25,022,520,017,515,0Gráfico 19: Evolução <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%). Brasil, Região Norte e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBrasil 147,8% 55,6% 5,4% 306,3%Região Norte 136,9% 26,1% 11,4% 233,0%Rondônia 129,6% 5,2% 20,3% 190,5%Acre 173,8% 59,6% 25,6% 448,8%Amazonas 166,0% 27,6% -6,6% 216,9%Roraima 639,4% 16,6% -32,8% 479,6%Pará 109,9% -4,9% 45,0% 189,6%Amapá 764,3% 149,3% -24,3% 1531,8%Tocantins - 240,2% 8,4% 268,8%12,510,07,55,02,50,0Brasil Região Norte Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins1980 3,1 2,3 3,9 2,3 2,4 2,3 2,1 0,9 0,01990 7,7 5,5 9,0 6,2 6,4 16,9 4,5 8,2 1,22000 11,9 6,9 9,5 9,9 8,1 19,7 4,3 20,4 4,22002 12,6 7,7 11,4 12,4 7,6 13,2 6,2 15,4 4,6Ain<strong>da</strong> com relação à distribuição dos óbitos na Região, cabe <strong>de</strong>stacar a alta concentração <strong>de</strong> casosnas capitais <strong>de</strong> Estado, on<strong>de</strong> se encontram 60,6% (n. = 3.630) do total <strong>de</strong> homicídios. Entre as capitais,Manaus concentra a maior parte dos casos (39%, n. = 1.411), seguido por Belém, com 24% (n. = 881)do total (Gráfico 20).No Gráfico 21, entretanto, é possível perceber a existência <strong>de</strong> diferenças importantes entre os Estados.Em Tocantins, Pará e Rondônia, a maior parte dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes vitimoucrianças resi<strong>de</strong>ntes fora <strong>da</strong>s capitais. É importante ressaltar, entretanto, que as capitais – Belém e PortoVelho – concentravam 17% e 24% <strong>da</strong> população <strong>de</strong> crianças e adolescentes dos Estados, respectivamente,e 41% (n. = 881) e 45% (n. = 417) dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes. Já no Amazonas, Acre,Amapá e Roraima, a maior parte <strong>da</strong>s crianças e adolescentes assassinados era resi<strong>de</strong>nte nas capitais.No Estado do Amazonas, 89% (n. = 1.411) dos homicídios foram <strong>de</strong> crianças e adolescentes resi<strong>de</strong>ntes na56 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


capital (Manaus). Durante o período <strong>de</strong> 1980 a 2002, Manaus concentrava entre 41% e 45% <strong>da</strong>s criançase adolescentes do Estado. No Acre, 83% (n. = 296) dos homicídios foram na capital (Rio Branco), a qualconcentrava, no ano 2002, 42% <strong>da</strong> população <strong>de</strong> crianças e adolescentes do Estado. Essa proporção variou<strong>de</strong> 36% a 46% no período. Apenas em Roraima e Amapá, mais <strong>de</strong> 50% <strong>da</strong>s crianças e adolescentessão resi<strong>de</strong>ntes nas capitais. Boa Vista – capital <strong>de</strong> Roraima – concentrava em 1980, 85% <strong>da</strong> população <strong>de</strong>0 a 19 anos do Estado, proporção que se manteve acima <strong>de</strong> 60% até 1999, atingindo 59% no ano 2002.No Estado do Amapá, mais <strong>de</strong> 50% <strong>da</strong>s crianças e adolescentes moram na capital, proporção que semanteve acima <strong>de</strong> 60% até 1991.Gráfico 20: Distribuição <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes <strong>de</strong> 0 a 19 anos, por Capitais. Brasil, RegiãoNorte, 1980 a 2002.Rio Branco(n=296)8,1%Manaus(n=1.411)38,9%Porto Velho(n=417)11,5%Boa Vista(n=204)5,6%Palmas(n=28)0,8%Macapá(n=393)10,8%Belém(n=881)24,3%Gráfico 21: Distribuição dos homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos nos estados <strong>da</strong> Região Norte.Brasil, 1980 a 2002.100%90%80%70%60%50%40%30%20%10%0%Tocantins Para Rondonia Roraima Amapa Acre Amazonasoutros 88,33 58,64 54,48 22,14 21,71 16,62 11,20capital 11,67 41,36 45,52 77,86 78,29 83,38 88,80Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 57


40,0%36,0%32,0%28,0%24,0%20,0%16,0%12,0%8,0%4,0%A proporção <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes no total <strong>de</strong> homicídios (Gráfico 22) cresceuem to<strong>da</strong>s as capitais <strong>da</strong> Região. Em Porto Velho, observou-se o menor crescimento <strong>da</strong> Região, 5,7%. Oincremento global (1980 a 2002) foi superior ao crescimento médio do País (35,2%) em to<strong>da</strong>s as capitais,exceto Porto Velho, Macapá e Palmas. É importante ressaltar, entretanto, que o pequeno número<strong>de</strong> casos interfere na interpretação dos <strong>da</strong>dos, uma vez que pequenas alterações absolutas resultamem gran<strong>de</strong>s alterações relativas. Entre to<strong>da</strong>s as capitais <strong>da</strong> Região, nos quatro anos (1980, 1990, 2000e 2002), a que apresentou maior número <strong>de</strong> homicídios foi Manaus, com 456 casos no ano 2000, dosquais 102 <strong>de</strong> crianças e adolescentes. Em to<strong>da</strong>s as capitais – com exceção <strong>de</strong> Porto Velho e Palmas – homicídios<strong>de</strong> crianças e adolescentes representaram, no ano 2002, mais <strong>de</strong> 20% do total <strong>de</strong> homicídios.Gráfico 22: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios eincrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Norte, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalPorto Velho -24,6% 33,6% 4,9% 5,7%Rio Branco 116,7% 12,0% -1,7% 138,5%Manaus 37,7% 12,9% -3,6% 49,8%Boa Vista 58,6% 71,6% -0,1% 171,8%Belém 37,6% 11,4% -6,5% 43,3%Macapá 87,5% 1,5% -37,9% 18,2%Palmas - - 33,3% -0,0%Porto Velho Rio Branco Manaus Boa Vista Belém Macapá Palmas1980 16,1% 11,1% 14,4% 9,1% 15,6% 16,7% 0,0%1990 12,2% 24,1% 19,8% 14,4% 21,4% 31,3% 0,0%2000 16,3% 27,0% 22,4% 24,7% 23,8% 31,7% 10,0%2002 17,1% 26,5% 21,6% 24,7% 22,3% 19,7% 13,3%A participação dos homicídios no total <strong>de</strong> mortes por causas externas (Gráfico 23) cresceu em to<strong>da</strong>sas capitais <strong>da</strong> Região. O incremento global foi superior ao do País (254,4%) em Macapá, Belém e RioBranco. Ganha <strong>de</strong>staque Macapá, cujo incremento foi <strong>de</strong> 725,9% – em 1980, 3,7% <strong>da</strong>s mortes <strong>de</strong> criançase adolescentes por causas externas <strong>da</strong> capital foram homicídios, proporção que atingiu o elevadíssimovalor <strong>de</strong> 30,6% no ano 2002. Em termos absolutos, o crescimento foi <strong>de</strong> um homicídio em 27 óbitos porcausas externas <strong>para</strong> 26 homicídios em um total <strong>de</strong> 85 casos no ano 2002. Manaus foi a capital commaior número <strong>de</strong> casos durante todo o período. Consi<strong>de</strong>rando os incrementos dos períodos <strong>de</strong> 1980 a1990, 1990 a 2000 e 2000 a 2002, observa-se que o maior crescimento se <strong>de</strong>u na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980, em to<strong>da</strong>sas capitais. Na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990, o incremento foi positivo, embora menos expressivo. Entre os anos1990 a 2000, apenas Macapá e Belém apresentaram crescimento superior ao do País. É importanteressaltar, entretanto que, em 2002, em to<strong>da</strong>s as capitais, mais <strong>de</strong> 30% <strong>da</strong>s crianças e adolescentes, quemorreram por causas externas, foram assassinados, e em Porto Velho, Rio Branco e Belém a proporçãosuperou 40% dos casos.58 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


65,0%58,5%52,0%45,5%Gráfico 23: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas, na população<strong>de</strong> 0 a 19 anos, nas capitais. Brasil, Região Norte, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalPorto Velho 93,4% 43,5% 9,6% 204,2%Rio Branco 444,6% 8,4% 21,5% 617,2%Manaus 152,6% 37,1% -10,3% 210,6%Boa Vista 143,5% 20,2% -19,0% 137,1%Belém 212,4% 57,0% 11,2% 445,2%Macapá 513,6% 114,5% -37,3% 725,9%Palmas - - 18,1% -39,0%32,5%26,0%19,5%13,0%6,5%0,0%Porto Velho Rio Branco Manaus Boa Vista Belém Macapá Palmas1980 13,5% 6,5% 11,9% 14,3% 9,2% 3,7% 0,0%1990 26,1% 35,1% 30,0% 34,8% 28,6% 22,7% 0,0%2000 37,5% 38,1% 41,1% 41,8% 45,0% 48,8% 9,7%2002 41,1% 46,3% 36,9% 33,9% 50,0% 30,6% 11,4%35,031,528,024,5Gráfico 24: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Norte, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalPorto Velho 140,8% 29,8% 7,9% 237,0%Rio Branco 328,1% 53,5% 22,1% 702,5%Manaus 145,9% 19,6% -23,2% 126,0%Boa Vista 805,2% -1,6% -14,6% 660,0%Belém 122,8% 35,1% 4,0% 213,2%Macapá 755,4% 168,7% -38,4% 1315,9%Palmas - - 13,7% -21,017,514,010,57,03,50,0Porto Velho Rio Branco Manaus Boa Vista Belém Macapá Palmas1980 6,9 3,1 5,5 2,7 4,3 1,2 0,01990 16,5 13,3 13,5 24,4 9,7 10,4 0,02000 21,5 20,4 16,1 24,0 13,1 27,8 4,92002 23,2 24,8 12,4 20,5 13,6 17,1 5,5Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 59


No Gráfico 24, é apresenta<strong>da</strong> a evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios na população<strong>de</strong> 0 a 19 anos. Foi observado crescimento em to<strong>da</strong>s as capitais, consi<strong>de</strong>rando-se o período entre1980 e 2002. Macapá, Boa vista e Rio Branco apresentaram incremento global superior ao do País e, emto<strong>da</strong>s as capitais, o crescimento foi maior na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980. Boa vista apresentou <strong>de</strong>cremento entre osanos 1990 e 2000. É importante ressaltar que, em 1980, apenas três capitais – Porto Velho, Manaus e Belém– apresentavam coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> superiores ao do País, situação encontra<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>sas capitais – com exceção <strong>de</strong> Palmas e Manaus, no ano <strong>de</strong> 2002 – nos anos <strong>de</strong> 1990, 2000 e 2002.Estados e capitais selecionados 30RondôniaNo Gráfico 19, vimos que o CMH entre jovens e adolescentes cresceu em todos os Estados <strong>da</strong>Região Norte. Em Rondônia, o incremento global (1980 a 2002) foi <strong>de</strong> 190,5%, e o coeficiente atingiu,em 2002, o valor <strong>de</strong> 11,4 por 100 mil habitantes, o quarto <strong>da</strong> Região. Em 1980, o valor encontrado foi <strong>de</strong>3,9 por 100 mil habitantes, o mais elevado <strong>da</strong> Região Norte. Parte do incremento observado em Rondônia,assim como nos <strong>de</strong>mais Estados <strong>da</strong> Região, po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>corrente tanto do aumento <strong>da</strong> cobertura,quanto <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação na <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> óbito. Em relação à quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação,observamos, no Gráfico 25, que houve uma que<strong>da</strong> na proporção <strong>de</strong> casos classificados como morte comintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> (-4,7%), <strong>de</strong> 16% em 1980 <strong>para</strong> 6% em 2002.Gráfico 25: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong>óbitos por causas externas e incrementos (%), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rondônia, 1980 a 2002.35,030,0homicídiosintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t.Incrementos80/9080,4%-88,3%90/0041,6%88,8%00/027,6%72,1%global174,8%-62,1%25,020,015,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002homicídios 10,6 8,9 6,6 6,0 10,3 10,1 12,8 8,8 14,3 15,1 19,1 22,4 16,9 25,0 23,3 18,3 18,8 16,6 28,7 23,9 27,0 32,9 29,1intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. 16,3 17,8 8,5 20,7 16,9 10,6 11,6 11,5 9,2 2,5 1,9 4,8 6,4 7,2 11,7 17,9 15,0 9,2 4,9 0,9 3,6 9,5 6,230. O critério <strong>para</strong> seleção <strong>de</strong> Estados e capitais foi a cobertura do SIM superior a 70% em 1991 e na maior parte dos anos durante adéca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990. Mais <strong>de</strong>talhes po<strong>de</strong>m ser encontrados na seção VII. 1 “Metodologia”.60 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


24,0O CMH cresceu em ambos os grupos <strong>de</strong> gênero (Gráfico 26). Chama atenção o crescimento entreas crianças e jovens do sexo masculino, <strong>de</strong> 268,3% entre 1980 e 2002. No sexo masculino, o CMH atingiuo valor <strong>de</strong> 20,6 por 100 mil habitantes, superior ao <strong>da</strong> Região Norte (13,8 por 100 mil habitantes), masinferior ao do País (22,41 por 100 mil habitantes). Ao com<strong>para</strong>rmos se<strong>para</strong><strong>da</strong>mente os <strong>da</strong>dos por déca<strong>da</strong>s(1980 a 1990 e 1990 a 2000), percebemos que o maior incremento se <strong>de</strong>u na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980, o quepo<strong>de</strong> ser um reflexo <strong>da</strong> melhora observa<strong>da</strong> na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>da</strong>dos (Gráfico 25).Gráfico 26: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), segundo sexo. Rondônia, 1980 a 2002.20,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globaltotalmeninos129,6%179,5%5,2%1,2%20,3% 190,5%30,2% 268,3%meninas 0,4% 32,0% -35,8% -15,0%16,012,08,04,00,0total meninos meninas1980 3,9 5,6 2,21990 9,0 15,6 2,22000 9,5 15,8 2,92002 11,4 20,6 1,9O CMH é maior no grupo etário <strong>de</strong> 15 a 19 anos, no qual se observou também o maior incrementoglobal (211,6) (Gráfico 27). No grupo etário <strong>de</strong> 10 a 14 anos, embora menos expressivos, os coeficientes <strong>de</strong>mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> também apresentam tendência <strong>de</strong> crescimento. Em ambos os grupos, o crescimento foimaior <strong>de</strong> 1980 a 1990, em com<strong>para</strong>ção ao período 1990 a 2000. Destaca-se o incremento encontrado nafaixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos, <strong>de</strong> 170,2% entre 1980 e 1990. No período <strong>de</strong> 1990 a 2000, houve uma que<strong>da</strong>nos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 6,5%, na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos, e <strong>de</strong> 13,3%, <strong>de</strong> 10 a 14 anos. Éimportante ressaltar que, entre 2000 e 2002, o CMH voltou a crescer, em ambos os grupos. Nas faixasetárias <strong>de</strong> 0 a 4 e 5 a 9 anos, as taxas são bastante inferiores e, conseqüentemente, <strong>de</strong> difícil análise.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 61


40,0Gráfico 27: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Rondônia, 1980 a 2002.35,030,0Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 129,6% 5,2% 20,3% 190,5%15 a 19 170,2% -6,5% 23,3% 211,6%10 a 14 16,4% -13,3% 54,2% 55,6%5 a 9 0,4% -8,2% -3,8% -11,4%0 a 4 16,3% 43,1% -68,0% -46,6%25,020,015,010,05,00,00 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos1980 3,9 12,6 3,1 1,4 1,21990 9,0 34,1 3,6 1,4 1,42000 9,5 31,9 3,1 1,3 1,92002 11,4 39,3 4,8 1,2 0,6Em Rondônia, predominam os homicídios cometidos com armas <strong>de</strong> fogo, em com<strong>para</strong>ção àquelescometidos com outras armas e àqueles cujas armas não foram especifica<strong>da</strong>s. O CMH-AF cresceu173,9% entre 1980 e 2002, com coeficientes atingindo o valor <strong>de</strong> 6,8 por 100 mil habitantes no final doperíodo. É importante ressaltar que, embora <strong>de</strong> mais baixa magnitu<strong>de</strong>, os homicídios cometidos comoutras armas também cresceram no Estado, tendo um incremento <strong>de</strong> 208,9%, e o coeficiente do ano2002 <strong>de</strong> 4,4 por 100 mil habitantes, foi o quinto maior <strong>da</strong> Região (Gráfico 28).O maior incremento (237%) e os maiores CMH encontram-se na capital – Porto Velho – cujo valoratingiu 23,2 por 100 mil habitantes em 2002, superior ao encontrado <strong>para</strong> a Região (7,7 por 100 mil habitantes)e <strong>para</strong> o País (12,6 por 100 mil habitantes). Nas <strong>de</strong>mais ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, em conjunto, o CMH foi inferiora 10 durante todo o período e o incremento global foi <strong>de</strong> 163,9% (Gráfico 29).62 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


8,0Gráfico 28: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Rondônia, 1980 a 2002.7,06,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogo 109,3% 8,8% 20,3% 173,9%outros instrumentos 127,3% -12,4% 55,1% 208,9%não especificados - 75,3% -84,0% -5,04,03,02,01,00,0arma <strong>de</strong> fogo outros instrumentos não especificados1980 2,5 1,4 0,01990 5,2 3,2 0,52000 5,7 2,8 0,92002 6,8 4,4 0,225,022,520,017,5Gráfico 29: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%). Rondônia, Porto Velho e outros municípios, 1980-2002.IncrementosRondôniaPorto Velho80/90129,6%140,8%90/005,2%29,8%00/0220,3%7,9%global190,5%237,0%outros municípios 124,5% -13,3% 35,5% 163,9%15,012,510,07,55,02,50,0Rondônia Porto Velho outros municípios1980 3,9 6,9 2,91990 9,0 16,5 6,52000 9,5 21,5 5,62002 11,4 23,2 7,6Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 63


14,0Gráfico 33: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Porto Velho, 1980 a 2002.12,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogo 789,9% -4,2% 1,6% 765,4%outros instrumentos -34,6% 99,0% 48,7% 93,6%não especificados - 261,7% -75,9% -10,08,06,04,02,00,0arma <strong>de</strong> fogo outros não especificados1980 1,4 5,5 0,01990 12,2 3,6 0,72000 11,7 7,2 2,62002 11,9 10,6 0,6AcreNo Acre, o CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentes cresceu 448,8% entre 1980 e 2002 (Gráfico 19), quandoatingiu o valor <strong>de</strong> 12,4 por 100 mil habitantes, o terceiro maior <strong>da</strong> Região e o nono do País (Tabela32). Parte <strong>de</strong>ste incremento po<strong>de</strong> ser explica<strong>da</strong> por alterações na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação, conformeevi<strong>de</strong>nciado no Gráfico 34. A proporção <strong>de</strong> óbitos <strong>de</strong> intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> caiu <strong>de</strong> 5% em1980, <strong>para</strong> zero, em 2002. É importante ressaltar que foram encontra<strong>da</strong>s proporções eleva<strong>da</strong>s <strong>de</strong> casosclassificados nessa categoria, no início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980 e, posteriormente, entre 1997 e 1999.Maiores CMH e o maior incremento global foram encontrados na população <strong>de</strong> sexo masculino,como po<strong>de</strong> ser visto no Gráfico 35. Em 2002, o CMH entre crianças e adolescentes do sexo masculinoatingiu o valor <strong>de</strong> 22,6 por 100 mil habitantes, bastante superior ao <strong>da</strong> Região e pouco maior do que oencontrado no País, cujos valores foram 13,8 e 22,4 por 100 mil habitantes, respectivamente. Ao analisarmosse<strong>para</strong><strong>da</strong>mente os <strong>da</strong>dos por déca<strong>da</strong>s, observamos que o maior crescimento ocorreu entre1980 e 1990.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 67


Gráfico 34: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong>óbitos por causas externas e incrementos (%), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Acre, 1980 a 2002.40,035,030,0Incrementoshomicídios80/90197,9%90/004,4%00/0220,1%global273,7%intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. -100,0% - -100,0% -100,0%25,020,015,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002homicídios 10,0 13,9 9,3 13,5 13,0 14,0 9,9 21,8 13,5 17,2 29,8 25,6 22,2 35,1 16,5 23,8 32,5 21,7 30,0 10,3 31,1 23,8 37,4intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. 5,0 19,4 9,3 21,2 0,0 7,0 11,3 9,2 11,5 0,0 0,0 1,2 4,9 1,4 5,9 9,9 11,7 16,3 22,2 23,5 2,2 1,6 0,024,0Gráfico 35: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Acre, 1980 a 2002.20,0Incrementostotalmeninos80/90173,8%136,1%90/0059,6%59,2%00/0225,6%34,7%global448,8%406,2%meninas - 60,0% -28,7% -16,012,08,04,00,0total meninos meninas1980 2,3 4,5 0,01990 6,2 10,5 1,82000 9,9 16,8 2,92002 12,4 22,6 2,068 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


45,0Quando são analisados os <strong>da</strong>dos por grupo etário específico (Gráfico 36), encontramos maioresCMH na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos, cujos valores são superiores a 20 por 100 mil habitantes <strong>de</strong>s<strong>de</strong>1990, e exce<strong>de</strong>m 40 por 100 mil habitantes em 2000 e 2002. Nessa faixa etária, os valores exce<strong>de</strong>m osencontrados em Rondônia (Gráfico 27) ocupando, em 2002, o terceiro lugar na Região e o décimo noPaís (Tabela 38). O incremento global, no grupo, foi 383,3%, e o crescimento maior ocorreu entre 1980e 1990, se com<strong>para</strong>do ao período 1990 e 2000. Nas <strong>de</strong>mais faixas etárias, os coeficientes são bastanteinferiores, assim como os números absolutos (Tabelas 44, 45 e 46). Destaca-se apenas o valor elevadoencontrado na faixa etária <strong>de</strong> 10 a 14 anos em 2002, <strong>da</strong>do a ser analisado com cautela em função dopequeno número <strong>de</strong> casos.Gráfico 36: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Rondônia, 1980 a 2002.40,536,031,5Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 173,8% 59,6% 25,6% 448,8%15 a 19 196,7% 54,3% 5,6% 383,3%10 a 14 - -100,0% - -5 a 9 -100,0% - - -100,0%0 a 4 - - -90,2% -27,022,518,013,59,04,50,00 a 19 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos1980 2,3 8,8 0,0 2,1 0,01990 6,2 26,2 3,5 0,0 0,02000 9,9 40,4 0,0 0,0 1,32002 12,4 42,6 7,0 0,0 2,5A análise dos <strong>da</strong>dos por tipo <strong>de</strong> arma é apresenta<strong>da</strong> no Gráfico 37. Inicialmente, <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>staca<strong>da</strong>a baixa ocorrência <strong>de</strong> homicídios cujas armas não foram especifica<strong>da</strong>s na <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> óbitos: 19 aolongo <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a série histórica, em um total <strong>de</strong> 355 homicídios. Isso se expressa em um CMH in<strong>de</strong>tectável.Um outro <strong>da</strong>do que merece <strong>de</strong>staque é o elevado CMH com outras armas em 1990, 2000 e 2002, quandoultrapassam os valores dos CMH-AF. Em 2002, o Acre ocupa o terceiro lugar do País, consi<strong>de</strong>rando o CMHcom outras armas, atrás apenas <strong>de</strong> Roraima e do Amapá (Tabela 48). Em 1980, as armas <strong>de</strong> fogo constituem-seno principal meio utilizado nas mortes por homicídio no Estado. Com<strong>para</strong>ndo-se os incrementosglobais, po<strong>de</strong>-se observar que, no Acre, os homicídios que mais cresceram foram os cometidos comoutros meios. Da mesma forma, ao analisarmos se<strong>para</strong><strong>da</strong>mente os <strong>da</strong>dos por déca<strong>da</strong>s, encontramos umincremento mais elevado em homicídios cometidos com outros meios <strong>de</strong> 1980 a 1990 e 1990 a 2000.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 69


18,015,0Gráfico 41: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Rio Branco, 1980 a 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogo 97,6% 10,9% 41,8% 210,7%outros instrumentos - 90,1% 12,2% -não especificados - - - -12,09,06,03,00,0arma <strong>de</strong> fogo outros não especificados1980 3,1 0,0 0,01990 6,1 7,1 0,02000 6,8 13,6 0,02002 9,6 15,2 0,0Região Nor<strong>de</strong>steA Região Nor<strong>de</strong>ste concentra 19,5% (n. = 21.509) dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes ocorridosentre 1980 e 2002 (Gráfico 13). A distribuição por Estados po<strong>de</strong> ser vista no Gráfico 42. A maior parte doscasos ocorreu em Pernambuco, Estado que concentra 45% dos homicídios <strong>da</strong> Região e 8,7% dos homicídiosdo País. Em segundo lugar, encontra-se a Bahia com 17,4% dos homicídios <strong>da</strong> Região e 3,4% do País.Gráfico 42: Distribuição dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes por Estados <strong>da</strong> Região Nor<strong>de</strong>ste.Brasil, 1980 a 2002.Alagoas(n=1.685)7,83%Sergipe(n=760)3,53%Bahia(n=3.741)17,39%Maranhão(n=887)4,12%Pernambuco(n=9.594)44,62%Piauí(n=448)2,08%Paraíba(n=1.431)6,69%Rio Gran<strong>de</strong>do Norte(n=653)3,04%Ceará(n=2.300)10,69%Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 73


A proporção <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes no total <strong>de</strong> homicídios cresceu em todosos Estados <strong>da</strong> Região Nor<strong>de</strong>ste. Seis dos nove Estados <strong>da</strong> Região – com exceção do Piauí, Ceará e RioGran<strong>de</strong> do Norte – apresentaram um incremento global (1980 a 2002) superior ao do País. Com<strong>para</strong>ndoos incrementos parciais (1980 a 1990 e 1990 a 2000), observa-se que, em seis Estados, o crescimento foimaior na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990, com exceção do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Bahia e Sergipe – Estados que apresentaramque<strong>da</strong> na proporção <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990. No Piauí, noCeará e em Alagoas observou-se que<strong>da</strong> dos coeficientes entre 1980 e 1990 e o crescimento no segundoperíodo. A maior proporção <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes no total <strong>de</strong> homicídios foi observa<strong>da</strong>na Paraíba (21,9%), no ano 2000 (Gráfico 43).Gráfico 43: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios eincrementos (%). Brasil, Região Nor<strong>de</strong>ste e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.30,0%25,0%20,0%Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBrasil 19,2% 14,6% -1,0% 35,2%Região Nor<strong>de</strong>ste 17,3% 31,0% -3,7% 47,9%Maranhão 29,5% 54,4% -24,3% 51,5%Piauí -13,4% 14,3% 9,3% 8,2%Ceará -2,0% 37,9% -12,1% 18,7%Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 45,8% -26,8% 7,4% 14,8%Paraíba 15,1% 69,0% -19,5% 56,6%Pernambuco 17,8% 32,2% 2,3% 59,3%Alagoas -14,3% 103,8% -12,6% 52,6%Sergipe 109,5% -12,5% -5,6% 73,1%Bahia 47,2% 0,3% 4,4% 54,2%15,0%10,0%5,0%0,0%BrasilRegiãoNor<strong>de</strong>steMaranhão Piauí CearáRio Gran<strong>de</strong> doNorteParaíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia1980 13,1% 11,3% 9,3% 18,0% 12,1% 11,7% 11,3% 11,2% 10,7% 8,5% 11,3%1990 15,6% 13,2% 12,0% 15,6% 11,9% 17,0% 13,0% 13,1% 9,2% 17,9% 16,6%2000 17,9% 17,3% 18,5% 17,8% 16,4% 12,5% 21,9% 17,4% 18,7% 15,6% 16,7%2002 17,7% 16,7% 14,0% 19,5% 14,4% 13,4% 17,6% 17,8% 16,3% 14,8% 17,4%No Gráfico 44, é apresenta<strong>da</strong> a evolução <strong>da</strong> proporção <strong>de</strong> homicídios no total <strong>de</strong> mortes porcausas externas. Consi<strong>de</strong>rando-se os <strong>da</strong>dos do período <strong>de</strong> 1980 a 2002, nota-se, inicialmente, que todosos Estados, com exceção do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, apresentaram incremento positivo. Em cinco Estados– Maranhão, Piauí, Pernambuco, Sergipe e Bahia – O crescimento foi superior ao do Brasil, e o maisexpressivo foi observado em Sergipe (511,6%). Consi<strong>de</strong>rando-se se<strong>para</strong><strong>da</strong>mente os <strong>da</strong>dos dos períodos<strong>de</strong> 1980 a 1990 e 1990 a 2000, observa-se que a maior parte dos Estados (Maranhão, Piauí, Rio Gran<strong>de</strong>do Norte, Pernambuco, Sergipe e Bahia) apresentou um crescimento maior na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980, e, emtrês Estados, o incremento foi superior na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990 (Ceará, Paraíba e Alagoas). Maranhão e RioGran<strong>de</strong> do Norte apresentaram que<strong>da</strong> na proporção <strong>de</strong> homicídios entre os anos <strong>de</strong> 1990 e 2000. Já oCeará, que apresentou que<strong>da</strong> entre 1980 e 1990, teve um crescimento <strong>de</strong> 71% na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990. NaRegião, ganha <strong>de</strong>staque o Estado <strong>de</strong> Pernambuco, on<strong>de</strong> a participação dos homicídios nas mortes porcausas externas atinge o elevadíssimo valor <strong>de</strong> 57,1% em 2002.74 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


24,020,016,012,0Gráfico 45: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%). Brasil, Região Nor<strong>de</strong>ste e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.BrasilRegião Nor<strong>de</strong>steMaranhãoPiauíCearáRio Gran<strong>de</strong> do NorteParaíbaPernambucoAlagoasSergipeBahiaIncrementos80/90 90/00 00/02 global147,8% 55,6% 5,4% 306,3%128,7% 94,1% 11,7% 395,8%348,4% 16,1% 27,4% 563,3%72,0% 149,9% 43,6% 517,1%13,0% 188,4% 0,0% 225,7%58,7% -9,0% 21,7% 75,7%60,9% 107,4% -5,0% 217,1%176,0% 111,6% 2,7% 499,8%89,7% 100,8% 16,6% 344,0%231,0% 120,0% 23,8% 801,5%249,5% 48,9% 45,1% 655,0%8,04,00,0BrasilRegiãoNor<strong>de</strong>steMaranhão Piauí CearáRio Gran<strong>de</strong> doNorteParaíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia1980 3,1 1,7 0,4 0,7 1,9 1,9 2,3 3,8 2,7 1,1 0,71990 7,7 3,9 2,0 1,3 2,1 3,0 3,6 10,5 5,1 3,6 2,42000 11,9 7,5 2,3 3,2 6,1 2,7 7,5 22,3 10,3 8,0 3,62002 12,6 8,4 2,9 4,5 6,1 3,3 7,2 22,9 12,0 9,9 5,2Na Região Nor<strong>de</strong>ste, 40,2% dos homicídios do período vitimaram crianças e adolescentes <strong>da</strong>scapitais. É importante ressaltar que, em 2002, 19% <strong>da</strong> população <strong>de</strong> 0 a 19 anos <strong>da</strong> Região morava nascapitais. No Gráfico 46, é apresenta<strong>da</strong> a distribuição dos homicídios entre as capitais <strong>de</strong> Estado <strong>da</strong> Região.A maioria dos casos encontra-se em Recife (34%), seguido por Salvador (17%).Gráfico 46: Distribuição <strong>de</strong> homicídios em crianças e adolescentes por Capitais. Brasil, Região Nor<strong>de</strong>ste,1980 a 2002.Recife(n=2.913)34,18%Maceió(n=812)9,52%Aracaju(n=365)4,31%Salvador(n=1.483)17,41%São Luís(n=434)5,09%João Pessoa(n=496)5,83%Natal(n=356)4,19%Fortaleza(n=1.325)15,54%Teresina(n=336)3,94%No Gráfico 47, é apresenta<strong>da</strong> a distribuição dos homicídios nos Estados <strong>da</strong> Região. O que chamaatenção, inicialmente, é a baixa concentração <strong>de</strong> casos entre resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> capitais em Pernambuco,76 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


exceção <strong>de</strong> Fortaleza e Recife. É importante ressaltar que, em 1980, a capital com maior participaçãoem homicídios era Natal (17,7%). Já em 1990, em seis capitais, a proporção era superior a 20%, situaçãoencontra<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as capitais também no ano <strong>de</strong> 2002. Nesse ano, em to<strong>da</strong>s as capitais, os homicídiosrepresentavam mais <strong>de</strong> 30% <strong>da</strong>s mortes por causas externas e, em quatro <strong>de</strong>las, a proporção erasuperior a 50%. Destaca-se, neste sentido, Recife, em que 64% (n. = 199) <strong>da</strong>s crianças e adolescentes,que morreram por causas externas foram assassinados.Gráfico 48: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios eincrementos (%). Brasil, Região Nor<strong>de</strong>ste, Capitais, 1980, 1990, 2000, 2002.35,0%31,5%28,0%24,5%Incrementos80/90 90/00 00/02 globalSão Luís 142,9% 5,6% -25,3% 91,7%Teresina -8,3% 36,4% 15,7% 44,6%Fortaleza 15,5% 24,9% -6,2% 35,4%Natal 88,2% -42,9% 57,1% 68,8%João Pessoa -17,9% 98,6% -12,9% 42,0%Recife 11,2% 20,4% 2,2% 36,8%Maceió 20,9% 74,3% -12,7% 84,0%AracajuSalvador108,9% -28,6% 8,4% 61,7%32,4% -22,4% 11,7% 14,8%21,0%17,5%14,0%10,5%7,0%3,5%0,0%São Luís Teresina Fortaleza Natal João Pessoa Recife Maceió Aracaju Salvador1980 8,7% 18,8% 12,9% 13,6% 15,1% 15,7% 10,8% 10,8% 18,2%1990 21,1% 17,2% 14,9% 25,6% 12,4% 17,4% 13,1% 22,6% 24,1%2000 22,3% 23,4% 18,7% 14,6% 24,6% 21,0% 22,8% 16,1% 18,7%2002 16,7% 27,1% 17,5% 22,9% 21,4% 21,4% 20,0% 17,5% 20,9%O CMH cresceu em to<strong>da</strong>s as capitais <strong>da</strong> Região (Gráfico 50). O incremento global foi maior do queo crescimento médio do País em seis capitais, ganhando <strong>de</strong>staque Salvador (2.115,8%), Recife (594,6%) eAracaju (552,8%). Em Fortaleza, Natal e João Pessoa, o crescimento no período foi inferior ao do País. Aoanalisarmos se<strong>para</strong><strong>da</strong>mente os <strong>da</strong>dos <strong>para</strong> 1980-1990 e 1990-2000, observa-se que em seis capitais oincremento foi superior na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980, e, em duas (São Luís e Natal), houve que<strong>da</strong> nos coeficientes<strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os anos <strong>de</strong> 1990 e 2000 . Em três capitais – Teresina, Fortaleza e João Pessoa – oincremento na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990 superou o dos anos <strong>de</strong> 1980. Nesse ano, cinco capitais apresentavamCMH superior ao do País (3,1 por 100 mil habitantes), <strong>de</strong>stacando-se Recife, cujo coeficiente era 5,4 por100 mil habitantes. Em 1990, cinco capitais apresentam CMH superiores a 7 por 100 mil habitantes; emRecife, o CMH atingiu o elevado valor <strong>de</strong> 21,6 por 100 mil. No Brasil, em 1990, o CMH era 7,7 por 100 mil.Já no ano 2002, cinco capitais superam o País, três com CMH superiores a 20 por 100 mil habitantes.Recife mantém a primeira posição com CMH <strong>de</strong> 37,7 por 100 mil habitantes.78 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


70,0%63,0%56,0%49,0%42,0%Gráfico 49: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas na população<strong>de</strong> 0 a 10 anos nas capitais. Brasil, Região Nor<strong>de</strong>ste, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalSão Luís 526,0% 0,0% 36,2% 752,6%Teresina 104,0% 147,3% 14,8% 478,9%Fortaleza 27,7% 89,7% -6,6% 126,2%Natal 75,2% -73,5% 161,9% 21,6%João Pessoa 40,0% 134,6% 3,2% 239,1%Recife 214,4% 55,9% -6,1% 360,3%Maceió 113,5% 60,9% 7,7% 269,9%AracajuSalvador173,4% 128,6% 52,4% 852,4%1200,0% 19,7% 68,1% 2516,1%35,0%28,0%21,0%14,0%7,0%0,0%São Luís Teresina Fortaleza Natal João Pessoa Recife Maceió Aracaju Salvador1980 4,2% 6,7% 16,3% 17,7% 15,4% 13,9% 16,1% 5,3% 1,3%1990 26,4% 13,8% 20,9% 31,1% 21,5% 43,7% 34,3% 14,6% 17,2%2000 26,4% 34,0% 39,6% 8,2% 50,5% 68,1% 55,2% 33,3% 20,6%2002 35,9% 39,0% 37,0% 21,6% 52,2% 64,0% 59,4% 50,8% 34,7%40,036,032,028,024,0Gráfico 50: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Nor<strong>de</strong>ste, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalSão Luís 505,8% -23,7% -7,3% 328,5%Teresina 29,5% 194,3% 36,5% 420,1%Fortaleza 5,5% 102,3% 4,4% 122,7%Natal 63,1% -71,7% 204,8% 40,9%João Pessoa 31,6% 211,2% -1,4% 303,9%Recife 298,4% 79,3% -2,8% 594,6%Maceió 183,5% 68,0% 17,9% 461,6%AracajuSalvador194,1% 78,1% 24,6% 552,8%960,6% 2,1% 104,6% 2115,8%20,016,012,08,04,00,0São Luís Teresina Fortaleza Natal João Pessoa Recife Maceió Aracaju Salvador1980 1,7 2,9 5,3 5,4 5,0 5,4 4,4 2,6 0,51990 10,1 3,8 5,5 8,8 6,5 21,6 12,6 7,8 5,72000 7,7 11,2 11,2 2,5 20,4 38,8 21,1 13,8 5,92002 7,2 15,3 11,7 7,6 20,1 37,7 24,9 17,2 12,0Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 79


Estados e capitais selecionadosPernambucoNo Gráfico 45, vimos que o CMH cresceu em todos os Estados <strong>da</strong> Região Nor<strong>de</strong>ste. O crescimentoencotrado em Pernambuco foi superior ao crescimento médio do País, <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 500% entre1980 e 2002, o segundo maior incremento global <strong>da</strong> Região. Em 2002, o CMH em Pernambuco atingiuo elevado valor <strong>de</strong> 22,9 por 100 mil habitantes, o mais elevado <strong>da</strong> Região Nor<strong>de</strong>ste e o terceiro maiordo País. É importante ressaltar, entretanto, que parte do incremento observado em Pernambuco po<strong>de</strong>ser <strong>de</strong>corrente <strong>da</strong> melhoria na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informações na <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> óbito, como po<strong>de</strong> ser vistono Gráfico 51. A proporção <strong>de</strong> casos classificados como óbito por causa externa cuja intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong>é in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> caiu <strong>de</strong> 34% em 1980 <strong>para</strong> 4% em 2002. Entre 1980 e 1989, a proporção <strong>de</strong> casos in<strong>de</strong>terminadosfoi superior a 10%, em todos os anos e, a partir <strong>de</strong> 1990, a proporção não superou o valor <strong>de</strong>6% e manteve-se no patamar <strong>de</strong> 4% <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1997.Gráfico 51: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong>causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Pernambuco, 1980 a 2002.70,063,056,049,0homicídiosintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t.Incrementos80/90125,5%-84,7%90/0054,5%-19,6%00/028,9%5,2%global279,4%-87,0%42,035,028,021,014,07,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002homicídios 15,1 17,0 18,9 21,9 22,0 25,2 24,8 28,5 28,1 31,9 34,0 36,5 33,5 39,1 39,6 37,7 39,5 48,2 56,5 55,8 52,5 60,7 57,1intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. 33,9 17,7 9,5 12,1 10,9 9,6 15,2 22,4 27,7 22,9 5,2 3,6 5,9 6,1 4,9 5,5 3,5 3,8 3,7 3,7 4,2 3,8 4,4Ao analisarmos os <strong>da</strong>dos por grupos <strong>de</strong> gênero (Gráfico 52), encontramos em Pernambuco umasituação bastante preocupante, especialmente <strong>para</strong> as crianças e adolescentes do sexo masculino, cujoincremento global no CMH foi <strong>de</strong> 557%. Nesse grupo, o CMH passou <strong>de</strong> 6,3 em 1980 <strong>para</strong> 41,5 em 2002.Em 2002, no Brasil e na Região Nor<strong>de</strong>ste, o CMH <strong>de</strong> crianças e jovens do sexo masculino foi <strong>de</strong> 22,4 e 15,0por 100 mil habitantes, respectivamente. Em 2002, Pernambuco ocupou o terceiro lugar entre os EstadosBrasileiros com maiores CMH, consi<strong>de</strong>rando a população <strong>de</strong> sexo masculino (Tabela 33). Em relaçãoaos incrementos parciais (1980 a 1990 e 1990 a 2000), observamos que o maior incremento se <strong>de</strong>u nadéca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980. É importante ressaltar que entre 1990 e 2000, apesar <strong>de</strong> não ter havido alteração naquali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação, houve um crescimento <strong>de</strong> 110,7% no CMH, o qual não se explica, portanto,80 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


pela melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>da</strong>dos. Um outro fato merece <strong>de</strong>staque em Pernambuco: apesar <strong>de</strong>menos expressivo do ponto <strong>de</strong> vista quantitativo, o CMH entre as meninas apresentou um incrementoglobal positivo importante, especialmente entre 1980 e 1990 (136,6%). O que mais chama atenção,entretanto, são os valores observados no final do período estu<strong>da</strong>do, quando os CMH entre as meninassuperaram 3 por 100 mil habitantes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1997, atingindo, em 1999, 2000 e 2001, valores que exce<strong>de</strong>m4 por 100 mil habitantes. Ao com<strong>para</strong>rmos com os <strong>da</strong>dos do País e <strong>da</strong> Região, percebemos que, em Pernambuco,os homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens do sexo feminino merecem atenção especial.50,0Gráfico 52: Coeficiente <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos eincrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Pernambuco, 1980 a 2002.45,040,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globaltotalmeninos176,0% 110,7%183,0% 120,6%3,1% 499,8%5,2% 556,9%meninas 136,6% 46,8% -14,8% 196,2%35,030,025,020,015,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 3,8 4,1 4,7 5,9 6,2 7,5 8,2 8,6 8,4 10,2 10,5 10,5 8,2 11,6 11,4 11,4 14,2 19,3 25,1 22,7 22,2 26,2 22,9meninos 6,3 6,9 8,1 9,6 10,7 13,0 14,1 15,1 15,0 18,4 17,9 18,2 14,6 20,8 20,5 20,6 25,3 35,2 46,2 41,2 39,4 47,6 41,5meninas 1,3 1,4 1,3 2,0 1,6 2,1 2,4 2,0 1,7 2,0 3,2 2,7 1,6 2,3 2,3 2,2 2,9 3,2 3,7 4,0 4,6 4,4 4,0A análise dos <strong>da</strong>dos por grupos etários específicos é apresenta<strong>da</strong> no Gráfico 53. Observa-se, inicialmente,a sobremortali<strong>da</strong><strong>de</strong> na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos, na qual o incremento global foi <strong>de</strong> 409% eo CMH passou <strong>de</strong> 15,3 <strong>para</strong> 77,7 por 100 mil habitantes em 2002, o primeiro <strong>da</strong> Região e o terceiro do Paísnaquele ano. Consi<strong>de</strong>rando os incrementos parciais, observa-se que houve crescimento expressivo <strong>de</strong>1980 a 1990 e <strong>de</strong> 1990 a 2000. Consi<strong>de</strong>rando que <strong>de</strong> 1990 a 2000 a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>da</strong>dos manteve-se emum patamar estável, supõe-se que o crescimento real no número <strong>de</strong> mortos foi maior neste período.Cabe ressaltar ain<strong>da</strong> os CMH na faixa etária <strong>de</strong> 10 a 14 anos, particularmente, em 2000 e 2002, quandoos valores superam 6 por 100 mil habitantes, muito acima <strong>da</strong> média <strong>da</strong> Região e do País (Tabela 46).Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 81


Gráfico 53: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Pernambuco, 1980 a 2002.100,090,080,070,0Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 176,0% 110,7% 3,1% 499,8%15 a 19 150,9% 97,7% 2,5% 408,6%10 a 14 266,6% 75,0% 6,9% 585,8%5 a 9 53,1% 24,6% 8,9% 107,6%0 a 4 300,5% -21,4% 15,8% 264,5%60,050,040,030,020,010,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 3,8 4,1 4,7 5,8 6,2 7,5 8,2 8,6 8,4 10,2 10,5 10,5 8,2 11,6 11,4 11,4 14,2 19,3 25,1 22,7 22,2 26,2 22,915 a 19 anos 15,3 14,9 17,1 22,5 23,8 28,7 31,4 31,8 30,3 38,2 38,3 38,6 29,4 43,6 42,6 42,0 49,2 67,2 89,4 81,2 75,8 89,5 77,710 a 14 anos 1,0 1,8 1,1 1,0 1,7 3,0 2,7 2,9 3,2 3,3 3,6 3,2 2,3 3,3 3,7 4,4 3,2 6,4 5,3 5,1 6,4 7,0 6,85 a 9 anos 0,6 0,9 1,6 0,7 0,8 0,8 0,8 0,6 0,9 0,9 0,9 0,8 0,8 1,3 0,4 0,8 1,6 1,1 1,9 1,7 1,1 1,1 1,20 a 4 anos 0,4 0,7 0,8 1,6 0,8 0,5 0,9 1,6 1,4 1,0 1,8 1,6 1,5 0,9 1,5 0,9 2,0 1,2 2,0 1,4 1,4 2,2 1,6Assim como no Brasil e na Região Nor<strong>de</strong>ste, o CMH-AF supera os CMH com outras armas e meioin<strong>de</strong>terminado. Em Pernambuco, o CMH-AF apresentou o maior incremento e os valores mais elevados,como po<strong>de</strong> ser visto no Gráfico 54. Entre 1980 e 2002, o CMH-AF passou <strong>de</strong> 2,5 <strong>para</strong> 20 por 100 mil habitantes,um incremento global <strong>de</strong> 698,4%. O CMH com outras armas também cresceu no período, <strong>de</strong>1,1 <strong>para</strong> 2,7 por 100 mil habitantes. Ao consi<strong>de</strong>rarmos os incrementos parciais, observamos que não hádiferença importante entre os dois períodos, particularmente em relação ao CMH-AF. Já os homicídioscometidos com outros instrumentos, apresentaram crescimento mais significativo entre 1980 e 1990,mantendo-se, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, relativamente estáveis.Ao com<strong>para</strong>rmos os <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> capital e <strong>de</strong>mais municípios <strong>de</strong> Pernambuco (Gráfico 55), observa-seque os CMH são bastante superiores em Recife. É lá que encontramos os maiores CMH e o maior incremento,o que aponta <strong>para</strong> a grave situação <strong>de</strong> suas crianças e adolescentes. O CMH em Recife cresceu594% entre 1980 e 2002, atingindo o valor <strong>de</strong> 37,7 por 100 mil habitantes, o segundo maior entre as capitaisdo País (Tabela 35). Apesar <strong>de</strong> menos expressivo, o incremento encontrado <strong>para</strong> os <strong>de</strong>mais municípios<strong>de</strong> Pernambuco, em conjunto, foi também bastante elevado, atingindo 480,5% entre 1980 e 2002.82 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 54: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Pernambuco, 1980 a 2002.25,022,520,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogo 187,5% 174,7% 1,1% 698,4%outros instrumentos 125,3% -8,3% 15,6% 138,7%não especificados 331,3% -88,6% 128,6% 12,0%17,515,012,510,07,55,02,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 2,5 2,1 2,1 3,5 4,3 5,4 6,2 6,2 6,0 7,5 7,2 7,6 5,6 8,9 8,9 9,1 12,0 16,6 22,4 20,4 19,8 23,1 20,0outros instrumentos 1,1 1,7 2,2 2,1 1,4 1,8 1,6 2,1 2,0 1,8 2,5 2,3 1,9 2,4 2,2 2,1 2,0 2,6 2,6 2,2 2,3 2,9 2,7não especificados 0,2 0,3 0,4 0,2 0,5 0,3 0,5 0,3 0,4 0,8 0,8 0,6 0,7 0,3 0,4 0,1 0,1 0,2 0,2 0,1 0,1 0,1 0,2Gráfico 55: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%). Pernambuco, Recife e outros municípios, 1980-2002.60,055,050,045,0IncrementosPernambucoRecife80/90176,0%298,4%90/00111,6%79,3%00/022,7%-2,8%global499,8%594,6%outros municípios 142,4% 128,6% 4,8% 480,5%40,035,030,025,020,015,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Pernambuco 3,8 4,1 4,7 5,8 6,2 7,5 8,2 8,6 8,4 10,2 10,5 10,5 8,2 11,6 11,4 11,4 14,2 19,3 25,1 22,7 22,3 26,2 22,9Recife 5,4 5,1 5,7 8,5 9,3 13,5 15,5 14,8 14,0 23,6 21,6 21,6 13,9 24,9 25,8 28,0 31,9 46,5 55,1 37,0 38,8 44,6 37,7outros municípios 3,5 3,9 4,5 5,3 5,5 6,4 6,8 7,3 7,3 7,6 8,4 8,4 7,1 9,2 8,8 8,3 10,9 14,3 19,4 20,1 19,3 22,8 20,2Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 83


RecifeRecife apresenta, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980, um dos maiores CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentes do País (Tabela35). Em 1994, passou a ocupar a primeira posição, mantendo-se, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, entre as três capitais comCMH mais elevados do País. A análise dos <strong>da</strong>dos por grupos <strong>de</strong> gênero <strong>de</strong>monstra que entre os meninosa situação é ain<strong>da</strong> mais grave. O CMH atingiu, em 2002, o valor <strong>de</strong> 69,8 por 100 mil habitantes, o maiorentre as capitais (Tabela 36) e bastante superior ao valor médio encontrado <strong>para</strong> o País (22,4 por 100mil), a Região (15 por 100 mil) e o Estado <strong>de</strong> Pernambuco (41,5 por 100 mil). O incremento global no CMHentre meninos no Recife foi <strong>de</strong> 602,3%. Ao consi<strong>de</strong>rarmos isola<strong>da</strong>mente os <strong>da</strong>dos <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> período,encontramos incrementos <strong>de</strong> 282,9% entre 1980 e 1990 e <strong>de</strong> 82,7% <strong>de</strong> 1990 a 2000. Ain<strong>da</strong> com base noGráfico 56, é importante ressaltar os CMH encontrados na população feminina <strong>de</strong> Recife, acima <strong>de</strong> 5 por100 mil habitantes em quase todos os anos, a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990.110,0Gráfico 56: Coeficiente <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos eincrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Recife, 1980 a 2002.99,088,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globaltotalmeninos298,4%282,9%79,3%82,7%-2,8% 594,6%0,4% 602,3%meninas 426,1% 42,1% -31,3% 414,0%77,066,055,044,033,022,011,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 5,4 5,1 5,7 8,5 9,3 13,5 15,5 14,8 14,0 23,6 21,6 21,6 13,9 24,6 25,8 28,0 31,9 46,5 55,1 37,0 38,8 44,6 37,7meninos 9,9 8,6 10,7 14,4 17,0 25,0 29,1 27,0 26,4 41,9 38,0 38,2 25,8 45,0 47,8 51,0 57,6 86,9 105,3 70,2 69,5 81,7 69,8meninas 1,0 1,7 0,7 2,8 1,8 2,1 2,1 2,9 1,8 5,4 5,5 5,1 2,2 4,3 3,9 5,3 6,2 5,0 4,9 3,8 7,8 6,9 5,3A análise dos <strong>da</strong>dos por grupos etários específicos é apresenta<strong>da</strong> no Gráfico 57. Chamam atençãoos elevadíssimos CMH encontrados na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos, superiores a 100 por 100 milhabitantes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996. Nesse ano, Recife apresenta o segundo maior CMH nesta faixa <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> entreas capitais, atrás apenas <strong>de</strong> Vitória (Tabela 41). O incremento global nesse grupo foi <strong>de</strong> 612,5%. Um outro<strong>da</strong>do relevante são os elevados CMH encontrados <strong>para</strong> o grupo <strong>de</strong> 10 a 14 anos, particularmente, apartir <strong>de</strong> 1995, quando alguns dos valores ultrapassam 10 por 100 mil habitantes. No Brasil, os valoresmantiveram-se abaixo <strong>de</strong> 3,5 durante todo o período (Gráfico 10).84 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 57: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Recife, 1980 a 2002.200,0180,0160,0140,0Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 298,4% 79,3% -2,8% 594,6%15 a 19 360,6% 60,2% -3,4% 612,5%10 a 14 97,9% 178,7% -14,1% 373,9%5 a 9 -49,0% 12,3% -1,8% -43,8%0 a 4 13,5% 10,1% 292,8% 390,8%120,0100,080,060,040,020,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 5,4 5,1 5,7 8,5 9,3 13,5 15,5 14,8 14,0 23,6 21,6 21,6 13,9 24,6 25,8 28,0 31,9 46,5 55,1 37,0 38,8 44,6 37,715 a 19 anos 17,0 17,1 19,9 29,0 32,6 46,0 53,3 50,0 44,6 81,7 78,5 72,4 47,9 87,8 85,5 95,8 105,4 156,4 188,6 125,1 125,7 147,6 121,410 a 14 anos 2,2 1,5 0,0 1,5 2,9 4,4 5,1 5,8 6,5 5,8 4,3 9,4 3,6 5,0 9,1 11,1 7,3 12,4 10,8 7,9 12,1 11,2 10,45 a 9 anos 1,4 1,4 0,7 0,0 0,0 1,5 0,7 1,5 1,5 1,5 0,7 0,7 0,0 2,2 1,4 0,7 0,8 1,6 2,4 0,8 0,8 0,8 0,80 a 4 anos 0,7 0,0 1,4 2,8 0,7 0,7 1,5 0,7 2,3 3,0 0,8 1,6 2,4 2,3 4,6 1,5 4,3 0,9 0,9 2,5 0,8 0,0 3,3Gráfico 58: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Recife, 1980 a 2002.55,050,045,040,0Incrementosarma <strong>de</strong> fogooutros instrumentos80/90322,8%196,5%90/0093,9%-7,1%00/02-2,9%-8,4%global696,4%152,5%não especificados - - - -35,030,025,020,015,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 4,4 4,1 4,2 7,1 7,5 11,1 13,2 12,1 12,2 20,3 18,5 18,4 11,9 20,9 22,2 25,1 28,6 43,8 51,9 33,8 35,9 40,2 34,9outros 1,1 1,1 1,4 1,4 1,8 2,3 2,3 2,7 1,8 2,9 3,1 3,1 1,7 4,0 3,4 2,9 3,3 2,5 3,2 3,2 2,9 3,8 2,7não especificados 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0 0,0 0,4 0,0 0,2 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,6 0,2Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 85


Em Recife, o CMH-AF é bastante superior ao CMH com outros meios e os que não tiveram a armaespecifica<strong>da</strong> (Gráfico 58). Da mesma forma, o incremento global <strong>de</strong> homicídios cometidos com armas<strong>de</strong> fogo supera bastante os <strong>de</strong>mais tipos <strong>de</strong> homicídio analisados, o que indica a importância <strong>da</strong>s armas<strong>de</strong> fogo <strong>para</strong> a tendência <strong>de</strong> crescimento dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes na capital. Entre1980 e 2002, o CMH-AF aumentou 696,4%, e o CMH com outros meios, 152,5%. Em ambos os grupos,o incremento foi mais importante entre 1980 e 1990.Região Su<strong>de</strong>steA Região Su<strong>de</strong>ste concentra a maior parte (60%, n. = 66.601) dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentesocorridos no Brasil entre 1980 e 2002 (Gráfico 13). A maioria dos casos ocorreu em São Paulo(60,9%, n. = 40.562), seguido pelo Rio <strong>de</strong> Janeiro (28,3%, n. = 18.842) como observado no Gráfico 59. EmSão Paulo, ocorreram 36,8% dos homicídios do País e, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, ocorreram 17%. Os dois Estadosconcentram 53,8% dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes ocorridos no Brasil ao longo dos 20 anosestu<strong>da</strong>dos. É importante ressaltar que a proporção mantém-se acima <strong>de</strong> 50% em todos os anos, chegandoa 62% em 1987. Juntos, os dois Estados concentravam, no ano 2002, 27% <strong>da</strong> população do Paísna faixa etária. Consi<strong>de</strong>rando apenas os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> São Paulo, observa-se que, ao longo dos 20 anos, oEstado teve uma participação <strong>de</strong>, no mínimo, 30% no total <strong>de</strong> homicídios do País (em 1997) e, em 1985,50% dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes do País ocorreram no Estado <strong>de</strong> São Paulo.Gráfico 59: Distribuição dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes por Estados <strong>da</strong> Região Su<strong>de</strong>ste.Brasil, 1980 a 2002.Minas Gerais(n=4.163)6,2%Espírito Santo(n=3.034)4,6%São Paulo(n=40.562)60,9%Rio <strong>de</strong> Janeiro(n=18.842)28,3%No Gráfico 60, é apresenta<strong>da</strong> a evolução <strong>da</strong> proporção <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentesno total <strong>de</strong> homicídios por Estados <strong>da</strong> Região Su<strong>de</strong>ste. O incremento global foi positivo em todos osEstados e apenas em Minas Gerais e no Espírito Santo, o crescimento foi superior ao do País. No Rio <strong>de</strong>Janeiro e em São Paulo, o crescimento foi superior na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980 e em Minas Gerais e no EspíritoSanto, na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990. São Paulo é o Estado com maior proporção <strong>de</strong> crianças e adolescentes entreas vítimas <strong>de</strong> homicídios nos quatro anos.86 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 60: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios eincrementos (%). Brasil, Região Su<strong>de</strong>ste e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.25,0%22,5%20,0%Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBrasil 19,2% 14,6% -1,0% 35,2%Região Su<strong>de</strong>ste 17,5% 7,4% 0,1% 26,3%Minas Gerais -0,3% 58,1% -2,1% 54,4%Espirito Santo 11,9% 55,4% 13,4% 97,3%Rio <strong>de</strong> janeiro 13,5% 8,4% -2,2% 20,3%São Paulo 16,3% -0,6% 1,3% 17,1%17,5%15,0%12,5%10,0%7,5%5,0%2,5%0,0%Brasil Região Su<strong>de</strong>ste Minas Gerais Espírito Santo Rio <strong>de</strong> Janeiro São Paulo1980 13,1% 14,6% 11,1% 9,8% 14,2% 16,6%1990 15,6% 17,2% 11,0% 11,0% 16,1% 19,3%2000 17,9% 18,4% 17,5% 17,1% 17,5% 19,1%2002 17,7% 18,5% 17,1% 19,4% 17,1% 19,4%Em relação à participação dos homicídios nas mortes por causas externas, todos os Estados <strong>da</strong>Região apresentaram incremento global superior a 100%, e o maior crescimento foi observado noEspírito Santo, 508,1% (Gráfico 61). Com exceção do Rio <strong>de</strong> Janeiro, os <strong>de</strong>mais Estados apresentaramincremento superior ao do País. Espírito Santo, Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulo apresentaram incrementosmais elevados na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980. Já em Minas Gerais, o crescimento foi mais elevado nos anos <strong>de</strong>1990, quando a participação dos homicídios nas mortes por causas externas aumentou 235,4%, <strong>de</strong>7,8% (n. = 129), em 1990, <strong>para</strong> 26,1% (n. = 368), no ano 2000. É importante ressaltar que, em 1980, omaior impacto dos homicídios em mortes por causas externas foi encontrado no Rio <strong>de</strong> Janeiro (20,5%)e, no ano 2002, em três dos quatro Estados <strong>da</strong> Região – Espírito Santo, Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulo – oshomicídios foram responsáveis por mais <strong>de</strong> 50% <strong>da</strong>s mortes por causas externas, <strong>de</strong>stacando-se maisuma vez o Rio <strong>de</strong> Janeiro, on<strong>de</strong> 57,8% (n. = 1.255) <strong>da</strong>s crianças e adolescentes, que morreram por causasexternas, foram assassinados.O CMH aumentou mais <strong>de</strong> 100% em todos os Estados, e o incremento global foi superior ao crescimentodo País (306,3%) apenas no Espírito Santo (766,6%) (Gráfico 62). Somente em Minas Gerais, ocrescimento foi maior na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990 e, nos <strong>de</strong>mais Estados, o incremento foi mais substancial nadéca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980. Apesar <strong>de</strong> ter apresentado um incremento global <strong>de</strong> 273,2%, os coeficientes, em MinasGerais, são inferiores ao do País durante todo o período, atingindo o valor máximo <strong>de</strong> 7,2 por 100 milhabitantes no ano 2002. No Espírito Santo, o CMH ultrapassa o do País, atingindo, em 2002, o elevadovalor <strong>de</strong> 25,3 por 100 mil habitantes. Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulo apresentam coeficientes superiores aodo Brasil durante todo o período.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 87


Gráfico 61: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre o total <strong>de</strong> óbitos por causas externas na população<strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%).Brasil, Região Su<strong>de</strong>ste e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.63,0%56,0%49,0%Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBrasil 123,2% 49,4% 6,3% 254,4%Região Su<strong>de</strong>ste 117,6% 56,6% 4,2% 255,2%Minas Gerais 10,5% 235,3% 21,2% 349,2%Espirito Santo 170,5% 97,0% 14,1% 508,1%Rio <strong>de</strong> janeiro 97,4% 37,4% 4,0% 182,1%São Paulo 128,6% 52,9% 2,2% 257,2%42,0%35,0%28,0%21,0%14,0%7,0%0,0%Brasil Região Su<strong>de</strong>ste Minas Gerais Espírito Santo Rio <strong>de</strong> Janeiro São Paulo1980 11,2% 13,8% 7,1% 8,9% 20,5% 14,0%1990 24,9% 30,1% 7,8% 24,0% 40,4% 32,0%2000 37,3% 47,2% 26,1% 47,3% 55,6% 48,9%2002 39,6% 49,2% 31,7% 54,0% 57,8% 50,0%35,030,025,020,0Gráfico 62: Evolução <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%).Brasil, Região Su<strong>de</strong>ste e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBrasil 147,8% 55,6% 5,4% 306,3%Região Su<strong>de</strong>ste 157,5% 45,7% 0,8% 278,3%Minas Gerais -2,4% 181,8% 35,7% 273,2%Espirito Santo 187,5% 139,4% 25,9% 766,6%Rio <strong>de</strong> janeiro 170,6% 8,6% 8,2% 217,8%São Paulo 180,8% 51,9% -8,7% 289,4%15,010,05,00,0Brasil Região Su<strong>de</strong>ste Minas Gerais Espírito Santo Rio <strong>de</strong> Janeiro São Paulo1980 3,1 4,9 1,9 2,9 8,8 5,21990 7,7 12,6 1,9 8,4 23,9 14,72000 11,9 18,4 5,3 20,1 26,0 22,32002 12,6 18,6 7,2 25,3 28,1 20,388 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 64: Distribuição <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes nos estados <strong>da</strong> Região Su<strong>de</strong>ste.Brasil, 1980 a 2002.100,0%90,0%80,0%70,0%60,0%50,0%40,0%30,0%20,0%10,0%0,0%Espirito Santo Minas Gerais Rio <strong>de</strong> Janeiro Sao Paulocapital 15,3 30,1 41,2 46,5outros 84,7 69,9 58,8 53,5Gráfico 65: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios eincrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Su<strong>de</strong>ste, 1980, 1990, 2000, 2002.30,0%25,0%20,0%Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBelo Horizonte -11,8% 65,6% -0,2% 45,7%Vitória 30,0% 19,5% 45,8% 126,5%Rio <strong>de</strong> janeiro 27,8% 6,2% -0,3% 35,4%São Paulo 24,0% -9,4% -0,8% 11,4%15,0%10,0%5,0%0,0%Belo Horizonte Vitória Rio <strong>de</strong> Janeiro São Paulo1980 15,4% 10,5% 15,6% 18,0%1990 13,6% 13,7% 19,9% 22,4%2000 22,5% 16,4% 21,1% 20,3%2002 22,5% 23,8% 21,1% 20,1%90 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


75,0%67,5%60,0%52,5%45,0%37,5%30,0%22,5%15,0%7,5%Gráfico 66: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas na população<strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Su<strong>de</strong>ste, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBelo Horizonte -16,9% 349,6% 6,5% 298,2%Vitória 550,0% 100,0% 4,2% 1255,1%Rio <strong>de</strong> janeiro 65,0% 33,4% 3,9% 128,8%São Paulo 118,6% 43,6% -2,3% 206,6%0,0%Belo Horizonte Vitória Rio <strong>de</strong> Janeiro São Paulo1980 13,9% 5,1% 28,9% 20,2%1990 11,6% 33,3% 47,8% 44,0%2000 52,0% 66,7% 63,7% 63,3%2002 55,4% 69,5% 66,2% 61,8%O CMH cresceu em to<strong>da</strong>s as capitais (Gráfico 67). Em Vitória e em Belo Horizonte, o incrementoglobal superou o do País e, em to<strong>da</strong>s as capitais, com exceção <strong>de</strong> Belo Horizonte, o incremento foi maiorna déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980. Os coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídio <strong>de</strong> crianças e adolescentes <strong>da</strong>s capitais<strong>da</strong> Região Su<strong>de</strong>ste estão entre os mais altos do País. No ano 2002, to<strong>da</strong>s apresentaram coeficientessuperiores ao do Brasil, com valores que atingiram 30 por 100 mil habitantes em Vitória, Rio <strong>de</strong> Janeiroe São Paulo.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 91


45,040,035,030,0Gráfico 67: Evolução <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Su<strong>de</strong>ste, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBelo Horizonte -34,5% 429,5% 20,1% 316,1%Vitória 492,0% 102,5% 54,0% 1746,3%Rio <strong>de</strong> janeiro 120,7% 13,7% 6,9% 168,1%São Paulo 219,9% 37,2% -14,9% 273,7%25,020,015,010,05,00,0Belo Horizonte Vitória Rio <strong>de</strong> Janeiro São Paulo1980 5,4 2,1 13,4 7,91990 3,5 12,6 29,5 25,12000 18,6 25,6 33,5 34,52002 22,3 39,4 35,8 29,3Estados e Capitais selecionadosMinas GeraisNo Gráfico 62, vimos que o CMH cresceu em todos os Estados <strong>da</strong> Região Su<strong>de</strong>ste. Em Minas Gerais,o incremento global foi <strong>de</strong> 273,2%, mantendo-se com CMH inferior ao do País durante todo o período.Minas Gerais foi o único Estado <strong>da</strong> Região que apresentou crescimento maior do CMH entre os anos1990 e 2000, o que po<strong>de</strong> ser parcialmente explicado pela baixa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informações na déca<strong>da</strong><strong>de</strong> 1980. A proporção <strong>de</strong> casos classificados como óbito cuja intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> foi in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> manteve-seacima <strong>de</strong> 10% entre 1980 e 1988. Entre 1980 e 1987, houve crescimento <strong>da</strong> proporção <strong>de</strong> casosnessa categoria, que exce<strong>de</strong>u 20% em 1985, 1986 e 1987. A proporção começou a cair no final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong><strong>de</strong> 1980 até 1997, com novo pico em 1998 (21%) e nova tendência <strong>de</strong> que<strong>da</strong> até 2002 (Gráfico 68).No Gráfico 69, são apresenta<strong>da</strong>s as curvas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por grupos <strong>de</strong> gênero. Durante todoo período, os CMH são mais elevados entre crianças e adolescentes do sexo masculino. É entre os meninosque encontramos, <strong>da</strong> mesma forma, os maiores incrementos global (300,7%) e parcial (192,8%<strong>de</strong> 1990 a 2000 e 41,9% <strong>de</strong> 2000 a 2002). Em 2002, o CMH <strong>de</strong> meninos atinge o valor <strong>de</strong> 12,5 por 100mil habitantes, inferior à média <strong>da</strong> Região Su<strong>de</strong>ste (33,4 por 100 mil habitantes) e do País (22,4 por 100mil habitantes). Dois <strong>da</strong>dos merecem <strong>de</strong>staque em Minas Gerais: a agudização <strong>da</strong> inflexão positiva<strong>da</strong> curva no final do período, particularmente, em 1999, e o aumento <strong>da</strong> distância entre os CMH masculinose femininos. Ambos os <strong>da</strong>dos justificam-se em função do crescimento do CMH entre criançase jovens do sexo masculino.92 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 68: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong>causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Minas Gerais, 1980 a 2002.35,030,0homicídiosintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t.Incrementos80/9010,5%-54,1%90/00235,1%10,8%00/0221,3%-41,9%global349,2%-70,4%25,020,015,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002homicídios 7,1 7,3 6,5 5,2 6,3 6,4 5,8 6,0 7,7 9,4 7,8 9,3 8,2 10,3 9,2 9,9 9,6 10,9 12,3 15,1 26,1 27,0 31,7intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. 18,4 17,2 17,7 20,6 18,8 19,9 23,2 22,9 14,4 8,5 8,5 9,8 8,1 7,2 8,1 6,8 6,3 7,3 20,8 12,0 9,4 8,9 5,4Gráfico 69: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Minas Gerais, 1980 a 2002.15,013,512,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globaltotalmeninos-2,4% 181,8%-3,6% 192,8%35,7% 273,2%41,9% 300,7%meninas 1,3% 131,9% 2,6% 141,0%10,59,07,56,04,53,01,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 1,9 2,0 1,7 1,3 1,6 1,6 1,6 1,5 1,8 2,4 1,9 2,1 1,8 2,3 2,2 2,4 2,5 2,7 2,8 3,2 5,3 5,7 7,2meninos 3,1 3,0 2,5 1,8 2,3 2,4 2,4 2,4 2,7 3,8 3,0 3,6 2,8 3,9 3,4 4,2 4,3 4,4 4,5 5,0 8,8 9,9 12,5meninas 0,7 1,0 0,9 0,8 0,9 0,9 0,9 0,6 1,0 1,0 0,7 0,5 0,8 0,7 1,0 0,6 0,8 1,0 1,2 1,3 1,7 1,4 1,7Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 93


A análise dos <strong>da</strong>dos por grupos etários específicos é apresenta<strong>da</strong> no Gráfico 70. Ganha <strong>de</strong>staquea faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos, cujos valores e incrementos superam os <strong>de</strong>mais grupos. Entre 1980 e 2002,o CMH cresceu 256,9% nesse grupo, e o incremento foi positivo apenas entre 1990 e 2000 e, posteriormente,entre 2000 e 2002. Os valores do CMH nesses grupos mantêm-se abaixo dos encontrados <strong>para</strong>o País e <strong>para</strong> a Região. Minas Gerais é o Estado com CMH mais baixo, consi<strong>de</strong>rando os <strong>de</strong>mais Estados<strong>da</strong> Região Su<strong>de</strong>ste (Tabelas 38, 44, 45 e 46). Há, entretanto, um aumento bastante expressivo do CMH apartir <strong>de</strong> 1999, o que sugere agravamento do quadro.Gráfico 70: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Minas Gerais, 1980 a 2002.25,022,520,017,5Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 -2,4% 181,8% 35,7% 273,2%15 a 19 -3,5% 163,6% 40,3% 256,9%10 a 14 -8,6% 214,1% 7,0% 207,2%5 a 9 15,2% 49,2% 25,4% 115,6%0 a 4 56,4% 15,2% -2,5% 75,7%15,012,510,07,55,02,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 1,9 2,0 1,7 1,3 1,6 1,6 1,6 1,5 1,8 2,4 1,9 2,1 1,8 2,3 2,2 2,4 2,5 2,7 2,8 3,2 5,3 5,7 7,215 a 19 anos 6,7 6,4 5,3 4,1 4,9 5,1 5,2 4,9 5,6 8,3 6,4 6,9 6,2 7,7 7,8 9,0 7,9 8,6 9,4 10,7 17,0 18,6 23,810 a 14 anos 0,6 0,5 0,8 0,5 0,3 0,8 0,6 0,6 0,6 0,8 0,6 0,8 0,4 1,1 0,7 0,6 0,9 1,2 0,9 0,6 1,7 1,4 1,95 a 9 anos 0,2 0,4 0,4 0,1 0,5 0,5 0,3 0,2 0,6 0,2 0,3 0,4 0,2 0,6 0,2 0,3 0,2 0,1 0,1 0,2 0,4 0,1 0,50 a 4 anos 0,4 0,9 0,6 0,6 0,8 0,4 0,6 0,7 1,0 0,8 0,7 0,6 0,7 0,5 0,8 0,6 0,8 0,6 0,7 0,9 0,8 1,4 0,8No Gráfico 71, apresentamos as curvas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios por tipo <strong>de</strong> arma utiliza<strong>da</strong>.O CMH-AF supera os <strong>de</strong>mais durante todo o período, e a diferença aumenta a partir <strong>de</strong> 1995. O incrementoglobal foi positivo tanto <strong>para</strong> o CMH-AF como <strong>para</strong> o CMH com outras armas, 628,3% e 187,6%,respectivamente. Cabe ressaltar que o crescimento dos homicídios cometidos com armas <strong>de</strong> fogo superaos <strong>de</strong>mais, sugerindo sua importância <strong>para</strong> o crescimento dos homicídios em Minas Gerais. Entretantoos valores encontrados nesse Estado são inferiores aos valores médios <strong>da</strong> Região Su<strong>de</strong>ste e doBrasil, assim como dos <strong>de</strong>mais Estados <strong>da</strong> Região (Tabela 47).Ao <strong>de</strong>sagregarmos os <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> capital e <strong>de</strong>mais municípios do Estado (Gráfico 72), percebemos agravi<strong>da</strong><strong>de</strong> do quadro em Belo Horizonte. Enquanto o incremento global do CMH foi <strong>de</strong> 273,2% em MinasGerais e <strong>de</strong> 265,3% nos <strong>de</strong>mais municípios, o crescimento em Belo Horizonte foi <strong>de</strong> 316,1%. Em 2002, oCMH atingiu o valor <strong>de</strong> 22,3 por 100 mil habitantes, alcançando o valor médio do País (Tabela 35). EmBelo Horizonte, o crescimento foi bastante superior entre 1990 e 2000, chamando atenção o agravamentodo quadro a partir <strong>de</strong> 1996 e, posteriormente, em 1999.94 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 71: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Minas Gerais, 1980 a 2002.6,05,44,84,2Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogooutros instrumentos23,4%11,1%316,6%96,5%41,6% 628,3%31,7% 187,6%não especificados -42,8% -27,3% -33,3% -72,2%3,63,02,41,81,20,60,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 0,8 0,8 0,4 0,4 0,8 0,7 0,6 0,6 0,7 1,0 0,9 0,9 0,9 1,3 1,1 1,5 1,6 1,7 1,9 1,7 3,9 4,4 5,5outros instrumentos 0,5 0,5 0,7 0,3 0,4 0,3 0,5 0,4 0,7 0,7 0,6 0,6 0,7 0,7 0,6 0,6 0,8 0,7 0,6 0,8 1,1 1,1 1,5não especificados 0,7 0,6 0,7 0,5 0,4 0,6 0,6 0,5 0,5 0,7 0,4 0,5 0,3 0,3 0,6 0,4 0,1 0,3 0,4 0,7 0,3 0,3 0,2Gráfico 72: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), Minas Gerais, Belo Horizonte e outros municípios, 1980-2002.25,022,520,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globalMinas GeraisBelo Horizonte-2,4%-34,5%181,8%429,5%35,7% 273,2%20,1% 316,1%outros municípios 14,3% 119,2% 45,8% 265,3%17,515,012,510,07,55,02,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Minas Gerais 1,9 2,0 1,7 1,3 1,6 1,6 1,6 1,5 1,8 2,4 1,9 2,1 1,8 2,3 2,2 2,4 2,5 2,7 2,8 3,2 5,3 5,7 7,2Belo Horizonte 5,4 4,4 2,5 3,0 3,5 3,4 3,2 4,2 4,5 6,3 3,5 4,3 4,0 5,0 5,0 6,7 6,2 7,5 8,3 10,5 18,6 16,4 22,3outros municípios 1,5 1,7 1,6 1,0 1,3 1,4 1,4 1,2 1,5 1,9 1,7 1,8 1,5 2,0 1,9 1,9 2,1 2,1 2,2 2,3 3,7 4,4 5,3Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 95


Belo HorizonteEm Belo Horizonte, assim como nas <strong>de</strong>mais capitais e Estados brasileiros, predominam os homicídios<strong>de</strong> crianças e adolescentes do sexo masculino, grupo que apresenta não apenas os maioresCMH, como também o maior incremento global, <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 319,3%. Consi<strong>de</strong>rando os incrementosparciais, observa-se que, tanto <strong>para</strong> meninos como <strong>para</strong> meninas, o crescimento foi maior entre 1990 e2000, 426,9% e 425,7%, respectivamente (Gráfico 73). Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, entre 1980 e 1990, o CMH do grupomasculino apresentou uma que<strong>da</strong> <strong>de</strong> 38,5%. Em 2002, o CMH <strong>de</strong> meninos atingiu o valor <strong>de</strong> 41,2 por100 mil habitantes na capital mineira, exce<strong>de</strong>ndo bastante o valor médio do Estado (12,5 por 100 milhabitantes), <strong>da</strong> Região (33,4 por 100 mil habitantes) e do País (22,4 por 100 mil habitantes). Enquantoo Estado <strong>de</strong> Minas Gerais apresenta um dos menores CMH <strong>da</strong> população <strong>de</strong> crianças e jovens do sexomasculino do País, situando-se em 19º lugar, (Tabela 33), Belo Horizonte ocupou, no ano 2002, a nonaposição entre as capitais (Tabela 36). Mais uma vez é importante ressaltar o agravamento do quadrona capital mineira a partir <strong>de</strong> 1999 em função do aumento dos homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens do sexomasculino. Entre as meninas, observa-se uma inflexão negativa <strong>da</strong> curva no mesmo período.Gráfico 73: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Belo Horizonte, 1980 a 2002.45,040,035,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globaltotalmeninos-34,5% 429,5%-38,5% 426,9%20,1% 316,1%29,3% 319,3%meninas 1,0% 425,7% -36,3% 238,3%30,025,020,015,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 5,4 4,4 2,5 3,0 3,5 3,4 3,2 4,1 4,5 6,3 3,5 4,3 4,0 5,0 5,0 6,7 6,2 7,5 8,3 10,5 18,6 16,4 22,3meninos 9,8 7,3 4,0 5,0 5,0 5,5 5,0 7,3 7,3 10,6 6,0 7,8 6,8 9,4 8,5 12,1 11,4 12,9 14,3 15,3 31,9 31,1 41,2meninas 1,0 1,5 1,0 1,0 2,0 1,2 1,5 1,0 1,7 2,0 1,0 0,7 1,3 0,7 1,4 1,4 1,0 2,0 2,3 5,8 5,2 1,8 3,3A análise dos <strong>da</strong>dos por grupo etário específico <strong>de</strong>monstra que os maiores CMH encontram-seno grupo etário <strong>de</strong> 15 a 19 anos. Nesse grupo, o CMH cresceu 288,8% entre 1980 e 2002, quando atingiuo elevado valor <strong>de</strong> 71,1 por 100 mil habitantes, o décimo entre as capitais brasileiras. O incremento foimaior entre 1990 e 2000, chamando atenção, mais uma vez, o crescimento do final do período <strong>de</strong> estudo(Gráfico 74).96 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 74: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Belo Horizonte, 1980 a 2002.75,067,560,052,5Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 -34,5% 429,5% 20,1% 316,1%15 a 19 -30,3% 363,2% 20,4% 288,8%10 a 14 -56,3% 777,0% 22,5% 369,4%5 a 9 -100,0% - -100,0% -100,0%0 a 4 130,4% -100,0% - 268,8%45,037,530,022,515,07,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 5,4 4,4 2,5 3,0 3,5 3,4 3,2 4,1 4,5 6,3 3,5 4,3 4,0 5,0 5,0 6,7 6,2 7,5 8,3 10,5 18,6 16,4 22,315 a 19 anos 18,3 14,6 8,6 10,5 11,6 9,8 10,8 13,9 14,0 19,2 12,7 14,9 14,0 15,6 16,5 22,2 17,6 22,3 25,3 33,0 59,0 50,0 71,110 a 14 anos 1,1 1,6 0,5 0,0 1,0 3,1 0,5 1,0 1,0 4,4 0,5 1,4 1,0 3,2 2,3 1,8 2,0 3,0 2,5 2,0 4,2 5,7 5,25 a 9 anos 0,5 0,0 0,5 0,0 0,5 0,5 0,5 0,0 1,0 0,5 0,0 0,5 0,5 1,0 0,0 0,9 0,0 0,0 0,0 1,1 1,7 0,6 0,00 a 4 anos 0,4 0,5 0,0 0,9 0,5 0,0 1,0 2,0 2,0 1,0 1,0 0,5 0,5 0,5 1,5 2,5 3,0 1,2 1,7 1,2 0,0 1,7 1,6No Gráfico 75, apresentamos as curvas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídio <strong>de</strong> crianças e adolescentessegundo tipo <strong>de</strong> arma utiliza<strong>da</strong>. O que chama atenção é a níti<strong>da</strong> participação <strong>da</strong>s armas <strong>de</strong> fogo <strong>para</strong>a evolução ascen<strong>de</strong>nte dos homicídios na capital. Tanto os homicídios cometidos com arma não <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>,como os cometidos com outras armas apresentam estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> nos coeficientes, sem que possaser <strong>de</strong>scrita uma clara tendência <strong>de</strong> crescimento. O mesmo não po<strong>de</strong> ser dito acerca do CMH-AF, cujocrescimento no período é claro e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> magnitu<strong>de</strong>. Entre 1980 e 2002, o CMH-AF cresceu 424,1%em Belo Horizonte, atingindo o valor <strong>de</strong> 20,2 por 100 mil habitantes, o sexto entre as capitais, bastanteacima <strong>da</strong> média do Estado <strong>de</strong> Minas Gerais (5,6 por 100 mil habitantes), <strong>da</strong> Região Su<strong>de</strong>ste (14 por 100mil habitantes) e do País (9 por 100 mil habitantes).A análise dos <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> Minas Gerais põe em evidência o agravamento <strong>da</strong> situação do Estadoàs custas, claramente, <strong>da</strong> situação encontra<strong>da</strong> na capital. O aumento dos CMH entre crianças e adolescentesem Belo Horizonte, sobretudo a partir do final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990, não po<strong>de</strong> ser explicadopela melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informações no mesmo período (Gráfico 68). A tendência encontra<strong>da</strong>parece ser <strong>de</strong>corrente do aumento <strong>de</strong> homicídios cometidos com armas <strong>de</strong> fogo e <strong>da</strong> vitimização <strong>de</strong>adolescentes do sexo masculino.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 97


Gráfico 75: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Belo Horizonte, 1980 a 2002.22,019,817,615,4Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogo -35,1% 552,5% 23,9% 424,1%outros instrumentos -33,0% 69,7% 20,6% 37,1%não especificados - - - -13,211,08,86,64,42,20,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 3,9 2,9 1,2 1,9 2,2 2,4 1,7 3,1 3,4 3,4 2,5 2,6 3,3 3,6 3,8 4,4 4,4 5,3 7,3 6,0 16,3 15,3 20,2outros instrumentos 1,5 1,2 1,1 1,1 0,5 0,6 1,1 0,6 1,1 2,3 1,0 1,1 0,8 1,2 0,8 1,6 1,6 1,9 0,6 3,2 1,7 0,9 2,0não especificados 0,0 0,2 0,1 0,0 0,7 0,4 0,4 0,5 0,0 0,6 0,0 0,5 0,0 0,2 0,4 0,7 0,3 0,3 0,4 1,4 0,5 0,3 0,0Espírito SantoNo Espírito Santo, o CMH cresceu 766,6% entre 1980 e 2002, <strong>de</strong> 2,9 <strong>para</strong> 25,3 por 100 mil habitantes.O incremento foi maior entre 1980 e 1990, como po<strong>de</strong> ser visto no Gráfico 62. Apesar <strong>de</strong> terhavido uma melhora na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação entre 1980 e 1990, com que<strong>da</strong> na proporção <strong>de</strong> óbitosclassificados na categoria “intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>”, essa não parece ser a explicação <strong>para</strong> ocrescimento observado no Estado. Como po<strong>de</strong> ser visto no Gráfico 76, a proporção <strong>de</strong> casos nessa categoriavem se mantendo em patamares baixos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do período, e a proporção <strong>de</strong> homicídiosapresenta clara tendência <strong>de</strong> crescimento.No Estado, os meninos apresentam os maiores CMH e o maior incremento global, como po<strong>de</strong>ser visto no Gráfico 77. No início do período, em especial entre 1980 e 1986, os CMH são relativamenteestáveis, sendo observado apenas um discreto aumento em ambos os grupos <strong>de</strong> gênero e na populaçãototal. A partir <strong>de</strong> 1987, estabelece-se no Estado uma tendência <strong>de</strong> crescimento bastante clara, especialmentena população <strong>de</strong> crianças e adolescentes do sexo masculino. Essa acentuação do crescimentonão po<strong>de</strong> ser explica<strong>da</strong> por mu<strong>da</strong>nças na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação, como vimos no Gráfico 76. Encontramosno Espírito Santo dois picos na curva <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>, em 1993 e 1998, ambos em função <strong>de</strong>aumentos expressivos no CMH entre meninos. Em 1993, o CMH na população masculina atingiu o valor<strong>de</strong> 22,5 por 100 mil habitantes e, apenas cinco anos <strong>de</strong>pois, em 1998, o valor já era <strong>de</strong> 43,1 por 100 milhabitantes. Apesar <strong>da</strong> que<strong>da</strong> observa<strong>da</strong> entre 1998 e 2000, o CMH volta a crescer, superando a marca<strong>de</strong> 1998 em 2002, quando atingiu o valor <strong>de</strong> 44,2 por 100 mil habitantes, o segundo maior <strong>da</strong> Região edo País (Tabela 33). Na população feminina, apesar <strong>de</strong> os valores serem menos expressivos, também éobservado um crescimento do CMH. Em 2002, o CMH entre meninas atingiu o valor <strong>de</strong> 5,8 por 100 milhabitantes, o mais elevado <strong>da</strong> Região e o segundo maior do País (Tabela 34).98 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 76: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong>causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Espírito Santo, 1980 a 2002.60,050,0homicídiosintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t.Incrementos80/90170,5%-83,3%90/0097,0%-61,0%00/0214,1%31,5%global508,1%-91,4%40,030,020,010,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002homicídios 8,9 12,0 7,4 12,1 9,6 10,1 9,4 15,8 18,6 24,7 24,0 25,6 31,8 32,8 33,0 35,9 35,2 43,5 50,7 51,2 47,3 50,5 54,0intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. 11,8 4,0 3,6 3,4 3,2 1,5 6,7 9,3 2,8 0,3 2,0 0,3 1,6 1,3 3,1 1,3 3,5 2,4 2,1 0,7 0,8 0,6 1,0Gráfico 77: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Espírito Santo, 1980 a 2002.50,045,040,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globaltotalmeninos187,5%254,8%139,4%147,5%25,9% 766,6%24,4% 992,8%meninas 28,7% 82,7% 39,3% 227,6%35,030,025,020,015,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 2,9 3,5 2,8 3,7 3,1 3,7 3,7 5,9 5,9 7,7 8,4 8,2 8,8 12,7 12,1 13,5 15,5 18,5 23,8 22,5 20,1 20,8 25,3meninos 4,0 5,4 4,5 5,6 4,8 5,3 5,6 10,6 9,6 12,4 14,4 13,8 13,6 22,6 20,0 23,8 27,8 33,4 43,1 39,7 35,6 37,3 44,2meninas 1,8 1,6 1,0 1,7 1,3 2,0 1,8 1,1 2,1 2,8 2,3 2,4 3,6 2,5 3,9 3,1 2,9 3,2 4,0 4,9 4,2 3,6 5,8Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 99


<strong>da</strong> Capital consoli<strong>da</strong>-se apenas a partir <strong>de</strong> finais <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980. No início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980, chegaa haver uma inversão entre as curvas, com maiores valores encontrados nos <strong>de</strong>mais municípios em1980, 1981 e 1986. Na capital, o CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentes atingiu, em 2002, o valor <strong>de</strong> 39,4 por 100mil habitantes, o mais elevado entre as capitais brasileiras (Tabela 35).Gráfico 79: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> instrumento. Espírito Santo, 1980 a 2002.22,520,017,515,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogo 270,5% 260,1% 31,3% 1652,2%outros instrumentos 202,3% 33,8% 45,1% 486,8%não especificados 105,2% -2,1% -22,0% 56,7%12,510,07,55,02,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 1,2 1,5 0,5 0,6 1,1 1,2 1,7 2,7 2,2 4,5 4,3 4,0 4,3 7,6 7,6 8,7 9,1 14,7 18,2 18,7 15,6 16,4 20,4outros instrumentos 0,5 0,9 0,8 1,5 0,9 1,6 1,3 1,5 1,6 1,1 1,5 1,7 1,1 2,2 1,7 1,0 1,2 0,5 1,9 1,0 2,0 2,4 2,9não especificados 1,3 1,1 1,5 1,6 1,0 0,9 0,7 1,7 2,1 2,1 2,6 2,5 3,3 2,9 2,8 3,8 5,3 3,2 3,7 2,8 2,5 1,9 2,0Gráfico 80: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, Espírito Santo, Vitória e outros municípios, 1980-2002.50,045,040,0IncrementosEspírito Santo80/90187,5%90/00139,4%00/0225,9%global766,6%Vitória492,0% 102,5% 54,0% 1746,3%outros municípios 166,1% 145,5% 22,7% 701,5%35,030,025,020,015,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Espírito Santo 2,9 3,5 2,8 3,7 3,1 3,7 3,7 5,9 5,9 7,7 8,4 8,2 8,8 12,7 12,1 13,5 15,5 18,5 23,8 22,5 20,1 20,8 25,3Vitória 2,1 1,1 5,2 8,3 5,1 9,1 3,0 17,0 6,9 15,7 12,6 17,3 14,5 22,4 23,8 31,6 26,0 45,6 30,6 45,1 25,6 43,7 39,4outros municípios 3,0 3,7 2,5 3,2 2,9 3,1 3,8 4,8 5,8 6,9 8,0 7,3 8,2 11,7 11,0 11,8 14,5 16,0 23,2 20,5 19,6 18,7 24,0Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 101


VitóriaVitória apresentou um crescimento bastante expressivo do CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentes entre1980 e 2002. Como vimos, o incremento global foi <strong>de</strong> 1.746,3%, atingindo o elevadíssimo valor <strong>de</strong> 39,4 por100 mil habitantes, o mais elevado entre as capitais do País em 2002. No Gráfico 81, vemos que o maiorcrescimento ocorreu entre a população masculina, cujo incremento global foi <strong>de</strong> 3.039,4% e CMH, 68,7por 100 mil habitantes em 2002, o segundo maior do País, atrás somente <strong>de</strong> Recife (Tabela 36 anexa).Apesar <strong>de</strong> haver uma instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> nas taxas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995, não é possível afirmar a reversão do quadro<strong>de</strong> crescimento observado. Cabe ressaltar também que, em Vitória, o maior incremento foi observadono período <strong>de</strong> 1980 a 1990, <strong>para</strong> a população total e masculina. Já entre as meninas, o incremento foimaior no período <strong>de</strong> 1990 a 2000. Chama atenção o crescimento do CMH entre crianças e adolescentesdo sexo feminino em Vitória, cujo incremento global foi <strong>de</strong> 364,8% e com valores que passaram <strong>de</strong> 2,1<strong>para</strong> 9,7 por 100 mil habitantes, o mais elevado do País. Apesar <strong>da</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> análise em função dopequeno número <strong>de</strong> casos, percebemos em Vitória que o crescimento do CMH <strong>de</strong> meninas mantém-seconstante <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995 e os valores mantêm-se elevados (acima <strong>de</strong> 4 por 100 mil) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996.Gráfico 81: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Vitória, 1980 a 2002.90,081,072,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globaltotal 492,0% 102,5% 54,0% 1746,3%meninos 982,2% 89,9% 52,8% 3039,4%meninas -8,0% 210,6% 62,7% 364,8%63,054,045,036,027,018,09,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 2,1 1,1 5,2 8,3 5,1 9,1 3,0 17,0 6,9 15,7 12,6 17,3 14,5 22,4 23,8 31,6 26,0 45,6 30,6 45,1 25,6 43,7 39,4meninos 2,2 2,2 10,7 12,7 10,5 14,5 6,2 32,5 14,1 21,9 23,7 33,2 25,5 43,4 44,6 62,2 48,2 85,7 57,5 82,8 44,9 79,1 68,7meninas 2,1 0,0 0,0 4,1 0,0 4,0 0,0 2,0 0,0 9,7 1,9 1,9 3,8 1,8 3,6 1,8 4,0 5,9 3,9 7,8 6,0 7,8 9,7Assim como nas <strong>de</strong>mais capitais e Estados brasileiros, em Vitória, o incremento e os valores observadosna faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos ganham <strong>de</strong>staque. Nesse grupo, o CMH cresceu 1.506,6% entre1980 e 2002, com valores que passaram <strong>de</strong> 7,7 <strong>para</strong> 124,1 por 100 mil habitantes. O incremento foi maior<strong>de</strong> 1980 a 1990 (460,7%), em com<strong>para</strong>ção ao período 1990 e 2000 (88,1%). Entretanto, cabe ressaltarque o CMH mantém-se acima <strong>de</strong> 100 por 100 mil habitantes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995 (com exceção <strong>de</strong> 1996 e 2000).102 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Em 2002, Vitória apresenta o CMH mais elevado entre as capitais do País, nessa faixa etária (Tabela 41).Nas <strong>de</strong>mais faixas etárias, não é possível <strong>de</strong>screver uma tendência, apesar do incremento global positivoapresentado pelo grupo <strong>de</strong> 10 a 14 anos. A curva <strong>de</strong>monstra mais uma gran<strong>de</strong> oscilação dos valorescom alguns picos, como em 1995 e 1999 (Gráfico 82).Gráfico 82: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por faixa etária. Vitória, 1980 a 2002.160,0144,0128,0112,0Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 492,0% 102,5% 54,0% 1746,3%15 a 19 460,7% 88,1% 52,3% 1506,6%10 a 14 - -100,0% - -5 a 9 - - - -0 a 4 - - -100,0% -96,080,064,048,032,016,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 2,1 1,1 5,2 8,3 5,1 9,1 3,0 17,0 6,9 15,7 12,6 17,3 14,5 22,4 23,8 31,6 26,0 45,6 30,6 45,1 25,6 43,7 39,415 a 19 anos 7,7 3,9 15,5 27,1 15,5 31,1 11,7 62,6 19,6 47,1 43,3 59,2 38,4 84,0 90,2 114,7 75,5 150,0101,7131,4 81,5 138,4124,110 a 14 anos 0,0 0,0 4,4 0,0 0,0 0,0 0,0 3,9 3,8 3,7 7,3 7,2 7,2 6,9 6,8 13,4 3,7 0,0 0,0 25,2 0,0 3,8 7,55 a 9 anos 0,0 0,0 0,0 4,5 0,0 0,0 0,0 0,0 4,0 11,7 0,0 3,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,3 0,0 0,0 0,0 4,4 0,00 a 4 anos 0,0 0,0 0,0 0,0 4,0 4,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 12,9 0,0 0,0 0,0 14,5 4,8 4,8 0,0 4,5 0,0 0,0A análise dos CMH segundo tipo <strong>de</strong> instrumento utilizado, <strong>de</strong>monstra que, também em Vitória,predominam os homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes cometidos com armas <strong>de</strong> fogo (Gráfico 83). Noinício do período até 1985, não há uma predominância clara dos homicídios cometidos com armas <strong>de</strong>fogo. Esta se mostra, entretanto, <strong>de</strong> forma marcante, a partir do final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980, quando a curvado CMH-AF torna-se claramente ascen<strong>de</strong>nte, distanciando-se <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais. O crescimento do CMH-AFintensifica-se entre 1992 e 1995, quando passa a evoluir com picos. No final do período, o CMH-AF <strong>de</strong>Vitória atinge o valor <strong>de</strong> 37,5 por 100 mil habitantes, o maior entre as capitais brasileiras.A análise dos <strong>da</strong>dos do Espírito Santo evi<strong>de</strong>ncia a gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> situação no Estado e, em especialem sua capital, Vitória, cujo CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentes situa-se entre os mais elevados do País.Destaca-se, pela gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>, o quadro encontrado na população <strong>de</strong> sexo masculino e entre adolescentes<strong>de</strong> 15 a 19 anos.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 103


Gráfico 83: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> instrumento. Vitória, 1980 a 2002.45,040,536,031,5Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogo 719,8% 158,8% 65,6% 3412,4%outros instrumentos - 1,3% -2,4% -não especificados 82,2% -49,4% -100,0% -100,0%27,022,518,013,59,04,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 1,1 0,0 1,0 3,1 2,1 4,1 2,0 10,0 1,0 8,8 8,8 7,7 6,8 15,8 22,0 28,0 17,0 41,7 28,6 44,2 22,6 37,9 37,5outros instrumentos 0,0 1,1 2,1 3,1 2,1 4,1 1,0 3,0 4,9 2,9 1,9 3,9 1,0 4,7 0,9 0,9 4,0 2,0 2,0 1,0 2,0 5,8 1,9não especificados 1,1 0,0 2,1 2,1 1,0 1,0 0,0 4,0 1,0 3,9 1,9 5,8 6,8 1,9 0,9 2,7 5,0 2,0 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0Rio <strong>de</strong> JaneiroNo Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, o CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentes cresceu 167,8% entre 1980 e 2002,<strong>de</strong> 8,8 <strong>para</strong> 28,1 por 100 mil habitantes. O incremento foi maior entre 1980 e 1990. Cabe ressaltar que oRio <strong>de</strong> Janeiro apresentou problemas importantes na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>da</strong>dos até 1994, período no qual aproporção <strong>de</strong> casos classificados como morte por intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> supera a proporção<strong>de</strong> homicídios, mantendo-se acima <strong>de</strong> 30% entre 1980 e 1994 (com exceção <strong>de</strong> 1990). O problema começaa ser revertido em 1995. Desta forma, os CMH no Rio estão claramente subestimados até 1995, o quecompromete a análise <strong>da</strong> série histórica (Gráfico 84).O CMH cresceu em ambos os grupos <strong>de</strong> gênero, como po<strong>de</strong> ser visto no Gráfico 85. O crescimentofoi maior entre os meninos, <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 222,4% <strong>de</strong> 1980 a 2002, com valores que aumentaram <strong>de</strong> 16<strong>para</strong> 51,5 por 100 mil habitantes em 2002, o mais elevado do País. Assim como <strong>para</strong> a população total, oincremento foi superior entre 1980 e 1990, em com<strong>para</strong>ção ao período 1990 a 2000. Apesar <strong>de</strong> valoresmenos expressivos, chama atenção o crescimento do CMH <strong>de</strong> meninas no Rio <strong>de</strong> Janeiro, cujo valor aumentou155%, <strong>de</strong> 1,6 <strong>para</strong> 4,12 por 100 mil habitantes em 2002, o terceiro maior do País. Ressalte-se que,no Rio <strong>de</strong> Janeiro, o CMH <strong>de</strong> meninas é superior a 4 por 100 mil habitantes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995.104 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 84: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong>causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2002.60,050,0homicídiosintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t.Incrementos80/9097,4%-44,7%90/0037,4%-40,4%00/024,0%-30,6%global182,1%-77,1%40,030,020,010,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002homicídios 20,5 15,8 15,6 11,7 14,2 15,2 14,0 23,8 17,7 23,6 40,4 31,1 26,6 31,4 32,9 47,9 47,7 50,0 54,4 53,3 55,6 54,9 57,8intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. 34,9 31,2 34,1 29,1 34,1 36,2 40,6 31,2 44,7 41,8 19,3 32,0 40,5 33,7 33,4 13,6 9,1 8,6 11,7 13,7 11,5 8,9 8,0Gráfico 85: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2002.55,049,544,0Incrementostotalmeninos80/90170,6%175,5%90/008,6%6,3%00/028,2%10,1%global217,8%222,4%meninas 118,7% 33,3% -12,6% 155,0%38,533,027,522,016,511,05,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 8,8 6,6 6,2 4,8 6,2 7,0 7,0 11,6 9,9 14,9 23,9 16,8 13,8 16,3 18,5 26,9 28,1 28,2 27,3 25,8 26,0 25,1 28,1meninos 16,0 12,0 11,0 8,2 10,7 12,6 12,4 21,6 18,1 27,1 44,0 30,2 25,1 29,5 33,3 48,8 50,4 51,1 50,1 46,8 46,8 45,2 51,5meninas 1,6 1,1 1,3 1,2 1,4 1,3 1,6 1,6 1,6 2,5 3,5 3,2 2,2 2,8 3,5 4,6 5,4 4,9 4,1 4,5 4,7 4,6 4,1Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 105


