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Caderno de Resumo 2010 - Semana de Letras - UFSC

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Página4O PORTUGUÊS QUE VAI DISTANTE E O PORTUGUÊS QUE VAI EM NÓSProfº Dr. Emílio PagottoCharada: O que o senador Rui Barbosa, o escritor José <strong>de</strong> Alencar e o menino <strong>de</strong> rua tentandocantar o hino nacional têm em comum?A chave para a charada está na história da constituição da norma padrão no Brasil, cujo períodocrítico vai do final do século XIX ao começo do século XX. Trata-se <strong>de</strong> uma elaboração na qual secruzam projetos <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong> conflitantes, que <strong>de</strong>sdobram projetos políticos diferentes e adisseminação no Brasil <strong>de</strong> idéias científicas mo<strong>de</strong>rnas, que tirariam o país do atraso cultural e ocolocariam no rumo da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>. Enten<strong>de</strong>r o que se passou nesse período nos ajuda acompreen<strong>de</strong>r o funcionamento sociolingüístico do Brasil atual, no que respeita ao eixo que opõe,<strong>de</strong> um lado o português brasileiro e seus dialetos e do outro o português dos manuais <strong>de</strong>gramática.O VELHO E O NOVO. A SUPERAÇÃO NOS ESTUDOS DE LETRASProfº Dr. Raul AnteloÉ fato corriqueiro, para os padrões historicistas, abordar o nosso objeto <strong>de</strong> estudo, quer seja alinguagem, quer a literatura, como um valor sujeito à superação teórica. A supressão <strong>de</strong> antigascrenças implica, <strong>de</strong> um lado, uma conservação da <strong>de</strong>terminação, porém, recolocada agora noplano <strong>de</strong> uma integração superior ou, <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>cadência ou ilegitimida<strong>de</strong>, quanto a seus direitos<strong>de</strong> existência e sentido, muito embora esse conceito fique agora integrado a uma outra re<strong>de</strong> <strong>de</strong>sentido, a das razões ou motivações pelas quais um <strong>de</strong>terminado conceito, como estudos <strong>de</strong><strong>Letras</strong>, ainda existe e é concebido: o <strong>de</strong> ser um Estudo. Mas essa peculiar conservação <strong>de</strong> umconceito implica também uma elevação, já que algo é alçado a maior categoria, eleva-se, quandoestá unido com seus semelhantes: entrega-se ao outro mas, em troca, ele é reconhecido comoparticipante <strong>de</strong>ssa nova aliança. Gostaria <strong>de</strong> iluminar essa situação com a leitura <strong>de</strong> dois críticosenfrentados i<strong>de</strong>ologicamente no passado mas que, sob uma perspectiva não superadora,mostram equivalências inquietantes. Refiro-me a José Guilherme Merquior e Antonio Candido.OS CAMINHOS DO CURSO DE LETRAS E DA PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA: NÓSTAMBÉM FAZEMOS PARTE DESTA HISTÓRIAProfº Dr. Paulinho VandresenNo contexto dos festejos dos 50 anos <strong>de</strong> criação da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina,preten<strong>de</strong>mos, nesta palestra, fazer uma contribuição à história do ensino <strong>de</strong> línguas e respectivasliteraturas, a partir <strong>de</strong> minha vivência pessoal como aluno do Curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> Clássicas, lí<strong>de</strong>restudantil e, mais tar<strong>de</strong>, como professor <strong>de</strong> linguística. Procuro, inicialmente, <strong>de</strong>screver o cenárioda vida universitária na Florianópolis do início dos anos 60, com <strong>de</strong>staque para a Faculda<strong>de</strong>Catarinense <strong>de</strong> Filosofia, seus professores e os currículos oferecidos aos alunos. Destacamos asmudanças ocorridas nas abordagens no ensino da língua portuguesa e das línguas estrangeiras, aimplantação da Nova Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) e a gran<strong>de</strong> mudança curriculardos cursos <strong>de</strong> letras introduzida pelo Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação, em 1962, introduzindo asdisciplina <strong>de</strong> Linguística e Teoria Literária. Des<strong>de</strong> o início da década <strong>de</strong> 60, a reforma universitáriaera uma reinvindicação da classe estudantil e das mentes mais esclarecidas da socieda<strong>de</strong>brasileira. No bojo da reforma universitária foi criado um sistema <strong>de</strong> pós-graduação. Nesteparticular, enfocamos também a criação da pós-graduação em letras na <strong>UFSC</strong>, relatando fatosmarcantes e situando-os no contexto da vida acadêmica e político-adminisrativa do país.