Apresentamos no Gráfico 86, as curvas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> segundo grupos etários específicos. Maisuma vez, ganha <strong>de</strong>staque o grupo <strong>de</strong> adolescentes <strong>de</strong> 15 a 19 anos, cujo incremento global foi <strong>de</strong> 206,9%e os valores passaram <strong>de</strong> 31,1 <strong>para</strong> 95,4 por 100 mil habitantes. O incremento foi bastante superior entre1980 e 1990, refletindo provavelmente os problemas já citados na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>da</strong>dos no Estado. Entre1990 e 2000, os valores permanecem praticamente estáveis. No entanto, a análise do gráfico mostrauma que<strong>da</strong> entre 1989 e 1992, com posterior crescimento até 1995, quando os valores mantiveram-seem patamares elevados, até o final do período. É a partir <strong>de</strong> 1995 que começa a haver uma melhora clara<strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>da</strong>dos no Estado, o que faz supor estarem subestimados os CMH anteriores. Apesardos valores menos expressivos, o crescimento na faixa etária <strong>de</strong> 10 a 14 anos foi bastante significativo,<strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 256,7% entre 1980 e 2002. O CMH mantém-se acima <strong>de</strong> 5 por 100 mil habitantes <strong>de</strong>s<strong>de</strong>1995, atingindo, em 2002, o valor <strong>de</strong> 8,2 por 100 mil habitantes, o mais elevado do País na faixa etária.Gráfico 86: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por faixa etária. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2002.105,094,584,073,5Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 170,6% 8,6% 8,2% 217,8%15 a 19 189,1% -0,6% 6,8% 206,9%10 a 14 157,4% 16,6% 18,8% 256,7%5 a 9 5,0% 1,4% 46,4% 55,9%0 a 4 84,2% -5,0% 38,3% 142,0%63,052,542,031,521,010,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 8,8 6,6 6,2 4,8 6,2 7,0 7,0 11,6 9,9 14,9 23,9 16,8 13,8 16,3 18,5 26,9 28,1 28,2 27,3 25,8 26,0 25,1 28,115 a 19 anos 31,1 23,4 20,9 17,2 21,1 26,4 24,6 42,1 36,7 55,5 89,9 62,6 50,5 58,9 70,3 101,9 93,4 97,8 94,4 89,7 89,3 86,6 95,410 a 14 anos 2,3 2,4 2,3 0,9 1,7 0,8 2,6 3,8 2,0 3,0 5,9 5,2 3,3 4,3 4,0 6,3 8,6 6,4 5,9 6,4 6,9 6,1 8,25 a 9 anos 0,8 0,1 0,4 0,2 0,9 0,3 0,8 0,7 1,1 1,0 0,8 0,6 0,4 1,4 0,7 1,2 1,8 1,2 0,9 0,6 0,8 1,0 1,20 a 4 anos 0,6 0,3 0,9 0,7 1,0 0,4 0,3 0,5 0,6 1,2 1,0 0,6 0,8 2,1 1,1 0,8 2,5 1,1 1,9 1,0 1,0 1,2 1,4A análise dos <strong>da</strong>dos por tipo <strong>de</strong> arma <strong>de</strong>monstra, claramente, o predomínio <strong>da</strong>s armas <strong>de</strong> fogoentre os homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes do Rio <strong>de</strong> Janeiro. O incremento global do CMH-AF foi<strong>de</strong> 234,1%, com valores que aumentaram <strong>de</strong> 7 <strong>para</strong> 23,4 por 100 mil habitantes. O incremento foi maisimportante entre 1980 e 1990, quando com<strong>para</strong>do ao período 1990 a 2000. Os CMH com outras armase armas não especifica<strong>da</strong>s também apresentam incremento global positivo, mas os valores sãoinferiores aos dos CMH-AF. Além disso, como po<strong>de</strong> ser visto no Gráfico 87, os CMH com outras armasapresentam-se em que<strong>da</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996.106 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 87: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> instrumento. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2002.25,022,520,0Incrementosarma <strong>de</strong> fogo80/90186,0%90/0012,3%00/024,0%global234,1%outros instrumentos 154,1% 84,7% -52,3% 124,0%não especificados 90,8% -72,3% 409,5% 169,5%17,515,012,510,07,55,02,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 7,0 5,1 4,9 2,2 3,6 5,0 4,4 8,9 7,8 11,0 20,1 13,9 11,5 13,9 16,4 22,8 21,4 22,4 22,5 22,1 22,5 21,8 23,4outros instrumentos 0,6 0,5 0,4 0,6 0,6 0,3 0,4 0,5 0,5 1,3 1,5 1,2 0,9 0,8 0,9 0,6 4,7 4,6 3,8 2,8 2,8 2,0 1,3não especificados 1,2 1,1 0,9 1,9 2,0 1,7 2,2 2,3 1,7 2,5 2,3 1,7 1,4 1,5 1,3 3,4 2,0 1,2 0,9 0,9 0,6 1,3 3,3Gráfico 88: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, Rio <strong>de</strong> Janeiro, capital e outros municípios, 1980-2002.40,036,032,0IncrementosRio <strong>de</strong> JaneiroRio <strong>de</strong> Janeiro (cap.)80/90170,6%120,7%90/008,6%13,7%00/028,2%6,9%global217,8%168,1%outros municípios 245,4% 5,3% 9,7% 299,0%28,024,020,016,012,08,04,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Rio <strong>de</strong> Janeiro 8,8 6,6 6,2 4,8 6,2 7,0 7,0 11,6 9,9 14,9 23,9 16,8 13,8 16,3 18,5 26,9 28,1 28,2 27,3 25,8 26,0 25,1 28,1Rio <strong>de</strong> Janeiro (cap) 13,4 9,2 8,0 3,0 4,9 4,4 3,4 12,5 5,6 10,2 29,5 16,1 9,6 14,3 15,9 27,5 32,9 34,9 36,8 31,4 33,5 31,8 35,8outros municípios 5,9 5,0 5,0 5,9 7,0 8,6 9,3 11,1 12,6 17,8 20,4 17,3 16,4 17,4 20,2 26,5 25,3 24,2 21,7 22,6 21,5 21,2 23,6Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 107


O que chama atenção, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, é a inexistência <strong>de</strong> um padrão claro <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong>casos na capital estadual, até 1995, quando há uma oscilação nas curvas ora com valores mais elevadosna capital, ora nos <strong>de</strong>mais municípios. A partir <strong>de</strong> 1995, os CMH <strong>da</strong> capital superam aqueles dos <strong>de</strong>maismunicípios em conjunto <strong>de</strong> forma consistente, mantendo-se, além disso, em uma evolução ascen<strong>de</strong>nte.Já os CMH dos <strong>de</strong>mais municípios apresentam que<strong>da</strong> até 2001, com elevação em 2002. A irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>dos <strong>da</strong>dos até 1995 <strong>de</strong>ve-se, muito provavelmente, aos problemas <strong>de</strong> classificação já citados, os quais,provavelmente, ocorreram em maior monta na capital.Rio <strong>de</strong> Janeiro (capital)Como vimos, o CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentes cresceu substancialmente na capital estadualdo Rio <strong>de</strong> Janeiro. No Gráfico 89, apresentamos as curvas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por grupos <strong>de</strong> gênero. Assimcomo nos <strong>de</strong>mais Estados e capitais do País, as crianças e adolescentes do sexo masculino <strong>de</strong>stacam-se,com incremento global <strong>de</strong> 1.76,1% e com valores que aumentaram <strong>de</strong> 24 <strong>para</strong> 66,34 por 100 mil habitantesem 2002, o terceiro maior do País, atrás somente <strong>de</strong> Recife e Vitória. No Gráfico, po<strong>de</strong>mos perceberque, após um período <strong>de</strong> instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>da</strong>dos, a tendência <strong>de</strong> crescimento parece se consoli<strong>da</strong>r nacapital, no início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990, até 1998, quando os valores caem até 2001. Note-se que, em 2002,há um novo crescimento, sendo difícil, entretanto, afirmar se esta tendência se manterá nos anos subseqüentes.Destaca-se, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, o incremento dos CMH entre as meninas e os elevados valoresencontrados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996, superiores a 5 por 100 mil habitantes (com exceção <strong>de</strong> 1999).70,0Gráfico 89: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2002.63,056,0Incrementostotalmeninos80/90120,7%126,8%90/0013,7%11,6%00/026,9%9,0%global168,1%176,1%meninas 61,7% 31,6% -16,5% 77,8%49,042,035,028,021,014,07,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 13,4 9,2 8,0 3,0 4,9 4,4 3,4 12,5 5,6 10,2 29,5 16,1 9,6 14,3 15,8 27,5 32,9 34,9 36,8 31,4 33,5 31,8 35,8meninos 24,0 17,1 14,7 5,2 8,4 8,2 6,2 23,5 10,4 18,6 54,5 29,9 17,9 26,4 27,4 51,3 60,0 64,2 68,0 58,1 60,8 57,7 66,3meninas 2,7 1,3 1,4 0,9 1,3 0,5 0,7 1,5 0,9 1,7 4,4 2,2 1,2 2,3 4,2 3,6 5,6 5,4 5,4 4,5 5,7 5,5 4,8108 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Apresentamos a seguir, (Gráfico 90), os <strong>da</strong>dos por grupos etários específicos. Na faixa etária <strong>de</strong>15 a 19 anos, encontramos o maior incremento global (1.76,3%) e os maiores CMH, cujos valores aumentaram<strong>de</strong> 42,3 <strong>para</strong> 116,9 por 100 mil habitantes em 2002, o terceiro maior entre as capitais (Tabela 41).O incremento mais significativo ocorreu entre 1980 e 1990, período <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>da</strong>dos.A curva é claramente ascen<strong>de</strong>nte entre 1992 e 1998, quando ocorre uma inversão com que<strong>da</strong> até o ano2001 e novo crescimento em 2002. No Rio <strong>de</strong> Janeiro, chamam atenção os valores encontrados na faixaetária <strong>de</strong> 10 a 14 anos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995. No ano 2002, a capital do Rio <strong>de</strong> Janeiro ocupa a primeira posiçãoentre as capitais nessa faixa etária, com CMH <strong>de</strong> 11,2 por 100 mil habitantes. O incremento global nessegrupo foi <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 109,8%.Gráfico 90: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por faixa etária. Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2002.130,0117,0104,091,0Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 120,7% 13,7% 6,9% 168,1%15 a 19 156,1% 3,5% 4,2% 176,3%10 a 14 18,4% 50,9% 17,5% 109,8%5 a 9 10,6% -69,3% 294,7% 33,8%0 a 4 30,6% -67,4% 245,3% 47,1%78,065,052,039,026,013,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 13,4 9,2 8,0 3,0 4,9 4,4 3,4 12,5 5,6 10,2 29,5 16,1 9,6 14,3 15,8 27,5 32,9 34,9 36,8 31,4 33,5 31,8 35,815 a 19 anos 42,3 30,1 26,5 9,7 14,5 14,9 11,5 43,6 20,2 35,2 108,4 58,9 33,6 50,0 58,6 101,4 106,8117,2123,8105,1 112,2105,5116,910 a 14 anos 5,3 3,7 3,2 1,1 2,4 1,3 1,3 4,3 1,5 2,8 6,3 5,0 3,6 4,3 3,9 7,3 8,7 9,3 9,3 9,0 9,5 7,9 11,25 a 9 anos 1,4 0,0 0,4 0,2 1,1 0,4 0,2 0,7 0,2 1,5 1,5 0,6 0,2 1,5 1,0 1,2 2,4 1,2 1,0 0,7 0,5 1,8 1,80 a 4 anos 1,0 0,8 0,2 0,4 0,7 0,2 0,2 0,2 0,2 0,9 1,4 0,2 0,5 1,8 0,2 0,4 3,7 0,7 1,5 0,7 0,4 1,3 1,5A análise dos <strong>da</strong>dos segundo tipo <strong>de</strong> arma utilizado evi<strong>de</strong>ncia a predominância dos homicídioscometidos com armas <strong>de</strong> fogo no Rio <strong>de</strong> Janeiro. São extremamente elevados os CMH-AF, assim comoo incremento, <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 146,3% entre 1980 e 2002. A curva do CMH-AF é claramente ascen<strong>de</strong>nte,com discreta oscilação entre 1998 e 2002. Já ao analisarmos as curvas dos CMH com outras armas emeio não especificado, encontramos padrões distintos. No primeiro caso, os coeficientes mantêm-serelativamente estáveis até 1995, observando-se um crescimento importante em 1996 e posterior que<strong>da</strong>progressiva, a qual se mantém até 2002. Já os homicídios com meios não especificados aumentamentre 1994 e 1995, caem até 1999, quando voltam a crescer, mantendo-se em crescimento até 2002(Gráfico 91).Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 109


Gráfico 91: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> instrumento. Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2002.30,027,024,0Incrementosarma <strong>de</strong> fogo80/90127,5%90/005,5%00/022,6%global146,3%outros instrumentos 174,9% 148,3% -73,3% 82,1%não especificados -19,3% 17,5% 590,6% 554,2%21,018,015,012,09,06,03,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 12,0 8,2 7,7 1,1 3,0 3,5 2,2 11,3 5,2 8,5 27,2 14,7 8,6 12,7 14,8 21,8 21,3 24,9 28,6 26,1 28,7 26,8 29,5outros instrumentos 0,6 0,3 0,1 0,5 0,5 0,1 0,2 0,6 0,2 1,1 1,6 0,9 0,3 0,9 0,4 0,4 8,9 8,6 7,6 5,0 4,0 2,7 1,1não especificados 0,8 0,8 0,3 1,4 1,3 0,8 1,1 0,5 0,3 0,6 0,7 0,5 0,6 0,8 0,7 5,3 2,7 1,4 0,6 0,3 0,8 2,3 5,3São PauloComo vimos no Gráfico 62, o CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentes cresceu quase 300% em São Paulo,<strong>de</strong> 1980 a 2002, quando atingiu o valor <strong>de</strong> 20,3 por 100 mil habitantes, o terceiro maior <strong>da</strong> Região e oquarto maior do País (Tabela 32). Ao com<strong>para</strong>rmos os <strong>da</strong>dos por períodos específicos, encontramosum incremento maior entre 1980 e 1990 (181%), com<strong>para</strong>tivamente ao período 1990 a 2000, quando oincremento foi 51,9%. Há uma que<strong>da</strong> <strong>de</strong> quase 9% no CMH em São Paulo entre 2000 e 2002. No Gráfico92, vemos que a tendência <strong>de</strong> crescimento no CMH em São Paulo não parece ser <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> alteraçõesna quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informações, uma vez que a proporção <strong>de</strong> casos classificados na categoria intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong>in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> mantêm-se relativamente estável entre 1983 e 1999. Já nos anos 2000, 2001e 2002, há um discreto aumento no número <strong>de</strong> casos nesta categoria, e a proporção volta a situar-seem torno <strong>de</strong> valores encontrados no início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980, o que compromete a análise <strong>da</strong> que<strong>da</strong> doCMH observa<strong>da</strong> <strong>de</strong>ntre 2000 e 2002.No Gráfico 93, apresentamos as curvas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> segundo grupos <strong>de</strong> gênero. Os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong>São Paulo não fogem à regra: o maior CMH e o maior incremento foram encontrados entre as criançase adolescentes do sexo masculino. Nesse grupo, o CMH cresceu 321,4% entre 1980 e 2002, quando atingiuo valor <strong>de</strong> 36,5 por 100 mil habitantes, o terceiro mais elevado <strong>da</strong> Região Su<strong>de</strong>ste e o quarto do País.No grupo <strong>de</strong> meninos, observa-se uma inflexão negativa <strong>da</strong> curva no ano 2000, que se mantém até2002. Cabe ressaltar que este movimento <strong>de</strong> recuo coinci<strong>de</strong> com o aumento na proporção <strong>de</strong> casos cujaintenção é in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>, o que torna necessário uma investigação mais apura<strong>da</strong> <strong>de</strong>sse achado. Já napopulação <strong>de</strong> crianças e adolescentes <strong>de</strong> sexo feminino, o incremento global foi <strong>de</strong> 119,6% e os valoresmantêm-se acima <strong>de</strong> 3 por 100 mil habitantes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995.110 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 92: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong>causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2002.50,0045,0040,0035,00homicídiosintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t.Incrementos80/90128,6%-51,5%90/0052,9%119,9%00/022,2%6,3%global257,2%13,3%30,0025,0020,0015,0010,005,000,00homicídiosintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 200214,0 16,6 16,7 23,3 25,9 28,5 28,2 29,3 28,3 31,6 32,0 33,8 32,6 31,4 32,6 33,7 32,7 35,2 42,3 46,7 48,9 50,1 50,09,9 12,3 11,6 2,6 4,1 4,0 5,2 5,6 5,7 4,3 4,8 3,9 4,7 6,6 3,1 4,0 6,4 4,7 5,9 5,1 10,5 8,4 11,245,0Gráfico 93: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. São Paulo, 1980 a 2002.40,536,0Incrementostotalmeninos80/90180,8%208,3%90/0051,9%50,9%00/02-8,7%-9,4%global289,4%321,4%meninas 39,0% 60,6% -1,6% 119,6%31,527,022,518,013,59,04,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 5,2 6,3 6,1 8,8 10,5 12,5 13,0 13,0 11,9 14,7 14,7 14,3 13,1 12,3 13,3 14,0 15,1 15,6 18,1 20,6 22,3 21,9 20,3meninos 8,7 10,9 10,7 15,2 18,8 22,7 23,6 23,6 21,4 26,7 26,7 25,7 23,8 22,2 23,6 24,7 26,5 27,4 32,0 37,2 40,3 39,2 36,5meninas 1,7 1,5 1,5 2,3 2,1 2,3 2,3 2,3 2,2 2,5 2,4 2,8 2,3 2,2 2,8 3,2 3,5 3,4 3,8 3,7 3,9 4,2 3,8Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 111


O CMH cresceu em todos os grupos etários, com exceção <strong>da</strong> faixa etária <strong>de</strong> 0 a 4 anos, que apresentouque<strong>da</strong> inexpressiva <strong>de</strong> 0,4%. Cabe ressaltar que, nesse grupo, os coeficientes são superiores a1 por 100 mil habitantes durante todo o período estu<strong>da</strong>do, com exceção do ano <strong>de</strong> 1996 (0,98 por 100mil). O maior incremento global (283,9%) e os valores mais elevados foram encontrados na faixa etária<strong>de</strong> 15 a 19 anos. Nesse grupo, o CMH foi <strong>de</strong> 68,6 por 100 mil habitantes no ano <strong>de</strong> 2002, o terceiro <strong>da</strong>Região e o quarto do País (Tabela 38).Gráfico 94: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por faixa etária. São Paulo, 1980 a 2002.80,072,064,056,0Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 180,8% 51,9% -8,7% 289,4%15 a 19 214,7% 33,8% -8,9% 283,9%10 a 14 137,2% 39,3% -8,6% 202,0%5 a 9 86,3% -16,1% -6,9% 45,6%0 a 4 -1,9% -0,2% 1,7% -0,4%48,040,032,024,016,08,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 5,2 6,3 6,1 8,8 10,5 12,5 13,0 13,0 11,9 14,7 14,7 14,3 13,1 12,3 13,3 14,0 15,1 15,6 18,1 20,6 22,3 21,9 20,315 a 19 anos 17,9 21,7 21,6 30,8 39,2 46,5 48,0 49,0 44,2 55,8 56,3 55,8 48,7 46,8 51,4 53,8 52,1 53,3 63,2 72,4 75,3 74,5 68,610 a 14 anos 1,6 2,1 1,7 3,0 2,5 3,4 4,2 3,8 3,3 4,1 3,7 3,9 3,5 3,2 3,2 3,6 4,0 4,0 4,0 4,7 5,2 4,7 4,85 a 9 anos 0,5 0,6 0,5 0,9 0,6 0,9 0,9 0,9 1,0 0,9 1,0 0,6 0,8 0,7 0,8 0,8 0,9 0,9 0,5 0,9 0,8 0,5 0,80 a 4 anos 1,3 1,2 1,2 1,8 1,3 1,5 1,4 1,1 1,6 1,3 1,3 0,8 1,3 1,6 1,2 1,5 1,0 1,4 1,6 1,1 1,3 1,3 1,3A análise dos <strong>da</strong>dos segundo tipo <strong>de</strong> arma utiliza<strong>da</strong> põe em evidência algumas particulari<strong>da</strong><strong>de</strong>sdo Estado <strong>de</strong> São Paulo (Gráfico 95). Chama atenção, nesse sentido, a predominância <strong>de</strong> homicídioscujas armas não foram especifica<strong>da</strong>s até 1992, quando caem abruptamente e passam <strong>para</strong> terceiro lugarem 1993, posição manti<strong>da</strong> até 1999, quando voltam novamente a crescer e superam os homicídioscometidos com outros instrumentos. Esse <strong>da</strong>do aponta <strong>para</strong> problemas na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informaçãoem São Paulo, particularmente, ao que se refere à i<strong>de</strong>ntificação, na <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> óbito, do tipo <strong>de</strong>arma utiliza<strong>da</strong> no homicídio. Isso sugere, <strong>da</strong> mesma forma, estarem subestimados os CMH-AF até1993, o que compromete a análise do incremento e <strong>da</strong> tendência <strong>da</strong> curva <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Causa surpresa,<strong>da</strong> mesma forma, o aumento abrupto dos homicídios cometidos com outras armas no exatomomento em que caem os homicídios com meios não especificados e até 1999, quando apresentamque<strong>da</strong> abrupta. A curva do CMH-AF <strong>de</strong>monstra um crescimento importante <strong>de</strong>ssa causa <strong>de</strong> morteentre as crianças e adolescentes, especialmente a partir <strong>de</strong> 1993, <strong>de</strong>stacando-se a escala<strong>da</strong> abruptaque se instala em 1998.112 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 95: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> instrumento. São Paulo, 1980 a 2002.16,014,412,8Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogo 363,8% 197,9% -4,0% 1226,3%outros instrumentos 248,8% 13,2% -36,5% 150,6%não especificados 115,4% -32,8% -10,8% 29,3%11,29,68,06,44,83,21,60,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 1,1 1,7 1,6 2,2 2,9 4,0 4,1 4,2 4,1 5,0 5,0 5,1 4,5 5,6 5,8 6,8 7,1 7,1 8,5 11,3 14,9 15,7 14,3outros instrumentos 0,5 0,7 0,7 1,1 1,0 1,5 1,7 1,3 1,2 1,4 1,9 1,8 3,6 4,3 4,7 4,8 5,4 6,2 6,9 3,7 2,2 1,7 1,4não especificados 3,6 3,9 3,8 5,6 6,6 7,1 7,1 7,5 6,6 8,3 7,7 7,5 5,0 2,3 2,8 2,5 2,6 2,2 2,7 5,6 5,2 4,4 4,6Gráfico 96: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, São Paulo, capital e outros municípios, 1980-2002.35,031,528,024,521,017,514,010,57,03,5IncrementosSão Paulo80/90180,8%90/0051,9%00/02-8,7%global289,4%São Paulo (cap.) 219,9% 37,2% -14,9% 273,7%outros municípios 158,6% 70,8% -4,0% 324,0%0,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002São Paulo 5,2 6,3 6,1 8,8 10,5 12,5 13,0 13,0 11,9 14,7 14,7 14,3 13,1 12,3 13,3 14,0 15,1 15,6 18,1 20,6 22,3 21,9 20,3São Paulo (cap) 7,9 9,9 9,7 13,7 19,3 22,2 22,9 23,5 20,3 23,8 25,1 25,7 23,0 20,1 22,6 24,5 26,2 26,3 30,1 33,5 34,5 33,9 29,3outros municípios 4,0 4,6 4,5 6,7 6,7 8,4 8,9 8,7 8,4 10,9 10,4 9,8 9,2 9,2 9,6 9,9 11,0 11,6 13,7 16,1 17,8 17,5 17,1Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 113


Em São Paulo, o CMH é mais elevado na capital, em com<strong>para</strong>ção aos <strong>de</strong>mais municípios em conjunto(Gráfico 96). Na capital, o incremento global foi <strong>de</strong> 273,7%, com coeficientes que subiram <strong>de</strong> 7,9,em 1980, <strong>para</strong> 29,3 por 100 mil habitantes em 2002, o quarto maior entre as capitais brasileiras (Tabela35). Na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, o incremento foi maior entre 1980 e 1990 (219,9%), em com<strong>para</strong>ção ao período1990 a 2000 (37,2%). Observamos, no Gráfico, que o CMH aumentou <strong>de</strong> forma consistente até 1990,quando iniciou um período <strong>de</strong> instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> com tendência <strong>de</strong> que<strong>da</strong>, até 1993, e posterior aumentodos valores até 2000, quando o CMH atingiu o valor mais elevado <strong>de</strong> todo o período. Apesar <strong>de</strong> maisbaixos, os CMH nos <strong>de</strong>mais municípios apresentam o maior incremento global, <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 324%.São Paulo (capital)Vimos acima que o CMH apresentou um incremento global positivo em São Paulo capital. NoGráfico 97, apresentamos as curvas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por grupos <strong>de</strong> gênero. As curvas são ascen<strong>de</strong>ntesem ambos os grupos, e o crescimento foi bem mais expressivo na população masculina, na qual oincremento global foi <strong>de</strong> 307,6%, e o CMH atingiu, em 2002, o elevado valor <strong>de</strong> 54,4 por 100 mil habitantes,o quarto maior entre as capitais brasileiras. A curva <strong>para</strong> a população masculina apresentaalguns períodos <strong>de</strong> que<strong>da</strong> do CMH, com aumento subseqüente (1987-1988; 1991-1993). Uma nova que<strong>da</strong>é observa<strong>da</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2000, <strong>da</strong>do que <strong>de</strong>ve ser mais bem investigado. Entre as meninas, o incremento foi<strong>de</strong> 74,1%, e o CMH mantém-se acima <strong>de</strong> 4 por 100 mil habitantes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995.70,0Gráfico 97: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, 1980 a 2002.63,056,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globaltotalmeninos219,9%250,1%37,2% -14,9%37,5% -15,4%273,7%307,6%meninas 48,1% 27,3% -7,6% 74,1%49,042,035,028,021,014,07,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 13,4 9,2 8,0 3,0 4,9 4,4 3,4 12,5 5,6 10,2 29,5 16,1 9,6 14,3 15,8 27,5 32,9 34,9 36,8 31,4 33,5 31,8 35,8meninos 24,0 17,1 14,7 5,2 8,4 8,2 6,2 23,5 10,4 18,6 54,5 29,9 17,9 26,4 27,4 51,3 60,0 64,2 68,0 58,1 60,8 57,7 66,3meninas 2,7 1,3 1,4 0,9 1,3 0,5 0,7 1,5 0,9 1,7 4,4 2,2 1,2 2,3 4,2 3,6 5,6 5,4 5,4 4,5 5,7 5,5 4,8114 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


A seguir, apresentamos os <strong>da</strong>dos por grupos etários específicos. Mais uma vez ganha <strong>de</strong>staque afaixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos, na qual encontramos o maior incremento global (266,8%) e os CMH mais elevados.O incremento, nesse grupo, foi maior <strong>de</strong> 1980 a 1990 (253,1%), em com<strong>para</strong>ção ao período <strong>de</strong> 1990a 2000 (21,4%). Observa-se que, nesse grupo e na faixa etária <strong>de</strong> 10 a 14 anos, houve que<strong>da</strong> nos CMH entre2000 e 2002, <strong>da</strong>do que <strong>de</strong>ve ser analisado com cautela, como mencionado anteriormente. Apesar <strong>de</strong> menosexpressivos, chamam atenção os valores encontrados <strong>para</strong> a faixa etária <strong>de</strong> 10 a 14 anos, cujo incrementoglobal foi <strong>de</strong> 154,4% e o CMH atinge, em 2002, o valor <strong>de</strong> 6,44 por 100 mil habitantes (Gráfico 98).Gráfico 98: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por faixa etária. Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, 1980 a 2002.120,0108,096,084,0Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 219,9% 37,2% -14,9% 273,7%15 a 19 253,1% 21,4% -14,4% 266,8%10 a 14 171,7% 29,6% -27,7% 154,4%5 a 9 122,1% -62,2% 31,2% 10,2%0 a 4 9,6% -6,4% 7,4% 10,2%72,060,048,036,024,012,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 7,9 9,9 9,7 13,7 19,3 22,2 22,9 23,5 20,3 23,8 25,1 25,7 23,0 20,1 22,6 24,5 26,2 26,3 30,1 33,5 34,5 33,9 29,315 a 19 anos 26,8 34,9 33,9 47,9 71,5 82,7 83,7 87,0 75,6 90,3 94,6 98,5 86,5 77,4 88,2 93,5 88,6 88,0 103,5114,7 114,8114,1 98,310 a 14 anos 2,5 2,9 3,2 5,4 4,4 6,1 8,6 7,1 5,2 6,4 6,9 7,6 5,3 4,6 4,3 6,4 6,2 7,2 5,8 7,5 8,9 6,8 6,45 a 9 anos 0,9 0,9 0,6 0,8 1,2 0,9 0,7 1,2 1,9 1,2 1,9 0,7 0,9 0,9 1,2 0,9 1,6 1,4 0,4 1,2 0,7 0,8 1,00 a 4 anos 1,2 1,1 1,2 1,6 1,6 1,3 1,1 1,4 1,2 1,0 1,3 0,9 1,6 1,3 1,1 1,8 1,3 1,6 2,4 1,2 1,3 1,7 1,3A análise dos <strong>da</strong>dos por tipo <strong>de</strong> arma utiliza<strong>da</strong> põe em evidência problemas existentes na quali<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong> informação na capital <strong>de</strong> São Paulo, como já <strong>de</strong>scrito <strong>para</strong> o Estado. Isso dificulta a análise<strong>de</strong> tendência e se reflete no elevadíssimo incremento do CMH-AF. Apesar disso, predominam, em SãoPaulo, os homicídios cometidos com armas <strong>de</strong> fogo, cujo crescimento entre 1992 e 1998 foi bastanteexpressivo, momento em que parece ter havido melhora na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informações.Em São Paulo, o crescimento no CMH parece <strong>de</strong>correr, sobretudo, do aumento <strong>da</strong>s mortes nacapital, especialmente na população masculina e entre adolescentes <strong>de</strong> 15 a 19 anos. O que chama atenção,no Estado <strong>de</strong> São Paulo e em sua capital, é a que<strong>da</strong> do CMH que se observa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2000, <strong>da</strong>do queprecisa ser mais bem investigado. Chama atenção também a existência <strong>de</strong> problemas na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>informação sobre o tipo <strong>de</strong> arma utiliza<strong>da</strong>, o que dificulta a análise <strong>de</strong> tendência. Entretanto, é possívelafirmar que predominam os homicídios cometidos com armas <strong>de</strong> fogo, entre os homicídios <strong>de</strong> criançase adolescentes no Estado e na capital paulista.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 115


Gráfico 99: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> instrumento. Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, 1980 a 2002.25,022,520,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogo 652,0% 147,8% -6,3% 1645,3%outros instrumentos 219,8% 56,7% -73,4% 33,3%não especificados 136,0% -33,9% -15,5% 31,8%17,515,012,510,07,55,02,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 1,2 2,2 1,5 3,3 5,1 7,5 7,4 6,5 6,9 7,9 8,8 7,6 6,8 9,2 10,3 12,8 12,4 12,3 13,8 18,2 21,9 24,5 20,5outros instrumentos 0,6 0,6 0,7 0,7 0,9 1,4 1,7 1,4 1,1 1,1 2,0 2,5 7,3 7,8 9,0 8,8 10,0 10,6 12,7 5,2 3,1 1,6 0,8não especificados 6,1 7,1 7,4 9,7 13,3 13,3 13,8 15,5 12,3 14,8 14,3 15,7 8,9 3,2 3,3 2,9 3,8 3,4 3,5 10,0 9,5 7,8 8,0Região SulA Região Sul concentra 8,5% (n. = 9.342) dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes ocorridos noPaís entre 1980 e 2002 (Gráfico 13). Quarenta e sete por cento (n. = 4.372) <strong>da</strong>s vítimas <strong>da</strong> Região moravamno Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (Gráfico 100), Estado que concentra 4% dos homicídios do País. Paraná concentra42,9% (n. = 4.006) dos homicídios <strong>da</strong> Região e 3,6% do País.Gráfico 100: Distribuição dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes por Estados <strong>da</strong> Região Sul.Brasil, 1980 a 2002.Rio Gran<strong>de</strong> do Sul(n=4.372)Paraná46,8%(n=4.006)42,9%Santa Catarina(n=964)10,3%116 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


25,0%22,5%20,0%17,5%15,0%12,5%10,0%7,5%5,0%2,5%A proporção <strong>de</strong> crianças e adolescentes entre as vítimas <strong>de</strong> homicídios cresceu nos três Estados<strong>da</strong> Região. O incremento global foi superior ao do País em todos os Estados. Em Santa Catarina e no RioGran<strong>de</strong> do Sul, o crescimento foi maior na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980. Na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990, a proporção <strong>de</strong> criançase adolescentes entre as vítimas <strong>de</strong> homicídios caiu no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, <strong>de</strong> 17%, em 1990, <strong>para</strong> 15,5%no ano 2000 (Gráfico 101).Gráfico 101: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídiose incrementos (%). Brasil, Região Sul e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBrasil 19,2% 14,6% -1,0% 35,2%Região Sul 35,1% 6,8% 4,1% 50,3%Paraná 27,4% 27,9% 2,5% 67,1%Santa Catarina 17,6% 16,5% 15,9% 58,7%Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 36,6% -9,1% 3,6% 28,7%0,0%Brasil Região Sul Paraná Santa Catarina Rio Gran<strong>de</strong> do Sul1980 13,1% 11,2% 10,8% 9,1% 12,5%1990 15,6% 15,1% 13,8% 10,7% 17,1%2000 17,9% 16,2% 17,7% 12,5% 15,5%2002 17,7% 16,8% 18,1% 14,5% 16,1%No Gráfico 102, observa-se que, durante todo o período, em todos os Estados <strong>da</strong> Região, a participaçãodos homicídios nas mortes por causas externas (CE) é inferior à média do País. Entretanto, caberessaltar que o impacto dos homicídios no total <strong>de</strong> mortes por CE cresceu durante o período estu<strong>da</strong>do,superando 20% no Paraná e no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Em todos os Estados, o maior incremento ocorreuna déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980. Apenas no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, o incremento superou o do País, atingindo o valor <strong>de</strong>242%. Já na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990, o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul apresentou que<strong>da</strong> <strong>de</strong> 6% na proporção <strong>de</strong> homicídios,e o maior incremento foi observado no Paraná (79%).O CMH apresenta tendência <strong>de</strong> crescimento em todos os Estados <strong>da</strong> Região. Todos os Estados,exceto no Paraná, apresentaram incremento global (1980 a 2002) inferior ao do País, e o maior crescimentofoi observado no Paraná (366,6%), seguido pelo Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (258,3%). Os Estados <strong>de</strong> SantaCatarina e Rio Gran<strong>de</strong> do Sul tiveram maior crescimento na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980, e o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul superouo crescimento médio do País com um incremento <strong>de</strong> 251,9% entre 1980 e 1990 (Gráfico 103).Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 117


50,0%40,0%Gráfico 102: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre o total <strong>de</strong> óbitos por causas externas napopulação <strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%).Brasil, Região Sul e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBrasil 123,2% 49,4% 6,3% 254,4%Região Sul 143,7% 28,1% 30,2% 306,3%Paraná 82,2% 79,3% 26,9% 314,6%Santa Catarina 57,4% 43,7% 59,2% 259,9%Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 242,4% -6,3% 28,2% 311,6%30,0%20,0%10,0%0,0%Brasil Região Sul Paraná Santa Catarina Rio Gran<strong>de</strong> do Sul1980 11,2% 6,4% 7,1% 3,8% 7,0%1990 24,9% 15,6% 13,0% 6,0% 23,9%2000 37,3% 20,0% 23,3% 8,6% 22,4%2002 39,6% 26,1% 29,5% 13,6% 28,8%15,012,0Gráfico 103: Evolução <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%).Brasil, Região Sul e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBrasil 147,8% 55,6% 5,4% 306,3%Região Sul 155,9% 25,1% 24,1% 297,2%Paraná 89,3% 95,8% 25,9% 366,6%Santa Catarina 75,2% 22,4% 51,8% 225,6%Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 251,9% -12,6% 16,4% 258,3%9,06,03,00,0Brasil Região Sul Paraná Santa Catarina Rio Gran<strong>de</strong> do Sul1980 3,1 2,1 2,3 1,2 2,31990 7,7 5,3 4,3 2,1 8,12000 11,9 6,7 8,5 2,6 7,12002 12,6 8,3 10,7 3,9 8,3118 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Consi<strong>de</strong>rando o total <strong>de</strong> óbitos <strong>da</strong> Região (n. = 9.342), 19,7% vitimaram crianças e adolescentesresi<strong>de</strong>ntes nas capitais <strong>de</strong> Estado. Entre as capitais, Porto Alegre concentra 52,7% (n. = 969) dos casos,seguido por Curitiba, on<strong>de</strong> ocorreram 43,3% (n. = 969) dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes <strong>da</strong>Região (Gráfico 104).Gráfico 104: Distribuição <strong>de</strong> homicídios em crianças e adolescentes por Capitais. Brasil, Região Sul,1980 a 2002.Porto Alegre(n=969)52,7%Curitiba(n=791)43,3%Florianópolis(n=74)4,0%No Gráfico 105, é apresenta<strong>da</strong> a distribuição dos homicídios nos Estados na Região, on<strong>de</strong> a gran<strong>de</strong>maioria dos casos ocorreu fora <strong>da</strong>s capitais. Apenas no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, a proporção <strong>de</strong> casos nacapital superou 20%. No ano 2002, a proporção <strong>de</strong> crianças e adolescentes resi<strong>de</strong>ntes nas capitais era<strong>de</strong> 15%, 5,8% e 12,1% no Paraná, Santa Catarina e Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, respectivamente.Gráfico 105: Distribuição <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes nos estados <strong>da</strong> Região Sul. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.100,0%90,0%80,0%70,0%60,0%50,0%40,0%30,0%20,0%10,0%0,0%Santa Catarina Parana R G do Suloutros 92,32 80,13 77,84capital 7,68 19,87 22,16Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 119


A proporção <strong>de</strong> crianças e adolescentes entre as vítimas <strong>de</strong> homicídios cresceu em to<strong>da</strong>s as capitais(Gráfico 106) entre os anos <strong>de</strong> 1980 e 2002. O incremento foi maior na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990 em Florianópolise Porto Alegre. Apenas em Curitiba, a proporção supera 20% em 1990 e em 2000.Gráfico 106: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídiose incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Sul, 1980, 1990, 2000, 2002.30,0%25,0%Incrementos80/90 90/00 00/02 globalCuritiba 36,0% 6,9% -17,0% 20,7%Florianópolis -38,5% 105,3% 5,6% 33,3%Porto Alegre 3,5% 7,5% -1,9% 9,1%20,0%15,0%10,0%5,0%0,0%Curitiba Florianópolis Porto Alegre1980 15,2% 12,5% 17,2%1990 20,7% 7,7% 17,8%2000 22,1% 15,8% 19,1%2002 18,3% 16,7% 18,8%No Gráfico 107, é apresenta<strong>da</strong> a evolução <strong>da</strong> proporção <strong>de</strong> homicídios entre as mortes por causasexternas nas capitais <strong>da</strong> Região Sul. Observa-se que houve crescimento em to<strong>da</strong>s as capitais. No período<strong>de</strong> 1980 a 2002, o incremento superou o do País, <strong>de</strong>stacando-se Curitiba, cujo incremento foi <strong>de</strong>551,8%. Em to<strong>da</strong>s as capitais, o incremento foi mais elevado na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980. Porto Alegre e Curitibasão as capitais <strong>da</strong> Região com maior número <strong>de</strong> homicídios entre as mortes por causas externas. EmPorto Alegre, a proporção atinge o valor <strong>de</strong> 46,8% no ano 2002.Os coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> cresceram em to<strong>da</strong>s as capitais e os incrementos globais superamo encontrado <strong>para</strong> o Brasil (Gráfico 108). O crescimento foi superior na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980, exceto emFlorianópolis. Apenas Curitiba e Porto Alegre, entretanto, apresentaram coeficientes superiores ao doPaís em 1990, 2000 e 2002, e os valores não atingiram 20 por 100 mil habitantes.120 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


55,0%50,0%45,0%Gráfico 107: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes sobre total <strong>de</strong> óbitos porcausas externas nas capitais. Brasil, Região Sul, 1980, 1990, 2000, 2002.IncrementosCuritiba80/90186,5%90/0086,4%00/0222,1%global551,8%Florianópolis 210,0% 81,8% 111,5% 1092,3%Porto Alegre 332,1% 45,3% -5,8% 491,6%40,0%35,0%30,0%25,0%20,0%15,0%10,0%5,0%0,0%Curitiba Florianópolis Porto Alegre1980 6,0% 3,2% 7,9%1990 17,2% 10,0% 34,2%2000 32,0% 18,2% 49,7%2002 39,1% 38,5% 46,8%20,015,0Gráfico 108: Evolução <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Sul, 1980, 1980, 1990, 2000, 2002.IncrementosCuritiba80/90226,0%90/0056,4%00/023,0%global425,2%Florianópolis 70,0% 153,7% 137,3% 923,3%Porto Alegre 359,0% 48,3% 2,1% 594,9%10,05,00,0Curitiba Florianópolis Porto Alegre1980 2,6 1,2 2,61990 8,6 2,0 12,02000 13,5 5,1 17,82002 13,9 12,2 18,2Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 121


Estados e Capitais selecionadosParanáO CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentes cresceu em todos os Estados <strong>da</strong> Região Sul, como po<strong>de</strong> ser vistono Gráfico 103. No Paraná, o incremento global foi <strong>de</strong> 366,6%, superior ao crescimento médio do País e<strong>da</strong> Região. Cabe <strong>de</strong>stacar que o crescimento foi superior entre os anos <strong>de</strong> 1990 e 2000, em com<strong>para</strong>çãoao período <strong>de</strong> 1980 a 1990. Em 2002, o CMH atingiu o valor <strong>de</strong> 10,7 por 100 mil habitantes, inferior aovalor médio do País (12,6 por 100 mil habitantes). Os valores encontrados no Paraná são inferiores aodo Brasil durante todo o período <strong>de</strong> estudo (Tabela 32). No Gráfico 109, vemos que houve melhora naquali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>da</strong>dos no Paraná, em especial no início do período estu<strong>da</strong>do. Em 1980, a proporção <strong>de</strong>casos classificados como morte por intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> era <strong>de</strong> 22% no Estado, caindo <strong>para</strong> 7%, em1983, e <strong>para</strong> 4,8% em 1990. Des<strong>de</strong> então, a proporção manteve-se relativamente estável com tendência<strong>de</strong> que<strong>da</strong>, até 2002, quando apenas 3% dos óbitos foram classificados nesta categoria.Gráfico 109: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong>causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Paraná, 1980 a 2002.30,025,0Incrementos80/90homicídios82,2%intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. -77,9%90/00 00/0279,3% 26,9%22,6% -53,3%global314,6%-87,4%20,015,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002homicídios 7,1 6,5 8,2 8,2 10,0 6,8 8,3 8,5 9,4 13,1 13,0 11,9 10,7 11,5 12,1 15,3 13,2 15,3 18,4 19,9 23,3 24,9 29,5intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. 21,9 21,0 14,7 7,2 7,4 6,7 4,6 7,4 7,7 6,3 4,8 5,5 5,7 4,1 5,1 5,6 6,9 4,6 4,5 4,4 5,9 4,5 2,8Assim como nos <strong>de</strong>mais Estados analisados, a população <strong>de</strong> crianças e jovens do sexo masculinoapresenta os maiores valores e o maior incremento global. A tendência <strong>de</strong> crescimento é constante,com aceleração a partir <strong>de</strong> 1992. Em 2002, o CMH <strong>de</strong> meninos atingiu o valor <strong>de</strong> 18,7 por 100 mil habitantes,o maior <strong>da</strong> Região e o décimo quarto do País (Tabela 33 anexa), abaixo do valor médio do Brasil. Napopulação feminina, também encontramos um incremento global positivo, mas os valores mantêm-seabaixo <strong>de</strong> 3 por 100 mil habitantes durante todo o período.No Gráfico 111, apresentamos as curvas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por grupos etários específicos. Os maioresvalores e o maior incremento global (370,1%) foram encontrados no grupo etário <strong>de</strong> 15 a 19 anos.Nas <strong>de</strong>mais faixas etárias, também foi observado o crescimento no CMH, no entanto, os valores são122 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


astante inferiores. Na faixa etária <strong>de</strong> 10 a 14 anos, o incremento global foi <strong>de</strong> 299,3%, e o CMH passou<strong>de</strong> 0,7 <strong>para</strong> 2,8 por 100 mil habitantes.Gráfico 110: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Paraná, 1980 a 2002.20,018,016,014,012,010,08,06,04,02,0Incrementostotalmeninos80/9089,3%123,7%90/0095,8%96,1%00/0225,9%25,9%global366,6%452,5%meninas -12,3% 86,0% 25,4% 104,6%0,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 2,3 2,0 2,6 2,6 3,1 2,4 2,9 2,9 3,1 4,3 4,3 4,1 3,9 4,2 4,8 5,7 5,3 5,6 6,4 6,6 8,5 8,2 10,7meninos 3,4 2,9 4,2 4,5 4,7 3,6 4,8 4,7 5,0 7,1 7,6 6,4 6,1 7,1 7,5 8,9 8,8 9,4 10,4 11,1 14,8 14,4 18,7meninas 1,2 0,9 1,1 0,7 1,4 1,1 1,0 1,0 1,2 1,5 1,0 1,7 1,6 1,2 2,0 2,3 1,7 1,6 2,3 2,0 1,9 1,7 2,4Gráfico 111: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Paraná, 1980 a 2002.40,036,032,028,0Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 89,3% 95,8% 25,9% 366,6%15 a 19 95,3% 87,0% 28,7% 370,1%10 a 14 79,1% 52,2% 46,5% 299,3%5 a 9 266,3% 2,5% -30,3% 161,8%0 a 4 -31,2% 173,3% -32,5% 26,9%24,020,016,012,08,04,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 2,3 2,0 2,6 2,6 3,1 2,4 2,9 2,9 3,1 4,3 4,3 4,1 3,9 4,2 4,8 5,7 5,3 5,6 6,4 6,6 8,5 8,2 10,715 a 19 anos 8,0 6,7 9,4 8,8 10,1 7,6 9,8 10,5 11,5 14,8 15,5 12,9 12,9 14,6 16,0 19,8 17,6 18,2 20,9 22,0 29,1 28,4 37,410 a 14 anos 0,7 0,7 0,7 1,2 1,3 1,3 0,6 0,7 0,4 1,7 1,3 1,5 1,2 1,4 1,8 2,5 2,0 2,3 2,2 1,8 1,9 2,1 2,85 a 9 anos 0,2 0,2 0,5 0,3 0,3 0,4 0,4 0,4 0,2 0,3 0,7 0,8 0,6 0,6 0,4 0,4 0,3 0,5 0,4 0,8 0,8 0,5 0,50 a 4 anos 0,8 0,6 0,5 0,6 1,1 0,5 1,3 0,3 1,1 1,2 0,5 1,7 1,3 0,9 1,6 0,9 1,2 1,3 2,3 1,9 1,5 1,0 1,0Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 123


Gráfico 112: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Paraná, 1980 a 2002.10,09,08,07,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogooutros instrumentos133,4%83,7%148,6%63,3%46,1% 748,1%-14,6% 156,2%não especificados -0,4% -68,6% -61,0% -87,8%6,05,04,03,02,01,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 1,0 0,9 1,2 1,2 1,4 1,2 1,1 1,2 1,5 2,1 2,3 2,0 2,0 2,3 3,0 3,8 3,1 3,3 3,9 4,6 5,8 5,9 8,4outros instrumentos 0,9 0,8 1,1 1,1 1,3 0,9 1,4 1,4 1,2 1,7 1,6 1,8 1,5 1,4 1,7 1,6 1,8 1,9 2,2 1,8 2,6 2,2 2,2não especificados 0,4 0,2 0,4 0,3 0,4 0,2 0,4 0,3 0,4 0,5 0,4 0,4 0,4 0,4 0,1 0,3 0,4 0,3 0,3 0,2 0,1 0,1 0,1Gráfico 113: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, Paraná, Curitiba e outros municípios, 1980-2002.15,013,512,010,5IncrementosParaná80/9089,3%90/0095,8%00/0225,9%global366,6%Curitiba226,0% 56,4% 3,0% 425,2%outros municípios 62,8% 108,6% 32,8% 351,0%9,07,56,04,53,01,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Paraná 2,3 2,0 2,6 2,6 3,1 2,4 2,9 2,9 3,1 4,3 4,3 4,1 3,9 4,2 4,8 5,7 5,3 5,6 6,4 6,6 8,5 8,2 10,7Curitiba 2,6 2,4 3,4 2,3 3,8 1,9 2,7 2,2 5,8 5,4 8,6 7,2 5,8 6,2 7,8 7,5 8,3 7,9 7,5 10,1 13,5 12,1 13,9outros municípios 2,2 1,9 2,5 2,7 3,0 2,4 3,0 3,0 2,7 4,2 3,7 3,6 3,6 3,9 4,3 5,4 4,8 5,2 6,2 6,0 7,6 7,5 10,1124 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Assim como nos <strong>de</strong>mais Estados e capitais analisados, predominam, no Paraná, os homicídioscometidos com armas <strong>de</strong> fogo. O incremento no CMH-AF foi <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 748,1% entre 1980 e 2002,quando atingiu o valor <strong>de</strong> 8,4 por 100 mil habitantes. Cabe ressaltar que tanto o CMH-AF como o CMHcom outros meios apresentam incremento positivo, enquanto o CMH cuja arma não foi especifica<strong>da</strong>apresenta tendência <strong>de</strong> que<strong>da</strong> no final do período (Gráfico 112).Ao analisarmos os <strong>da</strong>dos por área geográfica, percebemos que o CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentescresce na capital e nos <strong>de</strong>mais municípios consi<strong>de</strong>rados conjuntamente. O incremento global é maiorna capital, on<strong>de</strong> o CMH atinge, no final do período, o valor <strong>de</strong> 13,9 por 100 mil habitantes, o 17º entre ascapitais estaduais. Cabe ressaltar ain<strong>da</strong> que, entre 1980 e 1987, não havia um padrão claro <strong>de</strong> preeminência<strong>da</strong> capital em relação aos <strong>de</strong>mais municípios, o que vem a se consoli<strong>da</strong>r em 1988. Outro <strong>da</strong>do aser ressaltado é que, apesar <strong>de</strong> mais elevados na capital, a diferença entre os CMH não é tão expressivacomo em outros Estados brasileiros.CuritibaEm Curitiba, o CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentes cresceu 425,2% entre 1980 e 2002. O maior crescimentoocorreu entre os anos 1980 e 1990, em com<strong>para</strong>ção ao período <strong>de</strong> 1990 a 2000. No Gráfico 114,percebemos que foi na população masculina que ocorreu o maior incremento, <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 719,3% entre1980 e 2002. Nesse grupo, o CMH atingiu o valor <strong>de</strong> 25,5 por 100 mil habitantes no final do período,o 18º do País. Entre as meninas, o CMH mantém-se relativamente estável.Gráfico 114: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Curitiba, 1980 a 2002.30,027,024,0Incrementostotalmeninos80/90226,0%405,8%90/0056,4%56,3%00/023,0%3,6%global425,2%719,3%meninas -28,6% 41,0% -3,5% -2,8%21,018,015,012,09,06,03,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 2,6 2,2 3,4 2,3 3,6 1,9 2,5 2,2 5,8 5,4 8,6 7,0 5,6 6,2 7,8 7,5 8,3 7,9 7,5 10,1 13,5 12,1 13,9meninos 3,1 3,5 4,8 3,4 5,5 2,9 4,5 4,1 9,6 9,5 15,7 12,0 8,8 10,5 13,7 13,6 12,8 14,2 11,8 17,0 24,6 21,6 25,5meninas 2,2 0,9 2,1 1,3 1,7 0,8 0,4 0,4 2,0 1,2 1,6 1,9 2,3 1,9 1,9 1,5 3,7 1,4 3,2 3,1 2,2 2,5 2,1Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 125


Gráfico 115: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Curitiba, 1980 a 2002.48,043,238,433,628,824,019,214,49,64,8Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 226,0% 56,4% 3,0% 425,2%15 a 19 354,3% 41,0% 6,6% 582,7%10 a 14 63,1% 19,3% -42,1% 12,7%5 a 9 -100,0% - - -21,4%0 a 4 -1,7% 96,2% -51,7% -7,0%0,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 2,6 2,2 3,4 2,3 3,6 1,9 2,5 2,2 5,8 5,4 8,6 7,0 5,6 6,2 7,8 7,5 8,3 7,9 7,5 10,1 13,5 12,1 13,915 a 19 anos 6,8 7,6 10,1 6,7 11,6 6,6 8,1 8,9 20,9 18,4 31,0 24,4 17,6 22,0 27,9 25,5 24,1 24,1 21,1 33,1 43,7 37,7 46,510 a 14 anos 1,9 0,9 1,8 1,8 0,0 0,0 0,8 0,0 0,0 0,8 3,1 1,5 1,5 1,5 2,9 5,0 4,3 1,4 2,7 2,7 3,7 2,9 2,15 a 9 anos 0,9 0,0 1,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 0,0 0,0 0,8 0,7 0,0 0,0 0,8 0,7 0,7 0,7 0,0 2,3 0,70 a 4 anos 0,8 0,8 0,0 0,8 3,2 0,8 1,6 0,0 2,4 1,6 0,8 3,2 3,2 0,8 0,8 0,0 1,6 3,1 3,8 0,7 1,6 1,5 0,8Gráfico 116: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Curitiba, 1980 a 2002.12,010,89,6Incrementosarma <strong>de</strong> fogo80/90344,5%90/0079,7%00/026,5%global751,0%outros instrumentos 300,1% 55,0% -3,5% 498,4%não especificados 11,1% -81,4% -100,0% -100,0%8,47,26,04,83,62,41,20,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 1,3 1,3 0,9 0,6 1,7 1,5 1,4 0,2 2,6 1,6 5,9 4,7 3,3 3,4 6,5 4,8 5,3 5,9 5,2 7,5 10,6 10,7 11,3outros instrumentos 0,4 1,1 2,4 1,1 1,7 0,4 1,0 2,0 3,0 3,4 1,8 2,1 1,9 2,4 1,1 2,6 2,0 1,8 1,4 2,1 2,7 1,4 2,6não especificados 0,9 0,0 0,2 0,6 0,4 0,0 0,2 0,0 0,2 0,4 1,0 0,4 0,6 0,4 0,2 0,2 0,9 0,2 0,9 0,5 0,2 0,0 0,0126 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


O maior incremento global (582,7%) e os maiores CMH encontram-se na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19anos. A instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s curvas <strong>de</strong> evolução <strong>de</strong>corre do pequeno número <strong>de</strong> casos. Entretanto, é possívelperceber a tendência <strong>de</strong> crescimento <strong>da</strong>s taxas na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos (Gráfico 115).Os homicídios cometidos com armas <strong>de</strong> fogo ganham <strong>de</strong>staque na capital, especialmente, a partir<strong>de</strong> 1989, quando o crescimento se mantém relativamente estável. Nota-se também aumento noCMH com outras armas, sendo o CMH inferior ao CMH-AF.Os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong>monstram o crescimento <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Paraná, especialmente,em função do aumento <strong>de</strong> casos na capital e na população <strong>de</strong> meninos na faixa etária <strong>de</strong> 15a 19 anos. É marcante, também, a participação <strong>da</strong>s lesões por PAF nas mortes por homicídio no Estado ena capital. Ressalte-se que, apesar do número menos expressivo <strong>de</strong> casos, ao com<strong>para</strong>rmos com outrosEstados e capitais brasileiras, a tendência <strong>de</strong> crescimento é clara e constante no Paraná, o que aponta<strong>para</strong> o agravamento progressivo do quadro.Santa CatarinaNo Gráfico 103, vimos que o CMH em Santa Catarina cresceu 226% entre 1980 e 2002, quandoatingiu o valor <strong>de</strong> 3,9 por 100 mil habitantes, o segundo mais baixo do País. O incremento foi menor noperíodo <strong>de</strong> 1990 a 2000, em com<strong>para</strong>ção ao período anterior. A partir dos <strong>da</strong>dos apresentados no Gráfico117, observamos ter havido uma melhora importante na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação, especialmentena déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980, quando a proporção <strong>de</strong> casos classificados como óbito cuja intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> foiin<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> caiu <strong>de</strong> 21% <strong>para</strong> 5% em 1989. Des<strong>de</strong> então, mantém-se em patamares inferiores a 5%. Épossível, <strong>de</strong>sta forma, que os <strong>da</strong>dos no início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980 estejam subestimados, o que implicariaredução do incremento observado no Estado.Gráfico 117: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong>causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Santa Catarina, 1980 a 2002.30,025,0homicídiosintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t.Incrementos80/9057,4%-89,5%90/0043,7%-11,1%00/0259,2%18,6%global259,9%-89,0%20,015,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002homicídios 3,8 5,6 4,0 6,3 6,2 4,5 3,2 3,5 4,6 6,3 6,0 6,2 4,8 6,1 6,1 6,3 7,5 7,8 8,5 8,1 8,6 9,6 13,6intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. 20,8 26,8 22,5 11,8 7,8 13,5 8,7 5,4 8,6 5,2 2,2 3,2 4,7 6,0 4,6 1,8 2,0 1,7 4,0 3,0 1,9 1,5 2,3Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 127


O CMH cresceu tanto na população masculina como na população feminina (Gráfico 118). Caberessaltar, entretanto, que o pequeno número <strong>de</strong> casos, particularmente na população <strong>de</strong> meninas, dificultaa análise <strong>da</strong> evolução. Entre os meninos, o incremento global foi <strong>de</strong> 248,6% e o CMH atingiu, em2002, o valor <strong>de</strong> 6,4 por 100 mil habitantes.Gráfico 118: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Santa Catarina, 1980 a 2002.7,06,35,6Incrementostotalmeninos80/9075,2%82,1%90/0022,4%3,0%00/0251,8%85,8%global225,6%248,6%meninas 50,7% 101,8% -20,2% 142,8%4,94,23,52,82,11,40,70,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 1,2 1,8 1,3 2,0 1,8 1,5 1,2 1,2 1,6 2,3 2,1 2,0 1,6 2,2 2,1 2,5 3,3 3,0 2,5 2,4 2,6 2,8 3,9meninos 1,8 3,1 1,5 2,6 2,9 2,1 1,9 1,9 2,8 3,9 3,4 3,1 2,1 3,5 3,1 4,2 4,4 4,9 3,5 3,3 3,5 4,5 6,4meninas 0,6 0,4 0,9 1,4 0,8 0,9 0,4 0,4 0,4 0,6 0,8 0,8 1,2 0,8 1,2 0,8 2,1 0,9 1,5 1,4 1,7 1,0 1,4Os maiores CMH encontram-se na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos, cujo incremento foi <strong>de</strong> 175,8%,como observado no Gráfico 119. No grupo <strong>de</strong> 10 a 14 anos, o crescimento global foi <strong>de</strong> 573,3%, bastantesuperior, mas os valores são baixos, não atingindo 2 por 100 mil habitantes. Mais uma vez, ressaltamoso pequeno número <strong>de</strong> casos e a resultante instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s taxas, o que dificulta a análise dos <strong>da</strong>dos.A análise por tipo <strong>de</strong> arma é apresenta<strong>da</strong> no Gráfico 120. Observa-se, inicialmente, a que<strong>da</strong> progressivados CMH cujas armas não foram especifica<strong>da</strong>s. Da mesma forma, observa-se o aumento doCMH-AF e do CMH cometido com outros meios. Não há, entretanto, um predomínio claro <strong>de</strong> nenhumdos tipos <strong>de</strong> homicídio, cujos coeficientes oscilam bastante ao longo do intervalo estu<strong>da</strong>do. No finaldo período, especialmente, a partir <strong>de</strong> 1999, o CMH-AF sobressai-se, sem que seja possível afirmar aconsoli<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>ssa tendência nos anos subseqüentes.128 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 119: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Santa Catarina, 1980 a 2002.13,512,010,59,0Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 75,2% 22,4% 51,8% 225,6%15 a 19 83,1% -0,2% 51,0% 175,8%10 a 14 -6,2% 270,0% 94,0% 573,3%5 a 9 74,9% -0,6% -3,0% -68,6%0 a 4 - 109,6% 45,4% -7,56,04,53,01,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 1,2 1,8 1,3 2,0 1,8 1,5 1,2 1,2 1,6 2,3 2,1 2,0 1,6 2,2 2,1 2,5 3,3 3,0 2,5 2,4 2,6 2,8 3,915 a 19 anos 4,4 6,0 3,1 5,8 5,3 5,8 4,0 4,5 5,8 7,6 8,0 6,7 5,1 7,1 6,6 7,1 10,2 9,8 7,9 6,8 8,0 9,2 12,110 a 14 anos 0,2 0,4 1,1 1,1 1,1 0,2 0,4 0,2 1,0 1,0 0,2 0,6 0,4 0,6 1,0 1,5 1,0 1,0 0,6 0,9 0,8 0,7 1,55 a 9 anos 0,2 0,4 0,4 0,2 0,4 0,0 0,2 0,2 0,0 0,2 0,4 0,2 0,2 0,2 0,7 1,1 0,8 0,6 0,2 0,8 0,4 0,2 0,40 a 4 anos 0,0 0,4 0,4 1,1 0,6 0,2 0,2 0,0 0,0 0,8 0,4 1,0 1,0 1,3 0,8 0,7 1,3 0,6 1,7 1,2 0,8 0,6 1,2Gráfico 120: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Santa Catarina, 1980 a 2002.4,54,03,5Incrementosarma <strong>de</strong> fogo80/9056,6%90/0056,3%00/0241,0%global245,2%outros instrumentos 197,6% -15,3% 99,6% 403,4%não especificados -53,0% 42,1% -100,0% -100,0%3,02,52,01,51,00,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 0,7 0,5 0,3 1,0 0,8 0,6 0,4 0,6 0,9 0,8 1,0 1,4 0,5 1,1 0,8 1,1 1,7 1,4 1,0 0,9 1,6 1,4 2,3outros instrumentos 0,3 0,7 0,4 0,6 0,5 0,6 0,4 0,5 0,6 1,4 1,0 0,5 1,0 0,9 1,1 1,2 1,3 1,5 1,3 1,2 0,8 1,3 1,7não especificados 0,2 0,5 0,6 0,4 0,5 0,3 0,3 0,1 0,1 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 0,1 0,2 0,2 0,1 0,0 0,0Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 129


A seguir, apresentamos as curvas <strong>de</strong> evolução <strong>para</strong> o Estado, a capital e os <strong>de</strong>mais municípiosem conjunto (Gráfico 121). Nota-se, inicialmente, uma gran<strong>de</strong> oscilação no CMH <strong>da</strong> capital, ora acimado valor encontrado <strong>para</strong> os <strong>de</strong>mais municípios, ora abaixo. Note-se que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998, os valores estãoaumentando consistentemente na capital, e mantêm-se acima do patamar encontrado <strong>para</strong> o Estado eos <strong>de</strong>mais municípios <strong>de</strong> Santa Catarina.Gráfico 121: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, Santa Catarina, Florianópolis e outros municípios, 1980-2002.13,512,010,59,0IncrementosSanta Catarina80/9075,2%90/0022,4%00/0251,8%global225,6%Florianópolis 70,0% 153,7% 137,3% 923,3%outros municípios 75,4% 14,9% 40,4% 183,1%7,56,04,53,01,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Santa Catarina 1,2 1,8 1,3 2,0 1,8 1,5 1,2 1,2 1,6 2,3 2,1 2,0 1,6 2,2 2,1 2,5 3,3 3,0 2,5 2,4 2,6 2,8 3,9Florianópolis 1,2 2,4 0,0 0,0 1,1 2,2 1,1 0,0 2,1 6,2 2,0 3,0 0,0 3,8 0,9 2,8 6,1 2,0 3,0 2,9 5,1 9,2 12,2outros municípios 1,2 1,8 1,3 2,1 1,9 1,5 1,2 1,2 1,6 2,1 2,1 1,9 1,7 2,1 2,2 2,5 3,1 3,0 2,5 2,4 2,4 2,4 3,4FlorianópolisO CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentes cresceu 923% em Florianópolis, consi<strong>de</strong>rando o período <strong>de</strong>1980 a 2002, quando atinge o valor <strong>de</strong> 12,2 por 100 mil habitantes, o quinto mais baixo do País. É importanteressaltar, entretanto, o pequeno número absoluto <strong>de</strong> casos, em um total <strong>de</strong> 74 homicídios <strong>de</strong>crianças e adolescentes entre 1980 e 2002. Em termos absolutos, o número <strong>de</strong> homicídios em Florianópoliscresceu <strong>de</strong> 1, em 1980, <strong>para</strong> 15, em 2002. Este fato reflete-se na análise dos <strong>da</strong>dos, uma vez que astaxas se tornam instáveis. Nos Gráficos 122, 123 e 124, observamos que o maior incremento se <strong>de</strong>u entreos meninos (915%), na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos (733,3%) e homicídios cometidos com armas <strong>de</strong> fogo.O coeficiente <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídio por arma <strong>de</strong> fogo (CMH-AF) cresceu 923,3% no período,<strong>de</strong>stacando-se, entretanto, o incremento observado a partir <strong>de</strong> 1997.130 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 122: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Florianópolis, 1980 a 2002.25,022,520,017,5Incrementos80/90 90/00 00/02 globaltotal 70,0% 153,7% 137,3% 923,3%meninos -15,3% 68,2% 612,0% 915,0%meninas - 240,1% -100,0% -15,012,510,07,55,02,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 1,2 2,4 0,0 0,0 1,1 2,2 1,1 0,0 2,1 6,2 2,0 3,0 0,0 3,8 0,9 2,8 6,1 2,0 3,0 2,9 5,1 9,2 12,2meninos 2,4 2,3 0,0 0,0 2,2 4,4 2,1 0,0 4,1 8,2 2,0 4,0 0,0 7,6 1,9 5,5 12,0 2,0 5,9 5,8 3,4 16,4 24,1meninas 0,0 2,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,1 2,0 2,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,0 0,0 0,0 7,0 1,7 0,0Gráfico 123: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Florianópolis, 1980 a 2002.36,032,028,024,0Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 70,0% 153,7% 137,3% 923,3%15 a 19 91,1% 6,0% 311,4% 733,3%10 a 14 - - 89.9% -5 a 9 - - -100,0% -0 a 4 - - -100.0% -20,016,012,08,04,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 1,2 2,4 0,0 0,0 1,1 2,2 1,1 0,0 2,1 6,2 2,0 3,0 0,0 3,8 0,9 2,8 6,1 2,0 3,0 2,9 5,1 9,2 12,215 a 19 anos 4,2 8,5 0,0 0,0 0,0 8,3 4,1 0,0 4,1 16,3 8,1 12,1 0,0 15,5 3,8 3,8 18,2 7,2 10,6 10,5 8,6 30,6 35,410 a 14 anos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,2 4,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,4 0,0 6,45 a 9 anos 0,0 0,0 0,0 0,0 4,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 7,2 0,0 0,0 0,0 0,0 3,7 0,0 0,00 a 4 anos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,8 0,0 0,0 0,0 3,9 0,0 0,0Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 131


Gráfico 124: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Florianópolis, 1980 a 2002.15,013,512,010,5Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogo -15,0% 238,3% 256,0% 923,3%outros instrumentos - 69,1% -100,0% -não especificados - - - -9,07,56,04,53,01,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 1,2 0,0 0,0 0,0 0,0 1,1 0,0 0,0 1,0 1,0 1,0 3,0 0,0 3,8 0,9 0,9 2,0 1,0 3,0 2,0 3,4 6,7 12,2outros instrumentos 0,0 1,2 0,0 0,0 1,1 1,1 0,0 0,0 1,0 5,1 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,9 4,1 1,0 0,0 1,0 1,7 2,5 0,0não especificados 0,0 1,2 0,0 0,0 0,0 0,0 1,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Rio Gran<strong>de</strong> do SulNo Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, o CMH cresceu 258,3% entre 1980 e 2002, quando atinge o valor <strong>de</strong> 8,3 por100 mil habitantes, o 16º do País. O maior incremento ocorreu entre 1980 e 1990 (252%), em com<strong>para</strong>çãoao período <strong>de</strong> 1990 e 2000, quando houve que<strong>da</strong> <strong>de</strong> 12,6%. No Gráfico 125, é possível observar a gran<strong>de</strong>proporção <strong>de</strong> casos classificados na categoria intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>, especialmente, no iníciodo período. Entre 1980 e 1987, a proporção era superior a 20%, quando há uma redução <strong>de</strong> casos comnovo aumento entre os anos <strong>de</strong> 1993 e 1995. Des<strong>de</strong> então, os casos <strong>de</strong> morte por causa externa, cujaintenção foi in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>, não atingem 10%. Essas oscilações refletem-se, muito provavelmente, nosincrementos observados, em especial, no incremento global e do período <strong>de</strong> 1980 a 1990.No Gráfico 126, vemos as curvas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> segundo grupos por gênero. Observa-se, inicialmente,o importante crescimento na população masculina, <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 287,1% entre 1980 e 2002. Nesteano, o CMH atingiu o valor <strong>de</strong> 13,9 por 100 mil habitantes. No Gráfico, observamos um importanteaumento no CMH na passagem <strong>de</strong> 1987 a 1988, o que coinci<strong>de</strong> com a que<strong>da</strong> no número <strong>de</strong> casos classificadoscomo morte por intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>. Por isso é importante ter cautela na análisedos <strong>da</strong>dos. Apesar <strong>de</strong>ste problema, é possível afirmar a existência <strong>de</strong> uma tendência <strong>de</strong> crescimentodos homicídios, não apenas entre as crianças e adolescentes do sexo masculino como também entre asmeninas, cujo incremento foi <strong>de</strong> 145,6%.132 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 125: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong>causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, 1980 a 2002.32,028,0homicídiosintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t.Incrementos80/90242,4%-55,7%90/00-6,3%-52,1%00/0228,2%-10,2%global311,6%-80,9%24,020,016,012,08,04,00,0homicídiosintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20027,0 8,0 7,9 8,4 9,5 8,2 9,4 9,9 14,7 20,2 23,9 22,3 20,5 15,2 17,2 18,9 17,2 22,2 20,7 21,6 22,4 28,5 28,827,0 20,5 20,9 23,3 22,7 21,0 25,6 24,4 6,4 13,5 12,0 6,6 7,7 20,1 17,0 13,7 9,2 7,8 5,9 7,9 5,7 5,0 5,2Gráfico 126: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, 1980 a 2002.15,013,512,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globaltotalmeninos251,9% -12,6%290,8% -14,6%16,4% 258,3%16,0% 287,1%meninas 105,2% -2,2% 22,3% 145,6%10,59,07,56,04,53,01,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 2,3 2,7 2,5 2,7 2,9 2,6 3,2 3,0 4,6 6,5 8,1 7,6 6,7 4,9 5,6 6,4 6,0 7,4 6,3 6,5 7,1 8,1 8,3meninos 3,6 4,4 4,2 4,8 4,9 4,3 5,4 4,6 7,8 11,3 14,0 12,9 11,8 8,1 9,4 10,9 9,6 12,1 10,4 10,6 12,0 13,8 13,9meninas 1,0 1,0 0,8 0,5 0,9 0,8 0,9 1,5 1,3 1,6 2,1 2,1 1,5 1,6 1,6 1,7 2,2 2,6 2,1 2,1 2,0 2,1 2,5Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 133


A análise dos <strong>da</strong>dos por i<strong>da</strong><strong>de</strong> é apresenta<strong>da</strong> no Gráfico 127. Mais uma vez, ganha <strong>de</strong>staque a faixaetária <strong>de</strong> 15 a 19 anos, cujos valores e incremento são mais elevados. O CMH cresce em todos os gruposetários, chamando a atenção, também, os valores encontrados na faixa etária <strong>de</strong> 10 a 14 anos.Gráfico 127: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, 1980 a 2002.32,028,825,622,4Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 251,9% -12,6% 16,4% 258,3%15 a 19 343,7% -30,3% 25,1% 287,1%10 a 14 228,2% 5,7% -34,7% 126,3%5 a 9 21,0% 65,1% -37,7% 24,4%0 a 4 79,0% 51,6% 40,6% 281,4%19,216,012,89,66,43,20,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 2,3 2,7 2,5 2,7 2,9 2,6 3,2 3,0 4,6 6,5 8,1 7,6 6,7 4,9 5,6 6,4 6,0 7,4 6,3 6,5 7,1 8,1 8,315 a 19 anos 6,7 8,8 8,2 8,8 10,2 8,2 11,6 10,2 17,0 24,1 29,8 27,7 22,7 17,6 21,5 23,5 20,6 24,9 21,1 22,1 20,8 25,7 26,010 a 14 anos 0,9 0,2 1,2 0,8 0,6 1,0 0,8 0,9 1,7 2,5 3,1 3,3 2,8 2,4 1,9 2,6 1,8 2,7 1,7 2,7 3,3 2,3 2,15 a 9 anos 0,6 0,6 0,4 0,4 0,5 0,3 0,3 0,2 0,1 0,5 0,8 0,6 1,0 0,3 0,5 0,2 0,8 0,8 0,8 0,3 1,2 0,7 0,80 a 4 anos 0,7 0,8 0,2 0,7 0,6 0,9 0,5 1,2 0,6 0,7 1,2 1,1 1,1 0,9 0,3 1,4 0,8 1,3 1,7 0,7 1,9 2,1 2,6No Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, os homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes cometidos com armas <strong>de</strong> fogo ganham<strong>de</strong>staque (Gráfico 128). O incremento global no CMH-AF foi <strong>de</strong> 654%. Já os homicídios com outrasarmas cresceram 268,8% no mesmo período, e os homicídios com arma não <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> apresentaramuma que<strong>da</strong> <strong>de</strong> 83,2%, entre 1980 e 2002. Chama atenção o gran<strong>de</strong> incremento observado a partir <strong>de</strong>1987 e, posteriormente, entre 1993 e 2002.Apresentamos, a seguir, as curvas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios segundo a área geográfica,compreen<strong>de</strong>ndo o Estado, a capital e os <strong>de</strong>mais municípios em conjunto. Observa-se, inicialmente, umagran<strong>de</strong> oscilação nas taxas encontra<strong>da</strong>s na capital, especialmente, entre os anos <strong>de</strong> 1987 e o início <strong>da</strong>déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990. A partir <strong>de</strong> 1993, a capital consoli<strong>da</strong>-se com coeficientes mais elevados, com tendência<strong>de</strong> crescimento. O CMH também cresce no Estado e nos <strong>de</strong>mais municípios, e o incremento é menosacentuado do que o observado em Porto Alegre.134 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 128: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, 1980 a 2002.7,26,45,6Incrementosarma <strong>de</strong> fogo80/90524,0%90/008,9%00/0210,9%global654,0%outros instrumentos 366,6% -48,4% 53,2% 268,8%não especificados -41,5% -51,2% -41,3% -83,2%4,84,03,22,41,60,80,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 0,8 1,1 1,0 1,0 1,2 1,2 1,6 1,4 2,5 3,8 5,1 5,4 5,0 3,4 3,8 4,8 4,5 5,6 4,8 5,1 5,6 6,4 6,2outros instrumentos 0,5 0,7 0,5 0,6 0,7 0,5 0,7 0,6 1,0 1,6 2,5 1,6 1,5 1,1 1,2 0,9 1,0 1,5 1,2 1,2 1,3 1,6 1,9não especificados 1,0 0,9 1,0 1,0 1,0 0,9 0,9 1,0 1,1 1,1 0,6 0,5 0,2 0,4 0,6 0,7 0,5 0,3 0,4 0,2 0,3 0,2 0,2Gráfico 129: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Porto Alegre e outros municípios, 1980-2002.20,018,016,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globalRio Gran<strong>de</strong> do SulPorto Alegre251,9%359,0%-12,6%48,3%16,4% 258,3%2,1% 594,9%outros municípios 234,2% -25,6% 22,8% 205,4%14,012,010,08,06,04,02,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 2,3 2,7 2,5 2,7 2,9 2,6 3,2 3,0 4,6 6,5 8,1 7,6 6,7 4,9 5,6 6,4 6,0 7,4 6,3 6,5 7,1 8,1 8,3Porto Alegre 2,6 3,3 4,2 3,7 2,6 3,2 3,9 3,0 11,2 13,0 12,0 8,3 12,7 6,4 9,4 13,7 11,5 16,7 14,8 14,4 17,8 13,3 18,2outros municípios 2,3 2,6 2,3 2,5 3,0 2,5 3,1 3,0 3,7 5,6 7,6 7,5 5,9 4,7 5,0 5,4 5,2 6,1 5,2 5,4 5,7 7,4 6,9Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 135


Porto AlegreEm Porto Alegre, o CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentes cresceu 595% entre 1980 e 2002, quando atingeo valor <strong>de</strong> 18,2 por 100 mil habitantes, o 12º maior do País. O crescimento foi maior entre 1980 e 1990(359%), provavelmente, em função <strong>de</strong> alterações na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação, em com<strong>para</strong>ção ao período<strong>de</strong> 1990 e 2000, quando o incremento foi <strong>de</strong> 48,3%. Assim como nos <strong>de</strong>mais Estados e capitais,os homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes do sexo masculino predominam (Gráfico 130). Neste grupo, oincremento global foi <strong>de</strong> 798,7% e o CMH atingiu, em 2002, o valor <strong>de</strong> 30 por 100 mil habitantes, o 14ºdo País. Já entre as meninas, o incremento global foi <strong>de</strong> 212,9% e o CMH atingiu, em 2002, o valor <strong>de</strong> 5,9por 100 mil habitantes, o quarto mais elevado do País. É gran<strong>de</strong>, entretanto, a oscilação dos valores napopulação feminina, <strong>da</strong>do o pequeno número absoluto <strong>de</strong> casos, o que torna a análise difícil.Gráfico 130: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Porto Alegre, 1980 a 2002.35,031,528,0Incrementostotalmeninos80/90359,0%532,3%90/0048,3%46,7%00/022,1%-3,1%global594,9%798,7%meninas 44,6% 52,4% 42,1% 212,9%24,521,017,514,010,57,03,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 2,6 3,3 4,2 3,7 2,6 3,2 3,9 3,0 11,2 13,0 12,0 8,3 12,7 6,4 9,4 13,7 11,5 16,7 14,8 14,4 17,8 13,3 18,2meninos 3,3 5,7 7,1 7,0 5,1 6,0 7,8 5,0 19,5 23,1 21,1 14,7 22,3 12,8 16,1 23,3 18,2 29,4 26,1 26,8 31,0 24,0 30,0meninas 1,9 0,9 1,4 0,5 0,0 0,5 0,0 0,9 2,8 2,7 2,7 1,8 2,9 0,0 2,7 3,9 4,7 3,7 3,2 1,8 4,2 2,3 5,9Consi<strong>de</strong>rando-se os <strong>da</strong>dos por grupos etários específicos, observamos o predomínio <strong>de</strong> adolescentesentre 15 e 19 anos como vítimas <strong>de</strong> homicídios em Porto Alegre. Esse grupo apresentou não apenaso maior incremento global (579,7%) como também os maiores coeficientes, <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 52,7 por100 mil habitantes em 2002. Cabe ressaltar ain<strong>da</strong> os elevados valores encontrados na faixa etária <strong>de</strong> 10a 14 anos. Neste grupo, o incremento na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990 foi <strong>de</strong> 80,7% (Gráfico 131).A análise dos <strong>da</strong>dos segundo o tipo <strong>de</strong> arma é apresenta<strong>da</strong> no Gráfico 132. Observa-se a clara predominância<strong>de</strong> homicídios cometidos com armas <strong>de</strong> fogo, com incremento <strong>de</strong> 922,4% entre 1980 e 2002 e cujoCMH atingiu o valor <strong>de</strong> 14,6 por 100 mil habitantes. Os homicídios com outras armas também cresceram noperíodo. Entretanto não apenas o incremento como também os CMH são bastante inferiores aos CMH-AF.136 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 131: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Porto Alegre, 1980 a 2002.55,049,544,038,533,0Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 359,0% 48,3% 2,1% 594,9%15 a 19 416,0% 19,9% 9,8% 579,7%10 a 14 - 80,7% -67,2% -5 a 9 -16,8% 348,8% -50,8% 83,5%0 a 4 222,3% -30,1% 293,4% 786,3%27,522,016,511,05,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 2,6 3,3 4,2 3,7 2,6 3,2 3,9 3,0 11,2 13,0 12,0 8,3 12,7 6,4 9,4 13,7 11,5 16,7 14,8 14,4 17,8 13,3 18,215 a 19 anos 7,7 10,4 11,4 13,3 8,0 11,7 14,6 10,1 41,0 44,3 40,0 29,9 40,4 20,0 32,0 46,5 35,3 50,9 47,3 47,8 47,9 40,4 52,710 a 14 anos 0,0 0,0 3,1 0,0 2,0 1,0 0,0 1,9 2,7 4,5 6,2 3,5 3,5 5,1 5,1 5,9 5,2 6,0 0,9 2,6 11,2 3,7 3,75 a 9 anos 1,0 2,1 1,0 0,0 0,0 0,0 0,9 0,0 0,9 1,8 0,9 1,7 2,0 0,0 0,8 0,8 0,0 1,9 1,9 1,9 3,9 1,0 1,90 a 4 anos 0,9 0,0 0,9 0,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,9 2,7 2,7 0,0 1,0 1,8 1,8 4,5 2,0 3,0 5,0 1,0 1,9 2,9 7,6Gráfico 132: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Porto Alegre, 1980 a 2002.16,014,412,811,2Incrementosarma <strong>de</strong> fogooutros instrumentos80/90471,6%709,7%90/0090,3%-46,7%00/02-6,0%53,0%global922,4%560,6%não especificados -100,0% - 96,7% -37,1%9,68,06,44,83,21,60,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 1,4 1,7 2,6 2,6 1,6 3,0 3,0 2,8 8,9 9,8 8,1 6,8 9,6 5,3 7,0 11,5 10,8 14,8 12,5 12,6 15,5 12,0 14,6outros instrumentos 0,5 0,9 1,4 0,9 0,5 0,2 0,2 0,2 1,8 3,2 3,8 1,1 3,1 1,1 2,0 2,0 0,7 1,8 2,0 1,8 2,1 1,1 3,1não especificados 0,7 0,7 0,2 0,2 0,5 0,0 0,7 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,4 0,2 0,0 0,0 0,2 0,0 0,2 0,2 0,4Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 137


No Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e em Porto Alegre, os homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes apresentamtendência <strong>de</strong> crescimento. Ganham <strong>de</strong>staque, neste cenário, as crianças e adolescentes do sexo masculino,bem como a faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos. Mais uma vez, fica evi<strong>de</strong>nte a importância dos homicídioscometidos com armas <strong>de</strong> fogo <strong>para</strong> o incremento <strong>da</strong>s mortes, não apenas no Estado mas, sobretudo,em sua capital.Região Centro-OesteNa Região Centro-Oeste, ocorreram 6.874 homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes entre os anos<strong>de</strong> 1980 e 2002, ou 6% do total <strong>de</strong> casos do País (Gráfico 13). A maior parte dos casos vitimou crianças eadolescentes do Distrito Fe<strong>de</strong>ral (30,8%, n.= 2.116) e <strong>de</strong> Goiás (32,6%, n.=2.232), Estados que contribuíramcom 4% dos homicídios do País. (Gráfico 133)Gráfico 133: Distribuição dos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes por Estados <strong>da</strong> Região Centro-Oeste.Brasil, 1980 a 2002.Distrito Fe<strong>de</strong>ral(n=2.116)30,78%Mato Grosso do Sul(n=1.331)19,36%Mato Grosso(n=1.188)17,28%A proporção <strong>de</strong> crianças e adolescentes entre as vítimas <strong>de</strong> homicídios cresceu em todos os Estados<strong>da</strong> Região Centro-Oeste, especialmente no Distrito Fe<strong>de</strong>ral, on<strong>de</strong> o incremento global (1980 a 2002)foi <strong>de</strong> 113,3%. O crescimento foi maior do que o do País nos três Estados e no Distrito Fe<strong>de</strong>ral. Na RegiãoCentro-Oeste, o incremento entre 1990 e 2000 supera o <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980 nos três Estados, com exceçãodo Distrito Fe<strong>de</strong>ral. Apenas no DF, a proporção <strong>de</strong> crianças e adolescentes entre as vítimas supera20% dos casos <strong>de</strong> homicídios (Gráfico 134).No Gráfico 135, é apresenta<strong>da</strong> a evolução <strong>da</strong> participação dos homicídios <strong>para</strong> o total <strong>de</strong> mortespor causas externas na Região Centro-Oeste. O impacto dos homicídios <strong>para</strong> as mortes por CE aumentouem todos os Estados <strong>da</strong> região, com incremento global (1980 a 2002) superior ao incremento médiodo País, exceto em Mato Grosso do Sul, on<strong>de</strong> o incremento foi menor (230,2%). Ganham <strong>de</strong>staque o Estado<strong>de</strong> Mato Grosso e o Distrito Fe<strong>de</strong>ral, cujos incrementos foram <strong>de</strong> 1.012,5% e 602,9%, respectivamente.Nesses Estados, o incremento foi superior na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980, em com<strong>para</strong>ção observado na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong>1990. Nos <strong>de</strong>mais Estados, o crescimento foi maior na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990. É importante ressaltar que apenaso DF apresenta proporções superiores à média do País e, no ano 2002, 40% <strong>da</strong>s mortes por causasexternas foram por homicídios.Goiás(n=2.239)32,57%138 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


25,0%20,0%15,0%Gráfico 134: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídios eincrementos (%). Brasil, Região Centro-Oeste e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBrasil 19,2% 14,6% -1,0% 35,2%Região Centro-Oeste 8,7% 65,6% -1,4% 77,4%Mato Grosso do Sul 0,0% 38,7% 1,6% 40,8%Mato Grosso -14,5% 91,6% 15,9% 89,7%Goiás -9,8% 120,9% -2,5% 94,3%Distrito Fe<strong>de</strong>ral 72,2% 46,2% -15,3% 113,3%10,0%5,0%0,0%Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Fe<strong>de</strong>ral1980 13,1% 9,6% 11,2% 7,9% 9,0% 9,7%1990 15,6% 10,4% 11,2% 6,7% 8,1% 16,6%2000 17,9% 17,3% 15,5% 12,9% 17,8% 24,3%2002 17,7% 17,0% 15,8% 15,0% 17,4% 20,6%Gráfico 135: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre o total <strong>de</strong> óbitos por causas externas na população<strong>de</strong> 0 a 19 anos e incrementos (%).Brasil, Região Centro-Oeste e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.50,0%45,0%40,0%35,0%30,0%25,0%20,0%15,0%10,0%5,0%Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBrasil 123,2% 49,4% 6,3% 254,4%Região Centro-Oeste 109,8% 115,3% 1,2% 357,2%Mato Grosso do Sul 49,6% 136,2% -6,5% 230,2%Mato Grosso 293,4% 171,2% 4,3% 1012,5%Goiás 59,1% 125,4% 16,6% 318,1%Distrito Fe<strong>de</strong>ral 312,5% 91,7% -11,1% 602,9%0,0%Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Fe<strong>de</strong>ral1980 11,2% 7,2% 9,0% 2,7% 7,9% 5,7%1990 24,9% 15,1% 13,4% 10,7% 12,6% 23,5%2000 37,3% 32,5% 31,7% 29,1% 28,3% 45,0%2002 39,6% 32,9% 29,6% 30,3% 33,0% 40,0%Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 139


25,020,015,0O CMH também apresentou incremento global positivo, em todos os Estados, e Mato Grosso, Goiáse Distrito Fe<strong>de</strong>ral exce<strong>de</strong>ram o incremento do País (Gráfico 136). Entre os anos <strong>de</strong> 1980 e 2002, o CMHcresceu 2.550,6% no Mato Grosso, <strong>de</strong> 0,5 <strong>para</strong> 12,8 por 100 mil habitantes no ano 2002, ultrapassando ovalor encontrado <strong>para</strong> o País. No DF, o incremento global foi <strong>de</strong> 550,8%, <strong>de</strong> 2,4 <strong>para</strong> 15,6 por 100 mil habitantes.Com exceção <strong>de</strong> Goiás e Mato Grosso do Sul, o incremento foi maior na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980. Em todosos Estados (exceto no Distrito Fe<strong>de</strong>ral), a tendência <strong>de</strong> crescimento manteve-se até o ano 2002.Gráfico 136: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%).Brasil, Região Centro-Oeste e Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalBrasil 147,8% 55,6% 5,4% 306,3%Região Centro-Oeste 121,1% 167,8% 1,1% 498,8%Mato Grosso do Sul 38,8% 145,9% 3,8% 254,3%Mato Grosso 509,7% 307,7% 6,6% 2550,6%Goiás 49,4% 218,2% 18,2% 461,8%Distrito Fe<strong>de</strong>ral 356,6% 88,7% -24,4% 550,8%10,05,00,0Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Fe<strong>de</strong>ral1980 3,1 2,1 3,5 0,5 2,0 2,41990 7,7 4,7 4,8 2,9 3,1 10,92000 11,9 12,5 11,8 12,0 9,7 20,72002 12,6 12,6 12,3 12,8 11,5 15,6Vinte e três por cento dos homicídios <strong>da</strong> região vitimaram crianças e adolescentes resi<strong>de</strong>ntes nascapitais, <strong>de</strong>ntre as quais, ganha <strong>de</strong>staque Goiânia, com 39,1% (n. = 615) dos casos, segui<strong>da</strong> por CampoGran<strong>de</strong> (31,4%, n. = 494) e Cuiabá (29,5%, n. = 463) (Gráfico 137).Gráfico 137: Distribuição <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes por Capitais. Brasil, Região Centro-Oeste,1980 a 2002.Goiânia(n=615)39,1%Campo Gran<strong>de</strong>(n=494)31,4%Cuiabá(n=463)29,5%140 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


No Gráfico 138, é apresenta<strong>da</strong> a distribuição dos homicídios nos Estados <strong>da</strong> região. A maior partedos casos vitimou crianças e adolescentes resi<strong>de</strong>ntes fora <strong>da</strong>s capitais, e a proporção <strong>de</strong> casos nas capitaisvariou <strong>de</strong> 39,1% no Mato Grosso a 27,5% em Goiás. É importante <strong>de</strong>stacar que resi<strong>de</strong>m nas capitaisdo Mato Grosso do Sul, em Mato Grosso e em Goiás, 30,6%, 18,2% e 19,8% <strong>da</strong> população <strong>de</strong> 0 a 19 anos(<strong>da</strong>dos <strong>para</strong> o ano 2002).Gráfico 138: Distribuição <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes nos estados <strong>da</strong> Região Centro-Oeste.Brasil, 1980 a 2002.100,0%90,0%80,0%70,0%60,0%50,0%40,0%30,0%20,0%10,0%0,0%Goias M Grosso do Sul Mato Grossooutros 72,53 62,89 60,94capital 27,47 37,11 39,06No Gráfico 139, é apresenta<strong>da</strong> a evolução <strong>da</strong> proporção <strong>de</strong> crianças e adolescentes entre as vítimas<strong>de</strong> homicídios nas capitais <strong>da</strong> Região. Observa-se, inicialmente, que houve aumento em to<strong>da</strong>s ascapitais. É importante ressaltar que os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> Cuiabá <strong>para</strong> o início <strong>da</strong> série são bastante instáveis e,portanto, pouco confiáveis. Consi<strong>de</strong>rando os números absolutos <strong>de</strong> homicídios na capital (Tabela 75),observa-se que, nos cinco primeiros anos <strong>da</strong> série, foram registrados entre 0 e 1 homicídio no grupo <strong>de</strong>0 a 19 anos, no ano 2002, foram registrados 59 homicídios entre 0 e 19 anos. Nos anos 2000 e 2002, aproporção <strong>de</strong> crianças e adolescentes entre as vítimas foi superior a 20% em Cuiabá.Cresceu também a proporção <strong>de</strong> homicídios entre as mortes por causas externas (Gráfico 140).Cabe ressaltar, mais uma vez, a instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> Cuiabá, on<strong>de</strong> nenhum caso <strong>de</strong> homicídio foiregistrado em 1980, em um total <strong>de</strong> 39 óbitos por causas externas. Nas <strong>de</strong>mais capitais, o crescimentofoi superior ao do País e maior na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980. No ano 2002, a proporção <strong>de</strong> homicídios entre asmortes por causas externas é superior a 30% em to<strong>da</strong>s as capitais e atinge 55% em Cuiabá.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 141


30,0%25,0%Gráfico 139: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre o total <strong>de</strong> homicídiose incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Centro-Oeste, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalCampo Gran<strong>de</strong> 73,5% 16,7% -13,2% 75,6%Cuiabá- 142,3% 25,4% -Goiânia 125,0% 46,8% -10,0% 197,2%20,0%15,0%10,0%5,0%0,0%Campo Gran<strong>de</strong> Cuiabá Goiânia1980 10,0% 0,0% 6,6%1990 17,3% 8,3% 14,9%2000 20,2% 20,2% 21,8%2002 17,6% 25,3% 19,6%60,0%54,0%48,0%42,0%36,0%30,0%24,0%18,0%12,0%6,0%Gráfico 140: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas na população<strong>de</strong> 0 a 19 anos nas capitais. Brasil, Região Centro-Oeste, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalCampo Gran<strong>de</strong> 595,5% 148,9% -22,0% 1250,0%Cuiabá- 1072,4% -5,3% -Goiânia 431,1% 62,3% 20,5% 938,0%0,0%Campo Gran<strong>de</strong> Cuiabá Goiânia1980 2,8% 0,0% 4,0%1990 19,3% 4,9% 21,5%2000 48,1% 57,7% 34,9%2002 37,5% 54,6% 42,0%142 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


35,030,025,0No Gráfico 141, é apresenta<strong>da</strong> a evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Houve aumento emto<strong>da</strong>s as capitais, particularmente, em Cuiabá, <strong>de</strong> 0,0 em 1980 <strong>para</strong> 29,2 em 2002. O crescimento emCuiabá, entretanto, <strong>de</strong>ve ser analisado com extrema cautela. Em to<strong>da</strong>s as capitais, o incremento foisuperior ao do País e maior na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980. Na Região, ganha <strong>de</strong>staque o elevado CMH <strong>de</strong> Cuiabá noano 2000, um dos mais elevados do País.Gráfico 141: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%) nas capitais. Brasil, Região Centro-Oeste, 1980, 1990, 2000, 2002.Incrementos80/90 90/00 00/02 globalCampo Gran<strong>de</strong> 444,3% 154,0% -31,0% 854,0%Cuiabá- 1886,5% -10,9% -Goiânia 234,6% 98,2% 15,1% 662,9%20,015,010,05,00,0Campo Gran<strong>de</strong> Cuiabá Goiânia1980 1,4 0,0 2,01990 7,6 1,6 6,72000 19,4 32,8 13,32002 13,4 29,2 15,3Estados e capitais selecionadosMato Grosso do SulEm Mato grosso do Sul, o CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentes cresceu 254% entre 1980 e 2002, quandoatingiu o valor <strong>de</strong> 12,3 por 100/100 habitantes, inferior ao valor médio do País (12,6 por 100 mil habitantes)e <strong>da</strong> Região Centro-Oeste (12,6 por 100 mil habitantes). Em 2002, Mato Grosso do Sul apresentao 10º maior CMH do País e o terceiro <strong>da</strong> Região Centro-Oeste. Ao analisarmos os <strong>da</strong>dos <strong>para</strong> os períodos,se<strong>para</strong><strong>da</strong>mente, encontramos um incremento maior entre 1990 e 2000 (145,9%). No Gráfico 142, percebemosque houve, no Estado, uma melhoria importante na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informações ao longo dosanos. Em 1980, 26% <strong>da</strong>s mortes por causas externas eram classifica<strong>da</strong>s na categoria intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong>in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>. Já em 1990, apenas 2% <strong>da</strong>s mortes por causas externas estavam nessa categoria. Aque<strong>da</strong> não foi acompanha<strong>da</strong> <strong>de</strong> um aumento em mesma proporção <strong>da</strong>s mortes por homicídios, quepassaram <strong>de</strong> 9% em 1980 <strong>para</strong> 13% em 1990. Já no período entre 1990 e 2000, a proporção <strong>de</strong> casos in<strong>de</strong>terminadosvolta a aumentar, não chegando atingir os níveis do início <strong>da</strong> série histórica. É nessa faseque há maior crescimento dos homicídios em Mato Grosso do Sul, como vimos.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 143


Gráfico 142: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong>causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Mato Grosso do Sul, 1980 a 2002.40,035,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globalhomicídios49,6% 136,2% -6,5% 230,2%intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. -90,8% 134,6% -80,6% -95,8%30,025,020,015,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002homicídios 9,0 8,1 7,7 8,0 12,9 7,9 12,5 8,5 8,2 10,8 13,4 16,2 18,0 19,5 19,4 24,3 24,7 26,8 34,0 30,2 31,7 25,2 29,6intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. 26,2 32,5 29,6 28,0 29,8 29,9 20,9 23,2 28,7 17,3 2,4 1,9 0,6 6,0 13,9 13,9 4,9 9,6 6,9 7,7 5,6 4,3 1,1Gráfico 143: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Mato Grosso do Sul, 1980 a 2002.25,022,520,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globaltotalmeninos38,8%42,0%145,9%124,3%3,8% 254,3%11,1% 253,9%meninas 18,3% 328,7% -29,9% 255,5%17,515,012,510,07,55,02,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 3,5 3,0 3,0 3,1 5,0 2,9 5,0 2,7 2,9 4,7 4,8 6,3 7,6 8,0 7,7 10,1 11,4 11,5 11,5 11,2 11,8 9,4 12,3meninos 6,0 3,0 4,8 5,0 7,9 5,2 8,4 4,5 4,5 7,4 8,5 9,9 10,9 13,2 12,3 18,6 18,2 18,8 19,7 18,9 19,1 14,7 21,2meninas 0,8 3,1 1,1 1,1 1,9 0,5 1,6 0,8 1,3 2,0 1,0 2,5 4,2 2,4 3,0 1,4 4,4 4,1 3,1 3,2 4,3 4,0 3,0144 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


No Gráfico 143, apresentamos a evolução <strong>da</strong>s mortes por grupos <strong>de</strong> gênero. Observa-se, inicialmente,que o CMH cresceu entre meninos e meninas, e os valores são mais elevados no grupo masculino. Ocrescimento neste grupo é constante <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1988. O CMH no grupo masculino cresceu 253,9% entre 1980e 2002. Entre as meninas, chama atenção os CMH encontrados a partir <strong>de</strong> 1996, quando superam 3 por100 mil habitantes. Consi<strong>de</strong>rando o período <strong>de</strong> 1980 a 2002, o CMH entre as meninas cresceu 255,5%.Assim como nos <strong>de</strong>mais Estados, predominam em Mato Grosso do Sul os homicídios <strong>de</strong> adolescentes<strong>de</strong> 15 a 19 anos (Gráfico 144). Neste grupo, o incremento global foi <strong>de</strong> 201,5%, atingindo, em 2002, o valor<strong>de</strong> 42,3 por 100 mil habitantes, o 10º do País e o terceiro <strong>da</strong> região. O incremento, neste grupo, foi maiorentre os anos <strong>de</strong> 1990 e 2000 (103,4%). As <strong>de</strong>mais faixas etárias também apresentam crescimento.Gráfico 144: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Mato Grosso do Sul, 1980 a 2002.45,040,536,031,5Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 38,8% 145,9% 3,8% 254,3%15 a 19 39,9% 103,4% 6,0% 201,5%10 a 14 -100,0% - -13,7% 526,8%5 a 9 - - -2,9% -0 a 4 184,1% 2,3% -2,9% 182,0%27,022,518,013,59,04,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 3,5 3,0 3,0 3,1 5,0 2,9 5,0 2,7 2,9 4,7 4,8 6,3 7,6 8,0 7,7 10,1 11,4 11,5 11,5 11,2 11,8 9,4 12,315 a 19 anos 14,0 10,3 11,4 11,8 19,8 11,5 18,2 7,3 11,1 19,3 19,6 24,8 25,9 29,5 28,0 38,1 40,4 38,7 42,3 41,2 39,9 32,5 42,310 a 14 anos 0,6 0,6 0,6 1,6 1,1 0,5 2,6 1,5 0,5 0,0 0,0 1,0 2,9 1,8 1,8 2,7 4,1 4,1 2,7 3,1 4,1 3,2 3,65 a 9 anos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,5 0,5 0,0 1,0 0,0 0,9 1,4 0,0 1,3 0,9 1,0 1,9 0,9 0,0 0,9 0,5 0,90 a 4 anos 0,5 2,0 1,0 0,0 1,0 0,0 0,5 2,0 1,0 0,5 1,4 1,0 1,9 3,2 2,3 2,2 1,0 2,4 0,9 1,4 1,5 1,0 1,4No Gráfico 145, apresentamos os <strong>da</strong>dos por tipo <strong>de</strong> arma. As armas <strong>de</strong> fogo sobressaem-se, especialmente,a partir <strong>de</strong> 1990 quando há um crescimento bastante abrupto dos homicídios por armas<strong>de</strong> fogo no Estado. O incremento global do CMH-AF foi <strong>de</strong> 276,3%, e no período <strong>de</strong> 1990 a 2000, o incrementofoi <strong>de</strong> 341,2%. Há uma tendência <strong>de</strong> crescimento do CMH cometidos com outras armas, <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m<strong>de</strong> 251,4% entre 1980 e 2002. Já os homicídios com armas não <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s apresentam uma evoluçãoirregular até 1996 quando começam a cair <strong>de</strong> forma consistente.A evolução <strong>da</strong>s mortes por homicídios segundo a área geográfica no Estado do Mato Grosso<strong>de</strong>monstra que, a partir <strong>de</strong> 1988, a capital <strong>de</strong>staca-se com CMH mais elevados. Até então, não haviaum padrão claro, sendo observa<strong>da</strong> uma oscilação nas taxas. O incremento global foi maior na capital,<strong>de</strong>vendo-se ressaltar, entretanto, que este foi positivo tanto na capital (854%) como nos <strong>de</strong>mais municípiosem conjunto (196,8%).Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 145


Gráfico 145: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Mato Grosso do Sul, 1980 a 2002.10,09,08,07,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogo -11,0% 341,2% -4,2% 276,3%outros instrumentos 116,1% -16,2% 94,2% 251,4%não especificados -344,9% 32,9% -100,0% -100,0%6,05,04,03,02,01,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 2,4 1,8 1,5 1,9 2,5 1,7 2,5 1,5 1,5 2,4 2,1 4,5 4,0 4,9 5,3 6,8 7,7 8,2 8,1 8,0 9,2 6,5 8,9outros instrumentos 1,0 0,6 1,2 0,7 1,7 0,8 1,0 1,0 1,4 1,7 2,1 1,6 2,7 2,2 2,1 2,3 2,2 2,1 2,0 2,2 1,8 2,9 3,4não especificados 0,1 0,7 0,3 0,5 0,8 0,4 1,6 0,1 0,0 0,6 0,6 0,2 0,9 0,8 0,3 1,0 1,6 1,2 1,4 1,0 0,8 0,1 0,0Gráfico 146: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos,população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, Mato Grosso do Sul, Campo Gran<strong>de</strong> e outros municípios, 1980-2002.21,019,518,016,515,013,512,010,59,07,56,04,53,01,5IncrementosMato Grosso do Sul80/9038,8%90/00145,9%00/023,8%global254,3%Campo Gran<strong>de</strong> 444,3% 154,0% -31,0% 854,0%outros municípios -5,8% 128,7% 37,8% 196,8%0,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Mato Grosso do Sul 3,5 3,0 3,0 3,1 5,0 2,9 5,0 2,7 2,9 4,7 4,8 6,3 7,6 8,0 7,7 10,1 11,4 11,5 11,5 11,2 11,8 9,4 12,3Campo Gran<strong>de</strong> 1,4 2,7 3,2 4,8 6,3 2,2 6,3 2,5 2,9 7,9 7,6 9,5 9,8 7,2 11,4 12,8 14,5 16,4 13,4 16,4 19,4 13,2 13,4outros municípios 4,0 3,1 3,0 2,6 4,7 3,1 4,6 2,7 2,9 3,6 3,7 5,1 6,7 8,3 6,2 9,0 10,1 9,4 10,7 8,9 8,6 7,8 11,8146 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Campo Gran<strong>de</strong>O CMH cresceu 854% em Campo Gran<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>rando-se o período entre 1980 e 2002. No Gráfico147, vemos a evolução em grupos por gênero. Observa-se, inicialmente, que o CMH cresceu em ambosos grupos, e o incremento e os valores são mais elevados entre meninos. Neste grupo, o incrementoglobal foi <strong>de</strong> 789,7%, e o CMH atingiu, em 2002, o valor <strong>de</strong> 25 por 100 mil habitantes. O incremento foimaior no período <strong>de</strong> 1980 a 1990 (378,5%), em com<strong>para</strong>ção com o período <strong>de</strong> 1990 a 2000, ano em queo CMH atingiu o maior valor (31,4 por 100 mil habitantes). No grupo <strong>de</strong> meninas, houve que<strong>da</strong>, se consi<strong>de</strong>rarmoso ano <strong>de</strong> 1981 como início do período, em com<strong>para</strong>ção com o coeficiente <strong>de</strong> 2002. Chamaatenção os CMH encontrados no período entre 1996 e 2001, superiores a 3 por 100 mil.Gráfico 147: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Campo Gran<strong>de</strong>, 1980 a 2002.32,028,825,6Incrementos80/90 90/00 00/02 globaltotalmeninos444,3% 154,0% -31,0% 854,0%378,5% 134,0% -20,5% 789,7%meninas - 292,3% -78,7% -22,419,216,012,89,66,43,20,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 1,4 2,7 3,2 4,8 6,3 2,2 6,3 2,5 2,9 7,9 7,6 9,5 9,8 7,2 11,4 12,8 14,5 16,4 13,4 16,4 19,4 13,2 13,4meninos 2,8 2,7 6,3 7,2 9,2 4,4 11,5 4,0 3,9 14,8 13,4 15,5 14,4 12,0 20,5 23,3 24,9 29,6 24,3 29,6 31,4 22,5 25,0meninas 0,0 2,7 0,0 2,4 3,4 0,0 1,0 1,0 1,9 0,9 1,8 3,5 5,1 2,4 2,4 2,3 4,1 3,2 2,3 3,0 7,0 3,8 1,5Assim como nos <strong>de</strong>mais Estados e capitais, o incremento e os valores do CMH são maiores nogrupo etário <strong>de</strong> 15 a 19 anos (Gráfico 148). Neste grupo, o CMH atingiu o maior valor em 1999 (61,6 por100 mil habitantes), caindo posteriormente <strong>para</strong> 46,9 por 100 mil habitantes em 2002. A faixa etária <strong>de</strong>10 a 14 anos apresenta <strong>de</strong>cremento (-3,4%).No Gráfico 149, apresentamos as curvas por tipo <strong>de</strong> arma. O CMH-AF apresentou o maior incrementoglobal (1.437,1%), consoli<strong>da</strong>ndo-se a partir <strong>de</strong> 1989 com uma forte tendência <strong>de</strong> crescimento e valoresmais elevados. Os homicídios cometidos com outras armas, apesar do incremento global positivo(271%), apresentam uma evolução relativamente estável <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1989.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 147