Página5WILLIAM SHAKESPEARE E JOHN FLETCHER:OS DOIS NOBRES PARENTESProfº José Roberto O’Shea<strong>Resumo</strong>Mesas-redondasA LITERATURA ITALIANA PARA A INFÂNCIA: UMA ANÁLISE DIACRÔNICAProfº Sergio RomanelliProfª. Maria Teresa ArrigoniGizelle Kaminski CorsoProfª. Anna Fracchiolla – <strong>UFSC</strong>Juraci Maria SfredoProfª. Daniela BunnPreten<strong>de</strong>-se discutir, nesta mesa redonda, o papel da literatura italiana para a infância nãosomente no polissistema cultural e literário italiano, mas também no brasileiro. Numa perspectivadiacrônica, que inclui não somente os textos originais, mas, também, suas traduções eadaptações para o português e suas releituras e recriações, tentar-se-á estabelecer um diálogo euma interdisciplinarida<strong>de</strong> possível entre Literatura, Tradução e Ensino.ACCS: O QUE SÃO, COMO COMPUTAR E EXEMPLOS DE MEMORIALProfª Ina EmmelProfª Drª Zilma Gesser NunesProfª Adriana DellagnelloAcadêmicas da 7ª Fase do Curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>O Currículo do Curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> – Português e Literaturas <strong>de</strong> Língua Portuguesa <strong>de</strong> 2007 tem comouma <strong>de</strong> suas inovações a inclusão <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Acadêmico-científico-culturais – ACCs – nocômputo da carga horária obrigatória. Cabe ao graduando realizar, ao longo do Curso, ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>ssa natureza, totalizando o mínimo <strong>de</strong> 260 horas, divididas em disciplinas <strong>de</strong> noventa horascada uma. As Ativida<strong>de</strong>s Acadêmico-científico-culturais organizam-se em três frentes: ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> pesquisa, ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão e ativida<strong>de</strong>s pedagógicas correspon<strong>de</strong>ndo à disciplinascodificadas. Assim, compete ao acadêmico participar <strong>de</strong> eventos que possam ser computados emuma <strong>de</strong>ssas três categorias. De posse <strong>de</strong> certificação por meio <strong>de</strong> documento expedido pelosorganizadores, em que precisa constar o número <strong>de</strong> horas da ativida<strong>de</strong>, o acadêmico <strong>de</strong>ve reunirtais comprovações <strong>de</strong> modo a totalizar noventa horas para a constituição <strong>de</strong> uma disciplina. Énecessário ressalvar que o aluno po<strong>de</strong> optar por realizar mais <strong>de</strong> uma disciplina <strong>de</strong> ensino ou <strong>de</strong>pesquisa ou <strong>de</strong> extensão, não estando obrigado à quantificação <strong>de</strong> horas em todas três categorias.ANÁLISES DO PORTUGUÊS BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO SOB A PERSPECTIVA DASEMÂNTICA FORMALProfª. Drª. Roberta Pires <strong>de</strong> Oliveira (<strong>UFSC</strong>)Profº Dr. Marcelo Ferreira (USP)Profº. Dr. Luisandro Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Souza (<strong>UFSC</strong>)<strong>Resumo</strong>


Página6ATLAS LINGUÍSTICO DO BRASILProfº Dr. Felício Wessling Margotti (<strong>UFSC</strong>) (Coor<strong>de</strong>nador)Antonio José <strong>de</strong> Pinho (participante)Olívia Pacheco <strong>de</strong> Souza (participante)O Atlas Linguístico do Brasil é um projeto <strong>de</strong> pesquisa interinstitucional, em andamento, sob acoor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> um Comitê nacional, presidido por Suzana Alice Cardoso, da Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral da Bahia. A meta é realizar um atlas do português falado no Brasil, com base em dadoscolhidos em 250 localida<strong>de</strong>s, distribuídas por todo o território nacional. Trata-se <strong>de</strong> um amploestudo dialetal que, além da variação no espaço geográfico, contempla diferentes dimensõessociais e diafásicas. A pesquisa inclui variação fonético-fonológica, lexical e morfossintática.Inclui, ainda, aspectos relacionados à entonação e ao ritmo, além <strong>de</strong> usos pragmático-discursivosda língua. Com vistas a contribuir com tal pesquisa, uma equipe da <strong>UFSC</strong> tem realizado coleta <strong>de</strong>dados, por meio <strong>de</strong> entrevistas gravadas em áudio, em alguns pontos <strong>de</strong> Santa Catarina e do RioGran<strong>de</strong> do Sul. Essas entrevistas são transcritas foneticamente e grafematicamente pela mesmaequipe e <strong>de</strong>pois encaminhadas à equipe coor<strong>de</strong>nadora geral, sediada na UFBA, para compor obanco <strong>de</strong> dados, a partir do qual serão feitas as cartas linguísticas. Mesmo não estando pronto oatlas, os dados já coletados já permitem realizar estudos <strong>de</strong> variação dialetal, consi<strong>de</strong>rando nãosó a distribuição das variantes no espaço geográfico, mas também os diferentes usos associados àida<strong>de</strong>, ao sexo/gênero e á escolarida<strong>de</strong>. A presente mesa-redonda tem o objetivo <strong>de</strong> divulgar oprojeto ALiB, traçar um panorama das etapas finalizadas e do que ainda há por fazer, expor ostrabalhos já realizados pela equipe da <strong>UFSC</strong> e apontar caminhos possíveis para a realização <strong>de</strong>pesquisas dialetológicas que contribuam para a <strong>de</strong>scrição do português do Brasil.AUGUSTO ROA BASTOS: UMA LITERATURA EM MOVIMENTOProfª Alai Garcia Diniz (coor<strong>de</strong>nadora)Carina ScheibeEliana Cecília Rossarolla SchuksteKarin BaierValdir Olivo JúniorCarlos Eduardo da SilvaEsta mesa é resultado <strong>de</strong> pesquisas realizadas no NELOOL (Núcleo <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Literatura,Oralida<strong>de</strong> e Outras Linguagens) que giram em torno da obra do escritor paraguaio Augusto RoaBastos. Procura mostrar a literatura em movimento, atualizando e reescrevendo distintosartefatos culturais que v~o além da autonomia da literatura, revelando que “estas escrituras noadmiten lecturas literarias; esto quiere <strong>de</strong>cir que no se sabe o no importa si son o no sonliteratura” 1 . Evocando outro sentido da fronteira que revela a permeabilida<strong>de</strong> entre relatos quepassam do verbal ao oral, que se une ao visual (como é o caso do conto que se transforma emroteiro) e se transforma em encenação e jogo cênico; sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> refletir sobre o trabalho <strong>de</strong>tradução ao português da obra contística e teatral do escritor. Objetiva apresentar e discutirleituras baseando-se em conceitos tais como “heterogeneida<strong>de</strong>”, “intermedialida<strong>de</strong>”, “traduç~o”e “adaptaç~o”, evocando a problem|tica <strong>de</strong> literatura em sua relaç~o com o cinema e o teatro,campos também explorados pelo escritor. Buscando revelar esse movimento <strong>de</strong> circulação, emque a literatura cumpre um papel din}mico primordial, fazendo com que o “ser” encontre sentido“siendo-los-unos-con-los-otros” 2 .1 LUDMER, Josefina. Literatura postautonomas. 2000, p. 022 NANCY, Jean-Luc. El ser singular plural. 2006, p. 18


Página7CÂNONE E MODAS LITERÁRIAS: RELAÇÕES INTERPESSOAIS EFORMAÇÃO DA TRADIÇÃO LITERÁRIADemétrio Panarotto (doutorando <strong>UFSC</strong>)Marta Eymael Garcia Scherer (doutoranda <strong>UFSC</strong>)Marcelo Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Souza (doutorando <strong>UFSC</strong>)Nesta mesa redonda, discutir-se-á a formação do cânone no tocante à esfera intelectual em suaface letrada no Brasil, em v|rios momentos históricos, através da idéia <strong>de</strong> “moda liter|ria” e daimportância das relações interpessoais neste processo. Ao contrário da historiografia da literaturaem seus mol<strong>de</strong>s tradicionais, com suas escolas e expoentes – que conformam o cânone e o autorcanônico –, a proposta é que há uma história interpessoal que constrói, em suas repetições, emseus esquemas e princípios <strong>de</strong> classificação suas figuras <strong>de</strong> relevo, seus ídolos, que po<strong>de</strong>m passarou não para o campo institucional do cânone, mas que são validados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste panoramamomentâneo, principalmente na instância midiática, a partir <strong>de</strong> um princípio <strong>de</strong> escolhas regidopelo próprio campo no qual os autores e intelectuais envolvidos encontram-se envolvidos.CIÊNCIAS COGNITIVAS E LINGUÍSTICAProfº Dr. Heroni<strong>de</strong>s Moura – <strong>UFSC</strong>Profº Dr. Fabio Lopes – <strong>UFSC</strong>Profª. Drª Mailce Mota – <strong>UFSC</strong>Nesta mesa, será discutida a relevância das ciências cognitivas para a linguística, com ênfase nosaspectos epistemológicos e metodológicos do estudo da relação entre linguagem e mente.CINEMA E LITERATURA BRASILEIRAProfª. Claúdia Mesquita (<strong>UFSC</strong>) (coor<strong>de</strong>nadora)Profº Jair Fonseca (<strong>UFSC</strong>)Profº Jorge Wolff (<strong>UFSC</strong>)Cláudia Mesquita: Breve análise da tradução da novela Buriti (Guimarães Rosa, 1956) para ocinema, por Carlos Alberto Prates Correia (em Noites do Sertão, 1983). Se investe em uma maiorlinearida<strong>de</strong> (em termos <strong>de</strong> construção temporal), o filme busca um rico diálogo com a novela emdiversos aspectos, como a multiplicação <strong>de</strong> vozes narradoras, a valorização do texto literáriocomo "presença", a instabilida<strong>de</strong> da instância narrativa (que alterna diferentes critérios nacomposição do relato, variando entre a narração da história, o retrato <strong>de</strong> personagens, a criação<strong>de</strong> atmosferas poéticas).Jair Fonseca: Consi<strong>de</strong>rado, por vários críticos, um filme tropicalista, a versão cinematográfica <strong>de</strong>Joaquim Pedro <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> para a narrativa literária <strong>de</strong> Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, segundo o cineasta,seria antitropicalista. Como enten<strong>de</strong>r esse paradoxo crítico em relação ao tropicalismo(movimento, estilo, moda ou tendência estética do final dos anos 1960, no Brasil)?Jorge Wolff: Breve análise das relações entre literatura e cinema na obra <strong>de</strong> Joaquim Pedro <strong>de</strong>Andra<strong>de</strong>, com ênfase no filme "Guerra conjugal", que investiga a violência cotidiana sob o regimemilitar e simultaneamente busca uma maior aproximação com o público através <strong>de</strong> um certo usoda "pornochanchada". O roteiro, assinado pelo próprio diretor, costura 16 contos do escritorDalton Trevisan, autor dos diálogos do filme, que é conhecido pela criação <strong>de</strong> um estilo narrativopróprio, pela aversão aos meios <strong>de</strong> comunicação e pelo controle exercido sobre as adaptações <strong>de</strong>sua obra literária.


Página8DISCUSSÃO CURRICULARCALLDiscussão sobre as incoerências dos currículos <strong>de</strong> todos os cursos <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>. Aproveitaríamos aoportunida<strong>de</strong> para explanar sobre as cartas que foram escritas por ocasião das assembléias <strong>de</strong>cursos e proporíamos mudanças curriculares. Os professores presentes po<strong>de</strong>riam discutirconosco, explicar a construção dos novos currículos, e caso apresentássemos incoerências,retificar-nos.ESTUDOS DA TRADUÇÃO: DIÁLOGOS ENTRE A GRADUAÇÃO E A PÓS-GRADUAÇÃOElaine Espindola BaldisseraRafael Matielo – <strong>UFSC</strong>E<strong>de</strong>lweiss Vitol Gysel – <strong>UFSC</strong>Rafael Martins – <strong>UFSC</strong>Os trabalhos aqui agrupados correspon<strong>de</strong>m a uma pequena amostragem <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>pesquisas feitas no âmbito dos Estudos da Tradução, na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina,sob a orientação da Profª Drª Maria Lúcia Vasconcellos. Neste contexto, esta comunicaçãocoor<strong>de</strong>nada objetiva apresentar resultados <strong>de</strong> diálogos estabelecidos entre a graduação e pósgraduação.Destarte, 03 (três) pesquisas são brevemente apresentadas, a saber: (i) na área‘An|lise Textual e Traduç~o’ e numa perspectiva lingüística, é apresentada uma an|liseComparativa dos Itens Lexicais Translation/Tradução e Translator/Tradutor em um Corpus Bilíngüeconsistindo <strong>de</strong> Paratextos e Introduções <strong>de</strong> Livros Acadêmicos na Área <strong>de</strong> Estudos