Gráfico 148: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Campo Gran<strong>de</strong>, 1980 a 2002.65,058,552,045,5Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 444,3% 154,0% -31,0% 854,0%15 a 19 1002,1% 95,3% -22,4% 1570,0%10 a 14 -100,0% - -61,7% -3,4%5 a 9 - - - -0 a 4 - 187,8% -100,0% -39,032,526,019,513,06,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 1,4 2,7 3,2 4,8 6,3 2,2 6,3 2,5 2,9 7,9 7,6 9,5 9,8 7,2 11,4 12,8 14,5 16,4 13,4 16,4 19,4 13,2 13,415 a 19 anos 2,8 5,4 10,3 14,8 23,7 9,1 17,6 2,1 12,3 31,9 30,9 35,5 27,2 24,3 42,7 48,8 50,8 52,4 46,6 61,6 60,4 43,6 46,910 a 14 anos 3,0 0,0 2,7 5,0 0,0 0,0 8,5 2,0 0,0 0,0 0,0 3,4 6,7 1,6 3,1 3,1 4,6 9,0 2,9 2,9 7,6 4,5 2,95 a 9 anos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,9 0,0 1,8 0,0 1,6 4,9 0,0 0,0 0,0 1,6 1,6 3,1 0,0 0,0 0,0 0,00 a 4 anos 0,0 4,9 0,0 0,0 2,2 0,0 0,0 3,9 0,0 0,0 1,8 0,0 1,7 4,7 3,1 3,1 0,0 1,6 0,0 0,0 5,1 1,6 0,0Gráfico 149: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Campo Gran<strong>de</strong>, 1980 a 2002.18,016,214,4Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogo 412,3% 353,5% -33,8% 1437,1%outros instrumentos 348,3% -26,0% 11,8% 271,0%não especificados - -13,6% - -12,610,89,07,25,43,61,80,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 0,7 2,0 1,3 3,6 2,3 1,1 3,7 1,5 0,5 5,1 3,6 5,6 6,8 4,4 8,3 10,9 11,3 13,3 12,2 13,4 16,3 9,5 10,8outros instrumentos 0,7 0,7 1,3 0,6 4,0 1,1 1,6 0,5 2,4 2,8 3,1 3,9 2,6 2,4 2,8 1,9 3,2 2,7 1,1 2,6 2,3 3,4 2,6não especificados 0,0 0,0 0,6 0,6 0,0 0,0 1,0 0,5 0,0 0,0 0,9 0,0 0,4 0,4 0,4 0,0 0,0 0,4 0,0 0,4 0,8 0,4 0,0148 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


A mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes cresce no Mato Grosso do Sul e emsua capital, Campo Gran<strong>de</strong>. Destacam-se os meninos e adolescentes na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos.Campo Gran<strong>de</strong> sobressai-se em meados <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990, quando os CMH mantêm-se elevados ecom tendência <strong>de</strong> crescimento, superando <strong>de</strong> forma consistente os valores encontrados nos <strong>de</strong>maismunicípios. Da mesma forma, as armas <strong>de</strong> fogo constituem-se, a partir <strong>de</strong> finais <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980, oprincipal instrumento utilizado nos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes.GoiásEm Goiás, o CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentes cresceu 461,8% entre 1980 e 2002, ano em que atingeo valor <strong>de</strong> 11,5 por 100 mil habitantes, o 12º maior do País e o quarto <strong>da</strong> Região Centro-Oeste. O crescimentofoi menor entre os anos <strong>de</strong> 1980 e 1990 (49,4%), em com<strong>para</strong>ção ao período <strong>de</strong> 1990 a 2000(218,2%). Entre 2000 e 2002, foi observado um incremento <strong>de</strong> 18,2% no CMH (Gráfico 136). No Gráfico150, vemos que houve uma que<strong>da</strong> importante na proporção <strong>de</strong> casos classificados na categoria intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong>in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> entre os anos <strong>de</strong> 1980 e 1990, com posterior aumento até 1999. A partir <strong>de</strong>2000, encontramos as menores proporções <strong>de</strong> óbitos nesta categoria, consi<strong>de</strong>rando-se todo o períodoestu<strong>da</strong>do. É possível, <strong>de</strong>sta forma, que parte do incremento observado entre os anos <strong>de</strong> 1980 e 1990 seja<strong>de</strong>corrente <strong>da</strong> melhora na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação.Gráfico 150: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong>causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Goiás, 1980 a 2002.40,035,0homicídiosintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t.Incrementos80/9059,1%-77,3%90/00125,0%-33,7%00/0216,8%-68,4%global318,1%-95,2%30,025,020,015,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002homicídios 7,9 9,4 8,3 9,8 8,1 7,3 7,3 8,3 11,5 11,7 12,6 18,3 13,8 15,5 13,9 15,7 15,6 15,1 14,4 18,2 28,3 30,0 33,0intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. 29,1 33,8 34,4 23,6 25,2 33,2 15,2 19,4 18,5 10,6 6,6 6,6 6,3 10,4 20,5 21,3 18,3 17,7 25,9 21,9 4,4 3,5 1,4Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 149


O CMH cresceu em ambos os grupos por gênero, como po<strong>de</strong> ser observado no Gráfico 151. O maiorincremento global (590,1%) e os maiores CMH encontram-se no grupo masculino. Neste grupo, o crescimentofoi maior entre os anos <strong>de</strong> 1990 e 2000 (193,7%), em com<strong>para</strong>ção ao período anterior, quandoo CMH cresceu 76,3%. A tendência <strong>de</strong> crescimento mantém-se entre 2000 e 2002, apenas na populaçãomasculina. No grupo feminino, o incremento global foi positivo (90,4%), observando-se, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2000,uma que<strong>da</strong> nos valores do CMH.Gráfico 151: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Goiás, 1980 a 2002.22,019,817,6Incrementos80/90 90/00 00/02 globaltotalmeninos49,4%76,3%218,2%193,7%18,2% 461,8%33,3% 590,1%meninas -27,2% 381,1% -45,6% 90,3%15,413,211,08,86,64,42,20,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 2,0 3,5 3,4 3,5 3,1 3,0 3,4 3,4 4,7 4,6 3,1 6,1 4,6 5,2 5,3 5,8 5,5 5,6 4,5 6,3 9,7 10,2 11,5meninos 3,0 5,6 5,7 5,4 4,2 4,0 5,5 4,8 7,3 7,2 5,3 9,8 6,9 8,2 8,7 9,0 8,7 9,6 7,8 10,1 15,5 17,8 20,6meninas 1,1 1,4 1,1 1,6 1,9 2,0 1,3 2,1 2,1 2,0 0,8 2,3 2,2 2,1 1,8 2,6 2,1 1,5 1,1 2,3 3,8 2,3 2,1O Gráfico 152, <strong>de</strong>monstra que, apesar <strong>de</strong> positivo em todos os grupos etários, o incremento foimaior na faixa etária <strong>de</strong> 10 a 14 anos (526,6%). Entretanto, os CMH são maiores no grupo <strong>de</strong> adolescentes<strong>de</strong> 15 a 19 anos, on<strong>de</strong> atingem, em 2002, o valor <strong>de</strong> 37,8 por 100 mil habitantes.No Gráfico 153, são apresenta<strong>da</strong>s as curvas dos CMH segundo tipo <strong>de</strong> arma utilizado. Evi<strong>de</strong>nciasea predominância <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong>correntes do uso <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo, cuja tendência <strong>de</strong> crescimentoé constante e acentua-se a partir <strong>de</strong> 1998. Os homicídios cometidos com outras armas também cresceramno período, sendo o incremento e os coeficientes inferiores aos CMH-AF.150 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 152: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Goiás, 1980 a 2002.40,036,032,028,0Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 38,8% 145,9% 3,8% 254,3%15 a 19 39,9% 103,4% 6,0% 201,5%10 a 14 -100,0% - -13,7% 526,8%5 a 9 - - -2,9% -0 a 4 184,1% 2,3% -2,9% 182,0%24,020,016,012,08,04,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 2,0 3,5 3,4 3,5 3,1 3,0 3,4 3,4 4,7 4,6 3,1 6,1 4,6 5,2 5,3 5,8 5,5 5,6 4,5 6,3 9,7 10,2 11,515 a 19 anos 7,5 12,7 12,7 11,7 9,8 10,9 13,1 11,3 15,6 15,6 10,6 22,4 15,3 19,0 19,5 20,3 17,1 18,0 14,7 20,7 31,9 35,1 37,810 a 14 anos 0,6 0,5 1,0 1,4 1,4 0,7 0,7 1,6 2,6 2,2 0,2 1,3 2,1 1,2 1,0 2,8 2,4 2,2 1,7 1,9 3,8 2,4 4,25 a 9 anos 0,2 0,7 0,2 0,9 0,9 0,2 0,0 0,4 0,2 0,2 0,9 0,4 0,2 0,6 1,0 0,6 0,6 0,2 0,4 0,2 0,6 0,8 0,40 a 4 anos 0,7 0,9 0,7 0,7 0,7 0,9 0,5 0,9 0,9 1,1 0,9 0,9 0,7 0,7 0,2 0,2 1,1 1,3 0,6 1,8 1,0 0,8 1,8Gráfico 153: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Goiás, 1980 a 2002.9,08,07,0Incrementosarma <strong>de</strong> fogo80/90106,5%90/00238,9%00/0221,5%global749,7%outros instrumentos 55,6% 160,0% 22,5% 395,7%não especificados -77,2% 262,7% -64,1% -70,3%6,05,04,03,02,01,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 1,0 1,3 1,4 1,0 1,5 1,2 1,7 2,0 2,1 3,2 2,1 3,1 2,6 3,5 3,6 4,0 3,4 3,6 3,1 4,2 7,1 7,4 8,7outros instrumentos 0,5 1,1 0,8 0,8 0,8 0,9 1,1 1,1 1,9 1,2 0,8 2,0 0,7 0,9 1,3 1,2 1,5 1,5 1,1 1,6 2,2 2,7 2,7não especificados 0,5 1,1 1,3 1,7 0,8 0,9 0,6 0,3 0,6 0,3 0,1 1,0 1,3 0,8 0,4 0,6 0,5 0,5 0,2 0,6 0,4 0,1 0,1Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 151


No Gráfico 154, observamos que, na maior parte do período, os CMH <strong>da</strong> capital são mais elevadosdo que os CMH dos <strong>de</strong>mais municípios em conjunto. Entretanto, é importante ressaltar a gran<strong>de</strong> oscilaçãodos valores na capital que, no início do período estu<strong>da</strong>do, são inferiores aos dos <strong>de</strong>mais municípiosem cinco anos consecutivos. A partir <strong>de</strong> 1987, a evolução é instável, com picos em 1988, 1992, 1995, 2000e 2002. Ressalte-se que, apesar <strong>da</strong> oscilação, evi<strong>de</strong>ncia-se uma tendência <strong>de</strong> crescimento nos CMH <strong>da</strong>capital do Estado <strong>de</strong> Goiás. O incremento global foi <strong>de</strong> 662,9%, enquanto nos <strong>de</strong>mais municípios o CMHcresceu 413,5% <strong>de</strong> 1980 a 2002.Gráfico 154: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) e incrementos (%),população 0 a 19 anos, Goiás, Goiânia e outros municípios, 1980-2002.16,515,013,512,010,59,07,56,04,53,01,5IncrementosGoiás80/9049,4%90/00218,2%00/0218,2%global461,8%Goiânia234,6% 98,2% 15,1% 662,9%outros municípios 0,0% 329,9% 19,5% 413,5%0,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Goiás 2,0 3,5 3,4 3,5 3,1 3,0 3,4 3,4 4,7 4,6 3,1 6,1 4,6 5,2 5,3 5,8 5,5 5,6 4,5 6,3 9,7 10,2 11,5Goiânia 2,0 4,3 4,5 2,5 3,0 2,2 1,1 3,2 10,5 7,8 6,7 7,7 7,4 5,9 7,7 10,2 7,6 5,0 5,7 11,1 13,3 10,9 15,3outros municípios 2,0 3,3 3,2 3,8 3,1 3,3 4,0 3,5 3,1 3,8 2,0 5,7 3,8 5,0 4,6 4,6 4,9 5,7 4,3 5,1 8,8 10,0 10,5GoiâniaEm Goiânia, o CMH cresceu 662,9% entre 1980 e 2002. O incremento foi maior entre 1980 e 1990(234,6%) em com<strong>para</strong>ção com o período <strong>de</strong> 1990 a 2000 (98,2%). Em 2002, o CMH em Goiânia atinge ovalor <strong>de</strong> 15,3 por 100 mil habitantes, o 15º do País (Gráfico 140). No gráfico a seguir, são apresenta<strong>da</strong>s ascurvas por grupos <strong>de</strong> gênero. Seguindo o mesmo padrão <strong>de</strong>scrito <strong>para</strong> os <strong>de</strong>mais Estados e capitais, oCMH é maior entre os meninos. Neste grupo, o incremento global foi <strong>de</strong> 721,7%, maior entre os anos <strong>de</strong>1980 e 1990 (244,8%). A tendência <strong>de</strong> crescimento mantém-se entre os anos <strong>de</strong> 2000 a 2002. Já entreas meninas, o incremento global foi <strong>de</strong> 243,9%, sendo observa<strong>da</strong> uma que<strong>da</strong> nos valores no período <strong>de</strong>2000 a 2002. O pequeno número <strong>de</strong> casos, entretanto, dificulta a análise dos <strong>da</strong>dos, especialmente,<strong>para</strong> a população feminina.Os CMH são mais elevados na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos, on<strong>de</strong> o incremento global foi <strong>de</strong> 464,8%e o CMH atingiu o valor <strong>de</strong> 42,6 por 100 mil habitantes em 2002. Nos <strong>de</strong>mais grupos, o incremento tambémfoi positivo. O pequeno número <strong>de</strong> casos, entretanto, dificulta a análise. Cabe <strong>de</strong>stacar os elevadosCMH na faixa etária <strong>de</strong> 10 a 14 anos, especialmente, a partir <strong>de</strong> 1995.152 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 155: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Goiânia, 1980 a 2002.30,027,024,0Incrementostotalmeninos80/90234,6%244,8%90/0098,2%92,0%00/0215,1%24,1%global662,9%721,7%meninas 170,7% 129,6% -44,7% 243,8%21,018,015,012,09,06,03,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 2,0 4,3 4,5 2,5 3,0 2,2 1,1 3,2 10,5 7,8 6,7 7,7 7,4 5,9 7,7 10,2 7,6 5,0 5,7 11,1 13,3 10,9 15,3meninos 3,5 8,7 8,0 4,5 4,5 3,3 2,2 5,4 19,8 14,8 12,1 14,0 10,9 10,0 11,8 17,9 13,8 8,1 10,4 19,5 23,1 19,3 28,7meninas 0,6 0,0 1,1 0,5 1,6 1,1 0,0 1,0 1,6 1,0 1,5 1,5 4,0 1,9 3,8 2,8 1,5 2,0 1,0 2,9 3,5 2,5 1,9Gráfico 156: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Goiânia, 1980 a 2002.45,040,536,031,5Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 234,6% 98,2% 15,1% 662,9%15 a 19 199,1% 72,6% 9,4% 464,8%10 a 14 - 297,0% 117,8% -5 a 9 - -100,0% - -0 a 4 - 206,3% -67,7% -27,022,518,013,59,04,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 2,0 4,3 4,5 2,5 3,0 2,2 1,1 3,2 10,5 7,8 6,7 7,7 7,4 5,9 7,7 10,2 7,6 5,0 5,7 11,1 13,3 10,9 15,315 a 19 anos 7,5 15,0 14,8 9,4 8,3 7,2 4,1 10,1 33,0 26,7 22,6 28,2 23,9 21,5 26,7 33,5 23,1 15,7 18,0 33,8 39,0 35,0 42,610 a 14 anos 0,0 0,0 0,0 0,0 2,3 1,1 0,0 1,1 4,2 3,1 1,0 1,0 2,0 1,0 1,0 4,7 2,0 0,0 1,9 2,8 4,1 2,0 8,95 a 9 anos 0,0 1,2 1,2 0,0 1,2 0,0 0,0 1,1 1,1 0,0 1,1 0,0 0,0 0,0 2,0 0,0 1,1 1,1 0,0 0,0 0,0 0,0 1,10 a 4 anos 0,0 0,0 1,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,2 0,0 1,1 0,0 2,2 0,0 0,0 1,0 1,1 1,1 0,0 3,3 3,3 0,0 1,1Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 153


As armas <strong>de</strong> fogo superam os outros instrumentos nos homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes emGoiânia, durante todo o período <strong>de</strong> estudo, com exceção <strong>de</strong> 1986 e 1996. As armas <strong>de</strong> fogo começam ase <strong>de</strong>stacar em 1987. Des<strong>de</strong> então, a tendência <strong>de</strong> crescimento po<strong>de</strong> ser observa<strong>da</strong>, com algumas que<strong>da</strong>sao longo do período.Gráfico 157: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Goiânia, 1980 a 2002.12,010,89,6Incrementosarma <strong>de</strong> fogooutros instrumentos80/90242,3%215,3%90/00130,2%11,1%00/023,2%81,5%global713,7%535,7%não especificados - - - -8,47,26,04,83,62,41,20,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 1,4 2,0 2,3 0,8 1,4 1,6 0,3 2,7 5,8 6,0 4,9 5,4 4,8 3,7 5,8 7,4 3,6 3,5 4,2 8,2 11,3 7,4 11,7outros instrumentos 0,6 0,6 0,6 0,3 0,3 0,5 0,8 0,5 4,5 1,3 1,8 1,8 0,8 1,5 1,7 1,7 3,6 1,2 1,5 2,4 2,0 3,5 3,6não especificados 0,0 1,7 1,7 1,4 1,4 0,0 0,0 0,0 0,3 0,5 0,0 0,5 1,8 0,7 0,2 1,2 0,5 0,2 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0Como vimos, os homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes estão crescendo em Goiás e em sua capital(Goiânia). Crescem, sobretudo, os homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes do sexo masculino e na faixaetária <strong>de</strong> 15 a 19 anos. As armas <strong>de</strong> fogo sobressaem-se, tanto no Estado como na capital.Distrito Fe<strong>de</strong>ralNo Distrito Fe<strong>de</strong>ral (DF), o CMH <strong>de</strong> crianças e adolescentes cresceu 550,8% entre 1980 e 2002. Oincremento foi maior entre os anos <strong>de</strong> 1980 e 1990 (356,6%), em com<strong>para</strong>ção com o período <strong>de</strong> 1990 e2000, quando o incremento foi <strong>de</strong> 88,7%. Já entre 2000 e 2002, observou-se que<strong>da</strong> <strong>de</strong> 24,5% no CMH,que chega ao final do período com o valor <strong>de</strong> 15,6 por 100 mil habitantes, o quinto maior do País (Gráfico136). No gráfico a seguir, observamos que a proporção <strong>de</strong> casos classificados na categoria intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong>in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> caiu significativamente <strong>de</strong> 1980 a 2002 Apenas em 1980 e 1981 a proporção encontra-seeleva<strong>da</strong>. Cabe ressaltar que a proporção <strong>de</strong> casos nesta categoria mantém-se baixa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1982,com valores inferiores a 7%. A que<strong>da</strong> observa<strong>da</strong> na proporção <strong>de</strong> casos cuja intenção foi in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>está refleti<strong>da</strong>, provavelmente, no incremento observado entre os anos <strong>de</strong> 1980 e 1990. Já no período <strong>de</strong>1990 a 2000, não há alteração importante na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informações no DF.154 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 158: Evolução <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos por homicídios e intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong>causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Distrito Fe<strong>de</strong>ral, 1980 a 2002.50,045,040,035,0Incrementos80/90 90/00 00/02homicídios312,5% 91,7% -11,1%intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. -100,0% - -71,9%global602,9%-99,3%30,025,020,015,010,05,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002homicídios 5,7 13,6 14,6 15,2 12,3 15,8 12,9 21,9 19,3 21,6 23,5 27,2 27,5 32,6 31,5 31,2 31,5 37,4 44,3 44,5 45,0 49,4 40,0intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>t. 41,9 19,7 5,9 6,5 3,6 1,5 2,1 0,7 0,4 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,2 0,8 0,5 4,1 2,4 1,1 0,6 0,3Gráfico 159: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por grupo <strong>de</strong> sexo e população total. Distrito Fe<strong>de</strong>ral, 1980 a 2002.40,036,032,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globaltotalmeninos356,6%412,9%88,7%88,9%-24,4% 550,8%-21,7% 658,1%meninas 149,2% 75,5% -46,9% 132,3%28,024,020,016,012,08,04,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002total 2,4 5,2 5,3 5,3 4,3 6,5 6,4 10,0 7,8 10,0 10,9 11,9 11,7 16,7 16,1 17,2 16,3 17,5 21,2 19,9 20,7 21,5 15,6meninos 3,8 8,9 10,4 8,5 7,1 11,7 11,5 17,3 13,1 18,2 19,6 21,6 21,8 30,9 28,2 28,7 29,6 32,8 38,8 35,2 37,1 39,4 29,0meninas 1,0 1,7 0,3 2,2 1,6 1,5 1,5 2,9 2,6 2,0 2,5 2,5 1,9 2,9 4,4 6,1 3,3 2,5 4,1 4,8 4,4 3,8 2,3Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 155


O CMH cresceu entre meninos e meninas, quando consi<strong>de</strong>ramos o período <strong>de</strong> 1980 a 2002. Oincremento na população masculina é bastante superior, assim como os valores do CMH. A diferençaentre os sexos ten<strong>de</strong> a aumentar ao longo <strong>de</strong> período, e, em 2002, o CMH entre meninos é 29 por 100mil habitantes e, <strong>para</strong> as meninas, o valor é <strong>de</strong> 2,3 por 100 mil habitantes. O CMH no grupo masculinocresceu 658,1% entre 1980 e 2002, e o incremento foi maior no período entre 1980 a 1990. Já entre asmeninas, o incremento global foi <strong>de</strong> 132,3%.O CMH cresceu em to<strong>da</strong>s as faixas <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>. Destacam-se, sobretudo, as faixas etárias <strong>de</strong> 15 a 19anos, em que se encontram os maiores valores durante todo o período, e o grupo <strong>de</strong> 10 a 14 anos, cujoincremento global foi 365,5%. Na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos, o incremento global foi <strong>de</strong> 484,8% e o CMHatingiu, em 2002, o valor <strong>de</strong> 50,5 por 100 mil habitantes.Gráfico 160: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por faixa etária. Distrito Fe<strong>de</strong>ral, 1980 a 2002.75,067,560,052,5Incrementos80/90 90/00 00/02 global0 a 19 356,6% 88,7% -24,4% 550,8%15 a 19 335,3% 65,3% -18,8% 484,8%10 a 14 418,3% 114,7% -58,2% 365,5%5 a 9 - 134,4% -61,8% -0 a 4 298,6% 30,1% -36,3% 230,5%45,037,530,022,515,07,50,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 20020 a 19 anos 2,4 5,2 5,3 5,3 4,3 6,5 6,4 10,0 7,8 10,0 10,9 11,9 11,7 16,7 16,1 17,2 16,3 17,5 21,2 19,9 20,7 21,5 15,615 a 19 anos 8,6 18,4 19,3 16,9 15,2 22,6 25,3 37,2 26,2 36,5 37,6 41,4 40,9 58,9 57,3 58,3 49,6 58,1 67,8 61,5 62,1 71,6 50,510 a 14 anos 0,8 0,7 0,7 2,0 1,3 3,8 1,2 1,8 1,2 1,7 3,9 3,3 3,2 4,7 3,6 6,0 5,1 3,0 4,9 5,7 8,4 4,1 3,55 a 9 anos 0,0 1,4 1,4 2,0 0,6 0,6 0,0 0,6 0,6 0,6 1,1 1,1 0,5 1,6 1,5 2,0 1,7 1,1 2,1 2,1 2,6 0,5 1,00 a 4 anos 0,6 1,1 0,6 1,1 0,6 0,0 0,0 1,7 4,0 2,3 2,3 2,9 2,3 3,3 3,8 4,2 3,3 1,1 2,6 3,6 3,0 1,9 1,9No DF, as armas <strong>de</strong> fogo sobressaem-se claramente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1984. A tendência <strong>de</strong> crescimento éconstante e bastante pronuncia<strong>da</strong> até 2001, quando há uma que<strong>da</strong> no CMH-AF. Já os homicídios comoutros instrumentos apresentam uma evolução relativamente constante durante o período estu<strong>da</strong>do.156 3 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 161: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) na população <strong>de</strong> 0 a 19anos e incrementos (%), por tipo <strong>de</strong> instrumento. Distrito Fe<strong>de</strong>ral, 1980 a 2002.20,018,016,0Incrementos80/90 90/00 00/02 globalarma <strong>de</strong> fogo 4548,9% 112,8% -27,4% 7078,6%outros instrumentos 74,3% 24,3% -17,2% 79,5%não especificados -100,0% - - -54,0%14,012,010,08,06,04,02,00,01980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002arma <strong>de</strong> fogo 0,2 2,4 2,6 1,8 2,2 4,5 4,1 7,9 4,6 6,5 8,0 8,0 9,4 13,4 13,8 13,3 13,3 14,9 17,8 15,4 16,9 18,6 12,3outros instrumentos 1,7 1,9 2,0 3,1 1,9 1,7 2,3 1,9 3,2 3,3 3,0 3,9 2,3 3,3 2,4 4,0 3,0 2,5 3,2 4,3 3,7 2,9 3,1não especificados 0,5 1,0 0,7 0,5 0,2 0,3 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,1 0,0 0,0 0,2Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 157


Estados e capitais: uma visão com<strong>para</strong>tivaNos Gráficos 162, 163, 164 e 165, são apresentados os 19 Estados com maiores coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>do País <strong>para</strong> os anos <strong>de</strong> 1980, 1990, 2000 e 2002, respectivamente. Em 1980, apenas cinco Estadosapresentavam CMH superiores ao do País (Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rondônia, São Pauloe Rio <strong>de</strong> Janeiro). O número <strong>de</strong> Estados com CMH superiores ao País cresceu <strong>para</strong> nove em 1990 e oitono ano 2000. Rio <strong>de</strong> Janeiro, São Paulo e Pernambuco estão entre os cinco Estados com maiores CMHnos três anos, e o Rio <strong>de</strong> Janeiro mantém-se em primeiro lugar. São Paulo oscilou entre a segun<strong>da</strong> e aterceira posições e Pernambuco entre a quinta e a terceira. Ain<strong>da</strong> com relação aos quatro gráficos, notaseque o Distrito Fe<strong>de</strong>ral, que em 1980 ocupava a oitava posição no País, passou <strong>para</strong> o quarto lugar em1990, posição que manteve no ano 2000. O Amapá, Estado ausente em 1980, ocupa, em 1990 e 2000 asétima e a quinta posições. Roraima, décimo segundo Estado em 1980, passa <strong>para</strong> segun<strong>da</strong> posição em1990 e <strong>para</strong> sétima no ano 2000. Já o Amazonas e o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul – que figuravam entre os <strong>de</strong>z Estadoscom maiores CMH em 1980 – passam a ocupar, no ano 2000, o 16º e 19º lugares, respectivamente.Gráfico 162: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, Brasil e20 estados brasileiros, 1980.Santa CatarinaRio Gran<strong>de</strong> do NorteCearáMinas GeraisGoiásParáParaíbaAcreRoraimaParanáRio Gran<strong>de</strong> do SulAmazonasDistrito Fe<strong>de</strong>ralAlagoasEspírito SantoBrasilMato Grosso do SulPernambucoRondôniaSão PauloRio <strong>de</strong> Janeiro1,21,91,91,92,02,12,32,32,32,32,32,42,42,72,93,13,53,83,95,28,80,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,01583 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 163: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Brasil e 20 estados brasileiros, 1990.Mato GrossoRio Gran<strong>de</strong> do NorteGoiásParaíbaSergipeParanáParáMato Grosso do SulAlagoasAcreAmazonasBrasilRio Gran<strong>de</strong> do SulAmapáEspírito SantoRondôniaPernambucoDistrito Fe<strong>de</strong>ralSão PauloRoraimaRio <strong>de</strong> Janeiro2,93,03,13,63,64,34,54,85,16,26,47,78,18,28,49,010,510,914,716,923,90,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0Gráfico 164: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Brasil e 20 estados brasileiros, 2000.Minas GeraisCearáRio Gran<strong>de</strong> do SulParaíbaSergipeAmazonasParanáRondôniaGoiásAcreAlagoasMato Grosso do SulBrasilMato GrossoRoraimaEspírito SantoAmapáDistrito Fe<strong>de</strong>ralPernambucoSão PauloRio <strong>de</strong> Janeiro5,36,17,17,58,08,18,59,59,79,910,311,811,912,019,720,120,420,722,322,326,00,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 159


Gráfico 165: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Brasil e 20 estados brasileiros, 2002.ParáParaíbaMinas GeraisAmazonasRio Gran<strong>de</strong> do SulSergipeParanáRondôniaGoiásAlagoasMato Grosso do SulAcreBrasilMato GrossoRoraimaAmapáDistrito Fe<strong>de</strong>ralSão PauloPernambucoEspírito SantoRio <strong>de</strong> Janeiro6,27,27,27,68,39,910,711,411,512,012,312,412,612,813,215,415,620,322,925,328,10,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0Consi<strong>de</strong>rando os Gráficos 166, 167, 168 e 169, observa-se inicialmente que os CMH são superioresnas capitais, em com<strong>para</strong>ção às Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, nos quatro anos. Em 1980, doze capitaisapresentavam CMH superiores ao do Brasil; em 1990 e 2000, o número <strong>de</strong> capitais nessa condição aumentou<strong>para</strong> 15 e 18, respectivamente. Isso significa que, no ano 2000, a probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma criançaou adolescente morrer vítima <strong>de</strong> homicídio é superior à probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> média do País em 18 capitais <strong>de</strong>Estados. Já nas Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração, apenas oito apresentavam, no ano 2000, CMH superior ao doPaís. Para termos uma dimensão mais clara do problema nas capitais, observa-se, com<strong>para</strong>ndo-se osGráficos <strong>de</strong> 1980 e 2000, que o CMH mais elevado em 1980 (Rio <strong>de</strong> Janeiro, 13,4 por 100 mil) é equivalenteao CMH mais baixo do ano 2000 (Belém 13,1 por 100 mil).Rio <strong>de</strong> Janeiro, São Paulo e Recife mantêm-se entre as cinco capitais com CMH mais elevados nostrês anos. Recife, que ocupava a quinta posição em 1980 ocupa o primeiro lugar no ano 2000. Já o Rio <strong>de</strong>Janeiro, que ocupava a primeira posição em 1980 e 1990, está em terceiro lugar no ano 2000. São Paulooscila entre a segun<strong>da</strong> e a terceira posições. Manaus e Porto Velho, que estavam entre as cinco capitaiscom maiores CMH, passam <strong>para</strong> o 15º e 8º lugares, respectivamente. Cuiabá e Macapá, ausentes entreo grupo <strong>da</strong>s cinco em 1980, surgem em quarto e quinto lugares no ano 2000. Cabe ressaltar que, em1990, Macapá já se encontra entre as capitais com CMH superiores ao do País, ocupando 11º lugar noranking nacional. Maceió e João Pessoa, capitais com a 11ª e 10ª posições em 1980 continuam entre as<strong>de</strong>z capitais com CMH mais elevados no ano 2000. Já Fortaleza, Belo Horizonte e Natal, que em 1980figuravam entre as <strong>de</strong>z primeiras, tiveram que<strong>da</strong> em seus índices em 2000.1603 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


São LuísGoiâniaVitóriaPorto AlegreAracajuCuritibaBoa VistaTeresinaBrasilRio BrancoBelémMaceióJoão PessoaFortalezaBelo HorizonteNatalRecifeManausPorto VelhoSão PauloRio <strong>de</strong> JaneiroGráfico 166: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Brasil e 20 capitais brasileiras, 1980.1,72,02,12,62,62,62,72,93,13,14,34,45,05,35,45,45,45,56,97,90,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,013,4SalvadorJoão PessoaGoiâniaCampo Gran<strong>de</strong>BrasilAracajuCuritibaNatalBelémSão LuísMacapáPorto AlegreMaceióVitóriaRio BrancoManausPorto VelhoRecifeBoa VistaSão PauloRio <strong>de</strong> JaneiroGráfico 167: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Brasil e 20 capitais brasileiras, 1990.5,76,56,77,67,77,88,68,89,710,110,412,012,612,613,313,516,521,624,425,10,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,029,5Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 161


FortalezaBrasilBelémGoiâniaCuritibaAracajuManausPorto AlegreBelo HorizonteCampo Gran<strong>de</strong>Rio BrancoJoão PessoaMaceióPorto VelhoBoa VistaVitóriaMacapáCuiabáRio <strong>de</strong> JaneiroSão PauloRecifeGráfico 168: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Brasil e 20 capitais brasileiras, 2000.11,211,913,113,313,513,816,117,818,619,420,420,421,121,524,025,627,832,833,534,50,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,038,8ManausBrasilCampo Gran<strong>de</strong>BelémCuritibaTeresinaGoiâniaMacapáAracajuPorto AlegreJoão PessoaBoa VistaBelo HorizontePorto VelhoRio BrancoMaceióCuiabáSão PauloRio <strong>de</strong> JaneiroRecifeVitóriaGráfico 169: Gráfico 169: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0a 19 anos. Brasil e 20 capitais brasileiras, 2002.12,412,613,413,613,915,315,317,117,218,220,120,522,323,224,824,929,229,335,837,739,40,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,01623 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Vimos no Gráfico 9 que, entre crianças e adolescentes <strong>de</strong> 0 a 19 anos, a mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídiosapresenta tendência crescente nos 23 anos analisados. Observamos também que é na faixa etária<strong>de</strong> 15 a 19 anos que se encontram os maiores coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> e o maior incremento doperíodo (Gráfico 10). A existência <strong>de</strong> diferenças entre os grupos por gênero também foi evi<strong>de</strong>ncia<strong>da</strong>(Gráfico 9), e a maior parte <strong>da</strong>s vítimas encontra-se entre as crianças e adolescentes do sexo masculino.Ao com<strong>para</strong>rmos os <strong>da</strong>dos entre Estados e capitais, encontramos as maiores taxas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> nasúltimas, o que aponta <strong>para</strong> a importância <strong>de</strong> características do meio urbano como elemento agregador<strong>de</strong> risco <strong>de</strong> morte por homicídio no País.Nos Gráficos 170, 171, 172 e 173, apresentamos os coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>para</strong> a populaçãomasculina <strong>de</strong> 15 a 19 anos, resi<strong>de</strong>nte nas capitais, população cujo risco <strong>de</strong> morte por homicídios <strong>de</strong>monstraa extrema gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> situação. Já em 1980, eram 12 as capitais que apresentavam CMH superioresao do Brasil. No Rio <strong>de</strong> Janeiro, o CMH era 81,5 por 100 mil habitantes, bastante superior ao <strong>de</strong> São Paulo(48,7 por 100 mil), capital com o segundo maior coeficiente em 1980. Em 1990 e 2000, 17 e 19 capitais,respectivamente, tinham CMH superiores ao do Brasil. Apenas Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulo encontram-seentre as cinco capitais com maiores CMH do País nos três anos, e o Rio <strong>de</strong> Janeiro, que ocupava o primeirolugar em 1980 e 1990, encontra-se em quarta posição no ano 2000, com CMH <strong>de</strong> 211,2 por 100 milhabitantes. Recife ocupava, em 1980, o oitavo lugar entre as capitais, com CMH <strong>de</strong> 34,8 por 100 mil habitantes.Em 1990, Recife passa a ocupar o terceiro lugar e no ano 2000 ocupa a primeira posição entre ascapitais, com o elevado CMH <strong>de</strong> 236,1 por 100 mil habitantes. É importante ressaltar ain<strong>da</strong> que, enquantoem 1980 o maior CMH era 81,5 por 100 mil (Rio <strong>de</strong> Janeiro), em 1990, oito capitais apresentam CMH superioresa este valor, em cinco, os valores exce<strong>de</strong>m 100 por 100 mil habitantes e em uma, Rio <strong>de</strong> Janeiro, oCMH é superior a 200 por 100 mil habitantes. Em 2000, <strong>de</strong>zessete capitais têm CMH maiores do que 80por 100 mil em 14, são superiores a 100 e em cinco capitais ultrapassam 200 por 100 mil habitantes.TeresinaCuritibaSão LuísAracajuPorto AlegreMacapáGoiâniaRio BrancoBrasilBelémBoa VistaMaceióFortalezaRecifeBelo HorizonteManausJoão PessoaPorto VelhoSão PauloRio <strong>de</strong> JaneiroGráfico 170: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 15 a 19 anos, sexomasculino. Brasil e 20 capitais brasileiras, 1980.Natal9,110,811,411,812,612,913,915,319,925,625,926,934,734,835,737,237,444,144,30,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,048,781,5Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 163


João PessoaSalvadorGoiâniaGráfico 171: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 15 a 19 anos, sexomasculino. Brasil e 20 capitais brasileiras, 1990.BrasilNatalCampo Gran<strong>de</strong>CuritibaBelémAracajuMacapáMaceióSão LuísPorto AlegreVitóriaRio BrancoManausPorto VelhoBoa VistaRecifeSão PauloRio <strong>de</strong> Janeiro38,542,546,654,956,256,359,361,668,071,076,677,379,684,997,198,9141,6142,4144,80,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0186,0209,4GoiâniaGráfico 172: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios, população <strong>de</strong> 15 a 19 anos, sexomasculino. Brasil e 20 capitais brasileiras, 2000.BrasilFortalezaCuritibaBelémPorto AlegreAracajuManausBelo HorizonteCampo Gran<strong>de</strong>João PessoaMaceióPorto VelhoRio BrancoVitóriaBoa VistaMacapáRio <strong>de</strong> JaneiroCuiabáSão PauloRecife72,074,175,681,685,690,798,0103,9106,8110,3133,0133,8136,7139,2146,1167,4205,2211,2211,6221,40,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0236,11643 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Gráfico 173: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 15 a 19 anos, sexomasculino. Brasil e 20 capitais brasileiras, 2002.BrasilManausCuritibaBelémCampo Gran<strong>de</strong>TeresinaPorto AlegreAracajuMacapáBoa VistaJoão PessoaBelo HorizonteRio BrancoPorto VelhoMaceióCuiabáSão PauloRio <strong>de</strong> JaneiroVitóriaRecife79,487,488,989,891,893,995,5103,1122,7123,60,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0134,5137,1157,9166,9176,1182,9189,0226,5226,9237,3Consi<strong>de</strong>raçõesO homicídio, entre as causas externas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> crianças, cresceu em vários Estados ecapitais do País ao longo do período consi<strong>de</strong>rado. Vale lembrar que estas são mortes evitáveis. Ao longo<strong>de</strong>ste período, po<strong>de</strong>-se dizer que o homicídio <strong>de</strong> crianças se consolidou como um problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>pública. Deste modo, em 2002, em alguns Estados, mais <strong>de</strong> 50% <strong>da</strong>s mortes por causas externas entre0 e 19 anos foram por homicídio, como é o caso <strong>de</strong> Pernambuco (57,1%), Espírito Santo (54%), Rio <strong>de</strong>Janeiro (57,8%) e São Paulo (50%). Em várias capitais, o homicídio é responsável por bem mais <strong>de</strong> 50%<strong>da</strong>s mortes por causas externas, como mencionado anteriormente e, em 2002, em algumas capitaispassou a barreira dos 60%: Vitória (69,5%), Rio <strong>de</strong> Janeiro (66,2%), Recife (64%), e São Paulo (61,8%)(Tabelas 24 e 27).Entre as causas externas, o peso do homicídio agrava-se quando se consi<strong>de</strong>ra a variável gênero.A situação é mais crítica entre os meninos <strong>de</strong> um modo geral: em 2002, em sete capitais (Recife, Maceió,Belo Horizonte, Vitória, Rio <strong>de</strong> Janeiro, São Paulo e Cuiabá), os homicídios representaram mais <strong>de</strong>60% <strong>da</strong>s mortes por causas externas <strong>de</strong> meninos entre 0 e 19 anos. Em algumas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, o homicídiocomeça a se tornar uma importante causa <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> também entre as meninas, como é o caso <strong>de</strong>Vitória, on<strong>de</strong> o homicídio representou, em 2002, 62,5% <strong>da</strong>s mortes por causas externas entre o grupo<strong>de</strong> 0 e 19 anos (Tabelas 25, 26, 28 e 29).O coeficiente <strong>de</strong> homicídios por 100 mil habitantes nesta faixa etária cresceu ao longo dos 23anos analisados na maior parte <strong>da</strong>s capitais e Estados brasileiros (Tabelas 32 a 37).Ain<strong>da</strong> assim, cabe realçar que, em alguns Estados e ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, este crescimento foi ain<strong>da</strong> maior quea média do País. Este é o caso dos quatro Estados mencionados anteriormente: Rio <strong>de</strong> Janeiro, EspíritoHomicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 165


Santo, Pernambuco e São Paulo. Entretanto o número <strong>de</strong> capitais em que o coeficiente <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong>crianças supera a média nacional é bem maior: nove capitais apresentaram em 2002 CMH superioresà média nacional <strong>para</strong> as capitais: Vitória (39,4/100 mil), Recife (37,7/100 mil), Rio <strong>de</strong> Janeiro (35,8/100mil), São Paulo (29,3/100 mil), Cuiabá (29,2/100 mil), Maceió (24,9/100 mil), Rio Branco (24,8/100 mil),Porto Velho (23,2/100 mil), Boa Vista (20,5/100 mil). Estes coeficientes são ain<strong>da</strong> maiores quando se consi<strong>de</strong>raa faixa etária. Os CMH <strong>para</strong> as crianças entre 15 e 19 anos, nessas nove capitais, ultrapassam 70por 100 mil e, <strong>para</strong> o sexo masculino, além <strong>de</strong>stas, temos Aracaju, Macapá, João Pessoa e Belo Horizonteque superam os 100 homicídios por 100 mil habitantes (Tabela 7).Nos 23 anos cobertos por esta análise, as armas <strong>de</strong> fogo <strong>de</strong>sempenharam um papel importantenas mortes <strong>de</strong> crianças, e os <strong>da</strong>dos surpreen<strong>de</strong>m pelo peso que representaram em algumas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s,tais como: Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio <strong>de</strong> Janeiro, São Paulo e PortoAlegre. Nessas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, quase 50% dos homicídios entre 15 e 19 anos entre 1980 e 2002 foram 31 porarmas <strong>de</strong> fogo e, em algumas <strong>de</strong>las, a porcentagem é muito superior. É contun<strong>de</strong>nte que até mesmocrianças <strong>de</strong> pouca i<strong>da</strong><strong>de</strong> (0 a 9 anos) não só sejam vítimas <strong>de</strong> homicídio, mas também sejam vítimas<strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo, mais ain<strong>da</strong> quando se observa que o risco <strong>de</strong> homicídio é maior <strong>para</strong> as criançasmenores (0 a 4 anos).Quando a variável “gênero” é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>, como mencionado, o risco varia <strong>de</strong> acordo com a i<strong>da</strong><strong>de</strong>:este é praticamente igual <strong>para</strong> meninos e meninas entre 0 e 4 anos em todo o País. Esta igual<strong>da</strong><strong>de</strong>mantém-se até os 9 anos. A partir <strong>da</strong> pré-adolescência, cresce rapi<strong>da</strong>mente o maior risco dos meninoscom algumas diferenças entre Estados e capitais. Apesar <strong>de</strong> os meninos entre 10 e 14 anos e entre 15 e19 anos, em geral, terem um maior risco <strong>de</strong> ser vítimas <strong>de</strong> homicídio, o risco <strong>da</strong>s meninas varia, sendomaior em alguns Estados e capitais (Tabelas 4 e 5).Por exemplo, entre 10 e 14 anos, as vítimas femininas correspon<strong>de</strong>m a quase 50% do total <strong>de</strong>meninos vitimados nos Estados <strong>da</strong> Bahia, Minas Gerais, Paraná e Rio Gran<strong>de</strong> Sul e a um terço no Rio<strong>de</strong> Janeiro (Tabela 74). Como estes percentuais não se mantêm nas capitais <strong>de</strong>stes Estados, isto sugereque, ao menos nestes, o risco <strong>de</strong> meninas entre 10 e 14 anos serem vítimas <strong>de</strong> homicídio po<strong>de</strong> ser maiorem ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s do interior dos Estados. O que, por sua vez, ressalta a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> análises locais <strong>para</strong>se traçar programas <strong>de</strong> prevenção, pois apesar <strong>da</strong> generalização do homicídio <strong>de</strong> crianças em todo oterritório nacional, os <strong>da</strong>dos sugerem que há variações que necessitam <strong>de</strong> aprofun<strong>da</strong>mento.A partir dos 15 anos, homicídio é claramente um risco <strong>para</strong> meninos, o qual se disseminou peloPaís ao longo dos anos estu<strong>da</strong>dos e, em particular, nas capitais <strong>de</strong> vários Estados em to<strong>da</strong>s as macrorregiões.Se no começo <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> dos anos 80 o fenômeno restringia-se a poucos Estados, po<strong>de</strong>-se dizerque se tornou um problema nacional.31. Em Manaus, <strong>de</strong>ntre 1.253 homicídios (15 a 19 anos), 578 foram com armas <strong>de</strong> fogo; Belém, 455 <strong>de</strong>ntre 761 homicídios nesta faixaetária foram com armas <strong>de</strong> fogo; Fortaleza, 575 <strong>de</strong>ntre 1.155; Recife, 2.375 <strong>de</strong>ntre 2.625; Belo Horizonte, 862 do total <strong>de</strong> 1.086 homicídiosnesta faixa etária; Rio <strong>de</strong> Janeiro, 5.862 dos 7.019 homicídios foram com armas <strong>de</strong> fogo; em São Paulo, em 7.643 dos 17.170homicídios nesta faixa etária e, em Porto Alegre, em 684 dos 810 homicídios do período.1663 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Tabela 4: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos,segundo faixa etária e sexo. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninasBrasil 4,3 4,1 4,5 3,6 3,3 3,4 11,0 11,3 10,1 39,8 43,2 21,4Norte 4,4 4,6 4,2 3,4 3,5 2,5 11,5 11,4 11,6 39,7 43,8 21,5Rondonia 4,5 4,7 4,1 4,7 4,2 4,2 12,8 13,1 12,2 33,6 37,3 20,5Acre 4,8 4,8 4,9 2,9 2,8 2,5 13,8 13,8 12,8 41,5 45,4 23,2Amazonas 2,3 1,9 3,0 2,6 2,9 1,6 13,3 12,7 14,7 47,5 51,8 25,9Roraima 9,4 9,9 8,7 4,8 3,2 5,4 13,0 9,4 18,9 42,8 46,7 25,8Para 4,3 4,4 4,1 3,5 3,6 2,4 9,5 9,6 9,3 36,2 40,2 19,1Amapa 6,0 6,9 4,7 3,7 3,9 2,6 15,8 17,6 12,6 53,6 59,4 19,8Tocantins 7,4 8,6 5,3 2,0 3,3 0,0 7,6 6,7 9,1 29,2 31,1 21,7Nor<strong>de</strong>ste 4,6 4,7 4,4 3,8 3,4 3,6 10,5 10,8 9,7 40,2 43,6 22,2Maranhao 4,0 4,4 3,4 2,9 2,8 2,5 6,4 7,5 4,0 25,7 28,6 13,7Piaui 5,2 4,8 5,5 1,5 1,6 1,0 4,6 5,4 2,7 22,6 25,8 9,5Ceara 4,7 5,1 4,2 3,6 3,2 3,2 10,0 10,1 9,8 36,0 39,3 18,9R G do Norte 3,4 2,9 4,4 1,8 1,3 2,2 8,3 9,2 5,6 24,9 27,1 13,8Paraiba 5,1 4,9 5,4 4,3 3,3 5,2 11,7 12,7 9,4 40,2 42,6 28,5Pernambuco 6,2 6,7 5,4 6,1 5,6 5,7 18,1 18,6 16,9 60,7 64,4 35,3Alagoas 5,6 5,6 5,7 4,0 3,8 3,4 11,0 10,8 11,5 43,3 46,8 26,6Sergipe 5,2 4,8 5,2 3,1 2,3 3,9 8,7 8,6 9,0 31,4 34,1 18,1Bahia 3,1 2,8 3,3 3,1 2,9 2,8 6,5 6,2 7,0 27,1 29,5 15,6Su<strong>de</strong>ste 4,1 4,1 5,0 4,0 3,5 4,0 13,0 13,6 11,6 45,0 48,3 24,3Minas Gerais 3,6 3,6 3,7 2,1 2,1 2,0 4,7 4,3 5,5 19,3 21,1 12,3Espirito Santo 6,0 6,2 5,6 4,5 4,1 4,2 12,1 12,3 11,6 50,1 53,4 31,6Rio <strong>de</strong> Janeiro 3,8 3,6 4,0 4,4 3,9 4,4 16,3 17,0 14,5 47,6 50,1 27,7Sao Paulo 4,3 4,4 5,9 4,6 3,9 4,8 15,2 16,0 13,0 49,6 53,1 27,0Sul 3,5 3,2 3,8 2,7 2,5 2,7 6,7 6,6 7,1 22,5 24,7 13,3Parana 3,5 3,1 3,7 2,5 2,1 2,7 6,3 6,2 6,6 24,2 26,8 13,7Santa Catarina 2,5 2,3 2,7 1,9 1,7 1,8 3,4 2,8 4,6 10,8 11,4 8,7R G do Sul 4,2 3,8 4,7 3,6 3,5 3,1 9,3 9,3 9,4 26,6 29,2 15,5Centro-Oeste 4,0 4,0 4,0 3,2 3,2 2,6 9,0 9,4 8,1 33,1 36,4 20,2M Grosso do Sul 4,0 3,9 4,0 2,9 2,4 3,4 7,7 7,7 7,9 32,6 35,8 20,7Mato Grosso 5,3 5,8 4,7 3,6 4,0 2,2 9,6 10,1 8,3 29,4 31,3 21,5Goias 2,9 2,8 3,1 2,3 2,2 1,9 7,3 7,2 7,5 26,4 28,9 17,7Distrito Fe<strong>de</strong>ral 5,2 5,0 5,3 5,2 5,7 3,7 13,9 16,0 9,5 49,7 54,7 25,0Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informação sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Brasil.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 167


Tabela 5: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos,segundo faixa etária e sexo. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninasBrasil 4,3 4,1 4,5 3,6 3,3 3,4 11,0 11,3 10,1 39,8 43,2 21,4Porto Velho 4,1 4,6 6,9 4,8 3,2 6,1 15,1 15,5 14,3 47,6 52,2 28,4Rio Branco 4,4 3,4 3,9 3,1 3,2 2,9 13,0 13,2 12,5 46,7 50,3 27,6Manaus 2,5 2,3 2,2 2,9 3,2 2,2 13,6 13,6 13,8 49,6 54,1 27,2Boa Vista 3,9 3,8 2,7 4,5 2,6 8,8 12,1 7,6 19,5 43,1 47,6 25,3Belém 4,4 3,2 6,7 2,1 1,9 2,5 9,7 10,2 8,7 39,8 45,5 13,1Macapá 5,9 6,0 7,5 4,2 4,1 4,3 16,6 19,7 11,0 52,6 58,4 20,0Palmas 3,0 5,3 0,0 2,9 4,8 0,0 12,9 20,0 0,0 27,8 31,7 15,8São Luís 3,9 3,9 3,5 2,4 2,4 2,3 6,8 6,8 7,0 33,8 37,5 17,8Teresina 7,2 6,6 9,4 1,5 1,5 1,5 5,4 5,8 4,4 29,4 33,0 11,5Fortaleza 4,1 4,1 3,8 3,5 3,3 4,1 12,0 13,3 8,3 42,7 46,6 21,8Natal 3,5 4,6 4,3 3,2 2,5 4,9 11,0 11,9 8,6 34,2 37,4 15,3João Pessoa 4,9 4,4 8,1 2,8 2,4 3,6 13,3 16,8 5,8 53,4 56,8 33,3Recife 5,3 5,8 6,9 5,3 4,5 7,0 23,4 24,3 20,6 68,7 72,7 37,3Maceió 5,0 5,4 6,8 2,7 1,9 4,0 14,8 15,3 13,4 55,1 59,0 34,1Aracaju 3,5 3,6 5,0 2,0 2,1 1,9 10,5 11,9 7,1 36,9 39,4 20,3Salvador 2,6 2,6 3,8 2,6 1,8 4,1 5,9 6,2 5,3 33,4 35,9 16,6Belo Horizonte 4,1 4,3 5,1 2,3 2,3 2,4 8,7 9,0 7,9 34,2 37,8 19,0Vitória 6,8 9,3 4,6 6,3 6,0 7,0 17,2 20,6 7,0 62,0 65,8 37,4Rio <strong>de</strong> Janeiro 3,5 3,2 5,4 5,3 4,2 7,6 18,7 19,5 16,4 45,5 47,8 25,3São Paulo 6,1 5,5 7,3 6,7 5,6 8,6 23,2 25,1 17,4 61,6 65,2 33,6Curitiba 3,4 2,7 3,7 2,4 1,1 4,4 7,3 7,6 6,7 27,6 30,6 14,5Florianópolis 1,5 1,0 1,0 3,5 4,1 2,5 3,9 3,2 5,6 18,8 22,9 7,1Porto Alegre 7,4 6,8 7,3 6,9 5,9 8,8 15,8 17,0 12,8 38,5 42,7 17,3Campo Gran<strong>de</strong> 4,5 4,5 5,7 3,8 2,3 6,7 13,0 12,3 15,1 39,9 43,6 21,4Cuiabá 5,5 5,5 5,5 4,6 5,2 3,5 11,3 12,0 8,8 39,6 42,6 20,1Goiânia 2,2 2,8 2,3 2,0 1,7 2,7 7,4 8,1 6,0 27,2 30,5 14,4Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informação sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Brasil.1683 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Tabela 6: Coeficiente <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo faixaetária e sexo. Brasil, Regiões e UFs, 2002.0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninasBrasil 1,1 1,14 1,10 0,68 0,75 0,60 3,32 4,81 1,80 42,91 79,41 6,01Norte 0,9 1,03 0,83 0,54 0,82 0,24 2,76 3,63 1,86 27,64 51,83 3,15Rondonia 0,6 1,21 0,00 1,20 1,18 1,22 4,78 4,70 4,86 39,31 76,22 1,25Acre 2,5 2,43 2,51 0,00 0,00 0,00 6,98 13,82 0,00 42,63 79,25 5,71Amazonas 0,2 0,49 0,00 0,00 0,00 0,00 1,68 1,66 1,69 30,37 56,32 4,53Roraima 0,0 0,00 0,00 4,49 4,42 4,56 7,22 4,73 9,81 44,76 74,39 14,96Para 1,2 1,21 1,26 0,63 1,23 0,00 1,91 3,01 0,77 21,51 40,60 2,10Amapa 0,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7,86 9,39 6,31 57,89 117,93 0,00Tocantins 1,4 1,40 1,46 0,00 0,00 0,00 2,08 2,73 1,41 14,94 25,19 4,34Nor<strong>de</strong>ste 0,8 0,99 0,63 0,59 0,60 0,58 2,24 3,04 1,42 28,62 53,19 3,68Maranhao 0,4 0,56 0,29 0,72 1,14 0,29 0,40 0,53 0,27 10,17 18,71 1,39Piaui 1,0 0,64 1,32 0,00 0,00 0,00 1,40 2,23 0,57 14,76 27,53 1,72Ceara 0,4 0,47 0,25 0,47 0,46 0,48 3,14 4,22 2,03 20,45 37,60 3,31R G do Norte 1,0 0,68 1,42 0,00 0,00 0,00 0,31 0,62 0,00 11,36 20,11 2,54Paraiba 0,9 1,15 0,59 0,55 1,10 0,00 1,52 2,51 0,51 24,34 44,69 3,07Pernambuco 1,6 2,18 1,00 1,22 0,97 1,49 6,80 8,78 4,80 77,69 146,98 8,03Alagoas 0,9 1,16 0,59 0,61 0,00 1,22 2,36 3,54 1,18 44,32 83,15 5,36Sergipe 1,5 0,96 2,00 0,00 0,00 0,00 0,95 1,87 0,00 36,36 65,95 6,63Bahia 0,6 0,88 0,30 0,57 0,57 0,58 0,92 1,17 0,67 17,09 31,36 2,50Su<strong>de</strong>ste 1,1 1,09 1,16 0,80 0,94 0,66 4,64 6,87 2,36 62,71 116,37 8,77Minas Gerais 0,8 0,83 0,74 0,52 0,69 0,35 1,86 2,38 1,33 23,82 42,96 4,23Espirito Santo 0,7 0,67 0,69 1,01 1,32 0,68 5,51 6,64 4,35 86,41 155,87 15,89Rio <strong>de</strong> Janeiro 1,4 1,26 1,46 1,22 1,45 0,99 8,20 13,15 3,12 95,43 180,90 10,22Sao Paulo 1,3 1,19 1,30 0,76 0,84 0,68 4,75 7,03 2,43 68,63 127,52 9,89Sul 1,7 1,03 2,33 0,59 0,50 0,69 2,26 3,48 1,00 27,37 49,47 4,68Parana 1,0 0,22 1,80 0,53 0,62 0,43 2,82 3,90 1,70 37,42 68,53 5,61Santa Catarina 1,2 0,40 2,08 0,38 0,38 0,39 1,47 2,54 0,38 12,12 21,38 2,57R G do Sul 2,6 2,24 3,03 0,77 0,43 1,12 2,15 3,58 0,66 26,02 46,50 4,93Centro-Oeste 1,7 2,47 0,86 0,74 0,81 0,67 3,84 5,63 1,99 42,30 78,07 6,67M Grosso do Sul 1,4 2,81 0,00 0,90 0,89 0,92 3,58 4,39 2,73 42,26 75,71 8,09Mato Grosso 1,5 1,48 1,54 1,08 0,70 1,46 3,52 5,52 1,44 44,17 76,92 10,09Goias 1,8 2,71 0,81 0,39 0,39 0,40 4,25 6,84 1,57 37,79 70,40 5,16Distrito Fe<strong>de</strong>ral 1,9 2,79 0,97 1,00 1,99 0,00 3,51 4,01 3,01 50,48 100,43 4,87Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informação sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Brasil.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 169


Tabela 7: Coeficiente <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (/100.000 hab.) por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo faixaetária e sexo. Brasil e Capitais, 2002.0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninasBrasil 1,13 1,14 1,10 0,68 0,75 0,60 3,32 4,81 1,80 42,91 79,41 6,01Porto Velho 0,00 0,00 0,00 5,05 0,24 0,24 4,90 4,86 4,93 83,77 166,92 0,00Rio Branco 30,86 30,09 6,16 0,00 0,60 0,60 10,02 20,20 0,00 82,87 157,93 12,36Manaus 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,59 2,61 2,56 45,46 87,36 6,65Boa Vista 0,00 0,00 0,00 3,89 0,00 0,00 8,46 8,45 8,48 71,96 123,58 23,30Belém 3,97 7,77 0,00 0,00 2,24 2,24 3,10 6,27 0,00 44,16 89,83 2,52Macapá 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25 0,25 11,07 16,64 5,52 59,14 122,67 0,00Palmas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,02 12,27 0,00 15,68 34,00 0,00São Luís 5,64 11,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,99 0,00 1,92 22,47 45,11 3,20Teresina 21,30 14,03 5,70 0,00 0,29 0,29 4,81 7,26 2,39 45,46 93,91 2,10Fortaleza 2,41 4,68 0,00 0,47 0,29 0,29 6,60 10,60 2,63 36,00 71,20 3,91Natal 7,59 14,77 0,00 0,00 0,00 0,00 1,34 2,71 0,00 24,61 45,72 4,77João Pessoa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,35 0,35 3,26 6,51 0,00 68,04 134,54 5,73Recife 16,65 24,72 1,70 0,81 0,00 0,00 10,35 13,23 7,44 121,45 237,31 9,29Maceió 5,98 11,84 0,00 0,00 0,28 0,28 3,58 4,81 2,37 89,58 176,14 8,56Aracaju 11,81 0,00 4,82 0,00 0,98 0,98 4,24 8,49 0,00 53,15 103,08 7,05Salvador 2,31 4,52 0,00 0,47 0,00 0,00 1,30 1,73 0,87 37,47 74,21 2,68Belo Horizonte 8,28 5,43 2,23 0,00 0,00 0,00 5,16 8,21 2,07 71,09 137,14 7,78Vitória 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 0,07 7,52 7,37 7,67 124,09 226,95 24,99Rio <strong>de</strong> Janeiro 7,79 4,37 2,25 1,82 0,28 0,28 11,15 16,82 5,39 116,92 226,48 8,92São Paulo 6,72 8,81 0,91 0,95 0,29 0,29 6,44 10,41 2,45 98,27 189,00 11,08Curitiba 3,83 0,00 1,54 0,74 0,00 0,00 2,13 2,81 1,43 46,54 88,87 4,98Florianópolis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,57 0,57 6,45 12,58 0,00 35,39 70,87 0,00Porto Alegre 37,16 36,38 7,71 1,92 0,18 0,18 3,67 5,39 1,87 52,65 95,47 9,47Campo Gran<strong>de</strong> 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21 0,21 2,91 2,86 2,96 46,87 91,79 2,73Cuiabá 11,42 0,00 4,57 2,09 0,11 0,11 3,78 7,48 0,00 96,83 182,94 13,83Goiânia 5,41 10,57 0,00 1,06 0,00 0,00 8,86 13,70 3,96 42,64 71,39 1,58Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informação sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Brasil.1703 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


Tabela 8: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios por arma <strong>de</strong> fogo sobre total <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninasBrasil 23,5 26,8 19,4 41,0 45,1 35,0 54,2 57,1 46,3 62,0 63,0 52,3Norte 33,1 40,5 21,0 50,3 58,2 34,6 55,0 58,7 47,5 50,2 50,2 51,1Rondonia 46,3 57,1 26,3 47,2 55,0 40,0 58,9 59,7 57,1 59,7 60,8 53,7Acre 29,4 40,0 14,3 75,0 80,0 66,7 59,5 64,0 54,5 50,2 50,0 51,7Amazonas 34,5 57,1 13,3 53,6 66,7 14,3 48,5 51,6 41,9 44,6 44,2 48,8Roraima 8,3 13,3 0,0 14,3 0,0 25,0 22,2 37,5 10,0 31,5 31,7 29,2Para 31,6 36,2 24,3 56,5 63,3 40,0 59,6 61,0 56,1 56,7 56,8 55,7Amapa 31,8 33,3 28,6 30,0 42,9 0,0 56,5 66,7 30,8 36,8 36,2 47,8Tocantins 36,4 37,5 33,3 20,0 20,0 0,0 52,6 63,6 37,5 46,9 47,8 45,5Nor<strong>de</strong>ste 36,2 40,2 31,0 52,9 57,3 46,7 61,0 64,4 52,0 70,0 71,3 57,5Maranhao 32,1 33,3 29,4 31,4 33,3 28,6 41,5 45,5 25,0 44,2 45,1 37,7Piaui 17,1 27,8 6,3 60,0 57,1 66,7 25,7 24,1 33,3 35,1 36,1 23,3Ceara 27,3 25,0 31,3 53,3 60,0 43,3 48,5 51,4 41,1 48,1 47,9 50,0R G do Norte 35,7 35,7 35,7 37,5 37,5 37,5 58,3 61,0 46,2 62,9 63,8 56,9Paraiba 27,1 28,6 25,0 40,4 34,6 46,2 55,1 55,9 52,8 56,4 57,4 53,1Pernambuco 45,7 49,4 39,5 62,0 63,1 60,3 73,1 76,8 63,4 82,1 83,2 68,9Alagoas 41,4 48,8 31,0 50,9 64,7 30,4 55,1 59,6 44,7 63,4 64,5 54,7Sergipe 42,1 60,0 25,0 45,8 72,7 23,1 43,7 50,0 28,6 62,5 65,2 37,7Bahia 30,7 33,8 28,4 53,1 57,1 47,1 60,3 64,9 51,0 71,9 73,9 54,1Su<strong>de</strong>ste 17,8 20,5 14,7 30,5 32,0 28,6 50,0 52,3 43,1 59,5 60,2 50,1Minas Gerais 13,3 16,3 9,5 32,3 27,6 39,6 55,0 60,5 44,8 62,1 65,3 42,5Espirito Santo 22,2 23,3 21,1 42,4 41,7 45,5 55,1 61,2 40,7 69,6 71,0 56,5Rio <strong>de</strong> Janeiro 37,6 46,5 25,7 42,7 38,3 48,9 71,3 73,6 64,4 83,1 84,0 71,5Sao Paulo 13,0 13,1 12,9 23,9 29,2 16,7 39,1 41,1 32,7 47,4 47,8 41,7Sul 17,5 19,6 15,5 43,3 49,7 34,0 58,4 63,6 47,1 65,6 67,2 53,2Parana 10,6 10,2 11,8 43,3 51,8 33,3 53,2 59,9 39,3 63,9 65,9 48,7Santa Catarina 14,8 18,2 11,1 20,9 23,1 17,6 33,0 36,5 27,8 53,6 56,7 38,3R G do Sul 26,2 30,7 21,1 51,8 57,5 41,5 68,3 71,5 60,3 69,6 70,4 62,6Centro-Oeste 24,0 22,7 25,6 45,8 53,6 31,0 59,0 63,2 48,4 68,4 70,5 53,9M Grosso do Sul 33,3 30,6 34,6 46,4 66,7 23,1 65,3 64,1 67,7 67,7 69,4 56,2Mato Grosso 13,9 13,0 15,4 27,5 31,0 18,2 43,1 45,8 34,4 53,5 56,2 38,0Goias 32,3 28,3 38,5 50,0 57,6 36,8 56,0 62,0 43,8 65,0 67,4 51,3Distrito Fe<strong>de</strong>ral 16,9 20,0 13,2 56,3 63,6 40,0 72,1 77,3 53,3 80,2 81,1 70,3Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informação sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Brasil.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 171


Tabela 9: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios por arma <strong>de</strong> fogo sobre total <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninasBrasil 23,49 26,81 19,44 41,03 45,10 35,01 54,22 57,14 46,33 62,03 62,95 52,29Porto Velho 50,00 63,64 10,00 53,85 80,00 42,86 51,35 56,00 41,67 57,55 58,71 50,00Rio Branco 36,36 60,00 25,00 83,33 100,00 50,00 58,33 64,71 42,86 52,16 51,08 62,50Manaus 34,78 50,00 25,00 54,17 66,67 16,67 51,35 53,75 45,16 46,13 45,69 50,88Boa Vista 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 23,08 40,00 12,50 30,73 31,01 28,57Belém 41,94 57,14 27,78 57,14 77,78 20,00 70,67 70,91 70,00 59,79 59,97 56,82Macapá 23,53 20,00 22,22 33,33 50,00 0,00 65,79 72,41 44,44 41,34 40,65 52,63Palmas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 50,00 50,00 0,00 54,55 57,89 33,33São Luís 25,00 26,67 25,00 36,36 28,57 50,00 41,18 41,67 40,00 49,32 50,46 38,89Teresina 17,86 26,67 6,67 50,00 50,00 50,00 30,43 27,78 40,00 36,56 37,55 22,22Fortaleza 37,14 38,10 38,46 66,67 71,43 58,33 45,10 44,58 47,37 49,78 49,06 58,06Natal 27,27 37,50 0,00 22,22 40,00 0,00 54,55 57,69 42,86 68,09 69,04 61,90João Pessoa 27,27 16,67 28,57 42,86 25,00 66,67 63,89 64,52 60,00 67,87 69,14 55,26Recife 41,18 39,39 29,63 68,75 73,68 61,54 81,64 83,54 77,08 90,48 91,09 82,10Maceió 38,10 42,86 18,18 58,33 100,00 28,57 51,52 51,02 52,94 67,46 68,58 57,14Aracaju 40,00 66,67 0,00 83,33 100,00 50,00 43,75 50,00 16,67 64,38 66,78 33,33Salvador 21,21 31,58 5,00 53,57 61,54 46,67 68,00 74,55 50,00 84,88 86,03 68,97Belo Horizonte 18,75 14,29 19,23 50,00 58,33 37,50 73,47 77,03 62,50 79,37 81,24 63,48Vitória 45,45 55,56 0,00 75,00 80,00 66,67 75,86 73,08 100,00 79,14 80,16 67,65Rio <strong>de</strong> Janeiro 40,00 47,83 22,22 54,64 44,23 66,67 75,84 76,39 74,05 83,52 84,24 71,50São Paulo 19,43 20,13 17,65 22,27 25,42 18,28 38,24 39,86 31,47 44,51 44,83 39,66Curitiba 9,30 5,00 15,79 28,57 25,00 30,00 58,62 66,67 37,50 71,81 73,45 56,72Florianópolis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 60,00 66,67 50,00 74,19 78,57 33,33Porto Alegre 34,09 45,83 22,22 67,86 87,50 41,67 79,31 82,09 70,00 84,44 85,47 71,67Campo Gran<strong>de</strong> 36,84 18,18 50,00 40,00 25,00 50,00 62,79 58,62 71,43 77,01 77,92 67,57Cuiabá 5,56 9,09 0,00 26,67 27,27 25,00 45,71 57,69 0,00 65,66 67,12 48,15Goiânia 50,00 41,67 42,86 36,36 16,67 60,00 54,55 53,13 58,33 70,77 71,19 67,24Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informação sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Brasil.1723 - Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980-2002 no Brasil


4Limites <strong>da</strong> interpretaçãoUma <strong>da</strong>s gran<strong>de</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s em se trabalhar com séries históricas, particularmente quandoelas envolvem extensos períodos <strong>de</strong> tempo, são as alterações existentes na forma <strong>de</strong> classificar e registraros <strong>da</strong>dos ao longo do tempo. Elas se refletem, diretamente, nas tendências encontra<strong>da</strong>s, dificultandoa interpretação dos <strong>da</strong>dos e a construção <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los explicativos. No caso dos <strong>da</strong>dos sobre mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>,utilizamos, no Brasil, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1979, a Classificação Internacional <strong>de</strong> Doenças (CID), um sistemaempregado internacionalmente <strong>para</strong> classificação padroniza<strong>da</strong> <strong>de</strong> óbitos. Apesar <strong>da</strong> utilização <strong>da</strong> CID,existem problemas na classificação e registro dos óbitos no País, particularmente, nas regiões Norte eNor<strong>de</strong>ste, on<strong>de</strong> é maior a subnotificação <strong>de</strong> óbitos. No caso <strong>da</strong>s mortes por causas externas, uma vezque é obrigatório o exame <strong>de</strong> necrópsia e o preenchimento <strong>da</strong> Declaração <strong>de</strong> Óbito pelos Institutos Médico-Legais,o problema <strong>da</strong> subnotificação parece ser menos expressivo. No entanto, são inúmeros osestudos que apontam problemas na classificação <strong>da</strong>s mortes por causas externas, particularmente, noque se refere ao uso <strong>da</strong> categoria “mortes por intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>” (CID-9: E980- E988; CID-10:Y10 – Y34), sendo um dos principais resultados a subestimação <strong>da</strong>s mortes por homicídio, uma vezque a maior parte <strong>da</strong>s mortes com intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> são homicídios não classificados.Dessa forma, é <strong>de</strong> se esperar que uma alteração na proporção <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> mortes com intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong>in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> – o que sugere uma melhoria na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informações – reflita-sena tendência <strong>da</strong>s curvas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios. A redução dos óbitos classificados como porintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> teria, <strong>de</strong>ssa forma, como efeito a maior notificação <strong>de</strong> homicídios eo aumento nos indicadores <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>, assim como o aumento dos óbitos classificados como porintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> resultaria em uma menor notificação <strong>de</strong> homicídios e, conseqüentemente,na redução dos indicadores <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Por isso nas áreas (País, Regiões, Estados e capitais)on<strong>de</strong> há aumento <strong>da</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios e que<strong>da</strong> nas mortes classifica<strong>da</strong>s como por intençãoin<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>, é <strong>de</strong> se esperar que parte do incremento observado no CMH seja <strong>de</strong>corrente <strong>da</strong> melhoriana quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação, sendo o inverso também ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro: on<strong>de</strong> há que<strong>da</strong> no CMH e piora <strong>da</strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação, parte <strong>da</strong> que<strong>da</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>corrente dos erros <strong>de</strong> classificação. É importante,pois, ter cautela na interpretação dos <strong>da</strong>dos, consi<strong>de</strong>rando-se, em conjunto, os movimentos observadosno CMH e nas mortes por intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>.No Gráfico 174, é possível observar que no País e nas cinco Regiões houve uma melhora na quali<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong> informação com redução dos casos <strong>de</strong> óbitos classificados como por intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>entre 1980 e 2000. A maior que<strong>da</strong> foi observa<strong>da</strong> na Região Centro-Oeste (-95,3%). Analisandoos incrementos <strong>para</strong> períodos <strong>de</strong> cinco anos, é possível perceber que a melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informaçõesfoi mais consistente <strong>de</strong> 1980 a 1990, no País e nas Regiões. Já na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990, começa a haveruma piora na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação com aumento na proporção <strong>de</strong> mortes classifica<strong>da</strong>s como porintencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> no Brasil e em algumas regiões, com exceção <strong>da</strong> Região Su<strong>de</strong>ste noHomicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 173


período <strong>de</strong> 1990 a 1995 e <strong>da</strong>s Regiões Norte, Sul e Centro-Oeste no período <strong>de</strong> 1995 a 2002. Nas tabelas30 e 31, são apresentados os <strong>da</strong>dos <strong>para</strong> Estados e capitais.Gráfico 174: Incrementos global e parciais (%) <strong>da</strong> proporção (%) <strong>de</strong> óbitos com intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>entre os óbitos por causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.350,0300,0250,0200,0150,0100,050,00,0-50,0-100,0-150,0incremento global 1980-1985 1985-1990 1990-1995 1995-2002Região Norte -58,2 -4,6 -46,8 116,3 -62,0Região Nor<strong>de</strong>ste -30,9 -52,9 -20,1 44,8 26,7Região Su<strong>de</strong>ste -50,4 -21,0 -35,8 -24,5 29,8Região Sul -85,1 -44,1 -47,0 8,8 -53,9Região Centro-Oeste -95,3 -24,4 -87,3 312,3 -88,2Brasil -60,1 -31,5 -42,3 4,1 -2,91744 - Limites <strong>da</strong> interpretação


5Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong>crianças e adolescentes no BrasilNesta seção, faremos uma breve <strong>de</strong>scrição <strong>da</strong>s informações que compõem o Banco <strong>de</strong> Dadossobre Graves Violações <strong>de</strong> Direitos Humanos do Núcleo <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>da</strong> Violência <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> SãoPaulo (NEV/USP) 32 . Trata-se <strong>de</strong> um banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos composto por casos <strong>de</strong> linchamento, execução sumáriae violência policial, noticiados pela imprensa escrita no período entre 1980 e 2003 33 Este projetonasce <strong>da</strong> constatação <strong>de</strong> que, apesar <strong>de</strong> iniciado o processo <strong>de</strong> abertura política e re<strong>de</strong>mocratização doBrasil, práticas autoritárias e <strong>de</strong> violação <strong>de</strong> direitos humanos permanecem no seio <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, asquais, no extremo, tomam a forma <strong>de</strong> linchamentos, execuções sumárias e violência policial 34 . Nossorecorte, <strong>para</strong> este relatório, é a i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> vítima: são apresentados <strong>da</strong>dos sobre graves violações <strong>de</strong> direitoshumanos (GVDH) cujas vítimas diretas (fatais ou não) e indiretas (testemunhas) são crianças eadolescentes entre 0 e 19 anos. Os <strong>da</strong>dos surpreen<strong>de</strong>m por sua magnitu<strong>de</strong>, como será visto a seguir.Entre os anos <strong>de</strong> 1980 e 2003, os casos <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> direitos humanos contra crianças eadolescentes ocorridos no Brasil noticiados pela imprensa resultaram em um total <strong>de</strong> 5.718 vítimas. Nográfico 175, po<strong>de</strong>mos observar que a maior parte foi vítima <strong>de</strong> execução sumária (53%), ação com umtotal <strong>de</strong> 3.033 crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos no País. Quarenta e três por cento (n. = 2.468)foram vítimas <strong>de</strong> violência policial e 4% (n. = 217) <strong>de</strong> linchamento. Supõe-se que em mais <strong>de</strong> 50% <strong>da</strong>sGVDH contra crianças e adolescentes houve envolvimento policial.Gráfico 175: Distribuição <strong>da</strong>s graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong>violação. Brasil, 1980 a 2003.violência policial43,16%execução53,04%linchamento3,80%As crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos representam 14% do total <strong>de</strong> vítimas <strong>de</strong> GVDH no-32. Parte do projeto CEPID/Fapesp, no. processo: 98/14262-533. O Banco continua sendo atualizado <strong>para</strong> inclusão dos casos noticiados em 2004 e 2005.34. Mais <strong>de</strong>talhes são apresentados na seção IX, 1. MetodologiaHomicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 175


ticia<strong>da</strong>s pela imprensa no Brasil. Assim como nas mortes por homicídio, a maior parte <strong>da</strong>s vítimasencontra-se na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos (84%, 4.802). Adolescentes entre 10 e 14 anos representam11% do total <strong>da</strong>s vítimas (n. = 636). As faixas etárias <strong>de</strong> 0 a 4 e 5 a 9 anos, apesar <strong>de</strong> menos expressivas,chamam atenção, <strong>da</strong><strong>da</strong> a gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos crimes. Ao todo, foram vitima<strong>da</strong>s ao menos 123 crianças entre0 e 4 anos e 157 crianças entre 5 e 9 anos, 2,2% e 2,8% do total do País, respectivamente (Gráfico 176). Amesma distribuição etária é observa<strong>da</strong> quando são consi<strong>de</strong>rados os tipos <strong>de</strong> violação. Oitenta e cincopor cento <strong>da</strong>s vítimas <strong>de</strong> execução sumária (n. = 2.569), 94,5% <strong>da</strong>s vítimas <strong>de</strong> linchamento (n. = 205) e82% <strong>da</strong>s vítimas <strong>de</strong> violência policial (n. = 2.028) eram <strong>da</strong> faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos.100,0%Gráfico 176: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo faixa etária e tipo <strong>de</strong>violação. Brasil, 1980 a 2003.94,47%80,0%84,70%82,17%83,98%60,0%40,0%20,0%11,08%11,71% 11,12%0,0%1,88% 2,34%5,07%0,00% 0,46%2,67% 3,44%2,15% 2,75%execução linchamento violência policial GVDH00 a 04 anos 05 a 09 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anosNo Gráfico 177, apresentamos a distribuição <strong>da</strong>s violações em ca<strong>da</strong> grupo etário. Percebemos, inicialmente,que as ações <strong>de</strong> execução e violência policial predominam em todos os grupos. Nos gruposetários <strong>de</strong> 0 a 4 anos, a violência policial é responsável por mais <strong>de</strong> 50% <strong>da</strong>s vítimas (n. = 66), estando asexecuções em segun<strong>da</strong> posição. Já nas faixas etárias <strong>de</strong> 10 a 14 e 15 a 19, as ações <strong>de</strong> execução estão emprimeiro lugar, responsáveis por mais <strong>de</strong> 50% <strong>da</strong>s vítimas (n. = 2.569 e n. = 2.028, respectivamente).No Gráfico 178, são apresentados os <strong>da</strong>dos em grupo por gênero. A gran<strong>de</strong> maioria <strong>da</strong>s vítimas édo sexo masculino (86%, n. = 4914), e as mulheres representam 13% do total (n. = 725). O predomínio <strong>de</strong>homens é observado em todos os tipos <strong>de</strong> violação, especialmente nos casos <strong>de</strong> linchamento, em que95% <strong>da</strong>s vítimas eram do sexo masculino (n. = 206).No Gráfico 179, são apresenta<strong>da</strong>s as distribuições <strong>da</strong>s violações em ca<strong>da</strong> grupo por gênero. As execuçõespredominam em ambos os grupos, segui<strong>da</strong>s pela violência policial. Os linchamentos ocupam terceiraposição e correspon<strong>de</strong>m a menos <strong>de</strong> 5% do total <strong>de</strong> casos entre meninos e meninas. No grupo feminino,mais <strong>de</strong> 60% foram vítimas <strong>de</strong> execução, proporção superior a encontra<strong>da</strong> no grupo masculino.1765 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


60,0%Gráfico 177: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo tipo <strong>de</strong> violação e faixaetária. Brasil, 1980 a 2003.53,66%54,14%52,83%53,50% 53,04%50,0%46,34%45,22%45,44%42,23%43,16%40,0%30,0%20,0%10,0%0,0%4,27% 3,80%0,00% 0,64%1,73%00 a 04 anos 05 a 09 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anos 0 a 19 anoslinchamento violência policial execuçãoGráfico 178: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo sexo e tipo <strong>de</strong> violação.Brasil, 1980 a 2003.100,0%94,93%90,0%84,08%87,44%85,94%80,0%70,0%60,0%50,0%40,0%30,0%20,0%10,0%14,97%4,15%10,62%12,68%0,0%execução linchamento violência policial GVDHFemininoMasculinoHomicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 177


Gráfico 179: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo tipo <strong>de</strong> violação e sexo.Brasil, 1980 a 2003.100,0%94,93%90,0%80,0%84,08%70,0%60,0%50,0%40,0%30,0%20,0%14,97%10,0%0,0%4,15%Femininolinchamento violência policial execuçãoMasculinoQuando analisamos a distribuição dos casos segundo o local do evento, encontramos um gran<strong>de</strong>predomínio <strong>de</strong> ocorrências em locais públicos/abertos. Consi<strong>de</strong>rando to<strong>da</strong>s as violações em conjunto, observamos,com base no Gráfico 180, que 52% <strong>da</strong>s ocorrências se <strong>de</strong>ram em um espaço aberto (n. = 2.959),25% dos casos ocorreram em um espaço fechado/privado (n. = 1.429), 12% em favelas (n. = 669), 3% eminstituições <strong>de</strong> segurança pública (n. = 194) e 8,2% em outros locais (n. = 497). To<strong>da</strong>s as violações ocorreram,prioritariamente, em ambientes abertos, e a maior proporção <strong>de</strong> vítimas em espaço aberto foi noscasos <strong>de</strong> execução sumária (55%, n. = 1.652). Existem diferenças quando são consi<strong>de</strong>rados os <strong>de</strong>mais locaise tipos <strong>de</strong> violação. A ocorrência em local fechado/privado ocupa segundo lugar apenas nos casos <strong>de</strong> execuçãosumária, em que representam 31,5% do total (n. = 955). Já nos casos <strong>de</strong> linchamento, as instituições<strong>de</strong> segurança pública ocupam segundo lugar, com 23% dos casos (n. = 50) e, nos casos <strong>de</strong> violência policial(VP), a segun<strong>da</strong> posição é ocupa<strong>da</strong> pelas favelas, on<strong>de</strong> ocorreram 19% dos casos (n. = 470). As favelas ocupama quarta posição tanto <strong>para</strong> os casos <strong>de</strong> execução sumária quanto <strong>para</strong> os <strong>de</strong> linchamento.Entre os locais abertos, a “rua” predomina em todos os tipos <strong>de</strong> violação. Mais <strong>de</strong> 80% dos casos<strong>de</strong> GVDH (n. = 2.444), execução sumária, violência policial e linchamentos que ocorreram em locaisabertos tiveram a rua como cenário (Gráficos 181, 182, 183 e 184). “Estra<strong>da</strong>s/rodovias” e “matagal” aparecemem segundo e terceiro lugares <strong>para</strong> todos os tipos <strong>de</strong> violação. “Terrenos baldios” são palcos <strong>para</strong>as execuções sumárias e violência policial e, com o “matagal”, compõem cenários cuja característicaé o isolamento. Juntos, passam a ocupar a segun<strong>da</strong> posição, superando as estra<strong>da</strong>s e rodovias. Já oslinchamentos têm em quarta posição as praças, espaço público e, geralmente, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> circulação. Seconsi<strong>de</strong>rarmos em conjunto a “rua”, as “estra<strong>da</strong>s” e as “praças” vemos que, no caso dos linchamentos,os espaços <strong>de</strong> visibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e circulação fazem parte <strong>de</strong> 90% dos casos.1785 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


60,0%Gráfico 180: Proporção (%) <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo local<strong>de</strong> ocorrência. Brasil, 1980 a 2003.54,47%51,75%50,0%48,95%45,62%40,0%31,49%30,0%20,0%23,04%19,04%18,43% 17,59%24,99%10,0%7,48%6,53%12,44%8,63%5,79%11,70%8,17%3,39%0,0%0,46%execução linchamento violência policial GVDHlocal aberto local fechado Favela outros inst <strong>de</strong> segurança públicaGráfico 181: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos ocorri<strong>da</strong>s em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população<strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.Estra<strong>da</strong> / RodoviaRua5,24%82,60% Matagal3,79%Terreno Baldio3,21%Outros locais5,17%Praça1,93%Gráfico 182: Execuções ocorri<strong>da</strong>s em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil,1980 a 2003.RuaEstra<strong>da</strong> / Rodovia82,63% 4,84% Matagal3,21%Terreno Baldio3,87%Outros locais5,45%Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 179


Gráfico 183: Linchamentos ocorridos em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil,1980 a 2003.Rua81,82%Estra<strong>da</strong> / Rodovia5,05%Matagal4,04%Praça4,04%Outros locais5,05%Gráfico 184: Violência Policial ocorri<strong>da</strong> em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil,1980 a 2003.Rua82,62%Estra<strong>da</strong> / Rodovia5,79%Matagal4,55%Terreno Baldio2,48%Outros locais4,55%Nos gráficos a seguir, são apresenta<strong>da</strong>s as distribuições <strong>da</strong>s violações em locais fechados. Mais<strong>de</strong> 40% <strong>da</strong>s GVDH e <strong>da</strong>s execuções sumárias em locais fechados ocorreram em residências, estandoem segundo lugar os “bares/lanchonetes”. Já os linchamentos ocorrem em menor proporção nas residências(22,5), seguido por bares/lanchonetes. É importante lembrar que consi<strong>de</strong>rados em conjunto oslocais fechados estão em terceira posição nos casos <strong>de</strong> linchamento, os quais ocorrem, em sua maioria,em locais abertos e, em segundo lugar, em Instituições <strong>de</strong> Segurança. A violência policial, quando emambiente fechado, ocorre prioritariamente em residências e instituições comerciais.Gráfico 185: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos ocorri<strong>da</strong>s em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população<strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.Bar / Lanchonete14,21%Meio <strong>de</strong> Transporte8,05%Escola6,58%Comércio5,11%Outros locais21,55%Residência44,51%1805 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


Gráfico 186: Execuções ocorri<strong>da</strong>s em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Brasil, 1980 a 2003.Bar / Lanchonete17,70%Meio <strong>de</strong> Transporte11,83%Escola6,28%Conjunto Habitacional2,51%Outros locais13,72%Residência47,96%Gráfico 187: Linchamentos ocorridos em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Brasil, 1980 a 2003.Bar / Lanchonete20,00%Estação <strong>de</strong> Metrô / Trem10,00%Comércio7,50%Outros locais17,50%Transporte Público22,50%Residência22,50%Gráfico 188: Violência Policial ocorri<strong>da</strong> em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Brasil, 1980 a 2003.Transporte Público8,76%Escola7,83%Bar / Lanchonete5,99%Outros locais26,04%Comércio12,44%Residência38,94%As <strong>de</strong>legacias parecem constituir um ambiente privilegiado <strong>para</strong> a ocorrência <strong>de</strong> GVDH, quandoconsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s as Instituições <strong>de</strong> Segurança. Levando em conta to<strong>da</strong>s as violações em conjunto, mais<strong>de</strong> 70% ocorreram em <strong>de</strong>legacias. Em segundo lugar, estão as Fun<strong>da</strong>ções <strong>para</strong> o Bem-estar do MenorHomicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 181


(Febem) e os presídios/penitenciárias, ambos com 6% dos casos. O perfil <strong>de</strong> violência policial é bastantesemelhante, e 68,5% dos casos ocorreram nas <strong>de</strong>legacias, seguidos pelas Febem e presídios/penitenciárias.Já os linchamentos em locais fechados tiveram 88% dos casos em <strong>de</strong>legacias, estando em segundoe terceiro lugares o carro <strong>de</strong> polícia e Fóruns. Apenas um caso <strong>de</strong> execução sumária ocorreu <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>instituições <strong>de</strong> segurança, especificamente, em uma <strong>de</strong>legacia.Gráfico 189: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos ocorri<strong>da</strong>s em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong>local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.Outros locais26,29%Delegacia73,71%Gráfico 190: Linchamentos ocorridos em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a19 anos. Brasil, 1980 a 2003.Delegacia88,00%Carro <strong>de</strong> Polícia4,00%Fórum4,00%Outros locais4,00%Gráfico 191: Violência Policial ocorri<strong>da</strong> em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.FEBEM8,39%Presídio / Penitenciária7,69%Delegacia68,53%Outros locais15,38%Nos gráficos a seguir (Gráficos 192, 193, 194 e 195), são apresentados os <strong>da</strong>dos segundo o motivo<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ante <strong>da</strong> violação. Consi<strong>de</strong>rando as GVDH em conjunto, 38% (n. = 2.186) dos casos não informavamo motivo <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ante (Tabela 53 anexa). Entre os casos cujo motivo foi apresentado emnoticiários, 13% (n. = 476) traziam várias versões sobre a ocorrência, não sendo possível especificar o<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ante direto <strong>da</strong> ação <strong>de</strong> violação. A maior parte dos casos foi <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>a<strong>da</strong> como resposta aum roubo e/ou seqüestro relâmpago praticado pela vítima <strong>da</strong> violação (23,5%, n. = 832), seguido porenvolvimento com drogas e/ou jogo do bicho (13,42%, n. = 474).1825 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


Entre os motivos <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes mais freqüentes estão as suspeitas <strong>de</strong> crimes contra a vi<strong>da</strong>,praticados pela vítima <strong>da</strong> ação <strong>de</strong> violação. Consi<strong>de</strong>ramos crimes contra a vi<strong>da</strong> os casos que resultaramem morte e aqueles que objetivavam a morte (homicídio, latrocínio, tentativa <strong>de</strong> homicídio e estuproseguido <strong>de</strong> morte). Esses casos representam apenas 3,3% (n. = 116) dos motivos <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes <strong>de</strong>GVDH, estando muito abaixo dos crimes contra a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> (roubo; seqüestro relâmpago). Da mesmaforma, crimes contra os costumes (estupro e atentado violento ao pudor), crimes contra criançase seqüestros representam apenas uma pequena parte <strong>da</strong>s motivações 0,37% (n. = 13), 0,9% (n. = 33) e0,9% (n. = 33), respectivamente. Chama atenção ain<strong>da</strong> a gran<strong>de</strong> proporção <strong>de</strong> casos cujos motivos erama vingança e o acerto <strong>de</strong> contas (11,4%, n. = 403) e a limpeza ou <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo(2,3%, n. = 101), os quais, em conjunto, evi<strong>de</strong>nciam uma atuação <strong>de</strong> “justiçamento” <strong>para</strong>lelo e vigilantismona base <strong>de</strong> GVDH contra crianças e adolescentes no Brasil.Ain<strong>da</strong> com relação à motivação, cabe ressaltar que 5,3% (n. = 186) foram vítimas <strong>de</strong> bala perdi<strong>da</strong>,2,7% (n. = 94) tiveram a violação motiva<strong>da</strong> por “atitu<strong>de</strong> suspeita” e 3,2% (n. = 113) por brigas e outrosmotivos fúteis, tais como transgressão ou aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trânsito.A análise <strong>da</strong>s motivações por tipo específico <strong>de</strong> violação põe em evidência algumas especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s.Inicialmente, chama atenção que os casos motivados por vingança e acerto <strong>de</strong> contas ocupema primeira posição nos casos <strong>de</strong> execução sumária (gráfico 193), em que representam 34,2% (n. = 379).Juntamente com limpeza e <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> área (quarta posição com 8%, n. = 89), os casos que indicamação <strong>de</strong> justiçamento e vigilantismo representam 42% <strong>da</strong>s motivações <strong>para</strong> execução sumária <strong>de</strong>crianças e adolescentes no Brasil. Em segundo lugar, encontra-se o envolvimento com drogas e/oujogo do bicho por parte <strong>da</strong> vítima <strong>da</strong> violação (24,8%, n. = 275). Em vinte por cento dos casos não é <strong>de</strong>finido,em noticiários, um motivo <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ante direto <strong>para</strong> a ação <strong>de</strong> execução, sendo apresenta<strong>da</strong>svárias versões <strong>para</strong> o crime.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 183


Gráfico 192: Proporção (%) <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos segundo motivação, população <strong>de</strong> 0a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.Roubo e/ou Sequestro Relâmpago23,6Drogas e/ou Jogo do BichoVárias Versões sobre o CrimeOutrosVingança e acerto <strong>de</strong> contas13,413,112,011,4Por Engano (bala perdi<strong>da</strong>)5,3Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>sCrimes contra a vi<strong>da</strong>Brigas e outros motivos fúteisLimpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivoAtitu<strong>de</strong> Suspeita3,63,33,22,92,7Vários CrimesFuga e rebeliãoSequestroCrimes contra criançasConflitos Rurais e relacionados à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>Estupro e Atentado Violento ao Pudor1,51,30,90,90,60,40,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0Gráfico 193: Proporção (%) <strong>de</strong> execução sumária segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.Vingança e acerto <strong>de</strong> contas34,2Drogas e/ou Jogo do Bicho24,8Várias Versões sobre o Crime20,0Outros11,7Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo8,0Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s0,8Conflitos Rurais e relacionados à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>0,40,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,01845 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


Os motivos <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes principais são roubo e/ou seqüestro relâmpago, crimes contra a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>.Os crimes contra a vi<strong>da</strong> e contra a criança ocupam a segun<strong>da</strong> e terceira posições, com 29,6%(n. = 63) e 15,5% (n. = 33) dos casos, respectivamente. O estupro e atentado violento ao pudor ocupam <strong>aqui</strong>nta posição (4,7%, n. = 10). Se consi<strong>de</strong>rados em conjunto, os crimes contra a pessoa – contra a vi<strong>da</strong>,contra crianças e os costumes – superam os roubos/seqüestros relâmpagos e passam a ocupar a primeiraposição, com 49,8% dos casos. Cabe ressaltar que tais crimes não figuram entre as motivações<strong>da</strong>s execuções sumárias (Gráfico 194). Chama atenção a alta proporção <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> linchamento pormotivos fúteis (5,6%, n. = 12). No caso <strong>de</strong> linchamentos, não são cita<strong>da</strong>s como motivo <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ante asações <strong>de</strong> justiçamento e vigilantismo, e são poucos os casos que não especificam um motivo <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ante.Apenas quatro casos não trazem informação sobre a motivação (1,84%) (Tabela 55 anexa). Consi<strong>de</strong>randoapenas os casos cuja motivação foi apresenta<strong>da</strong> em noticiários, apenas seis trazem váriasversões sobre o crime.Gráfico 194: Proporção (%) <strong>de</strong> linchamentos segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980 a 2003.Roubo eou Sequestro Relâmpago39,0Crimes contra a vi<strong>da</strong>29,6Crimes contra crianças15,5Brigas e outros motivos fúteis5,6Estupro e Atentado Violento ao Pudor4,7Vários Crimes2,8Outros1,9Drogas e/ou Jogo do Bicho0,5Várias Versões sobre o Crime0,50,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0No gráfico a seguir, apresentamos as motivações dos casos <strong>de</strong> violência policial contra criançase adolescentes no Brasil. Em primeiro lugar, encontramos, em 33,8% (n. = 749) dos casos, o roubo e/ouseqüestro relâmpago. Os crimes contra a vi<strong>da</strong> e os costumes ocupam, respectivamente, a nona posição,com 2,4% (n. = 53) dos casos, e a 16ª posição, com 0,14% (n. = 03) dos casos. Juntos, motivaram menos<strong>de</strong> 3% do total <strong>de</strong> violência policial, proporção bastante inferior aos crimes contra a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>. É importanteressaltar ain<strong>da</strong> que um número expressivo <strong>de</strong> crianças e adolescentes foi vitimado por balaperdi<strong>da</strong> (8,4%, n. = 186), por brigas e motivos fúteis (4,6%, n. = 101) e por apresentar atitu<strong>de</strong> suspeita(4,25%, n. = 94).Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 185


Gráfico 195: Proporção (%) <strong>de</strong> violência policial segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil,1980 a 2003.Roubo e/ou Sequestro Relâmpago33,9Outros13,2Várias Versões sobre o Crime10,9Drogas e/ou Jogo do BichoPor Engano (bala perdi<strong>da</strong>)9,08,4Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>sBrigas e outros motivos fúteisAtitu<strong>de</strong> Suspeita4,64,35,3Crimes contra a vi<strong>da</strong>Fuga e rebeliãoVários CrimesSequestroVingança e acerto <strong>de</strong> contasConflitos Rurais e relacionados à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivoEstupro e Atentado Violento ao Pudor2,42,12,11,51,10,70,50,10,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0Um <strong>da</strong>do adicional merece ser <strong>de</strong>stacado. Consi<strong>de</strong>rando to<strong>da</strong>s as GVDH em conjunto, observamosque, em 85% dos casos, as crianças e adolescentes foram vítimas diretas <strong>da</strong> ação e, em 77,4%,eram alvos <strong>da</strong> ação, ou seja, a vítima principal, em 2% foram vítimas inocentes/secundárias e em 5,7%foram vítimas <strong>de</strong> bala perdi<strong>da</strong>. Em 15% dos casos, houve o que chamamos <strong>de</strong> vitimização indireta, situaçãorepresenta<strong>da</strong> pela presença no local e testemunho <strong>da</strong> violação (Gráfico 196). Ao consi<strong>de</strong>rarmosas violações específicas, observamos que em todos os casos predominam as vítimas diretas <strong>da</strong> ação,76,5%, nas execuções sumárias, 97,7%, nos linchamentos e 94,6%, na violência policial. Chama atençãoain<strong>da</strong> que, apesar <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> crianças e adolescentes, a maior parte <strong>da</strong>s vítimas era alvo <strong>da</strong> ação, eapenas uma pequena proporção foi vítima aci<strong>de</strong>ntal (vítima inocente ou <strong>de</strong> bala perdi<strong>da</strong>). Nos casos<strong>de</strong> execução sumária, linchamento e violência policial, 73,3%, 96,3% e 80,8% foram, respectivamente,vítimas principais (alvo) <strong>da</strong> ação <strong>de</strong> violação.1865 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


Gráfico 196: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos segundo papel do agente, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil,1980 a 2003.1,00,80,60,40,20,0execuções linchamentos Violência Policial GVDHnão informa 0,14 0,02 0,03 0,09Outras pessoas presentes no local 0,04 0,00 0,01 0,02Testemunhas/pessoas liga<strong>da</strong>s à vítima principal 0,05 0,00 0,01 0,03Vítima <strong>de</strong> bala perdi<strong>da</strong> 0,02 0,00 0,11 0,06Vítima inocente 0,02 0,01 0,03 0,02Vítima Principal (alvo) 0,73 0,96 0,81 0,77Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças eadolescentes no Rio <strong>de</strong> JaneiroNo Rio <strong>de</strong> Janeiro, entre os anos <strong>de</strong> 1980 e 2003, foram registrados pela imprensa 1.417 casos <strong>de</strong>graves violações <strong>de</strong> direitos humanos contra crianças e adolescentes, 24,8% do total registrado <strong>para</strong>o País. Entre as violações, predominam as ações <strong>de</strong> violência policial (60,6%) com 858 registros entrecrianças e adolescentes <strong>de</strong> 0 a 19 anos. As execuções sumárias foram responsáveis por 37,1% dos casos,e linchamentos por 2,3%. Po<strong>de</strong>mos inferir que em, pelo menos, 75% <strong>da</strong>s GVDH contra crianças e adolescenteshouve envolvimento policialGráfico 197: Distribuição <strong>da</strong>s graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong>violação. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.linchamento2,3%(n=33)violência policial60,6%(n=858)execução sumária37,1%(n=526)Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 187


Quatorze por cento do total <strong>de</strong> vítimas <strong>de</strong> GVDH eram crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos.A maior parte <strong>da</strong>s vítimas encontra-se na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos (76,6%, n. = 1086). Adolescentesentre 10 e 14 anos representam 15,3% do total <strong>da</strong>s vítimas. Além disso, nas faixas etárias <strong>de</strong> 0 e 4 anose 5 e 9 anos, foram vitima<strong>da</strong>s 56 e 58 crianças, respectivamente, 8% do total <strong>de</strong> violações (Gráfico 198).Consi<strong>de</strong>rando os tipos <strong>de</strong> violações, 11% <strong>da</strong>s vítimas <strong>de</strong> violência policial eram crianças <strong>de</strong> 0 e 9 anos,18 % eram adolescentes <strong>de</strong> 10 a 14 anos e 71% estavam na faixa etária dos 15 aos 19 anos. Nessa faixa,inclusive, houve ain<strong>da</strong> 84% e 97% <strong>da</strong>s vítimas em execuções e linchamentos, respectivamente.Gráfico 198: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo faixa etária e tipo <strong>de</strong>violação. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.100,0%80,0%60,0%40,0%20,0%0,0%execução linchamento Violência Policial GVDH00 a 04 anos 2,28% 0,00% 5,13% 3,95%05 a 09 anos 2,09% 0,00% 5,48% 4,09%10 a 14 anos 11,22% 3,03% 18,30% 15,31%15 a 19 anos 84,41% 96,97% 71,10% 76,64%Observando a distribuição <strong>da</strong>s violações em ca<strong>da</strong> grupo etário, (Gráfico 199), chama-nos atençãoo fato <strong>de</strong> que as ações <strong>de</strong> violência policial predominam em todos os grupos, com as execuções emsegun<strong>da</strong> posição. Ressaltamos que entre crianças <strong>de</strong> 0 a 9 anos, tais ações sejam em torno <strong>de</strong> 80%. Nosgrupos etários <strong>de</strong> 10 a 14 e 15 a 19 anos, a violência policial é responsável por 72% (n. = 157) e 56% (n. =610), respectivamente. Ain<strong>da</strong> nessas faixas etárias, as ações <strong>de</strong> execução são responsáveis por 27% e41% <strong>da</strong>s vítimas.1885 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


Gráfico 199: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo tipo <strong>de</strong> violação e faixaetária. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.80,0%78,57%81,03%72,35%60,0%56,17%60,55%40,0%40,88%37,12%27,19%20,0%21,43%18,97%2,95% 2,33%0,46%0,0%00 a 04 anos 05 a 09 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anos Totalexecução sumária 21,43% 18,97% 27,19% 40,88% 37,12%linchamento 0,00% 0,00% 0,46% 2,95% 2,33%violência policial 78,57% 81,03% 72,35% 56,17% 60,55%Gráfico 200: Graves violações <strong>de</strong> direitos humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo sexo e tipo <strong>de</strong> violação.Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.100,0%87,88%79,85%81,35% 80,95%75,0%50,0%25,0%19,39%17,25% 17,85%9,09%0,0%execução sumária linchamento violência policial GVDHFemininoMasculinoHomicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 189


No Gráfico 200, são apresentados os <strong>da</strong>dos em grupo por gênero. Oitenta e um por cento <strong>da</strong>svítimas são do sexo masculino, com 1.147 casos. As mulheres representam 18% do total <strong>de</strong> vítimas com253 vítimas. Os homens são maioria em todos os tipos <strong>de</strong> violação, com <strong>de</strong>staque <strong>para</strong> os casos <strong>de</strong> linchamento,em que 88% <strong>da</strong>s vítimas eram do sexo masculino.No gráfico a seguir, são apresenta<strong>da</strong>s as distribuições <strong>da</strong>s violações em ca<strong>da</strong> grupo por gênero. Aocontrário do que acontece no País, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, predominam as ações <strong>de</strong> violência policial em ambosos grupos, segui<strong>da</strong>s pelas execuções. Os linchamentos correspon<strong>de</strong>m a menos <strong>de</strong> 3% do total <strong>de</strong> casosentre meninos e meninas. Entre as vítimas masculinas, mais <strong>de</strong> 60% foram vítimas <strong>de</strong> violência policial.75,0%Gráfico 201: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong> violação e sexo.Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.60,0%58,50%60,85% 60,55%45,0%40,32%36,62% 37,12%30,0%15,0%0,0%1,19%2,53% 2,33%Feminino Masculino Totalexecução sumária linchamento violência policialNo Rio <strong>de</strong> Janeiro, 33% dos casos <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong>ram-se em favelas (n. = 468) e 34%, emlocais públicos/abertos (n. = 479). Observamos no Gráfico 202, 21% <strong>da</strong>s ocorrências em espaço fechado,11% em outros locais e 2%, em instituições <strong>de</strong> segurança pública. De to<strong>da</strong>s as violações, as que ocorrerammajoritariamente em ambientes abertos foram os casos <strong>de</strong> linchamentos (67%, 22 dos 33 casosregistrados). A ocorrência em favelas é a primeira coloca<strong>da</strong> em casos <strong>de</strong> violência policial (44%) e aterceira, entre os casos <strong>de</strong> execução sumária (17%). Já as ocorrências <strong>de</strong> linchamento foram, em suamaioria, em locais públicos/abertos (67%). As instituições <strong>de</strong> segurança pública aparecem em terceirolugar nos casos <strong>de</strong> linchamento, com 9% dos eventos.1905 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


70,0%Gráfico 202: Proporção (%) <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo local<strong>de</strong> ocorrência. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.66,67%60,0%50,0%44,06%40,0%34,60%34,03%32,40%33,80%33,03%30,0%20,0%10,0%16,92%14,45%12,12%9,09%9,09%12,94%8,16%20,96%10,52%0,0%3,03%2,45%execução sumária linchamento violência Policial GVDHlocal público (aberto) local privado (fechado) outros Favela Inst segurança pública1,69%Com relação às ocorrências <strong>de</strong> graves violações em locais abertos, 78% dos casos ocorreram narua. Todos os linchamentos ocorridos em locais abertos tiveram como cenário a rua (local <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>circulação <strong>de</strong> pessoas), bem como em 83% dos eventos <strong>de</strong> violência policial e 68% <strong>da</strong>s execuções (Gráficos203, 204 e 205). Com exceção dos linchamentos, os terrenos baldios e matagais (lugares isolados)aparecem em segundo e terceiro lugares <strong>para</strong> todos os tipos <strong>de</strong> violação.Gráfico 203: Graves violações <strong>de</strong> direitos humanos ocorri<strong>da</strong>s em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.Terreno Baldio3,55%Matagal3,34%Rua78,08%Outros locais15,03%Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 191


Gráfico 204: Execuções ocorri<strong>da</strong>s em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro,1980 a 2003.Terreno Baldio7,26%Matagal7,26%Outros locais17,88%Rua67,60%Gráfico 205: Violência policial ocorri<strong>da</strong> em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong>Janeiro, 1980 a 2003.Terreno Baldio1,44%Matagal1,08%Outros locais14,39%Rua83,09%Nos gráficos a seguir, são apresenta<strong>da</strong>s as distribuições <strong>da</strong>s violações em locais fechados. Cerca<strong>de</strong> 50% <strong>da</strong>s GVDH e linchamentos em locais fechados ocorreram em residências. As residências sãocenário <strong>de</strong> 59% <strong>da</strong>s execuções e 36% dos casos <strong>de</strong> violência policial. Bares/lanchonetes e transportespúblicos são os outros locais privilegiados na ocorrência <strong>de</strong> linchamentos, com 25% ca<strong>da</strong> um. As execuçõese ações <strong>de</strong> violência policial ocorreram em transportes públicos e outros meios <strong>de</strong> transportealém <strong>de</strong> bares/lanchonetes.Gráfico 206: Graves violações <strong>de</strong> direitos humanos ocorri<strong>da</strong>s em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong>0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.Meio <strong>de</strong> Transporte12,12%Bar / Lanchonete6,73%Transporte Público6,73%Outros locais24,58%Residência49,83%1925 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


Gráfico 207: Execuções ocorri<strong>da</strong>s em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro,1980 a 2003.Meio <strong>de</strong> Transporte19,23%Bar / Lanchonete7,14%Transporte Público2,20%Outros locais13,19%Residência58,24%Gráfico 208: Linchamentos ocorridos em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong>Janeiro, 1980 a 2003.Bar / Lanchonete25,00%Transporte Público25,00%Residência50,00%Gráfico 209: Violência policial ocorri<strong>da</strong> em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong>Janeiro, 1980 a 2003.Bar / Lanchonete5,41%Meio <strong>de</strong> Transporte0,90%Transporte Público13,51%Outros locais44,14%Residência36,04%Sessenta e sete por cento <strong>da</strong>s ocorrências <strong>de</strong> GVDH ocorreram em <strong>de</strong>legacias, quando consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>sas Instituições <strong>de</strong> Segurança. As <strong>de</strong>mais ocorrências <strong>de</strong>ram-se em penitenciárias, carros <strong>da</strong> polícia,Febem (8,3%) e postos policiais (4,2%). Não houve registro <strong>de</strong> execuções em instituições <strong>de</strong>ssa natu-Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 193


eza. Por outro lado, 100% dos linchamentos ocorridos em ISP foram em <strong>de</strong>legacias, que também sãocenário <strong>de</strong> 62% <strong>da</strong>s ocorrências dos casos <strong>de</strong> VP nessas instituições.Gráfico 210: Graves violações <strong>de</strong> direitos humanos ocorri<strong>da</strong>s em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong>local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.FEBEM8,33%Posto Policial / Companhia <strong>da</strong> PM /Destacamento Militar4,17%Presídio / Penitenciária8,33%Quartel4,17%Delegacia66,67%Carro <strong>de</strong> Polícia8,33%Gráfico 211: Violência policial ocorri<strong>da</strong> em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.FEBEM9,52%Posto Policial / Companhia <strong>da</strong> PM /Destacamento Militar4,76%Presídio / Penitenciária9,52%Quartel4,76%Delegacia61,90%Carro <strong>de</strong> Polícia9,52%Os <strong>da</strong>dos segundo o motivo <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ante <strong>da</strong> violação são apresentados nos Gráficos 212 a 215.Em vinte e quatro por cento dos casos <strong>de</strong> GVDH (n. = 346), não foi informa<strong>da</strong> a motivação do evento(Tabela 57). Entre os casos cujo motivo foi explicitado, 26% (n. = 273) foram <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ados por envolvimentocom drogas e/ou jogo do bicho e 11,5% foram perpetrados por bala perdi<strong>da</strong>. Dezesseis por centodos casos tiveram várias versões sobre sua motivação.Nos noticiários sobre GVDH no Rio <strong>de</strong> Janeiro, apenas 2% dos casos (n. = 22) foram relatadoscomo sendo homicídios, latrocínios, tentativas <strong>de</strong> homicídio e estupros seguidos <strong>de</strong> morte. Há ain<strong>da</strong>uma gran<strong>de</strong> proporção <strong>de</strong> casos motivados por vingança e acerto <strong>de</strong> contas (7,9%, n. = 85) e limpeza ou<strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo (3,5%, n. = 37). Até mesmo os crimes contra a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> – roubos;seqüestros relâmpagos – são em maior número (11%, n. = 114). Cabe ressaltar também que 1,9% (n. =21) foi motivado por brigas e outros motivos fúteis tais como transgressão ou aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trânsito e1,4% (n. = 15) teve como motivação “atitu<strong>de</strong>s suspeitas”. Nas últimas colocações, estão os crimes contracrianças (0,2%, n. = 2) e estupros e atentados violentos ao pudor, com 0,1% (apenas 1 caso).1945 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


Gráfico 212: Proporção (%) <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.Drogas e/ou Jogo do Bicho25,5Várias Versões sobre o CrimeOutros14,315,5Por Engano (bala perdi<strong>da</strong>)Roubo eou Sequestro Relâmpago10,611,5Vingança e acerto <strong>de</strong> contas7,9Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>sLimpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo3,53,5Crimes contra a vi<strong>da</strong>Brigas e outros motivos fúteisAtitu<strong>de</strong> SuspeitaFuga e rebeliãoVários CrimesSequestroConflitos Rurais e relacionados à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>Crimes contra criançasEstupro e Atentado Violento ao Pudor2,12,01,41,00,50,30,20,20,10,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0Analisando as motivações por tipo <strong>de</strong> violação, percebemos algumas diferenças peculiares comos <strong>da</strong>dos <strong>para</strong> o País. No Rio <strong>de</strong> Janeiro, nos casos <strong>de</strong> execução sumária, a principal motivação foi oenvolvimento com drogas e/ou jogo do bicho (41,8%, n. = 123). Em segui<strong>da</strong>, temos as execuções porvingança ou <strong>para</strong> acertos <strong>de</strong> conta, com 25,2%, 74 casos. Em quarto lugar, há outros casos que indicamação <strong>de</strong> justiçamento e vigilantismo, cujas motivações são limpeza <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo (8,5%,n. = 25). Cabe ressaltar que em 16,7% dos casos noticiados não se <strong>de</strong>fine um motivo <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ante <strong>da</strong>execução, sendo relata<strong>da</strong>s várias versões <strong>para</strong> o crime (n. = 49).Das motivações que <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>aram linchamentos <strong>de</strong> crianças e roubo e/ou seqüestro relâmpago,com 42% (n. = 13). Em segun<strong>da</strong> posição, estão os crimes contra a vi<strong>da</strong> (homicídios e tentativas, latrocíniose estupros seguidos <strong>de</strong> morte), com 11 casos, 35,5% do total <strong>de</strong> linchamentos. Brigas e outros motivosfúteis e crimes contra crianças vêm em segui<strong>da</strong>, com 9,7% (n. = 3) e 6,5% (n. = 2), respectivamente.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 195


Gráfico 213: Proporção (%) <strong>de</strong> execução sumária segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro,1980 a 2003.Drogas e/ou Jogo do Bicho41,8Vingança e acerto <strong>de</strong> contas25,2Várias Versões sobre o Crime16,7Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo8,5Outros6,1Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s1,70,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0Gráfico 214: Proporção (%) <strong>de</strong> linchamentos segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.Roubo eou Sequestro Relâmpago41,9Crimes contra a vi<strong>da</strong>35,5Brigas e outros motivos fúteis9,7Crimes contra crianças6,4Vários Crimes3,2Outros3,20,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,01965 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


No Gráfico 215, apresentamos as motivações dos casos <strong>de</strong> violência policial contra crianças no Rio<strong>de</strong> Janeiro. Cerca <strong>de</strong> vinte por cento <strong>da</strong>s violações <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>aram-se por envolvimento comdrogas e/ou jogo do bicho (n. = 150). A proporção <strong>de</strong> crianças e adolescentes vitimados por bala perdi<strong>da</strong>é <strong>de</strong> 16,5% com 123 casos no período. Crimes relacionados a justiçamento (vingança e acerto <strong>de</strong> contas;limpeza <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo) somam 23 casos, ou 3,1%. Em quarto lugar, encontramos em 13,5%(n. = 101) dos casos, o roubo e/ou seqüestro relâmpago, seguido por ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s(<strong>de</strong>sacatos e resistência e/ou reação à or<strong>de</strong>m policial), com 33 casos, ou 4,5%. Ressaltamos ain<strong>da</strong>que crianças e adolescentes foram vitimados por brigas e motivos fúteis (2,4%, n. = 18) e por apresentarematitu<strong>de</strong> suspeita (2,0%, n. = 15). Os crimes contra a vi<strong>da</strong> e os costumes, juntos, motivaram menos<strong>de</strong> 2% do total <strong>de</strong> violência policial, proporção bastante inferior aos crimes contra a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>.Gráfico 215: Proporção (%) <strong>de</strong> violência policial segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong> Janeiro,1980 a 2003.Drogas e/ou Jogo do Bicho20,1Outros18,0Por Engano (bala perdi<strong>da</strong>)Várias Versões sobre o Crime15,716,5Roubo eou Sequestro Relâmpago13,5Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s4,4Brigas e outros motivos fúteisAtitu<strong>de</strong> SuspeitaLimpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivoFuga e rebeliãoCrimes contra a vi<strong>da</strong>Vingança e acerto <strong>de</strong> contas2,42,01,61,51,51,5Vários CrimesSequestroConflitos Rurais e relacionados à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>Estupro e Atentado Violento ao Pudor0,50,40,30,10,0 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0 22,5Ao consi<strong>de</strong>rarmos as GVDH em conjunto, em 89% dos casos as crianças e adolescentes foram vítimasdiretas <strong>da</strong> ação, e em 72,3%, eram a vítimas principais, em 2%, foram vítimas inocentes/secundáriase em 14,75%, <strong>de</strong> bala perdi<strong>da</strong>. A vitimização indireta, ou seja, situação representa<strong>da</strong> pela presençano local ou testemunho <strong>da</strong> violação, representa 4,8% dos casos. Em to<strong>da</strong>s as violações, predominam asvítimas diretas <strong>da</strong> ação, 86,7% <strong>da</strong>s execuções sumárias, 94,9% dos linchamentos, 90,3% <strong>de</strong> violênciapolicial. A proporção <strong>de</strong> vítimas principais (alvo) nos casos <strong>de</strong> execução sumária, linchamento e violênciapolicial foi <strong>de</strong> 84,6%, 90,9% e 64%, respectivamente.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 197


Gráfico 216: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos segundo papel do agente, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Rio <strong>de</strong>Janeiro, 1980 a 2003.100,0%90,0%80,0%70,0%60,0%50,0%40,0%30,0%20,0%10,0%0,0%Execuções Linchamentos Violência Policial GVDHnão informa 5,89% 6,06% 6,29% 6,14%Outras pessoas presentes no local 2,09% 0,00% 1,75% 1,83%Testemunhas/pessoas liga<strong>da</strong>s à vítima principal 5,32% 0,00% 1,63% 2,96%Vítima <strong>de</strong> bala perdi<strong>da</strong> 0,76% 0,00% 23,89% 14,75%Vítima inocente 1,33% 3,03% 2,45% 2,05%Vítima Principal (alvo) 84,60% 90,91% 63,99% 72,27%Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças eadolescentes em São PauloEm São Paulo, a mídia noticiou 3.918 casos <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> direitos humanos contra criançase adolescentes <strong>de</strong> 0 a 19 anos, no período <strong>de</strong> 1980 a 2003. Isso representa 69% <strong>de</strong> todos os registrosdo País. Dentre as violações, predominam as execuções sumárias (62%) com 2.428 casos. As ações <strong>de</strong>violência policial resultaram 1.375 casos (35,1%) e os linchamentos 115 eventos (2,9%).Gráfico 217: Distribuição <strong>da</strong>s graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, por tipo <strong>de</strong>violação. São Paulo, 1980 a 2003.violência policiallinchamento35,09%2,94%(n=1375)(n=115)execução sumária61,97%(n=2428)1985 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


100,0%Em 16% por cento dos casos <strong>de</strong> GVDH, as vítimas eram crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos.A maioria <strong>da</strong>s vítimas (n. = 3.406, 86,9%) encontra-se na faixa etária <strong>de</strong> 15 a 19 anos. As vítimas <strong>da</strong>s <strong>de</strong>maisfaixas etárias, 10 a 14, 5 a 9 e 0 a 4 anos representam 9,4% (n. = 368), 2,2% (n. = 87) e 1,5% (n. = 57) dototal <strong>da</strong>s vítimas, respectivamente (Gráfico 218). Consi<strong>de</strong>rando os tipos <strong>de</strong> violações, não há registros<strong>de</strong> linchamentos em menores <strong>de</strong> 9 anos. As vítimas entre 10 a 14 anos correspon<strong>de</strong>m a 2,6% (n. = 3) doscasos, estando a maioria entre 15 e 19 anos (97,4%, n. = 112). Contra crianças <strong>de</strong> 0 e 9 anos, foram registrados98 execuções (4%) e 46 casos <strong>de</strong> violência policial (3,%). O número <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> violações contraadolescentes entre 15 e 19 anos representa 85% <strong>da</strong>s execuções e 89,4% dos casos <strong>de</strong> VP, vitimando 2.065e 1.229 adolescentes, respectivamente (Gráfico 218).Gráfico 218: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo faixa etária e tipo <strong>de</strong>violação. São Paulo, 1980 a 2003.97,39%85,05%89,38%86,93%80,0%60,0%40,0%20,0%10,91%7,27%9,39%0,0%1,69% 2,35% 2,61%1,16%2,18% 1,45% 2,22%execução linchamento Violência Policial GVDH00 a 04 anos 05 a 09 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anosChama-nos atenção que a distribuição <strong>da</strong>s violações em ca<strong>da</strong> faixa etária (Gráfico 219) é feita entreas execuções sumárias, entre 60,6% (15 a 19 anos) a 72% (10 a 14 anos) <strong>da</strong>s ocorrências, e as ações <strong>de</strong> violênciapolicial, variando <strong>de</strong> 27,2% (10 a 14 anos) a 36,1% (15 a 19 anos). Os linchamentos têm participação<strong>de</strong> 0,8% na faixa 10 a 14 anos e 3,3%, entre adolescentes <strong>de</strong> 15 a 19 anos. Nos grupos etários <strong>de</strong> 0 a 4 e 5 a 9anos, as ações <strong>de</strong> violência policial foram responsáveis por 28,1% (n. = 16) e 34,5% (n. = 30), respectivamente.Ain<strong>da</strong> nessas faixas etárias, as execuções vitimaram 71,9% (n. = 41) e 65,5% (n. = 57), respectivamente.Consi<strong>de</strong>rando a distribuição <strong>da</strong>s violações em grupo por gênero (Gráfico 220), 88,2% (n. = 3.455)<strong>da</strong>s vítimas são do sexo masculino. Foram vitima<strong>da</strong>s 420 meninas entre 0 e 19 anos, representando10,7% do total <strong>de</strong> vítimas. Os meninos são maioria em todos os tipos <strong>de</strong> violação, com 85,4%, 97,4% e92,4% dos casos <strong>de</strong> execuções, linchamentos e ações <strong>de</strong> VP, respectivamente.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 199


80,0%Gráfico 219: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo tipo <strong>de</strong> violação e faixaetária. São Paulo, 1980 a 2003.71,93% 72,01%65,52%60,0%60,63%61,97%40,0%34,48%36,08%35,09%28,07%27,17%20,0%0,0%3,29% 2,94%0,82%00 a 04 anos 05 a 09 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anos Totalexecução sumária linchamento violência policialGráfico 220: Graves violações <strong>de</strong> direitos humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo sexo e tipo <strong>de</strong> violação.São Paulo, 1980 a 2003.100,0%97,39%92,36%88,18%85,38%75,0%50,0%25,0%0,0%13,67%10,72%6,18%2,61%execução sumária linchamento violência policial GVDHFemininoMasculino2005 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


90,0%No Gráfico 221, apresentamos as distribuições <strong>da</strong>s violações em ca<strong>da</strong> grupo por gênero. Em SãoPaulo, há predomínio <strong>da</strong>s execuções em ambos os gêneros, com 79% entre as meninas e 60% entre osmeninos. As ações <strong>de</strong> violência policial vitimaram 20,2% <strong>da</strong>s meninas e 36,8% dos meninos. Os linchamentoscorrespon<strong>de</strong>m a 3,2% do total <strong>de</strong> casos entre meninos e 0,7% entre meninas.Gráfico 221: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo tipo <strong>de</strong> violação e sexo.São Paulo, 1980 a 2003.75,0%79,05%60,0%60,00%45,0%36,76%30,0%20,24%15,0%0,0%Feminino0,71%Masculino3,24%execução sumária violência policial linchamentoEm São Paulo, 58,1% <strong>da</strong>s graves violações (n. = 2.408) ocorreram em locais públicos/abertos e27,7% em locais privados/fechados (n. = 1.147). Os <strong>de</strong>mais casos distribuem-se <strong>da</strong> seguinte maneira:7,1%, em outros locais, 4,9%, em favelas e 2,3%, em instituições <strong>de</strong> segurança pública (Gráfico 222). Emto<strong>da</strong>s as violações, há predomínio <strong>da</strong>s ocorrências em ambientes abertos, com 57,6% <strong>da</strong>s execuções,47,8% dos linchamentos e 59,9% <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> VP. Não há registros <strong>de</strong> linchamentos em favelas, on<strong>de</strong> foramregistrados 4,5% <strong>da</strong>s execuções (n. = 119) e 6,1% dos casos <strong>de</strong> violência policial (n. = 83). A proporção<strong>de</strong> ocorrência em instituições <strong>de</strong> segurança pública é maior nos casos <strong>de</strong> linchamento (12%).A rua foi palco <strong>de</strong> 2.039 (84,7%) violações ocorri<strong>da</strong>s em locais abertos. Estra<strong>da</strong>s/rodovias, matagaise terrenos baldios também figuram entre os locais públicos <strong>de</strong> ocorrências <strong>da</strong>s violações, somando12,1%. Dos linchamentos ocorridos em locais abertos, 92,7% tiveram como cenário a rua, bem como84,7% <strong>da</strong>s execuções e 84,1% <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> violência policial (Gráficos 223 a 226).Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 201


Gráfico 222: Proporção (%) <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo local<strong>de</strong> ocorrência. São Paulo, 1980 a 2003.60,0%57,61%59,94%58,11%50,0%47,83%40,0%30,0%31,25%29,57%27,68%20,0%20,61%10,0%0,0%12,17%10,43%6,55%7,72%5,68%7,05%2,29%0,11%execução linchamento violência policial GVDHLocal Aberto Local Fechado Instituição <strong>de</strong> Segurança Pública Outros FavelaGráfico 223: Graves violações <strong>de</strong> direitos humanos ocorri<strong>da</strong>s em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.Estra<strong>da</strong> / Rodovia5,15%Matagal3,61%Terreno Baldio3,36%Rua84,68%Outros locais3,20%Gráfico 224: Execuções ocorri<strong>da</strong>s em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo,1980 a 2003.Estra<strong>da</strong> / Rodovia5,10%Terreno Baldio3,53%Matagal2,61%Rua84,71%Outros locais4,05%2025 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


Gráfico 225: Linchamentos ocorridos em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo,1980 a 2003.Matagal3,64%Estra<strong>da</strong> / Rodovia1,82%Terreno Baldio1,82%Rua92,73%Gráfico 226: Violência policial ocorri<strong>da</strong> em local aberto por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo,1980 a 2003.Rua84,08%Estra<strong>da</strong> / Rodovia5,47%Matagal5,47%Terreno Baldio3,16%Outros locais1,82%Nos gráficos que se seguem, apresentamos as distribuições <strong>da</strong>s violações em locais privados/fechados ocorri<strong>da</strong>s em São Paulo. Quarenta e três por cento <strong>da</strong>s GVDH em locais fechados ocorreramem residências, que também são cenário <strong>de</strong> 44,3% <strong>da</strong>s execuções, 14,7% dos linchamentos e 36% doscasos <strong>de</strong> violência policial. Chama atenção o gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> ocorrências em escolas, 7% dos casos<strong>de</strong> execuções e ações <strong>de</strong> violência policial. A maior parte dos linchamentos ocorridos em locais privadosocorreu em transporte público (23,5%). Este é o cenário <strong>de</strong> 7,4% <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> violência policial. Outroslugares como bares/lanchonetes e meios <strong>de</strong> transporte figuram como principais locais privados <strong>para</strong> aocorrência <strong>de</strong> execuções e linchamentos.Gráfico 227: Graves violações <strong>de</strong> direitos humanos ocorri<strong>da</strong>s em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.Bar / Lanchonete17,44%Escola7,41%Meio <strong>de</strong> Transporte7,06%Outros locais25,11%Residência42,98%Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 203


Gráfico 228: Execuções ocorri<strong>da</strong>s em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo,1980 a 2003.Bar / Lanchonete21,08%Meio <strong>de</strong> Transporte9,76%Escola7,71%Outros locais17,11%Residência44,34%Gráfico 229: Linchamentos ocorridos em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo,1980 a 2003.Estação <strong>de</strong> Metrô / Trem11,76%Comércio8,82%Outros locais20,59%Transporte Público23,53%Residência14,71%Bar / Lanchonete20,59%Gráfico 230: Violência policial ocorri<strong>da</strong> em local fechado por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. SãoPaulo, 1980 a 2003.Comércio15,90%Escola7,42%Transporte Público7,42%Outros locais26,86%Residência42,40%Das 95 GVDH ocorri<strong>da</strong>s em instituições <strong>de</strong> segurança pública, 66,3% foram perpetra<strong>da</strong>s em <strong>de</strong>legacias.As Febem e penitenciárias vêm em segui<strong>da</strong> com 10,5% e 9,5%, respectivamente. Outros locais,tais como postos policiais, carros <strong>de</strong> polícia e quartéis somam 13,7% dos eventos nessas instituições.Dois terços dos casos <strong>de</strong> execuções em ISP foram em postos policias, que também foram cenário <strong>de</strong>2045 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


14,3% dos linchamentos. As <strong>de</strong>legacias (65,4%), a Febem (12,8%) e presídios/penitenciárias (10,3%) foramos principais cenários <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> violência policial.Gráfico 231: Graves violações <strong>de</strong> direitos humanos ocorri<strong>da</strong>s em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong>local, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.FEBEM10,53%Presídio / Penitenciária9,47%Outros locais13,68%Delegacia66,32%Gráfico 232: Execuções ocorri<strong>da</strong>s em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a 19anos. São Paulo, 1980 a 2003.Posto Policial / Companhia <strong>da</strong> PM/ Destacamento Militar66,67%Delegacia33,33%Gráfico 233: Linchamentos ocorridos em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0 a19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.Presídio / Penitenciária7,14%Posto Policial / Companhia <strong>da</strong> PM/ Destacamento Militar14,29%Delegacia78,57%Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 205


Gráfico 234: Violência policial ocorri<strong>da</strong> em instituições <strong>de</strong> segurança pública por tipo <strong>de</strong> local, população <strong>de</strong> 0a 19 anos. São Paulo, 1980 a 2003.FEBEM12,82%Presídio / Penitenciária10,26%Outros locais11,54%Delegacia65,38%Os gráficos 235 a 238 apresentam as GVDH segundo motivação do evento. Não há esse tipo <strong>de</strong>informação em 45,2% (n = 1.770) dos casos <strong>de</strong> GVDH registrados pela imprensa (Tabela 61). Dentre oscasos cuja motivação foi informa<strong>da</strong>, 30,2% (n = 648) foram por roubo e/ou seqüestro relâmpago. Vingançae acerto <strong>de</strong> contas estão como segundo motivo, 14,2%. Apenas 2,6% dos casos (n = 55) foram <strong>de</strong>crimes contra a vi<strong>da</strong> (homicídios, latrocínios e tentativa <strong>de</strong> homicídios). Foram registrados 57 casoscuja motivação foi limpeza ou <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo, 2,7%, 68 violações causa<strong>da</strong>s porbrigas e outros motivos fúteis (3,2%) e 69 por apresentarem “atitu<strong>de</strong>s suspeitas” (3,2%).Gráfico 235: roporção (%) <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19anos. São Paulo, 1980 a 2003.Roubo eou Sequestro Relâmpago30,2Vingança e acerto <strong>de</strong> contas14,2Várias Versões sobre o Crime12,5Outros11,0Drogas e/ou Jogo do Bicho8,3Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>sAtitu<strong>de</strong> SuspeitaBrigas e outros motivos fúteisLimpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivoCrimes contra a vi<strong>da</strong>Por Engano (bala perdi<strong>da</strong>)Vários CrimesFuga e rebeliãoSequestroCrimes contra criançasEstupro e Atentado Violento ao PudorConflitos Rurais e relacionados à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>3,63,23,22,72,72,62,01,41,20,70,50,30,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,02065 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


Em São Paulo, a principal motivação nos casos <strong>de</strong> Execução Sumária (38% dos casos) é vingançae acerto <strong>de</strong> contas, assim como observado <strong>para</strong> os <strong>da</strong>dos do País. Em segui<strong>da</strong>, vêm as execuções por envolvimentocom drogas e/ou jogo do bicho, com 18%, não incluindo os casos em que há várias versõessobre a violação, (22%). Há ain<strong>da</strong> execuções <strong>para</strong> limpeza <strong>de</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo e ocorrênciasenvolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s, como <strong>de</strong>núncia contra policiais.Gráfico 236: Proporção (%) <strong>de</strong> execução sumária segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo,1980 a 2003.Vingança e acerto <strong>de</strong> contas38,0Várias Versões sobre o Crime21,8Drogas e/ou Jogo do Bicho18,0Outros14,4Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo7,4Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s0,40,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0A principal motivação dos linchamentos ocorridos em São Paulo foi roubo e/ou seqüestro relâmpago,com 48,7% (n. = 55). Homicídios e tentativas, latrocínios e estupros seguidos <strong>de</strong> morte ocupama segun<strong>da</strong> posição <strong>de</strong>ntre as motivações, com 16,8% do total <strong>de</strong> linchamentos. Houve 15 linchamentoscujo motivo foram os crimes contra crianças (13%).Estupros e atentados violentos ao pudor e brigas pormotivos fúteis ocupam as quarta e quinta posições, ambos com 8 casos (7,1%) (Gráfico 237).Segundo o Gráfico 238, assim como nos linchamentos, a principal motivação <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> violênciapolicial foram os roubos e/ou seqüestros relâmpagos, com 593 casos, 47% <strong>da</strong>s ocorrências comcrianças e adolescentes. Os casos por motivações diversas e várias versões sobre o crime somam 17,7%.As motivações envolvendo ocorrência com autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s – <strong>de</strong>sacatos e resistência à or<strong>de</strong>m policial –, atitu<strong>de</strong>suspeita e brigas e outros motivos fúteis vêm em segui<strong>da</strong> com 5,8% (n. = 74), 5,4% (n. = 69) e 4,7%(n. = 60), respectivamente. Foram 55 (4,3%) as vítimas <strong>de</strong> bala perdi<strong>da</strong>. Os crimes contra a vi<strong>da</strong> motivaram3% <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> violência policial e os “justiçamentos” – vingança e acerto <strong>de</strong> contas e limpeza <strong>da</strong>área e queima <strong>de</strong> arquivo – foram motivação <strong>de</strong> 13 casos, (1 %).Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 207


Gráfico 237: Proporção (%) <strong>de</strong> linchamentos segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo,1980 a 2003.Roubo eou Sequestro Relâmpago48,7Crimes contra a vi<strong>da</strong>16,8Crimes contra crianças13,3Estupro e Atentado Violento ao Pudor7,1Brigas e outros motivos fúteis7,1Vários Crimes2,7Outros2,7Drogas e/ou Jogo do Bicho0,9Várias Versões sobre o Crime0,90,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0Gráfico 238: Proporção (%) <strong>de</strong> violência policial segundo motivação, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. São Paulo,1980 a 2003.Roubo e/ou Sequestro Relâmpago46,7Outros9,8Várias Versões sobre o Crime8,0Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>sAtitu<strong>de</strong> SuspeitaBrigas e outros motivos fúteisPor Engano (bala perdi<strong>da</strong>)Drogas e/ou Jogo do BichoVários CrimesCrimes contra a vi<strong>da</strong>Fuga e rebeliãoSequestroVingança e acerto <strong>de</strong> contasConflitos Rurais e relacionados à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>Estupro e Atentado Violento ao Pudor5,85,44,74,33,23,13,02,42,01,00,50,20,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,02085 - Linchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil


Oitenta e três por cento dos casos <strong>de</strong> GVDH tiveram as crianças e adolescentes como vítimasdiretas <strong>da</strong> ação. Destas, 78,5% eram o alvo (vítima principal), em 1,7% vítimas inocentes/secundárias e2,6% vítimas <strong>de</strong> bala perdi<strong>da</strong>. Vítimas presentes no local do crime ou testemunhas <strong>da</strong> violação representam3,3% dos casos. Para to<strong>da</strong>s as violações, a maior parte <strong>da</strong>s vítimas era o alvo: 70,6% <strong>da</strong>s execuçõessumárias, 99,1% dos linchamentos, 90,7% <strong>de</strong> violência policial. Para os linchamentos, 100% <strong>da</strong>scrianças e adolescentes eram vítimas diretas <strong>da</strong> ação.Gráfico 239: Graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos segundo papel do agente, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. SãoPaulo, 1980 a 2003.100,0%90,0%80,0%70,0%60,0%50,0%40,0%30,0%20,0%10,0%0,0%Execuções Linchamentos Violência Policial GVDHnão informa 16,76% 0,00% 2,04% 11,10%Outras pessoas presentes no local 4,12% 0,00% 0,87% 2,86%Testemunhas/pessoas liga<strong>da</strong>s à vítima principal 5,15% 0,00% 0,22% 3,27%Vítima <strong>de</strong> bala perdi<strong>da</strong> 1,77% 0,00% 4,36% 2,63%Vítima inocente 1,65% 0,87% 1,82% 1,68%Vítima Principal (alvo) 70,55% 99,13% 90,69% 78,46%Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 209


6Consi<strong>de</strong>rações finaisAs últimas duas déca<strong>da</strong>s foram marca<strong>da</strong>s por várias e importantes transformações socioeconômicase políticas. Em 1990, foi criado o Estatuto <strong>da</strong> Criança e do Adolescente (ECA) com o intuito <strong>de</strong>garantir direitos básicos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e saú<strong>de</strong> a crianças e adolescentes <strong>de</strong> até 18 anos. Nesse período <strong>de</strong> existênciado ECA, várias ações e discussões foram levanta<strong>da</strong>s sobre temas como: trabalho infantil, exploraçãosexual, redução <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> infantil, aumento <strong>de</strong> vagas nas escolas e diminuição <strong>da</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong> penal. Por outro lado, vimos o crescimento <strong>da</strong>s graves violações <strong>de</strong> direitos humanos – execuções,violência policial e linchamentos – o que passou a atingir também os jovens <strong>de</strong> até 20 anos. Todos essestemas encontram-se intimamente ligados à acentuação <strong>da</strong>s <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s sociais e a precarie<strong>da</strong><strong>de</strong> doaparelho público. E ain<strong>da</strong> se atrelam a maior exposição ao consumo <strong>de</strong> álcool e drogas, acesso a armas<strong>de</strong> fogo, fortalecimento do crime organizado. Diante <strong>de</strong>sse quadro, o crescimento <strong>da</strong> violência, bemcomo <strong>da</strong> última <strong>de</strong> suas conseqüências, o homicídio, é algo inevitável e tem atingido to<strong>da</strong>s as cama<strong>da</strong>s<strong>da</strong> população, inclusive crianças e adolescentes.É necessário enten<strong>de</strong>r a violência e todos os seus agentes. E tal compreensão <strong>de</strong>ve converter-seem propostas amplas e efetivas, <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> prevenção <strong>da</strong> violência que atuem <strong>de</strong> forma a modificara reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Tais ações preventivas <strong>de</strong>vem estar integra<strong>da</strong>s com medi<strong>da</strong>s estruturais <strong>para</strong> redução<strong>da</strong> <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>. Segundo Cardia e Schiffer (2002), o acesso a direitos como saú<strong>de</strong>, educação e lazersão fatores <strong>de</strong> proteção <strong>da</strong> violência. Também há <strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> a implementação <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong>prevenção em lugares do País on<strong>de</strong> o tema não tem sido <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente explorado.Ain<strong>da</strong> que a violência contra crianças e adolescentes venha se tornando um problema <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>preocupação no Brasil, com ocorrências <strong>de</strong> homicídios, bem como execuções, linchamentos e violênciapolicial, pouco se sabe sobre seu ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro impacto. Desta forma, o presente relatório visa contribuircom a compreensão <strong>de</strong>sse fenômeno, por meio do estudo <strong>de</strong> sua dinâmica entre crianças e adolescentes,distribuição entre grupos <strong>de</strong> gênero e i<strong>da</strong><strong>de</strong>, assim como a análise temporal em diferentes áreasgeográficas do País. A seguir, um resumo com os resultados alcançados e as recomen<strong>da</strong>ções finais.Resumo dos principais resultadosNo período <strong>de</strong> 1980 a 2002, o número <strong>de</strong> homicídios entre crianças e adolescentes <strong>de</strong> 0 a 19 anosfoi 16% do total <strong>de</strong> homicídios em todo o País. A maior parte <strong>de</strong>sses homicídios ocorreu nas Regiões Nor<strong>de</strong>stee Su<strong>de</strong>ste, especialmente nos Estados <strong>de</strong> São Paulo, Rio <strong>de</strong> Janeiro e Pernambuco. O impacto doshomicídios na mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s crianças e jovens brasileiros apresenta diferenças importantes entre osgrupos etários, predominando os homicídios na faixa etária dos 15 aos 19 anos. Nessa faixa, inclusive, aproporção <strong>de</strong> mortes por homicídios supera as por aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito. Há diferenças também <strong>para</strong>os grupos por gênero e, <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> óbito feminino, há sete óbitos masculinos. Ressaltamos também oimportante papel <strong>da</strong>s armas <strong>de</strong> fogo, responsável por 59% do total <strong>de</strong> homicídios nessa faixa etária.O coeficiente <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes apresentou crescimentono País entre os anos <strong>de</strong> 1980 a 2002. Quando consi<strong>de</strong>rados os coeficientes <strong>para</strong> Estados e capitais, asHomicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 211


maiores taxas <strong>de</strong> crescimento relativo foram encontra<strong>da</strong>s em Estados e capitais <strong>da</strong>s regiões Nor<strong>de</strong>stee Centro-Oeste.Ao longo <strong>da</strong> série, ao consi<strong>de</strong>rarmos os Estados, encontramos algumas discrepâncias nos <strong>da</strong>dos,como, por exemplo, taxas muito baixas ou muito altas, sem, no entanto, estabelecer uma tendência.Para enten<strong>de</strong>r melhor tal dinâmica, <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar a subnotificação <strong>de</strong> óbitos. Esta subnotificaçãopo<strong>de</strong> resultar em uma subestimação dos óbitos por homicídios, influenciando a análise <strong>de</strong> série temporale a com<strong>para</strong>ção dos <strong>da</strong>dos entre Regiões, Estados e capitais. Mello Jorge (1990) aponta problemastais como sub-registro <strong>de</strong> óbitos, subnotificação, falhas <strong>de</strong> preenchimento nas <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> óbito,além do envio <strong>de</strong>ficiente <strong>da</strong>s informações ao Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>.Também realizamos a análise dos <strong>da</strong>dos do Banco <strong>de</strong> Dados <strong>da</strong> Imprensa sobre graves violações<strong>de</strong> direitos humanos do Núcleo <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>da</strong> Violência. Os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> direitos humanosem crianças e adolescentes <strong>de</strong> até 19 anos foram analisados <strong>para</strong> Brasil, São Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro,e segundo o tipo <strong>de</strong> violação – execuções sumárias, linchamentos e violência policial. Do total <strong>da</strong>s violaçõesocorri<strong>da</strong>s, 14% foram cometi<strong>da</strong>s contra crianças e adolescentes <strong>de</strong> até 19 anos.Po<strong>de</strong>-se observar um padrão na distribuição <strong>da</strong>s violações se consi<strong>de</strong>rarmos os <strong>da</strong>dos <strong>para</strong> Brasile São Paulo. No Rio <strong>de</strong> Janeiro, tais ocorrências obe<strong>de</strong>cem a uma outra dinâmica. Em to<strong>da</strong>s as ocorrênciaspredominam as vítimas do sexo masculino entre 15 e 19 anos, embora, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, as proporçõessão um pouco menores em relação aos outros, o que <strong>de</strong>monstra que as violações nesse Estadoacometem um pouco mais as meninas e também as faixas mais jovens.As execuções sumárias são maioria no Brasil e em São Paulo, enquanto no Rio <strong>de</strong> Janeiro predominamos casos <strong>de</strong> violência policial. As violações ocorrem geralmente em locais abertos/públicos, principalmenteem vias públicas (Brasil e São Paulo) e em favelas (Rio <strong>de</strong> Janeiro). Das ocorrências em local fechado/privadoe instituições <strong>de</strong> segurança pública, a maior parte aconteceu em residências e <strong>de</strong>legacias,respectivamente, <strong>para</strong> as três uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> estudo. Quanto ao que motiva a violação, no Rio <strong>de</strong> Janeiro,temos como principal motivo o envolvimento com drogas e/ou jogo do bicho em to<strong>da</strong>s as violações. NoBrasil e em São Paulo, a maior parte <strong>da</strong>s violações é motiva<strong>da</strong> por roubo e/ou seqüestro relâmpago. Emtodos os casos, a maior parte <strong>da</strong>s vítimas figura como sendo a vítima principal, alvo <strong>da</strong> ação.As execuções sumárias são motiva<strong>da</strong>s principalmente por vingança e/ou acerto <strong>de</strong> contas noBrasil e em São Paulo. No Rio, predominam as ações motiva<strong>da</strong>s por envolvimento com drogas e/ou jogodo bicho. Embora a maioria <strong>da</strong>s execuções ocorri<strong>da</strong>s em instituições <strong>de</strong> segurança pública no Brasiltenha acontecido em <strong>de</strong>legacias, em São Paulo, a maior parte ocorreu em postos policiais e, no Rio <strong>de</strong>Janeiro, não foram registra<strong>da</strong>s ações <strong>de</strong>ste tipo nestas instituições <strong>para</strong> essa faixa etária.Os casos <strong>de</strong> linchamentos não ultrapassam 5% do total <strong>da</strong>s violações no Brasil, São Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro.Sua principal motivação é roubo e/ou seqüestro relâmpago, seguido <strong>de</strong> crimes contra a vi<strong>da</strong>. No Rio<strong>de</strong> Janeiro, 100% dos linchamentos ocorridos em instituições <strong>de</strong> segurança pública foram em <strong>de</strong>legacias.As ocorrências <strong>de</strong> violência policial são maioria no Rio <strong>de</strong> Janeiro, com mais <strong>de</strong> 50% <strong>da</strong>s violações,em que a maior parte <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> ação se dá em favelas, enquanto no Brasil e em São Paulo, elasacontecem predominantemente na rua. Outra particulari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> violência policial no Rio <strong>de</strong>Janeiro é que a motivação, na maioria dos casos, é o envolvimento com drogas e/ou jogo do bicho.Para concluir, apresentaremos brevemente os padrões <strong>de</strong> evolução temporal <strong>da</strong>s taxas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>por homicídios, observados entre 1980 e 2002. É importante levar em consi<strong>de</strong>ração os comentáriosfeitos acerca dos problemas na classificação dos óbitos, os quais po<strong>de</strong>m influenciar as tendências2126 - Consi<strong>de</strong>rações finais


observa<strong>da</strong>s. Ain<strong>da</strong> que as mortes por homicídios tenham aumentado em todo o País durante o período,<strong>de</strong>vemos ressaltar que o padrão <strong>de</strong> crescimento não foi uniforme nos Estados e capitais. Po<strong>de</strong>-se dizerque quatro padrões diferentes foram encontrados, ao com<strong>para</strong>rmos as taxas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> específicasa ca<strong>da</strong> Estado ou capital, com aquelas encontra<strong>da</strong>s <strong>para</strong> o Brasil (Quadro 1).Taxas mais eleva<strong>da</strong>s e padrão <strong>de</strong>crescenteNo período <strong>de</strong> 1980 a 2002, não houve Estados ou capitais cujas taxas tenham obe<strong>de</strong>cido a estepadrão durante todo o período. Apenas em Fortaleza tal tendência <strong>de</strong> taxas altas, mas em <strong>de</strong>clínio, foiobserva<strong>da</strong> na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1980. Em Porto Alegre, além <strong>da</strong>s capitais Maceió e Salvador, tal tendência foiobserva<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990 a 1999. Em 1999, o Estado <strong>de</strong> Roraima apresentou maior taxa que os outros Estados.De 2000 a 2002, Roraima, São Paulo e Distrito Fe<strong>de</strong>ral apresentam maior taxa. Dentre as capitais, valeressaltar Recife, São Paulo, Campo Gran<strong>de</strong> e Cuiabá. Não é possível dizer, no entanto, que o problemanesses Estados esteja sob controle, principalmente em São Paulo, cujas taxas são quase o dobro <strong>da</strong>sencontra<strong>da</strong>s <strong>para</strong> o País no final do período. É importante analisar se tal tendência <strong>de</strong> que<strong>da</strong> observa<strong>da</strong>resulta <strong>de</strong> alterações na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informações ao longo <strong>da</strong> déca<strong>da</strong>, ou do efeito <strong>de</strong> estratégias epolíticas públicas <strong>para</strong> prevenção <strong>da</strong> violência.Taxas mais baixas e padrão <strong>de</strong>crescenteMais uma vez, é importante consi<strong>de</strong>rar o possível efeito <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informaçõesao longo <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> como possível explicação <strong>para</strong> o padrão observado neste grupo, entre os anos <strong>de</strong> 1990e 2002, em alguns Estados <strong>da</strong>s regiões Norte e Nor<strong>de</strong>ste. No final do período, Minas Gerais também apresentoutal tendência <strong>de</strong> que<strong>da</strong>. Entre as capitais, São Luís apresentou taxas inferiores, <strong>de</strong> 1990 a 2002.Taxas mais baixas e padrão crescenteA maioria dos Estados apresenta TMAF baixas, quando com<strong>para</strong><strong>da</strong>s àquelas encontra<strong>da</strong>s <strong>para</strong>o Brasil, com uma tendência crescente ao longo do período. A melhoria global na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informaçõessobre mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma explicação possível <strong>para</strong> esta tendência <strong>de</strong> crescimento. No entanto,torna-se importante analisar em maior profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> e monitorar a evolução dos homicídios nessesEstados e capitais, assim como trabalhar no sentido <strong>de</strong> garantir uma maior padronização na classificaçãodos óbitos. Entre as capitais, Palmas e Teresina apresentaram crescimentos relativos bastanteimportantes, merecendo, conseqüentemente, especial atenção.Taxas mais eleva<strong>da</strong>s e padrão crescenteNo período <strong>de</strong> 1980 a 2002, alguns Estados e capitais, além <strong>de</strong> apresentarem taxas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>por homicídios mais eleva<strong>da</strong>s do que aquelas encontra<strong>da</strong>s <strong>para</strong> o Brasil, apresentam uma tendênciacrescente. Neste grupo, chama atenção o Estado <strong>de</strong> Pernambuco, Recife, cujas taxas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> porhomicídio são extremamente eleva<strong>da</strong>s durante todo o período. Ressaltam-se ain<strong>da</strong> as taxas do EspíritoSanto e sua capital Vitória, que mantêm o padrão <strong>de</strong> taxas eleva<strong>da</strong>s durante quase todo o período. OsEstados e capitais <strong>de</strong>ste grupo merecem especial atenção e esforços concentrados <strong>para</strong> a prevenção <strong>da</strong>violência contra crianças e adolescentes.O presente quadro é bastante preocupante. A ocorrência <strong>de</strong> homicídios – gran<strong>de</strong> parte resultante<strong>da</strong> violência interpessoal – é um problema que atinge o cotidiano <strong>da</strong> população brasileira, principalmentejovens do sexo masculino. <strong>Estudos</strong> <strong>de</strong> vitimização <strong>de</strong>monstram que a exposição à violênciaafeta a vi<strong>da</strong> e os padrões <strong>de</strong> relação nas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s brasileiras, exposição essa que, na maioria <strong>da</strong>s vezes, écria<strong>da</strong> pelas inúmeras <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s a que nossa população está sujeita.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 213


Quadro 1: Evolução dos coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios nos estados e capitais brasileiras, 1980 a 2002.taxas mais altas,tendência <strong>de</strong> que<strong>da</strong>taxas mais baixas,tendência <strong>de</strong> que<strong>da</strong>taxas mais baixas,tendência <strong>de</strong>crescimentotaxas mais altas,tendência <strong>de</strong>crescimentoEstados1980 a 1989 1990-1999 2000-2002 1980-2002*** Rio Gran<strong>de</strong> do Sul***Acre, Amazonas,Roraima, Pará,Tocantins, Maranhão,Piauí, Ceará, RioGran<strong>de</strong> do Norte,Paraíba, Alagoas,Sergipe, Bahia, MinasGerais, Espírito Santo,Paraná, Santa Catarina,Rio Gran<strong>de</strong> do Sul,Mato Grosso, Goiás eDistrito Fe<strong>de</strong>ralRondônia, Amapá,Pernambuco, Rio <strong>de</strong>Janeiro, São Paulo,Mato Grosso do Sul eDistrito Fe<strong>de</strong>ralAcre, Pará, Maranhão,Piauí e Rio Gran<strong>de</strong> doNorteAmazonas, Roraima,Tocantins, Ceará,Paraíba, Alagoas,Sergipe, Bahia, MinasGerais, Paraná, SantaCatarina, Mato Grossodo Sul, Mato Grosso eGoiásRondônia, Amapá,Pernambuco, EspíritoSanto, Rio <strong>de</strong> Janeiro eSão PauloRoraima, São Paulo eDistrito Fe<strong>de</strong>ralAmazonas, Paraíba eMinas GeraisRondônia, Acre, Pará,tocantins, Maranhão,Piauí, Ceará, RioGran<strong>de</strong> do Norte,Alagoas, Sergipe,Bahia, Paraná, SantaCatarina, Rio Gran<strong>de</strong> doSul, Mato Grosso do Sule GoiásAmapá, Pernambuco,Espírito Santo, Rio <strong>de</strong>Janeiro e Mato Grosso******Acre, Amazonas,Roraima, Pará,Tocantins, Maranhão,Piauí, Ceará, RioGran<strong>de</strong> do Norte,Paraíba, Alagoas,Sergipe, Bahia, MinasGerais, Paraná, SantaCatarina, Rio Gran<strong>de</strong>do Sul, Mato Grossodo Sul, Mato Grosso eGoiásRondônia, Amapá,Pernambuco, EspíritoSanto, Rio <strong>de</strong> Janeiro,São Paulo, e DistritoFe<strong>de</strong>raltaxas mais altas,tendência <strong>de</strong> que<strong>da</strong>taxas mais baixas,tendência <strong>de</strong> que<strong>da</strong>taxas mais baixas,tendência <strong>de</strong>crescimentotaxas mais altas,tendência <strong>de</strong>crescimentoCapitais1980 a 1989 1990-1999 2000-2002 1980-2002FortalezaMaceió e SalvadorManaus, Boa Vista,Macapá, João Pessoa,Recife, São Paulo,Campo Gran<strong>de</strong> e Cuiabá*** Belém, São Luís e Natal São LuísBoa Vista, Belém, SãoLuís, Teresina, Natal,Aracaju, Salvador, BeloHorizonte, Curitiba,Florianópolis, PortoAlegre, Campo Gran<strong>de</strong>,Cuiabá e GoiâniaPorto Velho, RioBranco, Manaus,Macapá, João Pessoa,Recife, Maceió, Vitória,Rio <strong>de</strong> Janeiro e SãoPauloPalmas, Teresina,Fortaleza, BeloHorizonte, Curitiba,Florianópolis, Goiâniae CuiabáPorto Velho, Manaus,BoaVista, Macapá, JoãoPessoa, Recife, Aracaju,Vitória, Rio <strong>de</strong> Janeiro,São Paulo, Porto Alegree Campo Gran<strong>de</strong>Palmas, Teresina,Fortaleza, Natal,Salvador eFlorianópolisPorto Velho, RioBranco, Maceió,Aracaju, BeloHorizonte, Vitória, Rio<strong>de</strong> Janeiro, Curitiba,Porto Alegre e GoiâniaPalmas, São Luís,Teresina, Fortaleza,Natal, Aracaju,Salvador, BeloHorizonte, Curitiba,Florianópolis e CuiabáPorto Velho, RioBranco, Manaus, BoaVista, Belém, Macapá,João Pessoa, Recife,Maceió, Vitória, Rio<strong>de</strong> Janeiro, São Paulo,Porto Alegre, CampoGran<strong>de</strong> e Goiânia2146 - Consi<strong>de</strong>rações finais


7Recomen<strong>da</strong>ções1. Melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação sobre vitimização <strong>de</strong> crianças e adolescentes noBrasil e criar sistemas <strong>de</strong> informação integradosNo Brasil, as informações sobre violência contra crianças e adolescentes são coleta<strong>da</strong>s por distintasinstituições, <strong>de</strong>ntre as quais se <strong>de</strong>stacam as instituições policiais, os institutos médico-legais eas instituições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que prestam atendimento às vítimas. Além <strong>da</strong>s fontes oficiais, <strong>da</strong>dos po<strong>de</strong>mser obtidos por meio <strong>de</strong> matérias publica<strong>da</strong>s na imprensa escrita, as quais se constituem em fonte estratégica<strong>para</strong> o estudo <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> direitos humanos não disponíveis nos bancos <strong>de</strong> <strong>da</strong>dosoficiais. Linchamentos, execuções sumárias e casos <strong>de</strong> violência policial são classificados seguindo atipologia prevista no código penal, o que inviabiliza o estudo <strong>de</strong> formas específicas <strong>de</strong> violações nãotipifica<strong>da</strong>s. To<strong>da</strong>s estas fontes apresentam limitações, em particular, no que se refere a informaçõessobre a vitimização não-fatal: em que pesem to<strong>da</strong>s as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s (relata<strong>da</strong>s na literatura) <strong>de</strong> as criançasregistrarem ocorrências <strong>de</strong> violência nas quais foram vítimas. Mesmo quando essas barreiras sãosupera<strong>da</strong>s, as polícias ten<strong>de</strong>m a fornecer <strong>da</strong>dos sobre as ocorrências policiais por tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>lito sem<strong>de</strong>sagregar os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> acordo com a i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> vítima. É necessário que as polícias sejam encoraja<strong>da</strong>s amu<strong>da</strong>r estas práticas <strong>para</strong> que se possa ter diagnósticos <strong>da</strong> vitimização não-fatal. O mesmo problemase dá com a área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, em que, além <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s em se processar a informação por i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>vítima, há ain<strong>da</strong>, com freqüência, reticência por parte <strong>de</strong>sses profissionais em relatar casos <strong>de</strong> violênciacontra criança quando o agressor é um familiar do qual a criança <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> (em termos materiaise emocionais) pelas conseqüências que tal <strong>de</strong>núncia po<strong>de</strong> ter <strong>para</strong> a criança. Cabe ressaltar que os estudos<strong>de</strong> vitimização, tradicionalmente utilizados como fonte complementar aos <strong>da</strong>dos policiais, nãoincluem nas populações estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s crianças menores <strong>de</strong> 16 anos. Sem um diagnóstico a<strong>de</strong>quado <strong>da</strong>situação é muito difícil o planejamento <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> prevenção a<strong>de</strong>quados e gran<strong>de</strong> o risco <strong>de</strong><strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> tempo e recursos.As fontes existentes são valiosas <strong>para</strong> o conhecimento <strong>da</strong> freqüência e distribuição dos eventosem grupos populacionais, assim como <strong>para</strong> o conhecimento <strong>da</strong>s características dos eventos, possibilitandoa i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> grupos vulneráveis e fatores <strong>de</strong> risco, passo fun<strong>da</strong>mental <strong>para</strong> o planejamento<strong>de</strong> ações preventivas. Informações sobre o tipo <strong>de</strong> violência – fatal e não-fatal – características e tipo<strong>de</strong> relação entre vítimas e agressores, tipo <strong>de</strong> arma, local dia, hora, motivação e intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong>, uso<strong>de</strong> álcool e/ou drogas são exemplos <strong>de</strong> informações importantes <strong>para</strong> o planejamento <strong>de</strong> ações quetenham como objetivo reverter a tendência <strong>de</strong> crescimento <strong>da</strong> violência (Concha-Eastman e Villaveces,2001; Concha-Eastman e Guerrero, 1999)Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 215


São muitas, entretanto, as falhas e lacunas existentes, o que compromete a análise dos <strong>da</strong>dos e aelaboração <strong>de</strong> um diagnóstico preciso. Neste sentido, torna-se necessário o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações<strong>para</strong> melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s informações já coleta<strong>da</strong>s, <strong>para</strong> compatibilizar as informações coleta<strong>da</strong>spor diferentes setores <strong>da</strong> administração pública e, ao mesmo tempo, aumentar o tipo <strong>de</strong> informaçãodisponível, criando, por exemplo, sistemas <strong>de</strong> informação padronizados sobre vitimização não-fatal<strong>de</strong> crianças e adolescentes nos registros policiais, nas escolas e nos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, em particular,informações sobre o tipo <strong>de</strong> agressão, o agressor e o local <strong>da</strong> agressão.No que se refere especificamente às informações sobre mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por causas externas em geral,e por homicídios em particular, um trabalho perante os institutos médico-legais torna-se necessárionão apenas <strong>para</strong> o preenchimento completo <strong>da</strong>s <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> óbito, mas, sobretudo, <strong>para</strong> reduziros erros <strong>de</strong> classificação e, conseqüentemente, o sub-registro <strong>de</strong> casos.As informações policiais – boletim <strong>de</strong> ocorrência e inquérito policial – carecem <strong>de</strong> padronização,ou seja, não existe no País um sistema padronizado <strong>para</strong> classificação, processamento e análise <strong>da</strong>socorrências criminais. A construção <strong>de</strong>sse sistema seria <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia <strong>para</strong> ampliar as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> diagnóstico do problema e monitoria <strong>da</strong>s ações.O mesmo po<strong>de</strong> ser dito sobre os casos <strong>de</strong> vitimização não-fatal que chegam ao sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>ou que ocorrem na re<strong>de</strong> formal <strong>de</strong> ensino. Inexiste no Brasil um sistema <strong>de</strong> informações padronizadosobre morbi<strong>da</strong><strong>de</strong> por causas externas, assim como um sistema <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informações padronizadosobre casos <strong>de</strong> vitimização infanto-juvenil quer por parte <strong>da</strong>s policias, quer no ambiente escolar. Aconstrução <strong>de</strong> tais sistemas será <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia <strong>para</strong> o aprofun<strong>da</strong>mento <strong>de</strong> estudos sobre a questão.A compatibilização <strong>da</strong>s informações coleta<strong>da</strong>s por diferentes agências e setores <strong>da</strong> administraçãopública é, neste cenário, mais um <strong>de</strong>safio aos gestores e constitui-se em ferramenta valiosa <strong>para</strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> planejamento, monitoria e avaliação. Não se trata <strong>de</strong> criar um sistema <strong>de</strong> informaçãoúnico, mas sim <strong>de</strong> estabelecer vias <strong>de</strong> comunicação efetivas entre os sistemas já existentes <strong>para</strong> promovera troca <strong>de</strong> informações e estabelecer planos <strong>de</strong> análise e ações conjuntas. Seria <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância,neste sentido, a realização <strong>de</strong> seminários intersetoriais locais, que tenham como objetivos:(1) apresentar e discutir os principais problemas existentes nas bases <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos oficiais; (2) sensibilizaros gestores e profissionais <strong>para</strong> a importância estratégica <strong>da</strong> informação <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ações preventivas; e (3) estabelecer grupos <strong>de</strong> trabalho que venham a <strong>de</strong>senvolver ações <strong>para</strong> a melhoria<strong>da</strong>s informações e integração dos sistemas <strong>de</strong> informação.Sistemas <strong>de</strong> informação1. Trabalhar com os institutos médico-legais <strong>para</strong> garantir o completo preenchimento <strong>da</strong>s <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> óbito ereduzir os erros <strong>de</strong> classificação dos óbitos por causas externas.2. Construir um sistema padronizado <strong>para</strong> classificação, coleta, processamento e análise <strong>da</strong>s ocorrências criminais.3. Construir um sistema <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informações padronizado sobre morbi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> crianças e adolescentes porcausas externas.4. Construir um sistema <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informações padronizado sobre casos <strong>de</strong> vitimização infanto-juvenil no ambienteescolar.5. Compatibilizar as informações coleta<strong>da</strong>s por diferentes agências e setores <strong>da</strong> administração pública.6. Desenvolver seminário intersetoriais locais e constituir grupos <strong>de</strong> trabalho <strong>para</strong> <strong>de</strong>senvolver ações que visem àmelhoria <strong>da</strong>s informações e integração dos sistemas <strong>de</strong> informação.2167 - Recomen<strong>da</strong>ções


2. Desenvolver estratégias <strong>de</strong> prevenção e medi<strong>da</strong>s <strong>para</strong> controlar e reduzir o número <strong>de</strong> casosOs <strong>da</strong>dos analisados <strong>de</strong>monstram a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> urgente <strong>de</strong> que sejam <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s<strong>para</strong> controle, redução e prevenção dos casos <strong>de</strong> violência contra crianças e adolescentes no Brasil.Para isso, são fun<strong>da</strong>mentais sistemas <strong>de</strong> informação válidos, que dêem subsídios <strong>para</strong> ações concretas,envolvendo distintos setores <strong>da</strong> administração pública, organizações não-governamentais e grupos<strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil organiza<strong>da</strong>. Neste sentido, seria <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância a construção <strong>de</strong> sistemas<strong>de</strong> vigilância <strong>de</strong> vitimização fatal e não-fatal que, não apenas compatibilizem e disponibilizem as informaçõessobre os casos, mas que <strong>de</strong>senvolvam ações <strong>de</strong> investigação ativa dos casos i<strong>de</strong>ntificados,sejam estes <strong>de</strong> vitimização fatal e não-fatal.Sistemas <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica têm como característica a coleta, processamento, análisee divulgação <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolverem ações <strong>de</strong> investigação <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> causasmais imediatas, vias <strong>de</strong> disseminação e perpetuação <strong>de</strong> problemas e agravos à saú<strong>de</strong>, visando ao <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> ações <strong>para</strong> controle. No caso específico <strong>da</strong> violência contra crianças e adolescentes,o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> vigilância <strong>da</strong> vitimização não-fatal, baseados na <strong>de</strong>tecção precoce<strong>de</strong> casos por meio <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> abuso, negligência e agressão por parte <strong>de</strong> profissionais<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e educação po<strong>de</strong>ria se constituir em uma importante ferramenta <strong>para</strong> o planejamento<strong>de</strong> ações conjuntas entre os setores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e educação, com envolvimento ativo dos conselhos tutelaresmunicipais, com visitas domiciliares programa<strong>da</strong>s, trabalho ativo com os pais e familiares eprogramação <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s no ambiente escolar, visando a redução <strong>de</strong> riscos e <strong>da</strong>nos relacionados àssituações <strong>de</strong> violência.Para tanto, seriam fun<strong>da</strong>mentais programas <strong>de</strong> treinamento e capacitação dos profissionais <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> – tanto na re<strong>de</strong> ambulatorial e <strong>de</strong> atendimento <strong>de</strong> emergência, quanto dos profissionais engajadosem programas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família – <strong>de</strong> ensino e aqueles que atuam nos Conselhos TutelaresMunicipais, visando à <strong>de</strong>tecção dos casos <strong>de</strong> agressão e as crianças e adolescentes em situação <strong>de</strong> vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.Treinamento e capacitação <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações em programas <strong>de</strong> visitaçãodomiciliar com ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s volta<strong>da</strong>s <strong>para</strong> os pais e esclarecimento sobre situações <strong>de</strong> risco, po<strong>de</strong>m vir ater um impacto significativo não apenas <strong>para</strong> redução e prevenção dos casos <strong>de</strong> violência doméstica,como também <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes. Ao mesmo tempo, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s escolares volta<strong>da</strong>s <strong>para</strong>professores, alunos e pais po<strong>de</strong>m ter um impacto adicional na violência que ocorre no ambiente escolar.Cabe ressaltar o papel estratégico <strong>da</strong>s escolas <strong>para</strong> a <strong>de</strong>tecção precoce e prevenção <strong>da</strong> violência na infânciae adolescência, principalmente, em regiões carentes <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> lazer e equipamentos culturais.Programas piloto em municípios selecionados que envolvam os setores <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> (em especial, asequipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família e os serviços <strong>de</strong> urgência e emergência), educação e os conselhos tutelarespo<strong>de</strong>m vir a ser um elemento encorajador <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações intersetoriais mais amplas.No que se refere à vitimização fatal, um sistema <strong>de</strong> vigilância com investigação ativa <strong>de</strong> casostambém se mostra necessário <strong>para</strong>, a um só tempo, i<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong> forma mais precisa os casos incorretamenteclassificados e obter informações mais aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong>s sobre os eventos. <strong>Estudos</strong> indicam que ainvestigação dos casos <strong>de</strong> mortes violentas <strong>de</strong> crianças, sejam essas aci<strong>de</strong>ntais ou não, <strong>de</strong>monstra quehá um sub-registro <strong>de</strong> homicídios, sobretudo nas faixas etárias <strong>de</strong> 0 a 7 anos.Um ponto ain<strong>da</strong> a ser ressaltado é a importância <strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolver ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> treinamentoe capacitação <strong>de</strong> policiais, visando priorizar, no momento <strong>da</strong> ação policial, a preservação <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> dosque se encontram no local <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> eventos criminosos, em <strong>de</strong>trimento <strong>da</strong> prisão do suspeito.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 217


Esse ponto merece <strong>de</strong>staque <strong>da</strong>do o número expressivo <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> crianças e adolescentes vítimas<strong>de</strong> violência policial e execução sumária e, sobretudo, o número <strong>de</strong> vítimas <strong>de</strong> bala perdi<strong>da</strong>, vítimasinocentes e vítimas por estarem presentes no local <strong>da</strong> ação policial.Cabe ressaltar que é fun<strong>da</strong>mental <strong>para</strong> a prevenção <strong>da</strong> violência o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> açõesintersetoriais que envolvam não apenas diversos setores <strong>da</strong> administração pública, mas também representantes<strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil organiza<strong>da</strong> e <strong>de</strong> organizações não-governamentais, encorajando Estadose capitais <strong>para</strong> a formação <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> trabalho <strong>para</strong> discussão <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> diagnósticoaprofun<strong>da</strong>do e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> políticas intersetoriais <strong>de</strong> prevenção.Estratégias <strong>de</strong> prevenção, controle e redução do número <strong>de</strong> casos1. Desenvolvimento <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> vigilância <strong>da</strong> vitimização não-fatal, baseado na <strong>de</strong>tecção precoce <strong>de</strong> casos pormeio <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> abuso, negligência e agressão por parte <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e educaçãocom envolvimento ativo dos Conselhos Tutelares.2. Treinamento e capacitação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> – tanto na re<strong>de</strong> ambulatorial e <strong>de</strong> atendimento <strong>de</strong> emergência,quanto dos profissionais engajados em programas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família – <strong>de</strong> ensino e aqueles que atuam nosConselhos Tutelares Municipais, visando à <strong>de</strong>tecção dos casos <strong>de</strong> agressão e as crianças e adolescentes em situação<strong>de</strong> vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.3. Treinamento e capacitação <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações em programas <strong>de</strong> visitação domiciliar com ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>svolta<strong>da</strong>s <strong>para</strong> os pais e esclarecimento sobre situações <strong>de</strong> risco.4. Desenvolvimento <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s escolares volta<strong>da</strong>s <strong>para</strong> professores, alunos e pais.5. Desenvolvimento <strong>de</strong> experiências piloto em municípios selecionados que envolvam os setores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (em especialas equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> família e os serviços <strong>de</strong> urgência e emergência), educação e os conselhos tutelares.6. Desenvolvimento <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> vigilância, com investigação ativa <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> vitimização fatal.7. Treinamento e capacitação <strong>de</strong> policiais.8. Encorajamento <strong>de</strong> Estados e capitais <strong>para</strong> a formação <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> trabalho intersetoriais <strong>para</strong> discussão <strong>de</strong>mecanismos <strong>de</strong> diagnóstico aprofun<strong>da</strong>do e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> políticas intersetoriais <strong>de</strong> prevenção.3. Apoiar novas pesquisas na áreaSão muitos os estudos que <strong>de</strong>monstram que os jovens são as principais vítimas <strong>de</strong> violência noBrasil. São escassos, entretanto, os estudos específicos sobre a vitimização fatal e não-fatal <strong>de</strong> criançase adolescentes que tentem i<strong>de</strong>ntificar causas e fatores <strong>de</strong> risco. O aprofun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong>s pesquisas naárea, utilizando-se <strong>de</strong> métodos quantitativos e qualitativos, aju<strong>da</strong>ria não apenas em um diagnósticomais preciso e aprofun<strong>da</strong>do sobre o problema mas, sobretudo, serviria <strong>de</strong> base <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> ações específicas <strong>para</strong> a prevenção <strong>da</strong> violência infanto-juvenil.Da mesma forma, seria <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> impacto <strong>para</strong> o planejamento <strong>de</strong> políticas públicas estimular ouso, por parte dos gestores, dos estudos e pesquisas já realizados pelas instituições <strong>de</strong> Ensino Superiore grupos <strong>de</strong> pesquisa, que po<strong>de</strong>m vir a <strong>da</strong>r subsídios valiosos <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento, a monitoria e aavaliação <strong>de</strong> ações. É este, na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, o objetivo maior <strong>da</strong> publicação <strong>de</strong>ste relatório: servir <strong>de</strong> instrumento<strong>de</strong> trabalho <strong>para</strong> os gestores locais.2187 - Recomen<strong>da</strong>ções


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9 AnexosMetodologiaEste relatório é composto por duas seções que se complementam: na primeira, são analisados – <strong>de</strong>forma <strong>de</strong>scritiva – os <strong>da</strong>dos oficiais sobre mortes por homicídios/agressões <strong>de</strong> crianças e adolescentes entre0 e 19 anos, e na segun<strong>da</strong>, analisamos, também <strong>de</strong>scritivamente, os <strong>da</strong>dos sobre linchamentos, execuçõessumárias e violência policial contra crianças e adolescentes na mesma faixa etária, ocorridos no Brasile noticiados pela imprensa escrita. Em ambos os casos, tratamos <strong>de</strong> violações <strong>de</strong> direitos <strong>de</strong> nossas criançase adolescentes, em especial do direito à vi<strong>da</strong>. As seções, <strong>de</strong>sta forma, complementam-se <strong>para</strong> comporum cenário no qual a vitimização <strong>de</strong> meninos e meninas emerge como um grave problema brasileiro.É possível supor que as vítimas fatais <strong>de</strong> linchamentos, execuções sumárias e violência policial estejamincluí<strong>da</strong>s entre os casos <strong>de</strong> morte por homicídios/agressões oficialmente registrados e processadospelo Sistema e Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (SIM/MS). Por isso a complementari<strong>da</strong><strong>de</strong>entre as duas seções não é <strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>; não se trata <strong>de</strong> somar às mortes por homicídios aquelasnoticia<strong>da</strong>s pela imprensa. Trata-se <strong>de</strong> qualificar ao menos algumas <strong>da</strong>s mortes por homicídios/agressões,e <strong>de</strong> pôr em evidência a permanência <strong>de</strong> traços autoritários que ain<strong>da</strong> permeiam as relações sociais noBrasil e que resultam na vitimização <strong>de</strong> um número expressivo <strong>de</strong> meninos e meninas brasileiros.O enfoque <strong>da</strong>do à questão central – morte violenta <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil – difereentre as duas seções, tanto conceitual como metodologicamente. Por este motivo, a abor<strong>da</strong>gem metodológica<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> seção será apresenta<strong>da</strong> se<strong>para</strong><strong>da</strong>mente.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens entre 1980 e 2002 no BrasilEsta seção segue um <strong>de</strong>senho ecológico com análise <strong>de</strong> série temporal <strong>de</strong>scritiva <strong>para</strong> o períodoentre 1980 e 2002 (Kleinbaum et al., 1982; Hennekens, 1987). As uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> análise são áreas políticoadministrativase geográficas do Brasil, suas cinco regiões, vinte e seis Estados fe<strong>de</strong>rativos e o DistritoFe<strong>de</strong>ral, e vinte e seis capitais (Quadro 1).A análise <strong>de</strong> série temporal compreen<strong>de</strong>ndo a população total <strong>de</strong> crianças e adolescentes foi realiza<strong>da</strong><strong>para</strong> to<strong>da</strong>s as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Para a análise segundo grupos por gênero e faixas etárias específicas(0 a 4, 5 a 9, 10 a 14 e 15 a 19 anos), selecionamos os Estados e capitais com cobertura pelo Sistema <strong>de</strong>Informações sobre mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> superior a 70% em 1991 e na maior parte dosanos durante a déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990. Foram selecionados, com base em <strong>da</strong>dos oficiais do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>(Tabela 94), os seguintes Estados e capitais: Rondônia e Porto Velho, Acre e Rio Branco, Rio <strong>de</strong> Janeiro(Estado e capital), São Paulo (Estado e capital), Minas Gerais e Belo Horizonte, Espírito Santo e Vitória,Paraná e Curitiba, Santa Catarina e Florianópolis, Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e Porto Alegre, Mato Grosso do Sule Campo Gran<strong>de</strong>, Goiás e Goiânia e o Distrito Fe<strong>de</strong>ral. Além dos Estados e capitais citados, incluímosPernambuco e Recife. Pernambuco é um dos Estados com melhor cobertura na Região Nor<strong>de</strong>ste (acimaHomicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 229


<strong>de</strong> 65% durante todo o período), atrás apenas <strong>de</strong> Sergipe. A inclusão <strong>de</strong> Pernambuco justifica-se pelamagnitu<strong>de</strong> do problema no Estado e, em especial em Recife, sua capital.A. Fonte <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos e variáveisMortes por causas externas: Dados do Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> do Ministério<strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (SIM/MS) foram obtidos <strong>para</strong> o período entre 1980 e 2002. Os <strong>da</strong>dos são codificados <strong>de</strong> acordocom a Classificação Internacional <strong>de</strong> Doenças (CID), revisão IX, <strong>de</strong> 1980 até 1995, e revisão X, <strong>de</strong> 1996 até2002. As mortes <strong>de</strong> crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos por local <strong>de</strong> residência, codifica<strong>da</strong>s comoCausa Externa (capítulos XVII e XX), foram extraí<strong>da</strong>s <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos em CD-ROM 35 , <strong>para</strong> a populaçãototal, por grupos <strong>de</strong> gênero e faixas etárias específicas. As mortes foram inicialmente classifica<strong>da</strong>s <strong>de</strong>acordo com subcódigos em <strong>de</strong>z variáveis (Quadro 2).Excluímos os subcódigos <strong>da</strong> CID-9 e CID-10 usados <strong>para</strong> classificar as mortes <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> intervençãomédica e do uso <strong>de</strong> substâncias medicamentosas <strong>para</strong> fins <strong>de</strong> tratamento. Consi<strong>de</strong>ramosque estas categorias refletem e são extremamente influencia<strong>da</strong>s pela quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> assistência médica,muito mais do que pelo problema <strong>da</strong> violência.Quadro 2: Variáveis <strong>de</strong> acordo com o CID-9 e CID-10.Variável CID-9 subcódigos CID-10 subcódigosCausas externas E800 – E869; E880 – E928; E950 - V01 a Y36E958; E960 – E968; E970 – E976; E980 – E988.Aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito E800 – E848 V01 a V99Suicídios E950 – E958 X60 – X84Intervenções legais E970 – E976 Y35Mortes com intencionali<strong>da</strong><strong>de</strong>in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> E980 – E988 Y10 – Y34Aci<strong>de</strong>ntes E850 - E869; E880– E928. W00 – X59Homicídios E960 – E968 X85 – Y09Homicídios por armas <strong>de</strong> fogo E965.0 – E965.4 X93 – X95Homicídios por outros instrumentos/meios que não armas <strong>de</strong> fogo E960 – E964; E965.5 – E968.8 X85 – X92; X96 –Homicídio com meio não especificado. E68.9 Y09População: Os <strong>da</strong>dos populacionais foram obtidos do Censo do Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografiae Estatística (IBGE), <strong>para</strong> os anos <strong>de</strong> 1980, 1991 e 2000 e <strong>da</strong> contagem <strong>da</strong> população efetua<strong>da</strong> no ano<strong>de</strong> 1996. Para os anos intercensitários, foram usa<strong>da</strong>s estimativas populacionais do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>(www.<strong>da</strong>tasus.gov.br).B. AnáliseAs mortes <strong>de</strong> 1980 a 2002 foram consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s inicialmente em conjunto, <strong>para</strong> <strong>de</strong>screver a magnitu<strong>de</strong>e distribuição dos casos <strong>de</strong> homicídios/agressões no Brasil nos 24 anos em estudo. Em um segundomomento, foi consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> a evolução temporal <strong>da</strong>s mortes. Os seguintes indicadores foramcalculados <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> ano, <strong>para</strong> a população total, e <strong>para</strong> grupos por gênero e faixas etárias específicas,em ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> análise:35. BRASIL. Sistema <strong>de</strong> Informação sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> 1979 1997. Dados <strong>de</strong> Declaração <strong>de</strong> Óbito. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>/FNS/CENE-PI/DATASUS. Brasília, Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 1998.BRASIL. Banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos dos Sistemas <strong>de</strong> Informação sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> e Nascidos Vivos: 1996 a 2002 [recurso eletrônico]/Ministério<strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Secretaria <strong>de</strong> Vigilância em Saú<strong>de</strong>, Departamento <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> situação <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Brasília: Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, 2004.2309 - Anexos


- mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> proporcional (%): proporção <strong>de</strong> óbitos por homicídios no total <strong>de</strong> mortes por causasexternas;- proporção <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças e adolescentes (%): proporção <strong>de</strong> homicídios <strong>de</strong> crianças eadolescentes no total <strong>de</strong> homicídios;- taxas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídio (/100 mil habitantes): relação entre o número <strong>de</strong> óbito porhomicídio e a população resi<strong>de</strong>nte.Quadro 3: Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> AnáliseUni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> AnálisePaís Regiões Estados CapitaisBrasilNorteNor<strong>de</strong>steSu<strong>de</strong>steSulCentro-OesteRondôniaPorto VelhoRoraimaBoa VistaAmazonasManausAcreRio BrancoParáBelémAmapáMacapáTocantinsPalmasAlagoasMaceióMaranhãoSão LuisBahiaSalvadorCearáFortalezaSergipeAracajuPernambucoRecifeParaíbaJoão PessoaR. G. Norte NatalPiauíTeresinaMinas GeraisBelo HorizonteRio <strong>de</strong> JaneiroRio <strong>de</strong> JaneiroEspírito SantoVitóriaSão PauloSão PauloR. G. do Sul Porto AlegreSanta CatarinaFlorianópolisParanáCuritibaMato GrossoCuiabáMato Grosso do SulCampo Gran<strong>de</strong>GoiásGoiâniaDistrito Fe<strong>de</strong>ralLinchamentos, execuções e violência policial <strong>de</strong> crianças e adolescentes no Brasil-O banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> imprensa do NEV-USP/CEPID/FapespA coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> imprensa sobre graves violações dos direitos humanos teve início no período<strong>de</strong> 1993 a 1994, e compreen<strong>de</strong>u, inicialmente, a coleta retrospectiva <strong>de</strong> informações, ou seja, foramcoletados <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> anos anteriores, mais especificamente do período <strong>de</strong> 1980-1989. A pesquisa foi rea-Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 231


liza<strong>da</strong> em acervos <strong>de</strong> jornais localizados em bibliotecas municipais, no Arquivo Público do Estado <strong>de</strong> SãoPaulo e arquivos <strong>de</strong> recortes, mantidos pelos jornais O Globo, Jornal do Brasil e O Estado <strong>de</strong> São Paulo.O Notícias Populares, por não manter em sua re<strong>da</strong>ção arquivo <strong>de</strong> recortes, foi o único que contou coma coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos diretamente dos jornais, o que permitiu estabelecer um melhor controle sobre o materialpesquisado. Em 1995, o Banco <strong>de</strong> Dados <strong>da</strong> imprensa passou por uma reestruturação que visava àsua informatização. Inicialmente, <strong>de</strong>senvolveu-se um formulário que permitiu certa padronização naclassificação dos casos, preservando, contudo, as especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> violação.Em 1997, iniciou-se um convênio com a Secretaria Nacional <strong>de</strong> Direitos Humanos do Ministério<strong>da</strong> Justiça, por meio do Projeto Bra 96/013 Projeto Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia e Direitos Humanos . O projeto tinhacomo objetivo fornecer subsídios <strong>para</strong> a formulação <strong>de</strong> políticas públicas e programas educacionais <strong>de</strong>prevenção <strong>da</strong> violência, além <strong>de</strong> permitir a avaliação <strong>da</strong>s agências responsáveis pela aplicação <strong>da</strong>s leise auxiliar na disseminação do Plano Nacional <strong>de</strong> Direitos Humanos. Durante a primeira fase do projeto,que se esten<strong>de</strong>u <strong>de</strong> 1997 a 1998, as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s centrais giraram em torno <strong>da</strong> informatização do banco<strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> imprensa, já vislumbra<strong>da</strong> nas discussões do ano <strong>de</strong> 1995. Inicialmente, foram inseridos nobanco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos eletrônico os casos ocorridos nos anos 90, visando a uma análise com<strong>para</strong>tiva entre osdois períodos tratados pelo banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, quais sejam, dos anos 1980 e 1990 a 1996.Em 1998, o Núcleo <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> <strong>da</strong> Violência iniciou a implementação dos projetos integrantes aoCentro <strong>de</strong> Pesquisa, Inovação e Difusão <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa do Estado <strong>de</strong> São Paulo (Cepid/Fapesp),<strong>de</strong>senvolvendo cinco pesquisas relaciona<strong>da</strong>s ao tema, sob enfoques diversos. A partir <strong>de</strong>então, o Banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> imprensa sobre as graves violações <strong>de</strong> Direitos Humanos passou a <strong>fazer</strong>parte do projeto Monitoramento <strong>da</strong>s Violações <strong>de</strong> Direitos Humanos . Em função do aumento do número<strong>de</strong> casos registrados e com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> refinar as análises possíveis pelo cruzamento dos <strong>da</strong>dospresentes no banco, foi feita uma mu<strong>da</strong>nça em sua estrutura eletrônica, modifica<strong>da</strong> <strong>de</strong> Access <strong>para</strong> SQL.Além disso, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, a coleta do material pesquisado é feita por um serviço <strong>de</strong> clipping terceirizado.Após esta triagem inicial, os pesquisadores do Banco <strong>de</strong> Dados fazem a leitura <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s notícias,selecionando e classificando-as <strong>de</strong> acordo com os temas estu<strong>da</strong>dos (linchamento, execução sumária eviolência policial). Em segui<strong>da</strong>, é feita a organização cronológica e análise <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> caso <strong>de</strong> violação <strong>de</strong>direitos humanos. Durante esta parte do trabalho, é preenchido um formulário em que constam to<strong>da</strong>sas variáveis <strong>de</strong> estudo com auxílio <strong>de</strong> um manual, no qual há explicações <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>s <strong>para</strong> a classificaçãodos casos. O passo seguinte é a revisão <strong>de</strong>sse trabalho por outro pesquisador com vistas a verificar possíveisinconsistências. Ca<strong>da</strong> caso é, então, inserido no banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos informatizado. Com as informaçõesca<strong>da</strong>stra<strong>da</strong>s, é possível realizar buscas diversas, cruzando diferentes períodos, variáveis e regiões.Além <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças já menciona<strong>da</strong>s com relação à metodologia <strong>da</strong> pesquisa, houve também alteraçõesrelativas à seleção <strong>da</strong>s fontes utiliza<strong>da</strong>s. Os jornais Notícias Populares e O Globo <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> sercoletados em 1992, por conta <strong>da</strong> contestação <strong>da</strong> credibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação que vinha sendo veicula<strong>da</strong> nojornal em questão (algumas reportagens, comenta<strong>da</strong>s até os dias atuais, sobre a Loira do banheiro , personagemmítico que assustava as crianças nos banheiros <strong>da</strong>s escolas, e sobre o Bebê Diabo são exemplos <strong>de</strong>notícias veicula<strong>da</strong>s pelo Notícias Populares que minaram sua credibili<strong>da</strong><strong>de</strong>). No caso <strong>de</strong> O Globo, a interrupção<strong>de</strong>u-se porque, naquele momento, não apresentava uma boa cobertura dos casos <strong>de</strong> violações <strong>de</strong>direitos humanos, mantendo-se o Jornal do Brasil <strong>para</strong> o acompanhamento <strong>da</strong>s ocorrências no Rio <strong>de</strong> Janeiro.A partir <strong>de</strong> 1997, passou-se a utilizar também o jornal Diário Popular <strong>de</strong> São Paulo, que apresentava umaexcelente cobertura sobre ocorrências policiais, tanto do ponto <strong>de</strong> vista quantitativo quanto qualitativo.Em 1999, uma nova modificação ocorreu com a substituição <strong>de</strong> o Jornal do Brasil por O Globo e a in-2329 - Anexos


trodução do jornal O Dia, ambos do Rio <strong>de</strong> Janeiro. A substituição menciona<strong>da</strong> <strong>de</strong>u-se pelos mesmos motivosapresentados pela mu<strong>da</strong>nça anterior, ou seja, nesse momento, O Globo voltou a apresentar uma boacobertura <strong>da</strong>s violações ocorri<strong>da</strong>s no Rio <strong>de</strong> Janeiro. Quanto a O Dia, trata-se <strong>de</strong> um jornal voltado <strong>para</strong> osestratos mais baixos <strong>da</strong> população, apresenta uma boa cobertura <strong>para</strong> as ocorrências policiais e, o maisinteressante é que, diferentemente <strong>de</strong> todos os outros jornais, propõe-se a <strong>fazer</strong> um jornalismo investigativo,publicando com freqüência séries <strong>de</strong> reportagens a respeito <strong>da</strong> Segurança Pública e criminali<strong>da</strong><strong>de</strong>.A imprensa mostra-se eficiente quanto à facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>aqui</strong>sição, em função <strong>de</strong> sua regulari<strong>da</strong><strong>de</strong>e pelo acompanhamento que po<strong>de</strong> <strong>da</strong>r a alguns casos, tanto em relação à percepção <strong>da</strong> população sobreas violações quanto sobre os possíveis <strong>de</strong>sdobramentos policiais e judiciais <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> tal ação. Éimportante ressaltar ain<strong>da</strong> que inexiste no País fonte oficial sobre ocorrências <strong>de</strong> violações <strong>de</strong> direitoshumanos cuja ocorrência, quando registra<strong>da</strong>, seja classifica<strong>da</strong> seguindo-se a tipologia prevista no códigopenal. Além disso, a utilização <strong>da</strong> fonte imprensa estabelece um retrato <strong>da</strong> situação do País e permitea proposição <strong>de</strong> análises a respeito <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> comportamento <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira em relaçãoaos direitos humanos, ao longo dos últimos anos. Estes <strong>da</strong>dos reforçam a importância <strong>da</strong> imprensacomo fonte <strong>para</strong> o acompanhamento e análise <strong>da</strong>s ocorrências <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> direitos humanos,assim como <strong>para</strong> a monitoria <strong>de</strong> ações que preten<strong>da</strong>m promover e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os direitos humanos.A fonte imprensa, entretanto, possui uma série <strong>de</strong> limitações e problemas, como a falta <strong>de</strong> conhecimentosobre os critérios e estabelecimento <strong>de</strong> priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>para</strong> a publicação dos casos; o uso, pordiferentes jornais, <strong>de</strong> diferentes qualificações <strong>para</strong> o mesmo caso, a concentração <strong>de</strong> notícias sobreocorrências no eixo Rio <strong>de</strong> Janeiro – São Paulo nos jornais ditos <strong>de</strong> cobertura nacional e a falta <strong>de</strong> informaçõessobre <strong>de</strong>sdobramentos <strong>da</strong>s violações, sobretudo na esfera judicial.Tendo em mente os limites impostos pelas fontes disponíveis e as alterações metodológicas acima<strong>de</strong>scritas, procuraremos i<strong>de</strong>ntificar as características dos casos <strong>de</strong> linchamento, execuções sumária e violênciapolicial contra crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos, ocorridos em diferentes regiões brasileiras,noticiados pelos jornais. Para este estudo, foram analisados casos ocorridos no Brasil no período <strong>de</strong> 1980até <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2002, utilizando como fonte a imprensa escrita <strong>de</strong> cobertura nacional. Os jornais utilizadoscomo fonte foram O Estado <strong>de</strong> S. Paulo, Folha <strong>de</strong> São Paulo, Diário <strong>de</strong> São Paulo, O Dia e O Globo.A divisão por Região utiliza<strong>da</strong> na pesquisa trata se<strong>para</strong><strong>da</strong>mente Brasil e os Estados <strong>de</strong> São Pauloe Rio <strong>de</strong> Janeiro. Tal escolha se <strong>de</strong>ve à maior concentração <strong>de</strong> casos nos Estados citados em <strong>de</strong>trimento<strong>de</strong> um número bem menor nos <strong>de</strong>mais, não sendo viável o estudo <strong>de</strong> todos os Estados se<strong>para</strong><strong>da</strong>mente.A predominância <strong>de</strong> casos do Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulo <strong>de</strong>ve-se, provavelmente, ao fato <strong>de</strong> os jornaisutilizados na pesquisa terem sua se<strong>de</strong> nos referidos Estados.A estrutura <strong>da</strong> análise apresenta<strong>da</strong> foi realiza<strong>da</strong> <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s espaciais Brasil,São Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro, evi<strong>de</strong>nciando além dos números absolutos <strong>de</strong> casos em ca<strong>da</strong> região, suasrespectivas percentagens.A pesquisa tem o intuito <strong>de</strong> apreen<strong>de</strong>r as principais características dos casos ocorridos em ca<strong>da</strong>região. Inicialmente, a atenção é volta<strong>da</strong> <strong>para</strong> as características <strong>da</strong>s vítimas. Neste sentido, serão apresentados<strong>da</strong>dos sobre gênero, i<strong>da</strong><strong>de</strong> e o papel <strong>da</strong> vítima (se era vítima principal <strong>da</strong> ação <strong>de</strong> violação, sefoi testemunha, vítima <strong>de</strong> bala perdi<strong>da</strong>, vítima inocente e outras). Serão apresenta<strong>da</strong>s ain<strong>da</strong> característicasdos casos: a motivação que <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou a ação <strong>de</strong> violação, registra<strong>da</strong> sob a categoria motivo<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ante . Esse crime é cometido pela pessoa que, após efetuá-lo (ou ser acusa<strong>da</strong> <strong>de</strong> tal crime),torna-se vítima <strong>de</strong> linchamento. Outro elemento observado é o local <strong>da</strong> ocorrência. Buscamos i<strong>de</strong>ntificarem quais lugares os atos <strong>de</strong> linchamentos acontecem com maior freqüência.Homicídios <strong>de</strong> crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 233


234Tabela 10: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre total <strong>de</strong> homicídios. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 13,1 12,6 12,2 13,0 13,1 14,7 15,3 14,7 14,7 15,5 15,6 15,2 14,6 15,6 15,9 16,0 15,9 16,4 17,1 17,1 17,9 17,7 17,7Região Norte 12,9 12,6 9,8 12,0 10,5 11,2 10,8 9,7 10,7 11,8 14,7 15,3 13,8 15,5 19,0 17,9 18,2 17,7 19,9 19,0 18,3 17,2 17,4Rondônia 9,3 6,3 5,8 6,3 9,7 6,6 8,6 5,4 9,0 8,8 9,0 11,4 9,4 11,8 13,1 13,6 13,0 10,7 14,2 12,3 12,9 12,0 12,2Acre 15,4 17,9 9,8 21,2 16,7 15,7 11,3 19,4 9,2 11,6 21,9 20,8 16,8 22,4 15,9 23,3 24,0 20,0 24,5 13,7 26,4 12,4 24,5Amazonas 14,5 14,0 14,1 17,2 15,3 15,8 20,1 14,7 16,7 14,0 19,6 21,1 16,8 21,4 25,8 22,9 23,3 23,7 24,3 25,6 21,0 20,8 22,2Roraima 9,1 37,5 3,4 5,0 11,8 8,3 23,1 28,6 10,0 3,5 13,4 6,3 7,4 11,6 11,5 10,3 18,7 13,3 18,8 31,8 24,6 16,7 18,9Pará 13,5 12,2 9,7 10,5 7,9 10,5 8,6 9,4 9,5 13,8 15,5 15,4 14,2 13,5 19,7 13,3 14,4 16,4 18,7 13,3 16,0 18,3 16,4Amapá 14,3 26,7 13,0 32,1 24,0 35,3 23,3 12,0 20,0 23,1 28,9 17,0 24,7 27,3 24,2 37,9 26,8 26,4 28,8 27,1 32,1 22,5 22,7Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 9,5 11,1 11,0 12,1 11,8 13,8 20,8 17,5 14,3 16,3 18,2 13,1 16,6 15,4Região Nor<strong>de</strong>ste 11,3 10,0 9,8 11,1 10,6 11,2 12,2 11,9 12,2 12,6 13,2 11,9 11,7 15,2 15,3 15,1 16,1 17,1 17,4 16,5 17,3 17,6 16,7Maranhão 9,3 9,0 7,5 10,4 8,7 4,9 8,9 6,6 8,2 8,8 12,0 11,7 9,1 10,4 14,1 16,1 14,6 11,1 15,2 14,1 18,5 16,5 14,0Piauí 18,0 17,6 9,9 5,6 16,0 6,6 13,6 12,2 12,8 9,9 15,6 8,7 12,0 17,9 16,3 13,2 17,1 22,5 20,0 10,5 17,8 18,3 19,5Ceará 12,1 12,7 10,3 13,7 13,8 12,0 11,9 12,0 10,1 10,2 11,9 11,4 12,3 14,2 10,2 15,0 15,1 15,1 14,4 13,1 16,4 15,7 14,4Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 11,7 13,5 13,4 9,2 3,7 14,2 8,7 7,4 13,4 11,9 17,0 13,7 12,6 11,9 19,0 15,4 14,6 18,7 21,2 12,9 12,5 14,6 13,4Paraíba 11,3 8,8 9,5 11,4 9,3 13,9 12,6 13,8 13,4 12,4 13,0 12,0 11,0 16,4 16,6 17,1 20,0 16,5 16,7 14,4 21,9 17,4 17,6Pernambuco 11,2 9,7 10,2 11,7 11,0 12,5 13,6 13,2 12,6 13,6 13,1 12,2 10,9 14,8 15,7 15,1 15,4 17,2 18,9 18,1 17,4 18,8 17,8Alagoas 10,7 8,9 7,4 6,8 7,7 7,2 10,1 9,3 10,6 11,2 9,2 9,2 8,8 11,8 10,9 10,9 12,7 14,0 13,7 15,0 18,7 18,6 16,3Sergipe 8,5 9,0 6,7 12,3 8,2 9,4 14,3 5,9 11,8 12,9 17,9 12,6 15,4 17,6 18,4 14,1 17,6 22,1 12,6 16,4 15,6 14,1 14,8Bahia 11,3 7,4 10,6 13,4 11,3 9,3 10,6 12,4 14,8 14,8 16,6 13,1 14,8 18,6 16,8 16,7 18,1 19,0 16,3 17,4 16,7 17,0 17,4Região Su<strong>de</strong>ste 14,6 14,4 14,4 14,9 14,9 17,7 18,2 17,3 17,3 17,9 17,2 16,9 16,4 16,1 16,0 16,2 16,0 16,4 17,1 17,5 18,4 18,2 18,5Minas Gerais 11,1 12,1 10,5 8,5 9,4 10,7 10,5 10,4 12,4 13,5 11,0 11,6 11,1 13,8 14,4 14,7 13,8 14,0 13,2 14,2 17,5 17,0 17,1Espírito Santo 9,8 10,1 8,2 10,7 8,2 8,8 8,5 12,3 9,9 10,4 11,0 9,9 12,2 14,0 12,9 14,7 15,4 15,7 17,3 18,3 17,1 17,8 19,4Rio <strong>de</strong> Janeiro 14,2 12,6 13,4 12,1 11,9 13,1 13,7 14,7 15,5 16,6 16,1 16,0 14,4 14,8 14,3 16,3 16,6 17,0 17,5 17,5 17,5 17,1 17,1São Paulo 16,6 16,5 16,4 17,2 17,2 20,9 21,5 19,8 19,3 19,7 19,3 18,7 18,4 17,5 17,7 16,4 15,8 16,3 17,3 17,8 19,1 18,9 19,4Região Sul 11,2 10,7 10,4 10,8 12,4 11,1 12,6 11,5 12,8 14,4 15,1 14,0 13,5 13,6 14,6 15,7 14,5 14,7 14,8 15,0 16,2 15,2 16,8Paraná 10,8 8,2 9,5 8,8 11,1 9,8 11,9 11,7 11,8 14,5 13,8 12,3 13,0 12,7 14,3 15,6 14,1 13,2 15,0 14,8 17,7 15,1 18,1Santa Catarina 9,1 12,2 8,6 11,7 11,5 10,6 9,2 7,2 9,7 12,5 10,7 11,0 8,7 12,1 12,9 12,6 15,8 14,2 12,5 13,1 12,5 12,4 14,5Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 12,5 13,7 12,5 13,9 14,7 13,1 14,4 12,9 14,6 14,8 17,1 15,9 15,0 15,1 15,4 16,6 14,5 16,3 15,2 15,6 15,5 16,0 16,1Região Centro-Oeste 9,6 10,6 10,2 9,8 9,9 10,0 10,8 10,1 9,7 11,2 10,4 13,4 12,7 15,5 15,2 15,5 14,2 15,6 17,4 17,1 17,3 17,7 17,0Mato Grosso do Sul 11,2 8,8 8,1 7,6 11,2 8,7 13,5 6,7 7,2 10,2 11,2 13,4 14,7 14,9 12,8 14,0 13,2 13,4 14,8 17,2 15,5 13,2 15,8Mato Grosso 7,9 7,8 7,7 3,5 4,1 4,8 4,8 5,2 4,2 7,0 6,7 9,7 7,9 9,6 12,0 12,3 10,5 13,1 15,9 12,7 12,9 14,7 15,0Goiás 9,0 9,5 9,5 9,8 9,3 9,9 10,5 9,3 10,5 10,2 8,1 13,0 10,0 13,5 13,2 14,5 13,4 14,7 12,9 15,2 17,8 17,8 17,4Distrito Fe<strong>de</strong>ral 9,7 18,5 16,2 18,2 16,4 16,8 17,1 20,7 17,1 20,8 16,6 17,4 20,0 22,6 22,1 21,3 20,3 22,5 27,2 25,1 24,3 25,7 20,6Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 11: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre total <strong>de</strong> homicídios, sexo masculino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 12,1 11,8 11,5 12,2 12,4 14,1 14,7 14,2 14,1 15,0 15,3 14,7 14,2 15,3 15,2 15,5 15,4 16,0 16,7 16,7 17,5 17,3 17,4Região Norte 11,2 10,7 8,7 11,3 9,5 10,5 9,2 8,2 9,8 10,8 14,2 14,7 13,4 14,8 18,1 17,3 17,7 17,5 18,9 18,0 17,4 16,3 16,9Rondônia 7,5 4,2 1,9 6,3 8,7 5,1 6,7 4,5 8,5 8,1 8,5 11,2 9,2 10,5 11,1 12,7 11,3 10,2 13,4 11,2 12,2 9,3 12,1Acre 16,7 18,5 11,1 13,8 12,5 16,3 7,1 17,2 10,0 10,1 20,7 18,6 17,0 22,8 16,9 23,3 24,7 18,6 24,5 11,4 25,8 11,9 24,3Amazonas 13,0 10,8 14,6 18,0 14,9 14,5 18,9 13,7 15,1 12,8 20,2 21,1 15,9 20,3 24,8 21,7 22,8 24,2 23,5 24,4 19,2 20,5 21,5Roraima 11,1 38,5 3,7 5,6 6,7 10,0 18,2 0,0 9,5 4,0 11,2 4,3 7,0 12,7 11,1 10,1 18,0 11,3 18,2 30,9 23,1 15,8 15,5Pará 11,2 10,7 8,6 9,6 7,1 10,4 7,8 8,0 8,3 12,7 15,1 14,2 14,0 13,2 18,9 12,8 14,3 15,9 17,3 12,0 15,2 18,1 16,0Amapá 14,3 27,3 9,5 29,2 23,8 33,3 19,2 5,3 20,0 25,0 28,2 16,7 23,2 27,9 23,1 38,9 26,2 27,3 27,7 28,6 31,6 22,4 23,1Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,1 8,5 10,8 11,9 9,9 13,7 19,4 16,2 14,0 15,5 16,5 13,2 14,4 14,1Região Nor<strong>de</strong>ste 10,2 9,0 9,0 10,2 9,6 10,2 11,1 11,1 11,5 12,0 12,3 11,1 11,1 14,8 14,7 14,5 15,6 16,7 16,9 15,9 16,7 17,2 16,3Maranhão 8,2 7,5 8,0 8,9 6,5 2,7 7,7 6,6 7,9 7,3 11,2 11,1 9,1 9,7 13,5 15,1 14,9 9,5 14,2 13,3 18,8 16,1 13,6Piauí 11,6 16,2 9,3 6,4 14,3 4,3 13,0 7,9 13,2 10,4 14,4 9,8 9,8 19,2 17,0 11,6 18,6 21,7 20,2 10,3 18,7 18,6 19,4Ceará 10,9 11,2 9,6 12,7 13,0 11,0 10,9 11,6 9,7 10,2 10,2 10,1 11,6 13,9 9,8 14,8 14,8 14,8 13,7 12,5 16,4 15,0 13,8Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 10,9 13,1 11,5 8,9 3,9 13,5 7,2 6,6 13,4 12,2 16,1 12,9 12,0 11,7 17,8 15,2 14,6 18,8 19,8 12,0 11,5 13,8 12,3Paraíba 11,2 8,1 8,7 11,0 8,3 12,3 10,8 13,8 10,5 11,5 11,5 12,2 10,0 15,1 16,9 15,1 17,5 16,3 15,5 14,1 21,6 17,5 17,8Pernambuco 10,3 8,8 9,6 10,7 10,3 11,8 12,6 12,5 12,2 13,2 12,1 11,6 10,6 14,4 15,2 14,8 15,0 16,9 18,7 17,6 16,8 18,4 17,3Alagoas 9,2 7,2 7,1 6,9 6,4 6,4 9,0 8,8 9,6 10,2 8,4 8,3 8,2 11,6 10,3 9,8 11,9 13,0 13,2 15,2 16,4 17,8 16,1Sergipe 7,1 8,7 5,6 6,8 5,6 3,8 11,6 4,9 12,7 10,5 17,4 11,8 14,8 17,1 18,3 12,3 15,9 23,3 11,7 14,6 14,2 14,4 14,1Bahia 9,4 6,6 8,5 10,9 9,3 8,3 10,2 10,7 13,8 13,9 16,1 11,0 14,0 18,2 15,7 16,4 17,6 18,3 15,4 16,2 16,0 16,5 16,8Região Su<strong>de</strong>ste 13,8 13,8 13,8 14,1 14,4 17,3 17,8 17,1 16,9 17,6 17,0 16,6 16,0 16,0 15,5 15,8 15,6 16,1 16,7 17,2 18,1 17,8 18,1Minas Gerais 10,2 10,6 9,1 6,9 8,1 9,4 9,0 9,6 10,7 12,5 10,2 11,9 9,9 13,7 13,1 14,8 13,8 13,3 12,2 13,1 16,7 16,6 16,7Espírito Santo 7,8 8,9 7,5 9,2 7,3 7,0 7,4 12,5 9,2 9,4 10,6 9,4 10,7 14,0 11,9 14,7 15,6 15,8 17,6 17,8 16,7 17,8 18,9Rio <strong>de</strong> Janeiro 14,0 12,3 13,1 11,6 11,3 12,9 13,2 14,6 15,3 16,4 16,0 15,6 14,3 14,6 14,0 16,1 16,4 17,0 17,5 17,3 17,2 16,9 17,1São Paulo 15,4 16,0 15,9 16,4 16,9 20,6 21,2 19,5 19,1 19,5 19,1 18,5 18,1 17,3 17,2 15,9 15,2 15,8 16,7 17,4 18,9 18,4 19,0Região Sul 9,5 9,6 9,1 10,2 11,1 10,0 11,7 10,4 12,0 13,7 14,7 13,1 12,7 12,8 13,4 14,7 13,5 13,9 13,8 14,0 15,4 14,8 16,3Paraná 9,0 6,9 8,3 8,4 9,5 8,4 11,0 11,1 10,6 13,3 13,6 11,1 11,6 12,2 12,7 14,1 13,4 12,5 13,8 14,2 17,3 15,0 17,7Santa Catarina 7,8 11,8 6,0 8,9 10,4 9,0 8,1 6,8 9,8 12,1 9,8 9,8 6,5 10,9 10,8 12,1 13,0 13,7 10,6 10,8 9,7 11,8 13,9Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 10,8 12,5 11,6 13,8 13,9 12,3 13,8 10,9 13,9 14,3 16,4 15,1 14,9 14,1 14,7 16,0 13,6 15,3 14,5 14,6 14,9 15,4 15,3Região Centro-Oeste 8,7 9,1 9,7 8,6 8,4 8,4 10,4 9,0 8,6 10,4 9,9 12,5 11,8 14,9 14,2 14,6 13,5 15,1 16,9 16,3 16,3 17,0 17,0Mato Grosso do Sul 11,0 5,0 7,3 6,9 9,9 8,5 12,8 6,4 6,2 9,1 11,4 12,1 12,4 13,8 11,4 14,3 12,0 12,4 14,5 16,5 14,4 11,7 15,7Mato Grosso 8,8 7,1 4,9 3,0 3,9 2,4 5,0 4,8 3,4 6,6 5,1 7,9 7,0 9,2 10,8 10,9 9,9 11,9 14,5 11,9 12,4 13,6 14,3Goiás 7,7 8,8 8,8 8,6 7,2 7,7 9,7 7,5 9,3 9,1 7,7 12,1 9,0 12,4 12,5 13,7 12,7 14,7 12,8 14,4 16,6 17,8 17,7Distrito Fe<strong>de</strong>ral 8,33 17,57 16,94 16,46 15,07 16,16 17,21 19,59 15,77 20,13 16,08 17,39 20,31 22,66 20,99 19,23 19,93 22,65 26,77 24,12 23,14 24,96 20,64Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>235