da Traduçãono Brasil, por E<strong>de</strong>lweiss Vitol Gysel; (ii) na área <strong>de</strong> Tradução Audiovisual (TAV), é discutido otratamento <strong>de</strong> Itens <strong>de</strong> Especificida<strong>de</strong> Cultural (IECs) na tradução para legendas, da série Heroes,por meio <strong>de</strong> um recorte <strong>de</strong> dois estudos feitos como Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso (TCC), porRafael Matielo e Laís Grubba Tavares; e (iii) ainda na |rea <strong>de</strong> ‘An|lise Textual e Traduç~o’, s~oapresentados os resultados <strong>de</strong> pesquisa realizada por Rafael Martins, na qual o autor faz umaan|lise das N. do T. do tradutor José Roberto O’Shea em “Cimbeline, Rei da Brit}nia” e “O Contodo Inverno”, com base no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Gile (1995), O estreitamento <strong>de</strong> laços entre graduaç~o e pósgraduaçãoe o estabelecimento <strong>de</strong> diálogos entre essas duas instâncias via pesquisa em Estudosda Tradução po<strong>de</strong> promover um entendimento maior acerca do fenômeno tradutório,contribuindo para a formação <strong>de</strong> tradutores também instrumentalizados com ferramentas <strong>de</strong>reflexão teórica e meta-discussão.GÊNEROS E LETRAMENTO: REFLEXÕES CONCEITUAIS E PEDAGÓGICAS A RESPEITO DEENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA MATERNA NA ESCOLAProfª. Drª. Rosângela Hammes Rodrigues (coor<strong>de</strong>nadora)Profª. Drª Mary Elizabeth Cerutti-RizzattiProfº Dr. Adair BoniniProfº Dr. Marco Antonio Rocha BaltarEsta mesa-redonda tematiza os conceitos <strong>de</strong> gêneros do discurso/textuais e letramento e suasimplicações conceituais e pedagógicas para os processos <strong>de</strong> ensino e aprendizagem <strong>de</strong> línguas naescola, em especial a língua materna, concebendo tais processos a partir <strong>de</strong> uma concepçãointeracionista da linguagem e <strong>de</strong> uma abordagem operacional e reflexiva da língua. Nessaperspectiva, as comunicações focalizam os conceitos <strong>de</strong> gênero e letramento nas práticas <strong>de</strong>ensino e aprendizagem da leitura, da escuta, da produção textual e da análise linguística, bemcomo na formação do professor <strong>de</strong> línguas. Cerutti-Rizzatti, a partir <strong>de</strong> estudo empírico com


Página9professores, busca respon<strong>de</strong>r a questões relacionadas ao modo como, no processo <strong>de</strong> formaçãodo leitor na escola, configura-se a ação docente no que se refere à articulação entre os universoslocal e global nos usos da escrita. Rodrigues discute como os gêneros do discurso na açãopedagógica po<strong>de</strong>m se constituir agentes integradores das práticas <strong>de</strong> leitura e escuta, produçãotextual oral e escrita e análise linguística. Bonini tematiza as experiências já realizadas com ojornal na escola e a construção do jornal escolar e seus gêneros como instrumento para oletramento midiático. Baltar <strong>de</strong>screve como, nos currículos <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>, múltiplos letramentos egêneros são temas tratados <strong>de</strong> forma explícita por um número reduzido <strong>de</strong> cursos.IMAGINAÇÃO POÉTICA SEGUNDO ARISTÓTELES: UMA @ATUALIZAÇÃOEnrique Nuesh (coor<strong>de</strong>nador)Alckmar Luiz dos SantosChristian SalesLemos a poética <strong>de</strong> Aristóteles em paralelo com outros tratados do filósofo, <strong>de</strong>stacando o papelda imaginação e da imagem no processo que vai da *mímesis * à *póiesis*. Essa leitura conduz àmetáfora enquanto modo <strong>de</strong> transposição da imagem à palavra e revela que a Poética já traz innuce uma discussão atual acerca da criação poética em meio digital, não ficando atrás nem noreferente a questões semióticas, nem no referente a questões estéticas.LA RECHERCHE EN FRANÇAIS: DES TRAVAUX DE CONCLUSION DE COURS (TCC) À L’<strong>UFSC</strong>Noêmia Guimarães Soares (coor<strong>de</strong>nadora)Cristiana B. ValenteGuilherme R. C. Mä<strong>de</strong>rCette table ron<strong>de</strong> a l’objectif <strong>de</strong> présenter