236Tabela 12: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre total <strong>de</strong> homicídios, sexo feminino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 22,7 20,5 19,2 20,7 20,7 21,4 22,0 20,4 20,6 21,0 20,3 20,3 19,7 19,3 22,5 21,1 20,8 20,4 22,3 22,6 23,3 22,6 22,0Região Norte 27,7 26,9 19,0 17,8 22,0 20,0 27,2 26,2 20,2 21,3 20,1 23,4 18,9 22,2 29,2 24,2 21,9 19,8 29,2 30,1 28,5 25,8 23,7Rondônia 25,0 33,3 33,3 7,1 27,3 23,1 34,6 17,2 14,6 14,9 16,2 12,1 11,4 21,8 32,4 21,6 23,3 15,2 22,2 21,1 19,6 33,8 13,6Acre 0,0 0,0 0,0 75,0 50,0 0,0 50,0 36,4 0,0 33,3 33,3 44,4 15,4 16,7 9,1 25,0 20,0 28,6 25,0 28,6 30,8 16,7 27,3Amazonas 23,8 42,9 10,5 8,3 19,0 29,4 36,4 25,0 30,4 25,8 16,1 22,2 30,8 33,3 40,7 33,3 30,3 18,2 32,7 37,3 47,2 23,6 31,4Roraima 0,0 33,3 0,0 0,0 50,0 0,0 50,0 100,0 14,3 0,0 25,0 22,2 11,1 0,0 16,7 12,5 22,2 30,0 25,0 40,0 31,8 28,6 50,0Pará 35,7 21,3 19,4 16,7 17,5 11,8 16,7 25,0 23,4 27,5 19,2 27,8 17,9 17,4 29,3 18,6 15,4 21,1 32,8 33,3 25,4 20,6 21,9Amapá 0,0 25,0 50,0 50,0 25,0 50,0 50,0 40,0 0,0 0,0 40,0 20,0 50,0 20,0 31,3 27,3 31,3 16,7 41,7 11,8 50,0 25,0 16,7Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 28,6 28,6 12,5 20,0 25,0 15,4 40,0 23,8 15,8 21,1 31,3 12,5 34,8 25,0Região Nor<strong>de</strong>ste 21,2 19,3 17,7 20,1 22,4 21,5 22,9 20,3 20,1 20,3 24,5 20,0 18,3 20,1 21,8 21,3 21,5 21,9 23,9 23,8 24,2 22,8 22,9Maranhão 20,0 25,0 0,0 22,2 33,3 33,3 36,4 6,3 13,0 25,0 21,9 16,7 10,0 18,2 20,8 25,0 12,9 21,7 24,1 22,2 15,6 20,4 20,5Piauí 57,1 33,3 14,3 0,0 33,3 28,6 18,2 66,7 10,0 5,9 40,0 0,0 30,0 7,7 10,0 21,1 0,0 30,8 20,0 14,3 7,1 17,1 22,2Ceará 29,0 29,3 18,4 25,0 25,0 24,4 20,8 15,0 14,7 10,6 31,1 24,5 21,4 18,0 15,3 18,2 19,0 17,6 25,0 20,9 16,0 22,8 20,8Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 28,6 16,7 33,3 11,8 0,0 25,0 28,6 16,7 13,3 7,1 25,0 23,5 20,0 14,3 26,3 16,7 14,3 18,5 35,0 20,8 22,7 25,0 26,1Paraíba 12,1 14,0 15,8 14,6 20,6 28,9 25,4 14,0 35,4 19,2 26,8 10,0 19,4 34,6 14,3 28,8 32,1 16,7 29,3 17,6 25,0 15,6 17,4Pernambuco 18,3 17,8 16,9 21,8 20,3 21,2 24,1 24,3 18,0 19,7 24,7 20,3 15,8 18,8 21,5 19,0 19,6 21,4 22,0 25,7 24,8 24,8 24,5Alagoas 23,3 22,7 11,4 5,8 22,7 13,8 23,3 14,9 21,3 22,7 18,2 17,9 15,1 14,0 18,8 23,0 20,0 24,2 20,0 12,7 42,2 29,6 20,0Sergipe 16,7 12,5 15,4 38,9 28,6 33,3 37,5 14,3 0,0 33,3 23,1 19,0 25,0 24,0 21,9 29,6 30,0 11,1 23,1 30,0 29,7 9,7 24,3Bahia 23,8 13,9 21,3 32,6 23,6 16,9 14,5 24,1 23,3 27,5 23,4 29,7 22,8 25,2 26,7 20,0 22,7 26,3 26,7 29,5 22,7 23,0 25,2Região Su<strong>de</strong>ste 22,7 20,0 19,6 22,5 19,3 21,5 22,4 19,9 21,3 21,3 19,5 19,7 20,3 18,1 21,2 20,0 20,6 19,7 21,1 21,4 22,1 22,9 22,4Minas Gerais 18,2 21,0 19,2 18,7 16,6 17,9 20,0 14,3 22,3 19,6 17,0 10,1 18,2 14,4 21,8 13,8 14,1 18,4 19,9 21,2 23,0 20,7 20,7Espírito Santo 25,0 19,0 15,6 23,7 15,6 26,2 15,9 11,5 16,0 21,3 14,8 14,7 24,7 14,9 22,2 15,4 13,8 14,8 14,7 23,4 22,1 16,7 24,2Rio <strong>de</strong> Janeiro 18,1 15,4 18,2 17,9 18,4 15,5 19,5 16,2 18,8 19,7 17,6 20,5 16,6 17,8 17,6 19,3 19,5 18,0 17,7 20,1 21,3 20,1 18,4São Paulo 27,0 21,7 20,7 24,8 20,7 24,3 24,9 23,4 22,6 22,5 21,9 21,9 22,0 19,6 23,3 22,0 23,5 21,7 24,3 21,9 22,3 25,5 24,7Região Sul 26,6 21,2 21,5 16,3 22,8 19,9 20,9 20,3 19,3 21,3 19,3 21,9 20,2 20,7 24,9 22,9 21,6 21,4 22,2 22,8 22,5 18,3 21,8Paraná 26,4 19,4 21,0 12,0 23,9 19,4 19,4 16,4 21,3 25,7 15,2 20,8 25,0 16,7 28,5 26,4 19,6 19,1 24,2 20,3 21,3 16,2 22,1Santa Catarina 21,7 16,7 26,7 28,3 20,6 22,9 26,7 10,0 8,9 15,4 17,8 21,1 22,0 23,5 26,7 16,7 29,9 17,6 21,7 28,0 32,1 16,7 18,7Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 28,8 25,8 20,0 14,5 22,1 19,2 21,7 30,9 21,7 19,7 23,1 23,1 16,1 24,8 21,0 21,2 20,3 24,2 20,4 23,9 20,7 21,1 22,7Região Centro-Oeste 16,8 21,9 16,8 20,0 23,2 24,0 14,5 19,5 20,5 20,1 16,4 20,2 19,0 20,9 25,1 23,4 19,0 20,3 22,0 23,2 26,2 23,9 17,6Mato Grosso do Sul 16,7 40,7 18,2 14,3 21,2 11,8 20,7 10,3 19,2 20,5 10,0 21,3 29,3 25,6 27,1 11,8 22,8 23,9 17,8 22,2 25,0 26,6 16,9Mato Grosso 0,0 14,3 50,0 11,1 6,7 29,2 2,9 10,0 13,8 12,9 23,1 24,5 14,3 12,9 30,0 24,2 14,9 23,0 25,8 21,1 18,5 25,0 21,7Goiás 16,7 14,9 16,4 20,0 27,6 25,4 17,2 22,0 19,8 19,8 12,1 19,1 16,0 20,8 18,3 19,4 16,8 14,9 14,5 19,7 26,1 17,6 14,5Distrito Fe<strong>de</strong>ral 23,1 25,0 7,1 30,4 26,3 23,8 16,1 30,3 30,0 30,4 22,5 17,3 17,5 22,4 34,0 42,1 25,0 20,8 31,5 33,3 43,9 36,4 20,0Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 13: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre total <strong>de</strong> homicídios. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002BRASIL 13,1 12,6 12,2 13,0 13,1 14,7 15,3 14,7 14,7 15,5 15,6 15,2 14,6 15,6 15,9 16,0 15,9 16,4 17,1 17,1 17,9 17,7 17,7Porto Velho 16,1 0,0 8,6 7,1 15,6 12,2 19,5 6,5 11,5 8,8 12,2 21,9 11,9 23,5 19,7 33,9 18,2 12,4 20,1 11,2 16,3 19,0 17,1Rio Branco 11,1 11,8 10,0 24,1 16,7 14,6 13,5 20,2 9,5 11,5 24,1 22,6 17,5 24,3 15,6 21,3 21,3 20,9 22,3 10,0 27,0 13,7 26,5Manaus 14,4 14,5 14,6 17,4 14,5 16,0 20,8 15,7 16,5 14,3 19,8 21,5 16,8 22,4 25,9 23,1 24,9 25,5 25,1 26,7 22,4 20,6 21,6Boa Vista 9,1 44,4 0,0 6,3 15,4 10,0 23,1 33,3 11,3 3,0 14,4 8,9 9,5 9,4 12,1 11,6 21,8 14,5 22,7 28,7 24,7 19,2 24,7Belém 15,6 11,6 7,8 14,8 10,5 12,2 13,8 11,5 13,7 19,0 21,4 16,8 14,6 16,0 24,8 15,9 17,6 19,0 20,4 20,1 23,8 27,4 22,3Macapá 16,7 30,8 11,1 27,8 25,0 34,4 25,9 9,5 17,6 26,9 31,3 9,8 25,8 31,4 25,0 38,9 28,2 25,5 30,0 26,9 31,7 24,8 19,7Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 25,0 12,5 20,0 25,0 28,6 28,6 12,5 10,0 15,0 13,3São Luís 8,7 12,5 7,5 13,3 17,4 8,0 15,9 8,8 10,3 12,4 21,1 14,6 14,1 16,5 19,6 21,2 17,6 13,1 20,3 13,0 22,3 20,4 16,7Teresina 18,8 23,1 6,7 4,3 21,3 15,6 18,9 16,7 18,3 13,0 17,2 9,3 14,6 28,3 24,1 16,2 23,0 27,8 21,8 15,1 23,4 25,7 27,1Fortaleza 12,9 12,1 9,7 17,3 15,0 14,5 14,9 13,3 10,5 10,9 14,9 13,5 15,3 16,0 11,1 18,1 16,5 18,5 18,6 15,9 18,7 19,7 17,5Natal 13,6 21,0 16,3 7,2 7,3 20,9 19,4 10,4 17,6 19,4 25,6 20,9 20,6 17,2 30,0 23,9 19,6 25,8 24,5 14,8 14,6 25,3 22,9João Pessoa 15,1 9,2 14,0 7,4 6,8 14,0 12,2 17,3 12,9 10,2 12,4 12,2 7,4 21,0 22,7 27,2 26,5 19,5 21,8 17,1 24,6 15,9 21,4Recife 15,7 11,3 10,3 14,2 13,2 18,1 19,2 18,3 17,0 20,9 17,4 16,6 13,1 20,3 24,8 22,9 23,1 24,3 26,0 21,7 21,0 23,0 21,4Maceió 10,8 10,9 6,6 9,0 12,1 10,3 13,6 11,2 18,5 16,4 13,1 13,6 12,3 14,4 14,2 15,5 15,7 19,2 15,7 20,1 22,8 22,9 20,0Aracaju 10,8 10,9 14,3 7,9 4,3 4,8 15,8 10,0 18,2 17,0 22,6 22,8 17,4 30,1 24,6 12,7 26,1 30,3 18,3 15,6 16,1 18,5 17,5Salvador 18,2 6,9 14,5 22,6 12,8 11,5 9,4 18,5 19,9 21,1 24,1 20,5 23,7 23,0 19,7 20,1 24,6 23,1 23,0 19,3 18,7 17,8 20,9Belo Horizonte 15,4 16,1 10,6 14,9 14,3 17,5 15,2 17,6 18,6 20,9 13,6 12,1 12,7 15,6 17,2 16,4 14,3 15,4 13,9 17,1 22,5 18,8 22,5Vitória 10,5 2,6 14,3 20,5 19,2 18,0 6,0 27,9 11,3 15,0 13,7 12,9 16,5 17,0 15,5 20,3 17,8 22,3 15,6 21,1 16,4 24,9 23,8Rio <strong>de</strong> Janeiro 15,6 15,2 14,9 11,7 14,2 15,3 15,0 18,1 18,5 17,5 19,9 19,2 19,2 17,6 17,4 20,7 19,6 20,7 22,3 21,5 21,1 21,4 21,1São Paulo 18,0 19,2 19,0 18,0 20,6 24,3 25,0 23,2 22,1 22,2 22,4 22,1 21,6 19,3 18,7 17,3 16,7 17,1 18,0 17,8 20,3 20,4 20,1Curitiba 15,2 18,6 15,4 10,9 16,1 8,7 11,6 9,8 18,6 13,4 20,7 23,9 16,9 15,3 18,4 15,9 17,0 13,1 14,8 16,6 22,1 17,7 18,3Florianópolis 12,5 28,6 0,0 0,0 8,3 25,0 8,3 0,0 12,5 23,1 7,7 23,1 0,0 21,1 7,1 13,0 23,1 6,5 12,0 10,7 15,8 17,7 16,7Porto Alegre 17,2 14,6 16,1 20,5 20,0 21,2 18,3 12,5 22,6 18,0 17,8 14,7 19,3 16,8 18,3 22,3 17,4 20,2 21,3 19,6 19,1 16,6 18,8Campo Gran<strong>de</strong> 10,0 13,8 10,6 10,5 20,4 7,7 21,8 6,8 7,6 14,8 17,3 18,0 16,8 14,9 20,1 17,6 14,9 16,9 15,9 22,8 20,2 16,3 17,6Cuiabá 0,0 0,0 20,0 0,0 10,0 7,7 22,7 13,5 10,0 17,2 8,3 12,0 16,1 17,5 29,6 14,8 12,4 16,3 22,9 21,0 20,2 22,6 25,3Goiânia 6,6 12,4 17,6 10,2 16,2 17,8 7,4 11,4 18,5 12,9 14,9 14,7 16,8 12,6 15,5 18,3 14,9 11,4 13,6 18,4 21,8 21,3 19,6Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>237


238Tabela 14: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre total <strong>de</strong> homicídios, sexo masculino. Brasil e Capitais 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002BRASIL 12,1 11,8 11,5 12,2 12,4 14,1 14,7 14,2 14,1 15,0 15,3 14,7 14,2 15,3 15,2 15,5 15,4 16,0 16,7 16,7 17,5 17,3 17,4Porto Velho 11,1 0,0 0,0 8,0 13,3 10,5 15,2 5,9 11,1 7,8 12,4 22,5 10,7 22,4 18,3 29,8 17,6 12,5 20,3 10,3 15,1 16,2 17,3Rio Branco 12,5 12,5 11,1 16,0 14,8 15,4 6,5 17,3 10,3 9,9 22,9 20,2 17,0 25,6 16,4 23,2 23,9 19,2 23,5 8,1 26,6 13,8 26,4Manaus 12,7 11,8 15,7 17,9 14,2 14,1 19,2 14,7 15,4 13,1 20,9 21,4 15,8 21,5 24,8 22,6 24,6 26,1 24,2 25,1 20,8 20,6 20,8Boa Vista 11,1 50,0 0,0 7,1 9,1 12,5 18,2 0,0 10,9 3,4 12,0 6,3 8,9 10,4 11,7 10,9 21,7 12,5 21,3 30,3 23,2 17,6 22,1Belém 14,2 11,2 7,8 15,1 10,7 12,5 14,2 10,1 14,3 17,1 21,0 16,7 15,4 15,7 23,4 16,0 16,8 18,5 19,6 18,6 23,6 28,2 23,1Macapá 16,7 30,0 6,3 25,0 25,0 32,1 21,7 6,3 17,6 29,2 31,0 8,3 24,1 31,9 24,4 39,1 27,1 26,3 29,1 28,4 31,1 24,6 20,0Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 25,0 14,3 12,5 14,3 28,6 30,8 14,3 11,1 13,9 14,3São Luís 7,3 10,4 8,3 7,7 14,3 4,2 12,5 8,4 9,5 11,5 19,9 14,2 13,9 16,5 18,3 19,8 18,7 12,0 19,6 12,1 21,9 19,7 15,9Teresina 11,1 24,3 7,5 4,7 19,5 10,3 17,1 10,3 20,5 14,1 16,4 10,4 9,8 29,6 25,5 15,8 24,6 28,2 21,3 15,0 24,3 25,8 27,0Fortaleza 13,0 12,2 9,4 15,5 14,7 13,4 13,3 13,0 10,3 10,9 12,0 12,5 14,9 15,6 11,2 18,1 16,8 18,6 18,5 15,3 19,0 18,7 17,6Natal 14,5 20,0 13,9 7,8 7,8 21,1 15,2 10,2 18,8 20,6 25,0 19,5 20,7 18,8 26,8 23,5 18,7 25,6 23,3 15,7 14,9 24,1 22,2João Pessoa 14,9 7,4 11,8 8,5 6,1 13,8 11,1 16,9 13,1 9,4 11,4 12,7 8,6 21,4 24,2 27,0 25,0 19,0 20,3 17,9 23,9 16,3 22,0Recife 16,3 10,6 10,4 13,0 13,2 17,8 19,2 17,6 17,3 20,0 16,5 16,1 13,0 20,3 24,6 22,3 22,6 24,1 26,4 21,8 20,5 22,7 21,1Maceió 9,7 9,3 6,0 10,2 10,6 7,1 12,4 10,8 17,1 14,5 12,7 13,1 12,7 15,6 15,0 13,8 14,1 18,3 15,6 20,2 21,5 22,2 20,0Aracaju 10,0 9,3 13,2 3,0 4,8 0,0 11,8 10,5 18,2 14,0 24,6 20,7 17,3 29,0 26,5 10,6 23,8 31,7 17,9 15,3 17,0 19,3 16,7Salvador 16,7 8,3 10,2 19,2 13,3 10,6 5,1 18,9 20,2 20,5 24,4 19,4 22,9 23,4 19,0 19,7 24,0 22,9 22,0 17,7 19,1 18,0 20,8Belo Horizonte 15,1 14,8 9,9 14,6 13,0 16,2 13,6 17,8 17,8 19,7 13,0 12,3 12,2 16,3 16,8 16,3 14,7 15,1 13,5 14,5 21,6 19,0 22,0Vitória 5,6 2,9 15,6 17,1 20,0 16,3 7,1 29,1 11,7 12,5 14,3 13,4 15,3 17,8 15,7 21,8 18,6 22,5 15,8 20,8 15,4 25,6 22,8Rio <strong>de</strong> Janeiro 15,1 15,2 14,8 11,2 13,5 15,8 15,2 18,1 18,6 17,4 19,8 19,1 19,3 17,4 16,4 20,6 19,4 20,7 22,2 21,3 20,9 21,0 21,0São Paulo 16,9 18,7 18,9 17,6 20,4 24,3 25,0 23,0 22,0 22,4 22,1 22,0 21,5 19,1 18,5 17,2 15,9 16,8 17,6 17,5 20,3 20,1 20,0Curitiba 11,5 15,7 12,4 9,8 14,1 7,5 11,0 11,4 17,4 12,9 20,9 23,5 14,6 15,0 17,5 15,9 15,2 13,1 12,9 15,7 21,7 17,9 18,3Florianópolis 14,3 20,0 0,0 0,0 8,3 25,0 8,3 0,0 16,7 17,4 4,8 16,7 0,0 26,7 7,7 15,0 31,6 3,6 15,0 11,5 6,7 17,2 18,8Porto Alegre 12,5 14,1 14,4 22,4 22,4 21,0 20,0 12,0 21,4 17,9 17,5 14,5 19,1 17,6 17,5 21,6 15,2 19,9 21,0 20,0 18,8 16,1 17,4Campo Gran<strong>de</strong> 11,8 8,3 11,6 9,4 17,4 8,0 22,9 6,0 5,9 15,5 17,4 16,2 15,5 14,3 19,3 18,3 14,6 16,6 16,0 23,1 18,2 15,4 18,0Cuiabá 0,0 0,0 20,0 0,0 10,0 0,0 20,0 12,1 11,1 18,9 3,1 11,4 14,3 18,4 30,4 14,1 12,4 16,0 21,4 22,1 20,6 22,7 24,7Goiânia 6,5 14,3 16,7 9,5 14,8 14,6 8,2 10,4 18,1 13,0 14,5 15,5 14,0 11,8 13,3 18,8 15,1 10,3 13,5 18,3 21,4 21,8 20,3Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 15: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos sobre total <strong>de</strong> homicídios, sexo feminino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002BRASIL 22,7 20,5 19,2 20,7 20,7 21,4 22,0 20,4 20,6 21,0 20,3 20,3 19,7 19,3 22,5 21,1 20,8 20,4 22,3 22,6 23,3 22,6 22,0Porto Velho 50,0 0,0 33,3 0,0 50,0 33,3 62,5 11,1 20,0 21,4 8,3 9,1 21,4 36,4 30,8 80,0 21,4 11,1 18,8 15,4 29,4 36,4 13,3Rio Branco 0,0 0,0 0,0 75,0 33,3 0,0 50,0 44,4 0,0 33,3 33,3 44,4 22,2 18,2 10,0 10,0 7,7 30,8 11,1 33,3 30,0 12,5 27,3Manaus 25,0 38,5 6,7 11,1 17,6 35,7 40,0 25,0 26,3 25,0 10,7 25,0 32,0 32,1 40,7 27,8 28,6 19,4 34,0 44,7 46,4 20,9 32,0Boa Vista 0,0 33,3 0,0 0,0 50,0 0,0 50,0 100,0 14,3 0,0 26,3 25,0 14,3 0,0 16,7 20,0 22,2 28,6 37,5 0,0 36,4 40,0 50,0Belém 26,7 14,3 7,7 13,0 8,3 9,1 8,3 22,2 7,1 38,9 25,0 17,2 5,0 22,2 46,7 14,3 25,0 23,1 29,2 38,5 27,8 20,0 10,0Macapá 0,0 33,3 50,0 50,0 25,0 50,0 50,0 25,0 0,0 0,0 33,3 20,0 50,0 25,0 30,0 37,5 38,5 18,2 40,0 13,3 50,0 28,6 14,3Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 50,0 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 25,0 0,0São Luís 20,0 40,0 0,0 50,0 50,0 100,0 60,0 12,5 18,2 23,1 33,3 17,4 16,7 18,2 33,3 35,3 0,0 22,2 27,3 22,2 25,0 27,8 27,3Teresina 60,0 0,0 0,0 0,0 40,0 66,7 50,0 100,0 0,0 7,7 33,3 0,0 42,9 16,7 14,3 18,2 0,0 25,0 25,0 16,7 11,1 26,7 33,3Fortaleza 11,8 11,1 14,3 38,5 19,2 25,9 31,0 17,6 13,3 11,1 50,0 25,0 23,5 20,7 11,1 17,2 14,3 17,4 20,0 22,5 15,2 32,5 16,4Natal 0,0 27,3 42,9 0,0 0,0 20,0 66,7 12,5 0,0 0,0 30,0 50,0 20,0 0,0 57,1 27,3 33,3 28,6 37,5 0,0 0,0 42,9 33,3João Pessoa 16,7 18,2 22,2 0,0 12,5 16,7 25,0 18,8 11,1 16,7 25,0 0,0 0,0 14,3 10,0 28,0 38,1 25,0 41,7 7,1 36,4 10,5 16,7Recife 11,5 16,7 8,3 27,6 13,9 22,2 19,4 29,6 13,5 33,3 27,3 22,6 14,0 18,5 27,5 31,3 30,8 23,6 20,3 20,0 26,0 27,3 26,4Maceió 18,2 23,1 14,3 0,0 22,2 30,0 25,0 14,3 33,3 33,3 21,4 20,0 9,1 0,0 0,0 32,0 30,0 28,6 16,7 18,8 39,1 32,1 19,2Aracaju 14,3 33,3 25,0 40,0 0,0 20,0 50,0 0,0 0,0 50,0 0,0 50,0 21,4 50,0 15,0 37,5 50,0 0,0 25,0 18,2 0,0 7,7 33,3Salvador 25,0 0,0 27,6 40,0 9,1 18,2 21,4 15,4 17,4 28,6 21,4 33,3 40,0 21,2 28,6 23,9 32,1 25,9 38,9 50,0 14,8 14,3 23,1Belo Horizonte 19,0 28,6 14,8 16,7 19,5 27,8 25,0 13,8 22,6 30,8 19,0 10,3 16,1 10,0 20,0 17,6 11,1 17,8 17,0 32,9 30,3 14,9 30,2Vitória 100,0 0,0 0,0 50,0 0,0 28,6 0,0 16,7 0,0 27,8 9,1 8,3 33,3 8,3 13,3 6,3 11,8 20,0 13,3 25,0 30,0 19,0 35,7Rio <strong>de</strong> Janeiro 21,9 15,6 15,9 15,4 21,1 10,0 13,3 18,7 17,4 18,8 21,4 20,6 17,2 20,8 27,3 21,9 21,5 21,3 24,0 25,0 24,0 26,3 22,0São Paulo 29,5 25,5 19,7 23,1 22,8 23,5 25,6 25,3 23,7 20,2 26,7 22,6 22,9 22,2 21,4 19,1 26,8 21,3 23,6 21,6 19,4 24,9 21,5Curitiba 27,8 33,3 33,3 15,8 22,2 18,2 9,1 4,3 27,8 20,0 19,0 23,8 33,3 17,2 31,3 15,4 29,4 13,8 32,1 24,3 28,6 15,9 18,8Florianópolis 0,0 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 66,7 20,0 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 33,3 0,0 0,0 50,0 25,0 0,0Porto Alegre 50,0 18,2 37,5 9,1 0,0 25,0 0,0 16,7 37,5 18,8 20,0 16,0 20,7 0,0 25,0 28,1 40,0 22,2 24,1 14,8 22,5 23,8 31,0Campo Gran<strong>de</strong> 0,0 40,0 0,0 16,7 37,5 0,0 14,3 14,3 20,0 9,1 16,7 36,4 22,2 21,4 37,5 14,3 17,2 21,1 15,0 20,0 40,9 25,0 12,5Cuiabá 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0 50,0 25,0 0,0 0,0 50,0 16,7 0,0 0,0 25,0 21,4 12,5 19,4 33,3 8,7 14,3 21,7 33,3Goiânia 7,7 0,0 28,6 25,0 21,4 50,0 0,0 22,2 25,0 12,5 18,8 10,0 34,8 22,2 29,6 16,2 13,0 20,0 15,4 19,4 25,0 17,9 12,9Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>239


240Tabela 16: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 4 anos sobre total <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> e adolescentes <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 5,5 5,5 6,1 5,9 5,0 3,7 3,4 3,8 4,0 2,9 2,9 3,2 3,6 3,7 2,9 3,0 3,1 2,5 2,9 2,6 2,3 2,3 2,2Região Norte 6,4 8,4 9,7 3,0 5,6 7,3 4,6 8,0 4,0 1,0 2,8 4,2 5,5 6,4 2,5 3,0 6,5 3,9 3,2 8,1 2,7 3,7 3,1Rondônia 9,1 12,5 0,0 11,1 10,0 9,5 9,4 8,7 7,7 2,3 4,0 7,1 8,1 8,5 5,8 2,2 7,7 0,0 5,7 7,5 5,0 7,2 1,3Acre 0,0 20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,5 5,6 0,0 0,0 4,2 20,0 5,0 7,4 28,6 3,6 0,0 5,4Amazonas 5,0 0,0 4,5 0,0 3,1 10,3 3,1 3,7 2,6 0,0 0,0 2,4 1,7 5,3 1,0 2,1 1,9 0,9 0,8 1,5 1,7 1,0 0,9Roraima 0,0 16,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,9 0,0 0,0 0,0 22,2 0,0 5,0 0,0 8,0 32,7 3,1 0,0 0,0Pará 7,3 9,8 14,3 4,2 7,3 7,5 2,0 13,7 3,6 1,1 4,3 4,0 4,6 2,4 0,7 3,2 7,9 4,0 2,1 7,1 3,9 2,8 5,1Amapá 0,0 0,0 33,3 0,0 0,0 0,0 14,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 11,1 22,2 6,7 4,3 2,4 10,8 4,3 3,8 0,0 2,4 0,0Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 10,0 25,0 27,3 0,0 6,3 13,6 18,8 4,8 4,0 0,0 14,3 7,7Região Nor<strong>de</strong>ste 4,6 4,1 8,5 6,8 6,0 3,4 3,9 6,3 3,1 3,4 4,5 5,6 3,6 2,8 3,0 3,6 3,9 2,5 2,7 3,2 2,8 2,6 2,3Maranhão 0,0 7,7 0,0 0,0 25,0 0,0 4,3 5,3 3,6 0,0 3,8 9,1 5,1 0,0 2,3 9,7 3,8 8,1 7,1 18,9 7,7 6,5 3,5Piauí 33,3 15,4 27,3 0,0 13,3 20,0 21,4 40,0 11,1 7,1 5,9 11,1 0,0 9,5 6,3 6,7 5,0 0,0 3,6 0,0 2,4 4,2 5,0Ceará 5,6 3,2 5,9 7,1 4,9 3,0 3,2 0,0 2,0 6,5 1,5 5,8 0,0 2,0 4,6 3,1 3,8 5,8 6,6 7,6 3,5 1,5 1,4Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 0,0 4,3 7,4 6,3 0,0 10,5 22,2 9,1 3,8 3,6 0,0 0,0 4,0 6,9 2,5 7,9 2,9 4,5 2,1 6,9 3,1 0,0 7,5Paraíba 0,0 3,3 12,9 4,9 5,6 3,8 0,0 7,7 0,0 3,5 8,8 2,1 0,0 3,3 0,0 2,6 7,1 3,7 1,3 0,0 3,6 1,2 2,8Pernambuco 3,2 4,4 4,5 7,3 3,4 1,6 2,9 4,8 4,2 2,6 4,2 3,9 4,3 2,0 3,2 2,0 3,2 1,4 1,8 1,4 1,5 2,0 1,7Alagoas 0,0 0,0 9,4 2,6 9,5 8,1 1,8 6,0 1,3 2,2 7,6 13,1 3,8 2,7 3,0 5,0 6,4 1,1 6,3 3,6 4,4 3,2 1,9Sergipe 14,3 0,0 12,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,6 3,7 12,5 2,8 5,5 4,8 5,6 9,5 4,8 4,5 5,6 6,3 2,7 3,7Bahia 11,1 4,3 17,3 14,0 8,6 6,0 8,6 10,8 2,4 5,0 4,9 5,1 4,8 3,2 2,7 3,9 2,3 2,4 1,9 3,8 2,9 4,0 2,6Região Su<strong>de</strong>ste 5,3 5,1 5,4 5,7 4,3 3,3 2,8 2,6 3,7 2,4 2,1 1,6 2,8 3,3 2,3 2,1 2,1 1,8 2,1 1,4 1,5 1,7 1,5Minas Gerais 6,2 11,9 9,5 12,8 13,2 6,4 9,1 12,3 14,2 8,5 9,2 7,7 8,8 5,4 8,7 6,2 7,5 4,8 5,5 6,2 3,5 5,7 2,5Espírito Santo 23,3 5,6 3,4 10,3 12,1 17,5 2,4 7,6 7,5 0,0 5,2 3,1 11,8 1,3 2,0 2,4 3,8 2,7 2,1 1,1 2,9 1,2 0,6Rio <strong>de</strong> Janeiro 1,7 1,3 3,8 3,5 4,1 1,5 1,2 1,1 1,5 2,0 1,0 0,9 1,4 3,1 1,4 0,7 2,1 0,9 1,7 0,9 0,9 1,2 1,2São Paulo 6,8 5,5 5,5 5,4 3,4 3,1 2,7 2,2 3,4 2,2 2,1 1,4 2,4 3,3 2,2 2,6 1,5 2,1 2,1 1,2 1,3 1,4 1,5Região Sul 7,3 7,5 4,3 7,4 7,5 6,8 7,4 5,9 4,8 4,8 3,7 6,8 6,4 6,1 5,1 5,1 5,1 4,9 8,4 5,5 5,3 4,5 4,8Paraná 8,9 7,9 4,9 5,9 9,3 5,6 11,7 2,8 8,5 6,8 3,1 10,6 8,5 5,1 8,3 4,2 5,7 5,8 8,6 7,1 4,1 2,9 2,2Santa Catarina 0,0 6,1 8,7 13,5 8,8 3,6 4,5 0,0 0,0 9,1 4,9 12,8 16,1 15,9 9,1 7,7 9,4 5,1 15,7 12,2 7,5 5,2 7,2Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 7,6 7,7 2,3 6,5 5,0 9,0 3,6 10,4 3,1 2,6 3,8 3,7 3,8 4,5 1,5 5,5 3,3 4,1 6,5 2,5 6,2 6,1 7,5Região Centro-Oeste 7,1 8,6 6,0 4,2 4,8 3,1 2,5 6,5 8,6 4,5 7,0 5,1 4,7 5,5 5,2 6,4 4,8 4,5 3,8 5,0 3,6 2,1 3,2Mato Grosso do Sul 4,0 18,2 9,1 0,0 5,3 0,0 2,6 19,0 8,7 2,6 7,7 3,8 6,5 10,3 7,5 5,6 2,1 5,1 2,0 3,1 3,0 2,4 2,8Mato Grosso 0,0 0,0 20,0 0,0 0,0 0,0 5,9 0,0 12,5 0,0 10,7 9,1 3,6 5,9 10,5 16,7 8,7 7,0 6,8 5,8 5,5 2,1 2,8Goiás 9,5 7,0 5,3 5,1 5,8 7,7 3,4 6,7 4,8 6,0 7,3 3,6 3,6 3,0 1,0 0,9 4,8 5,5 3,3 7,0 2,6 1,9 3,8Distrito Fe<strong>de</strong>ral 7,1 6,5 3,1 6,1 3,7 0,0 0,0 4,5 13,2 5,8 5,2 5,9 4,7 4,8 5,7 6,0 4,8 1,4 2,9 4,2 3,6 2,2 3,0Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 17: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 5 a 9 anos sobre total <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 3,3 3,3 3,4 3,4 3,2 2,3 2,5 2,2 2,6 2,1 2,1 1,9 2,3 2,2 2,1 1,9 2,0 1,8 1,4 1,5 1,4 1,2 1,3Região Norte 5,1 4,8 4,2 5,0 6,5 1,6 3,8 3,2 2,6 2,4 4,2 2,9 4,7 1,4 3,3 3,6 2,0 2,2 2,6 2,7 0,7 2,0 1,8Rondônia 9,1 12,5 0,0 22,2 15,0 4,8 9,4 4,3 5,1 2,3 4,0 0,0 2,7 1,7 0,0 6,7 5,1 5,3 2,9 3,8 3,3 2,9 2,7Acre 25,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 14,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,6 7,7 0,0 8,3 4,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Amazonas 5,0 0,0 13,6 3,8 3,1 3,4 0,0 3,7 0,0 0,0 2,8 1,2 5,1 0,0 1,0 1,0 0,0 0,9 3,1 2,2 0,9 3,0 0,0Roraima 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 33,3 0,0 0,0 0,0 5,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,0 8,3 0,0 2,0 0,0 0,0 8,7Pará 2,4 7,3 0,0 4,2 7,3 0,0 0,0 3,9 3,6 4,3 4,3 5,6 6,5 1,2 7,1 3,2 2,0 2,4 2,1 3,5 0,0 1,7 2,6Amapá 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 15,4 11,1 0,0 0,0 0,0 6,4 2,4 0,0 4,3 1,9 0,0 0,0 0,0Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 6,7 0,0 0,0 6,3 4,8 4,0 0,0 2,9 0,0Região Nor<strong>de</strong>ste 5,2 6,1 6,1 5,7 5,2 3,0 3,3 3,2 3,7 3,3 2,5 3,2 3,3 2,8 2,0 2,4 3,1 2,3 2,4 2,3 2,0 1,7 1,7Maranhão 10,0 0,0 0,0 11,8 12,5 0,0 0,0 5,3 3,6 13,9 7,5 3,6 0,0 2,4 2,3 4,8 5,7 2,7 2,4 0,0 0,0 2,2 5,9Piauí 11,1 7,7 0,0 0,0 6,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,9 11,1 0,0 0,0 6,3 0,0 0,0 6,3 3,6 0,0 0,0 2,1 0,0Ceará 7,4 7,9 5,9 2,4 6,1 1,5 1,6 3,8 2,0 6,5 0,0 2,9 7,6 2,0 0,0 3,9 1,5 4,5 1,5 4,8 2,0 3,5 1,9Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 5,3 0,0 0,0 6,3 0,0 0,0 11,1 9,1 0,0 0,0 2,9 0,0 0,0 0,0 2,5 7,9 5,7 4,5 4,3 3,4 0,0 0,0 0,0Paraíba 5,9 3,3 0,0 9,8 8,3 9,4 1,7 5,8 7,4 3,5 1,8 2,1 7,7 5,0 1,6 1,3 7,1 2,5 1,3 3,4 0,0 1,2 1,9Pernambuco 4,0 5,9 9,1 3,1 3,4 2,8 2,5 1,7 2,8 2,3 2,2 1,9 2,5 2,9 1,0 1,7 2,8 1,4 1,9 1,8 1,2 1,0 1,3Alagoas 6,7 8,6 6,3 7,9 4,8 0,0 8,8 0,0 5,3 4,4 1,5 11,5 3,8 2,7 3,0 2,5 3,2 0,0 6,3 2,4 2,2 0,6 1,2Sergipe 0,0 0,0 0,0 7,7 0,0 16,7 0,0 0,0 12,5 5,6 0,0 5,0 5,6 5,5 1,6 5,6 2,4 2,4 4,5 0,0 7,8 0,0 0,0Bahia 2,8 13,0 7,7 14,0 6,9 2,0 6,9 7,2 4,9 1,9 3,5 2,6 1,6 2,5 3,4 1,2 2,3 2,7 3,4 3,1 5,3 4,0 2,6Região Su<strong>de</strong>ste 2,7 2,1 2,2 2,4 2,2 1,9 2,2 1,8 2,6 1,7 1,5 1,3 1,5 1,9 1,5 1,4 1,5 1,2 0,6 1,0 1,0 0,7 1,0Minas Gerais 3,1 5,2 6,0 2,3 7,5 7,3 4,5 3,8 7,9 2,4 3,8 4,9 3,2 6,6 2,5 3,4 2,3 1,1 0,5 1,8 1,9 0,2 1,8Espírito Santo 13,3 5,6 0,0 7,7 6,1 0,0 9,8 3,0 4,5 3,4 1,0 2,1 2,9 0,6 4,0 0,6 1,1 0,5 0,3 1,8 1,6 2,3 0,9Rio <strong>de</strong> Janeiro 2,2 0,3 1,7 0,9 3,4 1,2 2,7 1,4 2,7 1,7 0,9 0,9 0,8 2,1 1,0 1,1 1,6 1,0 0,8 0,6 0,8 1,0 1,1São Paulo 2,5 2,2 1,9 2,5 1,4 1,8 1,7 1,7 2,1 1,5 1,7 1,2 1,6 1,5 1,5 1,4 1,4 1,5 0,6 1,0 0,9 0,5 0,9Região Sul 4,2 4,5 4,7 3,0 3,6 3,4 3,3 3,0 1,0 2,1 3,3 3,3 3,9 2,6 3,0 2,4 3,0 2,8 2,3 2,8 3,2 1,8 1,8Paraná 2,2 2,6 4,9 3,0 2,5 4,4 3,6 3,7 1,7 1,9 4,3 5,3 4,2 3,8 2,2 1,9 1,5 2,4 1,6 3,2 2,2 1,6 1,2Santa Catarina 4,5 6,1 8,7 2,7 5,9 0,0 4,5 4,5 0,0 2,3 4,9 2,6 3,2 2,3 9,1 11,5 6,3 5,1 2,0 8,2 3,8 1,7 2,4Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 6,3 5,5 3,5 3,3 4,0 3,4 2,7 1,9 0,6 2,2 2,4 2,2 3,8 1,7 2,4 0,8 3,3 2,6 3,0 1,3 4,3 2,0 2,3Região Centro-Oeste 1,2 4,3 2,6 5,8 4,0 3,1 0,6 2,4 1,1 2,2 4,0 2,1 2,3 1,8 4,2 2,9 2,3 2,9 3,0 1,8 1,9 2,1 1,5Mato Grosso do Sul 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,5 2,6 4,8 0,0 5,3 0,0 3,8 4,8 0,0 4,5 2,2 2,1 4,1 2,0 0,0 2,0 1,2 1,9Mato Grosso 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 7,7 0,0 0,0 0,0 3,0 7,1 0,0 3,6 0,0 7,9 4,2 1,4 6,0 5,3 3,8 0,8 4,9 2,1Goiás 2,4 5,3 1,8 6,8 7,7 1,9 0,0 3,3 1,2 1,2 7,3 1,8 1,2 3,0 4,9 2,6 2,9 0,9 2,2 0,8 1,6 1,9 0,8Distrito Fe<strong>de</strong>ral 0,0 6,5 6,3 9,1 3,7 2,4 0,0 1,5 1,9 1,4 2,6 2,4 1,2 2,4 2,4 3,0 2,4 1,4 2,3 2,4 3,0 0,6 1,5Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>241


242Tabela 18: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 10 a 14 anos sobre total <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 7,2 7,8 8,2 7,9 6,8 7,5 8,5 7,9 7,7 7,8 7,5 7,9 8,1 7,9 7,1 8,1 8,3 7,6 6,4 6,6 6,9 6,5 6,7Região Norte 5,1 9,6 6,9 7,0 10,3 12,9 10,7 8,0 11,3 11,4 10,1 7,4 13,3 9,3 8,3 11,2 9,9 7,0 8,9 6,7 8,0 11,6 8,8Rondônia 18,2 12,5 14,3 11,1 20,0 19,0 15,6 17,4 17,9 7,0 10,0 7,1 18,9 8,5 11,5 15,6 5,1 5,3 8,6 7,5 8,3 20,3 10,7Acre 0,0 0,0 0,0 0,0 33,3 0,0 28,6 10,5 28,6 0,0 14,3 13,6 0,0 11,5 14,3 8,3 16,0 5,0 11,1 0,0 0,0 26,7 13,5Amazonas 0,0 10,5 18,2 15,4 0,0 17,2 6,3 0,0 5,3 11,1 12,5 3,5 13,6 9,3 11,1 8,2 9,5 5,4 7,7 8,9 9,5 10,9 5,3Roraima 0,0 16,7 0,0 0,0 50,0 0,0 33,3 0,0 14,3 0,0 5,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,0 0,0 8,0 2,0 12,5 11,1 13,0Pará 4,9 7,3 0,0 4,2 7,3 7,5 8,0 7,8 8,9 14,1 10,3 9,6 15,7 11,9 5,7 14,0 8,9 9,7 9,7 8,2 7,0 8,5 7,7Amapá 0,0 25,0 0,0 0,0 16,7 25,0 0,0 0,0 0,0 11,1 0,0 11,1 11,1 5,6 10,0 12,8 16,7 8,1 6,5 1,9 8,0 9,8 12,2Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 33,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 6,3 9,1 6,3 14,3 8,0 8,7 8,6 11,5Região Nor<strong>de</strong>ste 8,6 9,9 9,0 7,6 6,9 7,9 9,3 9,5 10,2 9,0 10,3 8,4 9,5 9,0 8,1 10,4 9,6 9,0 6,1 6,7 7,8 7,5 6,9Maranhão 10,0 15,4 0,0 17,6 0,0 0,0 17,4 5,3 17,9 5,6 3,8 7,3 17,9 12,2 11,4 4,8 17,0 18,9 9,5 2,7 10,8 7,5 3,5Piauí 0,0 7,7 9,1 0,0 13,3 0,0 7,1 10,0 0,0 7,1 11,8 11,1 27,3 4,8 12,5 6,7 20,0 6,3 3,6 0,0 9,8 4,2 8,3Ceará 9,3 3,2 5,9 6,0 7,3 6,1 6,5 15,4 3,9 8,1 12,1 10,1 10,6 6,0 9,2 7,1 14,3 8,4 2,2 9,7 7,9 9,9 13,5Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 10,5 8,7 14,8 12,5 0,0 5,3 0,0 0,0 15,4 10,7 26,5 3,3 16,0 13,8 7,5 18,4 14,3 9,1 6,4 20,7 6,3 10,6 2,5Paraíba 11,8 3,3 19,4 17,1 8,3 5,7 18,3 9,6 18,5 17,5 10,5 6,3 7,7 13,3 4,7 5,1 15,0 13,6 6,6 8,6 6,3 8,3 5,6Pernambuco 6,4 11,0 5,8 4,1 6,8 9,9 8,3 8,7 9,9 8,4 8,9 7,8 7,2 7,3 8,4 10,0 6,0 8,8 5,6 6,0 7,4 6,9 7,7Alagoas 10,0 14,3 6,3 7,9 7,1 8,1 10,5 4,0 9,2 13,3 13,6 8,2 7,7 11,0 7,5 13,8 8,5 15,6 10,0 6,0 8,8 8,4 4,9Sergipe 14,3 33,3 12,5 23,1 0,0 16,7 0,0 0,0 0,0 0,0 3,7 22,5 12,7 12,7 9,5 16,7 2,4 2,4 9,1 9,3 10,9 8,2 2,4Bahia 11,1 13,0 15,4 8,0 6,9 4,0 6,9 14,5 9,8 6,8 11,1 6,4 8,1 9,7 7,5 12,8 9,7 7,2 8,2 5,0 7,2 6,9 4,6Região Su<strong>de</strong>ste 6,8 7,8 7,8 7,4 6,0 6,5 8,4 7,5 6,7 6,8 6,6 7,6 6,7 7,1 6,3 6,4 7,5 6,6 5,9 6,1 6,1 5,6 6,3Minas Gerais 7,8 6,7 11,2 9,3 4,7 12,7 10,0 9,4 7,9 8,5 7,7 9,8 6,4 12,6 8,1 6,2 9,8 11,7 8,5 5,3 8,4 6,5 6,6Espírito Santo 6,7 2,8 10,3 5,1 9,1 12,5 17,1 6,1 9,0 11,4 8,2 11,5 7,8 6,5 9,3 5,9 7,1 4,5 5,9 6,8 2,9 3,9 5,6Rio <strong>de</strong> Janeiro 6,2 8,6 8,9 4,4 6,8 2,7 9,3 8,3 5,1 5,2 6,5 8,2 6,3 6,9 5,7 6,2 7,9 5,9 5,6 6,4 6,5 5,9 7,1São Paulo 7,0 7,9 6,7 8,1 5,8 6,7 7,9 7,2 7,0 7,1 6,5 7,0 6,9 6,7 6,2 6,6 7,0 6,8 5,8 6,0 5,9 5,4 5,9Região Sul 8,4 5,5 10,4 10,4 9,1 11,1 6,1 6,8 7,7 9,9 8,4 10,2 9,6 10,0 9,3 11,3 8,7 9,9 8,0 9,2 8,3 6,8 6,9Paraná 7,8 9,2 6,9 11,9 11,0 14,4 5,4 6,5 3,4 9,9 7,5 9,3 7,7 8,3 9,4 11,1 9,8 10,6 9,1 7,1 5,7 6,5 6,7Santa Catarina 4,5 6,1 21,7 13,5 14,7 3,6 9,1 4,5 16,1 11,4 2,4 7,7 6,5 6,8 11,4 15,4 7,8 8,5 5,9 10,2 7,5 6,9 9,6Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 10,1 2,2 11,6 7,6 5,0 10,1 6,3 7,5 9,3 9,6 9,7 11,2 11,1 12,4 8,8 10,5 7,9 9,7 7,4 11,3 11,6 7,1 6,5Região Centro-Oeste 6,0 3,4 5,2 10,0 8,8 10,1 7,6 8,3 8,6 7,2 5,0 5,8 10,1 7,1 6,7 10,3 9,9 9,2 7,9 7,7 9,0 6,4 7,6Mato Grosso do Sul 4,0 4,5 4,5 13,0 5,3 4,5 12,8 14,3 4,3 0,0 0,0 3,8 9,7 5,9 6,0 6,7 9,5 9,2 6,1 7,1 8,9 8,5 7,4Mato Grosso 0,0 0,0 0,0 0,0 12,5 23,1 11,8 5,0 0,0 9,1 7,1 6,8 14,3 11,8 15,8 13,9 11,6 15,0 10,6 8,7 7,0 8,4 7,0Goiás 7,1 3,5 7,0 10,2 11,5 5,8 5,1 11,7 14,5 12,0 1,8 5,4 12,0 6,1 4,9 12,3 11,5 10,1 9,9 7,8 9,8 5,8 9,2Distrito Fe<strong>de</strong>ral 7,1 3,2 3,1 9,1 7,4 14,3 4,8 4,5 3,8 4,3 9,1 7,1 7,1 7,2 5,7 9,0 8,0 4,3 5,8 7,3 9,6 4,5 5,3Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 19: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 15 a 19 anos sobre total <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 83,9 83,4 82,4 82,8 85,1 86,6 85,6 86,1 85,7 87,3 87,5 87,0 86,1 86,2 88,0 87,1 86,5 88,1 89,3 89,3 89,4 90,1 89,8Região Norte 83,3 77,1 79,2 85,0 77,6 78,2 80,9 80,8 82,1 85,2 83,0 85,6 76,5 82,9 85,8 82,2 81,6 86,9 85,3 82,5 88,6 82,7 86,3Rondônia 63,6 62,5 85,7 55,6 55,0 66,7 65,6 69,6 69,2 88,4 82,0 85,7 70,3 81,4 82,7 75,6 82,1 89,5 82,9 81,1 83,3 69,6 85,3Acre 75,0 80,0 100,0 100,0 66,7 100,0 57,1 89,5 71,4 100,0 85,7 81,8 88,9 80,8 85,7 79,2 60,0 90,0 81,5 71,4 96,4 73,3 81,1Amazonas 90,0 89,5 63,6 80,8 93,8 69,0 90,6 92,6 92,1 88,9 84,7 92,9 79,7 85,3 86,9 88,7 88,6 92,8 88,5 87,4 87,9 85,1 93,9Roraima 100,0 66,7 100,0 100,0 50,0 100,0 33,3 100,0 85,7 100,0 82,4 100,0 100,0 100,0 77,8 100,0 85,0 91,7 84,0 63,3 84,4 88,9 78,3Pará 85,4 75,6 85,7 87,5 78,0 84,9 90,0 74,5 83,9 80,4 81,0 80,8 73,1 84,5 86,5 79,6 81,2 83,9 86,1 81,2 89,1 87,0 84,6Amapá 100,0 75,0 66,7 100,0 83,3 75,0 85,7 100,0 100,0 88,9 84,6 77,8 77,8 72,2 83,3 76,6 78,6 81,1 84,8 92,3 92,0 87,8 87,8Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 66,7 100,0 90,0 75,0 72,7 93,3 87,5 77,3 68,8 76,2 84,0 91,3 74,3 80,8Região Nor<strong>de</strong>ste 81,5 80,0 76,4 80,0 81,9 85,7 83,5 81,1 82,9 84,3 82,6 82,8 83,7 85,4 86,9 83,6 83,4 86,2 88,7 87,8 87,4 88,2 89,1Maranhão 80,0 76,9 100,0 70,6 62,5 100,0 78,3 84,2 75,0 80,6 84,9 80,0 76,9 85,4 84,1 80,6 73,6 70,3 81,0 78,4 81,5 83,9 87,1Piauí 55,6 69,2 63,6 100,0 66,7 80,0 71,4 50,0 88,9 85,7 76,5 66,7 72,7 85,7 75,0 86,7 75,0 87,5 89,3 100,0 87,8 89,6 86,7Ceará 77,8 85,7 82,4 84,5 81,7 89,4 88,7 80,8 92,2 79,0 86,4 81,2 81,8 90,0 86,2 85,8 80,5 81,2 89,7 77,9 86,6 85,1 83,2Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 84,2 87,0 77,8 75,0 100,0 84,2 66,7 81,8 80,8 85,7 70,6 96,7 80,0 79,3 87,5 65,8 77,1 81,8 87,2 69,0 90,6 89,4 90,0Paraíba 82,4 90,0 67,7 68,3 77,8 81,1 80,0 76,9 74,1 75,4 78,9 89,6 84,6 78,3 93,8 91,0 70,9 80,2 90,8 87,9 90,1 89,3 89,7Pernambuco 86,4 78,7 80,5 85,5 86,3 85,7 86,3 84,8 83,1 86,7 84,7 86,4 85,9 87,8 87,4 86,3 88,0 88,4 90,7 90,7 89,9 90,1 89,4Alagoas 83,3 77,1 78,1 81,6 78,6 83,8 78,9 90,0 84,2 80,0 77,3 67,2 84,6 83,6 86,6 78,8 81,9 83,3 77,5 88,0 84,6 87,7 92,0Sergipe 71,4 66,7 75,0 69,2 100,0 66,7 100,0 100,0 87,5 88,9 92,6 60,0 78,9 76,4 84,1 72,2 85,7 90,5 81,8 85,2 75,0 89,0 93,9Bahia 75,0 69,6 59,6 64,0 77,6 88,0 77,6 67,5 82,9 86,3 80,6 85,9 85,5 84,6 86,3 82,1 85,6 87,8 86,5 88,1 84,5 85,1 90,2Região Su<strong>de</strong>ste 85,2 84,9 84,5 84,5 87,4 88,3 86,6 88,1 87,0 89,0 89,8 89,4 88,9 87,7 89,9 90,2 88,9 90,3 91,4 91,5 91,5 92,0 91,2Minas Gerais 82,9 76,1 73,3 75,6 74,5 73,6 76,4 74,5 70,1 80,5 79,2 77,6 81,6 75,4 80,7 84,3 80,5 82,4 85,5 86,8 86,1 87,6 89,1Espírito Santo 56,7 86,1 86,2 76,9 72,7 70,0 70,7 83,3 79,1 85,2 85,6 83,3 77,5 91,6 84,7 91,2 88,0 92,3 91,7 90,3 92,7 92,6 92,8Rio <strong>de</strong> Janeiro 90,0 89,8 85,7 91,2 85,7 94,6 86,9 89,2 90,7 91,2 91,6 90,1 91,6 87,8 91,9 91,9 88,4 92,2 92,0 92,2 91,8 92,0 90,6São Paulo 83,7 84,4 85,8 84,1 89,4 88,5 87,6 88,8 87,6 89,2 89,6 90,4 89,2 88,5 90,1 89,4 90,2 89,6 91,5 91,7 91,9 92,6 91,7Região Sul 80,1 82,5 80,6 79,1 79,8 78,7 83,2 84,3 86,5 83,2 84,7 79,7 80,1 81,3 82,5 81,2 83,3 82,4 81,3 82,4 83,2 86,8 86,5Paraná 81,1 80,3 83,3 79,2 77,1 75,6 79,3 87,0 86,4 81,4 85,1 74,8 79,6 82,8 80,0 82,9 83,0 81,3 80,7 82,6 87,9 88,9 89,9Santa Catarina 90,9 81,8 60,9 70,3 70,6 92,9 81,8 90,9 83,9 77,3 87,8 76,9 74,2 75,0 70,5 65,4 76,6 81,4 76,5 69,4 81,1 86,2 80,7Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 75,9 84,6 82,6 82,6 86,1 77,5 87,4 80,2 87,0 85,7 84,0 82,9 81,3 81,5 87,3 83,2 85,5 83,6 83,1 84,9 77,9 84,8 83,7Região Centro-Oeste 85,7 83,6 86,2 80,0 82,4 83,7 89,2 82,7 81,7 86,1 83,9 87,0 82,9 85,6 83,9 80,4 83,0 83,4 85,2 85,5 85,6 89,3 87,7Mato Grosso do Sul 92,0 77,3 86,4 87,0 89,5 90,9 82,1 61,9 87,0 92,1 92,3 88,5 79,0 83,8 82,1 85,4 86,3 81,6 89,9 89,8 86,1 87,8 88,0Mato Grosso 100,0 100,0 80,0 100,0 87,5 69,2 82,4 95,0 87,5 87,9 75,0 84,1 78,6 82,4 65,8 65,3 78,3 72,0 77,3 81,7 86,7 84,6 88,0Goiás 81,0 84,2 86,0 78,0 75,0 84,6 91,5 78,3 79,5 80,7 83,6 89,2 83,1 87,9 89,2 84,2 80,8 83,5 84,6 84,5 86,0 90,3 86,1Distrito Fe<strong>de</strong>ral 85,7 83,9 87,5 75,8 85,2 83,3 95,2 89,6 81,1 88,4 83,1 84,7 87,1 85,6 86,2 82,1 84,8 92,8 89,0 86,1 83,8 92,7 90,2Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>243


244Tabela 20: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios (%) por arma <strong>de</strong> fogo sobre total <strong>de</strong> homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 45,5 42,8 40,0 35,3 39,9 44,1 42,2 47,0 48,5 49,6 55,0 53,0 52,6 61,2 60,6 64,2 62,2 64,5 65,3 67,3 72,1 74,7 73,2Região Norte 47,4 41,0 41,7 48,0 43,0 49,2 44,3 53,6 51,0 59,5 55,9 57,4 54,9 52,3 49,4 50,2 47,5 48,6 52,7 47,8 47,3 48,0 45,6Rondônia 63,6 25,0 71,4 55,6 35,0 57,1 56,3 47,8 51,3 58,1 58,0 53,6 59,5 54,2 57,7 57,8 61,5 55,3 60,0 81,1 60,0 60,9 60,0Acre 75,0 20,0 50,0 28,6 16,7 62,5 57,1 52,6 57,1 72,7 42,9 68,2 27,8 50,0 57,1 83,3 60,0 60,0 55,6 0,0 32,1 60,0 35,1Amazonas 35,0 42,1 45,5 61,5 31,3 44,8 31,3 59,3 47,4 51,1 63,9 62,4 45,8 45,3 42,4 35,1 46,7 40,5 46,2 44,4 47,4 36,6 35,1Roraima 0,0 16,7 0,0 0,0 0,0 0,0 33,3 0,0 0,0 0,0 5,9 60,0 57,1 25,0 55,6 44,4 30,0 58,3 32,0 20,4 31,3 44,4 17,4Pará 48,8 51,2 37,1 43,8 58,5 49,1 46,0 56,9 58,9 65,2 65,5 60,0 63,0 59,5 58,9 53,8 44,6 52,4 58,3 56,5 55,8 53,7 55,9Amapá 0,0 25,0 0,0 44,4 66,7 41,7 28,6 33,3 50,0 55,6 23,1 11,1 50,0 77,8 33,3 57,4 50,0 43,2 45,7 32,7 26,0 14,6 24,4Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 66,7 0,0 20,0 62,5 18,2 0,0 31,3 36,4 50,0 66,7 64,0 52,2 62,9 46,2Região Nor<strong>de</strong>ste 50,3 45,5 41,6 49,0 54,7 58,5 56,9 56,8 58,2 58,8 59,6 57,7 58,8 68,2 67,1 68,6 71,5 75,6 78,7 78,4 73,9 77,3 73,6Maranhão 10,0 38,5 45,5 41,2 37,5 62,5 34,8 31,6 39,3 44,4 47,2 47,3 30,8 39,0 61,4 40,3 54,7 43,2 35,7 48,6 35,4 52,7 32,9Piauí 22,2 38,5 18,2 28,6 40,0 20,0 42,9 40,0 27,8 35,7 23,5 44,4 27,3 23,8 12,5 46,7 40,0 31,3 25,0 35,7 39,0 52,1 26,7Ceará 35,2 33,3 31,4 44,0 32,9 37,9 32,3 42,3 39,2 41,9 50,0 39,1 39,4 45,0 38,5 49,6 39,8 52,6 58,8 59,3 56,4 55,0 55,3Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 36,8 56,5 66,7 43,8 60,0 31,6 11,1 45,5 46,2 60,7 70,6 50,0 64,0 79,3 50,0 60,5 51,4 88,6 72,3 55,2 56,3 80,9 57,5Paraíba 50,0 43,3 41,9 34,1 47,2 35,8 41,7 32,7 38,9 49,1 56,1 50,0 53,8 55,0 53,1 52,6 44,9 64,2 69,7 65,5 74,8 77,4 71,0Pernambuco 65,6 50,0 45,5 59,6 69,3 72,2 74,7 72,3 71,5 74,1 68,3 72,2 68,2 76,5 77,6 80,0 84,7 85,6 89,2 89,9 89,0 88,2 87,3Alagoas 63,3 40,0 37,5 68,4 59,5 54,1 50,9 46,0 52,6 43,3 37,9 37,7 46,2 61,6 53,7 67,5 64,9 75,6 76,3 77,1 63,2 76,6 74,7Sergipe 14,3 55,6 37,5 38,5 0,0 33,3 36,4 50,0 62,5 27,8 48,1 42,5 71,8 63,6 63,5 47,2 61,9 57,1 72,7 61,1 64,1 61,6 73,2Bahia 41,7 56,5 34,6 24,0 48,3 60,0 43,1 43,4 58,5 52,8 61,8 47,4 58,1 76,3 72,0 77,4 85,3 77,7 71,5 66,7 68,1 75,3 73,9Região Su<strong>de</strong>ste 44,7 42,5 39,0 28,5 34,7 39,4 37,2 43,5 44,6 45,4 53,1 49,7 48,0 58,9 58,6 63,5 59,0 60,7 61,2 65,0 73,2 76,5 75,4Minas Gerais 39,5 42,5 23,3 34,9 49,1 45,5 34,5 41,5 36,2 40,9 50,0 45,5 48,0 55,1 50,3 60,1 62,1 63,8 66,0 52,9 73,9 76,4 77,1Espírito Santo 40,0 44,4 17,2 15,4 36,4 32,5 46,3 45,5 37,3 58,0 51,5 49,0 49,0 59,7 62,7 64,1 58,5 79,7 76,6 82,8 77,6 79,1 80,9Rio <strong>de</strong> Janeiro 79,4 76,8 78,8 46,9 59,0 71,4 62,1 76,1 78,1 74,1 83,9 82,5 83,2 85,8 88,3 85,1 76,1 79,5 82,6 85,5 86,8 86,9 83,5São Paulo 20,7 26,9 25,5 24,4 27,5 31,9 31,8 32,1 34,7 33,9 34,1 35,4 34,1 45,9 43,6 48,4 47,0 45,8 47,2 54,9 66,9 71,8 70,4Região Sul 41,4 41,5 39,8 42,6 42,7 47,8 43,4 43,6 52,9 52,2 58,6 63,6 63,2 62,0 62,9 67,8 65,7 66,5 65,5 70,6 71,7 73,1 75,0Paraná 43,3 47,4 44,1 44,6 44,1 52,2 37,8 40,7 48,3 47,8 53,4 47,7 51,4 56,1 63,3 66,2 59,3 59,6 61,3 69,6 67,8 71,7 78,8Santa Catarina 54,5 30,3 21,7 48,6 41,2 42,9 36,4 50,0 58,1 34,1 48,8 69,2 29,0 52,3 36,4 44,2 53,1 47,5 39,2 38,8 62,3 51,7 57,8Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 35,4 40,7 39,5 38,0 41,6 44,9 50,5 45,3 55,3 58,7 62,8 71,7 74,9 69,7 68,3 74,4 75,2 76,1 75,8 78,2 78,3 78,7 74,6Região Centro-Oeste 46,4 41,4 43,1 35,0 46,4 48,8 48,4 60,1 48,0 54,3 55,8 51,7 61,6 63,8 66,7 66,3 70,0 71,0 72,3 70,6 76,9 74,8 74,8Mato Grosso do Sul 68,0 59,1 50,0 60,9 50,0 59,1 48,7 57,1 52,2 50,0 43,6 71,2 53,2 61,8 68,7 67,4 67,4 71,4 70,7 71,4 78,2 68,3 72,2Mato Grosso 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,0 18,8 0,0 0,0 2,3 35,7 0,0 0,0 41,7 63,8 57,0 60,6 64,4 74,2 66,4 71,8Goiás 50,0 36,8 40,4 28,8 48,1 40,4 50,8 58,3 45,8 68,7 69,1 50,5 57,8 66,7 67,6 68,4 62,5 65,1 69,2 65,9 73,6 72,9 75,6Distrito Fe<strong>de</strong>ral 7,1 45,2 50,0 33,3 51,9 69,0 64,3 79,1 58,5 65,2 72,7 67,1 80,0 80,0 85,4 76,9 81,6 85,5 83,7 77,6 82,0 86,5 78,8Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 21: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios por outros instrumentos sobre total <strong>de</strong> homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 20,3 21,1 23,7 22,6 18,4 18,2 20,7 17,5 18,7 18,7 18,8 20,0 25,2 26,6 26,4 22,8 27,3 26,5 26,1 18,9 17,0 15,8 16,1Região Norte 44,9 38,6 43,1 38,0 39,3 37,9 46,6 36,0 35,8 32,9 36,5 34,3 35,3 37,7 37,8 41,1 43,8 38,0 38,9 45,1 48,6 46,5 49,5Rondônia 36,4 50,0 14,3 22,2 40,0 23,8 28,1 26,1 28,2 37,2 36,0 35,7 24,3 37,3 28,8 35,6 28,2 31,6 38,6 18,9 30,0 36,2 38,7Acre 25,0 60,0 50,0 42,9 50,0 37,5 28,6 47,4 42,9 18,2 57,1 22,7 61,1 42,3 28,6 16,7 36,0 35,0 44,4 71,4 67,9 40,0 64,9Amazonas 55,0 31,6 40,9 26,9 59,4 44,8 62,5 33,3 44,7 42,2 30,6 28,2 47,5 53,3 52,5 60,8 46,7 47,7 41,5 54,8 51,7 62,4 62,3Roraima 100,0 16,7 0,0 100,0 50,0 0,0 66,7 100,0 28,6 100,0 88,2 40,0 42,9 75,0 44,4 55,6 70,0 33,3 68,0 53,1 65,6 50,0 82,6Pará 41,5 36,6 45,7 41,7 22,0 37,7 46,0 35,3 33,9 25,0 24,1 34,4 25,0 23,8 26,2 30,1 36,6 27,4 27,1 29,4 37,2 34,5 34,4Amapá 100,0 75,0 100,0 55,6 33,3 50,0 71,4 33,3 50,0 33,3 69,2 88,9 50,0 16,7 50,0 34,0 50,0 54,1 54,3 67,3 72,0 85,4 70,7Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 33,3 83,3 50,0 37,5 36,4 60,0 50,0 63,6 37,5 28,6 32,0 47,8 37,1 53,8Região Nor<strong>de</strong>ste 37,0 36,8 43,8 35,9 28,4 30,2 30,6 31,8 28,7 29,0 28,2 31,5 30,0 25,9 26,9 24,3 24,0 18,6 17,6 17,7 22,7 19,8 23,4Maranhão 30,0 15,4 18,2 23,5 31,3 25,0 39,1 42,1 42,9 44,4 41,5 34,5 46,2 46,3 27,3 40,3 30,2 29,7 35,7 27,0 40,0 28,0 54,1Piauí 22,2 30,8 45,5 57,1 46,7 40,0 42,9 60,0 50,0 42,9 29,4 33,3 45,5 76,2 75,0 40,0 55,0 56,3 71,4 57,1 51,2 43,8 68,3Ceará 57,4 25,4 35,3 17,9 25,6 19,7 35,5 32,7 25,5 46,8 36,4 47,8 51,5 43,0 53,8 31,5 41,4 30,5 34,6 28,3 40,1 39,6 40,9Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 57,9 26,1 25,9 43,8 40,0 68,4 88,9 45,5 42,3 39,3 26,5 30,0 32,0 20,7 42,5 31,6 40,0 11,4 23,4 41,4 34,4 19,1 42,5Paraíba 50,0 50,0 51,6 56,1 52,8 62,3 55,0 57,7 42,6 43,9 36,8 35,4 30,8 38,3 35,9 37,2 55,1 35,8 27,6 32,8 22,5 21,4 28,0Pernambuco 29,6 41,9 46,1 36,3 23,4 24,2 19,1 24,2 24,3 17,9 24,2 21,9 22,7 20,5 19,0 18,8 14,4 13,4 10,2 9,7 10,6 11,2 11,8Alagoas 23,3 48,6 59,4 26,3 35,7 37,8 42,1 40,0 35,5 37,8 37,9 52,5 44,2 37,0 40,3 30,0 33,0 24,4 22,5 22,9 36,0 22,7 25,3Sergipe 28,6 33,3 62,5 53,8 100,0 66,7 63,6 50,0 37,5 66,7 40,7 55,0 23,9 18,2 33,3 50,0 33,3 42,9 27,3 35,2 35,9 35,6 22,0Bahia 27,8 30,4 42,3 50,0 17,2 16,0 22,4 27,7 20,3 25,5 19,4 28,2 25,0 17,2 20,8 14,4 10,9 11,1 17,4 22,6 23,7 20,0 19,0Região Su<strong>de</strong>ste 11,1 12,2 13,5 13,9 10,7 11,7 13,4 9,9 10,8 10,8 11,5 12,1 22,0 25,2 24,3 20,3 27,3 28,5 27,6 15,5 10,8 9,0 7,8Minas Gerais 26,4 26,1 37,9 26,7 24,5 20,0 30,0 23,6 36,2 29,9 30,0 28,0 36,0 30,5 24,8 22,5 32,8 25,0 21,0 26,4 20,9 19,2 20,3Espírito Santo 16,7 25,0 27,6 41,0 30,3 42,5 34,1 25,8 26,9 14,8 17,5 20,8 12,7 17,5 14,0 7,6 7,7 2,7 7,9 4,7 9,8 11,6 11,3Rio <strong>de</strong> Janeiro 6,7 7,3 6,1 12,4 9,2 4,2 6,0 4,5 4,6 9,0 6,3 7,2 6,4 5,2 4,7 2,3 16,7 16,2 14,1 10,9 10,7 7,8 4,7São Paulo 10,5 11,1 12,0 12,1 9,4 11,9 13,3 10,3 9,9 9,6 13,1 12,5 27,7 35,2 35,2 34,0 35,9 39,7 38,0 17,8 9,7 7,9 6,8Região Sul 30,4 33,5 31,8 33,5 32,4 30,4 34,8 35,2 29,7 34,3 33,7 29,2 31,1 29,8 30,3 23,9 26,7 28,6 29,3 25,7 25,4 25,1 24,0Paraná 37,8 40,8 41,2 43,6 41,5 37,8 47,7 47,2 39,0 40,4 36,6 43,7 38,7 34,4 35,0 28,7 34,0 34,1 34,6 27,3 30,6 26,7 20,7Santa Catarina 27,3 39,4 30,4 29,7 29,4 39,3 36,4 45,5 38,7 59,1 46,3 25,6 64,5 43,2 52,3 46,2 39,1 49,2 52,9 51,0 32,1 46,6 42,2Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 22,8 25,3 20,9 23,9 22,8 20,2 21,6 20,8 21,1 25,2 30,2 21,6 22,1 22,5 21,5 14,7 16,4 19,8 18,6 18,8 17,8 19,3 23,5Região Centro-Oeste 35,7 31,0 31,0 35,0 36,0 31,8 35,7 33,3 42,3 36,8 37,2 38,4 24,0 27,9 26,7 24,4 23,7 24,5 23,5 24,2 20,5 24,6 23,9Mato Grosso do Sul 28,0 18,2 40,9 21,7 34,2 27,3 20,5 38,1 47,8 36,8 43,6 25,0 35,5 27,9 26,9 22,5 18,9 18,4 17,2 19,4 14,9 30,5 27,8Mato Grosso 66,7 50,0 40,0 80,0 87,5 61,5 82,4 80,0 43,8 72,7 75,0 77,3 39,3 88,2 68,4 34,7 33,3 42,0 37,9 31,7 25,8 32,9 26,1Goiás 26,2 31,6 22,8 23,7 25,0 30,8 32,2 31,7 41,0 25,3 27,3 33,3 14,5 17,2 25,5 21,1 27,9 26,6 25,3 24,8 22,3 26,1 23,1Distrito Fe<strong>de</strong>ral 71,4 35,5 37,5 57,6 44,4 26,2 35,7 19,4 41,5 33,3 27,3 32,9 20,0 20,0 14,6 23,1 18,4 14,5 15,1 21,8 18,0 13,5 19,7Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>245


246Tabela 22: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios por instrumentos não especificados sobre total <strong>de</strong> homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos.Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 34,2 36,0 36,3 42,1 41,6 37,7 37,1 35,6 32,8 31,6 26,2 27,0 22,2 12,2 13,0 12,9 10,5 9,0 8,6 13,8 10,9 9,5 10,7Região Norte 7,7 20,5 15,3 14,0 17,8 12,9 9,2 10,4 13,2 7,6 7,6 8,3 9,8 10,0 12,8 8,8 8,8 13,4 8,4 7,1 4,1 5,5 4,9Rondônia 0,0 25,0 14,3 22,2 25,0 19,0 15,6 26,1 20,5 4,7 6,0 10,7 16,2 8,5 13,5 6,7 10,3 13,2 1,4 0,0 10,0 2,9 1,3Acre 0,0 20,0 0,0 28,6 33,3 0,0 14,3 0,0 0,0 9,1 0,0 9,1 11,1 7,7 14,3 0,0 4,0 5,0 0,0 28,6 0,0 0,0 0,0Amazonas 10,0 26,3 13,6 11,5 9,4 10,3 6,3 7,4 7,9 6,7 5,6 9,4 6,8 1,3 5,1 4,1 6,7 11,7 12,3 0,7 0,9 1,0 2,6Roraima 0,0 66,7 100,0 0,0 50,0 100,0 0,0 0,0 71,4 0,0 5,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 8,3 0,0 26,5 3,1 5,6 0,0Pará 9,8 12,2 17,1 14,6 19,5 13,2 8,0 7,8 7,1 9,8 10,3 5,6 12,0 16,7 14,9 16,1 18,8 20,2 14,6 14,1 7,0 11,9 9,7Amapá 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 8,3 0,0 33,3 0,0 11,1 7,7 0,0 0,0 5,6 16,7 8,5 0,0 2,7 0,0 0,0 2,0 0,0 4,9Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 16,7 30,0 0,0 45,5 40,0 18,8 0,0 12,5 4,8 4,0 0,0 0,0 0,0Região Nor<strong>de</strong>ste 12,7 17,7 14,6 15,0 16,8 11,3 12,4 11,4 13,0 12,2 12,3 10,8 11,2 5,9 6,0 7,1 4,4 5,9 3,7 3,9 3,4 2,8 3,1Maranhão 60,0 46,2 36,4 35,3 31,3 12,5 26,1 26,3 17,9 11,1 11,3 18,2 23,1 14,6 11,4 19,4 15,1 27,0 28,6 24,3 24,6 19,4 12,9Piauí 55,6 30,8 36,4 14,3 13,3 40,0 14,3 0,0 22,2 21,4 47,1 22,2 27,3 0,0 12,5 13,3 5,0 12,5 3,6 7,1 9,8 4,2 5,0Ceará 7,4 41,3 33,3 38,1 41,5 42,4 32,3 25,0 35,3 11,3 13,6 13,0 9,1 12,0 7,7 18,9 18,8 16,9 6,6 12,4 3,5 5,4 3,8Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 5,3 17,4 7,4 12,5 0,0 0,0 0,0 9,1 11,5 0,0 2,9 20,0 4,0 0,0 7,5 7,9 8,6 0,0 4,3 3,4 9,4 0,0 0,0Paraíba 0,0 6,7 6,5 9,8 0,0 1,9 3,3 9,6 18,5 7,0 7,0 14,6 15,4 6,7 10,9 10,3 0,0 0,0 2,6 1,7 2,7 1,2 0,9Pernambuco 4,8 8,1 8,4 4,1 7,3 3,6 6,1 3,5 4,2 8,1 7,5 5,8 9,0 2,9 3,4 1,2 0,9 0,9 0,6 0,4 0,4 0,6 0,9Alagoas 13,3 11,4 3,1 5,3 4,8 8,1 7,0 14,0 11,8 18,9 24,2 9,8 9,6 1,4 6,0 2,5 2,1 0,0 1,3 0,0 0,7 0,6 0,0Sergipe 57,1 11,1 0,0 7,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,6 11,1 2,5 4,2 18,2 3,2 2,8 4,8 0,0 0,0 3,7 0,0 2,7 4,9Bahia 30,6 13,0 23,1 26,0 34,5 24,0 34,5 28,9 21,1 21,7 18,8 24,4 16,9 6,5 7,2 8,2 3,8 11,1 11,1 10,7 8,2 4,7 7,2Região Su<strong>de</strong>ste 44,3 45,2 47,5 57,6 54,6 48,9 49,3 46,5 44,6 43,8 35,4 38,3 29,9 15,9 17,1 16,2 13,7 10,8 11,2 19,5 16,0 14,5 16,7Minas Gerais 34,1 31,3 38,8 38,4 26,4 34,5 35,5 34,9 27,6 29,3 20,0 26,6 16,0 14,4 24,8 17,4 5,2 11,2 13,0 20,7 5,2 4,5 2,5Espírito Santo 43,3 30,6 55,2 43,6 33,3 25,0 19,5 28,8 35,8 27,3 30,9 30,2 38,2 22,7 23,3 28,2 33,9 17,6 15,5 12,5 12,7 9,3 7,8Rio <strong>de</strong> Janeiro 13,9 15,9 15,0 40,7 31,7 24,4 31,9 19,4 17,3 17,0 9,8 10,3 10,4 9,0 7,0 12,6 7,2 4,3 3,3 3,6 2,5 5,3 11,8São Paulo 68,8 62,0 62,5 63,5 63,1 56,2 54,9 57,7 55,4 56,5 52,8 52,1 38,2 18,9 21,1 17,6 17,0 14,4 14,8 27,3 23,4 20,3 22,8Região Sul 28,3 25,0 28,4 23,9 24,9 21,7 21,7 21,2 17,4 13,6 7,8 7,2 5,6 8,2 6,8 8,3 7,6 4,9 5,1 3,7 2,9 1,8 1,0Paraná 18,9 11,8 14,7 11,9 14,4 10,0 14,4 12,0 12,7 11,8 9,9 8,6 9,9 9,6 1,7 5,1 6,7 6,3 4,1 3,2 1,6 1,6 0,5Santa Catarina 18,2 30,3 47,8 21,6 29,4 17,9 27,3 4,5 3,2 6,8 4,9 5,1 6,5 4,5 11,4 9,6 7,8 3,4 7,8 10,2 5,7 1,7 0,0Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 41,8 34,1 39,5 38,0 35,6 34,8 27,9 34,0 23,6 16,1 6,9 6,7 3,0 7,9 10,2 10,9 8,4 4,1 5,6 2,9 3,9 2,0 2,0Região Centro-Oeste 17,9 27,6 25,9 30,0 17,6 19,4 15,9 6,5 9,7 9,0 7,0 9,9 14,3 8,3 6,7 9,3 6,4 4,5 4,3 5,2 2,5 0,7 1,3Mato Grosso do Sul 4,0 22,7 9,1 17,4 15,8 13,6 30,8 4,8 0,0 13,2 12,8 3,8 11,3 10,3 4,5 10,1 13,7 10,2 12,1 9,2 6,9 1,2 0,0Mato Grosso 33,3 50,0 60,0 20,0 12,5 38,5 17,6 15,0 37,5 27,3 25,0 20,5 25,0 11,8 31,6 23,6 2,9 1,0 1,5 3,8 0,0 0,7 2,1Goiás 23,8 31,6 36,8 47,5 26,9 28,8 16,9 10,0 13,3 6,0 3,6 16,2 27,7 16,2 6,9 10,5 9,6 8,3 5,5 9,3 4,1 1,0 1,3Distrito Fe<strong>de</strong>ral 21,4 19,4 12,5 9,1 3,7 4,8 0,0 1,5 0,0 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,2 0,6 0,0 0,0 1,5Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 23: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios (%) ocorridos nas capitais sobre total <strong>de</strong> homicídios em UFs, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, 1980-2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 41,3 39,5 37,7 35,8 41,2 40,6 39,5 41,8 38,9 38,7 43,1 40,4 38,8 38,9 40,6 42,2 42,1 41,9 40,9 38,4 39,3 38,0 36,7Região Norte 62,8 53,0 51,4 63,0 59,8 56,5 62,6 56,0 55,6 55,2 63,5 64,1 58,8 61,9 61,1 62,2 64,4 62,0 63,3 60,8 66,4 57,7 53,6Rondônia 45,5 0,0 42,9 22,2 50,0 47,6 53,1 21,7 30,8 37,2 46,0 60,7 40,5 47,5 44,2 46,7 41,0 31,6 45,7 35,8 55,0 63,8 49,3Acre 50,0 40,0 75,0 100,0 83,3 75,0 71,4 89,5 85,7 90,9 92,9 95,5 94,4 96,2 85,7 70,8 68,0 90,0 77,8 57,1 85,7 86,7 83,8Amazonas 95,0 89,5 86,4 80,8 78,1 82,8 84,4 96,3 81,6 88,9 91,7 96,5 93,2 93,3 92,9 90,7 94,3 96,4 94,6 87,4 87,9 76,2 72,8Roraima 100,0 66,7 0,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 75,0 94,1 100,0 85,7 62,5 88,9 88,9 95,0 66,7 80,0 55,1 71,9 77,8 91,3Pará 51,2 41,5 28,6 56,3 39,0 34,0 46,0 35,3 44,6 43,5 47,4 43,2 38,0 34,5 43,3 35,5 37,6 37,9 39,6 40,0 51,9 44,1 36,9Amapá 100,0 100,0 66,7 55,6 100,0 91,7 100,0 66,7 75,0 77,8 76,9 44,4 88,9 88,9 76,7 78,7 88,1 75,7 78,3 80,8 78,0 75,6 63,4Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 9,1 6,7 12,5 9,1 12,5 19,0 12,0 13,0 17,1 15,4Região Nor<strong>de</strong>ste 34,3 35,4 30,8 30,7 33,6 35,7 36,1 33,9 37,6 43,8 41,7 36,7 39,3 46,7 48,3 49,8 46,4 46,4 40,1 31,6 35,1 36,9 37,2Maranhão 40,0 69,2 36,4 11,8 25,0 25,0 47,8 42,1 42,9 55,6 64,2 49,1 56,4 51,2 61,4 62,9 54,7 56,8 59,5 35,1 44,6 46,2 32,9Piauí 66,7 69,2 27,3 28,6 66,7 100,0 50,0 70,0 83,3 71,4 64,7 55,6 63,6 81,0 81,3 73,3 85,0 84,4 85,7 92,9 82,9 72,9 80,0Ceará 63,0 52,4 54,9 69,0 62,2 71,2 77,4 59,6 54,9 59,7 65,2 59,4 65,2 56,0 61,5 71,7 54,1 59,7 55,1 49,0 48,0 51,5 50,5Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 57,9 73,9 51,9 31,3 80,0 47,4 77,8 63,6 50,0 71,4 67,6 60,0 52,0 55,2 67,5 68,4 54,3 56,8 51,1 27,6 21,9 46,8 55,0Paraíba 23,5 20,0 19,4 9,8 13,9 22,6 20,0 25,0 22,2 21,1 24,6 20,8 17,9 41,7 39,1 60,3 38,6 37,0 47,4 56,9 42,3 42,9 44,9Pernambuco 24,8 21,3 20,8 24,9 25,4 29,8 31,0 28,4 27,1 37,2 32,8 32,5 27,1 33,5 35,2 38,4 35,5 38,0 34,7 25,7 27,0 26,3 25,5Alagoas 30,0 34,3 18,8 31,6 40,5 40,5 42,1 42,0 60,5 54,4 53,0 45,9 48,1 42,5 46,3 53,8 50,0 50,0 40,0 49,4 50,7 57,8 52,5Sergipe 57,1 55,6 75,0 23,1 20,0 16,7 54,5 50,0 50,0 44,4 51,9 52,5 53,5 61,8 66,7 36,1 54,8 47,6 50,0 31,5 39,1 52,1 39,0Bahia 11,1 8,7 32,7 14,0 20,7 22,0 8,6 26,5 35,8 44,1 36,1 10,3 37,9 57,7 55,6 47,5 54,8 50,7 35,3 20,1 26,1 31,3 37,3Região Su<strong>de</strong>ste 48,8 46,4 45,1 41,5 48,3 45,9 44,2 48,4 41,0 39,8 46,4 44,7 41,3 39,3 40,5 43,1 43,2 43,3 42,9 41,1 41,4 40,5 38,5Minas Gerais 33,3 26,1 17,2 27,9 26,4 24,5 23,6 32,1 28,3 30,5 21,5 23,8 25,6 24,6 25,5 31,5 27,6 30,9 32,5 36,6 38,6 31,6 34,0Espírito Santo 6,7 2,8 17,2 20,5 15,2 22,5 7,3 25,8 10,4 18,2 13,4 18,8 14,7 15,6 17,3 20,6 14,2 20,7 10,7 16,5 10,6 17,4 12,9Rio <strong>de</strong> Janeiro 59,3 54,5 50,9 24,8 30,7 24,4 18,8 41,5 21,9 26,4 47,4 36,8 26,8 33,5 32,6 38,9 43,6 45,8 49,6 44,3 47,9 46,7 46,8São Paulo 46,8 49,0 48,5 47,2 55,4 52,9 52,1 52,9 49,8 47,0 49,3 51,2 49,8 46,0 48,0 49,2 47,0 45,3 44,0 42,4 41,4 41,1 38,0Região Sul 12,6 13,5 16,1 11,7 11,9 12,1 12,7 10,2 25,8 20,7 20,2 16,8 20,6 17,4 20,0 21,1 21,4 22,2 21,1 23,3 25,3 20,9 22,0Paraná 13,3 14,5 15,7 10,9 15,3 10,0 11,7 10,2 24,6 16,8 27,3 24,5 21,1 21,0 23,3 19,0 23,2 21,2 17,7 23,3 23,6 22,1 19,5Santa Catarina 4,5 6,1 0,0 0,0 2,9 7,1 4,5 0,0 6,5 13,6 4,9 7,7 0,0 9,1 2,3 5,8 9,4 3,4 5,9 6,1 11,3 19,0 18,1Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 13,9 15,4 20,9 17,4 10,9 15,7 15,3 12,3 30,4 24,8 18,4 13,8 23,0 16,3 21,0 26,5 23,4 27,2 28,1 26,8 30,2 19,9 26,4Região Centro-Oeste 12,9 22,4 26,2 19,5 23,5 14,9 18,3 21,8 40,2 37,0 37,7 28,0 32,9 24,4 33,3 35,3 32,5 31,9 40,4 45,3 39,6 35,9 32,4Mato Grosso do Sul 8,0 18,2 22,7 34,8 28,9 18,2 30,8 23,8 26,1 44,7 43,6 42,3 37,1 26,5 43,3 37,1 37,9 42,9 35,4 44,9 49,5 42,7 33,3Mato Grosso 0,0 0,0 20,0 0,0 12,5 7,7 29,4 25,0 18,8 30,3 10,7 13,6 17,9 20,6 21,1 29,2 30,4 36,0 54,5 57,7 50,0 53,1 41,5Goiás 16,7 26,3 28,1 15,3 21,2 15,4 6,8 20,0 48,2 36,1 47,3 27,0 34,9 24,2 31,4 37,7 28,8 18,3 25,3 35,7 27,5 21,3 26,5Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>247


248Tabela 24: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 11,2 11,7 11,5 13,4 14,9 15,5 15,4 17,6 17,5 21,2 24,9 23,9 22,1 24,0 24,5 27,0 27,4 29,9 33,2 34,3 37,3 39,6 39,6Região Norte 9,8 9,6 8,9 10,8 11,3 12,8 11,4 10,8 13,3 17,5 24,7 25,1 22,0 22,6 26,3 23,5 25,4 23,8 29,2 26,8 30,0 30,5 29,7Rondônia 10,6 8,9 6,6 6,0 10,3 10,1 12,8 8,8 14,3 15,1 19,1 22,4 16,9 25,0 23,3 18,3 18,8 16,6 28,7 23,9 27,0 32,9 29,1Acre 10,0 13,9 9,3 13,5 13,0 14,0 9,9 21,8 13,5 17,2 29,8 25,6 22,2 35,1 16,5 23,8 32,5 21,7 30,0 10,3 31,1 23,8 37,4Amazonas 10,9 9,7 10,9 12,7 17,3 15,4 13,7 11,1 14,7 18,1 28,3 30,5 26,1 27,4 28,9 27,9 31,3 33,1 35,9 38,5 33,7 31,1 31,9Roraima 14,3 40,0 4,5 4,2 8,3 5,9 8,1 4,7 19,4 9,8 35,4 13,9 17,1 24,2 20,0 22,0 29,9 20,0 34,7 37,7 39,5 26,9 30,7Pará 9,6 9,8 8,5 11,1 9,0 12,1 10,0 10,5 11,9 20,3 25,2 26,3 23,5 18,3 27,8 20,4 21,5 21,9 25,0 16,6 27,7 31,0 30,0Amapá 3,1 3,5 10,7 15,0 14,0 21,1 13,2 8,1 8,9 18,8 22,0 17,0 31,6 22,2 34,1 42,7 36,8 40,2 44,2 48,1 45,5 42,7 31,5Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 9,7 16,2 16,4 11,0 12,6 19,7 15,4 18,2 12,0 15,7 19,8 15,5 21,6 17,4Região Nor<strong>de</strong>ste 10,4 10,9 11,3 12,9 13,2 13,1 14,1 15,3 16,6 19,3 21,6 19,7 19,5 26,9 25,4 24,7 28,1 30,9 29,9 28,1 31,4 36,9 34,3Maranhão 5,0 6,1 4,0 6,1 6,1 2,9 8,1 7,7 9,2 12,6 19,9 19,9 15,5 15,0 18,9 22,8 18,6 11,5 12,0 13,2 18,2 23,5 19,9Piauí 6,5 10,4 7,9 4,7 10,3 2,7 9,2 6,9 9,8 7,2 14,3 8,3 8,1 12,1 10,7 9,7 12,8 21,3 18,5 8,3 19,7 20,4 23,1Ceará 16,7 16,7 14,7 19,8 21,8 18,6 17,9 15,7 13,4 15,8 15,9 17,4 17,2 21,9 14,4 19,4 19,3 23,6 22,1 21,1 27,1 28,3 26,4Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 15,7 15,4 14,8 12,3 3,2 11,2 5,0 5,5 12,9 14,8 21,3 14,5 13,2 17,7 18,7 13,9 13,2 15,8 19,0 13,1 10,9 18,5 14,9Paraíba 14,3 11,6 11,6 14,7 12,6 16,9 18,1 18,8 18,6 19,2 21,0 18,4 17,7 25,0 21,6 22,5 40,2 28,1 33,5 22,6 39,2 38,5 34,6Pernambuco 15,1 17,0 18,9 21,9 22,0 25,2 24,8 28,5 28,1 31,9 34,0 36,5 33,5 39,1 39,6 37,7 39,5 48,2 56,5 55,8 52,4 60,7 57,1Alagoas 14,6 12,7 10,7 13,9 13,4 11,5 15,4 16,0 20,7 24,2 20,1 21,3 17,7 25,8 20,1 28,6 30,8 26,4 22,7 26,7 37,4 42,2 43,0Sergipe 5,9 7,2 6,2 8,7 4,3 3,9 6,5 2,7 6,3 9,7 14,4 22,7 29,0 27,1 23,7 14,0 16,2 19,6 10,6 24,7 29,5 32,6 36,3Bahia 3,9 2,8 5,8 5,0 6,2 5,0 5,3 7,9 10,6 13,3 14,3 7,0 11,6 24,7 24,6 22,5 28,1 29,7 15,9 12,6 17,1 23,2 23,3Região Su<strong>de</strong>ste 13,8 14,2 13,8 16,5 18,8 20,6 19,9 23,3 21,6 25,6 30,1 29,0 27,0 28,0 28,8 33,5 32,8 35,4 40,9 43,9 47,2 47,8 49,2Minas Gerais 7,1 7,3 6,5 5,2 6,3 6,4 5,8 6,0 7,7 9,4 7,8 9,3 8,2 10,3 9,2 9,9 9,6 10,9 12,3 15,1 26,1 27,0 31,7Espírito Santo 8,9 12,0 7,4 12,1 9,6 10,1 9,4 15,8 18,6 24,7 24,0 25,6 31,8 32,8 33,0 35,9 35,2 43,5 50,7 51,2 47,3 50,5 54,0Rio <strong>de</strong> Janeiro 20,5 15,8 15,6 11,7 14,2 15,2 14,0 23,8 17,7 23,6 40,4 31,1 26,6 31,4 32,9 47,9 47,7 50,0 54,4 53,3 55,6 54,9 57,8São Paulo 14,0 16,6 16,7 23,3 25,9 28,5 28,2 29,3 28,3 31,6 32,0 33,8 32,6 31,4 32,6 33,7 32,7 35,2 42,3 46,7 48,9 50,1 50,0Região Sul 6,4 6,9 7,3 7,9 9,1 6,8 7,7 7,9 10,3 14,2 15,6 14,8 13,1 11,6 12,6 14,5 13,2 16,1 17,3 18,2 20,0 23,0 26,1Paraná 7,1 6,5 8,2 8,2 10,0 6,8 8,3 8,5 9,4 13,1 13,0 11,9 10,7 11,5 12,1 15,3 13,2 15,3 18,4 19,9 23,3 24,9 29,5Santa Catarina 3,8 5,6 4,0 6,3 6,2 4,5 3,2 3,5 4,6 6,3 6,0 6,2 4,8 6,1 6,1 6,3 7,5 7,8 8,5 8,1 8,6 9,6 13,6Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 7,0 8,0 7,9 8,4 9,5 8,2 9,4 9,9 14,7 20,2 23,9 22,3 20,5 15,2 17,2 18,9 17,2 22,2 20,7 21,6 22,4 28,5 28,8Região Centro-Oeste 7,2 9,3 8,7 9,4 9,2 8,5 9,1 10,9 11,1 13,1 15,1 19,3 16,6 19,0 18,3 21,4 21,5 24,4 28,6 27,8 32,5 34,2 32,9Mato Grosso do Sul 9,0 8,1 7,7 8,0 12,9 7,9 12,5 8,5 8,2 10,8 13,4 16,2 18,0 19,5 19,4 24,3 24,7 26,8 34,0 30,2 31,7 25,2 29,6Mato Grosso 2,7 4,4 3,5 2,9 3,9 5,1 6,0 7,5 5,3 10,4 10,7 16,0 9,5 9,9 11,3 18,7 18,0 27,2 32,0 27,4 29,1 35,0 30,3Goiás 7,9 9,4 8,3 9,8 8,1 7,3 7,3 8,3 11,5 11,7 12,6 18,3 13,8 15,5 13,9 15,7 15,6 15,1 14,4 18,2 28,3 30,0 33,0Distrito Fe<strong>de</strong>ral 5,7 13,6 14,6 15,2 12,3 15,8 12,9 21,9 19,3 21,6 23,5 27,2 27,5 32,6 31,5 31,2 31,5 37,4 44,3 44,5 45,0 49,4 40,0Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 25: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, sexo masculino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 15,9 16,5 16,2 18,7 20,4 21,3 21,1 23,8 23,7 27,9 32,8 31,7 29,1 32,0 32,7 36,0 36,5 38,7 43,2 43,9 47,7 49,8 49,9Região Norte 13,9 14,4 12,9 15,9 16,4 17,7 16,7 15,4 19,3 24,8 33,5 34,3 29,7 31,4 36,4 32,3 34,9 31,9 40,5 35,8 41,2 41,6 39,5Rondônia 16,7 11,9 9,2 9,4 14,4 15,1 19,2 12,9 19,6 22,8 28,2 32,6 24,5 35,3 33,5 26,5 27,7 23,6 41,4 32,1 36,8 47,3 41,0Acre 16,7 17,2 13,3 22,6 26,1 19,0 15,6 29,2 18,4 23,4 41,2 31,9 29,5 49,1 24,6 31,6 40,3 34,5 38,6 15,2 40,6 36,6 47,4Amazonas 15,4 15,2 16,7 18,8 22,9 20,1 20,1 16,3 21,6 25,6 36,7 39,2 34,9 37,5 39,4 37,5 41,2 39,9 49,1 48,0 47,5 40,4 41,3Roraima 16,7 46,2 5,9 6,7 13,3 7,1 13,0 6,9 29,2 14,3 48,6 20,0 21,9 29,6 28,1 31,0 44,4 29,3 49,0 54,4 50,8 37,5 42,6Pará 13,1 14,3 12,5 15,4 13,4 16,8 14,2 14,7 17,7 28,1 33,9 36,3 30,5 25,3 36,9 27,6 29,4 28,6 35,0 22,5 39,2 42,2 39,5Amapá 4,8 7,3 13,6 23,1 21,4 27,3 18,9 12,5 13,8 26,5 27,1 24,3 43,9 31,0 46,9 53,4 50,0 52,1 57,5 61,2 54,3 51,9 40,6Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 13,3 22,2 22,2 16,0 19,0 30,6 24,6 25,9 20,0 21,4 27,8 22,3 31,3 24,3Região Nor<strong>de</strong>ste 15,2 15,7 16,2 18,2 18,5 18,8 20,2 21,3 23,3 26,4 29,3 27,1 26,4 36,0 34,1 33,5 37,3 39,6 38,8 36,7 40,4 46,4 43,3Maranhão 8,3 8,6 5,9 8,5 8,5 4,5 11,5 10,6 13,1 17,9 28,2 32,0 22,4 20,2 26,3 32,0 25,2 16,6 16,7 19,8 23,8 30,0 27,0Piauí 10,5 14,4 11,2 6,4 15,5 4,6 13,6 9,3 15,7 9,9 20,7 11,1 10,6 17,1 14,3 12,9 17,2 26,4 24,8 11,4 25,5 27,0 32,8Ceará 23,7 23,8 21,3 27,5 31,2 25,7 25,2 21,0 19,6 20,8 21,9 24,2 23,5 30,0 19,4 25,9 26,0 30,2 29,1 27,8 34,8 36,1 33,4Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 24,1 22,1 21,1 17,4 4,1 14,8 7,0 7,9 17,7 19,3 27,9 20,8 17,1 25,2 27,8 18,4 17,6 21,2 25,5 16,9 13,4 24,1 18,3Paraíba 19,0 17,6 17,9 20,4 18,0 22,5 25,6 25,6 27,4 26,1 28,5 24,4 25,2 32,8 30,2 31,3 58,5 35,7 42,9 28,6 50,7 47,2 43,9Pernambuco 21,5 23,4 25,0 30,4 30,0 34,8 33,9 37,4 36,6 41,2 45,4 48,7 43,9 51,4 50,3 48,7 50,1 58,8 68,0 68,1 65,2 71,6 69,1Alagoas 22,7 18,0 15,0 19,9 20,1 16,3 23,3 22,0 29,5 35,0 28,7 33,0 24,9 33,5 27,0 41,0 41,2 33,8 29,7 34,6 50,7 55,0 50,9Sergipe 8,0 9,7 9,4 12,5 6,2 5,6 10,5 4,0 7,9 13,8 18,2 31,3 38,6 37,9 30,7 21,2 21,8 26,9 15,4 35,5 38,1 41,7 48,0Bahia 5,7 4,2 8,8 7,3 8,8 7,4 7,8 11,8 15,3 18,9 19,2 9,3 15,9 32,9 33,4 30,9 37,4 38,4 21,4 16,9 22,5 30,7 29,7Região Su<strong>de</strong>ste 19,2 19,7 19,1 22,7 24,9 27,4 26,1 30,2 28,2 32,2 38,4 37,3 34,3 36,1 37,3 43,2 42,4 44,8 51,1 54,3 58,1 58,6 59,7Minas Gerais 10,4 11,0 9,5 8,0 9,1 9,3 8,3 8,6 11,5 13,0 11,0 13,1 11,3 14,6 13,0 14,3 13,3 15,2 17,6 20,3 35,0 35,0 41,6Espírito Santo 12,9 16,6 11,4 18,0 13,8 14,5 12,8 22,3 25,8 34,9 31,1 35,0 41,3 42,7 43,7 45,9 45,1 53,9 62,0 64,3 59,0 61,7 64,7Rio <strong>de</strong> Janeiro 27,1 21,1 21,2 15,5 18,1 19,3 18,0 29,3 21,9 28,2 48,6 38,4 32,4 38,4 41,4 58,7 59,4 60,7 65,6 63,5 66,2 67,1 67,7São Paulo 19,2 22,7 22,7 31,1 33,7 37,1 36,1 37,5 36,5 39,6 40,9 43,2 41,2 40,4 41,7 43,1 42,1 44,3 51,8 57,5 59,8 60,5 60,4Região Sul 9,3 9,7 10,3 10,9 12,8 9,7 10,9 11,1 14,2 19,3 21,2 20,4 18,2 16,4 17,7 20,2 18,9 22,1 24,4 24,6 27,4 29,5 34,3Paraná 10,6 9,2 11,8 11,8 14,5 9,9 12,1 11,8 13,3 18,3 17,6 16,8 15,4 16,7 17,5 21,5 19,2 20,7 26,2 26,8 31,1 32,4 38,4Santa Catarina 5,6 8,0 5,7 8,7 8,9 6,3 4,7 5,0 6,4 8,6 8,4 8,6 6,8 8,9 8,4 8,8 11,1 11,4 12,3 11,3 11,9 12,4 18,3Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 9,7 11,1 11,0 11,1 12,9 11,4 13,1 13,6 19,8 26,7 31,7 30,2 27,3 20,4 23,5 26,2 23,6 29,8 28,3 29,1 31,1 36,1 38,0Região Centro-Oeste 10,8 14,0 12,9 14,0 13,2 12,4 13,0 15,7 16,2 18,6 21,1 25,8 22,6 26,3 26,0 30,7 30,0 33,2 39,6 37,2 43,5 45,3 45,2Mato Grosso do Sul 12,6 12,8 11,8 11,4 18,8 11,2 16,6 11,9 12,4 15,8 18,5 22,1 24,5 27,8 29,6 32,1 34,2 36,7 46,3 41,9 43,3 35,0 42,7Mato Grosso 4,8 6,4 5,1 4,1 5,3 7,1 8,5 10,0 7,3 14,3 14,8 21,8 12,7 13,9 16,0 27,6 26,3 38,9 44,7 36,2 39,1 47,0 43,3Goiás 12,5 13,9 12,3 15,4 11,8 10,6 10,8 12,4 17,1 16,6 17,3 24,3 18,4 21,2 19,9 23,0 21,7 20,6 20,8 24,7 38,4 39,1 43,8Distrito Fe<strong>de</strong>ral 7,9 20,0 21,1 22,0 17,8 24,4 19,1 32,4 27,7 30,4 34,1 35,7 38,8 44,5 41,7 44,8 43,1 47,9 56,8 57,1 57,6 63,3 53,2Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>249


250Tabela 26: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos , sexo feminino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 6,4 6,4 6,0 7,4 7,7 7,4 7,2 8,0 8,2 9,8 10,9 11,6 10,5 10,2 12,1 12,9 13,7 14,4 15,8 16,9 18,3 19,9 18,6Região Norte 7,7 7,3 5,9 5,5 6,1 6,5 7,7 8,0 7,1 9,8 12,0 10,9 9,5 10,8 13,1 11,3 13,0 10,2 14,6 14,5 14,4 17,5 11,5Rondônia 7,9 13,0 16,7 1,9 5,4 8,7 10,8 6,0 8,2 7,3 7,1 5,3 6,0 17,9 17,9 10,5 15,2 7,4 13,3 14,3 15,5 34,4 8,0Acre 0,0 0,0 0,0 14,3 8,7 0,0 11,5 18,2 0,0 11,8 15,4 23,5 10,5 10,5 3,6 16,0 20,0 11,8 15,0 9,1 19,0 9,1 14,3Amazonas 9,4 9,1 2,9 1,5 8,9 12,5 5,4 5,2 8,5 11,1 8,8 6,5 14,0 14,9 12,1 15,7 12,5 10,7 17,5 27,1 17,0 17,3 13,6Roraima 0,0 50,0 0,0 0,0 11,1 0,0 7,1 14,3 8,3 0,0 38,5 18,2 11,1 0,0 7,7 8,3 18,2 15,8 14,3 15,0 38,9 10,5 28,6Pará 8,7 7,6 5,3 7,4 4,7 3,3 6,0 7,9 7,1 11,0 12,6 15,3 9,4 6,3 13,5 9,2 9,4 12,0 13,3 9,8 11,7 13,2 10,2Amapá 0,0 1,7 16,7 10,0 6,7 15,4 12,5 15,4 0,0 0,0 18,2 6,3 12,5 4,3 20,8 14,3 16,7 9,5 20,8 8,7 11,1 17,6 6,9Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 23,5 20,0 6,3 4,8 10,3 7,7 5,1 13,9 5,8 11,1 13,9 4,4 16,0 11,9Região Nor<strong>de</strong>ste 6,3 6,8 6,4 7,9 7,6 7,6 7,9 8,0 7,9 8,9 12,4 11,0 9,0 11,4 12,4 12,2 14,9 14,8 12,8 13,5 16,3 17,0 15,9Maranhão 2,5 4,9 0,0 5,1 6,8 3,9 4,8 1,4 3,3 8,3 8,9 8,6 3,8 8,5 7,6 13,3 5,5 10,3 7,1 6,4 6,0 12,9 7,1Piauí 7,5 5,7 4,8 0,0 6,1 2,5 4,0 10,8 2,9 1,9 5,4 0,0 9,4 2,0 2,7 10,3 0,0 13,8 10,8 2,2 2,1 10,7 7,8Ceará 9,4 10,6 6,5 10,1 8,8 10,3 11,0 7,1 4,1 5,3 12,2 11,6 8,7 8,9 7,8 6,3 9,1 10,5 9,5 11,4 10,2 16,8 15,9Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 4,8 6,7 10,9 5,3 0,0 4,8 3,9 3,3 3,7 2,3 13,2 6,3 7,0 6,1 7,6 7,6 7,7 7,1 10,9 10,4 9,1 10,2 11,8Paraíba 6,9 6,8 6,4 7,7 8,2 14,1 15,3 11,0 18,1 12,7 15,5 6,3 10,9 16,1 4,9 19,6 34,3 11,7 24,0 11,1 17,2 17,5 12,5Pernambuco 8,8 10,5 10,7 13,8 10,9 12,7 13,2 14,0 12,3 13,9 20,2 19,2 13,9 16,6 18,9 16,0 19,4 21,9 24,5 27,4 27,6 32,9 28,5Alagoas 9,6 12,3 4,8 3,6 9,6 8,4 8,1 8,1 11,9 13,0 10,1 12,4 9,4 10,8 10,6 16,5 18,2 20,0 10,8 9,9 28,1 18,8 23,7Sergipe 6,7 3,1 4,5 15,6 5,6 8,5 4,8 2,1 0,0 9,1 7,5 8,9 13,0 10,5 11,7 9,3 13,4 3,4 4,7 17,9 22,4 6,1 16,4Bahia 3,3 1,8 5,7 4,5 4,8 3,2 2,6 5,9 5,7 6,2 7,0 7,4 6,3 10,9 15,2 10,7 13,3 16,0 8,1 8,1 10,3 9,8 11,0Região Su<strong>de</strong>ste 7,2 6,6 6,5 8,8 8,7 8,7 8,7 8,9 9,4 11,6 11,8 12,8 12,2 11,4 14,0 15,4 15,8 17,3 20,2 21,6 23,4 24,9 25,4Minas Gerais 4,1 5,5 5,4 4,5 5,6 5,3 5,0 3,9 6,2 6,8 5,2 3,7 6,7 5,4 7,4 3,8 5,1 6,7 8,2 12,1 16,2 14,6 15,8Espírito Santo 8,5 9,5 3,6 8,6 6,8 8,9 8,6 4,9 12,0 15,4 14,1 13,9 28,8 13,8 21,8 18,4 14,9 19,4 23,3 27,0 24,3 23,9 36,7Rio <strong>de</strong> Janeiro 7,7 5,2 6,4 6,1 7,6 6,5 6,9 8,5 7,6 12,2 17,7 15,6 12,2 14,6 15,2 22,0 23,3 24,5 24,0 28,7 31,1 27,2 28,6São Paulo 8,5 7,7 7,5 12,2 10,8 11,1 11,2 11,7 11,5 13,0 11,9 14,9 13,3 12,4 15,4 17,3 16,8 18,6 24,0 21,9 23,0 27,4 26,8Região Sul 4,9 4,6 5,1 4,3 6,0 4,7 3,9 5,7 6,0 7,6 7,7 8,8 7,6 6,2 8,0 8,4 8,3 9,5 10,8 11,5 10,6 12,5 14,2Paraná 5,6 5,2 5,5 3,5 7,3 4,8 4,3 5,3 6,3 7,8 5,9 8,6 7,3 5,3 8,2 10,7 6,6 8,4 10,9 11,4 10,3 11,1 14,2Santa Catarina 2,6 2,4 5,0 7,8 4,2 4,7 1,9 2,1 2,1 3,3 4,0 4,5 5,9 3,6 5,9 3,4 7,2 3,8 8,1 8,1 9,8 7,3 9,0Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 5,4 5,1 4,6 3,1 5,4 4,6 4,7 8,5 8,2 10,2 12,2 11,5 9,2 9,4 9,2 9,2 11,6 15,1 12,4 13,8 11,3 17,4 17,3Região Centro-Oeste 4,4 6,8 3,7 5,9 7,0 6,6 4,4 7,2 7,3 7,4 7,8 13,6 12,2 9,6 10,0 12,4 12,3 12,7 13,9 16,0 19,2 18,2 12,5Mato Grosso do Sul 3,8 11,2 4,0 4,5 7,9 2,5 7,9 4,3 5,4 7,3 5,1 11,9 19,5 10,1 10,9 6,8 17,3 17,3 17,1 15,4 20,9 18,7 11,6Mato Grosso 0,0 2,4 4,8 1,9 1,8 9,9 1,3 4,7 5,0 4,6 12,5 16,4 6,8 4,2 6,1 12,9 10,7 18,2 20,5 16,1 13,3 22,1 14,3Goiás 5,6 5,5 4,1 5,9 7,8 7,6 4,3 7,6 7,7 8,7 5,8 14,1 13,2 11,8 7,8 10,9 10,6 7,3 5,8 12,4 20,7 14,4 11,9Distrito Fe<strong>de</strong>ral 4,4 6,8 1,5 10,4 7,4 5,4 4,7 10,1 10,8 7,5 8,8 12,0 7,8 10,7 17,7 18,6 12,1 12,5 20,0 24,7 22,2 20,3 12,2Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 27: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 11,2 11,7 11,5 13,4 14,9 15,5 15,4 17,6 17,5 21,2 24,9 23,9 22,1 24,0 24,5 27,0 27,4 29,9 33,2 34,3 37,3 39,6 39,6Porto Velho 13,5 0,0 7,1 4,5 14,7 15,9 21,0 6,0 11,7 15,4 26,1 37,4 25,0 34,6 34,3 38,2 24,2 18,2 40,5 28,4 37,5 47,3 41,1Rio Branco 6,5 8,0 9,4 17,5 15,6 14,0 10,0 25,8 13,6 20,4 35,1 30,4 27,4 41,0 19,4 22,7 32,7 28,1 35,0 8,0 38,1 31,7 46,3Manaus 11,9 11,6 12,0 13,0 18,2 15,9 14,8 12,6 14,2 19,0 30,0 32,5 26,8 28,2 31,5 29,9 34,3 35,8 39,9 42,8 41,1 39,5 36,9Boa Vista 14,3 36,4 0,0 4,8 9,1 6,3 11,1 5,1 21,9 7,9 34,8 17,9 16,7 18,5 18,6 26,7 32,8 17,4 42,6 36,0 41,8 29,8 33,9Belém 9,2 9,4 5,5 13,5 8,7 10,6 11,7 9,3 14,7 24,0 28,6 25,6 23,3 20,1 33,2 22,9 22,0 24,7 33,7 22,1 45,0 48,8 50,0Macapá 3,7 4,0 7,4 9,6 14,3 21,2 13,7 7,4 7,3 20,6 22,7 9,5 32,7 23,5 35,9 44,0 39,8 42,4 51,4 47,2 48,8 43,1 30,6Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 20,0 11,1 13,3 14,3 14,3 28,6 18,8 9,7 31,6 11,4São Luís 4,2 7,0 3,4 1,7 3,9 1,7 8,7 7,0 8,5 16,1 26,4 23,7 21,8 18,3 23,1 29,1 23,0 17,6 22,9 13,7 26,4 34,4 35,9Teresina 6,7 11,1 3,8 2,5 11,8 4,9 8,3 7,7 13,6 8,3 13,8 7,7 8,4 16,8 14,8 11,1 17,5 29,0 22,6 13,0 34,0 34,0 39,0Fortaleza 16,3 14,7 12,2 23,3 22,6 20,9 21,5 16,8 13,4 20,0 20,9 19,2 22,9 25,7 19,6 27,9 22,8 32,7 31,8 31,1 39,6 43,7 37,0Natal 17,7 29,3 20,6 9,4 5,5 13,8 9,7 9,6 22,0 25,6 31,1 22,5 17,3 24,6 29,7 22,2 18,1 22,9 33,3 11,4 8,2 26,2 21,6João Pessoa 15,4 11,8 10,9 8,2 10,0 18,5 18,8 22,4 20,0 14,6 21,5 18,5 15,6 35,7 29,8 44,8 47,6 47,6 52,2 41,3 50,5 55,4 52,2Recife 13,9 16,0 15,5 22,9 21,2 30,7 30,0 35,8 32,9 41,1 43,7 43,7 40,1 45,2 52,0 52,5 50,3 68,6 72,9 69,0 68,1 70,2 64,0Maceió 16,1 14,1 6,3 14,8 17,9 14,6 21,8 21,2 31,7 34,5 34,3 25,0 23,4 25,4 23,1 34,7 37,9 34,6 32,3 36,9 55,2 56,7 59,4Aracaju 5,3 7,1 8,0 3,9 1,9 1,4 8,2 3,0 6,1 9,9 14,6 33,9 31,9 39,5 35,9 18,8 24,2 29,9 15,5 27,0 33,3 53,5 50,8Salvador 1,3 0,8 6,1 2,2 4,1 3,9 1,8 7,4 13,5 17,8 17,2 2,2 12,0 38,0 37,5 35,5 48,8 48,6 17,8 9,7 20,6 31,2 34,7Belo Horizonte 13,9 11,8 7,5 8,3 10,6 8,9 7,7 12,7 13,5 17,2 11,6 14,2 13,3 18,1 15,0 21,1 17,2 21,3 25,9 30,5 52,0 46,0 55,4Vitória 5,1 4,0 11,1 16,7 14,7 16,4 5,3 38,6 17,1 42,1 33,3 27,7 41,7 49,0 50,0 54,7 41,9 65,7 55,4 82,1 66,7 76,3 69,5Rio <strong>de</strong> Janeiro 28,9 21,2 19,7 6,8 11,1 9,0 6,6 24,7 9,9 15,9 47,8 28,6 18,1 26,1 26,6 45,6 50,9 55,7 61,5 57,3 63,7 62,9 66,2São Paulo 20,2 24,7 25,6 33,0 39,2 41,4 40,7 43,5 40,3 42,8 44,0 48,6 48,3 43,4 47,7 47,6 46,7 51,3 59,1 63,0 63,3 63,1 61,8Curitiba 6,0 5,6 7,9 5,7 10,6 4,0 6,5 5,0 13,3 12,3 17,2 14,3 12,8 12,4 15,6 16,7 17,2 18,8 21,4 29,9 32,0 34,3 39,1Florianópolis 3,2 7,7 0,0 0,0 3,6 6,3 3,1 0,0 7,4 14,0 10,0 7,7 0,0 11,1 2,0 7,1 12,8 5,6 8,8 14,3 18,2 27,5 38,5Porto Alegre 7,9 10,0 11,8 9,5 8,5 10,0 9,9 7,8 27,4 28,8 34,2 23,1 32,3 19,5 28,3 36,8 29,4 39,9 39,2 44,4 49,7 46,8 46,8Campo Gran<strong>de</strong> 2,8 5,6 5,7 13,1 16,7 6,5 13,8 7,0 8,7 14,4 19,3 24,7 20,9 19,8 28,7 29,2 28,8 36,5 40,7 39,3 48,1 42,2 37,5Cuiabá 0,0 0,0 1,6 0,0 1,7 1,3 5,4 5,6 3,0 12,7 4,9 6,9 5,5 6,8 9,4 24,4 21,0 41,4 64,9 55,0 57,7 66,1 54,6Goiânia 4,0 7,9 7,5 5,6 6,1 4,4 2,1 6,8 21,5 18,8 21,5 20,5 17,6 15,0 19,3 17,6 18,1 11,6 16,3 28,8 34,9 35,5 42,0Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>251


252Tabela 28: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, sexo masculino. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 15,9 16,5 16,2 18,7 20,4 21,3 21,1 23,8 23,7 27,9 32,8 31,7 29,1 32,0 32,7 36,0 36,5 38,7 43,2 43,9 47,7 49,8 49,9Porto Velho 13,6 0,0 0,0 7,4 16,7 19,0 22,6 7,0 14,7 19,7 35,5 50,0 29,3 41,4 37,3 37,8 30,2 23,4 50,0 32,0 44,4 50,8 50,0Rio Branco 11,8 9,5 15,0 16,0 22,2 19,4 6,9 25,5 18,8 22,2 40,7 29,8 30,6 50,0 29,7 27,1 37,2 30,4 40,0 8,3 42,0 42,9 53,8Manaus 12,1 12,9 17,0 18,3 21,0 16,4 18,7 15,4 17,3 21,3 37,3 39,8 30,7 33,5 37,5 34,8 41,0 40,1 46,3 45,5 49,4 44,2 42,6Boa Vista 16,7 33,3 0,0 8,3 7,7 7,7 13,3 0,0 27,3 11,5 33,3 15,0 17,9 23,8 22,6 29,2 36,6 20,0 48,6 50,9 43,2 37,5 37,8Belém 9,9 10,0 7,6 16,9 12,2 13,9 15,4 10,5 21,2 27,0 32,2 30,2 28,8 25,0 40,3 27,0 27,0 27,5 39,7 23,8 53,0 54,1 58,3Macapá 5,6 6,5 4,8 12,5 18,5 22,0 14,3 5,3 11,5 29,2 25,7 11,1 41,2 33,3 38,5 50,7 46,4 49,1 58,2 56,3 54,4 50,0 37,3Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 33,3 20,0 20,0 10,0 18,2 36,4 25,0 14,3 41,7 14,8São Luís 5,4 7,3 5,1 1,1 4,2 1,4 9,1 9,2 10,3 18,5 30,9 30,7 26,3 20,2 26,4 34,0 30,2 19,3 26,8 16,4 28,4 38,0 48,1Teresina 5,5 14,8 5,4 3,5 13,8 4,9 10,9 5,8 20,0 10,0 18,2 10,6 6,3 20,3 17,9 13,0 21,1 29,6 23,5 14,8 40,7 36,9 49,4Fortaleza 21,5 18,7 15,4 27,1 28,8 24,1 24,5 19,6 17,3 24,3 20,5 22,9 27,7 29,9 23,9 34,1 26,8 36,4 36,8 35,4 45,9 47,6 41,9Natal 26,2 35,9 25,0 12,2 6,9 17,8 10,2 12,5 31,0 32,3 34,5 27,1 21,1 37,2 35,5 26,1 22,1 25,8 35,6 12,9 9,5 29,7 23,3João Pessoa 17,9 12,1 10,5 11,8 10,8 20,4 22,2 23,8 26,2 19,2 24,0 23,8 21,9 44,4 38,1 48,8 53,2 55,1 51,7 46,4 56,6 64,2 57,5Recife 16,9 17,8 18,2 26,8 25,8 38,1 37,0 42,5 39,1 47,1 51,2 50,0 46,0 51,9 56,4 59,2 57,5 73,7 79,1 75,0 74,5 74,7 69,0Maceió 18,9 14,5 7,9 21,1 19,4 14,1 25,3 26,9 36,4 37,1 40,5 33,8 29,9 33,0 29,5 43,2 40,4 35,8 41,4 41,8 61,9 60,6 63,5Aracaju 5,1 8,2 10,9 1,8 2,5 0,0 9,3 4,8 7,4 9,4 17,9 40,9 36,2 45,6 40,6 21,7 24,4 42,6 19,2 31,3 39,1 64,9 56,9Salvador 1,4 1,2 5,1 2,2 5,3 4,5 1,0 9,8 17,2 21,6 20,8 2,3 14,3 45,0 43,3 41,8 53,0 55,2 19,6 10,5 23,3 35,8 37,8Belo Horizonte 17,7 14,1 8,4 10,6 10,8 10,8 8,6 16,3 15,8 19,6 13,7 18,2 15,9 22,5 17,9 26,7 20,8 25,1 32,6 29,9 60,1 49,4 61,5Vitória 3,4 5,9 15,2 17,1 20,0 21,2 7,3 50,0 21,9 42,3 40,0 33,3 52,0 52,3 53,3 63,0 49,0 71,7 64,4 82,4 71,9 82,0 70,6Rio <strong>de</strong> Janeiro 34,0 25,4 24,1 7,6 12,2 10,3 7,4 28,1 11,1 17,3 52,3 31,3 19,8 28,9 28,6 50,7 56,4 61,6 67,3 61,7 68,2 69,8 70,9São Paulo 22,9 29,3 30,1 38,1 44,5 48,2 46,3 50,7 45,1 48,5 50,6 54,8 53,4 49,6 53,8 53,0 51,6 56,5 63,2 67,4 68,7 67,8 67,3Curitiba 5,3 5,8 7,4 6,0 10,7 4,7 8,5 6,5 16,4 14,3 20,9 17,4 14,1 15,6 19,8 19,7 19,9 22,5 24,1 33,6 37,4 38,6 47,1Florianópolis 5,3 5,9 0,0 0,0 6,3 9,1 4,2 0,0 11,1 13,3 9,1 6,7 0,0 20,0 3,4 10,3 18,2 4,8 13,6 25,0 11,8 30,3 42,9Porto Alegre 6,9 11,0 12,8 11,1 11,1 13,5 12,8 9,4 30,1 32,7 41,6 28,7 36,9 24,4 34,6 45,4 34,5 43,9 46,8 52,2 55,2 52,9 51,1Campo Gran<strong>de</strong> 3,8 4,5 8,5 14,6 16,7 7,5 15,5 8,2 8,5 18,0 22,4 27,3 20,0 24,2 37,7 35,3 34,1 45,2 45,7 45,5 50,6 43,5 48,6Cuiabá 0,0 0,0 2,0 0,0 2,2 0,0 5,7 5,9 4,1 15,9 2,4 7,7 5,7 8,3 10,6 31,0 25,7 46,9 72,0 63,7 66,3 72,4 63,1Goiânia 5,7 10,7 9,0 8,1 6,8 4,5 2,9 7,9 28,9 23,9 25,0 25,0 17,4 16,4 20,7 21,1 21,8 13,6 21,2 31,7 37,4 41,5 51,3Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 29: Proporção (%) <strong>de</strong> homicídios sobre total <strong>de</strong> óbitos por causas externas, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, sexo feminino. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 6,4 6,4 6,0 7,4 7,7 7,4 7,2 8,0 8,2 9,8 10,9 11,6 10,5 10,2 12,1 12,9 13,7 14,4 15,8 16,9 18,3 19,9 18,6Porto Velho 13,3 0,0 21,4 0,0 10,0 9,5 17,9 3,7 3,6 7,9 3,8 3,8 15,8 18,2 26,7 40,0 13,0 5,3 14,3 12,5 20,8 40,0 10,0Rio Branco 0,0 0,0 0,0 20,0 7,1 0,0 14,3 26,7 0,0 15,4 20,0 33,3 16,7 14,3 4,0 6,3 11,1 22,2 10,0 7,1 23,1 7,7 20,0Manaus 11,6 10,0 1,9 1,9 9,4 15,2 6,8 6,3 7,2 12,5 6,0 7,1 15,4 13,6 14,5 14,3 11,9 12,8 20,8 31,5 19,1 22,0 16,3Boa Vista 0,0 50,0 0,0 0,0 11,1 0,0 8,3 15,4 10,0 0,0 38,5 25,0 12,5 0,0 8,3 16,7 23,5 12,5 25,0 0,0 36,4 13,3 23,5Belém 7,0 7,3 1,5 5,2 1,7 2,1 1,9 6,7 1,8 15,6 16,3 10,2 2,7 5,6 14,0 6,9 9,8 14,6 16,3 15,6 15,6 22,2 8,3Macapá 0,0 1,9 16,7 5,3 6,7 18,2 12,5 12,5 0,0 0,0 11,1 6,7 13,3 4,3 25,0 18,8 20,8 15,4 26,7 11,1 16,7 14,3 5,6Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 10,0 25,0 0,0 0,0 0,0 0,0 14,3 0,0São Luís 2,6 6,1 0,0 3,4 3,1 2,1 7,7 2,6 4,5 9,4 14,3 10,3 8,0 9,5 13,3 16,7 0,0 12,9 11,1 7,1 18,2 20,0 11,5Teresina 8,8 0,0 0,0 0,0 7,4 4,8 3,4 13,6 0,0 3,3 4,0 0,0 15,8 4,5 4,8 6,7 0,0 25,0 19,0 5,3 5,3 21,1 11,8Fortaleza 3,4 3,4 4,4 13,9 7,6 11,9 14,1 7,3 3,4 6,7 22,0 9,8 8,5 11,8 6,1 6,8 8,6 16,0 10,9 17,0 14,3 27,7 16,4Natal 0,0 15,8 12,5 0,0 0,0 5,0 8,7 4,0 0,0 0,0 18,8 9,5 5,6 0,0 14,3 10,3 7,4 10,0 23,1 0,0 0,0 15,0 12,5João Pessoa 7,7 11,1 11,8 0,0 7,7 9,1 10,5 18,8 5,6 6,7 13,3 0,0 0,0 6,3 5,0 30,4 30,8 21,4 55,6 9,1 23,5 16,7 16,7Recife 5,3 10,9 4,8 13,1 7,9 9,5 8,5 14,5 10,0 20,8 21,7 22,6 16,2 19,0 26,8 25,4 23,2 30,2 27,1 27,8 38,5 40,9 33,3Maceió 10,5 13,0 3,1 0,0 14,3 15,4 12,9 9,4 18,4 27,0 13,0 10,0 6,7 0,0 0,0 18,6 30,0 28,6 10,3 15,0 32,1 36,0 29,4Aracaju 6,3 4,8 3,4 9,5 0,0 5,0 6,7 0,0 0,0 11,8 0,0 6,7 13,0 16,7 14,3 13,0 23,5 0,0 5,3 13,3 0,0 7,1 25,0Salvador 1,1 0,0 8,0 2,2 1,2 2,3 3,6 2,2 4,3 7,5 4,6 1,7 4,4 8,8 19,2 13,8 28,1 20,3 9,6 6,5 8,5 10,0 14,0Belo Horizonte 4,5 6,7 5,2 4,0 10,5 5,0 5,8 4,7 8,3 10,5 6,0 4,3 7,0 5,2 7,9 7,8 6,0 11,0 11,5 32,4 28,6 21,2 25,0Vitória 10,0 0,0 0,0 15,4 0,0 9,1 0,0 8,3 0,0 41,7 11,1 7,1 18,2 20,0 28,6 10,0 15,4 30,0 18,2 80,0 42,9 44,4 62,5Rio <strong>de</strong> Janeiro 12,4 6,6 6,7 4,1 7,1 3,0 3,3 8,5 4,3 8,7 22,9 12,7 7,8 12,2 18,1 18,7 24,7 26,1 29,6 29,6 37,1 30,7 34,4São Paulo 12,2 10,5 10,3 15,0 16,5 13,1 15,5 15,6 15,5 16,4 16,4 21,0 20,5 16,8 20,3 22,2 27,5 27,2 36,4 37,3 29,7 35,0 29,8Curitiba 7,2 3,6 9,3 5,4 8,3 2,7 1,5 1,5 7,0 6,0 6,2 6,3 8,6 5,7 6,1 7,0 11,8 7,1 15,0 18,8 12,2 17,5 12,8Florianópolis 0,0 11,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 15,4 11,1 11,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 6,7 0,0 0,0 25,0 14,3 0,0Porto Alegre 10,8 6,5 8,6 2,9 0,0 2,3 0,0 4,0 16,7 14,3 14,3 8,9 16,2 0,0 13,3 17,3 18,5 22,9 16,7 13,8 28,1 20,8 32,5Campo Gran<strong>de</strong> 0,0 7,4 0,0 10,0 16,7 0,0 6,3 4,5 9,1 3,6 9,5 17,4 25,0 11,1 9,7 10,7 14,7 12,9 20,0 16,7 39,1 35,7 7,7Cuiabá 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,3 4,3 4,5 0,0 0,0 10,0 4,5 0,0 0,0 5,3 11,1 7,7 26,1 42,9 11,1 15,8 29,4 25,0Goiânia 1,5 0,0 3,4 1,6 4,8 3,9 0,0 3,9 5,2 4,8 10,3 7,9 19,0 10,5 16,0 8,8 7,1 7,3 4,8 17,6 24,1 16,7 11,4Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>253


254Tabela 30: Proporção (%) <strong>de</strong> óbitos com intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong> óbitos por causas externas, população 0 a 19 anos.Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 18,7 16,4 15,3 11,8 12,4 12,8 13,7 13,3 14,0 12,0 7,4 7,9 9,4 9,6 10,0 7,7 6,9 6,4 9,5 7,6 8,3 7,3 7,5Região Norte 6,4 7,7 6,0 8,0 5,7 6,1 5,6 5,9 6,3 5,1 3,3 3,4 3,6 2,9 4,5 7,0 6,0 5,7 6,0 8,5 2,3 3,9 2,7Rondônia 16,3 17,8 8,5 20,7 16,9 10,6 11,6 11,5 9,2 2,5 1,9 4,8 6,4 7,2 11,7 17,9 15,0 9,2 4,9 0,9 3,6 9,5 6,2Acre 5,0 19,4 9,3 21,2 0,0 7,0 11,3 9,2 11,5 0,0 0,0 1,2 4,9 1,4 5,9 9,9 11,7 16,3 22,2 23,5 2,2 1,6 0,0Amazonas 2,7 7,2 3,5 6,8 2,7 2,1 3,0 6,2 7,0 8,5 7,1 9,0 8,0 3,6 6,7 6,0 5,4 5,7 3,6 4,8 0,9 1,2 0,3Roraima 0,0 0,0 0,0 0,0 4,2 0,0 16,2 0,0 8,3 39,0 20,8 2,8 2,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,0Pará 6,3 7,0 7,0 4,2 3,3 6,6 2,8 2,7 3,6 0,9 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0 0,9 1,5 3,9 7,3 15,7 2,4 4,6 2,9Amapá 0,0 0,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,4 4,4 4,2 3,4 0,0 1,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,9 0,0 2,1 1,5Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 17,7 8,1 4,9 5,5 6,9 9,2 19,2 14,9 6,8 6,0 10,3 6,2 3,1 3,4Região Nor<strong>de</strong>ste 15,4 6,2 4,8 6,9 7,0 7,3 9,3 11,6 11,4 9,5 5,8 2,7 3,7 3,4 5,3 8,4 6,7 7,2 12,6 7,2 10,3 10,2 10,7Maranhão 36,5 1,9 5,1 10,4 8,8 8,9 6,7 6,5 2,3 2,1 1,9 0,4 1,2 3,3 5,2 9,2 3,2 10,6 27,5 13,5 16,2 10,6 8,7Piauí 20,9 13,6 15,7 9,3 9,6 9,6 13,1 13,8 13,0 3,1 5,0 8,3 11,8 2,9 2,0 4,5 1,9 4,0 4,6 5,3 5,3 5,1 2,3Ceará 6,2 1,6 1,2 1,2 1,9 1,1 2,3 15,1 16,8 5,3 12,0 8,8 8,9 9,4 13,7 11,9 11,0 6,3 5,9 1,2 1,2 2,1 2,5Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 0,8 3,4 8,7 11,5 24,0 20,6 33,5 10,6 4,5 3,2 6,9 5,3 10,6 3,7 11,2 20,4 30,5 33,8 18,1 31,7 23,1 22,8 23,8Paraíba 3,0 5,4 7,5 12,9 3,9 3,2 1,2 0,0 0,3 0,7 0,0 0,4 0,5 0,4 0,7 10,7 0,9 1,0 1,9 1,2 1,8 0,0 2,9Pernambuco 33,9 17,7 9,5 12,1 10,9 9,6 15,2 22,4 27,7 22,9 5,2 3,6 5,9 6,1 4,9 5,5 3,5 3,8 3,7 3,7 4,2 3,8 4,4Alagoas 0,5 1,5 0,7 0,0 1,3 0,9 0,8 1,3 1,4 2,7 0,3 1,4 2,7 0,0 0,3 0,0 0,7 0,6 0,6 1,3 1,1 0,0 0,0Sergipe 0,8 0,0 0,0 24,8 40,2 52,6 53,6 60,8 52,4 54,1 48,9 3,4 1,6 0,0 24,1 43,6 36,2 48,6 50,5 20,5 8,8 7,1 5,8Bahia 7,2 0,4 0,4 0,3 0,1 0,3 0,2 0,5 0,1 0,0 0,2 0,1 0,0 0,5 0,1 0,1 0,2 1,1 20,8 9,2 24,2 26,6 27,5Região Su<strong>de</strong>ste 18,0 17,6 17,7 12,5 13,9 14,2 16,9 14,9 17,8 15,2 9,1 12,0 14,5 13,5 12,0 6,9 6,9 6,0 9,4 7,8 10,1 8,2 8,9Minas Gerais 18,4 17,2 17,7 20,6 18,8 19,9 23,2 22,9 14,4 8,5 8,5 9,8 8,1 7,2 8,1 6,8 6,3 7,3 20,8 12,0 9,4 8,9 5,4Espírito Santo 11,8 4,0 3,6 3,4 3,2 1,5 6,7 9,3 2,8 0,3 2,0 0,3 1,6 1,3 3,1 1,3 3,5 2,4 2,1 0,7 0,8 0,6 1,0Rio <strong>de</strong> Janeiro 34,9 31,2 34,1 29,1 34,1 36,2 40,6 31,2 44,7 41,8 19,3 32,0 40,5 33,7 33,4 13,6 9,1 8,6 11,7 13,7 11,5 8,9 8,0São Paulo 9,9 12,3 11,6 2,6 4,1 4,0 5,2 5,6 5,7 4,3 4,8 3,9 4,7 6,6 3,1 4,0 6,4 4,7 5,9 5,1 10,5 8,4 11,2Região Sul 23,6 22,0 18,5 14,2 13,3 13,2 13,2 13,1 7,4 8,7 7,0 5,4 6,2 10,3 9,2 7,6 6,5 5,1 4,9 5,4 5,1 4,1 3,5Paraná 21,9 21,0 14,7 7,2 7,4 6,7 4,6 7,4 7,7 6,3 4,8 5,5 5,7 4,1 5,1 5,6 6,9 4,6 4,5 4,4 5,9 4,5 2,8Santa Catarina 20,8 26,8 22,5 11,8 7,8 13,5 8,7 5,4 8,6 5,2 2,2 3,2 4,7 6,0 4,6 1,8 2,0 1,7 4,0 3,0 1,9 1,5 2,3Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 27,0 20,5 20,9 23,3 22,7 21,0 25,6 24,4 6,4 13,5 12,0 6,6 7,7 20,1 17,0 13,7 9,2 7,8 5,9 7,9 5,7 5,0 5,2Região Centro-Oeste 28,5 27,5 25,1 18,9 19,0 21,6 11,4 12,9 15,3 8,7 2,7 3,0 2,6 5,1 14,8 11,3 8,5 9,7 12,0 10,9 2,9 2,4 1,3Mato Grosso do Sul 26,2 32,5 29,6 28,0 29,8 29,9 20,9 23,2 28,7 17,3 2,4 1,9 0,6 6,0 13,9 13,9 4,9 9,6 6,9 7,7 5,6 4,3 1,1Mato Grosso 1,8 2,2 0,7 2,9 0,5 0,4 0,7 0,0 9,0 3,2 0,0 0,0 0,3 0,3 20,2 2,1 2,9 3,3 1,7 1,3 0,2 0,5 2,1Goiás 29,1 33,8 34,4 23,6 25,2 33,2 15,2 19,4 18,5 10,6 6,6 6,6 6,3 10,4 20,5 21,3 18,3 17,7 25,9 21,9 4,4 3,5 1,4Distrito Fe<strong>de</strong>ral 41,9 19,7 5,9 6,5 3,6 1,5 2,1 0,7 0,4 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,2 0,8 0,5 4,1 2,4 1,1 0,6 0,3Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 31: Proporção (%) <strong>de</strong> óbitos com intenção in<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> sobre o total <strong>de</strong> óbitos por causas externas, população 0 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 18,7 16,4 15,3 11,8 12,4 12,8 13,7 13,3 14,0 12,0 7,4 7,9 9,4 9,6 10,0 7,7 6,9 6,4 9,5 7,6 8,3 7,3 7,5Porto Velho 10,8 12,0 4,8 13,6 19,1 9,5 13,6 9,5 9,7 0,0 0,0 3,3 5,0 7,4 10,4 16,4 16,7 13,6 3,8 1,5 8,0 9,7 6,7Rio Branco 3,2 28,0 0,0 25,0 0,0 7,0 8,0 6,1 9,1 0,0 0,0 1,4 3,2 1,6 8,1 9,3 9,6 14,1 18,3 28,0 0,0 0,0 0,0Manaus 1,3 6,1 3,2 5,6 1,5 0,7 0,5 6,3 3,2 6,2 6,8 9,1 5,4 2,0 6,2 5,8 3,5 3,3 2,9 5,4 1,2 1,5 0,4Boa Vista 0,0 0,0 0,0 0,0 4,5 0,0 18,5 0,0 6,3 42,1 21,7 3,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,2Belém 8,7 8,3 9,3 4,5 0,5 3,5 0,0 2,1 2,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 3,2 3,6 28,6 3,4 8,1 6,3Macapá 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,9 2,9 4,5 0,0 2,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,1 0,0 0,0 1,2Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 26,7 28,6 7,1 0,0 0,0 0,0 0,0 8,6São Luís 41,1 1,6 4,2 17,6 14,6 11,9 8,7 7,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,3 5,1 5,2 4,8 8,4 27,5 18,9 20,0 7,2 6,4Teresina 13,5 11,1 17,7 8,8 7,1 9,7 13,1 14,3 15,5 1,7 3,8 4,6 4,8 3,0 3,4 6,1 0,0 5,4 3,8 2,0 2,0 0,0 0,0Fortaleza 4,8 0,9 1,3 0,8 0,9 0,0 2,7 13,0 17,7 4,3 7,8 5,6 3,7 4,6 7,8 9,5 10,8 5,3 8,9 2,2 0,8 1,3 2,5Natal 0,0 3,4 11,8 22,6 30,1 30,8 40,3 16,4 1,7 2,6 5,4 7,5 8,0 7,7 16,5 24,8 28,6 38,5 20,8 45,7 55,3 42,9 38,2João Pessoa 1,9 3,9 7,3 6,1 4,0 1,5 1,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,3Recife 44,4 26,5 14,0 11,4 15,1 12,7 21,6 29,3 35,9 25,2 4,8 4,1 5,3 4,0 5,5 6,0 5,5 4,2 2,3 4,9 6,1 4,2 7,4Maceió 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7 1,4 0,0 1,8 3,7 0,0 0,0 0,0 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Aracaju 1,3 0,0 0,0 35,1 44,2 61,4 52,1 65,7 56,1 61,7 56,3 6,5 2,5 0,0 16,2 42,0 37,9 47,8 49,3 30,2 12,0 7,0 4,8Salvador 2,0 1,2 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,2 0,0 0,3 0,5 39,5 20,1 41,6 45,7 41,6Belo Horizonte 10,7 7,1 9,0 8,3 9,1 15,5 15,5 16,9 8,2 4,8 4,1 6,7 6,2 7,5 6,2 1,5 4,3 5,9 12,7 9,9 9,5 10,9 2,2Vitória 15,4 0,0 6,7 4,2 5,9 1,8 3,5 11,4 2,4 0,0 0,0 0,0 0,0 4,1 15,4 1,6 9,7 1,4 3,6 0,0 0,0 0,0 0,0Rio <strong>de</strong> Janeiro 30,2 25,0 42,8 37,5 40,3 45,9 47,9 32,9 53,9 49,1 12,5 44,8 64,0 50,3 55,8 18,7 12,2 10,5 12,9 18,8 12,4 6,3 5,6São Paulo 6,1 9,7 7,6 2,2 3,0 3,1 5,7 4,2 4,8 3,6 3,2 2,2 2,9 5,5 3,4 3,8 5,0 3,4 4,8 3,5 9,6 5,2 13,1Curitiba 23,5 19,4 15,3 15,6 10,0 6,3 5,0 8,6 6,4 8,7 7,4 8,9 7,7 6,4 7,4 6,9 9,2 4,3 6,5 9,1 11,7 8,1 5,0Florianópolis 12,9 7,7 3,2 6,7 3,6 9,4 6,3 0,0 7,4 2,3 0,0 0,0 3,0 0,0 5,9 0,0 2,1 0,0 5,9 0,0 0,0 2,5 10,3Porto Alegre 36,0 25,0 34,2 39,6 32,6 29,3 45,6 41,3 10,1 19,2 18,7 6,3 13,8 20,8 7,9 2,3 5,9 1,6 1,8 1,4 3,8 1,6 4,6Campo Gran<strong>de</strong> 16,7 35,2 26,4 21,3 19,7 30,6 21,8 26,8 20,3 11,9 4,5 0,0 0,0 7,7 4,0 8,8 4,0 4,3 0,0 3,6 3,8 7,2 3,1Cuiabá 0,0 2,2 0,0 0,0 0,0 1,3 0,0 0,0 17,2 5,1 0,0 0,0 0,0 0,0 22,4 1,2 4,0 2,3 0,0 0,0 0,0 0,0 4,6Goiânia 39,9 45,0 43,0 30,6 32,8 55,7 25,6 22,6 17,7 11,3 5,0 5,5 9,7 14,4 16,3 18,0 10,8 12,1 12,8 10,0 1,3 2,4 0,7Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>255


256Tabela 32: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 3,1 3,2 3,2 3,7 4,2 4,7 5,0 5,4 5,3 6,9 7,7 7,1 6,4 7,0 7,5 8,5 9,3 9,9 10,5 10,6 11,9 12,2 12,6Região Norte 2,3 2,1 1,8 2,4 2,5 2,7 2,8 2,6 3,0 4,1 5,5 5,8 4,8 5,2 6,4 5,8 6,2 6,1 7,7 6,6 6,9 7,0 7,7Rondônia 3,9 2,7 2,1 2,5 5,2 5,1 7,2 4,9 7,8 8,1 9,0 9,6 6,5 9,2 7,8 6,5 6,6 6,3 11,3 8,4 9,5 10,7 11,4Acre 2,3 2,8 2,1 3,7 3,1 4,0 3,4 9,0 3,2 5,0 6,2 9,5 7,9 10,7 5,7 9,5 9,9 7,7 10,1 2,5 9,9 5,1 12,4Amazonas 2,4 2,2 2,5 2,8 3,4 2,9 3,2 2,6 3,5 4,1 6,4 7,3 5,0 6,1 7,9 7,6 8,5 8,7 9,9 10,1 8,1 6,9 7,6Roraima 2,3 12,5 1,9 1,7 3,0 1,4 3,8 2,4 7,8 4,2 16,9 4,7 6,3 6,8 7,3 7,0 15,9 9,2 18,8 36,0 19,7 10,7 13,2Pará 2,1 2,1 1,7 2,3 1,9 2,3 2,1 2,1 2,3 3,6 4,5 4,7 4,1 3,3 5,4 3,5 3,6 4,3 4,9 2,8 4,3 5,7 6,2Amapá 0,9 3,6 2,6 7,4 4,7 9,1 5,1 2,1 2,7 5,8 8,2 5,5 11,0 10,2 16,6 25,3 21,0 17,5 20,8 22,5 20,4 16,0 15,4Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,3 1,2 2,1 1,7 2,1 2,9 3,0 4,2 3,0 3,8 4,4 4,2 6,3 4,6Região Nor<strong>de</strong>ste 1,7 1,8 1,9 2,3 2,3 2,5 2,8 2,8 3,2 3,9 3,9 3,5 3,3 4,8 4,7 4,8 6,2 7,0 6,8 6,2 7,5 8,6 8,4Maranhão 0,4 0,6 0,5 0,7 0,7 0,3 0,9 0,7 1,1 1,4 2,0 2,0 1,4 1,5 1,6 2,2 2,0 1,4 1,5 1,3 2,3 3,3 2,9Piauí 0,7 1,0 0,9 0,6 1,2 0,4 1,1 0,8 1,4 1,0 1,3 0,7 0,8 1,5 1,1 1,0 1,5 2,4 2,1 1,0 3,2 3,7 4,5Ceará 1,9 2,2 1,7 2,9 2,8 2,2 2,1 1,7 1,7 2,0 2,1 2,2 2,1 3,1 2,0 3,8 4,2 4,8 4,2 4,4 6,1 6,0 6,1Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 1,9 2,2 2,6 1,5 0,5 1,8 0,8 1,0 2,3 2,5 3,0 2,6 2,2 2,4 3,3 3,1 3,0 3,8 4,0 2,4 2,7 3,9 3,3Paraíba 2,3 2,0 2,0 2,7 2,3 3,4 3,9 3,4 3,5 3,6 3,6 3,0 2,5 3,7 3,9 4,8 8,4 5,3 5,0 3,8 7,5 5,7 7,2Pernambuco 3,8 4,1 4,7 5,8 6,2 7,5 8,2 8,6 8,4 10,2 10,5 10,5 8,2 11,6 11,4 11,4 14,2 19,3 25,1 22,7 22,3 26,2 22,9Alagoas 2,7 3,1 2,8 3,3 3,6 3,1 4,7 4,0 6,1 7,1 5,1 4,7 4,0 5,4 4,9 5,7 7,3 7,0 6,1 6,3 10,3 11,5 12,0Sergipe 1,1 1,4 1,2 1,9 0,7 0,9 1,6 0,6 1,1 2,5 3,6 5,3 9,4 7,0 7,9 4,4 5,5 5,4 2,8 6,7 8,0 9,0 9,9Bahia 0,7 0,4 1,0 0,9 1,1 0,9 1,0 1,4 2,1 2,7 2,4 1,3 2,1 4,5 4,6 4,0 5,8 6,3 3,4 2,6 3,6 4,7 5,2Região Su<strong>de</strong>ste 4,9 5,0 4,7 5,7 6,8 8,0 8,3 9,3 8,5 11,0 12,6 11,2 10,0 10,4 11,2 13,2 14,2 14,6 16,0 17,0 18,4 18,2 18,6Minas Gerais 1,9 2,0 1,7 1,3 1,6 1,6 1,6 1,5 1,8 2,4 1,9 2,1 1,8 2,3 2,2 2,4 2,5 2,7 2,8 3,2 5,3 5,7 7,2Espírito Santo 2,9 3,5 2,8 3,7 3,1 3,7 3,7 5,9 5,9 7,7 8,4 8,2 8,8 12,7 12,1 13,5 15,5 18,5 23,8 22,5 20,1 20,8 25,3Rio <strong>de</strong> Janeiro 8,8 6,6 6,2 4,8 6,2 7,0 7,0 11,6 9,9 14,9 23,9 16,8 13,8 16,3 18,5 26,9 28,1 28,2 27,3 25,8 26,0 25,1 28,1São Paulo 5,2 6,3 6,1 8,8 10,5 12,5 13,0 13,0 11,9 14,7 14,7 14,3 13,1 12,3 13,3 14,0 15,1 15,6 18,1 20,6 22,3 21,9 20,3Região Sul 2,1 2,2 2,3 2,5 2,8 2,3 2,7 2,6 3,4 4,7 5,3 5,0 4,5 4,0 4,5 5,3 5,1 5,7 5,5 5,6 6,7 7,0 8,3Paraná 2,3 2,0 2,6 2,6 3,1 2,4 2,9 2,9 3,1 4,3 4,3 4,1 3,9 4,2 4,8 5,7 5,3 5,6 6,4 6,6 8,5 8,2 10,7Santa Catarina 1,2 1,8 1,3 2,0 1,8 1,5 1,2 1,2 1,6 2,3 2,1 2,0 1,6 2,2 2,1 2,5 3,3 3,0 2,5 2,4 2,6 2,8 3,9Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 2,3 2,7 2,5 2,7 2,9 2,6 3,2 3,0 4,6 6,5 8,1 7,6 6,7 4,9 5,6 6,4 6,0 7,4 6,3 6,5 7,1 8,1 8,3Região Centro-Oeste 2,1 3,2 3,2 3,2 3,3 3,3 3,9 4,1 4,2 5,3 4,7 6,7 6,0 7,2 7,1 8,6 8,7 9,6 10,4 10,3 12,5 12,6 12,6Mato Grosso do Sul 3,5 3,0 3,0 3,1 5,0 2,9 5,0 2,7 2,9 4,7 4,8 6,3 7,6 8,0 7,7 10,1 11,4 11,5 11,5 11,2 11,8 9,4 12,3Mato Grosso 0,5 0,9 0,7 0,7 1,1 1,7 2,1 2,3 1,8 3,6 2,9 4,4 2,9 3,2 3,5 6,4 6,8 9,7 12,5 9,7 12,0 13,1 12,8Goiás 2,0 3,5 3,4 3,5 3,1 3,0 3,4 3,4 4,7 4,6 3,1 6,1 4,6 5,2 5,3 5,8 5,5 5,6 4,5 6,3 9,7 10,2 11,5Distrito Fe<strong>de</strong>ral 2,4 5,2 5,3 5,3 4,3 6,5 6,4 10,0 7,8 10,0 10,9 11,9 11,7 16,7 16,1 17,2 16,3 17,5 21,2 19,9 20,7 21,5 15,6Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 33: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, sexo masculino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 5,1 5,4 5,3 6,3 7,2 8,1 8,7 9,4 9,3 12,2 13,6 12,4 11,1 12,5 13,0 14,8 16,2 17,4 18,6 18,8 21,0 21,7 22,4Região Norte 3,5 3,2 2,8 4,0 4,0 4,7 4,4 4,0 5,0 6,8 9,5 10,1 8,4 8,8 11,0 10,0 10,5 10,7 13,1 11,2 11,9 11,7 13,8Rondônia 5,6 3,3 1,2 4,4 8,7 7,1 10,2 7,5 13,0 13,4 15,6 17,2 11,5 14,1 11,8 10,5 9,6 10,7 19,1 13,7 15,8 14,3 20,6Acre 4,5 5,4 4,2 4,1 4,0 7,9 3,8 14,0 6,4 8,1 10,5 15,5 14,0 18,9 10,5 15,8 17,3 12,2 17,8 3,6 16,8 8,8 22,6Amazonas 3,6 3,0 4,5 5,4 5,8 4,9 5,5 4,4 5,7 6,7 11,8 13,8 8,6 10,4 13,9 12,9 15,3 16,4 17,2 17,3 13,8 11,9 13,6Roraima 4,5 20,6 3,7 3,3 3,0 2,7 5,1 0,0 13,2 8,3 23,5 5,5 10,7 13,3 12,7 12,2 25,2 13,8 32,8 62,7 30,5 18,8 19,4Pará 3,2 3,1 2,7 3,7 3,1 4,3 3,5 3,3 3,6 6,1 7,7 7,8 7,4 6,0 9,5 6,1 6,3 7,4 8,2 4,8 7,3 10,0 11,2Amapá 1,9 5,4 3,5 11,5 7,9 15,1 7,2 1,4 5,4 11,6 13,8 9,7 19,4 19,2 27,5 47,1 37,0 33,1 37,0 43,2 38,9 29,5 29,2Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 1,6 3,6 2,9 3,1 4,9 5,2 6,4 4,8 6,1 7,0 7,6 9,5 7,3Região Nor<strong>de</strong>ste 2,7 2,9 3,2 3,8 3,8 4,1 4,6 4,7 5,5 6,7 6,6 5,9 5,7 8,5 8,2 8,4 10,7 12,5 12,2 10,9 13,2 15,4 15,0Maranhão 0,7 0,9 0,9 1,1 0,9 0,3 1,5 1,4 1,9 2,1 3,4 3,4 2,6 2,5 2,7 3,6 3,6 2,0 2,5 2,2 4,2 5,7 5,3Piauí 0,8 1,8 1,4 1,1 1,9 0,5 1,8 0,9 2,4 1,9 2,2 1,3 1,2 2,9 2,1 1,5 2,9 4,2 3,6 1,9 6,1 6,3 8,1Ceará 3,1 3,5 3,0 4,9 4,8 3,7 3,4 3,0 3,0 3,7 3,3 3,5 3,6 5,5 3,4 7,0 7,3 8,6 7,4 7,6 11,0 10,3 10,6Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 3,3 3,9 4,0 2,6 0,9 3,1 1,3 1,6 4,3 4,7 5,0 4,5 3,8 4,3 5,5 5,3 5,2 6,6 6,7 4,0 4,5 6,7 5,5Paraíba 4,0 3,2 3,3 4,6 3,8 5,5 5,8 5,7 4,7 6,0 5,9 5,6 4,1 6,3 7,4 7,2 12,3 9,6 8,3 6,7 13,4 10,3 13,0Pernambuco 6,3 6,9 8,1 9,6 10,7 13,0 14,1 15,1 15,0 18,4 17,9 18,2 14,6 20,8 20,5 20,6 25,3 35,2 46,1 41,2 39,6 47,6 41,5Alagoas 4,2 4,5 4,9 6,1 5,4 4,9 7,8 7,0 10,1 11,9 8,7 7,5 6,8 9,8 8,5 9,5 12,5 11,6 10,9 11,5 16,5 20,6 21,9Sergipe 1,6 2,5 1,8 1,8 0,9 0,6 2,3 0,8 2,2 3,5 6,4 9,0 16,3 12,5 14,0 6,9 8,6 10,2 4,8 10,3 13,1 17,0 17,4Bahia 1,0 0,7 1,3 1,3 1,5 1,4 1,7 2,2 3,5 4,7 4,2 1,9 3,5 7,9 7,6 6,9 10,1 11,0 5,9 4,3 6,1 8,4 9,2Região Su<strong>de</strong>ste 8,4 8,6 8,1 9,6 12,0 14,2 14,7 16,8 15,1 19,8 22,9 20,0 17,9 18,7 19,7 23,6 25,0 25,9 28,5 30,5 33,0 32,5 33,4Minas Gerais 3,1 3,0 2,5 1,8 2,3 2,4 2,4 2,4 2,7 3,8 3,0 3,6 2,8 3,9 3,4 4,2 4,3 4,4 4,5 5,0 8,8 9,9 12,5Espírito Santo 4,0 5,4 4,5 5,6 4,8 5,3 5,6 10,6 9,6 12,4 14,4 13,8 13,6 22,6 20,0 23,8 27,8 33,4 43,1 39,7 35,6 37,3 44,2Rio <strong>de</strong> Janeiro 16,0 12,0 11,0 8,2 10,7 12,6 12,4 21,6 18,1 27,1 44,0 30,2 25,1 29,5 33,3 48,8 50,4 51,1 50,1 46,8 46,8 45,2 51,5São Paulo 8,7 10,9 10,7 15,2 18,8 22,7 23,6 23,6 21,4 26,7 26,7 25,7 23,8 22,2 23,6 24,7 26,5 27,4 32,0 37,2 40,3 39,2 36,5Região Sul 3,2 3,5 3,6 4,2 4,4 3,5 4,4 4,1 5,6 8,0 9,2 8,2 7,4 6,7 7,3 8,7 8,2 9,5 8,9 9,3 11,3 12,0 14,2Paraná 3,4 2,9 4,2 4,5 4,7 3,6 4,8 4,7 5,0 7,1 7,6 6,4 6,1 7,1 7,5 8,9 8,8 9,4 10,4 11,1 14,8 14,4 18,7Santa Catarina 1,8 3,1 1,5 2,6 2,9 2,1 1,9 1,9 2,8 3,9 3,4 3,1 2,1 3,5 3,1 4,2 4,4 4,9 3,5 3,3 3,5 4,5 6,4Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 3,6 4,4 4,2 4,8 4,9 4,3 5,4 4,6 7,8 11,3 14,0 12,9 11,8 8,1 9,4 10,9 9,6 12,1 10,4 10,6 12,0 13,8 13,9Região Centro-Oeste 3,3 4,9 5,4 5,0 4,9 5,0 6,7 6,6 6,7 8,8 7,9 10,9 9,5 12,2 11,8 14,1 14,4 16,4 17,9 17,3 21,0 21,8 22,4Mato Grosso do Sul 6,0 3,0 4,8 5,0 7,9 5,2 8,4 4,5 4,5 7,4 8,5 9,9 10,9 13,2 12,3 18,6 18,2 18,8 19,7 18,9 19,1 14,7 21,2Mato Grosso 1,0 1,5 0,9 1,1 1,8 1,5 3,8 3,9 2,7 6,2 3,9 6,4 4,5 5,6 5,8 9,8 10,9 15,2 19,9 16,2 20,7 21,5 21,5Goiás 3,0 5,6 5,7 5,4 4,2 4,0 5,5 4,8 7,3 7,2 5,3 9,8 6,9 8,2 8,7 9,0 8,7 9,6 7,8 10,1 15,5 17,8 20,6Distrito Fe<strong>de</strong>ral 3,8 8,9 10,4 8,5 7,1 11,7 11,5 17,3 13,1 18,2 19,6 21,6 21,8 30,9 28,2 28,7 29,6 32,8 38,8 35,2 37,1 39,4 29,0Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>257


258Tabela 34: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, sexo feminino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 1,0 1,0 1,0 1,2 1,2 1,2 1,3 1,3 1,3 1,5 1,6 1,7 1,5 1,5 1,9 2,0 2,3 2,2 2,3 2,3 2,6 2,5 2,5Região Norte 1,1 1,1 0,7 0,8 0,8 0,8 1,2 1,2 1,0 1,4 1,4 1,3 1,1 1,4 1,8 1,5 1,7 1,3 2,1 1,8 1,8 2,2 1,5Rondônia 2,2 2,1 3,1 0,6 1,6 2,9 4,1 2,2 2,4 2,7 2,2 1,4 1,4 3,8 3,6 2,3 3,4 1,7 3,3 2,6 2,9 6,9 1,9Acre 0,0 0,0 0,0 3,2 2,1 0,0 2,9 3,8 0,0 1,8 1,8 3,5 1,8 1,7 0,8 3,2 2,4 3,1 2,2 1,5 2,9 1,4 2,0Amazonas 1,2 1,4 0,5 0,2 0,8 1,0 0,8 0,8 1,3 1,5 0,9 0,7 1,4 1,8 1,8 2,2 1,6 0,9 2,6 2,8 2,4 1,8 1,5Roraima 0,0 4,2 0,0 0,0 3,1 0,0 2,6 4,8 2,3 0,0 10,1 3,8 1,8 0,0 1,6 1,6 6,4 4,7 4,6 8,9 8,7 2,4 7,0Pará 1,0 1,0 0,7 0,9 0,6 0,4 0,8 0,9 0,9 1,1 1,2 1,5 0,8 0,6 1,3 0,8 0,9 1,1 1,5 0,9 1,1 1,3 1,0Amapá 0,0 1,8 1,7 3,3 1,6 3,0 2,9 2,8 0,0 0,0 2,5 1,2 2,4 1,1 5,6 3,2 5,0 1,9 4,5 1,7 1,6 2,4 1,5Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,7 0,8 0,4 0,4 1,2 0,8 0,8 2,0 1,1 1,5 1,8 0,8 2,9 1,8Região Nor<strong>de</strong>ste 0,6 0,7 0,7 0,8 0,8 0,9 0,9 0,8 0,9 1,0 1,2 1,0 0,8 1,0 1,2 1,3 1,6 1,5 1,3 1,4 1,7 1,6 1,6Maranhão 0,2 0,3 0,0 0,3 0,4 0,3 0,3 0,1 0,2 0,5 0,5 0,7 0,2 0,4 0,4 0,7 0,3 0,7 0,5 0,4 0,4 0,8 0,6Piauí 0,6 0,3 0,3 0,0 0,5 0,3 0,3 0,6 0,3 0,1 0,3 0,0 0,5 0,1 0,1 0,6 0,0 0,6 0,6 0,2 0,2 0,9 0,9Ceará 0,6 0,8 0,5 0,8 0,7 0,7 0,7 0,4 0,3 0,3 0,9 0,8 0,6 0,7 0,5 0,6 1,0 0,9 0,9 1,2 1,0 1,6 1,5Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 0,4 0,6 1,2 0,4 0,0 0,4 0,4 0,4 0,4 0,2 0,9 0,7 0,5 0,5 0,8 0,8 0,9 0,9 1,2 0,8 0,9 1,0 1,0Paraíba 0,5 0,8 0,8 0,8 0,9 1,4 1,9 1,0 2,2 1,3 1,4 0,5 0,9 1,1 0,5 2,3 4,5 0,9 1,6 0,8 1,5 1,0 1,1Pernambuco 1,3 1,4 1,3 2,0 1,6 2,1 2,4 2,0 1,7 2,0 3,2 2,7 1,6 2,3 2,3 2,2 2,9 3,2 3,7 4,1 4,6 4,4 4,0Alagoas 1,3 1,8 0,7 0,5 1,7 1,3 1,6 1,1 2,1 2,4 1,6 1,8 1,2 1,0 1,3 2,0 2,2 2,3 1,4 1,1 4,1 2,4 2,1Sergipe 0,6 0,3 0,6 2,1 0,6 1,2 0,9 0,3 0,0 1,4 0,8 1,1 1,9 1,5 1,8 2,0 2,4 0,5 0,8 3,0 2,8 0,7 2,2Bahia 0,4 0,2 0,6 0,5 0,5 0,4 0,3 0,7 0,7 0,8 0,6 0,6 0,6 1,0 1,5 1,0 1,4 1,6 0,9 0,9 1,1 1,0 1,1Região Su<strong>de</strong>ste 1,4 1,3 1,3 1,6 1,6 1,7 1,7 1,6 1,7 2,1 2,2 2,2 1,9 1,9 2,5 2,7 3,1 3,0 3,2 3,3 3,5 3,5 3,4Minas Gerais 0,7 1,0 0,9 0,8 0,9 0,9 0,9 0,6 1,0 1,0 0,7 0,5 0,8 0,7 1,0 0,6 0,8 1,0 1,2 1,3 1,7 1,4 1,7Espírito Santo 1,8 1,6 1,0 1,7 1,3 2,0 1,8 1,1 2,1 2,8 2,3 2,4 3,6 2,5 3,9 3,1 2,9 3,2 4,0 4,9 4,2 3,6 5,8Rio <strong>de</strong> Janeiro 1,6 1,1 1,3 1,2 1,4 1,3 1,6 1,6 1,6 2,5 3,5 3,2 2,2 2,8 3,5 4,6 5,4 4,9 4,1 4,5 4,7 4,6 4,1São Paulo 1,7 1,5 1,5 2,3 2,1 2,3 2,3 2,3 2,2 2,5 2,4 2,8 2,3 2,2 2,8 3,2 3,5 3,4 3,8 3,7 3,9 4,2 3,8Região Sul 1,0 0,8 1,0 0,8 1,1 0,9 0,8 1,1 1,1 1,3 1,4 1,7 1,5 1,3 1,7 1,8 2,0 1,8 2,0 1,9 1,9 1,7 2,2Paraná 1,2 0,9 1,1 0,7 1,4 1,1 1,0 1,0 1,2 1,5 1,0 1,7 1,6 1,2 2,0 2,3 1,7 1,6 2,3 2,0 1,9 1,7 2,4Santa Catarina 0,6 0,4 0,9 1,4 0,8 0,9 0,4 0,4 0,4 0,6 0,8 0,8 1,2 0,8 1,2 0,8 2,1 0,9 1,5 1,4 1,7 1,0 1,4Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 1,0 1,0 0,8 0,5 0,9 0,8 0,9 1,5 1,3 1,6 2,1 2,1 1,5 1,6 1,6 1,7 2,2 2,6 2,1 2,1 2,0 2,1 2,5Região Centro-Oeste 0,9 1,6 0,9 1,3 1,5 1,6 1,2 1,7 1,8 1,8 1,4 2,4 2,3 2,0 2,3 3,0 2,9 2,7 2,8 3,0 3,8 3,3 2,6Mato Grosso do Sul 0,8 3,1 1,1 1,1 1,9 0,5 1,6 0,8 1,3 2,0 1,0 2,5 4,2 2,4 3,0 1,4 4,4 4,1 3,1 3,2 4,3 4,0 3,0Mato Grosso 0,0 0,3 0,6 0,3 0,3 1,8 0,2 0,7 0,9 0,9 1,9 2,5 1,0 0,8 1,1 2,9 2,6 3,9 4,6 2,8 2,9 4,3 3,7Goiás 1,1 1,4 1,1 1,6 1,9 2,0 1,3 2,1 2,1 2,0 0,8 2,3 2,2 2,1 1,8 2,6 2,1 1,5 1,1 2,3 3,8 2,3 2,1Distrito Fe<strong>de</strong>ral 1,0 1,7 0,3 2,2 1,6 1,5 1,5 2,9 2,6 2,0 2,5 2,5 1,9 2,9 4,4 6,1 3,3 2,5 4,1 4,8 4,4 3,8 2,3Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 35: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 3,1 3,2 3,2 3,7 4,2 4,7 5,0 5,4 5,3 6,9 7,7 7,1 6,4 7,0 7,5 8,5 9,3 9,9 10,5 10,6 11,9 12,2 12,6Porto Velho 6,9 0,0 3,5 2,2 10,1 9,4 15,0 4,2 9,5 12,1 16,5 23,3 11,2 18,6 14,7 12,9 11,3 8,3 21,7 12,7 21,5 28,0 23,2Rio Branco 3,1 3,0 4,2 9,4 6,4 7,4 5,9 19,2 6,5 10,5 13,3 20,6 18,2 24,8 11,6 16,2 15,3 15,4 17,3 3,2 20,4 10,7 24,8Manaus 5,5 4,8 5,2 5,5 6,3 5,8 6,3 5,8 6,7 8,4 13,5 16,2 10,7 13,0 16,7 15,6 18,3 19,2 21,5 20,1 16,1 11,8 12,4Boa Vista 2,7 12,6 0,0 2,5 4,6 2,1 5,9 3,6 12,0 4,8 24,4 7,2 8,3 6,5 9,9 9,5 23,1 10,2 24,9 32,8 24,0 14,1 20,5Belém 4,3 3,5 2,0 5,3 3,1 3,4 4,3 3,3 4,5 7,1 9,7 9,3 8,9 4,8 9,9 5,2 7,9 9,6 11,5 6,8 13,1 14,9 13,6Macapá 1,2 5,8 2,8 6,6 7,6 13,5 8,3 2,3 3,3 7,5 10,4 4,0 17,7 16,1 22,5 35,2 33,2 23,7 29,1 32,5 27,8 21,2 17,1Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,2 4,1 8,1 4,9 4,2 7,6 5,2 4,9 8,9 5,5São Luís 1,7 3,6 1,5 0,7 1,4 0,7 3,7 2,6 3,8 6,1 10,1 7,8 6,3 5,7 7,2 10,3 8,1 5,7 6,7 3,4 7,7 11,2 7,2Teresina 2,9 4,2 1,4 0,9 4,2 2,0 2,7 2,6 5,5 3,6 3,8 1,7 2,3 5,4 4,0 3,4 5,6 8,8 7,7 4,1 11,2 11,3 15,3Fortaleza 5,3 5,0 4,2 8,5 7,3 6,6 6,6 4,2 3,7 4,8 5,5 5,2 5,4 6,8 4,8 10,8 8,7 10,8 8,6 8,0 11,2 11,8 11,7Natal 5,4 8,1 6,5 2,3 1,8 3,9 2,9 2,9 5,2 7,8 8,8 6,7 4,8 5,7 9,4 9,0 7,0 9,0 8,5 2,8 2,5 7,7 7,6João Pessoa 5,0 3,6 3,5 2,3 2,7 6,4 6,2 6,5 5,9 5,7 6,5 4,6 3,2 10,8 10,7 19,8 21,7 13,0 15,3 13,8 20,4 15,4 20,1Recife 5,4 5,1 5,7 8,5 9,3 13,5 15,5 14,8 14,0 23,6 21,6 21,6 13,9 24,9 25,8 28,0 31,9 46,5 55,1 37,0 38,8 44,6 37,7Maceió 4,4 5,7 2,8 5,3 7,3 6,2 9,6 8,2 17,4 18,0 12,6 9,8 8,6 10,2 10,0 13,7 15,2 14,1 9,8 12,2 21,1 26,6 24,9Aracaju 2,6 3,2 3,8 1,9 0,6 0,6 3,5 1,2 2,3 4,5 7,8 11,4 20,8 17,7 21,5 6,5 12,9 11,0 6,0 9,1 13,8 20,7 17,2Salvador 0,5 0,3 2,2 0,9 1,5 1,3 0,6 2,6 5,0 8,0 5,7 0,9 5,1 16,6 16,6 12,2 20,7 20,8 7,9 3,4 5,9 9,2 12,0Belo Horizonte 5,4 4,4 2,5 3,0 3,5 3,4 3,2 4,2 4,5 6,3 3,5 4,3 4,0 5,0 5,0 6,7 6,2 7,5 8,3 10,5 18,6 16,4 22,3Vitória 2,1 1,1 5,2 8,3 5,1 9,1 3,0 17,0 6,9 15,7 12,6 17,3 14,5 22,4 23,8 31,6 26,0 45,6 30,6 45,1 25,6 43,7 39,4Rio <strong>de</strong> Janeiro 13,4 9,2 8,0 3,0 4,9 4,4 3,4 12,5 5,6 10,2 29,5 16,1 9,6 14,3 15,9 27,5 32,9 34,9 36,8 31,4 33,5 31,8 35,8São Paulo 7,9 9,9 9,7 13,7 19,3 22,2 22,9 23,5 20,3 23,8 25,1 25,7 23,0 20,1 22,6 24,5 26,2 26,3 30,1 33,5 34,5 33,9 29,3Curitiba 2,6 2,4 3,4 2,3 3,8 1,9 2,7 2,2 5,8 5,4 8,6 7,2 5,8 6,2 7,8 7,5 8,3 7,9 7,5 10,1 13,5 12,1 13,9Florianópolis 1,2 2,4 0,0 0,0 1,1 2,2 1,1 0,0 2,1 6,2 2,0 3,0 0,0 3,8 0,9 2,8 6,1 2,0 3,0 2,9 5,1 9,2 12,2Porto Alegre 2,6 3,3 4,2 3,7 2,6 3,2 3,9 3,0 11,2 13,0 12,0 8,3 12,7 6,4 9,4 13,7 11,5 16,7 14,8 14,4 17,8 13,3 18,2Campo Gran<strong>de</strong> 1,4 2,7 3,2 4,8 6,3 2,2 6,3 2,5 2,9 7,9 7,6 9,5 9,8 7,2 11,4 12,8 14,5 16,4 13,4 16,4 19,4 13,2 13,4Cuiabá 0,0 0,0 0,8 0,0 0,7 0,7 3,3 3,1 1,8 5,7 1,6 3,2 2,6 3,4 3,8 9,6 11,1 18,7 36,9 30,3 32,8 38,1 29,2Goiânia 2,0 4,3 4,5 2,5 3,0 2,2 1,1 3,2 10,5 7,8 6,7 7,7 7,4 5,9 7,7 10,2 7,6 5,0 5,7 11,1 13,3 10,9 15,3Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>259


260Tabela 36: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, sexo masculino. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 5,1 5,4 5,3 6,3 7,2 8,1 8,7 9,4 9,3 12,2 13,6 12,4 11,1 12,5 13,0 14,8 16,2 17,4 18,6 18,8 21,0 21,7 22,4Porto Velho 8,2 0,0 0,0 4,3 16,0 15,0 21,1 6,7 17,3 19,5 31,5 43,6 17,9 31,7 24,1 20,8 18,2 15,1 39,2 21,3 36,0 40,3 43,4Rio Branco 6,2 5,9 8,4 10,7 10,3 14,8 4,7 29,6 13,2 17,0 22,6 33,7 32,6 45,9 21,5 30,7 29,2 24,3 33,4 4,8 35,8 19,8 45,2Manaus 8,2 6,9 9,9 10,6 11,2 9,3 10,9 10,0 11,5 14,1 26,1 31,3 18,6 23,0 29,8 28,1 34,2 36,8 38,0 35,0 28,3 20,9 22,5Boa Vista 5,4 18,8 0,0 5,0 4,6 4,2 7,8 0,0 20,5 9,6 33,4 8,6 13,9 12,9 17,3 16,6 36,7 15,4 42,6 65,9 39,6 24,1 33,1Belém 7,2 5,8 3,7 9,7 5,9 6,6 8,4 5,3 8,9 12,1 17,3 17,4 17,7 9,2 18,0 10,1 14,0 17,1 20,6 11,8 24,4 27,8 26,7Macapá 2,4 8,7 2,8 10,6 12,8 22,1 11,8 2,3 6,6 15,0 18,7 6,0 31,3 30,3 39,3 65,0 58,0 44,5 52,3 62,5 52,9 39,7 33,1Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 8,3 8,1 8,0 5,0 8,6 15,5 10,5 9,9 15,0 11,3São Luís 2,6 5,9 3,3 0,8 2,3 0,7 5,7 4,8 6,6 11,0 18,2 14,0 12,1 10,9 13,0 18,4 17,1 9,7 12,3 6,0 13,7 20,3 13,1Teresina 3,1 8,8 2,8 1,8 7,0 2,5 4,9 3,1 11,4 6,6 7,2 3,5 2,8 10,5 7,8 5,7 10,9 16,0 13,1 7,7 22,0 20,3 28,3Fortaleza 10,2 9,7 7,7 14,5 13,6 11,6 11,1 7,8 7,1 9,2 8,5 9,1 10,0 12,5 9,1 20,9 16,1 20,0 16,3 14,2 20,9 20,7 21,5Natal 11,1 13,8 10,5 4,7 3,6 7,1 4,3 5,1 10,7 16,1 15,8 12,3 9,2 11,7 15,8 16,3 12,7 16,8 15,1 5,7 5,0 13,4 13,9João Pessoa 9,0 5,0 4,8 4,7 4,5 12,1 10,6 10,4 11,1 9,8 11,5 9,3 6,5 21,2 21,0 34,6 36,8 23,7 26,7 27,0 37,3 29,1 38,6Recife 9,9 8,6 10,7 14,4 17,0 25,0 29,1 27,0 26,4 41,9 38,0 38,2 25,8 45,0 47,8 51,0 57,6 86,9 105,3 70,2 69,5 81,7 69,8Maceió 7,1 8,8 4,7 10,9 11,4 7,6 16,4 14,3 30,1 29,3 23,4 17,1 16,1 20,8 20,4 22,7 25,0 24,9 18,0 23,0 36,8 47,9 47,0Aracaju 4,0 5,3 6,5 1,3 1,3 0,0 4,8 2,4 4,7 6,9 15,9 20,1 38,0 33,0 40,9 10,3 21,6 22,4 11,1 16,4 27,8 40,5 31,4Salvador 0,8 0,5 2,4 1,3 2,8 2,2 0,5 4,8 9,3 14,4 11,0 1,5 9,5 32,2 29,6 22,4 37,8 38,8 14,4 6,0 10,9 17,3 22,7Belo Horizonte 9,8 7,3 4,0 5,0 5,0 5,5 5,0 7,3 7,3 10,6 6,0 7,8 6,8 9,4 8,5 12,1 11,4 12,9 14,3 15,3 31,9 31,1 41,2Vitória 2,2 2,2 10,7 12,7 10,5 14,5 6,2 32,5 14,1 21,9 23,7 33,2 25,5 43,4 44,6 62,2 48,2 85,7 57,5 82,8 44,9 79,1 68,7Rio <strong>de</strong> Janeiro 24,0 17,1 14,7 5,2 8,4 8,2 6,2 23,5 10,4 18,6 54,5 29,9 17,9 26,4 27,4 51,3 60,0 64,2 68,0 58,1 60,8 57,7 66,3São Paulo 13,3 17,9 17,6 24,8 35,8 41,9 42,7 43,6 38,1 44,4 46,7 47,4 43,0 37,3 41,7 45,0 46,1 47,7 54,5 61,1 64,3 62,2 54,4Curitiba 3,1 3,5 4,8 3,4 5,5 2,9 4,5 4,1 9,6 9,5 15,7 12,0 8,8 10,5 13,7 13,6 12,8 14,2 11,8 17,0 24,6 21,6 25,5Florianópolis 2,4 2,3 0,0 0,0 2,2 4,4 2,1 0,0 4,1 8,2 2,0 4,0 0,0 7,6 1,9 5,5 12,0 2,0 5,9 5,8 3,4 16,4 24,1Porto Alegre 3,3 5,7 7,1 7,0 5,1 6,0 7,8 5,0 19,5 23,1 21,1 14,7 22,3 12,8 16,1 23,3 18,2 29,4 26,1 26,8 31,0 24,0 30,0Campo Gran<strong>de</strong> 2,8 2,7 6,3 7,2 9,2 4,4 11,5 4,0 3,9 14,8 13,4 15,5 14,4 12,0 20,5 23,3 24,9 29,6 24,3 29,6 31,4 22,5 25,0Cuiabá 0,0 0,0 1,6 0,0 1,5 0,0 5,2 5,0 3,6 11,5 1,1 5,3 4,2 6,8 6,6 16,6 20,1 31,1 60,4 58,5 62,1 70,9 52,2Goiânia 3,5 8,7 8,0 4,5 4,5 3,3 2,2 5,4 19,8 14,8 12,1 14,0 10,9 10,0 11,8 17,9 13,8 8,1 10,4 19,5 23,1 19,3 28,7Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 37: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, sexo feminino. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 1,0 1,0 1,0 1,2 1,2 1,2 1,3 1,3 1,3 1,5 1,6 1,7 1,5 1,5 1,9 2,0 2,3 2,2 2,3 2,3 2,6 2,5 2,5Porto Velho 5,5 0,0 7,0 0,0 4,0 3,8 8,9 1,7 1,6 4,5 1,4 1,4 4,5 5,3 5,1 4,9 4,2 1,4 4,1 2,7 6,6 15,4 2,5Rio Branco 0,0 0,0 0,0 8,0 2,6 0,0 7,0 9,0 0,0 4,2 4,1 7,8 4,2 3,9 1,9 1,9 1,8 6,8 1,6 1,6 5,1 1,6 4,8Manaus 2,8 2,8 0,5 0,5 1,5 2,4 1,8 1,8 2,1 2,9 1,2 1,6 3,1 3,3 3,9 3,5 2,9 2,1 5,5 5,7 4,1 2,7 2,4Boa Vista 0,0 6,3 0,0 0,0 4,6 0,0 3,9 7,3 3,4 0,0 15,3 5,8 2,8 0,0 2,5 2,4 9,7 5,1 7,4 0,0 8,4 4,0 7,8Belém 1,6 1,2 0,4 1,2 0,4 0,4 0,4 1,4 0,4 2,4 2,4 1,7 0,4 0,6 2,2 0,6 2,0 2,4 2,8 2,0 1,9 2,3 0,7Macapá 0,0 2,9 2,8 2,6 2,5 4,9 4,7 2,3 0,0 0,0 2,1 2,0 4,4 2,0 5,8 5,7 8,9 3,4 6,4 3,1 2,8 2,7 1,3Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 8,3 4,8 0,0 0,0 0,0 0,0 2,9 0,0São Luís 0,8 1,5 0,0 0,7 0,7 0,7 1,9 0,6 1,2 1,7 2,8 2,2 1,1 1,0 2,0 3,0 0,0 2,1 1,5 1,0 2,1 2,5 1,5Teresina 2,8 0,0 0,0 0,0 1,6 1,6 0,8 2,2 0,0 0,7 0,7 0,0 1,9 0,6 0,6 1,2 0,0 1,9 2,5 0,6 0,7 2,6 2,5Fortaleza 0,6 0,6 0,9 2,8 1,4 1,9 2,4 0,8 0,5 0,8 2,8 1,5 1,0 1,4 0,7 1,1 1,4 1,9 1,1 2,0 1,6 2,9 2,0Natal 0,0 2,8 2,7 0,0 0,0 0,8 1,6 0,8 0,0 0,0 2,2 1,5 0,7 0,0 2,7 2,0 1,5 1,4 2,1 0,0 0,0 2,1 1,4João Pessoa 1,2 2,3 2,3 0,0 1,1 1,0 2,0 2,9 1,0 1,9 1,8 0,0 0,0 0,8 0,8 5,8 7,0 2,6 4,2 0,8 3,5 1,7 1,7Recife 1,0 1,7 0,7 2,8 1,8 2,1 2,1 2,9 1,8 5,4 5,5 5,1 2,2 4,3 3,9 5,3 6,2 5,0 4,9 3,8 7,8 6,9 5,3Maceió 1,9 2,8 0,9 0,0 3,4 4,9 3,1 2,3 5,2 7,2 2,1 2,7 1,4 0,0 0,0 5,0 5,8 3,7 1,8 1,8 5,5 5,4 2,9Aracaju 1,3 1,3 1,2 2,4 0,0 1,2 2,3 0,0 0,0 2,2 0,0 1,1 3,2 3,1 3,0 2,9 4,4 0,0 1,1 2,1 0,0 1,1 3,2Salvador 0,3 0,0 2,0 0,5 0,2 0,5 0,7 0,5 0,9 1,8 0,7 0,2 0,9 1,4 4,0 2,2 3,9 3,2 1,5 0,8 0,9 1,1 1,3Belo Horizonte 1,0 1,5 1,0 1,0 2,0 1,2 1,5 1,0 1,7 2,0 1,0 0,7 1,3 0,7 1,4 1,4 1,0 2,0 2,3 5,8 5,2 1,8 3,3Vitória 2,1 0,0 0,0 4,1 0,0 4,0 0,0 2,0 0,0 9,7 1,9 1,9 3,8 1,8 3,6 1,8 4,0 5,9 3,9 7,8 6,0 7,8 9,7Rio <strong>de</strong> Janeiro 2,7 1,3 1,4 0,9 1,3 0,5 0,7 1,5 0,9 1,7 4,4 2,2 1,2 2,3 4,2 3,6 5,6 5,4 5,4 4,5 5,7 5,5 4,8São Paulo 2,4 2,0 1,8 2,8 3,0 2,7 3,2 3,4 2,5 3,2 3,6 4,0 3,0 2,9 3,5 4,0 6,3 5,0 5,6 5,8 4,5 5,4 4,2Curitiba 2,2 0,9 2,1 1,3 1,7 0,8 0,4 0,4 2,0 1,2 1,6 1,9 2,3 1,9 1,9 1,5 3,7 1,4 3,2 3,1 2,2 2,5 2,1Florianópolis 0,0 2,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,1 2,0 2,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,0 0,0 0,0 7,0 1,7 0,0Porto Alegre 1,9 0,9 1,4 0,5 0,0 0,5 0,0 0,9 2,8 2,7 2,7 1,8 2,9 0,0 2,7 3,9 4,7 3,7 3,2 1,8 4,2 2,3 5,9Campo Gran<strong>de</strong> 0,0 2,7 0,0 2,4 3,4 0,0 1,0 1,0 1,9 0,9 1,8 3,5 5,1 2,4 2,4 2,3 4,1 3,2 2,3 3,0 7,0 3,8 1,5Cuiabá 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,4 1,3 1,2 0,0 0,0 2,2 1,0 0,0 0,0 0,9 2,7 2,1 6,3 12,3 2,0 3,1 5,0 6,0Goiânia 0,6 0,0 1,1 0,5 1,6 1,1 0,0 1,0 1,6 1,0 1,5 1,5 4,0 1,9 3,8 2,8 1,5 2,0 1,0 2,9 3,5 2,5 1,9Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>261


262Tabela 38: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 15 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 11,3 11,7 11,3 13,5 15,7 17,7 18,7 20,2 20,0 26,4 29,4 27,1 23,3 26,7 29,0 32,5 32,0 34,5 37,3 37,7 40,5 41,9 42,9Região Norte 9,9 8,3 7,0 10,0 9,4 10,5 11,0 10,1 12,0 16,8 21,7 23,4 16,4 20,2 26,2 22,5 21,6 22,6 28,1 23,3 25,5 24,1 27,6Rondônia 12,6 8,2 8,8 6,7 13,5 15,9 22,1 15,8 25,0 33,3 34,1 37,7 19,7 34,4 29,6 22,6 22,7 23,7 39,7 29,0 31,9 30,0 39,3Acre 8,8 11,4 11,0 18,7 10,3 20,0 9,7 40,1 11,5 24,6 26,2 38,2 30,7 42,5 23,8 37,0 25,3 29,4 34,9 7,7 40,4 16,0 42,6Amazonas 11,2 10,1 8,0 11,5 15,7 10,1 14,1 11,7 15,9 17,6 26,0 32,6 18,7 25,0 32,8 32,1 32,2 34,6 37,7 37,8 30,5 24,9 30,4Roraima 11,4 41,4 9,2 8,2 7,4 6,8 6,3 11,7 32,7 20,5 67,8 22,8 30,3 32,9 27,6 34,0 60,5 38,0 70,8 102,2 71,8 40,9 44,8Pará 9,2 7,8 7,3 9,8 7,2 9,7 9,4 7,6 9,2 14,0 17,3 18,0 13,5 13,2 22,2 13,2 12,6 15,6 18,3 10,0 15,6 20,4 21,5Amapá 5,1 14,4 9,0 38,4 20,2 34,6 22,0 10,5 13,4 25,8 34,2 20,9 38,4 36,4 68,1 95,4 72,2 61,9 76,9 90,5 80,1 60,0 57,9Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,0 5,9 8,6 5,4 7,3 12,5 12,3 13,6 8,6 12,1 15,5 15,6 18,9 14,9Região Nor<strong>de</strong>ste 6,6 6,7 6,9 8,7 8,8 9,7 10,8 10,3 12,1 14,8 14,5 13,1 12,2 18,6 18,5 18,3 21,0 24,5 24,6 22,0 25,1 29,1 28,6Maranhão 1,8 2,2 2,4 2,5 2,1 1,6 3,6 3,2 4,1 5,6 8,5 8,2 5,4 6,3 6,6 8,8 6,2 4,1 5,3 4,4 7,5 10,9 10,2Piauí 2,0 3,5 2,6 2,6 3,7 1,4 3,6 1,8 5,5 4,1 4,4 2,0 2,6 5,8 3,8 4,1 4,6 8,5 7,6 4,2 10,4 12,3 14,8Ceará 6,6 8,4 6,5 10,9 10,2 8,9 8,3 6,3 7,0 7,2 8,3 8,1 7,7 12,7 7,8 15,0 14,4 16,6 16,0 14,6 21,3 20,6 20,4Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 6,9 8,5 8,9 5,0 2,1 6,5 2,4 3,6 8,3 9,4 9,3 11,2 7,6 8,5 12,8 9,0 9,7 12,7 14,3 6,9 9,4 13,4 11,4Paraíba 8,7 8,3 6,4 8,4 8,3 12,6 13,9 11,5 11,4 12,1 12,6 11,9 9,1 12,7 16,1 18,9 24,0 17,2 18,1 13,3 25,7 19,2 24,3Pernambuco 15,3 14,9 17,1 22,5 23,8 28,7 31,4 31,8 30,3 38,2 38,3 38,6 29,4 43,6 42,6 42,0 49,2 67,4 89,5 81,2 76,1 89,5 77,7Alagoas 11,2 11,8 10,6 12,8 13,3 12,2 17,2 16,8 23,4 25,8 17,9 14,0 14,9 20,2 18,9 20,2 25,0 24,1 19,8 23,1 35,0 40,6 44,3Sergipe 3,8 4,5 4,3 6,3 3,4 2,7 7,2 2,6 4,4 9,8 15,1 14,2 32,4 23,8 29,6 14,3 19,2 19,9 9,3 23,3 23,4 31,2 36,4Bahia 2,5 1,5 2,8 2,8 3,9 3,7 3,7 4,5 8,0 10,8 8,8 5,0 7,7 17,0 18,0 14,8 19,3 21,6 11,6 8,9 11,0 14,6 17,1Região Su<strong>de</strong>ste 17,1 17,4 16,4 19,8 24,8 29,5 30,0 34,4 31,2 41,7 48,4 42,9 36,8 38,9 43,2 51,1 48,2 50,5 55,8 59,7 62,3 62,0 62,7Minas Gerais 6,7 6,4 5,3 4,1 4,9 5,1 5,2 4,9 5,6 8,3 6,4 6,9 6,2 7,7 7,8 9,0 7,9 8,6 9,4 10,7 17,0 18,6 23,8Espírito Santo 6,9 12,6 10,1 12,0 9,5 11,1 11,4 21,4 20,5 28,8 31,6 30,3 28,8 51,4 45,6 54,7 52,7 65,9 84,3 78,7 68,5 70,8 86,4Rio <strong>de</strong> Janeiro 31,1 23,4 20,9 17,2 21,1 26,4 24,6 42,1 36,7 55,5 89,9 62,6 50,5 58,9 70,3 101,9 93,4 97,8 94,4 89,7 89,3 86,6 95,4São Paulo 17,9 21,7 21,6 30,8 39,2 46,5 48,0 49,0 44,2 55,8 56,3 55,8 48,7 46,8 51,4 53,8 52,1 53,3 63,2 72,4 75,3 74,5 68,6Região Sul 6,8 7,4 7,6 8,2 9,2 7,4 9,3 9,2 12,4 16,8 19,4 17,2 15,1 14,1 16,1 18,5 17,2 19,0 18,2 18,8 21,2 23,1 27,4Paraná 8,0 6,7 9,4 8,8 10,1 7,6 9,8 10,5 11,5 14,8 15,5 12,9 12,9 14,6 16,0 19,8 17,6 18,2 20,9 22,0 29,1 28,4 37,4Santa Catarina 4,4 6,0 3,1 5,8 5,3 5,8 4,0 4,5 5,8 7,6 8,0 6,7 5,1 7,1 6,6 7,1 10,2 9,8 7,9 6,8 8,0 9,2 12,1Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 6,7 8,8 8,2 8,8 10,2 8,2 11,6 10,2 17,0 24,1 29,8 27,7 22,7 17,6 21,5 23,5 20,6 24,9 21,1 22,1 20,8 25,7 26,0Região Centro-Oeste 8,1 11,8 11,8 11,1 11,6 11,9 15,1 14,7 14,8 19,5 16,6 24,8 20,4 26,0 25,3 29,4 28,2 31,3 34,8 34,3 40,8 43,2 42,3Mato Grosso do Sul 14,0 10,3 11,4 11,8 19,8 11,5 18,2 7,3 11,1 19,3 19,6 24,8 25,9 29,5 28,0 38,1 40,4 38,7 42,3 41,2 39,9 32,5 42,3Mato Grosso 2,3 4,3 2,7 3,2 4,2 5,2 7,7 9,9 7,0 14,0 9,7 16,5 9,7 11,7 10,0 18,3 21,8 28,4 39,4 32,3 40,8 43,5 44,2Goiás 7,5 12,7 12,7 11,7 9,8 10,9 13,1 11,3 15,6 15,6 10,6 22,4 15,3 19,0 19,5 20,3 17,1 18,0 14,9 20,7 31,9 35,1 37,8Distrito Fe<strong>de</strong>ral 8,6 18,4 19,3 16,9 15,2 22,6 25,3 37,2 26,2 36,5 37,6 41,4 40,9 58,9 57,3 58,3 49,6 58,1 67,8 61,5 62,1 71,6 50,5Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 39: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 15 a 19 anos, sexo masculino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 19,9 21,0 20,4 24,0 28,1 32,2 34,2 37,3 36,9 48,7 54,9 49,7 43,0 49,6 52,9 59,7 58,2 63,4 68,4 69,1 74,1 76,9 79,4Região Norte 16,0 13,8 12,2 17,1 16,6 19,2 18,8 16,3 20,8 28,6 39,5 42,7 30,3 36,4 47,0 42,0 38,8 41,4 50,7 42,2 45,8 42,5 51,8Rondônia 21,3 13,0 5,8 13,3 26,9 24,9 33,6 25,6 40,7 54,3 63,1 72,2 34,5 55,8 46,8 42,5 35,0 42,5 71,4 50,4 54,0 44,3 76,2Acre 17,8 23,1 22,3 21,6 10,4 40,5 14,7 62,0 23,2 40,7 48,5 64,4 61,3 86,0 44,2 70,9 50,6 52,2 63,6 12,4 68,5 31,8 79,2Amazonas 17,7 15,7 16,1 22,1 28,6 17,3 26,5 20,8 27,4 28,3 49,8 63,9 34,4 44,9 60,8 58,7 59,7 65,5 67,2 68,2 55,1 45,9 56,3Roraima 23,1 61,6 18,1 16,2 14,7 13,5 12,4 0,0 53,8 40,4 105,0 26,9 51,4 64,8 54,3 59,6 107,2 62,5 128,8 205,3 127,3 76,5 74,4Pará 14,4 13,3 12,8 16,5 12,2 18,7 15,9 13,0 16,1 25,4 31,7 30,7 25,5 24,7 40,6 24,7 23,0 27,8 33,1 17,5 28,3 36,8 40,6Amapá 10,4 29,2 18,3 60,6 41,1 62,5 37,3 7,1 27,3 52,6 57,0 42,6 72,9 74,1 127,5 194,4 129,9 122,7 149,4 181,6 159,6 112,0 117,9Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,0 7,7 16,9 8,9 8,9 20,9 20,6 23,7 15,3 19,5 24,8 27,7 29,9 25,2Região Nor<strong>de</strong>ste 11,6 11,5 12,5 15,3 15,4 17,0 18,9 18,7 22,2 27,4 26,1 23,4 22,3 34,5 33,8 33,8 38,3 45,6 45,6 40,2 45,8 54,1 53,2Maranhão 3,7 4,0 4,8 4,3 3,0 1,7 5,7 6,4 7,1 9,7 15,6 13,5 10,8 10,5 12,1 16,2 11,6 6,5 8,9 7,9 13,6 19,2 18,7Piauí 2,4 6,3 4,6 5,3 6,7 2,2 6,5 3,6 10,6 7,7 7,6 4,1 4,6 11,2 7,8 6,4 9,2 15,8 13,3 7,8 20,0 22,1 27,5Ceará 12,1 14,3 12,0 20,1 18,7 16,1 14,4 11,6 13,3 14,1 13,7 15,1 14,5 23,6 14,5 29,7 26,9 31,6 29,1 26,3 40,2 37,9 37,6Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 13,2 14,7 16,3 10,2 4,2 11,6 4,1 7,3 15,2 18,3 16,5 20,2 13,8 16,5 22,2 18,2 17,3 22,7 25,3 13,2 16,1 23,6 20,1Paraíba 16,4 14,3 11,7 15,8 14,5 20,3 21,8 20,4 15,0 21,7 23,2 22,4 16,1 23,6 30,4 30,1 36,9 31,8 31,6 24,6 47,9 35,4 44,7Pernambuco 26,7 26,1 31,6 38,4 43,7 52,0 58,0 58,4 58,1 71,9 69,0 70,1 54,8 81,3 79,2 78,7 92,1 127,7 169,7 151,4 139,4 168,8 147,0Alagoas 18,4 16,1 20,0 24,5 23,0 21,6 29,7 29,8 42,5 48,2 32,9 27,2 26,1 37,7 33,8 36,6 44,6 42,1 36,0 43,3 60,1 75,0 83,2Sergipe 6,2 7,5 7,4 8,6 4,2 2,7 10,7 3,9 8,9 16,2 26,9 25,1 57,3 47,2 56,6 25,6 32,2 37,8 18,6 37,7 45,8 61,2 65,9Bahia 4,2 2,6 4,2 4,4 5,4 6,2 6,3 7,9 14,4 19,3 16,3 7,9 13,8 31,2 31,4 27,1 35,4 39,6 21,2 15,8 19,5 27,3 31,4Região Su<strong>de</strong>ste 30,7 32,1 30,1 35,8 45,5 55,1 56,1 64,8 58,6 78,2 91,5 80,2 69,0 73,4 79,6 94,9 88,7 92,8 103,1 110,4 115,1 114,4 116,4Minas Gerais 11,3 10,3 8,4 6,0 7,6 8,5 8,5 8,5 9,1 14,0 11,1 12,6 9,8 13,8 12,4 16,1 14,1 14,6 15,6 17,9 29,6 33,7 43,0Espírito Santo 10,6 21,2 17,8 17,7 15,1 17,4 19,6 40,6 35,6 49,3 58,9 53,9 49,7 93,7 81,4 99,3 97,8 121,7 156,5 142,4 125,8 129,3 155,9Rio <strong>de</strong> Janeiro 58,8 43,7 38,9 31,1 38,6 49,8 45,8 80,8 69,6 104,9 171,8 117,7 95,3 113,1 131,7 193,4 174,6 183,4 179,0 168,3 166,3 162,1 180,9São Paulo 31,5 40,9 40,2 56,8 73,2 87,6 90,8 92,2 84,1 105,8 106,9 104,9 92,7 88,6 95,7 99,2 95,5 97,8 116,2 134,8 140,1 137,7 127,5Região Sul 11,0 12,5 12,5 14,7 15,6 12,4 16,4 15,7 21,5 30,0 35,4 30,5 27,0 24,7 27,8 31,9 29,5 33,4 31,6 33,3 38,0 41,6 49,5Paraná 12,9 11,0 15,3 16,0 16,9 11,9 17,5 18,5 19,4 26,3 28,7 22,6 22,5 25,7 27,0 32,6 31,8 32,0 37,1 39,6 52,9 52,2 68,5Santa Catarina 7,0 11,0 4,0 7,9 9,3 8,8 7,1 7,1 9,8 13,4 13,4 10,7 7,9 13,4 11,1 12,6 14,8 17,4 11,6 11,0 11,8 15,9 21,4Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 11,0 14,9 14,1 17,0 17,6 14,9 20,3 17,3 30,0 43,2 54,8 50,0 41,9 30,0 38,0 42,1 35,0 43,6 36,8 39,0 37,9 45,5 46,5Região Centro-Oeste 12,7 19,6 20,9 18,3 18,3 19,2 26,7 25,5 25,0 34,0 30,3 42,0 34,6 46,8 44,6 52,0 50,1 57,5 63,4 60,8 72,2 77,1 78,1Mato Grosso do Sul 24,0 13,2 19,0 19,9 31,3 21,8 31,8 14,6 17,8 31,9 36,0 38,8 39,2 53,0 48,0 72,4 68,8 70,4 75,0 73,8 68,0 50,0 75,7Mato Grosso 4,6 7,1 4,0 5,1 8,4 3,4 14,1 16,6 10,9 23,9 14,7 24,7 15,7 19,8 18,3 27,8 38,2 47,4 67,1 53,9 73,5 74,0 76,9Goiás 10,6 22,3 21,4 19,0 13,6 15,9 22,0 17,9 25,2 25,4 19,5 37,4 24,1 31,7 33,3 34,5 29,0 33,8 27,3 35,8 53,3 64,2 70,4Distrito Fe<strong>de</strong>ral 14,0 33,7 40,4 29,3 27,2 44,9 49,4 71,3 51,5 73,9 75,1 82,4 83,5 119,5 110,1 111,6 97,3 114,6 134,4 116,6 120,9 140,0 100,4Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>263


264Tabela 40: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 15 a 19 anos, sexo feminino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 2,9 2,6 2,5 3,1 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 4,3 4,3 4,7 3,6 4,0 5,4 5,6 5,8 5,7 6,1 6,3 6,6 6,5 6,0Região Norte 3,9 2,8 2,0 3,0 2,2 1,9 3,3 4,0 3,3 5,1 4,0 4,0 2,4 4,0 5,4 3,1 4,4 3,8 5,4 4,3 4,9 5,4 3,2Rondônia 3,7 3,3 11,9 0,0 0,0 6,8 10,6 5,9 9,3 12,3 5,0 1,6 4,6 11,5 12,4 2,7 10,1 4,2 7,0 6,8 9,1 15,2 1,2Acre 0,0 0,0 0,0 15,8 10,2 0,0 4,8 18,6 0,0 8,8 4,3 12,6 0,0 0,0 3,9 3,9 0,0 6,5 6,3 3,1 12,0 0,0 5,7Amazonas 4,9 4,7 0,0 1,1 3,1 3,0 1,9 2,8 4,5 7,0 2,5 1,6 3,2 5,4 5,3 5,9 4,8 4,0 8,5 7,6 6,0 4,0 4,5Roraima 0,0 20,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 23,7 11,1 0,0 29,5 18,5 8,7 0,0 0,0 7,7 14,2 13,8 13,4 0,0 16,0 5,1 15,0Pará 4,2 2,5 1,9 3,2 2,2 0,9 2,9 2,4 2,3 2,6 2,9 5,3 1,4 1,9 4,0 1,8 2,2 3,3 3,3 2,3 2,7 3,7 2,1Amapá 0,0 0,0 0,0 16,8 0,0 7,6 7,2 13,8 0,0 0,0 12,2 0,0 5,4 0,0 10,7 0,0 17,1 4,0 7,7 3,7 3,4 9,8 0,0Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 6,1 4,0 0,0 1,9 5,6 3,7 3,6 3,3 1,6 4,6 6,0 3,0 7,4 4,3Região Nor<strong>de</strong>ste 1,8 2,2 1,5 2,3 2,4 2,7 2,9 2,1 2,3 2,5 3,2 2,9 2,0 2,9 3,5 3,1 3,8 3,4 3,6 3,7 4,2 3,7 3,7Maranhão 0,0 0,4 0,0 0,8 1,2 1,6 1,6 0,0 1,2 1,1 1,5 3,0 0,0 2,2 1,1 1,4 0,6 1,6 1,6 0,9 1,1 2,3 1,4Piauí 1,5 0,7 0,7 0,0 0,7 0,7 0,7 0,0 0,7 0,7 1,3 0,0 0,6 0,6 0,0 1,9 0,0 1,2 1,8 0,6 0,6 2,3 1,7Ceará 1,2 2,7 1,2 2,1 2,1 2,1 2,4 1,2 0,9 0,6 3,2 1,4 1,1 2,2 1,4 0,8 2,1 1,8 3,1 3,1 2,4 3,4 3,3Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 0,8 2,5 1,7 0,0 0,0 1,6 0,8 0,0 1,6 0,8 2,3 2,3 1,5 0,7 2,9 0,0 2,1 2,8 3,5 0,7 2,6 3,2 2,5Paraíba 1,2 2,4 1,2 1,2 2,3 5,2 6,3 2,8 7,9 2,8 2,2 1,6 2,2 2,1 2,1 7,9 11,2 2,1 4,7 2,1 3,1 2,6 3,1Pernambuco 4,4 4,4 3,2 7,2 4,7 6,3 5,7 6,1 3,3 5,5 8,4 7,9 4,2 6,2 6,9 6,1 6,5 7,1 9,7 11,5 12,5 9,7 8,0Alagoas 4,4 7,7 1,7 1,6 3,9 3,1 5,2 4,4 5,0 4,2 3,4 1,3 4,0 3,2 4,5 4,4 5,8 6,4 3,8 3,1 9,7 6,0 5,4Sergipe 1,5 1,5 1,4 4,2 2,7 2,6 3,9 1,3 0,0 3,6 3,6 3,5 5,7 1,1 3,3 3,2 6,4 2,1 0,0 9,1 1,0 1,0 6,6Bahia 0,9 0,4 1,4 1,2 2,0 1,2 1,1 1,1 1,7 2,3 1,4 2,1 1,6 2,7 4,5 2,4 3,1 3,4 1,8 2,1 2,4 1,6 2,5Região Su<strong>de</strong>ste 3,7 2,9 3,0 4,0 4,3 4,3 4,3 4,4 4,1 5,7 5,8 5,9 4,9 4,8 7,1 7,9 7,8 8,2 8,7 9,0 9,3 9,3 8,8Minas Gerais 2,1 2,5 2,2 2,1 2,2 1,6 2,0 1,1 2,0 2,5 1,8 1,3 2,6 1,6 3,1 1,7 1,6 2,6 3,1 3,4 4,0 3,1 4,2Espírito Santo 3,3 4,1 2,4 6,4 4,0 4,7 3,1 2,3 5,4 8,4 4,6 6,8 8,0 9,4 10,0 10,6 7,2 9,7 11,4 14,4 10,3 10,7 15,9Rio <strong>de</strong> Janeiro 4,1 3,4 3,3 3,5 3,6 3,7 3,8 4,2 4,5 7,3 9,8 8,5 6,5 6,0 10,1 12,5 13,2 13,1 10,8 11,9 12,7 11,5 10,2São Paulo 4,5 2,7 3,4 5,2 5,7 6,1 5,8 6,4 5,0 6,5 6,4 7,4 5,2 5,7 7,7 9,2 9,0 9,1 10,5 10,3 10,7 11,4 9,9Região Sul 2,6 2,2 2,8 1,7 2,7 2,5 2,2 2,7 3,3 3,6 3,4 3,9 3,0 3,6 4,4 5,0 4,8 4,4 4,6 4,1 4,0 4,1 4,7Paraná 3,0 2,4 3,5 1,8 3,3 3,3 2,2 2,7 3,6 3,4 2,5 3,2 3,2 3,6 5,1 7,1 3,3 4,3 4,5 4,2 4,7 4,0 5,6Santa Catarina 1,8 0,9 2,2 3,6 1,3 2,7 0,9 1,8 1,8 1,8 2,7 2,7 2,2 0,9 2,1 1,7 5,5 2,1 4,1 2,4 4,2 2,2 2,6Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 2,5 2,7 2,3 0,7 2,8 1,4 2,9 3,1 3,9 4,9 4,7 5,2 3,1 5,1 4,8 4,8 5,9 5,8 5,1 4,8 3,2 5,2 4,9Região Centro-Oeste 3,6 4,1 3,0 4,1 4,9 4,8 3,8 4,2 4,9 5,4 3,3 7,9 6,4 5,9 6,5 7,6 6,7 5,5 6,6 8,3 9,4 9,3 6,7Mato Grosso do Sul 3,7 7,3 3,6 3,6 7,0 1,2 4,6 0,0 4,5 6,6 3,3 9,7 12,7 6,2 8,1 4,0 11,8 6,8 9,5 8,4 11,1 14,6 8,1Mato Grosso 0,0 1,5 1,4 1,3 0,0 7,0 1,1 3,2 3,0 3,9 4,7 8,1 2,7 3,4 1,6 8,7 4,9 8,8 11,0 10,0 6,7 11,7 10,1Goiás 4,4 3,1 4,1 4,6 6,0 5,9 4,3 4,8 6,1 6,0 1,8 7,6 6,6 6,5 6,0 6,3 5,3 2,4 2,3 5,7 10,4 6,0 5,2Distrito Fe<strong>de</strong>ral 4,0 5,2 1,3 6,3 4,9 3,6 4,7 8,1 4,5 4,4 5,4 6,4 4,1 7,2 12,0 12,8 7,1 7,7 8,4 12,3 8,5 9,1 4,9Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 41: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população 15 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 11,3 11,7 11,3 13,5 15,7 17,7 18,7 20,2 20,0 26,4 29,4 27,1 23,3 26,7 29,0 32,5 32,0 34,5 37,3 37,7 40,5 41,9 42,9Porto Velho 28,2 0,0 17,6 10,7 39,5 41,3 47,1 16,1 26,5 53,8 68,3 100,2 40,8 78,3 63,2 46,4 41,3 29,0 79,8 50,5 81,8 72,2 83,8Rio Branco 7,4 14,0 19,8 43,8 17,8 34,0 16,2 82,9 24,9 47,9 50,8 80,0 64,4 94,0 43,8 68,8 43,2 54,8 59,3 9,5 77,6 32,6 82,9Manaus 22,6 20,7 14,7 19,7 26,5 16,8 24,1 23,1 27,7 32,0 48,0 63,5 35,9 47,2 60,4 59,9 61,5 67,8 71,4 67,7 54,8 39,5 45,5Boa Vista 12,8 44,6 0,0 11,9 10,8 9,9 9,1 16,9 47,5 22,4 91,6 33,2 37,9 29,9 40,1 44,0 83,6 37,8 94,7 123,1 85,5 53,5 72,0Belém 13,5 10,7 8,1 18,1 10,0 11,2 15,4 10,0 16,1 22,7 30,3 27,7 23,3 16,5 34,7 16,3 24,4 28,4 34,4 20,1 41,5 48,8 44,2Macapá 6,3 22,1 7,0 33,0 31,3 47,7 34,2 10,9 15,7 30,2 38,9 14,0 54,0 51,5 91,1 133,0 102,0 82,6 101,8 119,4 101,8 75,2 59,1Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 20,0 19,5 38,5 19,1 8,3 29,7 13,5 12,3 22,3 15,7São Luís 4,9 9,5 6,1 2,9 2,8 2,8 14,7 9,1 13,8 19,6 36,9 23,1 19,0 19,6 24,7 37,1 25,7 16,4 17,9 10,1 20,7 30,8 22,5Teresina 6,0 11,6 3,7 3,6 12,1 6,7 6,4 4,7 21,2 11,8 10,0 4,2 6,8 19,6 12,9 14,1 14,6 29,8 24,6 15,0 34,4 37,2 45,5Fortaleza 16,4 17,4 12,7 29,6 26,0 22,9 24,4 14,3 14,7 16,2 20,4 18,0 18,1 26,4 18,1 40,2 28,1 35,7 30,9 25,9 38,2 37,0 36,0Natal 20,1 25,2 17,7 7,0 6,9 13,6 6,7 9,9 21,1 27,2 28,5 26,5 15,2 22,2 35,0 27,3 20,7 27,1 26,7 9,2 8,9 26,3 24,6João Pessoa 19,4 14,2 6,9 4,5 10,9 21,3 20,8 22,4 19,9 17,6 19,2 16,9 10,9 35,4 43,9 81,7 61,7 42,9 51,4 45,8 68,9 48,2 68,0Recife 17,0 17,1 19,9 29,0 32,6 46,0 53,3 50,0 44,6 81,7 78,5 72,4 47,9 87,8 85,5 95,8 105,4 156,4 188,6 125,1 125,7 147,6 121,4Maceió 16,4 13,8 9,4 14,4 27,7 21,7 32,1 27,9 61,5 58,1 39,5 30,0 29,4 32,1 36,7 43,6 51,3 46,1 33,4 44,9 73,9 91,3 89,6Aracaju 8,1 10,6 13,0 5,1 2,5 2,4 14,3 4,7 6,9 15,7 30,8 30,2 63,6 55,7 79,1 19,9 43,3 34,9 19,1 22,7 47,1 66,8 53,2Salvador 1,7 0,5 4,3 2,1 5,1 5,5 2,0 8,2 19,4 29,7 20,5 3,6 19,4 62,6 62,1 46,3 62,2 65,3 24,4 10,8 17,4 28,9 37,5Belo Horizonte 18,3 14,6 8,6 10,5 11,6 9,8 10,8 13,9 14,0 19,2 12,7 14,9 14,0 15,6 16,5 22,2 17,6 22,3 25,3 33,0 59,0 50,0 71,1Vitória 7,7 3,9 15,5 27,1 15,5 31,1 11,7 62,6 19,6 47,1 43,3 59,2 38,4 84,0 90,2 114,7 75,5 150,0 101,7 131,4 81,5 138,4 124,1Rio <strong>de</strong> Janeiro 42,3 30,1 26,5 9,7 14,5 14,9 11,5 43,6 20,2 35,2 108,4 58,9 33,6 50,0 58,6 101,4 106,8 117,2 123,8 105,1 112,2 105,5 116,9São Paulo 26,8 34,9 33,9 47,9 71,5 82,7 83,7 87,0 75,6 90,3 94,6 98,5 86,5 77,4 88,2 93,5 88,6 88,0 103,5 114,7 114,8 114,1 98,3Curitiba 6,8 7,6 10,1 6,7 11,6 6,6 8,1 8,9 20,9 18,4 31,0 24,4 17,6 22,0 27,9 25,5 24,1 24,1 21,1 33,1 43,7 37,7 46,5Florianópolis 4,2 8,5 0,0 0,0 0,0 8,3 4,1 0,0 4,1 16,3 8,1 12,1 0,0 15,5 3,8 3,8 18,2 7,2 10,6 10,5 8,6 30,6 35,4Porto Alegre 7,7 10,4 11,4 13,3 8,0 11,7 14,6 10,1 41,0 44,3 40,0 29,9 40,4 20,0 32,0 46,5 35,3 50,9 47,3 47,8 47,9 40,4 52,7Campo Gran<strong>de</strong> 2,8 5,4 10,3 14,8 23,7 9,1 17,6 2,1 12,3 31,9 30,9 35,5 27,2 24,3 42,7 48,8 50,8 52,4 46,6 61,6 60,4 43,6 46,9Cuiabá 0,0 0,0 3,6 0,0 3,2 3,0 14,2 10,8 7,8 22,3 2,4 13,7 11,1 10,5 14,3 37,7 39,4 48,4 106,9 88,4 107,5 119,7 96,8Goiânia 7,5 15,0 14,8 9,4 8,3 7,2 4,1 10,1 33,0 26,7 22,6 28,2 23,9 21,5 26,7 33,5 23,1 15,7 18,0 33,8 39,0 35,0 42,6Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>265


266Tabela 42: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população 15 a 19 anos, sexo masculino. Brasil e Capitais, 1980a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 19,9 21,0 20,4 24,0 28,1 32,2 34,2 37,3 36,9 48,7 54,9 49,7 43,0 49,6 52,9 59,7 58,2 63,4 68,4 69,1 74,1 76,9 79,4Porto Velho 44,1 0,0 0,0 22,3 82,3 66,8 71,2 25,0 47,2 89,4 141,6 201,1 70,9 142,9 106,2 84,3 72,7 59,4 158,0 92,1 136,7 118,2 166,9Rio Branco 15,3 29,1 41,4 52,3 24,9 71,1 22,7 130,3 52,2 80,4 97,1 140,0 137,1 197,5 82,9 144,6 92,0 102,2 119,3 20,3 139,2 67,4 157,9Manaus 37,2 33,4 31,6 39,8 52,0 29,3 47,3 43,2 51,3 55,1 98,9 131,9 69,6 90,8 117,7 115,1 120,6 134,0 133,4 126,1 103,9 74,9 87,4Boa Vista 25,9 60,3 0,0 24,0 21,8 20,0 18,4 0,0 80,1 45,2 142,4 40,2 64,1 60,4 81,0 77,7 151,2 67,7 176,0 257,5 167,4 101,7 123,6Belém 25,6 21,4 15,7 35,7 21,6 24,4 31,8 18,7 35,0 44,8 61,6 56,0 48,4 34,4 68,6 35,6 49,4 54,8 67,8 38,7 85,6 98,1 89,8Macapá 12,9 45,6 14,4 54,6 64,9 86,7 59,2 11,3 32,7 63,1 71,0 29,3 104,6 107,7 171,3 278,0 184,8 167,3 201,4 245,9 205,2 144,4 122,7Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 39,2 38,4 37,8 21,1 18,3 65,7 29,8 26,6 36,3 34,0São Luís 11,4 22,0 14,2 3,4 3,3 3,2 24,7 21,0 26,2 42,5 77,3 45,6 43,9 40,4 49,9 78,7 58,1 30,5 38,3 20,8 39,2 61,3 45,1Teresina 9,1 26,3 8,4 8,1 27,5 11,4 14,7 10,7 48,4 23,5 19,6 9,5 12,3 41,8 29,5 26,2 31,8 59,8 46,0 30,1 70,4 73,9 93,9Fortaleza 34,7 35,7 25,3 56,5 52,4 44,6 45,5 29,3 30,3 35,0 34,7 38,1 38,0 52,4 38,3 87,8 56,4 71,8 62,6 51,0 75,6 69,8 71,2Natal 44,3 43,8 39,2 15,4 15,2 26,3 11,1 21,9 46,8 60,4 56,2 51,9 33,5 49,3 64,7 60,6 41,1 51,8 51,0 19,6 18,3 46,5 45,7João Pessoa 37,4 20,8 10,2 9,9 19,4 42,7 41,7 45,4 40,0 34,9 38,5 37,7 24,2 79,3 94,2 155,5 117,7 81,2 99,6 94,4 133,0 93,5 134,5Recife 34,8 30,5 39,3 52,6 63,0 91,2 109,2 102,1 90,5 157,8 144,8 136,3 92,3 167,1 166,8 185,5 200,5 305,4 370,3 247,0 236,1 283,5 237,3Maceió 26,9 17,2 16,4 31,5 45,3 32,7 59,4 53,9 120,6 113,7 76,6 65,2 57,7 69,7 79,6 83,8 90,5 87,6 65,9 90,4 133,8 172,5 176,1Aracaju 11,8 17,4 22,7 5,6 5,4 0,0 20,9 10,2 15,1 29,6 68,0 62,0 125,5 118,5 165,7 39,6 75,5 74,4 40,8 40,3 98,0 135,2 103,1Salvador 2,4 1,2 7,0 3,4 10,0 9,8 2,1 16,7 39,0 57,4 42,5 6,8 40,0 131,3 123,0 94,3 121,7 129,9 48,4 20,5 33,5 57,3 74,2Belo Horizonte 35,7 24,9 16,1 18,2 19,4 17,5 18,7 26,1 26,3 36,1 23,5 28,0 25,1 31,7 31,4 42,4 33,4 40,5 46,6 51,8 106,8 98,5 137,1Vitória 8,4 8,3 33,4 41,8 33,5 50,4 25,3 126,6 42,3 76,3 84,9 127,7 82,5 173,0 178,3 247,3 144,4 294,1 199,8 255,4 146,1 255,8 226,9Rio <strong>de</strong> Janeiro 81,5 57,6 50,3 17,5 27,3 29,2 21,4 84,9 39,2 68,0 209,4 114,0 65,3 98,5 106,8 196,6 203,4 223,6 237,1 201,7 211,2 199,9 226,5São Paulo 48,7 68,3 65,3 93,3 138,7 162,8 163,8 169,3 149,9 176,2 186,0 191,1 171,1 150,3 170,8 180,2 165,3 166,9 195,3 216,8 221,4 217,8 189,0Curitiba 10,8 14,2 17,6 10,5 19,0 12,0 15,3 16,9 38,5 34,9 59,3 44,1 31,6 39,4 51,6 46,6 42,3 47,9 37,7 58,5 81,6 74,7 88,9Florianópolis 8,7 8,6 0,0 0,0 0,0 16,9 8,4 0,0 8,3 33,1 8,2 16,4 0,0 31,3 7,7 7,6 36,8 7,2 21,5 21,2 11,5 55,8 70,9Porto Alegre 12,6 18,0 20,0 25,7 16,6 22,4 30,1 17,1 76,4 84,7 79,6 56,8 76,4 40,6 59,3 88,9 59,4 96,1 85,5 93,3 90,7 75,7 95,5Campo Gran<strong>de</strong> 5,9 11,2 21,5 25,8 39,6 19,0 36,7 4,4 17,1 62,2 56,3 62,2 48,8 47,0 81,8 94,4 94,2 104,0 89,2 114,0 110,3 76,6 91,8Cuiabá 0,0 0,0 7,5 0,0 6,6 0,0 23,8 17,0 16,2 46,5 5,0 23,7 18,4 21,9 29,8 66,1 76,9 91,5 196,1 174,0 211,6 233,0 182,9Goiânia 13,9 32,2 27,3 18,0 13,4 13,3 8,8 19,5 66,7 53,3 46,6 54,5 41,0 38,4 43,7 66,5 44,6 27,3 34,1 61,8 72,0 63,9 86,7Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 43: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população 15 a 19 anos, sexo feminino. Brasil e Capitais, 1980a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 2,9 2,6 2,5 3,1 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 4,3 4,3 4,7 3,6 4,0 5,4 5,6 5,8 5,7 6,1 6,3 6,6 6,5 6,0Porto Velho 13,6 0,0 33,8 0,0 0,0 17,7 24,7 7,7 7,3 20,8 0,0 0,0 12,2 18,1 23,2 11,2 11,5 0,0 5,6 10,9 26,5 6,4 0,0Rio Branco 0,0 0,0 0,0 36,0 11,4 0,0 10,4 39,6 0,0 18,3 8,8 25,4 0,0 0,0 8,4 0,0 0,0 12,9 6,2 0,0 19,6 0,0 3,2Manaus 9,9 9,7 0,0 2,2 4,1 5,9 3,8 5,4 6,9 11,7 3,2 3,1 6,0 8,7 10,0 9,7 8,0 7,7 15,1 14,7 9,4 1,8 1,8Boa Vista 0,0 29,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 33,5 15,7 0,0 41,9 26,3 12,4 0,0 0,0 10,9 20,2 10,3 20,2 0,0 8,3 2,0 5,9Belém 3,1 1,5 1,5 2,9 0,0 0,0 1,4 2,7 0,0 3,8 3,7 3,7 1,4 1,2 5,7 0,0 2,7 5,3 5,2 3,9 1,3 1,1 0,7Macapá 0,0 0,0 0,0 12,8 0,0 11,5 11,0 10,5 0,0 0,0 9,3 0,0 8,5 0,0 17,5 0,0 27,6 6,5 12,5 6,0 5,6 2,7 0,0Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 39,2 17,5 0,0 0,0 0,0 0,0 2,9 0,0São Luís 0,0 0,0 0,0 2,6 2,5 2,4 7,0 0,0 4,4 2,2 6,3 6,1 0,0 3,8 5,7 5,6 0,0 5,2 1,7 1,7 5,0 1,5 1,0Teresina 3,6 0,0 0,0 0,0 0,0 3,0 0,0 0,0 0,0 2,6 2,6 0,0 2,4 2,3 0,0 4,5 0,0 4,4 6,5 2,1 2,2 1,3 0,6Fortaleza 1,1 2,1 2,1 7,3 4,1 5,1 7,1 2,0 2,0 1,0 8,7 1,9 1,9 5,5 1,8 1,8 3,5 4,3 3,4 4,1 4,1 2,0 1,1Natal 0,0 9,9 0,0 0,0 0,0 3,1 3,0 0,0 0,0 0,0 5,8 2,8 0,0 0,0 7,9 0,0 2,6 5,1 5,1 0,0 0,0 2,1 1,4João Pessoa 4,4 8,6 4,2 0,0 4,0 3,9 3,8 3,7 3,6 3,5 3,5 0,0 0,0 0,0 3,2 22,0 12,2 9,0 11,7 2,9 8,9 1,7 1,7Recife 1,3 5,2 2,6 7,9 5,3 5,3 2,7 2,7 2,7 12,2 17,8 13,8 5,5 12,2 10,8 13,3 15,2 12,3 16,3 9,4 18,9 4,6 2,7Maceió 7,5 10,9 3,5 0,0 12,8 12,3 8,9 5,7 11,1 10,8 7,8 0,0 5,0 0,0 0,0 9,2 16,2 9,0 4,4 4,3 17,9 4,2 2,3Aracaju 5,0 4,9 4,8 4,7 0,0 4,5 8,7 0,0 0,0 4,1 0,0 3,9 7,8 3,8 7,4 3,6 14,8 0,0 0,0 7,1 0,0 1,1 2,1Salvador 1,0 0,0 2,0 1,0 1,0 1,9 1,8 0,9 2,6 6,0 1,7 0,8 1,6 3,2 10,1 4,6 8,5 7,0 2,8 2,1 2,1 0,6 0,8Belo Horizonte 2,7 5,4 1,8 3,6 4,6 2,8 3,8 1,9 2,9 3,9 2,9 3,0 3,9 1,0 2,9 3,8 2,6 5,2 5,2 15,4 13,2 1,0 2,3Vitória 7,2 0,0 0,0 14,4 0,0 14,5 0,0 7,3 0,0 22,0 7,3 0,0 0,0 7,1 14,0 0,0 13,1 19,5 12,9 19,3 19,2 7,8 7,8Rio <strong>de</strong> Janeiro 5,0 3,9 3,9 2,4 2,4 1,2 2,0 4,1 2,1 3,8 11,5 5,6 3,0 3,4 11,8 10,0 12,6 13,4 13,4 10,9 14,5 3,5 2,5São Paulo 6,3 3,8 4,5 5,4 8,6 7,7 8,6 9,7 5,9 9,5 8,6 11,3 6,7 8,7 10,5 11,8 15,5 12,8 16,0 17,4 12,4 4,1 3,1Curitiba 3,2 1,6 3,2 3,2 4,7 1,6 1,6 1,6 4,6 3,1 4,6 6,1 4,4 5,9 5,8 5,8 6,6 1,3 5,0 8,6 6,5 0,4 1,4Florianópolis 0,0 8,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 8,0 8,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 7,1 0,0 0,0 5,7 1,7 0,0Porto Alegre 3,3 3,3 3,4 1,7 0,0 1,8 0,0 3,6 7,3 5,5 1,9 3,8 5,1 0,0 5,5 5,5 11,6 6,6 9,8 3,3 4,8 1,4 2,7Campo Gran<strong>de</strong> 0,0 0,0 0,0 4,8 9,1 0,0 0,0 0,0 7,9 3,8 7,4 10,8 7,0 3,3 6,6 6,5 9,3 3,0 5,9 11,5 11,4 3,1 0,7Cuiabá 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,7 5,5 5,2 0,0 0,0 0,0 4,4 0,0 0,0 0,0 11,5 3,8 7,5 22,3 7,3 7,2 3,0 4,0Goiânia 2,0 0,0 4,0 2,0 3,9 1,9 0,0 1,9 3,7 3,7 1,8 5,4 9,0 7,0 12,0 5,1 3,4 5,0 3,3 8,1 8,2 2,5 0,5Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>267


268Tabela 44: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 0 a 4 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 0,6 0,6 0,7 0,8 0,8 0,7 0,7 0,8 0,8 0,8 0,9 0,9 0,9 1,0 0,9 1,0 1,2 1,1 1,3 1,2 1,1 1,2 1,1Região Norte 0,5 0,6 0,6 0,2 0,5 0,7 0,5 0,8 0,4 0,1 0,6 0,9 1,0 1,3 0,6 0,7 1,6 0,9 1,0 2,1 0,7 1,0 0,9Rondônia 1,2 1,2 0,0 1,0 1,9 1,8 2,5 1,6 2,2 0,7 1,4 2,6 2,1 2,9 1,7 0,5 2,0 0,0 2,6 2,6 1,9 3,2 0,6Acre 0,0 1,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,6 1,7 0,0 0,0 1,5 7,7 1,5 2,9 2,8 1,3 0,0 2,5Amazonas 0,4 0,0 0,4 0,0 0,4 1,1 0,4 0,3 0,3 0,0 0,0 0,7 0,3 1,3 0,3 0,6 0,6 0,3 0,3 0,6 0,5 0,3 0,2Roraima 0,0 6,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,6 0,0 0,0 0,0 5,8 0,0 2,9 0,0 5,5 42,7 2,3 0,0 0,0Pará 0,5 0,7 0,8 0,3 0,5 0,6 0,2 1,1 0,3 0,1 0,7 0,7 0,7 0,3 0,1 0,4 1,1 0,7 0,4 0,8 0,6 0,6 1,2Amapá 0,0 0,0 2,9 0,0 0,0 0,0 2,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,5 8,2 4,0 3,9 1,9 7,2 3,4 3,3 0,0 1,4 0,0Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 1,7 2,3 0,0 0,7 2,4 2,3 0,7 0,7 0,0 3,6 1,4Região Nor<strong>de</strong>ste 0,3 0,3 0,6 0,6 0,5 0,3 0,4 0,7 0,4 0,5 0,7 0,8 0,5 0,5 0,6 0,7 1,0 0,8 0,8 0,8 0,9 0,9 0,8Maranhão 0,0 0,1 0,0 0,0 0,6 0,0 0,1 0,1 0,1 0,0 0,3 0,7 0,3 0,0 0,1 0,8 0,3 0,5 0,5 1,1 0,7 0,9 0,4Piauí 0,8 0,6 0,8 0,0 0,6 0,3 0,9 1,2 0,6 0,3 0,3 0,3 0,0 0,6 0,3 0,3 0,3 0,0 0,3 0,0 0,3 0,7 1,0Ceará 0,4 0,3 0,4 0,7 0,5 0,2 0,2 0,0 0,1 0,5 0,1 0,5 0,0 0,2 0,3 0,5 0,6 1,1 1,1 1,3 0,9 0,4 0,4Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 0,0 0,4 0,7 0,4 0,0 0,7 0,7 0,3 0,3 0,3 0,0 0,0 0,3 0,6 0,3 0,9 0,4 0,7 0,4 0,7 0,4 0,0 1,0Paraíba 0,0 0,2 1,0 0,5 0,5 0,5 0,0 1,0 0,0 0,5 1,3 0,3 0,0 0,5 0,0 0,5 2,6 0,9 0,3 0,0 1,2 0,3 0,9Pernambuco 0,4 0,7 0,8 1,6 0,8 0,5 0,9 1,6 1,4 1,0 1,8 1,6 1,5 0,9 1,5 0,9 2,0 1,2 2,0 1,4 1,4 2,2 1,6Alagoas 0,0 0,0 0,9 0,3 1,2 0,9 0,3 0,9 0,3 0,6 1,5 2,4 0,6 0,6 0,6 1,1 1,9 0,3 1,5 0,9 1,8 1,5 0,9Sergipe 0,5 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,5 2,6 1,0 1,5 1,5 1,0 2,2 1,1 0,5 1,5 2,0 1,0 1,5Bahia 0,3 0,1 0,6 0,5 0,3 0,2 0,3 0,6 0,2 0,5 0,5 0,3 0,4 0,6 0,5 0,6 0,6 0,7 0,3 0,4 0,5 0,8 0,6Região Su<strong>de</strong>ste 1,0 0,9 1,0 1,2 1,1 1,0 0,9 0,9 1,3 1,1 1,1 0,8 1,2 1,4 1,1 1,1 1,3 1,1 1,5 1,0 1,1 1,3 1,1Minas Gerais 0,4 0,9 0,6 0,6 0,8 0,4 0,6 0,7 1,0 0,8 0,7 0,6 0,7 0,5 0,8 0,6 0,8 0,6 0,7 0,9 0,8 1,4 0,8Espírito Santo 2,5 0,7 0,4 1,4 1,4 2,5 0,4 1,7 1,7 0,0 1,7 1,0 4,3 0,7 1,0 1,3 2,6 2,2 2,2 1,1 2,5 1,0 0,7Rio <strong>de</strong> Janeiro 0,6 0,3 0,9 0,7 1,0 0,4 0,3 0,5 0,6 1,2 1,0 0,6 0,8 2,1 1,1 0,8 2,5 1,1 1,9 1,0 1,0 1,2 1,4São Paulo 1,3 1,2 1,2 1,8 1,3 1,5 1,4 1,1 1,6 1,3 1,3 0,8 1,3 1,6 1,2 1,5 1,0 1,4 1,6 1,1 1,3 1,3 1,3Região Sul 0,6 0,6 0,4 0,7 0,8 0,6 0,8 0,6 0,6 0,9 0,8 1,3 1,2 1,0 0,9 1,1 1,1 1,2 1,9 1,3 1,5 1,3 1,7Paraná 0,8 0,6 0,5 0,6 1,1 0,5 1,3 0,3 1,1 1,2 0,5 1,7 1,3 0,9 1,6 0,9 1,2 1,3 2,3 1,9 1,5 1,0 1,0Santa Catarina 0,0 0,4 0,4 1,1 0,6 0,2 0,2 0,0 0,0 0,8 0,4 1,0 1,0 1,3 0,8 0,7 1,3 0,6 1,7 1,2 0,8 0,6 1,2Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 0,7 0,8 0,2 0,7 0,6 0,9 0,5 1,2 0,6 0,7 1,2 1,1 1,1 0,9 0,3 1,4 0,8 1,3 1,7 0,7 1,9 2,1 2,6Região Centro-Oeste 0,5 1,0 0,7 0,5 0,6 0,4 0,4 1,1 1,4 0,9 1,3 1,4 1,1 1,6 1,5 2,2 1,8 1,8 1,7 2,1 1,8 1,1 1,7Mato Grosso do Sul 0,5 2,0 1,0 0,0 1,0 0,0 0,5 2,0 1,0 0,5 1,4 1,0 1,9 3,2 2,3 2,2 1,0 2,4 0,9 1,4 1,5 1,0 1,4Mato Grosso 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,9 0,0 1,2 1,6 0,4 0,7 1,4 4,1 2,4 2,8 3,5 2,3 2,8 1,2 1,5Goiás 0,7 0,9 0,7 0,7 0,7 0,9 0,5 0,9 0,9 1,1 0,9 0,9 0,7 0,7 0,2 0,2 1,1 1,3 0,6 1,8 1,0 0,8 1,8Distrito Fe<strong>de</strong>ral 0,6 1,1 0,6 1,1 0,6 0,0 0,0 1,7 4,0 2,3 2,3 2,9 2,3 3,3 3,8 4,2 3,3 1,1 2,6 3,6 3,0 1,9 1,9Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 45: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 5 a 9 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,4 0,5 0,4 0,5 0,5 0,6 0,5 0,6 0,6 0,6 0,6 0,8 0,7 0,6 0,6 0,7 0,6 0,7Região Norte 0,5 0,4 0,3 0,4 0,6 0,2 0,4 0,3 0,3 0,4 0,8 0,6 0,9 0,3 0,8 0,8 0,5 0,5 0,8 0,7 0,2 0,5 0,5Rondônia 1,4 1,3 0,0 2,1 2,9 0,9 2,6 0,8 1,5 0,7 1,4 0,0 0,7 0,6 0,0 1,6 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,2 1,2Acre 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,7 3,0 0,0 2,9 1,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Amazonas 0,5 0,0 1,3 0,4 0,4 0,4 0,0 0,4 0,0 0,0 0,6 0,3 0,9 0,0 0,3 0,3 0,0 0,3 1,2 0,9 0,3 0,8 0,0Roraima 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,7 0,0 0,0 0,0 3,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,2 3,1 0,0 2,9 0,0 0,0 4,5Pará 0,2 0,6 0,0 0,4 0,5 0,0 0,0 0,3 0,3 0,6 0,7 1,0 1,0 0,1 1,4 0,4 0,3 0,4 0,4 0,4 0,0 0,4 0,6Amapá 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,6 2,2 0,0 0,0 0,0 5,9 2,0 0,0 3,6 1,7 0,0 0,0 0,0Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7 0,0 0,0 0,7 0,7 0,7 0,0 0,7 0,0Região Nor<strong>de</strong>ste 0,3 0,4 0,5 0,5 0,5 0,3 0,4 0,3 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4 0,5 0,3 0,4 0,8 0,6 0,7 0,6 0,6 0,6 0,6Maranhão 0,2 0,0 0,0 0,3 0,3 0,0 0,0 0,1 0,1 0,7 0,5 0,3 0,0 0,1 0,1 0,4 0,4 0,1 0,1 0,0 0,0 0,3 0,7Piauí 0,3 0,3 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,3 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0 0,6 0,3 0,0 0,0 0,3 0,0Ceará 0,6 0,7 0,4 0,3 0,7 0,1 0,1 0,3 0,1 0,5 0,0 0,2 0,6 0,2 0,0 0,6 0,2 0,8 0,2 0,8 0,5 0,8 0,5Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 0,4 0,0 0,0 0,4 0,0 0,0 0,4 0,3 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,3 0,9 0,7 0,7 0,7 0,3 0,0 0,0 0,0Paraíba 0,5 0,3 0,0 1,0 0,8 1,3 0,2 0,7 1,0 0,5 0,2 0,2 0,7 0,7 0,2 0,2 2,4 0,5 0,3 0,5 0,0 0,3 0,6Pernambuco 0,6 0,9 1,6 0,7 0,8 0,8 0,8 0,6 0,9 0,9 0,9 0,8 0,8 1,3 0,4 0,8 1,6 1,1 1,9 1,7 1,1 1,1 1,2Alagoas 0,7 1,0 0,7 1,0 0,6 0,0 1,6 0,0 1,2 1,2 0,3 2,0 0,6 0,6 0,6 0,5 0,9 0,0 1,5 0,6 0,9 0,3 0,6Sergipe 0,0 0,0 0,0 0,6 0,0 0,6 0,0 0,0 0,5 0,5 0,0 1,0 2,0 1,4 0,5 0,9 0,5 0,5 0,5 0,0 2,6 0,0 0,0Bahia 0,1 0,2 0,3 0,5 0,3 0,1 0,3 0,4 0,4 0,2 0,3 0,1 0,1 0,4 0,6 0,2 0,6 0,7 0,5 0,3 0,8 0,8 0,6Região Su<strong>de</strong>ste 0,5 0,4 0,4 0,5 0,6 0,6 0,7 0,6 0,9 0,7 0,7 0,6 0,6 0,8 0,7 0,7 0,9 0,7 0,4 0,7 0,7 0,5 0,8Minas Gerais 0,2 0,4 0,4 0,1 0,5 0,5 0,3 0,2 0,6 0,2 0,3 0,4 0,2 0,6 0,2 0,3 0,2 0,1 0,1 0,2 0,4 0,1 0,5Espírito Santo 1,6 0,8 0,0 1,1 0,7 0,0 1,4 0,7 1,0 1,0 0,3 0,6 1,0 0,3 1,8 0,3 0,7 0,3 0,3 1,6 1,4 2,0 1,0Rio <strong>de</strong> Janeiro 0,8 0,1 0,4 0,2 0,9 0,3 0,8 0,7 1,1 1,0 0,8 0,6 0,4 1,4 0,7 1,2 1,8 1,2 0,9 0,6 0,8 1,0 1,2São Paulo 0,5 0,6 0,5 0,9 0,6 0,9 0,9 0,9 1,0 0,9 1,0 0,6 0,8 0,7 0,8 0,8 0,9 0,9 0,5 0,9 0,8 0,5 0,8Região Sul 0,4 0,4 0,4 0,3 0,4 0,3 0,3 0,3 0,1 0,4 0,7 0,6 0,7 0,4 0,5 0,5 0,6 0,6 0,5 0,6 0,9 0,5 0,6Paraná 0,2 0,2 0,5 0,3 0,3 0,4 0,4 0,4 0,2 0,3 0,7 0,8 0,6 0,6 0,4 0,4 0,3 0,5 0,4 0,8 0,8 0,5 0,5Santa Catarina 0,2 0,4 0,4 0,2 0,4 0,0 0,2 0,2 0,0 0,2 0,4 0,2 0,2 0,2 0,7 1,1 0,8 0,6 0,2 0,8 0,4 0,2 0,4Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 0,6 0,6 0,4 0,4 0,5 0,3 0,3 0,2 0,1 0,5 0,8 0,6 1,0 0,3 0,5 0,2 0,8 0,8 0,8 0,3 1,2 0,7 0,8Região Centro-Oeste 0,1 0,5 0,3 0,7 0,5 0,4 0,1 0,4 0,2 0,5 0,7 0,5 0,5 0,5 1,2 1,0 0,8 1,1 1,3 0,8 0,9 1,1 0,7Mato Grosso do Sul 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,5 0,5 0,0 1,0 0,0 0,9 1,4 0,0 1,3 0,9 1,0 1,9 0,9 0,0 0,9 0,5 0,9Mato Grosso 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,4 0,8 0,0 0,4 0,0 1,0 1,0 0,4 2,3 2,6 1,5 0,4 2,6 1,1Goiás 0,2 0,7 0,2 0,9 0,9 0,2 0,0 0,4 0,2 0,2 0,9 0,4 0,2 0,6 1,0 0,6 0,6 0,2 0,4 0,2 0,6 0,8 0,4Distrito Fe<strong>de</strong>ral 0,0 1,4 1,4 2,0 0,6 0,6 0,0 0,6 0,6 0,6 1,1 1,1 0,5 1,6 1,5 2,0 1,7 1,1 2,1 2,1 2,6 0,5 1,0Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>269


270Tabela 46: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.), população <strong>de</strong> 10 a 14 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 0,9 1,0 1,1 1,2 1,2 1,4 1,7 1,7 1,6 2,1 2,2 2,2 2,0 2,2 2,1 2,7 2,9 2,8 2,6 2,7 3,2 3,1 3,3Região Norte 0,5 0,9 0,5 0,7 1,0 1,4 1,2 0,8 1,4 1,9 2,2 1,7 2,5 1,9 2,1 2,5 2,4 1,6 2,6 1,7 2,2 3,3 2,8Rondônia 3,1 1,4 1,3 1,1 4,2 3,9 4,5 3,4 5,6 2,3 3,6 2,7 4,8 3,1 3,6 4,0 1,3 1,3 3,7 2,4 3,1 8,5 4,8Acre 0,0 0,0 0,0 0,0 4,2 0,0 3,9 3,8 3,7 0,0 3,5 5,0 0,0 4,8 3,1 3,1 6,2 1,5 4,4 0,0 0,0 5,7 7,0Amazonas 0,0 1,0 1,9 1,8 0,0 2,1 0,8 0,0 0,7 1,8 3,1 1,0 2,6 2,2 3,4 2,4 3,2 1,9 3,0 3,5 3,2 3,1 1,7Roraima 0,0 9,2 0,0 0,0 6,5 0,0 5,5 0,0 4,7 0,0 4,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,2 0,0 6,0 2,9 10,3 5,0 7,2Pará 0,4 0,6 0,0 0,4 0,6 0,7 0,7 0,7 0,8 2,1 1,8 1,8 2,5 1,6 1,2 2,0 1,2 1,6 1,8 0,9 1,2 1,9 1,9Amapá 0,0 3,9 0,0 0,0 3,3 9,4 0,0 0,0 0,0 2,7 0,0 2,5 4,8 2,3 6,7 13,1 13,7 5,5 5,3 1,7 6,8 6,5 7,9Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7 1,5 0,7 2,1 1,3 1,4 2,1 2,1Região Nor<strong>de</strong>ste 0,6 0,7 0,7 0,7 0,6 0,8 1,0 1,0 1,3 1,4 1,6 1,1 1,2 1,7 1,5 2,0 2,2 2,4 1,6 1,5 2,3 2,5 2,2Maranhão 0,2 0,4 0,0 0,5 0,0 0,0 0,6 0,2 0,8 0,3 0,3 0,6 1,0 0,7 0,7 0,4 1,2 0,9 0,5 0,1 1,0 0,9 0,4Piauí 0,0 0,3 0,3 0,0 0,6 0,0 0,3 0,3 0,0 0,3 0,6 0,3 0,9 0,3 0,5 0,3 1,1 0,6 0,3 0,0 1,1 0,6 1,4Ceará 0,7 0,3 0,4 0,7 0,8 0,5 0,5 1,0 0,3 0,6 1,0 0,9 0,9 0,7 0,7 1,1 2,3 1,6 0,4 1,6 1,8 2,3 3,1Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 0,8 0,8 1,5 0,8 0,0 0,4 0,0 0,0 1,4 1,1 3,1 0,3 1,4 1,3 1,0 2,2 1,6 1,3 1,0 1,9 0,6 1,6 0,3Paraíba 1,1 0,3 1,6 1,8 0,8 0,8 2,8 1,3 2,5 2,5 1,5 0,7 0,7 1,9 0,7 0,9 4,7 2,7 1,2 1,2 1,8 1,8 1,5Pernambuco 1,0 1,8 1,1 1,0 1,7 3,0 2,7 2,9 3,2 3,3 3,6 3,2 2,3 3,3 3,7 4,4 3,2 6,4 5,3 5,1 6,4 7,0 6,8Alagoas 1,1 1,8 0,7 1,1 1,0 1,0 2,0 0,6 2,2 3,8 2,8 1,5 1,2 2,3 1,4 3,1 2,4 4,1 2,3 1,5 3,6 3,9 2,4Sergipe 0,6 1,9 0,6 1,8 0,0 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 4,7 4,6 3,5 2,9 2,9 0,5 0,5 1,0 2,4 3,4 2,9 0,9Bahia 0,3 0,2 0,6 0,3 0,3 0,1 0,3 0,8 0,8 0,7 1,0 0,3 0,6 1,6 1,3 1,9 2,0 1,6 1,0 0,5 1,0 1,3 0,9Região Su<strong>de</strong>ste 1,4 1,6 1,5 1,7 1,7 2,1 2,8 2,8 2,2 2,9 3,2 3,3 2,6 2,8 2,7 3,2 4,0 3,7 3,6 4,0 4,4 4,0 4,6Minas Gerais 0,6 0,5 0,8 0,5 0,3 0,8 0,6 0,6 0,6 0,8 0,6 0,8 0,4 1,1 0,7 0,6 0,9 1,2 0,9 0,6 1,7 1,4 1,9Espírito Santo 0,8 0,4 1,2 0,8 1,1 1,8 2,5 1,4 2,1 3,4 2,7 3,6 2,6 3,1 4,3 3,0 4,1 3,1 5,2 5,7 2,2 3,1 5,5Rio <strong>de</strong> Janeiro 2,3 2,4 2,3 0,9 1,7 0,8 2,6 3,8 2,0 3,0 5,9 5,2 3,3 4,3 4,0 6,3 8,6 6,4 5,9 6,4 6,9 6,1 8,2São Paulo 1,6 2,1 1,7 3,0 2,5 3,4 4,2 3,8 3,3 4,1 3,7 3,9 3,5 3,2 3,2 3,6 4,0 4,0 4,0 4,7 5,2 4,7 4,8Região Sul 0,7 0,5 1,0 1,0 1,0 1,0 0,6 0,7 1,0 1,8 1,8 2,0 1,7 1,6 1,7 2,3 1,7 2,2 1,7 2,0 2,2 1,9 2,3Paraná 0,7 0,7 0,7 1,2 1,3 1,3 0,6 0,7 0,4 1,7 1,3 1,5 1,2 1,4 1,8 2,5 2,0 2,3 2,2 1,8 1,9 2,1 2,8Santa Catarina 0,2 0,4 1,1 1,1 1,1 0,2 0,4 0,2 1,0 1,0 0,2 0,6 0,4 0,6 1,0 1,5 1,0 1,0 0,6 0,9 0,8 0,7 1,5Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 0,9 0,2 1,2 0,8 0,6 1,0 0,8 0,9 1,7 2,5 3,1 3,3 2,8 2,4 1,9 2,6 1,8 2,7 1,7 2,7 3,3 2,3 2,1Região Centro-Oeste 0,5 0,5 0,7 1,3 1,2 1,3 1,2 1,4 1,4 1,5 0,9 1,5 2,3 2,0 1,8 3,4 3,3 3,4 3,2 3,0 4,5 3,2 3,8Mato Grosso do Sul 0,6 0,6 0,6 1,6 1,1 0,5 2,6 1,5 0,5 0,0 0,0 1,0 2,9 1,8 1,8 2,7 4,1 4,1 2,7 3,1 4,1 3,2 3,6Mato Grosso 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 1,5 1,0 0,5 0,0 1,3 0,8 1,2 1,6 1,5 2,2 3,5 3,0 5,6 5,1 3,2 3,3 4,3 3,5Goiás 0,6 0,5 1,0 1,4 1,4 0,7 0,7 1,6 2,6 2,2 0,2 1,3 2,1 1,2 1,0 2,8 2,4 2,2 1,7 1,9 3,8 2,4 4,2Distrito Fe<strong>de</strong>ral 0,8 0,7 0,7 2,0 1,3 3,8 1,2 1,8 1,2 1,7 3,9 3,3 3,2 4,7 3,6 6,0 5,1 3,0 4,9 5,7 8,4 4,1 3,5Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 47: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) por arma <strong>de</strong> fogo, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 1,4 1,4 1,3 1,3 1,7 2,1 2,1 2,5 2,6 3,4 4,2 3,8 3,3 4,3 4,5 5,4 5,8 6,4 6,9 7,2 8,6 9,1 9,2Região Norte 1,1 0,9 0,7 1,1 1,1 1,4 1,2 1,4 1,6 2,4 3,1 3,3 2,6 2,7 3,2 2,9 2,9 3,0 4,1 3,1 3,3 3,4 3,5Rondônia 2,5 0,7 1,5 1,4 1,8 2,9 4,1 2,3 4,0 4,7 5,2 5,1 3,9 5,0 4,5 3,8 4,0 3,5 6,8 6,8 5,7 6,5 6,8Acre 1,7 0,6 1,1 1,0 0,5 2,5 1,9 4,7 1,8 3,6 2,7 6,5 2,2 5,4 3,2 7,9 5,9 4,6 5,6 0,0 3,2 3,1 4,4Amazonas 0,8 0,9 1,1 1,7 1,0 1,3 1,0 1,5 1,7 2,1 4,1 4,6 2,3 2,8 3,3 2,7 4,0 3,5 4,6 4,5 3,9 2,5 2,7Roraima 0,0 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0 1,3 0,0 0,0 0,0 1,0 2,8 3,6 1,7 4,0 3,1 4,8 5,4 6,0 7,4 6,2 4,7 2,3Pará 1,0 1,1 0,6 1,0 1,1 1,2 1,0 1,2 1,3 2,4 2,9 2,8 2,6 2,0 3,2 1,9 1,6 2,3 2,9 1,6 2,4 3,1 3,4Amapá 0,0 0,9 0,0 3,3 3,2 3,8 1,5 0,7 1,3 3,2 1,9 0,6 5,5 8,0 5,5 14,5 10,5 7,6 9,5 7,4 5,3 2,3 3,8Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 0,0 0,4 1,0 0,4 0,0 0,9 1,5 1,5 2,5 2,8 2,2 4,0 2,1Região Nor<strong>de</strong>ste 0,9 0,8 0,8 1,1 1,3 1,4 1,6 1,6 1,9 2,3 2,3 2,0 1,9 3,3 3,2 3,3 4,4 5,3 5,4 4,8 5,6 6,7 6,2Maranhão 0,0 0,2 0,2 0,3 0,2 0,2 0,3 0,2 0,4 0,6 0,9 1,0 0,4 0,6 1,0 0,9 1,1 0,6 0,5 0,6 0,8 1,7 1,0Piauí 0,2 0,4 0,2 0,2 0,5 0,1 0,5 0,3 0,4 0,4 0,3 0,3 0,2 0,4 0,1 0,5 0,6 0,8 0,5 0,4 1,2 1,9 1,2Ceará 0,7 0,7 0,5 1,3 0,9 0,8 0,7 0,7 0,7 0,8 1,1 0,9 0,8 1,4 0,8 1,9 1,7 2,5 2,4 2,6 3,4 3,3 3,4Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 0,7 1,3 1,7 0,7 0,3 0,6 0,1 0,5 1,1 1,5 2,1 1,3 1,4 1,9 1,6 1,9 1,6 3,3 2,9 1,3 1,5 3,2 1,9Paraíba 1,1 0,9 0,9 0,9 1,1 1,2 1,6 1,1 1,3 1,8 2,0 1,5 1,3 2,1 2,1 2,5 3,8 3,4 3,5 2,5 5,6 4,4 5,1Pernambuco 2,5 2,1 2,1 3,5 4,3 5,4 6,2 6,2 6,0 7,5 7,2 7,6 5,6 8,9 8,9 9,1 12,0 16,6 22,4 20,4 19,8 23,1 20,0Alagoas 1,7 1,2 1,0 2,2 2,1 1,7 2,4 1,9 3,2 3,1 1,9 1,8 1,8 3,3 2,6 3,9 4,8 5,3 4,7 4,9 6,5 8,8 9,0Sergipe 0,2 0,8 0,5 0,7 0,0 0,3 0,6 0,3 0,7 0,7 1,8 2,3 6,7 4,5 5,0 2,1 3,4 3,1 2,0 4,1 5,1 5,5 7,2Bahia 0,3 0,2 0,3 0,2 0,5 0,5 0,4 0,6 1,2 1,4 1,5 0,6 1,2 3,4 3,3 3,1 4,9 4,9 2,5 1,7 2,4 3,6 3,8Região Su<strong>de</strong>ste 2,2 2,1 1,8 1,6 2,4 3,2 3,1 4,0 3,8 5,0 6,7 5,6 4,8 6,1 6,6 8,4 8,4 8,8 9,8 11,1 13,5 13,9 14,0Minas Gerais 0,8 0,8 0,4 0,4 0,8 0,7 0,6 0,6 0,7 1,0 0,9 0,9 0,9 1,3 1,1 1,5 1,6 1,7 1,9 1,7 3,9 4,4 5,5Espírito Santo 1,2 1,5 0,5 0,6 1,1 1,2 1,7 2,7 2,2 4,5 4,3 4,0 4,3 7,6 7,6 8,7 9,1 14,7 18,2 18,7 15,6 16,4 20,4Rio <strong>de</strong> Janeiro 7,0 5,1 4,9 2,2 3,6 5,0 4,4 8,9 7,8 11,0 20,1 13,9 11,5 13,9 16,4 22,8 21,4 22,4 22,5 22,1 22,5 21,8 23,4São Paulo 1,1 1,7 1,6 2,2 2,9 4,0 4,1 4,2 4,1 5,0 5,0 5,1 4,5 5,6 5,8 6,8 7,1 7,1 8,5 11,3 14,9 15,7 14,3Região Sul 0,9 0,9 0,9 1,1 1,2 1,1 1,2 1,1 1,8 2,5 3,1 3,2 2,8 2,5 2,8 3,6 3,4 3,8 3,6 4,0 4,8 5,1 6,2Paraná 1,0 0,9 1,2 1,2 1,4 1,2 1,1 1,2 1,5 2,1 2,3 2,0 2,0 2,3 3,0 3,8 3,1 3,3 3,9 4,6 5,8 5,9 8,4Santa Catarina 0,7 0,5 0,3 1,0 0,8 0,6 0,4 0,6 0,9 0,8 1,0 1,4 0,5 1,1 0,8 1,1 1,7 1,4 1,0 0,9 1,6 1,4 2,3Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 0,8 1,1 1,0 1,0 1,2 1,2 1,6 1,4 2,5 3,8 5,1 5,4 5,0 3,4 3,8 4,8 4,5 5,6 4,8 5,1 5,6 6,4 6,2Região Centro-Oeste 1,0 1,3 1,4 1,1 1,5 1,6 1,9 2,5 2,0 2,9 2,6 3,5 3,7 4,6 4,7 5,7 6,1 6,8 7,6 7,3 9,6 9,5 9,4Mato Grosso do Sul 2,4 1,8 1,5 1,9 2,5 1,7 2,5 1,5 1,5 2,4 2,1 4,5 4,0 4,9 5,3 6,8 7,7 8,2 8,1 8,0 9,2 6,5 8,9Mato Grosso 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,3 0,0 0,0 0,1 1,0 0,0 0,0 2,7 4,4 5,5 7,6 6,2 8,9 8,7 9,2Goiás 1,0 1,3 1,4 1,0 1,5 1,2 1,7 2,0 2,1 3,2 2,1 3,1 2,6 3,5 3,6 4,0 3,4 3,6 3,1 4,2 7,1 7,4 8,7Distrito Fe<strong>de</strong>ral 0,2 2,4 2,6 1,8 2,2 4,5 4,1 7,9 4,6 6,5 8,0 8,0 9,4 13,4 13,8 13,3 13,3 14,9 17,8 15,4 16,9 18,6 12,3Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>271


272Tabela 48: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> homicídios (/100.000 hab.) por outros instrumentos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 0,6 0,7 0,8 0,8 0,8 0,9 1,0 0,9 1,0 1,3 1,4 1,4 1,6 1,9 2,0 1,9 2,5 2,6 2,7 2,0 2,0 1,9 2,0Região Norte 1,0 0,8 0,8 0,9 1,0 1,0 1,3 0,9 1,1 1,4 2,0 2,0 1,7 1,9 2,4 2,4 2,7 2,3 3,0 3,0 3,4 3,3 3,8Rondônia 1,4 1,4 0,3 0,6 2,1 1,2 2,0 1,3 2,2 3,0 3,2 3,4 1,6 3,4 2,2 2,3 1,9 2,0 4,4 1,6 2,8 3,9 4,4Acre 0,6 1,7 1,1 1,6 1,5 1,5 1,0 4,2 1,4 0,9 3,5 2,2 4,8 4,5 1,6 1,6 3,6 2,7 4,5 1,8 6,7 2,1 8,1Amazonas 1,3 0,7 1,0 0,8 2,0 1,3 2,0 0,9 1,6 1,7 1,9 2,1 2,4 3,3 4,1 4,6 4,0 4,2 4,1 5,5 4,2 4,3 4,7Roraima 2,3 2,1 0,0 1,7 1,5 0,0 2,6 2,4 2,2 4,2 14,9 1,9 2,7 5,1 3,2 3,9 11,1 3,1 12,8 19,1 12,9 5,3 10,9Pará 0,9 0,8 0,8 0,9 0,4 0,9 1,0 0,8 0,8 0,9 1,1 1,6 1,0 0,8 1,4 1,1 1,3 1,2 1,3 0,8 1,6 2,0 2,1Amapá 0,9 2,7 2,6 4,1 1,6 4,5 3,6 0,7 1,3 1,9 5,7 4,9 5,5 1,7 8,3 8,6 10,5 9,5 11,3 15,1 14,7 13,6 10,9Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 1,0 1,0 0,6 0,8 1,7 1,5 2,7 1,1 1,1 1,4 2,0 2,3 2,5Região Nor<strong>de</strong>ste 0,6 0,7 0,8 0,8 0,7 0,7 0,9 0,9 0,9 1,1 1,1 1,1 1,0 1,2 1,3 1,2 1,5 1,3 1,2 1,1 1,7 1,7 2,0Maranhão 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,1 0,4 0,3 0,5 0,6 0,8 0,7 0,7 0,7 0,4 0,9 0,6 0,4 0,5 0,4 0,9 0,9 1,6Piauí 0,2 0,3 0,4 0,3 0,5 0,2 0,5 0,5 0,7 0,4 0,4 0,2 0,4 1,1 0,8 0,4 0,8 1,4 1,5 0,6 1,6 1,6 3,1Ceará 1,1 0,6 0,6 0,5 0,7 0,4 0,7 0,6 0,4 0,9 0,8 1,0 1,1 1,3 1,1 1,2 1,7 1,5 1,4 1,2 2,4 2,4 2,5Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 1,1 0,6 0,7 0,7 0,2 1,2 0,7 0,5 1,0 1,0 0,8 0,8 0,7 0,5 1,4 1,0 1,2 0,4 0,9 1,0 0,9 0,7 1,4Paraíba 1,1 1,0 1,1 1,5 1,2 2,1 2,1 1,9 1,5 1,6 1,3 1,1 0,8 1,4 1,4 1,8 4,7 1,9 1,4 1,2 1,7 1,2 2,0Pernambuco 1,1 1,7 2,2 2,1 1,4 1,8 1,6 2,1 2,0 1,8 2,5 2,3 1,9 2,4 2,2 2,1 2,0 2,6 2,6 2,2 2,4 2,9 2,7Alagoas 0,6 1,5 1,7 0,9 1,3 1,2 2,0 1,6 2,2 2,7 1,9 2,5 1,8 2,0 2,0 1,7 2,4 1,7 1,4 1,4 3,7 2,6 3,0Sergipe 0,3 0,5 0,8 1,0 0,7 0,6 1,0 0,3 0,4 1,6 1,5 2,9 2,2 1,3 2,6 2,2 1,8 2,3 0,8 2,4 2,9 3,2 2,2Bahia 0,2 0,1 0,4 0,5 0,2 0,1 0,2 0,4 0,4 0,7 0,5 0,4 0,5 0,8 1,0 0,6 0,6 0,7 0,6 0,6 0,9 0,9 1,0Região Su<strong>de</strong>ste 0,5 0,6 0,6 0,8 0,7 0,9 1,1 0,9 0,9 1,2 1,4 1,4 2,2 2,6 2,7 2,7 3,9 4,2 4,4 2,6 2,0 1,6 1,5Minas Gerais 0,5 0,5 0,7 0,3 0,4 0,3 0,5 0,4 0,7 0,7 0,6 0,6 0,7 0,7 0,6 0,6 0,8 0,7 0,6 0,8 1,1 1,1 1,5Espírito Santo 0,5 0,9 0,8 1,5 0,9 1,6 1,3 1,5 1,6 1,1 1,5 1,7 1,1 2,2 1,7 1,0 1,2 0,5 1,9 1,0 2,0 2,4 2,9Rio <strong>de</strong> Janeiro 0,6 0,5 0,4 0,6 0,6 0,3 0,4 0,5 0,5 1,3 1,5 1,2 0,9 0,8 0,9 0,6 4,7 4,6 3,8 2,8 2,8 2,0 1,3São Paulo 0,5 0,7 0,7 1,1 1,0 1,5 1,7 1,3 1,2 1,4 1,9 1,8 3,6 4,3 4,7 4,8 5,4 6,2 6,9 3,7 2,2 1,7 1,4Região Sul 0,6 0,7 0,7 0,8 0,9 0,7 0,9 0,9 1,0 1,6 1,8 1,5 1,4 1,2 1,4 1,3 1,4 1,6 1,6 1,5 1,7 1,7 2,0Paraná 0,9 0,8 1,1 1,1 1,3 0,9 1,4 1,4 1,2 1,7 1,6 1,8 1,5 1,4 1,7 1,6 1,8 1,9 2,2 1,8 2,6 2,2 2,2Santa Catarina 0,3 0,7 0,4 0,6 0,5 0,6 0,4 0,5 0,6 1,4 1,0 0,5 1,0 0,9 1,1 1,2 1,3 1,5 1,3 1,2 0,8 1,3 1,7Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 0,5 0,7 0,5 0,6 0,7 0,5 0,7 0,6 1,0 1,6 2,5 1,6 1,5 1,1 1,2 0,9 1,0 1,5 1,2 1,2 1,3 1,6 1,9Região Centro-Oeste 0,8 1,0 1,0 1,1 1,2 1,0 1,4 1,4 1,8 2,0 1,7 2,6 1,4 2,0 1,9 2,1 2,1 2,4 2,5 2,5 2,6 3,1 3,0Mato Grosso do Sul 1,0 0,6 1,2 0,7 1,7 0,8 1,0 1,0 1,4 1,7 2,1 1,6 2,7 2,2 2,1 2,3 2,2 2,1 2,0 2,2 1,8 2,9 3,4Mato Grosso 0,3 0,5 0,3 0,6 0,9 1,0 1,7 1,9 0,8 2,6 2,2 3,4 1,1 2,8 2,4 2,2 2,3 4,1 4,7 3,1 3,1 4,3 3,3Goiás 0,5 1,1 0,8 0,8 0,8 0,9 1,1 1,1 1,9 1,2 0,8 2,0 0,7 0,9 1,3 1,2 1,5 1,5 1,1 1,6 2,2 2,7 2,7Distrito Fe<strong>de</strong>ral 1,7 1,9 2,0 3,1 1,9 1,7 2,3 1,9 3,2 3,3 3,0 3,9 2,3 3,3 2,4 4,0 3,0 2,5 3,2 4,3 3,7 2,9 3,1Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 49: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> homicídios (/100.000 hab.) por instrumentos não especificados, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 1,1 1,2 1,1 1,6 1,8 1,8 1,9 1,9 1,8 2,2 2,0 1,9 1,4 0,9 1,0 1,1 1,0 0,9 0,9 1,5 1,3 1,2 1,3Região Norte 0,2 0,4 0,3 0,3 0,4 0,4 0,3 0,3 0,4 0,3 0,4 0,5 0,5 0,5 0,8 0,5 0,5 0,8 0,6 0,5 0,3 0,4 0,4Rondônia 0,0 0,7 0,3 0,6 1,3 1,0 1,1 1,3 1,6 0,4 0,5 1,0 1,1 0,8 1,0 0,4 0,7 0,8 0,2 0,0 0,9 0,3 0,2Acre 0,0 0,6 0,0 1,0 1,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,0 0,9 0,9 0,8 0,8 0,0 0,4 0,4 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0Amazonas 0,2 0,6 0,3 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,3 0,3 0,4 0,7 0,3 0,1 0,4 0,3 0,6 1,0 1,2 0,1 0,1 0,1 0,2Roraima 0,0 8,3 1,9 0,0 1,5 1,4 0,0 0,0 5,6 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 0,0 9,6 0,6 0,6 0,0Pará 0,2 0,3 0,3 0,3 0,4 0,3 0,2 0,2 0,2 0,4 0,5 0,3 0,5 0,6 0,8 0,6 0,7 0,9 0,7 0,4 0,3 0,7 0,6Amapá 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 0,0 0,7 0,0 0,6 0,6 0,0 0,0 0,6 2,8 2,2 0,0 0,5 0,0 0,0 0,4 0,0 0,8Tocantins 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,6 0,0 1,0 1,1 0,6 0,0 0,4 0,2 0,2 0,0 0,0 0,0Região Nor<strong>de</strong>ste 0,2 0,3 0,3 0,3 0,4 0,3 0,3 0,3 0,4 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 0,3 0,4 0,3 0,2 0,3 0,2 0,3Maranhão 0,3 0,3 0,2 0,3 0,2 0,0 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,4 0,3 0,2 0,2 0,4 0,3 0,4 0,4 0,3 0,6 0,6 0,4Piauí 0,4 0,3 0,3 0,1 0,2 0,2 0,2 0,0 0,3 0,2 0,6 0,1 0,2 0,0 0,1 0,1 0,1 0,3 0,1 0,1 0,3 0,2 0,2Ceará 0,1 0,9 0,6 1,1 1,1 0,9 0,7 0,4 0,6 0,2 0,3 0,3 0,2 0,4 0,2 0,7 0,8 0,8 0,3 0,5 0,2 0,3 0,2Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 0,1 0,4 0,2 0,2 0,0 0,0 0,0 0,1 0,3 0,0 0,1 0,5 0,1 0,0 0,2 0,2 0,3 0,0 0,2 0,1 0,3 0,0 0,0Paraíba 0,0 0,1 0,1 0,3 0,0 0,1 0,1 0,3 0,6 0,3 0,3 0,4 0,4 0,2 0,4 0,5 0,0 0,0 0,1 0,1 0,2 0,1 0,1Pernambuco 0,2 0,3 0,4 0,2 0,5 0,3 0,5 0,3 0,4 0,8 0,8 0,6 0,7 0,3 0,4 0,1 0,1 0,2 0,2 0,1 0,1 0,1 0,2Alagoas 0,4 0,4 0,1 0,2 0,2 0,3 0,3 0,6 0,7 1,3 1,2 0,5 0,4 0,1 0,3 0,1 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,1 0,0Sergipe 0,6 0,2 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,4 0,1 0,4 1,3 0,3 0,1 0,3 0,0 0,0 0,2 0,0 0,2 0,5Bahia 0,2 0,1 0,2 0,2 0,4 0,2 0,4 0,4 0,4 0,6 0,5 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,2 0,7 0,4 0,3 0,3 0,2 0,4Região Su<strong>de</strong>ste 2,2 2,3 2,2 3,3 3,7 3,9 4,1 4,3 3,8 4,8 4,5 4,3 3,0 1,7 1,9 2,1 1,9 1,6 1,8 3,3 2,9 2,6 3,1Minas Gerais 0,7 0,6 0,7 0,5 0,4 0,6 0,6 0,5 0,5 0,7 0,4 0,5 0,3 0,3 0,6 0,4 0,1 0,3 0,4 0,7 0,3 0,3 0,2Espírito Santo 1,3 1,1 1,5 1,6 1,0 0,9 0,7 1,7 2,1 2,1 2,6 2,5 3,3 2,9 2,8 3,8 5,3 3,2 3,7 2,8 2,5 1,9 2,0Rio <strong>de</strong> Janeiro 1,2 1,1 0,9 1,9 2,0 1,7 2,2 2,3 1,7 2,5 2,3 1,7 1,4 1,5 1,3 3,4 2,0 1,2 0,9 0,9 0,6 1,3 3,3São Paulo 3,6 3,9 3,8 5,6 6,6 7,1 7,1 7,5 6,6 8,3 7,7 7,5 5,0 2,3 2,8 2,5 2,6 2,2 2,7 5,6 5,2 4,4 4,6Região Sul 0,6 0,5 0,7 0,6 0,7 0,5 0,6 0,5 0,6 0,6 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 0,3 0,3 0,2 0,2 0,1 0,1Paraná 0,4 0,2 0,4 0,3 0,4 0,2 0,4 0,3 0,4 0,5 0,4 0,4 0,4 0,4 0,1 0,3 0,4 0,3 0,3 0,2 0,1 0,1 0,1Santa Catarina 0,2 0,5 0,6 0,4 0,5 0,3 0,3 0,1 0,1 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 0,1 0,2 0,2 0,1 0,0 0,0Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 1,0 0,9 1,0 1,0 1,0 0,9 0,9 1,0 1,1 1,1 0,6 0,5 0,2 0,4 0,6 0,7 0,5 0,3 0,4 0,2 0,3 0,2 0,2Região Centro-Oeste 0,4 0,9 0,8 1,0 0,6 0,6 0,6 0,3 0,4 0,5 0,3 0,7 0,9 0,6 0,5 0,8 0,6 0,4 0,4 0,5 0,3 0,1 0,2Mato Grosso do Sul 0,1 0,7 0,3 0,5 0,8 0,4 1,6 0,1 0,0 0,6 0,6 0,2 0,9 0,8 0,3 1,0 1,6 1,2 1,4 1,0 0,8 0,1 0,0Mato Grosso 0,2 0,5 0,4 0,1 0,1 0,6 0,4 0,4 0,7 1,0 0,7 0,9 0,7 0,4 1,1 1,5 0,2 0,1 0,2 0,4 0,0 0,1 0,3Goiás 0,5 1,1 1,3 1,7 0,8 0,9 0,6 0,3 0,6 0,3 0,1 1,0 1,3 0,8 0,4 0,6 0,5 0,5 0,2 0,6 0,4 0,1 0,1Distrito Fe<strong>de</strong>ral 0,5 1,0 0,7 0,5 0,2 0,3 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,1 0,0 0,0 0,2Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>273


274Tabela 50: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por homicídios (/100.000 hab.) por arma <strong>de</strong> fogo, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 1,4 1,4 1,3 1,3 1,7 2,1 2,1 2,5 2,6 3,4 4,2 3,8 3,3 4,3 4,5 5,4 5,8 6,4 6,9 7,2 8,6 9,1 9,2Porto Velho 1,4 0,0 2,3 2,2 3,0 4,7 8,0 2,5 6,3 6,8 12,2 13,0 4,5 10,6 7,6 6,1 6,3 3,4 15,6 10,0 11,7 15,9 11,9Rio Branco 3,1 0,0 2,8 2,7 1,3 3,7 4,7 9,1 3,3 7,4 6,1 14,7 4,3 12,9 6,8 14,3 9,0 9,4 11,5 0,0 6,8 7,4 9,6Manaus 2,0 2,0 2,7 3,7 2,0 2,9 1,9 3,6 3,3 4,8 9,0 10,3 5,1 6,3 7,1 5,7 8,5 7,9 10,0 9,0 7,9 4,1 4,8Boa Vista 0,0 3,1 0,0 0,0 0,0 0,0 2,0 0,0 0,0 0,0 1,5 4,3 4,2 2,6 5,0 3,6 6,1 6,4 7,5 9,7 8,3 5,0 2,9Belém 2,3 2,2 1,0 2,4 1,7 1,3 2,4 1,8 2,7 4,8 6,0 6,2 5,8 3,2 5,5 3,0 3,9 5,5 7,3 4,4 7,8 9,6 8,7Macapá 0,0 1,4 0,0 4,0 5,1 6,1 2,4 1,1 2,2 3,2 2,1 0,0 10,0 12,1 7,8 21,9 16,1 11,9 14,6 11,6 9,3 4,1 5,9Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,1 2,4 2,1 0,0 1,7 4,9 7,4 2,8São Luís 0,0 1,6 0,8 0,4 0,4 0,3 1,3 0,3 1,6 2,8 5,4 4,0 2,0 1,6 4,3 4,0 5,0 3,3 3,2 2,4 4,3 6,5 2,0Teresina 0,0 1,4 0,5 0,4 1,3 0,4 0,8 1,1 1,8 1,4 1,0 1,0 0,7 1,6 0,6 1,8 2,0 2,3 1,6 1,6 4,9 6,8 4,5Fortaleza 2,0 2,1 1,3 3,5 2,4 2,4 1,9 1,5 1,5 2,2 3,2 1,8 2,3 3,5 2,3 5,9 4,1 5,4 4,9 4,6 7,5 7,5 6,6Natal 3,4 3,8 5,1 0,5 1,3 0,9 0,0 1,2 3,2 5,5 6,5 3,7 3,0 4,3 4,9 6,5 3,3 8,3 6,0 2,5 2,1 6,3 4,5João Pessoa 3,7 1,2 1,2 0,6 1,6 0,5 3,1 1,0 2,5 2,4 5,6 2,3 2,3 6,0 6,4 12,2 10,6 10,4 11,5 10,4 17,3 14,5 17,6Recife 4,4 4,1 4,2 7,1 7,5 11,1 13,2 12,1 12,2 20,3 18,5 18,4 11,9 20,9 22,2 25,1 28,6 43,8 51,9 33,8 35,9 40,2 34,9Maceió 3,0 2,4 1,4 2,7 4,7 2,9 4,4 4,3 9,8 8,1 4,7 2,8 3,8 6,2 5,8 11,1 11,0 11,0 8,3 10,1 15,3 21,2 19,6Aracaju 0,7 1,9 1,9 0,0 0,0 0,0 1,8 0,6 2,3 1,7 5,0 6,0 16,4 13,0 13,3 2,5 7,8 6,1 3,8 6,5 11,1 10,3 11,8Salvador 0,4 0,1 0,5 0,3 0,7 1,1 0,2 1,3 3,6 4,4 4,9 0,8 4,0 13,6 13,8 11,3 18,9 18,4 6,5 3,0 3,9 8,4 10,3Belo Horizonte 3,9 2,9 1,2 1,9 2,2 2,4 1,7 3,1 3,4 3,4 2,5 2,6 3,3 3,6 3,8 4,4 4,4 5,3 7,3 6,0 16,3 15,3 20,2Vitória 1,1 0,0 1,0 3,1 2,1 4,1 2,0 10,0 1,0 8,8 8,8 7,7 6,8 15,8 22,0 28,0 17,0 41,7 28,6 44,2 22,6 37,9 37,5Rio <strong>de</strong> Janeiro 12,0 8,2 7,7 1,1 3,0 3,5 2,2 11,3 5,2 8,5 27,2 14,7 8,6 12,7 14,8 21,8 21,3 24,9 28,6 26,1 28,7 26,8 29,5São Paulo 1,2 2,2 1,5 3,3 5,1 7,5 7,4 6,5 6,9 7,9 8,8 7,6 6,8 9,2 10,3 12,8 12,4 12,3 13,8 18,2 21,9 24,5 20,5Curitiba 1,3 1,3 0,9 0,6 1,7 1,5 1,4 0,2 2,6 1,6 5,9 4,7 3,3 3,4 6,5 4,8 5,3 5,9 5,2 7,5 10,6 10,7 11,3Florianópolis 1,2 0,0 0,0 0,0 0,0 1,1 0,0 0,0 1,0 1,0 1,0 3,0 0,0 3,8 0,9 0,9 2,0 1,0 3,0 2,0 3,4 6,7 12,2Porto Alegre 1,4 1,7 2,6 2,6 1,6 3,0 3,0 2,8 8,9 9,8 8,1 6,8 9,6 5,3 7,0 11,5 10,8 14,8 12,5 12,6 15,5 12,0 14,6Campo Gran<strong>de</strong> 0,7 2,0 1,3 3,6 2,3 1,1 3,7 1,5 0,5 5,1 3,6 5,6 6,8 4,4 8,3 10,9 11,3 13,3 12,2 13,4 16,3 9,5 10,8Cuiabá 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 0,6 0,0 0,0 0,0 1,1 0,0 0,0 7,3 8,5 5,7 20,0 20,2 27,6 27,6 22,7Goiânia 1,4 2,0 2,3 0,8 1,4 1,6 0,3 2,7 5,8 6,0 4,9 5,4 4,8 3,7 5,8 7,4 3,6 3,5 4,2 8,2 11,3 7,4 11,7Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 51: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> homicídios (/100.000 hab.) por outros instrumentos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 0,6 0,7 0,8 0,8 0,8 0,9 1,0 0,9 1,0 1,3 1,4 1,4 1,6 1,9 2,0 1,9 2,5 2,6 2,7 2,0 2,0 1,9 2,0Porto Velho 5,5 0,0 1,2 0,0 4,0 1,9 5,3 1,7 2,4 3,8 3,6 8,9 4,5 6,0 4,5 4,9 4,2 4,1 6,1 2,7 7,2 11,5 10,6Rio Branco 0,0 1,5 1,4 4,0 2,6 3,7 1,2 10,2 3,3 2,1 7,1 4,9 11,8 10,9 2,9 1,9 6,3 5,1 5,8 3,2 13,6 3,3 15,2Manaus 2,9 1,7 1,6 1,6 4,0 2,7 4,2 2,0 3,0 3,2 3,9 4,5 5,3 6,5 9,0 9,2 8,5 9,2 9,1 10,9 8,2 7,6 7,6Boa Vista 2,7 0,0 0,0 2,5 2,3 0,0 3,9 3,6 3,4 4,8 21,4 2,9 4,2 3,9 5,0 6,0 17,0 3,8 17,4 23,1 15,7 8,0 17,6Belém 1,7 1,0 1,0 2,2 0,6 1,3 1,5 1,1 1,4 2,0 2,6 2,8 1,9 1,0 2,9 1,3 3,3 2,9 2,6 1,8 4,1 3,4 3,8Macapá 1,2 4,3 2,8 2,6 2,5 6,1 5,9 0,0 1,1 3,2 8,3 4,0 7,8 3,0 10,7 10,5 17,0 11,0 14,6 20,9 17,8 17,1 11,2Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,1 2,4 2,1 7,6 3,4 0,0 1,5 2,8São Luís 0,8 0,8 0,4 0,4 0,4 0,3 1,3 1,6 2,2 3,1 4,2 3,2 3,4 3,3 3,0 5,6 2,0 1,9 1,6 0,0 2,7 3,6 4,9Teresina 1,0 0,9 0,9 0,4 2,1 0,8 2,0 1,5 3,3 1,4 1,4 0,3 1,3 3,8 3,1 1,5 3,3 5,5 5,8 2,5 5,9 4,5 10,2Fortaleza 2,8 1,5 1,6 2,0 1,7 1,4 2,3 1,6 0,8 2,2 2,3 3,2 3,0 2,9 2,3 3,0 3,0 3,4 3,1 1,9 3,1 4,0 4,5Natal 1,5 2,4 1,4 1,8 0,4 3,0 2,9 1,6 2,0 2,3 2,3 2,2 1,5 1,4 3,8 2,4 2,9 0,7 2,1 0,4 0,4 1,4 3,1João Pessoa 1,2 1,8 2,3 1,7 1,1 5,9 3,1 5,5 2,9 2,4 0,5 1,8 0,5 3,4 3,4 6,8 11,1 2,6 3,4 3,3 3,0 0,9 2,5Recife 1,1 1,1 1,4 1,4 1,8 2,3 2,3 2,7 1,8 2,9 3,1 3,1 1,7 4,0 3,4 2,9 3,3 2,5 3,2 3,2 2,9 3,8 2,7Maceió 1,5 3,3 1,4 2,7 2,6 2,5 5,2 3,5 6,8 7,0 4,7 6,3 3,8 3,9 3,9 2,5 4,2 3,1 1,5 2,1 5,8 5,4 5,3Aracaju 0,7 0,6 1,9 1,9 0,6 0,6 1,8 0,6 0,0 2,2 2,2 5,4 3,8 2,1 7,7 4,0 4,5 5,0 2,2 2,2 2,8 10,3 4,8Salvador 0,1 0,1 1,4 0,4 0,1 0,0 0,2 0,4 0,3 1,8 0,6 0,0 0,7 2,2 2,4 0,8 1,7 1,1 1,3 0,4 2,0 0,7 1,7Belo Horizonte 1,5 1,2 1,1 1,1 0,5 0,6 1,1 0,6 1,1 2,3 1,0 1,1 0,8 1,2 0,8 1,6 1,6 1,9 0,6 3,2 1,7 0,9 2,0Vitória 0,0 1,1 2,1 3,1 2,1 4,1 1,0 3,0 4,9 2,9 1,9 3,9 1,0 4,7 0,9 0,9 4,0 2,0 2,0 1,0 2,0 5,8 1,9Rio <strong>de</strong> Janeiro 0,6 0,3 0,1 0,5 0,5 0,1 0,2 0,6 0,2 1,1 1,6 0,9 0,3 0,9 0,4 0,4 8,9 8,6 7,6 5,0 4,0 2,7 1,1São Paulo 0,6 0,6 0,7 0,7 0,9 1,4 1,7 1,4 1,1 1,1 2,0 2,5 7,3 7,8 9,0 8,8 10,0 10,6 12,7 5,2 3,1 1,6 0,8Curitiba 0,4 1,1 2,4 1,1 1,7 0,4 1,0 2,0 3,0 3,4 1,8 2,1 1,9 2,4 1,1 2,6 2,0 1,8 1,4 2,1 2,7 1,4 2,6Florianópolis 0,0 1,2 0,0 0,0 1,1 1,1 0,0 0,0 1,0 5,1 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,9 4,1 1,0 0,0 1,0 1,7 2,5 0,0Porto Alegre 0,5 0,9 1,4 0,9 0,5 0,2 0,2 0,2 1,8 3,2 3,8 1,1 3,1 1,1 2,0 2,0 0,7 1,8 2,0 1,8 2,1 1,1 3,1Campo Gran<strong>de</strong> 0,7 0,7 1,3 0,6 4,0 1,1 1,6 0,5 2,4 2,8 3,1 3,9 2,6 2,4 2,8 1,9 3,2 2,7 1,1 2,6 2,3 3,4 2,6Cuiabá 0,0 0,0 0,8 0,0 0,7 0,7 3,3 1,9 0,0 4,6 1,6 3,2 1,1 2,9 2,4 1,8 2,6 13,0 16,9 9,6 5,1 10,5 6,4Goiânia 0,6 0,6 0,6 0,3 0,3 0,5 0,8 0,5 4,5 1,3 1,8 1,8 0,8 1,5 1,7 1,7 3,6 1,2 1,5 2,4 2,0 3,5 3,6Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>275


276Tabela 52: Coeficientes <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> homicídios (/100.000 hab.) por instrumentos não especificados, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 1,1 1,2 1,1 1,6 1,8 1,8 1,9 1,9 1,8 2,2 2,0 1,9 1,4 0,9 1,0 1,1 1,0 0,9 0,9 1,5 1,3 1,2 1,3Porto Velho 0,0 0,0 0,0 0,0 3,0 2,8 1,8 0,0 0,8 1,5 0,7 1,4 2,2 2,0 2,5 1,8 0,7 0,7 0,0 0,0 2,6 0,6 0,6Rio Branco 0,0 1,5 0,0 2,7 2,6 0,0 0,0 0,0 0,0 1,1 0,0 1,0 2,1 1,0 1,9 0,0 0,0 0,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Manaus 0,6 1,1 0,8 0,3 0,3 0,2 0,2 0,2 0,4 0,4 0,6 1,4 0,4 0,2 0,5 0,7 1,3 2,2 2,4 0,2 0,0 0,0 0,0Boa Vista 0,0 9,4 0,0 0,0 2,3 2,1 0,0 0,0 8,5 0,0 1,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 0,0Belém 0,4 0,2 0,0 0,8 0,8 0,8 0,4 0,4 0,4 0,4 1,1 0,3 1,1 0,7 1,5 1,0 0,6 1,2 1,6 0,6 1,2 1,9 1,1Macapá 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,2 0,0 1,1 0,0 1,1 0,0 0,0 0,0 1,0 3,9 2,9 0,0 0,8 0,0 0,0 0,7 0,0 0,0Palmas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,2 4,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0São Luís 0,8 1,2 0,4 0,0 0,7 0,0 1,0 0,6 0,0 0,3 0,6 0,6 0,9 0,8 0,0 0,8 1,1 0,5 1,9 1,0 0,8 1,0 0,3Teresina 2,0 1,9 0,0 0,0 0,8 0,8 0,0 0,0 0,4 0,7 1,4 0,3 0,3 0,0 0,3 0,0 0,3 1,0 0,3 0,0 0,3 0,0 0,6Fortaleza 0,5 1,4 1,2 2,9 3,1 2,8 2,3 1,1 1,5 0,4 0,0 0,3 0,1 0,4 0,2 1,9 1,6 2,0 0,6 1,5 0,6 0,3 0,7Natal 0,5 1,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7 0,4 0,0 0,7 0,0 0,7 0,0 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0João Pessoa 0,0 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 1,0 0,5 0,5 0,5 1,3 0,9 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Recife 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0 0,0 0,4 0,0 0,2 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,6 0,2Maceió 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 0,0 0,4 0,8 2,9 3,2 0,7 1,0 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Aracaju 1,3 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 0,6 0,0 0,5 2,6 0,5 0,0 0,6 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5Salvador 0,0 0,0 0,3 0,3 0,6 0,2 0,1 0,9 1,1 1,8 0,3 0,1 0,4 0,8 0,3 0,1 0,1 1,3 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0Belo Horizonte 0,0 0,2 0,1 0,0 0,7 0,4 0,4 0,5 0,0 0,6 0,0 0,5 0,0 0,2 0,4 0,7 0,3 0,3 0,4 1,4 0,5 0,3 0,0Vitória 1,1 0,0 2,1 2,1 1,0 1,0 0,0 4,0 1,0 3,9 1,9 5,8 6,8 1,9 0,9 2,7 5,0 2,0 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0Rio <strong>de</strong> Janeiro 0,8 0,8 0,3 1,4 1,3 0,8 1,1 0,5 0,3 0,6 0,7 0,5 0,6 0,8 0,7 5,3 2,7 1,4 0,6 0,3 0,8 2,3 5,3São Paulo 6,1 7,1 7,4 9,7 13,3 13,3 13,8 15,5 12,3 14,8 14,3 15,7 8,9 3,2 3,3 2,9 3,8 3,4 3,5 10,0 9,5 7,8 8,0Curitiba 0,9 0,0 0,2 0,6 0,4 0,0 0,2 0,0 0,2 0,4 1,0 0,4 0,6 0,4 0,2 0,2 0,9 0,2 0,9 0,5 0,2 0,0 0,0Florianópolis 0,0 1,2 0,0 0,0 0,0 0,0 1,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Porto Alegre 0,7 0,7 0,2 0,2 0,5 0,0 0,7 0,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,4 0,2 0,0 0,0 0,2 0,0 0,2 0,2 0,4Campo Gran<strong>de</strong> 0,0 0,0 0,6 0,6 0,0 0,0 1,0 0,5 0,0 0,0 0,9 0,0 0,4 0,4 0,4 0,0 0,0 0,4 0,0 0,4 0,8 0,4 0,0Cuiabá 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 1,2 1,1 0,0 0,0 0,5 0,5 1,4 0,5 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0Goiânia 0,0 1,7 1,7 1,4 1,4 0,0 0,0 0,0 0,3 0,5 0,0 0,5 1,8 0,7 0,2 1,2 0,5 0,2 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 53: Distribuição <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> direitoshumanos por motivação. Brasil, 1980 a 2003.n %não informa 2186 38,23Roubo eou Sequestro Relâmpago 832 14,55Várias Versões sobre o Crime 463 8,10Drogas e/ou Jogo do Bicho 474 8,29Drogas (consumo ou tráfico) 377 6,59Envolvimento com Tráfico <strong>de</strong> Drogas eou Jogo do Bicho 97 1,70Vingança e acerto <strong>de</strong> contas 403 7,05Vingança 290 5,07Acerto <strong>de</strong> Contas 113 1,98Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo 101 1,77Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área 70 1,22Queima <strong>de</strong> Arquivo 31 0,54Por Engano (bala perdi<strong>da</strong>) 186 3,25Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s 127 2,22Resistência eou Reação a Or<strong>de</strong>m Policial 102 1,78Desacato 15 0,26Denúncia Contra Policiais 10 0,17Atitu<strong>de</strong> Suspeita 94 1,64Brigas e outros motivos fúteis 113 1,98Motivo Fútil 57 1,00Briga 32 0,56Transgressão no Trânsito 23 0,40Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Trânsito 1 0,02Crimes contra a vi<strong>da</strong> 116 2,03Homicídio 80 1,40Latrocínio 17 0,30Tentativa <strong>de</strong> Homicídio 14 0,24Estupro Seguido <strong>de</strong> Morte 5 0,09Estupro e Atentado Violento ao Pudor 13 0,23Crimes contra crianças 33 0,58Estupro <strong>de</strong> Criança Seguido <strong>de</strong> Morte 12 0,21Estupro e Atentado Violento ao Pudor <strong>de</strong> Criança 11 0,19Homicídio <strong>de</strong> Criança 10 0,17Outros 425 7,43Outros 175 3,06outros 171 2,99não se aplica 4 0,07Manifestação Pública 69 1,21Greve 1 0,02Crime Passional 36 0,63Interesses Econômicos 26 0,45Discriminação Social, Racial eou Opção Sexual 13 0,23Tiroteio 85 1,49Furto 8 0,14Lesões Corporais 5 0,09Qualificação 7 0,12Fuga e rebelião 47 0,82Fuga 30 0,52Rebelião 17 0,30Vários Crimes 52 0,91Sequestro 33 0,58Conflitos Rurais e relacionados à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> 20 0,35Ocupação <strong>de</strong> Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s (rural ou urbana) 8 0,14Reintegração <strong>de</strong> Posse <strong>de</strong> Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> (rural ou urbana) 8 0,14Conflito Rural 4 0,07Total 5718 100,00Tabela 54: Distribuição <strong>de</strong> execução sumária <strong>de</strong> crianças eadolescentes por motivação. Brasil, 1980 a 2003.n %não informa 1925 63,47Várias Versões sobre o Crime 222 7,32Drogas e/ou Jogo do Bicho 275 9,07Drogas (consumo ou tráfico) 178 5,87Envolvimento com Tráfico <strong>de</strong> Drogas eou Jogo do Bicho 97 3,20Vingança e acerto <strong>de</strong> contas 379 12,50Vingança 266 8,77Acerto <strong>de</strong> Contas 113 3,73Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo 89 2,93Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área 59 1,95Queima <strong>de</strong> Arquivo 30 0,00Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s 9 0,30Resistência eou Reação a Or<strong>de</strong>m Policial 0 0,00Desacato 0 0,00Denúncia Contra Policiais 9 0,30Outros 55 1,81Outros 75 2,47Crime Passional 36 1,19Interesses Econômicos 12 0,40Qualificação 7 0,23Conflitos Rurais e relacionados à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> 4 0,13Conflito Rural 4 0,13Total 3033 100,00Tabela 55: Distribuição <strong>de</strong> linchamentos <strong>de</strong> crianças eadolescentes por motivação. Brasil, 1980 a 2003.n %não informa 4 1,84Roubo eou Sequestro Relâmpago 83 38,25Várias Versões sobre o Crime 1 0,46Drogas e/ou Jogo do Bicho 1 0,46Drogas (consumo ou tráfico) 1 0,46Brigas e outros motivos fúteis 12 5,53Briga 4 1,84Transgressão no Trânsito 7 3,23Aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Trânsito 1 0,46Crimes contra a vi<strong>da</strong> 63 29,03Homicídio 39 17,97Latrocínio 14 6,45Tentativa <strong>de</strong> Homicídio 5 2,30Estupro Seguido <strong>de</strong> Morte 5 2,30Estupro e Atentado Violento ao Pudor 10 4,61Crimes contra crianças 33 15,21Estupro <strong>de</strong> Criança Seguido <strong>de</strong> Morte 12 5,53Estupro e Atentado Violento ao Pudor <strong>de</strong> Criança 11 5,07Homicídio <strong>de</strong> Criança 10 4,61Outros 4 1,84Outros 1 0,46Lesões Corporais 3 1,38Vários Crimes 6 2,76Total 217 100,00277


Tabela 56: Distribuição <strong>de</strong> violência policial contra crianças eadolescentes por motivação. Brasil, 1980 a 2003.n %não informa 257 10,41Roubo eou Sequestro Relâmpago 749 30,35Várias Versões sobre o Crime 240 9,72Drogas e/ou Jogo do Bicho 198 8,02Drogas (consumo ou tráfico) 198 8,02Vingança e acerto <strong>de</strong> contas 24 0,97Vingança 24 0,97Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo 12 0,49Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área 11 0,45Queima <strong>de</strong> Arquivo 1 0,04Por Engano (bala perdi<strong>da</strong>) 186 7,54Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s 118 4,78Resistência eou Reação a Or<strong>de</strong>m Policial 102 4,13Desacato 15 0,61Denúncia Contra Policiais 1 0,04Atitu<strong>de</strong> Suspeita 94 3,81Brigas e outros motivos fúteis 101 4,09Motivo Fútil 57 2,31Briga 28 1,13Transgressão no Trânsito 16 0,65Crimes contra a vi<strong>da</strong> 53 2,15Homicídio 41 1,66Latrocínio 3 0,12Tentativa <strong>de</strong> Homicídio 9 0,36Estupro e Atentado Violento ao Pudor 3 0,12Outros 291 11,79Outros 99 4,01outros 95 3,85não se aplica 4 0,16Manifestação Pública 69 2,80Greve 1 0,04Interesses Econômicos 14 0,57Discriminação Social, Racial eou Opção Sexual 13 0,53Tiroteio 85 3,44Furto 8 0,32Lesões Corporais 2 0,08Fuga e rebelião 47 1,90Fuga 30 1,22Rebelião 17 0,69Vários Crimes 46 1,86Sequestro 33 1,34Conflitos Rurais e relacionados à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> 16 0,65Ocupação <strong>de</strong> Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s (rural ou urbana) 8 0,32Reintegração <strong>de</strong> Posse <strong>de</strong> Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> (rural ou urbana) 8 0,32Total 2468 100,00Tabela 57: Distribuição <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> direitoshumanos por motivação. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.n %não informa 346 0,24Roubo eou Sequestro Relâmpago 114 0,08Várias Versões sobre o Crime 166 0,12Drogas e/ou Jogo do Bicho 273 0,19Drogas (consumo ou tráfico) 199 0,14Envolvimento com Tráfico <strong>de</strong> Drogas e/ou Jogo do Bicho 74 0,05Vingança e acerto <strong>de</strong> contas 85 0,06Acerto <strong>de</strong> Contas 15 0,01Vingança 70 0,05Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo 37 0,03Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área 30 0,02Queima <strong>de</strong> Arquivo 7 0,00Por Engano (bala perdi<strong>da</strong>) 123 0,09Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s 38 0,03Denúncia Contra Policiais 5 0,00Desacato 5 0,00Resistência eou Reação a Or<strong>de</strong>m Policial 28 0,02Atitu<strong>de</strong> Suspeita 15 0,01Brigas e outros motivos fúteis 21 0,01Briga 3 0,00Motivo Fútil 14 0,01Transgressão no Trânsito 4 0,00Crimes contra a vi<strong>da</strong> 22 0,02Homicídio 17 0,01Latrocínio 4 0,00Tentativa <strong>de</strong> Homicídio 1 0,00Estupro e Atentado Violento ao Pudor 1 0,00Crimes contra crianças 2 0,00Estupro e Atentado Violento ao Pudor <strong>de</strong> Criança 1 0,00Homicídio <strong>de</strong> Criança 1 0,00Outros 153 0,11Outros 44 0,03Manifestação Pública 34 0,02Greve 1 0,00Crime Passional 4 0,00Interesses Econômicos 15 0,01Discriminação Social, Racial eou Opção Sexual 3 0,00Tiroteio 47 0,03Furto 1 0,00Qualificação 4 0,00Fuga e rebelião 11 0,01Fuga 7 0,00Rebelião 4 0,00Vários Crimes 5 0,00Sequestro 3 0,00Conflitos Rurais e relacionados à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> 2 0,00Ocupação <strong>de</strong> Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s (rural ou urbana) 2 0,00Total 1417 100,00278


Tabela 58: Distribuição <strong>de</strong> execução sumária <strong>de</strong> crianças eadolescentes por motivação. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.n %não informa 232 0,44Várias Versões sobre o Crime 49 0,09Drogas e/ou Jogo do Bicho 123 0,23Drogas (consumo ou tráfico) 49 0,09Envolvimento com Tráfico <strong>de</strong> Drogas eou Jogo do Bicho 74 0,14Vingança e acerto <strong>de</strong> contas 74 0,14Acerto <strong>de</strong> Contas 15 0,03Vingança 59 0,11Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo 25 0,05Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área 19 0,04Queima <strong>de</strong> Arquivo 6 0,01Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s 5 0,01Denúncia Contra Policiais 5 0,01Outros 18 0,03Outros 9 0,02Crime Passional 4 0,01Interesses Econômicos 1 0,00Qualificação 4 0,01Total 526 1,00Tabela 59: Distribuição <strong>de</strong> linchamentos <strong>de</strong> crianças eadolescentes por motivação. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.n %não informa 2 0,06Roubo eou Sequestro Relâmpago 13 0,39Brigas e outros motivos fúteis 3 0,09Transgressão no Trânsito 3 0,09Crimes contra a vi<strong>da</strong> 11 0,33Homicídio 6 0,18Latrocínio 4 0,12Tentativa <strong>de</strong> Homicídio 1 0,03Crimes contra crianças 2 0,06Estupro e Atentado Violento ao Pudor <strong>de</strong> Criança 1 0,03Homicídio <strong>de</strong> Criança 1 0,03Outros 1 0,03Outros 1 0,03Vários Crimes 1 0,03Total 33 1,00Tabela 60: Distribuição <strong>de</strong> violência policial contra crianças eadolescentes por motivação. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1980 a 2003.n %não informa 112 0,13Roubo eou Sequestro Relâmpago 101 0,12Várias Versões sobre o Crime 117 0,14Drogas e/ou Jogo do Bicho 150 0,17Drogas (consumo ou tráfico) 150 0,17Vingança e acerto <strong>de</strong> contas 11 0,01Vingança 11 0,01Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo 12 0,01Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área 11 0,01Queima <strong>de</strong> Arquivo 1 0,00Por Engano (bala perdi<strong>da</strong>) 123 0,14Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s 33 0,04Desacato 5 0,01Resistência eou Reação a Or<strong>de</strong>m Policial 28 0,03Atitu<strong>de</strong> Suspeita 15 0,02Brigas e outros motivos fúteis 18 0,02Briga 3 0,00Motivo Fútil 14 0,02Transgressão no Trânsito 1 0,00Crimes contra a vi<strong>da</strong> 11 0,01Homicídio 11 0,01Estupro e Atentado Violento ao Pudor 1 0,00Outros 134 0,16Outros 34 0,04Manifestação Pública 34 0,04Greve 1 0,00Interesses Econômicos 14 0,02Discriminação Social, Racial eou Opção Sexual 3 0,00Tiroteio 47 0,05Furto 1 0,00Fuga e rebelião 11 0,01Fuga 7 0,01Rebelião 4 0,00Vários Crimes 4 0,00Sequestro 3 0,00Conflitos Rurais e relacionados à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> 2 0,00Ocupação <strong>de</strong> Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s (rural ou urbana) 2 0,00Total 858 1,00279


Tabela 61: Distribuição <strong>de</strong> graves violações <strong>de</strong> direitoshumanos por motivação. São Paulo, 1980 a 2003.n %não informa 1770 45,18Roubo eou Sequestro Relâmpago 648 16,54Várias Versões sobre o Crime 269 6,87Vingança e acerto <strong>de</strong> contas 304 7,76Vingança 206 5,26Acerto <strong>de</strong> Contas 98 2,50Drogas e/ou Jogo do Bicho 179 4,57Drogas (consumo ou tráfico) 160 4,08Envolvimento c/Tráfico <strong>de</strong> Drogas e ou J. Bicho 19 0,48Outros 237 6,05Outros 119 3,04Manifestação Pública 21 0,54Crime Passional 31 0,79Interesses Econômicos 10 0,26Discriminação Social, Racial eou Opção Sexual 7 0,18Tiroteio 36 0,92Furto 5 0,13Lesões Corporais 5 0,13Qualificação 3 0,08Atitu<strong>de</strong> Suspeita 69 1,76Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s 77 1,97Resistência eou Reação a Or<strong>de</strong>m Policial 66 1,68Desacato 8 0,20Denúncia contra Policiais 3 0,08Por Engano (bala perdi<strong>da</strong>) 55 1,40Vários Crimes 42 1,07Crimes contra a vi<strong>da</strong> 57 1,45Homicídio 37 0,94Tentativa <strong>de</strong> Homicídio 11 0,28Latrocínio 9 0,23Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo 57 1,45Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área 36 0,92Queima <strong>de</strong> Arquivo 21 0,54Brigas e outros motivos fúteis 68 1,74Motivo Fútil 36 0,92Briga 22 0,56Transgressão no Trânsito 10 0,26Sequestro 25 0,64Fuga e rebelião 30 0,77Fuga 18 0,46Rebelião 12 0,31Estupro e Atentado Violento ao Pudor 10 0,26Crimes contra crianças 15 0,38Estupro e Atentado Violento ao Pudor <strong>de</strong> Criança 8 0,20Homicídio <strong>de</strong> Criança 4 0,10Estupro <strong>de</strong> Criança Seguido <strong>de</strong> Morte 3 0,08Conflitos Rurais e relacionados à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> 6 0,15Reintegração <strong>de</strong> Posse <strong>de</strong> Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> (rural ou urbana) 4 0,10Ocupação <strong>de</strong> Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s (rural ou urbana) 2 0,05Total 3918 100,00Tabela 62: Distribuição <strong>de</strong> execução sumária <strong>de</strong> crianças eadolescentes por motivação. São Paulo, 1980 a 2003.n %não informa 1662 68,45Roubo eou Sequestro Relâmpago 0 0,00Várias Versões sobre o Crime 167 6,88Vingança e acerto <strong>de</strong> contas 291 11,99Vingança 193 7,95Acerto <strong>de</strong> Contas 98 4,04Drogas e/ou Jogo do Bicho 138 5,68Drogas (consumo ou tráfico) 119 4,90Envolvimento c/Tráfico <strong>de</strong> Drogas e ou J. Bicho 19 0,78Outros 110 4,53Outros 66 2,72Crime Passional 31 1,28Interesses Econômicos 10 0,41Qualificação 3 0,12Atitu<strong>de</strong> Suspeita 0 0,00Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s 3 0,12Denúncia contra Policiais 3 0,12Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área e queima <strong>de</strong> arquivo 57 2,35Limpeza/Defesa <strong>da</strong> área 36 1,48Queima <strong>de</strong> Arquivo 21 0,86Total 2428 100,00Tabela 63: Distribuição <strong>de</strong> linchamentos <strong>de</strong> crianças eadolescentes por motivação. São Paulo, 1980 a 2003.n %não informa 2 1,74Roubo eou Sequestro Relâmpago 55 47,83Várias Versões sobre o Crime 1 0,87Drogas e/ou Jogo do Bicho 1 0,87Drogas (consumo ou tráfico) 1 0,87Envolvimento c/Tráfico <strong>de</strong> Drogas e ou J. Bicho 0 0,00Outros 3 2,61Lesões Corporais 3 2,61Vários Crimes 3 2,61Crimes contra a vi<strong>da</strong> 19 16,52Homicídio 10 8,70Tentativa <strong>de</strong> Homicídio 3 2,61Latrocínio 6 5,22Brigas e outros motivos fúteis 8 6,96Motivo Fútil 0 0,00Briga 4 3,48Transgressão no Trânsito 4 3,48Estupro e Atentado Violento ao Pudor 8 6,96Crimes contra crianças 15 13,04Estupro e Atentado Violento ao Pudor <strong>de</strong> Criança 8 6,96Homicídio <strong>de</strong> Criança 4 3,48Estupro <strong>de</strong> Criança Seguido <strong>de</strong> Morte 3 2,61Total 115 100,00280


Tabela 64: Distribuição <strong>de</strong> violência policial contra crianças eadolescentes por motivação. São Paulo, 1980 a 2003.n %não informa 106 7,71Roubo eou Sequestro Relâmpago 593 43,13Várias Versões sobre o Crime 101 7,35Vingança e acerto <strong>de</strong> contas 13 0,95Vingança 13 0,95Drogas e/ou Jogo do Bicho 40 2,91Drogas (consumo ou tráfico) 40 2,91Outros 71 5,16Outros 53 3,85Manifestação Pública 21 1,53Discriminação Social, Racial eou Opção Sexual 7 0,51Tiroteio 36 2,62Furto 5 0,36Lesões Corporais 2 0,15Atitu<strong>de</strong> Suspeita 69 5,02Ocorrências envolvendo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s 74 5,38Resistência eou Reação a Or<strong>de</strong>m Policial 66 4,80Desacato 8 0,58Por Engano (bala perdi<strong>da</strong>) 55 4,00Vários Crimes 39 2,84Crimes contra a vi<strong>da</strong> 38 2,76Homicídio 27 1,96Tentativa <strong>de</strong> Homicídio 8 0,58Latrocínio 3 0,22Brigas e outros motivos fúteis 60 4,36Motivo Fútil 36 2,62Briga 18 1,31Transgressão no Trânsito 6 0,44Sequestro 25 1,82Fuga e rebelião 30 2,18Fuga 18 1,31Rebelião 12 0,87Estupro e Atentado Violento ao Pudor 2 0,15Conflitos Rurais e relacionados à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> 6 0,44Reintegração <strong>de</strong> Posse <strong>de</strong> Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> (rural ou urbana) 4 0,29Ocupação <strong>de</strong> Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s (rural ou urbana) 2 0,15Total 1375 100,00281


282Tabela 65: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 1825 1920 1899 2266 2596 2908 3134 3396 3422 4456 5004 4674 4165 4782 5168 5925 6170 6645 7181 7355 8132 8480 8817 110320Região Norte 78 83 72 100 107 124 131 125 151 210 288 312 255 281 360 331 354 358 463 406 438 456 511 5994Rondônia 11 8 7 9 20 21 32 23 39 43 50 56 37 59 52 45 39 38 70 53 60 69 75 916Acre 4 5 4 7 6 8 7 19 7 11 14 22 18 26 14 24 25 20 27 7 28 15 37 355Amazonas 20 19 22 26 32 29 32 27 38 45 72 85 59 75 99 97 105 111 130 135 116 101 114 1589Roraima 1 6 1 1 2 1 3 2 7 4 17 5 7 8 9 9 20 12 25 49 32 18 23 262Pará 41 41 35 48 41 53 50 51 56 92 116 125 108 84 141 93 101 124 144 85 129 177 195 2130Amapá 1 4 3 9 6 12 7 3 4 9 13 9 18 18 30 47 42 37 46 52 50 41 41 502Tocantins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6 10 8 11 15 16 22 16 21 25 23 35 26 240Região Nor<strong>de</strong>ste 324 345 377 459 464 496 571 570 668 813 824 750 704 1067 1058 1102 1310 1497 1473 1342 1603 1861 1831 21509Maranhão 10 13 11 17 16 8 23 19 28 36 53 55 39 41 44 62 53 37 42 37 65 93 85 887Piauí 9 13 11 7 15 5 14 10 18 14 17 9 11 21 16 15 20 32 28 14 41 48 60 448Ceará 54 63 51 84 82 66 62 52 51 62 66 69 66 100 65 127 133 154 136 145 202 202 208 2300Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 19 23 27 16 5 19 9 11 26 28 34 30 25 29 40 38 35 44 47 29 32 47 40 653Paraíba 34 30 31 41 36 53 60 52 54 57 57 48 39 60 64 78 127 81 76 58 111 84 107 1438Pernambuco 125 136 154 193 205 252 277 289 284 347 360 360 277 409 406 409 465 640 835 763 745 885 781 9597Alagoas 30 35 32 38 42 37 57 50 76 90 66 61 52 73 67 80 94 90 80 83 136 154 162 1685Sergipe 7 9 8 13 5 6 11 4 8 18 27 40 71 55 63 36 42 42 22 54 64 73 82 760Bahia 36 23 52 50 58 50 58 83 123 161 144 78 124 279 293 257 341 377 207 159 207 275 306 3741Região Su<strong>de</strong>ste 1148 1176 1123 1357 1647 1952 2031 2297 2118 2775 3203 2861 2540 2729 2991 3577 3641 3810 4226 4570 4877 4892 5060 66601Minas Gerais 129 134 116 86 106 110 110 106 127 164 130 143 125 167 161 178 174 188 200 227 368 402 512 4163Espírito Santo 30 36 29 39 33 40 41 66 67 88 97 96 102 154 150 170 183 222 290 279 245 258 319 3034Rio <strong>de</strong> Janeiro 418 314 293 226 293 332 335 556 475 713 1145 807 654 796 915 1338 1334 1354 1323 1266 1281 1255 1419 18842São Paulo 571 692 685 1006 1215 1470 1545 1569 1449 1810 1831 1815 1659 1612 1765 1891 1950 2046 2413 2798 2983 2977 2810 40562Região Sul 191 200 211 230 253 207 244 236 310 435 490 459 408 379 429 506 472 535 525 541 625 661 795 9342Paraná 90 76 102 101 118 90 111 108 118 161 161 151 142 157 180 216 194 208 243 253 314 307 405 4006Santa Catarina 22 33 23 37 34 28 22 22 31 44 41 39 31 44 44 52 64 59 51 49 53 58 83 964Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 79 91 86 92 101 89 111 106 161 230 288 269 235 178 205 238 214 268 231 239 258 296 307 4372Região Centro-Oeste 84 116 116 120 125 129 157 168 175 223 199 292 258 326 330 409 393 445 494 496 589 610 620 6874Mato Grosso do Sul 25 22 22 23 38 22 39 21 23 38 39 52 62 68 67 89 95 98 99 98 101 82 108 1331Mato Grosso 3 6 5 5 8 13 17 20 16 33 28 44 28 34 38 72 69 100 132 104 128 143 142 1188Goiás 42 57 57 59 52 52 59 60 83 83 55 111 83 99 102 114 104 109 91 129 193 207 238 2239Distrito Fe<strong>de</strong>ral 14 31 32 33 27 42 42 67 53 69 77 85 85 125 123 134 125 138 172 165 167 178 132 2116Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 66: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 4 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 101 106 116 133 130 108 107 130 136 128 145 148 148 178 149 176 194 167 207 193 183 192 190 3465Região Norte 5 7 7 3 6 9 6 10 6 2 8 13 14 18 9 10 23 14 15 33 12 17 16 263Rondônia 1 1 0 1 2 2 3 2 3 1 2 4 3 5 3 1 3 0 4 4 3 5 1 54Acre 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 5 1 2 2 1 0 2 17Amazonas 1 0 1 0 1 3 1 1 1 0 0 2 1 4 1 2 2 1 1 2 2 1 1 29Roraima 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 0 1 0 2 16 1 0 0 24Pará 3 4 5 2 3 4 1 7 2 1 5 5 5 2 1 3 8 5 3 6 5 5 10 95Amapá 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2 4 2 2 1 4 2 2 0 1 0 22Tocantins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 3 0 1 3 3 1 1 0 5 2 22Região Nor<strong>de</strong>ste 15 14 32 31 28 17 22 36 21 28 37 42 25 30 32 40 51 38 40 43 45 48 42 757Maranhão 0 1 0 0 4 0 1 1 1 0 2 5 2 0 1 6 2 3 3 7 5 6 3 53Piauí 3 2 3 0 2 1 3 4 2 1 1 1 0 2 1 1 1 0 1 0 1 2 3 35Ceará 3 2 3 6 4 2 2 0 1 4 1 4 0 2 3 4 5 9 9 11 7 3 3 88Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 0 1 2 1 0 2 2 1 1 1 0 0 1 2 1 3 1 2 1 2 1 0 3 28Paraíba 0 1 4 2 2 2 0 4 0 2 5 1 0 2 0 2 9 3 1 0 4 1 3 48Pernambuco 4 6 7 14 7 4 8 14 12 9 15 14 12 8 13 8 15 9 15 11 11 18 13 247Alagoas 0 0 3 1 4 3 1 3 1 2 5 8 2 2 2 4 6 1 5 3 6 5 3 70Sergipe 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 1 5 2 3 3 2 4 2 1 3 4 2 3 38Bahia 4 1 9 7 5 3 5 9 3 8 7 4 6 9 8 10 8 9 4 6 6 11 8 150Região Su<strong>de</strong>ste 61 60 61 77 71 64 57 59 79 67 68 47 71 89 69 74 77 69 89 62 72 84 74 1601Minas Gerais 8 16 11 11 14 7 10 13 18 14 12 11 11 9 14 11 13 9 11 14 13 23 13 286Espírito Santo 7 2 1 4 4 7 1 5 5 0 5 3 12 2 3 4 7 6 6 3 7 3 2 99Rio <strong>de</strong> Janeiro 7 4 11 8 12 5 4 6 7 14 12 7 9 25 13 10 28 12 22 11 12 15 17 271São Paulo 39 38 38 54 41 45 42 35 49 39 39 26 39 53 39 49 29 42 50 34 40 43 42 945Região Sul 14 15 9 17 19 14 18 14 15 21 18 31 26 23 22 26 24 26 44 30 33 30 38 527Paraná 8 6 5 6 11 5 13 3 10 11 5 16 12 8 15 9 11 12 21 18 13 9 9 236Santa Catarina 0 2 2 5 3 1 1 0 0 4 2 5 5 7 4 4 6 3 8 6 4 3 6 81Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 6 7 2 6 5 8 4 11 5 6 11 10 9 8 3 13 7 11 15 6 16 18 23 210Região Centro-Oeste 6 10 7 5 6 4 4 11 15 10 14 15 12 18 17 26 19 20 19 25 21 13 20 317Mato Grosso do Sul 1 4 2 0 2 0 1 4 2 1 3 2 4 7 5 5 2 5 2 3 3 2 3 63Mato Grosso 0 0 1 0 0 0 1 0 2 0 3 4 1 2 4 12 6 7 9 6 7 3 4 72Goiás 4 4 3 3 3 4 2 4 4 5 4 4 3 3 1 1 5 6 3 9 5 4 9 93Distrito Fe<strong>de</strong>ral 1 2 1 2 1 0 0 3 7 4 4 5 4 6 7 8 6 2 5 7 6 4 4 89Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>283


284Tabela 67: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 5 a 9 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 61 64 64 77 82 66 78 74 90 93 105 91 96 103 106 111 125 117 102 111 113 101 115 2145Região Norte 4 4 3 5 7 2 5 4 4 5 12 9 12 4 12 12 7 8 12 11 3 9 9 163Rondônia 1 1 0 2 3 1 3 1 2 1 2 0 1 1 0 3 2 2 2 2 2 2 2 36Acre 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 2 0 2 1 0 0 0 0 0 0 8Amazonas 1 0 3 1 1 1 0 1 0 0 2 1 3 0 1 1 0 1 4 3 1 3 0 28Roraima 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 2 7Pará 1 3 0 2 3 0 0 2 2 4 5 7 7 1 10 3 2 3 3 3 0 3 5 69Amapá 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0 0 3 1 0 2 1 0 0 0 10Tocantins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 0 5Região Nor<strong>de</strong>ste 17 21 23 26 24 15 19 18 25 27 21 24 23 30 21 26 41 34 36 31 32 32 31 597Maranhão 1 0 0 2 2 0 0 1 1 5 4 2 0 1 1 3 3 1 1 0 0 2 5 35Piauí 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 2 1 0 0 1 0 10Ceará 4 5 3 2 5 1 1 2 1 4 0 2 5 2 0 5 2 7 2 7 4 7 4 75Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 1 0 0 1 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 1 3 2 2 2 1 0 0 0 16Paraíba 2 1 0 4 3 5 1 3 4 2 1 1 3 3 1 1 9 2 1 2 0 1 2 52Pernambuco 5 8 14 6 7 7 7 5 8 8 8 7 7 12 4 7 13 9 16 14 9 9 10 200Alagoas 2 3 2 3 2 0 5 0 4 4 1 7 2 2 2 2 3 0 5 2 3 1 2 57Sergipe 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 0 2 4 3 1 2 1 1 1 0 5 0 0 24Bahia 1 3 4 7 4 1 4 6 6 3 5 2 2 7 10 3 8 10 7 5 11 11 8 128Região Su<strong>de</strong>ste 31 25 25 32 37 38 45 41 56 47 48 37 39 53 46 49 54 47 27 45 47 35 52 956Minas Gerais 4 7 7 2 8 8 5 4 10 4 5 7 4 11 4 6 4 2 1 4 7 1 9 124Espírito Santo 4 2 0 3 2 0 4 2 3 3 1 2 3 1 6 1 2 1 1 5 4 6 3 59Rio <strong>de</strong> Janeiro 9 1 5 2 10 4 9 8 13 12 10 7 5 17 9 15 21 14 10 7 10 12 15 225São Paulo 14 15 13 25 17 26 27 27 30 28 32 21 27 24 27 27 27 30 15 29 26 16 25 548Região Sul 8 9 10 7 9 7 8 7 3 9 16 15 16 10 13 12 14 15 12 15 20 12 14 261Paraná 2 2 5 3 3 4 4 4 2 3 7 8 6 6 4 4 3 5 4 8 7 5 5 104Santa Catarina 1 2 2 1 2 0 1 1 0 1 2 1 1 1 4 6 4 3 1 4 2 1 2 43Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 5 5 3 3 4 3 3 2 1 5 7 6 9 3 5 2 7 7 7 3 11 6 7 114Região Centro-Oeste 1 5 3 7 5 4 1 4 2 5 8 6 6 6 14 12 9 13 15 9 11 13 9 168Mato Grosso do Sul 0 0 0 0 0 1 1 1 0 2 0 2 3 0 3 2 2 4 2 0 2 1 2 28Mato Grosso 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2 0 1 0 3 3 1 6 7 4 1 7 3 40Goiás 1 3 1 4 4 1 0 2 1 1 4 2 1 3 5 3 3 1 2 1 3 4 2 52Distrito Fe<strong>de</strong>ral 0 2 2 3 1 1 0 1 1 1 2 2 1 3 3 4 3 2 4 4 5 1 2 48Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 68: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 10 a 14 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 131 149 155 179 176 217 265 267 265 346 376 368 337 377 366 479 513 506 461 485 562 549 593 8122Região Norte 4 8 5 7 11 16 14 10 17 24 29 23 34 26 30 37 35 25 41 27 35 53 45 556Rondônia 2 1 1 1 4 4 5 4 7 3 5 4 7 5 6 7 2 2 6 4 5 14 8 107Acre 0 0 0 0 2 0 2 2 2 0 2 3 0 3 2 2 4 1 3 0 0 4 5 37Amazonas 0 2 4 4 0 5 2 0 2 5 9 3 8 7 11 8 10 6 10 12 11 11 6 136Roraima 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2 1 4 2 3 18Pará 2 3 0 2 3 4 4 4 5 13 12 12 17 10 8 13 9 12 14 7 9 15 15 193Amapá 0 1 0 0 1 3 0 0 0 1 0 1 2 1 3 6 7 3 3 1 4 4 5 46Tocantins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 1 2 1 3 2 2 3 3 19Região Nor<strong>de</strong>ste 28 34 34 35 32 39 53 54 68 73 85 63 67 96 86 115 126 135 90 90 125 140 127 1795Maranhão 1 2 0 3 0 0 4 1 5 2 2 4 7 5 5 3 9 7 4 1 7 7 3 82Piauí 0 1 1 0 2 0 1 1 0 1 2 1 3 1 2 1 4 2 1 0 4 2 5 35Ceará 5 2 3 5 6 4 4 8 2 5 8 7 7 6 6 9 19 13 3 14 16 20 28 200Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 2 2 4 2 0 1 0 0 4 3 9 1 4 4 3 7 5 4 3 6 2 5 1 72Paraíba 4 1 6 7 3 3 11 5 10 10 6 3 3 8 3 4 19 11 5 5 7 7 6 147Pernambuco 8 15 9 8 14 25 23 25 28 29 32 28 20 30 34 41 28 56 47 46 55 61 60 722Alagoas 3 5 2 3 3 3 6 2 7 12 9 5 4 8 5 11 8 14 8 5 12 13 8 156Sergipe 1 3 1 3 0 1 0 0 0 0 1 9 9 7 6 6 1 1 2 5 7 6 2 71Bahia 4 3 8 4 4 2 4 12 12 11 16 5 10 27 22 33 33 27 17 8 15 19 14 310Região Su<strong>de</strong>ste 78 92 88 101 99 126 171 173 141 190 211 218 171 194 188 228 272 252 249 280 297 272 319 4410Minas Gerais 10 9 13 8 5 14 11 10 10 14 10 14 8 21 13 11 17 22 17 12 31 26 34 340Espírito Santo 2 1 3 2 3 5 7 4 6 10 8 11 8 10 14 10 13 10 17 19 7 10 18 198Rio <strong>de</strong> Janeiro 26 27 26 10 20 9 31 46 24 37 74 66 41 55 52 83 106 80 74 81 83 74 101 1226São Paulo 40 55 46 81 71 98 122 113 101 129 119 127 114 108 109 124 136 140 141 168 176 162 166 2646Região Sul 16 11 22 24 23 23 15 16 24 43 41 47 39 38 40 57 41 53 42 50 52 45 55 817Paraná 7 7 7 12 13 13 6 7 4 16 12 14 11 13 17 24 19 22 22 18 18 20 27 329Santa Catarina 1 2 5 5 5 1 2 1 5 5 1 3 2 3 5 8 5 5 3 5 4 4 8 88Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 8 2 10 7 5 9 7 8 15 22 28 30 26 22 18 25 17 26 17 27 30 21 20 400Região Centro-Oeste 5 4 6 12 11 13 12 14 15 16 10 17 26 23 22 42 39 41 39 38 53 39 47 544Mato Grosso do Sul 1 1 1 3 2 1 5 3 1 0 0 2 6 4 4 6 9 9 6 7 9 7 8 95Mato Grosso 0 0 0 0 1 3 2 1 0 3 2 3 4 4 6 10 8 15 14 9 9 12 10 116Goiás 3 2 4 6 6 3 3 7 12 10 1 6 10 6 5 14 12 11 9 10 19 12 22 193Distrito Fe<strong>de</strong>ral 1 1 1 3 2 6 2 3 2 3 7 6 6 9 7 12 10 6 10 12 16 8 7 140Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>285


286Tabela 69: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 15 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 1532 1601 1564 1877 2208 2517 2684 2925 2931 3889 4378 4067 3584 4124 4547 5159 5338 5855 6411 6566 7274 7638 7919 96588Região Norte 65 64 57 85 83 97 106 101 124 179 239 267 195 233 309 272 289 311 395 335 388 377 441 5012Rondônia 7 5 6 5 11 14 21 16 27 38 41 48 26 48 43 34 32 34 58 43 50 48 64 719Acre 3 4 4 7 4 8 4 17 5 11 12 18 16 21 12 19 15 18 22 5 27 11 30 293Amazonas 18 17 14 21 30 20 29 25 35 40 61 79 47 64 86 86 93 103 115 118 102 86 107 1396Roraima 1 4 1 1 1 1 1 2 6 4 14 5 7 8 7 9 17 11 21 31 27 16 18 213Pará 35 31 30 42 32 45 45 38 47 74 94 101 79 71 122 74 82 104 124 69 115 154 165 1773Amapá 1 3 2 9 5 9 6 3 4 8 11 7 14 13 25 36 33 30 39 48 46 36 36 424Tocantins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 6 9 6 8 14 14 17 11 16 21 21 26 21 194Região Nor<strong>de</strong>ste 264 276 288 367 380 425 477 462 554 685 681 621 589 911 919 921 1092 1290 1307 1178 1401 1641 1631 18360Maranhão 8 10 11 12 10 8 18 16 21 29 45 44 30 35 37 50 39 26 34 29 53 78 74 717Piauí 5 9 7 7 10 4 10 5 16 12 13 6 8 18 12 13 15 28 25 14 36 43 52 368Ceará 42 54 42 71 67 59 55 42 47 49 57 56 54 90 56 109 107 125 122 113 175 172 173 1937Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 16 20 21 12 5 16 6 9 21 24 24 29 20 23 35 25 27 36 41 20 29 42 36 537Paraíba 28 27 21 28 28 43 48 40 40 43 45 43 33 47 60 71 90 65 69 51 100 75 96 1191Pernambuco 108 107 124 165 177 216 239 245 236 301 305 311 238 359 355 353 409 566 757 692 670 797 698 8428Alagoas 25 27 25 31 33 31 45 45 64 72 51 41 44 61 58 63 77 75 62 73 115 135 149 1402Sergipe 5 6 6 9 5 4 11 4 7 16 25 24 56 42 53 26 36 38 18 46 48 65 77 627Bahia 27 16 31 32 45 44 45 56 102 139 116 67 106 236 253 211 292 331 179 140 175 234 276 3153Região Su<strong>de</strong>ste 978 999 949 1147 1440 1724 1758 2024 1842 2471 2876 2559 2259 2393 2688 3226 3238 3442 3861 4183 4461 4501 4615 59634Minas Gerais 107 102 85 65 79 81 84 79 89 132 103 111 102 126 130 150 140 155 171 197 317 352 456 3413Espírito Santo 17 31 25 30 24 28 29 55 53 75 83 80 79 141 127 155 161 205 266 252 227 239 296 2678Rio <strong>de</strong> Janeiro 376 282 251 206 251 314 291 496 431 650 1049 727 599 699 841 1230 1179 1248 1217 1167 1176 1154 1286 17120São Paulo 478 584 588 846 1086 1301 1354 1394 1269 1614 1641 1641 1479 1427 1590 1691 1758 1834 2207 2567 2741 2756 2577 36423Região Sul 153 165 170 182 202 163 203 199 268 362 415 366 327 308 354 411 393 441 427 446 520 574 688 7737Paraná 73 61 85 80 91 68 88 94 102 131 137 113 113 130 144 179 161 169 196 209 276 273 364 3337Santa Catarina 20 27 14 26 24 26 18 20 26 34 36 30 23 33 31 34 49 48 39 34 43 50 67 752Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 60 77 71 76 87 69 97 85 140 197 242 223 191 145 179 198 183 224 192 203 201 251 257 3648Região Centro-Oeste 72 97 100 96 103 108 140 139 143 192 167 254 214 279 277 329 326 371 421 424 504 545 544 5845Mato Grosso do Sul 23 17 19 20 34 20 32 13 20 35 36 46 49 57 55 76 82 80 89 88 87 72 95 1145Mato Grosso 3 6 4 5 7 9 14 19 14 29 21 37 22 28 25 47 54 72 102 85 111 121 125 960Goiás 34 48 49 46 39 44 54 47 66 67 46 99 69 87 91 96 84 91 77 109 166 187 205 1901Distrito Fe<strong>de</strong>ral 12 26 28 25 23 35 40 60 43 61 64 72 74 107 106 110 106 128 153 142 140 165 119 1839Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 70: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, sexo masculino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 1518 1613 1611 1913 2228 2529 2738 3000 3004 3962 4480 4113 3686 4270 4524 5219 5402 5909 6396 6553 7260 7606 7962 97496Região Norte 60 62 57 84 89 107 103 97 126 175 251 275 227 242 311 288 305 319 399 350 381 386 462 5156Rondônia 8 5 2 8 17 15 23 18 33 36 44 51 33 46 40 37 29 33 60 44 51 47 69 749Acre 4 5 4 4 4 8 4 15 7 9 12 18 16 23 13 20 22 16 24 5 24 13 34 304Amazonas 15 13 20 25 28 24 28 23 31 37 67 81 51 64 88 83 95 105 113 116 99 88 103 1397Roraima 1 5 1 1 1 1 2 0 6 4 12 3 6 8 8 8 16 9 22 43 25 16 17 215Pará 31 31 28 39 34 49 41 40 45 78 101 105 98 76 124 82 89 108 122 72 113 157 179 1842Amapá 1 3 2 7 5 10 5 1 4 9 11 8 16 17 25 44 37 35 41 50 48 38 39 456Tocantins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 4 9 7 8 13 14 17 13 17 20 21 27 21 193Região Nor<strong>de</strong>ste 262 280 312 377 384 410 475 487 577 712 700 635 616 950 927 959 1139 1337 1328 1192 1419 1684 1655 18817Maranhão 8 10 11 13 11 4 19 18 25 28 46 46 36 35 39 52 49 27 35 31 60 82 77 762Piauí 5 11 9 7 12 3 12 6 16 13 15 9 8 20 15 11 19 28 24 13 40 42 54 392Ceará 45 51 44 72 72 56 51 46 46 57 52 56 57 89 56 117 117 139 122 126 185 176 182 2014Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 17 20 21 14 5 17 7 9 24 27 29 26 22 26 34 33 30 39 40 24 27 41 34 566Paraíba 30 24 25 35 29 42 45 44 37 47 46 44 32 51 60 59 93 73 64 52 100 77 98 1207Pernambuco 103 113 133 159 178 217 237 255 255 313 306 313 249 366 365 370 417 585 773 695 668 811 714 8595Alagoas 23 25 28 35 32 29 47 43 63 75 56 49 44 66 58 66 80 75 71 76 109 138 148 1436Sergipe 5 8 6 6 3 2 8 3 8 13 24 34 62 49 56 28 33 40 19 42 53 70 73 645Bahia 26 18 35 36 42 40 49 63 103 139 126 58 106 248 244 223 301 331 180 133 177 247 275 3200Região Su<strong>de</strong>ste 983 1022 975 1161 1457 1750 1820 2094 1902 2515 2932 2581 2294 2478 2658 3212 3246 3419 3812 4138 4423 4424 4598 59894Minas Gerais 105 100 86 60 77 81 81 84 94 131 105 127 96 141 123 156 148 155 160 180 310 352 451 3403Espírito Santo 21 28 24 30 26 29 31 60 55 72 84 82 80 139 125 151 166 203 266 249 220 235 283 2659Rio <strong>de</strong> Janeiro 380 287 262 196 257 302 298 519 436 653 1061 730 601 728 828 1225 1207 1238 1224 1157 1166 1141 1315 17211São Paulo 477 607 603 875 1097 1338 1410 1431 1317 1659 1682 1642 1517 1470 1582 1680 1725 1823 2162 2552 2727 2696 2549 36621Região Sul 146 161 167 196 203 164 206 188 260 374 427 383 341 320 351 422 383 450 430 451 536 581 691 7831Paraná 67 57 81 88 90 69 92 89 95 134 142 119 112 134 143 172 164 178 200 216 279 275 360 3356Santa Catarina 17 29 14 24 27 20 18 18 27 38 33 31 20 36 32 44 44 50 36 35 36 48 69 746Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 62 75 72 84 86 75 96 81 138 202 252 233 209 150 176 206 175 222 194 200 221 258 262 3729Região Centro-Oeste 67 88 100 95 95 98 134 134 139 186 170 239 208 280 277 338 329 384 427 422 501 531 556 5798Mato Grosso do Sul 22 11 18 19 30 20 33 18 18 30 35 41 45 57 54 83 77 81 86 84 83 65 95 1105Mato Grosso 3 5 3 4 7 6 16 17 12 29 19 32 22 30 32 56 56 80 107 89 113 120 122 980Goiás 31 46 48 46 36 35 48 42 65 65 48 90 63 79 85 89 84 95 79 105 156 184 217 1836Distrito Fe<strong>de</strong>ral 11 26 31 26 22 37 37 57 44 62 68 76 78 114 106 110 112 128 155 144 149 162 122 1877Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>287


288Tabela 71: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 15 a 19 anos, sexo masculino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 1332 1418 1393 1658 1964 2272 2436 2678 2678 3568 4056 3711 3298 3806 4120 4711 4856 5373 5882 6019 6682 7046 7365 88322Região Norte 52 53 49 72 73 88 90 81 107 152 217 243 181 209 277 253 260 285 357 304 351 335 416 4505Rondonia 6 4 2 5 11 11 16 13 22 31 38 46 23 39 34 32 25 31 53 38 43 36 63 622Acre 3 4 4 4 2 8 3 13 5 9 11 15 16 21 11 18 15 16 20 4 23 11 28 264Amazonas 14 13 14 20 27 17 27 22 30 32 58 77 43 57 79 78 86 97 102 106 92 79 99 1269Roraima 1 3 1 1 1 1 1 0 5 4 11 3 6 8 7 8 15 9 19 31 24 15 15 189Para 27 26 26 35 27 43 38 32 41 67 86 86 75 66 111 69 75 93 113 61 105 140 157 1599Amapa 1 3 2 7 5 8 5 1 4 8 9 7 13 13 23 36 29 29 37 47 45 33 36 401Tocantins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 4 9 5 5 12 12 15 10 13 17 19 21 18 161Região Nor<strong>de</strong>ste 228 230 256 317 326 365 413 415 500 626 606 551 536 837 831 842 993 1197 1211 1078 1285 1537 1526 16706Maranhao 8 9 11 10 7 4 14 16 18 25 41 36 30 29 34 46 37 21 29 26 49 70 69 639Piaui 3 8 6 7 9 3 9 5 15 11 11 6 7 17 12 10 15 26 22 13 35 39 49 338Ceara 38 45 38 64 60 52 47 38 44 47 46 51 50 82 51 106 99 118 110 101 165 158 159 1769R G do Norte 15 17 19 12 5 14 5 9 19 23 21 26 18 22 30 25 24 32 36 19 25 37 32 485Paraiba 26 23 19 26 24 34 37 35 26 38 41 40 29 43 56 56 69 60 60 47 94 70 89 1042Pernambuco 92 91 112 138 159 192 217 221 223 279 271 279 220 331 326 327 382 534 715 643 615 753 662 7782Alagoas 20 18 23 29 28 27 38 39 57 66 46 39 38 56 51 56 68 65 56 68 99 125 140 1252Sergipe 4 5 5 6 3 2 8 3 7 13 22 21 49 41 50 23 30 36 18 37 47 64 70 564Bahia 22 14 23 25 31 37 38 49 91 124 107 53 95 216 221 193 269 305 165 124 156 221 256 2835Região Su<strong>de</strong>ste 872 915 862 1028 1313 1597 1632 1893 1720 2302 2704 2380 2107 2244 2465 2975 2977 3163 3561 3867 4128 4164 4292 55161Minas Gerais 90 82 67 48 61 68 68 68 73 112 89 101 80 113 103 135 126 132 143 166 280 323 416 2944Espirito Santo 13 26 22 22 19 22 25 52 46 64 77 71 68 128 113 140 150 190 248 229 210 220 269 2424Rio <strong>de</strong> Janeiro 351 260 231 184 227 292 268 471 404 607 991 676 560 663 779 1154 1095 1164 1147 1089 1092 1077 1216 15998Sao Paulo 418 547 542 774 1006 1215 1271 1302 1197 1519 1547 1532 1399 1340 1470 1546 1606 1677 2023 2383 2546 2544 2391 33795Região Sul 124 140 139 163 172 136 179 170 232 323 379 325 295 269 306 355 339 390 373 398 472 524 630 6833Parana 59 50 69 72 76 53 78 82 86 116 126 99 99 114 121 147 146 149 175 189 254 254 337 2951Santa Catarina 16 25 9 18 21 20 16 16 22 30 30 24 18 31 26 30 36 43 29 28 32 44 60 624R G do Sul 49 65 61 73 75 63 85 72 124 177 223 202 178 124 159 178 157 198 169 181 186 226 233 3258Região Centro-Oeste 56 80 87 78 80 86 122 119 119 165 150 212 179 247 241 286 287 338 380 372 446 486 501 5117M Grosso do Sul 20 11 16 17 27 19 28 13 16 29 33 36 37 51 47 72 70 73 79 79 75 56 86 990Mato Grosso 3 5 3 4 7 3 13 16 11 25 16 28 18 24 23 36 48 61 88 72 102 105 111 822Goias 24 42 41 37 27 32 45 37 53 54 42 82 54 72 77 81 71 85 70 94 139 171 191 1621Distrito Fe<strong>de</strong>ral 9 22 27 20 19 32 36 53 39 57 59 66 70 100 94 97 98 119 143 127 130 154 113 1684Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 72: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, sexo feminino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 307 305 287 352 360 378 395 394 418 493 524 554 472 506 639 702 767 732 782 799 871 872 852 12761Região Norte 18 21 15 16 18 17 28 28 25 35 37 36 28 37 49 43 49 39 64 55 57 70 49 834Rondônia 3 3 5 1 3 6 9 5 6 7 6 4 4 12 12 8 10 5 10 8 9 22 6 164Acre 0 0 0 3 2 0 3 4 0 2 2 4 2 2 1 4 3 4 3 2 4 2 3 50Amazonas 5 6 2 1 4 5 4 4 7 8 5 4 8 11 11 14 10 6 17 19 17 13 11 192Roraima 0 1 0 0 1 0 1 2 1 0 5 2 1 0 1 1 4 3 3 6 7 2 6 47Pará 10 10 7 9 7 4 9 11 11 14 15 20 10 8 17 11 12 16 22 13 16 20 16 288Amapá 0 1 1 2 1 2 2 2 0 0 2 1 2 1 5 3 5 2 5 2 2 3 2 46Tocantins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 2 1 1 3 2 2 5 3 4 5 2 8 5 47Região Nor<strong>de</strong>ste 62 65 65 82 77 86 96 83 91 100 124 112 85 114 129 142 170 156 144 150 184 176 175 2668Maranhão 2 3 0 4 5 4 4 1 3 7 7 9 3 6 5 10 4 10 7 6 5 11 8 124Piauí 4 2 2 0 3 2 2 4 2 1 2 0 3 1 1 4 0 4 4 1 1 6 6 55Ceará 9 12 7 12 10 10 11 6 5 5 14 13 9 11 9 10 16 15 14 19 17 26 26 286Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 2 3 6 2 0 2 2 2 2 1 5 4 3 3 5 5 5 5 7 5 5 6 6 86Paraíba 4 6 6 6 7 11 15 8 17 10 11 4 7 9 4 19 34 7 12 6 11 7 8 229Pernambuco 22 23 21 34 27 35 40 34 29 34 54 47 27 41 41 39 48 52 61 68 77 73 67 994Alagoas 7 10 4 3 10 8 10 7 13 15 10 12 8 7 9 14 14 15 9 7 27 16 14 249Sergipe 2 1 2 7 2 4 3 1 0 5 3 4 7 6 7 8 9 2 3 12 11 3 9 111Bahia 10 5 17 14 13 10 9 20 20 22 18 19 18 30 48 33 40 46 27 26 30 28 31 534Região Su<strong>de</strong>ste 165 153 148 195 187 202 211 201 216 260 271 279 244 251 330 363 395 391 414 432 454 467 460 6689Minas Gerais 24 34 30 26 29 29 29 20 33 33 25 16 28 26 37 20 26 33 40 47 58 50 61 754Espírito Santo 9 8 5 9 7 11 10 6 12 16 13 14 21 15 24 19 17 19 24 30 25 22 36 372Rio <strong>de</strong> Janeiro 38 26 31 29 33 30 37 37 39 60 84 76 53 68 86 113 127 116 99 109 115 114 103 1623São Paulo 94 85 82 131 118 132 135 138 132 151 149 173 142 142 183 211 225 223 251 246 256 281 260 3940Região Sul 45 38 43 34 49 42 37 48 50 61 63 75 66 59 78 83 89 85 95 90 88 80 104 1502Paraná 23 18 21 13 27 20 18 19 23 27 19 31 29 23 37 43 30 30 43 37 35 32 45 643Santa Catarina 5 4 8 13 7 8 4 4 4 6 8 8 11 8 12 8 20 9 15 14 17 10 14 217Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 17 16 14 8 15 14 15 25 23 28 36 36 26 28 29 32 39 46 37 39 36 38 45 642Região Centro-Oeste 17 28 16 25 29 31 23 34 36 37 29 52 49 45 53 71 64 61 65 72 88 79 64 1068Mato Grosso do Sul 3 11 4 4 7 2 6 3 5 8 4 10 17 10 13 6 18 17 13 14 18 17 13 223Mato Grosso 0 1 2 1 1 7 1 3 4 4 9 12 5 4 6 16 13 20 24 15 15 23 20 206Goiás 11 11 9 13 16 17 11 18 18 18 7 21 20 20 17 25 20 14 11 23 37 23 21 401Distrito Fe<strong>de</strong>ral 3 5 1 7 5 5 5 10 9 7 9 9 7 11 17 24 13 10 17 20 18 16 10 238Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>289


290Tabela 73: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 15 a 19 anos, sexo feminino. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 200 182 171 218 239 245 248 245 253 320 322 353 281 314 424 446 482 479 527 547 592 590 552 8230Região Norte 13 11 8 13 10 9 16 20 17 27 22 23 14 23 32 19 29 26 38 31 37 42 25 505Rondônia 1 1 4 0 0 3 5 3 5 7 3 1 3 8 9 2 7 3 5 5 7 12 1 95Acre 0 0 0 3 2 0 1 4 0 2 1 3 0 0 1 1 0 2 2 1 4 0 2 29Amazonas 4 4 0 1 3 3 2 3 5 8 3 2 4 7 7 8 7 6 13 12 10 7 8 127Roraima 0 1 0 0 0 0 0 2 1 0 3 2 1 0 0 1 2 2 2 0 3 1 3 24Pará 8 5 4 7 5 2 7 6 6 7 8 15 4 5 11 5 7 11 11 8 10 14 8 174Amapá 0 0 0 2 0 1 1 2 0 0 2 0 1 0 2 0 4 1 2 1 1 3 0 23Tocantins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 2 0 1 3 2 2 2 1 3 4 2 5 3 33Região Nor<strong>de</strong>ste 36 46 32 50 52 60 64 47 54 58 75 70 50 71 87 78 99 90 95 100 116 103 104 1637Maranhão 0 1 0 2 3 4 4 0 3 3 4 8 0 6 3 4 2 5 5 3 4 8 5 77Piauí 2 1 1 0 1 1 1 0 1 1 2 0 1 1 0 3 0 2 3 1 1 4 3 30Ceará 4 9 4 7 7 7 8 4 3 2 11 5 4 8 5 3 8 7 12 12 10 14 14 168Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 1 3 2 0 0 2 1 0 2 1 3 3 2 1 4 0 3 4 5 1 4 5 4 51Paraíba 2 4 2 2 4 9 11 5 14 5 4 3 4 4 4 15 21 4 9 4 6 5 6 147Pernambuco 16 16 12 27 18 24 22 24 13 22 34 32 17 26 29 26 27 30 41 49 55 43 36 639Alagoas 5 9 2 2 5 4 7 6 7 6 5 2 6 5 7 7 9 10 6 5 16 10 9 150Sergipe 1 1 1 3 2 2 3 1 0 3 3 3 5 1 3 3 6 2 0 9 1 1 7 61Bahia 5 2 8 7 12 7 7 7 11 15 9 14 11 19 32 17 23 26 14 16 19 13 20 314Região Su<strong>de</strong>ste 106 83 87 118 125 127 126 129 122 169 172 178 151 149 221 250 261 279 300 316 333 336 322 4460Minas Gerais 17 20 18 17 18 13 16 9 16 20 14 10 21 13 26 14 14 23 28 31 37 29 40 464Espírito Santo 4 5 3 8 5 6 4 3 7 11 6 9 11 13 14 15 11 15 18 23 17 18 27 253Rio <strong>de</strong> Janeiro 25 21 20 21 22 22 23 25 27 43 58 50 39 36 61 76 84 84 70 78 84 77 69 1115São Paulo 60 37 46 72 80 86 83 92 72 95 94 109 80 87 120 145 152 157 184 184 195 212 186 2628Região Sul 29 25 31 19 30 27 24 29 36 39 36 41 32 39 48 56 54 51 54 48 48 50 58 904Paraná 14 11 16 8 15 15 10 12 16 15 11 14 14 16 23 32 15 20 21 20 22 19 27 386Santa Catarina 4 2 5 8 3 6 2 4 4 4 6 6 5 2 5 4 13 5 10 6 11 6 7 128Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 11 12 10 3 12 6 12 13 16 20 19 21 13 21 20 20 26 26 23 22 15 25 24 390Região Centro-Oeste 16 17 13 18 22 22 18 20 24 27 17 41 34 32 36 43 39 33 40 52 58 59 43 724Mato Grosso do Sul 3 6 3 3 6 1 4 0 4 6 3 9 12 6 8 4 12 7 10 9 12 16 9 153Mato Grosso 0 1 1 1 0 6 1 3 3 4 5 9 3 4 2 11 6 11 14 13 9 16 14 137Goiás 10 6 8 9 12 12 9 10 13 13 4 17 15 15 14 15 13 6 6 15 27 16 14 279Distrito Fe<strong>de</strong>ral 3 4 1 5 4 3 4 7 4 4 5 6 4 7 12 13 8 9 10 15 10 11 6 155Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 74: Número <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 14 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.0 a 4 5 a 9 10 a 14meninos meninas meninos meninas meninos meninasBrasil 1951 1492 1286 857 5936 2182Região Norte 163 100 110 52 378 177Rondônia 35 19 20 15 72 35Acre 10 7 5 3 25 11Amazonas 14 15 21 7 93 43Roraima 15 9 3 4 8 10Pará 58 37 49 20 136 57Amapá 15 7 7 3 33 13Tocantins 16 6 5 0 11 8Região Nor<strong>de</strong>ste 453 297 351 246 1306 488Maranhão 36 17 21 14 66 16Piauí 18 16 7 3 29 6Ceará 56 32 45 30 144 56Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 14 14 8 8 59 13Paraíba 28 20 26 26 111 36Pernambuco 160 86 122 78 530 191Alagoas 41 29 34 23 109 47Sergipe 20 16 11 13 50 21Bahia 80 67 77 51 208 102Região Su<strong>de</strong>ste 865 733 560 395 3308 1101Minas Gerais 160 126 76 48 223 116Espírito Santo 60 38 36 22 139 59Rio <strong>de</strong> Janeiro 157 113 133 92 923 303São Paulo 488 456 315 233 2023 623Região Sul 285 233 155 106 558 259Paraná 127 102 56 48 222 107Santa Catarina 44 36 26 17 52 36Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 114 95 73 41 284 116Região Centro-Oeste 185 129 110 58 386 157Mato Grosso do Sul 36 26 15 13 64 31Mato Grosso 46 26 29 11 83 32Goiás 53 39 33 19 129 64Distrito Fe<strong>de</strong>ral 50 38 33 15 110 30Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informação sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Brasil.291


292Tabela 75: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 1825 1920 1899 2266 2596 2908 3134 3396 3422 4456 5004 4674 4165 4782 5168 5925 6170 6645 7181 7355 8132 8480 8817 110320Porto Velho 5 0 3 2 10 10 17 5 12 16 23 34 15 28 23 21 16 12 32 19 33 44 37 417Rio Branco 2 2 3 7 5 6 5 17 6 10 13 21 17 25 12 17 17 18 21 4 24 13 31 296Manaus 19 17 19 21 25 24 27 26 31 40 66 82 55 70 92 88 99 107 123 118 102 77 83 1411Boa Vista 1 4 0 1 2 1 3 2 7 3 16 5 6 5 8 8 19 8 20 27 23 14 21 204Belém 21 17 10 27 16 18 23 18 25 40 55 54 41 29 61 33 38 47 57 34 67 78 72 881Macapá 1 4 2 5 6 11 7 2 3 7 10 4 16 16 23 37 37 28 36 42 39 31 26 393Palmas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 2 2 2 4 3 3 6 4 28São Luís 4 9 4 2 4 2 11 8 12 20 34 27 22 21 27 39 29 21 25 13 29 43 28 434Teresina 6 9 3 2 10 5 7 7 15 10 11 5 7 17 13 11 17 27 24 13 34 35 48 336Fortaleza 34 33 28 58 51 47 48 31 28 37 43 41 43 56 40 91 72 92 75 71 97 104 105 1325Natal 11 17 14 5 4 9 7 7 13 20 23 18 13 16 27 26 19 25 24 8 7 22 22 357João Pessoa 8 6 6 4 5 12 12 13 12 12 14 10 7 25 25 47 49 30 36 33 47 36 48 497Recife 31 29 32 48 52 75 86 82 77 129 118 117 75 137 143 157 165 243 290 196 201 233 199 2915Maceió 9 12 6 12 17 15 24 21 46 49 35 28 25 31 31 43 47 45 32 41 69 89 85 812Aracaju 4 5 6 3 1 1 6 2 4 8 14 21 38 34 42 13 23 20 11 17 25 38 32 368Salvador 4 2 17 7 12 11 5 22 44 71 52 8 47 161 163 122 187 191 73 32 54 86 114 1485Belo Horizonte 43 35 20 24 28 27 26 34 36 50 28 34 32 41 41 56 48 58 65 83 142 127 174 1252Vitória 2 1 5 8 5 9 3 17 7 16 13 18 15 24 26 35 26 46 31 46 26 45 41 465Rio <strong>de</strong> Janeiro 248 171 149 56 90 81 63 231 104 188 543 297 175 267 298 521 582 620 656 561 613 586 664 7764São Paulo 267 339 332 475 673 778 805 830 721 851 903 930 827 741 847 931 916 926 1061 1186 1236 1223 1069 18867Curitiba 12 11 16 11 18 9 13 11 29 27 44 37 30 33 42 41 45 44 43 59 74 68 79 796Florianópolis 1 2 0 0 1 2 1 0 2 6 2 3 0 4 1 3 6 2 3 3 6 11 15 74Porto Alegre 11 14 18 16 11 14 17 13 49 57 53 37 54 29 43 63 50 73 65 64 78 59 81 969Campo Gran<strong>de</strong> 2 4 5 8 11 4 12 5 6 17 17 22 23 18 29 33 36 42 35 44 50 35 36 494Cuiabá 0 0 1 0 1 1 5 5 3 10 3 6 5 7 8 21 21 36 72 60 64 76 59 464Goiânia 7 15 16 9 11 8 4 12 40 30 26 30 29 24 32 43 30 20 23 46 53 44 63 615Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 76: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 4 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 101 106 116 133 130 108 107 130 136 128 145 148 148 178 149 176 194 167 207 193 183 192 190 3465Porto Velho 0 0 0 0 1 0 3 1 2 1 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 1 4 0 16Rio Branco 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 3 1 1 1 1 0 2 11Manaus 1 0 1 0 1 3 1 1 1 0 0 2 1 3 1 1 2 1 1 1 1 0 0 23Boa Vista 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0 0 3 0 0 0 7Belém 2 2 0 2 2 1 0 2 0 1 3 2 4 0 0 0 2 2 1 1 2 1 1 31Macapá 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2 4 2 0 1 2 2 2 0 0 0 17Palmas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1São Luís 0 1 0 0 2 0 0 1 0 0 1 4 1 0 1 2 0 1 3 2 3 1 1 24Teresina 3 1 0 0 2 1 3 4 1 1 1 1 0 2 1 0 1 0 1 0 1 1 3 28Fortaleza 1 0 2 4 1 2 0 0 0 2 1 1 0 0 1 2 3 3 3 5 2 1 1 35Natal 0 1 2 0 0 1 2 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 1 11João Pessoa 0 0 1 0 0 0 0 1 0 2 2 1 0 1 0 0 2 0 1 0 0 0 0 11Recife 1 0 2 4 1 1 2 1 3 4 1 2 3 3 6 2 5 1 1 3 1 0 4 51Maceió 0 0 0 1 0 1 1 2 1 1 0 2 2 2 0 1 3 0 0 0 2 1 1 21Aracaju 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 3 2 2 0 0 0 0 0 1 0 0 1 10Salvador 1 0 7 1 1 0 0 2 1 4 0 0 1 2 3 3 2 3 0 1 0 0 1 33Belo Horizonte 1 1 0 2 1 0 2 4 4 2 2 1 1 1 3 5 5 2 3 2 0 3 3 48Vitória 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 3 1 1 0 1 0 0 11Rio <strong>de</strong> Janeiro 5 4 1 2 3 1 1 1 1 4 6 1 2 8 1 2 15 3 6 3 2 6 7 85São Paulo 12 11 12 15 15 12 10 13 11 9 12 8 14 12 10 17 10 13 19 10 11 15 12 283Curitiba 1 1 0 1 4 1 2 0 3 2 1 4 4 1 1 0 2 4 5 1 2 2 1 43Florianópolis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 3Porto Alegre 1 0 1 1 0 0 0 0 1 3 3 0 1 2 2 5 2 3 5 1 2 3 8 44Campo Gran<strong>de</strong> 0 2 0 0 1 0 0 2 0 0 1 0 1 3 2 2 0 1 0 0 3 1 0 19Cuiabá 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 3 4 4 2 2 1 18Goiânia 0 0 1 0 0 0 0 0 2 0 1 0 2 0 0 1 1 1 0 3 3 0 1 16Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>293


294Tabela 77: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 5 a 9 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 61 64 64 77 82 66 78 74 90 93 105 91 96 103 106 111 125 117 102 111 113 101 115 2145Porto Velho 0 0 0 0 1 0 2 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 2 2 13Rio Branco 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 6Manaus 1 0 3 1 0 1 0 1 0 0 2 1 3 0 0 0 0 1 4 2 1 3 0 24Boa Vista 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 5Belém 1 1 0 1 0 0 0 1 0 0 2 2 0 0 3 1 0 0 1 1 0 0 0 14Macapá 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 3 1 0 2 1 0 0 0 9Palmas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1São Luís 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 1 0 1 1 1 1 0 1 0 0 2 0 11Teresina 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 6Fortaleza 1 3 2 1 1 1 1 0 0 2 0 1 1 1 0 4 1 5 2 2 1 2 1 33Natal 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 2 2 1 1 0 0 0 0 9João Pessoa 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 3 0 0 0 0 1 0 7Recife 2 2 1 0 0 2 1 2 2 2 1 1 0 3 2 1 1 2 3 1 1 1 1 32Maceió 0 1 1 0 0 0 1 0 1 2 0 2 0 1 0 1 1 0 1 0 0 0 0 12Aracaju 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 6Salvador 0 1 1 1 0 0 1 3 0 0 1 0 1 0 4 1 5 3 1 0 3 1 1 28Belo Horizonte 1 0 1 0 1 1 1 0 2 1 0 1 1 2 0 2 0 0 0 2 3 1 0 20Vitória 0 0 0 1 0 0 0 0 1 3 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 8Rio <strong>de</strong> Janeiro 6 0 2 1 5 2 1 3 1 7 7 3 1 7 5 6 10 5 4 3 2 8 8 97São Paulo 7 7 5 7 10 8 6 11 17 11 18 7 8 9 12 9 13 12 3 10 6 7 8 211Curitiba 1 0 2 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1 0 3 1 14Florianópolis 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 1 0 0 4Porto Alegre 1 2 1 0 0 0 1 0 1 2 1 2 2 0 1 1 0 2 2 2 4 1 2 28Campo Gran<strong>de</strong> 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 3 0 0 0 1 1 2 0 0 0 0 10Cuiabá 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 4 4 1 3 1 15Goiânia 0 1 1 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 0 2 0 1 1 0 0 0 0 1 11Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 78: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 10 a 14 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 131 149 155 179 176 217 265 267 265 346 376 368 337 377 366 479 513 506 461 485 562 549 593 8122Porto Velho 1 0 0 0 0 1 1 0 3 0 2 3 1 3 1 3 1 1 4 0 0 10 2 18Rio Branco 0 0 0 0 2 0 1 1 1 0 2 3 0 2 2 0 1 1 2 0 0 3 3 10Manaus 0 1 3 3 0 4 2 0 0 4 8 2 6 6 11 6 9 5 10 10 10 7 4 55Boa Vista 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 2 0 3 1 2 9Belém 2 1 0 1 1 2 2 1 2 6 5 8 6 3 2 5 2 5 6 3 4 4 4 28Macapá 0 1 0 0 1 3 0 0 0 1 0 1 2 1 1 4 7 2 1 1 4 4 4 23Palmas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 1 4São Luís 1 2 0 0 0 0 0 0 1 2 1 2 4 2 2 1 2 3 2 0 3 5 1 16Teresina 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 2 0 2 0 1 0 4 1 1 0 3 1 4 14Fortaleza 4 0 2 1 3 3 3 5 1 3 4 5 7 3 3 4 8 6 1 5 4 12 15 51Natal 0 2 2 1 0 0 0 0 0 3 5 1 3 0 1 4 2 3 3 1 0 1 1 11João Pessoa 0 0 2 2 0 1 2 0 2 1 2 0 1 3 0 0 6 3 1 3 2 3 2 20Recife 3 2 0 2 4 6 7 8 9 8 6 13 5 7 13 16 10 17 15 11 16 15 14 98Maceió 1 4 0 3 1 1 2 1 3 6 7 2 1 3 2 6 1 6 2 1 3 7 3 23Aracaju 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 4 5 5 2 3 1 1 0 4 0 2 2 10Salvador 0 0 1 1 1 0 0 0 2 3 6 0 0 12 8 6 14 8 5 1 2 2 3 35Belo Horizonte 2 3 1 0 2 6 1 2 2 9 1 3 2 7 5 4 4 6 5 4 8 11 10 48Vitória 0 0 1 0 0 0 0 1 1 1 2 2 2 2 2 4 1 0 0 7 0 1 2 11Rio <strong>de</strong> Janeiro 23 16 14 5 11 6 6 20 7 13 30 24 17 21 19 36 40 43 43 42 42 35 50 295São Paulo 19 22 25 43 36 50 72 61 45 57 62 70 49 43 41 62 57 67 54 70 79 61 58 446Curitiba 2 1 2 2 0 0 1 0 0 1 4 2 2 2 4 7 6 2 4 4 5 4 3 28Florianópolis 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 3Porto Alegre 0 0 3 0 2 1 0 2 3 5 7 4 4 6 6 7 6 7 1 3 12 4 4 37Campo Gran<strong>de</strong> 1 0 1 2 0 0 4 1 0 0 0 2 4 1 2 2 3 6 2 2 5 3 2 23Cuiabá 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 2 0 0 1 0 2 1 7 8 5 2 4 2 29Goiânia 0 0 0 0 2 1 0 1 4 3 1 1 2 1 1 5 2 0 2 3 4 2 9 22Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>295


296Tabela 79: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 15 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 1532 1601 1564 1877 2208 2517 2684 2925 2931 3889 4378 4067 3584 4124 4547 5159 5338 5855 6411 6566 7274 7638 7919 96588Porto Velho 4 0 3 2 8 9 11 4 7 15 20 31 13 25 21 16 14 10 28 18 31 28 33 351Rio Branco 1 2 3 7 3 6 3 16 5 10 11 18 15 21 10 16 12 16 18 3 23 10 26 255Manaus 17 16 12 17 24 16 24 24 30 36 56 77 45 61 80 81 88 100 108 105 90 67 79 1253Boa Vista 1 3 0 1 1 1 1 2 6 3 13 5 6 5 7 8 16 7 18 24 20 13 18 179Belém 16 13 10 23 13 15 21 14 23 33 45 42 31 26 56 27 34 40 49 29 61 73 67 761Macapá 1 3 1 5 5 8 6 2 3 6 8 3 12 11 20 30 28 24 31 38 35 27 22 329Palmas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 2 2 1 4 2 2 4 3 22São Luís 3 6 4 2 2 2 11 7 11 16 31 20 17 18 23 35 26 17 19 11 23 35 26 365Teresina 3 6 2 2 7 4 4 3 14 8 7 3 5 15 10 11 12 25 21 13 30 33 41 279Fortaleza 28 30 22 52 46 41 44 26 27 30 38 34 35 52 36 81 60 78 69 59 90 89 88 1155Natal 11 14 10 4 4 8 4 6 13 17 18 17 10 15 24 19 15 20 20 7 7 21 20 304João Pessoa 8 6 3 2 5 10 10 11 10 9 10 9 6 20 25 47 38 27 33 30 45 32 46 442Recife 25 25 29 42 47 66 76 71 63 115 110 101 67 124 122 138 149 223 271 181 183 217 180 2625Maceió 8 7 5 8 16 13 20 18 41 40 28 22 22 25 29 35 42 39 29 40 64 81 81 713Aracaju 3 4 5 2 1 1 6 2 3 7 14 14 30 27 39 10 22 18 10 12 25 36 29 320Salvador 3 1 8 4 10 11 4 17 41 64 45 8 45 147 148 112 166 177 67 30 49 83 109 1349Belo Horizonte 39 31 18 22 24 20 22 28 28 38 25 29 28 31 33 45 39 50 57 75 131 112 161 1086Vitória 2 1 4 7 4 8 3 16 5 12 11 15 10 22 24 31 22 44 30 39 25 43 39 417Rio <strong>de</strong> Janeiro 214 151 132 48 71 72 55 207 95 164 500 269 155 231 273 477 517 569 603 513 567 537 599 7019São Paulo 229 299 290 410 612 708 717 745 648 774 811 845 756 677 784 843 836 834 985 1096 1140 1140 991 17170Curitiba 8 9 12 8 14 8 10 11 26 23 39 31 23 29 37 34 36 37 33 53 67 59 74 681Florianópolis 1 2 0 0 0 2 1 0 1 4 2 3 0 4 1 1 5 2 3 3 3 11 13 62Porto Alegre 9 12 13 15 9 13 16 11 44 47 42 31 47 21 34 50 42 61 57 58 60 51 67 810Campo Gran<strong>de</strong> 1 2 4 6 10 4 8 1 6 16 16 19 15 14 25 29 32 34 31 42 42 31 34 422Cuiabá 0 0 1 0 1 1 5 4 3 9 1 6 5 5 7 19 20 25 56 47 59 67 55 396Goiânia 7 14 14 9 8 7 4 10 33 27 23 29 25 23 29 37 26 18 21 40 46 42 52 544Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 80: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. sexo masculino. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 1518 1613 1611 1913 2228 2529 2738 3000 3004 3962 4480 4113 3686 4270 4524 5219 5402 5909 6396 6553 7260 7606 7962 97496Porto Velho 3 0 0 2 8 8 12 4 11 13 22 32 12 24 19 17 13 11 29 16 28 32 35 351Rio Branco 2 2 3 4 4 6 2 13 6 8 11 17 15 23 11 16 16 14 20 3 21 12 28 257Manaus 14 12 18 20 22 19 23 22 26 33 63 78 47 61 81 78 91 101 107 101 89 68 75 1249Boa Vista 1 3 0 1 1 1 2 0 6 3 11 3 5 5 7 7 15 6 17 27 19 12 17 169Belém 17 14 9 24 15 17 22 14 24 33 48 49 40 27 54 31 33 41 50 29 62 72 70 795Macapá 1 3 1 4 5 9 5 1 3 7 9 3 14 15 20 34 32 26 32 40 37 29 25 355Palmas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 2 4 3 3 5 4 25São Luís 3 7 4 1 3 1 8 7 10 17 29 23 20 19 23 33 29 17 22 11 25 38 25 375Teresina 3 9 3 2 8 3 6 4 15 9 10 5 4 16 12 9 16 24 20 12 33 31 44 298Fortaleza 32 31 25 48 46 40 39 28 26 34 32 35 39 50 37 86 66 84 70 62 90 91 96 1187Natal 11 14 11 5 4 8 5 6 13 20 20 16 12 16 22 23 17 23 21 8 7 19 20 321João Pessoa 7 4 4 4 4 11 10 10 11 10 12 10 7 24 24 40 41 27 31 32 43 34 46 446Recife 28 24 30 40 47 69 80 74 72 114 103 103 69 123 132 142 149 227 277 186 181 215 185 2670Maceió 7 9 5 12 13 9 20 18 39 39 32 24 23 31 31 35 38 39 29 38 60 80 80 711Aracaju 3 4 5 1 1 0 4 2 4 6 14 18 34 31 39 10 19 20 10 15 25 37 29 331Salvador 3 2 9 5 11 9 2 20 40 63 49 7 43 153 143 110 169 176 66 28 50 81 108 1347Belo Horizonte 39 29 16 20 20 22 20 29 29 42 24 31 27 38 35 50 44 50 56 60 122 120 161 1084Vitória 1 1 5 6 5 7 3 16 7 11 12 17 13 23 24 34 24 43 29 42 23 41 36 423Rio <strong>de</strong> Janeiro 223 159 136 48 78 76 57 217 96 172 503 276 164 246 258 487 533 572 608 521 561 536 620 7147São Paulo 226 304 301 427 620 731 749 769 676 793 839 857 773 687 781 854 806 838 962 1083 1155 1125 993 17349Curitiba 7 8 11 8 13 7 11 10 24 24 40 31 23 28 37 37 35 40 34 50 68 61 73 680Florianópolis 1 1 0 0 1 2 1 0 2 4 1 2 0 4 1 3 6 1 3 3 2 10 15 63Porto Alegre 7 12 15 15 11 13 17 11 43 51 47 33 48 29 37 54 40 65 58 60 69 54 68 857Campo Gran<strong>de</strong> 2 2 5 6 8 4 11 4 4 16 15 18 17 15 26 30 31 38 32 40 41 30 34 429Cuiabá 0 0 1 0 1 0 4 4 3 10 1 5 4 7 7 18 19 30 59 58 61 71 53 416Goiânia 6 15 14 8 8 6 4 10 37 28 23 27 21 20 24 37 27 16 21 40 46 39 59 536Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>297


298Tabela 81: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 15 a 19 anos. sexo masculino, Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 1332 1418 1393 1658 1964 2272 2436 2678 2678 3568 4056 3711 3298 3806 4120 4711 4856 5373 5882 6019 6682 7046 7365 88322Porto Velho 3 0 0 2 8 7 8 3 6 12 20 30 11 22 17 14 12 10 27 16 26 23 33 310Rio Branco 1 2 3 4 2 6 2 12 5 8 10 15 15 21 9 16 12 14 17 3 20 10 24 231Manaus 13 12 12 16 22 13 22 21 26 29 54 75 41 55 73 73 82 94 96 93 82 61 73 1138Boa Vista 1 2 0 1 1 1 1 0 5 3 10 3 5 5 7 7 14 6 16 24 19 12 15 158Belém 14 12 9 21 13 15 20 12 23 30 42 39 30 25 51 27 32 36 45 26 60 70 65 717Macapá 1 3 1 4 5 7 5 1 3 6 7 3 11 11 18 30 24 23 29 37 34 25 22 310Palmas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 4 2 2 3 3 19São Luís 3 6 4 1 1 1 8 7 9 15 28 17 17 16 20 32 26 14 18 10 20 32 24 329Teresina 2 6 2 2 7 3 4 3 14 7 6 3 4 14 10 9 12 23 18 12 29 31 40 261Fortaleza 27 28 20 45 42 36 37 24 25 29 29 32 33 46 34 79 56 73 65 54 85 80 83 1062Natal 11 11 10 4 4 7 3 6 13 17 16 15 10 15 20 19 14 18 18 7 7 18 18 281João Pessoa 7 4 2 2 4 9 9 10 9 8 9 9 6 20 24 40 34 24 30 29 42 30 44 405Recife 24 21 27 36 43 62 74 69 61 106 97 91 62 113 114 128 138 212 259 174 169 205 173 2458Maceió 6 4 4 8 12 9 17 16 37 36 25 22 20 25 29 31 35 35 27 38 56 74 77 643Aracaju 2 3 4 1 1 0 4 2 3 6 14 13 27 26 37 9 18 18 10 10 25 35 27 295Salvador 2 1 6 3 9 9 2 16 38 57 43 7 43 142 135 105 154 167 63 27 46 80 105 1260Belo Horizonte 36 25 16 18 19 17 18 25 25 34 22 26 24 30 30 41 36 44 51 57 116 108 152 970Vitória 1 1 4 5 4 6 3 15 5 9 10 15 10 21 22 31 20 41 28 36 22 39 35 383Rio <strong>de</strong> Janeiro 201 141 122 42 65 69 50 197 90 155 473 255 148 223 244 453 486 536 570 486 530 505 576 6617São Paulo 201 282 270 386 574 674 679 702 622 732 773 795 726 638 736 788 761 772 907 1011 1077 1066 934 16106Curitiba 6 8 10 6 11 7 9 10 23 21 36 27 20 25 33 30 31 36 29 46 62 58 70 614Florianópolis 1 1 0 0 0 2 1 0 1 4 1 2 0 4 1 1 5 1 3 3 2 10 13 56Porto Alegre 7 10 11 14 9 12 16 9 40 44 41 29 44 21 31 47 35 57 51 56 57 48 61 750Campo Gran<strong>de</strong> 1 2 4 5 8 4 8 1 4 15 14 16 13 13 23 27 29 33 29 38 38 27 33 385Cuiabá 0 0 1 0 1 0 4 3 3 9 1 5 4 5 7 16 19 23 50 45 57 64 51 368Goiânia 6 14 12 8 6 6 4 9 31 25 22 26 20 19 22 34 24 15 19 35 41 37 51 486Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 82: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. sexo feminino. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 307 305 287 352 360 378 395 394 418 493 524 554 472 506 639 702 767 732 782 799 871 872 852 12761Porto Velho 2 0 3 0 2 2 5 1 1 3 1 1 3 4 4 4 3 1 3 2 5 12 2 64Rio Branco 0 0 0 3 1 0 3 4 0 2 2 4 2 2 1 1 1 4 1 1 3 1 3 39Manaus 5 5 1 1 3 5 4 4 5 7 3 4 8 9 11 10 8 6 16 17 13 9 8 162Boa Vista 0 1 0 0 1 0 1 2 1 0 5 2 1 0 1 1 4 2 3 0 4 2 4 35Belém 4 3 1 3 1 1 1 4 1 7 7 5 1 2 7 2 5 6 7 5 5 6 2 86Macapá 0 1 1 1 1 2 2 1 0 0 1 1 2 1 3 3 5 2 4 2 2 2 1 38Palmas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 3São Luís 1 2 0 1 1 1 3 1 2 3 5 4 2 2 4 6 0 4 3 2 4 5 3 59Teresina 3 0 0 0 2 2 1 3 0 1 1 0 3 1 1 2 0 3 4 1 1 4 4 37Fortaleza 2 2 3 10 5 7 9 3 2 3 11 6 4 6 3 5 6 8 5 9 7 13 9 138Natal 0 3 3 0 0 1 2 1 0 0 3 2 1 0 4 3 2 2 3 0 0 3 2 35João Pessoa 1 2 2 0 1 1 2 3 1 2 2 0 0 1 1 7 8 3 5 1 4 2 2 51Recife 3 5 2 8 5 6 6 8 5 15 15 14 6 12 11 15 16 13 13 10 20 18 14 240Maceió 2 3 1 0 4 6 4 3 7 10 3 4 2 0 0 8 9 6 3 3 9 9 5 101Aracaju 1 1 1 2 0 1 2 0 0 2 0 1 3 3 3 3 4 0 1 2 0 1 3 34Salvador 1 0 8 2 1 2 3 2 4 8 3 1 4 7 20 11 18 15 7 4 4 5 6 136Belo Horizonte 4 6 4 4 8 5 6 4 7 8 4 3 5 3 6 6 4 8 9 23 20 7 13 167Vitória 1 0 0 2 0 2 0 1 0 5 1 1 2 1 2 1 2 3 2 4 3 4 5 42Rio <strong>de</strong> Janeiro 25 12 13 8 12 5 6 14 8 16 40 20 11 21 39 34 49 48 48 40 52 50 44 615São Paulo 41 35 31 48 53 47 56 61 45 58 64 73 54 54 66 77 110 88 99 103 81 98 76 1518Curitiba 5 2 5 3 4 2 1 1 5 3 4 5 6 5 5 4 10 4 9 9 6 7 6 111Florianópolis 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 4 1 0 11Porto Alegre 4 2 3 1 0 1 0 2 6 6 6 4 6 0 6 9 10 8 7 4 9 5 13 112Campo Gran<strong>de</strong> 0 2 0 2 3 0 1 1 2 1 2 4 6 3 3 3 5 4 3 4 9 5 2 65Cuiabá 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 2 1 0 0 1 3 2 6 12 2 3 5 6 46Goiânia 1 0 2 1 3 2 0 2 3 2 3 3 8 4 8 6 3 4 2 6 7 5 4 79Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>299


300Tabela 83: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios, população <strong>de</strong> 15 a 19 anos. sexo feminino, Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 200 182 171 218 239 245 248 245 253 320 322 353 281 314 424 446 482 479 527 547 592 590 552 8230Porto Velho 1 0 3 0 0 2 3 1 1 3 0 0 2 3 4 2 2 0 1 2 5 5 0 40Rio Branco 0 0 0 3 1 0 1 4 0 2 1 3 0 0 1 0 0 2 1 0 3 0 2 24Manaus 4 4 0 1 2 3 2 3 4 7 2 2 4 6 7 7 6 6 12 12 8 6 6 114Boa Vista 0 1 0 0 0 0 0 2 1 0 3 2 1 0 0 1 2 1 2 0 1 1 3 21Belém 2 1 1 2 0 0 1 2 0 3 3 3 1 1 5 0 2 4 4 3 1 3 2 44Macapá 0 0 0 1 0 1 1 1 0 0 1 0 1 0 2 0 4 1 2 1 1 2 0 19Palmas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 3São Luís 0 0 0 1 1 1 3 0 2 1 3 3 0 2 3 3 0 3 1 1 3 3 2 36Teresina 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 0 2 0 2 3 1 1 2 1 18Fortaleza 1 2 2 7 4 5 7 2 2 1 9 2 2 6 2 2 4 5 4 5 5 9 5 93Natal 0 3 0 0 0 1 1 0 0 0 2 1 0 0 3 0 1 2 2 0 0 3 2 21João Pessoa 1 2 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 7 4 3 4 1 3 2 2 38Recife 1 4 2 6 4 4 2 2 2 9 13 10 4 9 8 10 11 9 12 7 14 12 7 162Maceió 2 3 1 0 4 4 3 2 4 4 3 0 2 0 0 4 7 4 2 2 8 7 4 70Aracaju 1 1 1 1 0 1 2 0 0 1 0 1 2 1 2 1 4 0 0 2 0 1 2 24Salvador 1 0 2 1 1 2 2 1 3 7 2 1 2 4 13 6 12 10 4 3 3 3 4 87Belo Horizonte 3 6 2 4 5 3 4 2 3 4 3 3 4 1 3 4 3 6 6 18 15 4 9 115Vitória 1 0 0 2 0 2 0 1 0 3 1 0 0 1 2 0 2 3 2 3 3 4 4 34Rio <strong>de</strong> Janeiro 13 10 10 6 6 3 5 10 5 9 27 13 7 8 28 24 31 33 33 27 37 32 23 400São Paulo 28 17 20 24 38 34 38 43 26 42 38 50 30 39 48 55 75 62 78 85 63 74 57 1064Curitiba 2 1 2 2 3 1 1 1 3 2 3 4 3 4 4 4 5 1 4 7 5 1 4 67Florianópolis 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 6Porto Alegre 2 2 2 1 0 1 0 2 4 3 1 2 3 0 3 3 7 4 6 2 3 3 6 60Campo Gran<strong>de</strong> 0 0 0 1 2 0 0 0 2 1 2 3 2 1 2 2 3 1 2 4 4 4 1 37Cuiabá 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 3 1 2 6 2 2 3 4 27Goiânia 1 0 2 1 2 1 0 1 2 2 1 3 5 4 7 3 2 3 2 5 5 5 1 58Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 84: Número <strong>de</strong> homicídios na população <strong>de</strong> 0 a 14 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.0 a 4 5 a 9 10 a 14meninos meninas meninos meninas meninos meninasBRASIL 1951 1492 1286 857 5936 2182Porto Velho 11 10 5 7 25 12Rio Branco 5 4 4 2 17 7Manaus 12 8 18 6 80 31Boa Vista 4 2 2 3 5 8Belém 14 18 9 5 55 20Macapá 10 9 6 3 29 9Palmas 1 0 1 0 4 0São Luís 15 8 7 4 24 10Teresina 15 15 4 2 18 5Fortaleza 21 13 21 12 83 19Natal 8 6 5 4 26 7João Pessoa 6 7 4 3 31 5Recife 33 27 19 13 158 48Maceió 14 11 5 7 49 17Aracaju 6 6 4 2 26 6Salvador 19 20 13 15 55 20Belo Horizonte 28 26 12 8 74 24Vitória 9 3 5 3 26 3Rio <strong>de</strong> Janeiro 46 54 52 45 432 131São Paulo 154 136 118 93 971 232Curitiba 20 19 4 10 42 16Florianópolis 1 1 3 1 3 2Porto Alegre 24 18 16 12 67 20Campo Gran<strong>de</strong> 11 10 4 6 29 14Cuiabá 11 7 11 4 26 8Goiânia 12 7 6 5 32 12Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informação sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Brasil.301


302Tabela 85: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios por arma <strong>de</strong> fogo, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 831 822 759 800 1037 1282 1321 1595 1659 2211 2751 2476 2191 2925 3131 3806 3837 4289 4691 4948 5863 6337 6456 66018Região Norte 37 34 30 48 46 61 58 67 77 125 161 179 140 147 178 166 168 174 244 194 207 219 233 2993Rondônia 7 2 5 5 7 12 18 11 20 25 29 30 22 32 30 26 24 21 42 43 36 42 45 534Acre 3 1 2 2 1 5 4 10 4 8 6 15 5 13 8 20 15 12 15 0 9 9 13 180Amazonas 7 8 10 16 10 13 10 16 18 23 46 53 27 34 42 34 49 45 60 60 55 37 40 713Roraima 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 3 4 2 5 4 6 7 8 10 10 8 4 74Pará 20 21 13 21 24 26 23 29 33 60 76 75 68 50 83 50 45 65 84 48 72 95 109 1190Amapá 0 1 0 4 4 5 2 1 2 5 3 1 9 14 10 27 21 16 21 17 13 6 10 192Tocantins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 2 5 2 0 5 8 8 14 16 12 22 12 110Região Nor<strong>de</strong>ste 163 157 157 225 254 290 325 324 389 478 491 433 414 728 710 756 937 1131 1159 1052 1185 1439 1347 14544Maranhão 1 5 5 7 6 5 8 6 11 16 25 26 12 16 27 25 29 16 15 18 23 49 28 379Piauí 2 5 2 2 6 1 6 4 5 5 4 4 3 5 2 7 8 10 7 5 16 25 16 150Ceará 19 21 16 37 27 25 20 22 20 26 33 27 26 45 25 63 53 81 80 86 114 111 115 1092Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 7 13 18 7 3 6 1 5 12 17 24 15 16 23 20 23 18 39 34 16 18 38 23 396Paraíba 17 13 13 14 17 19 25 17 21 28 32 24 21 33 34 41 57 52 53 38 83 65 76 793Pernambuco 82 68 70 115 142 182 207 209 203 257 246 260 189 313 315 327 394 548 745 686 663 781 682 7684Alagoas 19 14 12 26 25 20 29 23 40 39 25 23 24 45 36 54 61 68 61 64 86 118 121 1033Sergipe 1 5 3 5 0 2 4 2 5 5 13 17 51 35 40 17 26 24 16 33 41 45 60 450Bahia 15 13 18 12 28 30 25 36 72 85 89 37 72 213 211 199 291 293 148 106 141 207 226 2567Região Su<strong>de</strong>ste 513 500 438 387 571 769 756 1000 945 1260 1701 1421 1220 1607 1753 2270 2147 2312 2587 2970 3570 3740 3816 38253Minas Gerais 51 57 27 30 52 50 38 44 46 67 65 65 60 92 81 107 108 120 132 120 272 307 395 2386Espírito Santo 12 16 5 6 12 13 19 30 25 51 50 47 50 92 94 109 107 177 222 231 190 204 258 2020Rio <strong>de</strong> Janeiro 332 241 231 106 173 237 208 423 371 528 961 666 544 683 808 1138 1015 1077 1093 1083 1112 1091 1185 15306São Paulo 118 186 175 245 334 469 491 503 503 614 625 643 566 740 770 916 917 938 1140 1536 1996 2138 1978 18541Região Sul 79 83 84 98 108 99 106 103 164 227 287 292 258 235 270 343 310 356 344 382 448 483 596 5755Paraná 39 36 45 45 52 47 42 44 57 77 86 72 73 88 114 143 115 124 149 176 213 220 319 2376Santa Catarina 12 10 5 18 14 12 8 11 18 15 20 27 9 23 16 23 34 28 20 19 33 30 48 453Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 28 37 34 35 42 40 56 48 89 135 181 193 176 124 140 177 161 204 175 187 202 233 229 2926Região Centro-Oeste 39 48 50 42 58 63 76 101 84 121 111 151 159 208 220 271 275 316 357 350 453 456 464 4473Mato Grosso do Sul 17 13 11 14 19 13 19 12 12 19 17 37 33 42 46 60 64 70 70 70 79 56 78 871Mato Grosso 0 0 0 0 0 0 0 1 3 0 0 1 10 0 0 30 44 57 80 67 95 95 102 585Goiás 21 21 23 17 25 21 30 35 38 57 38 56 48 66 69 78 65 71 63 85 142 151 180 1400Distrito Fe<strong>de</strong>ral 1 14 16 11 14 29 27 53 31 45 56 57 68 100 105 103 102 118 144 128 137 154 104 1617Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 86: Número <strong>de</strong> homicídios por arma <strong>de</strong> fogo na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninasBrasil 814 523 290 880 580 300 4404 3392 1011 59912 55596 4303Norte 87 66 21 82 64 18 306 222 84 2518 2260 258Rondonia 25 20 5 17 11 6 63 43 20 429 378 51Acre 5 4 1 6 4 2 22 16 6 147 132 15Amazonas 10 8 2 15 14 1 66 48 18 622 560 62Roraima 2 2 0 1 0 1 4 3 1 67 60 7Para 30 21 9 39 31 8 115 83 32 1006 909 97Amapa 7 5 2 3 3 0 26 22 4 156 145 11Tocantins 8 6 2 1 1 0 10 7 3 91 76 15NORDESTE 274 182 92 316 201 115 1095 841 254 12851 11907 942Maranhao 17 12 5 11 7 4 34 30 4 317 288 29Piaui 6 5 1 6 4 2 9 7 2 129 122 7Ceara 24 14 10 40 27 13 97 74 23 931 847 84R G do Norte 10 5 5 6 3 3 42 36 6 338 309 29Paraiba 13 8 5 21 9 12 81 62 19 672 598 78Pernambuco 113 79 34 124 77 47 528 407 121 6917 6474 440Alagoas 29 20 9 29 22 7 86 65 21 889 807 82Sergipe 16 12 4 11 8 3 31 25 6 392 368 23Bahia 46 27 19 68 44 24 187 135 52 2266 2094 170SUDESTE 285 177 108 292 179 113 2205 1730 475 35471 33231 2232Minas Gerais 38 26 12 40 21 19 187 135 52 2121 1921 197Espirito Santo 22 14 8 25 15 10 109 85 24 1864 1721 143Rio <strong>de</strong> Janeiro 102 73 29 96 51 45 874 679 195 14234 13432 797Sao Paulo 123 64 59 131 92 39 1035 831 204 17252 16157 1095SUL 92 56 36 113 77 36 477 355 122 5073 4592 481Parana 25 13 12 45 29 16 175 133 42 2131 1943 188Santa Catarina 12 8 4 9 6 3 29 19 10 403 354 49R G do Sul 55 35 20 59 42 17 273 203 70 2539 2295 244CENTRO-OESTE 76 42 33 77 59 18 321 244 76 3999 3606 390M Grosso do Sul 21 11 9 13 10 3 62 41 21 775 687 86Mato Grosso 10 6 4 11 9 2 50 38 11 514 462 52Goias 30 15 15 26 19 7 108 80 28 1236 1092 143Distrito Fe<strong>de</strong>ral 15 10 5 27 21 6 101 85 16 1474 1365 109Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informação sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Brasil.303


304Tabela 87: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios por arma <strong>de</strong> fogo, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 831 822 759 800 1037 1282 1321 1595 1659 2211 2751 2476 2191 2925 3131 3806 3837 4289 4691 4948 5863 6337 6456 66018Porto Velho 1 0 2 2 3 5 9 3 8 9 17 19 6 16 12 10 9 5 23 15 18 25 19 236Rio Branco 2 0 2 2 1 3 4 8 3 7 6 15 4 13 7 15 10 11 14 0 8 9 12 156Manaus 7 7 10 14 8 12 8 16 15 23 44 52 26 34 39 32 46 44 57 53 50 27 32 656Boa Vista 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 3 3 2 4 3 5 5 6 8 8 5 3 58Belém 11 11 5 12 9 7 13 10 15 27 34 36 27 19 34 19 19 27 36 22 40 50 46 529Macapá 0 1 0 3 4 5 2 1 2 3 2 0 9 12 8 23 18 14 18 15 13 6 9 168Palmas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 1 3 5 2 14São Luís 0 4 2 1 1 1 4 1 5 9 18 14 7 6 16 15 18 12 12 9 16 25 8 204Teresina 0 3 1 1 3 1 2 3 5 4 3 3 2 5 2 6 6 7 5 5 15 21 14 117Fortaleza 13 14 9 24 17 17 14 11 11 17 25 14 18 29 19 50 34 46 43 41 65 66 59 656Natal 7 8 11 1 3 2 0 3 8 14 17 10 8 12 14 19 9 23 17 7 6 18 13 230João Pessoa 6 2 2 1 3 1 6 2 5 5 12 5 5 14 15 29 24 24 27 25 40 34 42 329Recife 25 23 24 40 42 62 73 67 67 111 101 100 64 115 123 141 148 229 273 179 186 210 184 2587Maceió 6 5 3 6 11 7 11 11 26 22 13 8 11 19 18 35 34 35 27 34 50 71 67 530Aracaju 1 3 3 0 0 0 3 1 4 3 9 11 30 25 26 5 14 11 7 12 20 19 22 229Salvador 3 1 4 2 6 9 2 11 31 39 44 7 37 132 136 113 171 169 60 28 36 79 98 1218Belo Horizonte 31 23 10 15 18 19 14 25 27 27 20 21 26 29 31 37 34 41 57 47 125 118 158 953Vitória 1 0 1 3 2 4 2 10 1 9 9 8 7 17 24 31 17 42 29 45 23 39 39 363Rio <strong>de</strong> Janeiro 222 152 143 21 56 65 40 209 95 157 501 270 158 236 278 414 377 442 510 466 525 493 546 6376São Paulo 40 75 51 114 179 264 259 231 246 282 318 274 244 338 384 486 434 434 487 646 786 885 748 8205Curitiba 6 6 4 3 8 7 7 1 13 8 30 24 17 18 35 26 29 33 30 44 58 60 64 531Florianópolis 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 3 0 4 1 1 2 1 3 2 4 8 15 49Porto Alegre 6 7 11 11 7 13 13 12 39 43 36 30 41 24 32 53 47 65 55 56 68 53 65 787Campo Gran<strong>de</strong> 1 3 2 6 4 2 7 3 1 11 8 13 16 11 21 28 28 34 32 36 42 25 29 363Cuiabá 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 2 0 0 16 16 11 39 40 54 55 46 281Goiânia 5 7 8 3 5 6 1 10 22 23 19 21 19 15 24 31 14 14 17 34 45 30 48 421Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 88: Número <strong>de</strong> homicídios por arma <strong>de</strong> fogo na população <strong>de</strong> 0 a 19 anos, segundo faixa etária e sexo. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninas total meninos meninasBRASIL 814 523 290 880 580 300 4404 3392 1011 59912 55596 4303Porto Velho 8 7 1 7 4 3 19 14 5 202 182 20Rio Branco 4 3 1 5 4 1 14 11 3 133 118 15Manaus 8 6 2 13 12 1 57 43 14 578 520 58Boa Vista 0 0 0 0 0 0 3 2 1 55 49 6Belém 13 8 5 8 7 1 53 39 14 455 430 25Macapá 4 2 2 3 3 0 25 21 4 136 126 10Palmas 0 0 0 0 0 0 2 2 0 12 11 1São Luís 6 4 2 4 2 2 14 10 4 180 166 14Teresina 5 4 1 3 2 1 7 5 2 102 98 4Fortaleza 13 8 5 22 15 7 46 37 9 575 521 54Natal 3 3 0 2 2 0 18 15 3 207 194 13João Pessoa 3 1 2 3 1 2 23 20 3 300 280 21Recife 21 13 8 22 14 8 169 132 37 2375 2239 133Maceió 8 6 2 7 5 2 34 25 9 481 441 40Aracaju 4 4 0 5 4 1 14 13 1 206 197 8Salvador 7 6 1 15 8 7 51 41 10 1145 1084 60Belo Horizonte 9 4 5 10 7 3 72 57 15 862 788 73Vitória 5 5 0 6 4 2 22 19 3 330 307 23Rio <strong>de</strong> Janeiro 34 22 12 53 23 30 427 330 97 5862 5574 286São Paulo 55 31 24 47 30 17 460 387 73 7643 7221 422Curitiba 4 1 3 4 1 3 34 28 6 489 451 38Florianópolis 0 0 0 0 0 0 3 2 1 46 44 2Porto Alegre 15 11 4 19 14 5 69 55 14 684 641 43Campo Gran<strong>de</strong> 7 2 5 4 1 3 27 17 10 325 300 25Cuiabá 1 1 0 4 3 1 16 15 0 260 247 13Goiânia 8 5 3 4 1 3 24 17 7 385 346 39Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informação sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, Brasil.305


306Tabela 89: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios por outros instrumentos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 370 406 451 511 478 529 650 593 641 835 943 934 1050 1273 1365 1352 1684 1761 1876 1389 1385 1338 1417 23231Região Norte 35 32 31 38 42 47 61 45 54 69 105 107 90 106 136 136 155 136 180 183 213 212 253 2466Rondônia 4 4 1 2 8 5 9 6 11 16 18 20 9 22 15 16 11 12 27 10 18 25 29 298Acre 1 3 2 3 3 3 2 9 3 2 8 5 11 11 4 4 9 7 12 5 19 6 24 156Amazonas 11 6 9 7 19 13 20 9 17 19 22 24 28 40 52 59 49 53 54 74 60 63 71 779Roraima 1 1 0 1 1 0 2 2 2 4 15 2 3 6 4 5 14 4 17 26 21 9 19 159Pará 17 15 16 20 9 20 23 18 19 23 28 43 27 20 37 28 37 34 39 25 48 61 67 674Amapá 1 3 3 5 2 6 5 1 2 3 9 8 9 3 15 16 21 20 25 35 36 35 29 292Tocantins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 5 5 3 4 9 8 14 6 6 8 11 13 14 108Região Nor<strong>de</strong>ste 120 127 165 165 132 150 175 181 192 236 232 236 211 276 285 268 315 278 259 238 364 369 428 5402Maranhão 3 2 2 4 5 2 9 8 12 16 22 19 18 19 12 25 16 11 15 10 26 26 46 328Piauí 2 4 5 4 7 2 6 6 9 6 5 3 5 16 12 6 11 18 20 8 21 21 41 238Ceará 31 16 18 15 21 13 22 17 13 29 24 33 34 43 35 40 55 47 47 41 81 80 85 840Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 11 6 7 7 2 13 8 5 11 11 9 9 8 6 17 12 14 5 11 12 11 9 17 221Paraíba 17 15 16 23 19 33 33 30 23 25 21 17 12 23 23 29 70 29 21 19 25 18 30 571Pernambuco 37 57 71 70 48 61 53 70 69 62 87 79 63 84 77 77 67 86 85 74 79 99 92 1647Alagoas 7 17 19 10 15 14 24 20 27 34 25 32 23 27 27 24 31 22 18 19 49 35 41 560Sergipe 2 3 5 7 5 4 7 2 3 12 11 22 17 10 21 18 14 18 6 19 23 26 18 273Bahia 10 7 22 25 10 8 13 23 25 41 28 22 31 48 61 37 37 42 36 36 49 55 58 724Região Su<strong>de</strong>ste 127 144 152 189 177 228 273 228 229 299 367 345 560 687 726 727 995 1085 1167 709 528 441 397 10780Minas Gerais 34 35 44 23 26 22 33 25 46 49 39 40 45 51 40 40 57 47 42 60 77 77 104 1056Espírito Santo 5 9 8 16 10 17 14 17 18 13 17 20 13 27 21 13 14 6 23 13 24 30 36 384Rio <strong>de</strong> Janeiro 28 23 18 28 27 14 20 25 22 64 72 58 42 41 43 31 223 219 186 138 137 98 67 1624São Paulo 60 77 82 122 114 175 206 161 143 173 239 227 460 568 622 643 701 813 916 498 290 236 190 7716Região Sul 58 67 67 77 82 63 85 83 92 149 165 134 127 113 130 121 126 153 154 139 159 166 191 2701Paraná 34 31 42 44 49 34 53 51 46 65 59 66 55 54 63 62 66 71 84 69 96 82 84 1360Santa Catarina 6 13 7 11 10 11 8 10 12 26 19 10 20 19 23 24 25 29 27 25 17 27 35 414Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 18 23 18 22 23 18 24 22 34 58 87 58 52 40 44 35 35 53 43 45 46 57 72 927Região Centro-Oeste 30 36 36 42 45 41 56 56 74 82 74 112 62 91 88 100 93 109 116 120 121 150 148 1882Mato Grosso do Sul 7 4 9 5 13 6 8 8 11 14 17 13 22 19 18 20 18 18 17 19 15 25 30 336Mato Grosso 2 3 2 4 7 8 14 16 7 24 21 34 11 30 26 25 23 42 50 33 33 47 37 499Goiás 11 18 13 14 13 16 19 19 34 21 15 37 12 17 26 24 29 29 23 32 43 54 55 574Distrito Fe<strong>de</strong>ral 10 11 12 19 12 11 15 13 22 23 21 28 17 25 18 31 23 20 26 36 30 24 26 473Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 90: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios por instrumentos não especificados, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 624 692 689 955 1081 1097 1163 1208 1122 1410 1310 1264 924 584 672 767 649 595 614 1018 884 805 944 21071Região Norte 6 17 11 14 19 16 12 13 20 16 22 26 25 28 46 29 31 48 39 29 18 25 25 535Rondônia 0 2 1 2 5 4 5 6 8 2 3 6 6 5 7 3 4 5 1 0 6 2 1 84Acre 0 1 0 2 2 0 1 0 0 1 0 2 2 2 2 0 1 1 0 2 0 0 0 19Amazonas 2 5 3 3 3 3 2 2 3 3 4 8 4 1 5 4 7 13 16 1 1 1 3 97Roraima 0 4 1 0 1 1 0 0 5 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 13 1 1 0 29Pará 4 5 6 7 8 7 4 4 4 9 12 7 13 14 21 15 19 25 21 12 9 21 19 266Amapá 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 1 5 4 0 1 0 0 1 0 2 18Tocantins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 3 0 5 6 3 0 2 1 1 0 0 0 22Região Nor<strong>de</strong>ste 41 61 55 69 78 56 71 65 87 99 101 81 79 63 63 78 58 88 55 52 54 53 56 1563Maranhão 6 6 4 6 5 1 6 5 5 4 6 10 9 6 5 12 8 10 12 9 16 18 11 180Piauí 5 4 4 1 2 2 2 0 4 3 8 2 3 0 2 2 1 4 1 1 4 2 3 60Ceará 4 26 17 32 34 28 20 13 18 7 9 9 6 12 5 24 25 26 9 18 7 11 8 368Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 1 4 2 2 0 0 0 1 3 0 1 6 1 0 3 3 3 0 2 1 3 0 0 36Paraíba 0 2 2 4 0 1 2 5 10 4 4 7 6 4 7 8 0 0 2 1 3 1 1 74Pernambuco 6 11 13 8 15 9 17 10 12 28 27 21 25 12 14 5 4 6 5 3 3 5 7 266Alagoas 4 4 1 2 2 3 4 7 9 17 16 6 5 1 4 2 2 0 1 0 1 1 0 92Sergipe 4 1 0 1 0 0 0 0 0 1 3 1 3 10 2 1 2 0 0 2 0 2 4 37Bahia 11 3 12 13 20 12 20 24 26 35 27 19 21 18 21 21 13 42 23 17 17 13 22 450Região Su<strong>de</strong>ste 508 532 533 781 899 955 1002 1069 944 1216 1135 1095 760 435 512 580 499 413 472 891 779 711 847 17568Minas Gerais 44 42 45 33 28 38 39 37 35 48 26 38 20 24 40 31 9 21 26 47 19 18 13 721Espírito Santo 13 11 16 17 11 10 8 19 24 24 30 29 39 35 35 48 62 39 45 35 31 24 25 630Rio <strong>de</strong> Janeiro 58 50 44 92 93 81 107 108 82 121 112 83 68 72 64 169 96 58 44 45 32 66 167 1912São Paulo 393 429 428 639 767 826 848 905 803 1023 967 945 633 304 373 332 332 295 357 764 697 603 642 14305Região Sul 54 50 60 55 63 45 53 50 54 59 38 33 23 31 29 42 36 26 27 20 18 12 8 886Paraná 17 9 15 12 17 9 16 13 15 19 16 13 14 15 3 11 13 13 10 8 5 5 2 270Santa Catarina 4 10 11 8 10 5 6 1 1 3 2 2 2 2 5 5 5 2 4 5 3 1 0 97Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 33 31 34 35 36 31 31 36 38 37 20 18 7 14 21 26 18 11 13 7 10 6 6 519Região Centro-Oeste 15 32 30 36 22 25 25 11 17 20 14 29 37 27 22 38 25 20 21 26 15 4 8 519Mato Grosso do Sul 1 5 2 4 6 3 12 1 0 5 5 2 7 7 3 9 13 10 12 9 7 1 0 124Mato Grosso 1 3 3 1 1 5 3 3 6 9 7 9 7 4 12 17 2 1 2 4 0 1 3 104Goiás 10 18 21 28 14 15 10 6 11 5 2 18 23 16 7 12 10 9 5 12 8 2 3 265Distrito Fe<strong>de</strong>ral 3 6 4 3 1 2 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0 2 26Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>307


308Tabela 91: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios por outros instrumentos, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 370 406 451 511 478 529 650 593 641 835 943 934 1050 1273 1365 1352 1684 1761 1876 1389 1385 1338 1417 23231Porto Velho 4 0 1 0 4 2 6 2 3 5 5 13 6 9 7 8 6 6 9 4 11 18 17 146Rio Branco 0 1 1 3 2 3 1 9 3 2 7 5 11 11 3 2 7 6 7 4 16 4 19 127Manaus 10 6 6 6 16 11 18 9 14 15 19 23 27 35 50 52 46 51 52 64 52 50 51 683Boa Vista 1 0 0 1 1 0 2 2 2 3 14 2 3 3 4 5 14 3 14 19 15 8 18 134Belém 8 5 5 11 3 7 8 6 8 11 15 16 9 6 18 8 16 14 13 9 21 18 20 255Macapá 1 3 2 2 2 5 5 0 1 3 8 4 7 3 11 11 19 13 18 27 25 25 17 212Palmas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 4 2 0 1 2 12São Luís 2 2 1 1 1 1 4 5 7 10 14 11 12 12 11 21 7 7 6 0 10 14 19 178Teresina 2 2 2 1 5 2 5 4 9 4 4 1 4 12 10 5 10 17 18 8 18 14 32 189Fortaleza 18 10 11 14 12 10 17 12 6 17 18 25 24 24 19 25 25 29 27 17 27 35 40 462Natal 3 5 3 4 1 7 7 4 5 6 6 6 4 4 11 7 8 2 6 1 1 4 9 114João Pessoa 2 3 4 3 2 11 6 11 6 5 1 4 1 8 8 16 25 6 8 8 7 2 6 153Recife 6 6 8 8 10 13 13 15 10 16 17 17 9 22 19 16 17 13 17 17 15 20 14 318Maceió 3 7 3 6 6 6 13 9 18 19 13 18 11 12 12 8 13 10 5 7 19 18 18 254Aracaju 1 1 3 3 1 1 3 1 0 4 4 10 7 4 15 8 8 9 4 4 5 19 9 124Salvador 1 1 11 3 1 0 2 3 3 16 5 0 6 21 24 8 15 10 12 4 18 7 16 187Belo Horizonte 12 10 9 9 4 5 9 5 9 18 8 9 6 10 7 13 12 15 5 25 13 7 16 236Vitória 0 1 2 3 2 4 1 3 5 3 2 4 1 5 1 1 4 2 2 1 2 6 2 57Rio <strong>de</strong> Janeiro 11 5 1 9 10 1 3 12 4 20 30 17 6 16 7 7 157 153 135 90 74 50 20 838São Paulo 21 20 25 24 31 48 60 50 39 39 71 90 264 286 338 333 350 372 449 185 111 57 30 3293Curitiba 2 5 11 5 8 2 5 10 15 17 9 11 10 13 6 14 11 10 8 12 15 8 15 222Florianópolis 0 1 0 0 1 1 0 0 1 5 1 0 0 0 0 2 4 1 0 1 2 3 0 23Porto Alegre 2 4 6 4 2 1 1 1 8 14 17 5 13 5 9 9 3 8 9 8 9 5 14 157Campo Gran<strong>de</strong> 1 1 2 1 7 2 3 1 5 6 7 9 6 6 7 5 8 7 3 7 6 9 7 116Cuiabá 0 0 1 0 1 1 5 3 0 8 3 6 2 6 5 4 5 25 33 19 10 21 13 171Goiânia 2 2 2 1 1 2 3 2 17 5 7 7 3 6 7 7 14 5 6 10 8 14 15 146Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 92: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios por instrumentos não especificados, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil e Capitais, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 624 692 689 955 1081 1097 1163 1208 1122 1410 1310 1264 924 584 672 767 649 595 614 1018 884 805 944 21071Porto Velho 0 0 0 0 3 3 2 0 1 2 1 2 3 3 4 3 1 1 0 0 4 1 1 35Rio Branco 0 1 0 2 2 0 0 0 0 1 0 1 2 1 2 0 0 1 0 0 0 0 0 13Manaus 2 4 3 1 1 1 1 1 2 2 3 7 2 1 3 4 7 12 14 1 0 0 0 72Boa Vista 0 3 0 0 1 1 0 0 5 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 12Belém 2 1 0 4 4 4 2 2 2 2 6 2 5 4 9 6 3 6 8 3 6 10 6 97Macapá 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 1 4 3 0 1 0 0 1 0 0 13Palmas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 2São Luís 2 3 1 0 2 0 3 2 0 1 2 2 3 3 0 3 4 2 7 4 3 4 1 52Teresina 4 4 0 0 2 2 0 0 1 2 4 1 1 0 1 0 1 3 1 0 1 0 2 30Fortaleza 3 9 8 20 22 20 17 8 11 3 0 2 1 3 2 16 13 17 5 13 5 3 6 207Natal 1 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 2 0 2 0 1 0 0 0 0 13João Pessoa 0 1 0 0 0 0 0 0 1 2 1 1 1 3 2 2 0 0 0 0 0 0 0 14Recife 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 2 0 1 0 0 1 0 0 0 3 1 10Maceió 0 0 0 0 0 2 0 1 2 8 9 2 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 28Aracaju 2 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 5 1 0 1 0 0 1 0 0 1 15Salvador 0 0 2 2 5 2 1 8 10 16 3 1 4 8 3 1 1 12 1 0 0 0 0 80Belo Horizonte 0 2 1 0 6 3 3 4 0 5 0 4 0 2 3 6 2 2 3 11 4 2 0 63Vitória 1 0 2 2 1 1 0 4 1 4 2 6 7 2 1 3 5 2 0 0 1 0 0 45Rio <strong>de</strong> Janeiro 15 14 5 26 24 15 20 10 5 11 12 10 11 15 13 100 48 25 11 5 14 43 98 550São Paulo 206 244 256 337 463 466 486 549 436 530 514 566 319 117 125 112 132 120 125 355 339 281 291 7369Curitiba 4 0 1 3 2 0 1 0 1 2 5 2 3 2 1 1 5 1 5 3 1 0 0 43Florianópolis 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2Porto Alegre 3 3 1 1 2 0 3 0 2 0 0 2 0 0 2 1 0 0 1 0 1 1 2 25Campo Gran<strong>de</strong> 0 0 1 1 0 0 2 1 0 0 2 0 1 1 1 0 0 1 0 1 2 1 0 15Cuiabá 0 0 0 0 0 0 0 1 2 2 0 0 1 1 3 1 0 0 0 1 0 0 0 12Goiânia 0 6 6 5 5 0 0 0 1 2 0 2 7 3 1 5 2 1 0 2 0 0 0 48Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>309


310Tabela 93: Número <strong>de</strong> óbitos por homicídios ocorridos fora <strong>da</strong>s capitais, população <strong>de</strong> 0 a 19 anos. Brasil, Regiões e UFs, 1980 a 2002.1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TotalBrasil 1072 1162 1184 1455 1527 1728 1897 1975 2090 2732 2845 2785 2548 2922 3070 3423 3574 3862 4244 4532 4936 5257 5581 66401Região Norte 29 39 35 37 43 54 49 55 67 94 105 112 105 107 140 125 126 136 170 159 147 193 237 2364Rondônia 6 8 4 7 10 11 15 18 27 27 27 22 22 31 29 24 23 26 38 34 27 25 38 499Acre 2 3 1 0 1 2 2 2 1 1 1 1 1 1 2 7 8 2 6 3 4 2 6 59Amazonas 1 2 3 5 7 5 5 1 7 5 6 3 4 5 7 9 6 4 7 17 14 24 31 178Roraima 0 2 1 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 3 1 1 1 4 5 22 9 4 2 58Pará 20 24 25 21 25 35 27 33 31 52 61 71 67 55 80 60 63 77 87 51 62 99 123 1249Amapá 0 0 1 4 0 1 0 1 1 2 3 5 2 2 7 10 5 9 10 10 11 10 15 109Tocantins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6 10 8 10 14 14 20 14 17 22 20 29 22 212Região Nor<strong>de</strong>ste 213 223 261 318 308 319 365 377 417 457 480 475 427 569 547 553 702 803 883 918 1040 1175 1150 12980Maranhão 6 4 7 15 12 6 12 11 16 16 19 28 17 20 17 23 24 16 17 24 36 50 57 453Piauí 3 4 8 5 5 0 7 3 3 4 6 4 4 4 3 4 3 5 4 1 7 13 12 112Ceará 20 30 23 26 31 19 14 21 23 25 23 28 23 44 25 36 61 62 61 74 105 98 103 975Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 8 6 13 11 1 10 2 4 13 8 11 12 12 13 13 12 16 19 23 21 25 25 18 296Paraíba 26 24 25 37 31 41 48 39 42 45 43 38 32 35 39 31 78 51 40 25 64 48 59 941Pernambuco 94 107 122 145 153 177 191 207 207 218 242 243 202 272 263 252 300 397 545 567 544 652 582 6682Alagoas 21 23 26 26 25 22 33 29 30 41 31 33 27 42 36 37 47 45 48 42 67 65 77 873Sergipe 3 4 2 10 4 5 5 2 4 10 13 19 33 21 21 23 19 22 11 37 39 35 50 392Bahia 32 21 35 43 46 39 53 61 79 90 92 70 77 118 130 135 154 186 134 127 153 189 192 2256Região Su<strong>de</strong>ste 588 630 617 794 851 1057 1134 1185 1250 1670 1716 1582 1491 1656 1779 2034 2069 2160 2413 2694 2860 2911 3112 38253Minas Gerais 86 99 96 62 78 83 84 72 91 114 102 109 93 126 120 122 126 130 135 144 226 275 338 2911Espírito Santo 28 35 24 31 28 31 38 49 60 72 84 78 87 130 124 135 157 176 259 233 219 213 278 2569Rio <strong>de</strong> Janeiro 170 143 144 170 203 251 272 325 371 525 602 510 479 529 617 817 752 734 667 705 668 669 755 11078São Paulo 304 353 353 531 542 692 740 739 728 959 928 885 832 871 918 960 1034 1120 1352 1612 1747 1754 1741 21695Região Sul 167 173 177 203 223 182 213 212 230 345 391 382 324 313 343 399 371 416 414 415 467 523 620 7503Paraná 78 65 86 90 100 81 98 97 89 134 117 114 112 124 138 175 149 164 200 194 240 239 326 3210Santa Catarina 21 31 23 37 33 26 21 22 29 38 39 36 31 40 43 49 58 57 48 46 47 47 68 890Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 68 77 68 76 90 75 94 93 112 173 235 232 181 149 162 175 164 195 166 175 180 237 226 3403Região Centro-Oeste 61 66 62 70 75 74 94 79 73 97 76 149 116 152 138 178 181 209 192 181 255 277 330 3185Mato Grosso do Sul 23 18 17 15 27 18 27 16 17 21 22 30 39 50 38 56 59 56 64 54 51 47 72 837Mato Grosso 3 6 4 5 7 12 12 15 13 23 25 38 23 27 30 51 48 64 60 44 64 67 83 724Goiás 35 42 41 50 41 44 55 48 43 53 29 81 54 75 70 71 74 89 68 83 140 163 175 1624Fonte: Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM)/ Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>


Tabela 94: Razão entre óbitos informados e estimados segundo a Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> residência. Estados, Regiões, Brasil, 1991-2001.1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001Brasil 71,4 73,5 78,2 79,1 79,6 80,9 80,0 81,7 81,9 81,8 82,3Região Norte 55,4 54,4 58,3 59,9 60,3 58,7 61,0 65,5 67,7 70,0 73,7Rondônia 73,8 64,8 71,7 70,5 77,9 66,9 69,3 77,7 75,4 77,0 81,4Acre 71,4 71,9 72,8 76,0 71,1 72,5 71,4 73,8 64,5 76,7 73,5Amazonas 54,7 55,9 60,2 64,7 64,8 60,9 62,3 65,0 70,0 75,9 74,8Roraima 62,1 54,9 55,7 66,3 68,3 72,5 64,7 75,9 87,1 90,8 81,4Pará 53,0 52,4 55,6 56,4 54,5 53,5 57,4 62,4 65,1 65,6 71,8Amapá 65,3 59,3 65,3 75,5 75,3 77,3 78,1 70,4 75,8 73,3 83,1Tocantins 38,5 41,7 46,2 42,6 49,6 56,1 55,6 60,5 62,1 62,7 67,6Região Nor<strong>de</strong>ste 48,2 50,1 54,0 54,2 54,6 55,1 56,2 59,2 60,9 62,9 65,8Maranhão 31,1 32,1 33,0 29,8 30,4 29,4 33,0 37,4 35,5 39,6 48,8Piauí 23,5 31,6 35,6 35,6 34,2 31,1 36,2 39,7 41,7 56,4 61,3Ceará 37,3 38,0 46,6 50,2 49,5 51,8 55,4 56,7 62,2 60,3 64,1Rio Gran<strong>de</strong> do Norte 41,8 44,0 51,4 50,7 57,1 55,9 55,4 58,2 59,3 60,6 62,9Paraíba 49,9 48,6 56,0 54,1 55,5 53,6 53,2 46,0 53,5 57,5 59,9Pernambuco 65,3 66,4 71,1 69,5 67,2 69,5 71,6 75,5 75,5 76,6 76,0Alagoas 55,4 56,2 58,1 56,4 59,4 57,1 59,6 69,6 60,6 61,1 66,1Sergipe 63,4 74,5 68,6 69,6 81,3 74,9 71,0 78,2 79,5 80,4 82,2Bahia 53,1 55,0 56,3 58,8 58,5 60,6 58,6 62,7 65,6 66,9 68,2Região Su<strong>de</strong>ste 89,2 90,9 95,8 96,7 96,7 98,2 95,5 94,7 94,3 92,3 91,2Minas Gerais 79,9 84,7 88,0 87,5 86,1 87,4 87,3 86,9 87,4 83,7 84,5Espírito Santo 85,3 85,1 93,5 91,5 89,7 94,8 88,8 97,3 94,6 94,9 93,8Rio <strong>de</strong> Janeiro 93,6 94,0 100,0 102,1 101,3 101,9 96,9 97,7 95,0 92,1 93,2São Paulo 92,0 93,0 97,6 98,9 100,0 101,9 99,1 96,8 97,1 96,1 93,1Região Sul 85,6 89,0 94,4 93,9 94,5 98,2 94,2 98,4 95,3 95,7 93,9Paraná 82,4 86,2 91,0 92,4 90,5 94,9 93,3 96,6 93,9 95,2 92,5Santa Catarina 81,9 85,8 91,0 90,4 94,0 97,5 93,6 94,3 93,4 93,7 91,3Rio Gran<strong>de</strong> do Sul 89,9 92,8 98,7 96,8 98,2 101,3 95,3 101,7 97,2 96,9 96,1Região Centro-Oeste 72,3 76,3 79,0 83,2 85,7 82,6 85,4 86,2 86,7 84,8 85,0Mato Grosso do Sul 77,8 82,8 86,0 93,4 95,5 98,4 96,6 95,3 98,2 93,5 93,5Mato Grosso 60,4 61,8 64,2 66,2 73,8 68,6 74,0 81,3 84,8 88,9 88,5Goiás 71,4 78,1 80,0 84,7 86,6 81,4 86,3 86,3 85,1 81,8 82,8Distrito Fe<strong>de</strong>ral 85,0 82,3 87,4 89,2 86,7 85,1 84,2 81,6 80,4 78,2 77,5Fonte: SVS/MS e IBGE. Extraído <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Brasil 2004 – uma análise <strong>da</strong> situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. MS, SVS, DASIS. Brasília/MS, 2004.311

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