aux étudiants dês Lettres <strong>de</strong>ux TCC (Travaux <strong>de</strong>Conclusion <strong>de</strong> Cours) en français qui ont été soutenus au LLE, { l’<strong>UFSC</strong>, en 2009, dans le domaine<strong>de</strong> La Linguistique et <strong>de</strong> la Traduction. Le premier <strong>de</strong> ces travaux est une analyse <strong>de</strong> la traduction<strong>de</strong> quelques marques linguistiques <strong>de</strong> l’effacement <strong>de</strong> l’énonciateur (impersonnalisation) dudiscours scientifique dans <strong>de</strong>s résumés académiques. L’analyse a porté sur un corpus <strong>de</strong> 17résumés du domaine du Droit écrits en portugais Du Brésil (PB) et leur respective traduction enfrançais (FR). Le <strong>de</strong>uxième travail est une mise en question <strong>de</strong>s arguments <strong>de</strong> l’AcadémieFrançaise <strong>de</strong> Lettres contre la féminisation <strong>de</strong>s noms <strong>de</strong> titre, gra<strong>de</strong>, fonction et métier dans lalangue française.LETRAS E EXTENSÃOProfº Dr. Fábio Lopes da Silva (<strong>UFSC</strong>) (coor<strong>de</strong>nador)Projeto Biblioteca Digital – NUPILIProjeto Pré VestibularPET <strong>Letras</strong>Projeto Curso <strong>de</strong> IdiomasA graduação em <strong>Letras</strong> propicia ao aluno o contato direto com duas das três esferas que norteiamo funcionamento da Universida<strong>de</strong>: ensino – através das disciplinas que cursa – e, pesquisa – todoprofessor leva <strong>de</strong> alguma maneira aquilo que investiga para <strong>de</strong>ntro da sala <strong>de</strong> aula. A outra esfera,a extensão, fica, por vezes, obliterada. Essa mesa redonda busca, para além <strong>de</strong> apresentar algunsprojetos <strong>de</strong> extensão existentes no CCE, discutir a importância <strong>de</strong>ssa esfera para a formação dosacadêmicos <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>.


Página10NEGRAS E NEGROS NA ARGENTINA E NO BRASIL, CONTEXTOS DE NEGAÇÃO E DERESISTÊNCIA IDENTITÁRIA – COM FOCO ESPECIAL NA ORALIDADE E NOS DISCURSOS DO“RACISMO CORDIAL”: SEMELHANÇAS E DISTINÇÕES NOS DIFERENTES CONTEXTOProfª Cristiana Tramonte (CCE / CED/ <strong>UFSC</strong>) (coor<strong>de</strong>nadora)Diana Bertolotti (acadêmica bolsista da Argentina <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> Português do CCE/ <strong>UFSC</strong>)José Paez (acadêmico <strong>de</strong> Design Gráfico do CCE <strong>UFSC</strong>)Profº Fábio Garcia (historiador e pesquisador do núcleo Ensino <strong>de</strong> História, Memória e Culturas daUDESC e do MOVER/<strong>UFSC</strong>)Esta mesa-redonda tratará das histórias <strong>de</strong> negação e resistência <strong>de</strong> negras e negros no Brasil ena Argentina, suas similarida<strong>de</strong>s, diferenças e lutas. Visa também refletir sobre os preconceitos edistinções explícitas ou mascaradas que permeiam todas as instâncias das socieda<strong>de</strong>s brasileira eargentina, com foco especial nas linguagens e as inúmeras facetas do racismo cordial bem nosso:a ignorância como forma <strong>de</strong> exclusão.O KASPERLETHEATER NO TEATRO ALEMÃOIna EmmelPedro Heliodoro TavaresNesta mesa redonda discutiremos o papel do teatro <strong>de</strong> formas animadas (Kasperle) na história doteatro alemão. Abordaremos o Fausto como teatro <strong>de</strong> animação e suas influencias para a tradiçãodo mito, e, numa perspectiva local, relataremos uma experiência com essa forma <strong>de</strong>representação na década <strong>de</strong> 60 em Pomero<strong>de</strong>-SC. Ilustraremos as consi<strong>de</strong>rações com a exposição<strong>de</strong> bonecos originais do Grupo Hohnsteiner e da empanada utilizada na época para essasapresentações.O QUE É (E O QUE NÃO É) A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAISProfº Tarcísio Leite (<strong>UFSC</strong>) (coor<strong>de</strong>nador)Profª. Ana Regina e Souza Campello (<strong>UFSC</strong>)Profª. Audrei Gesser (<strong>UFSC</strong>)<strong>Resumo</strong>OS GESTUS: MEMÓRIA, PALAVRA E IMAGEM (NEBEM)Profª. Ana Luíza Andra<strong>de</strong> (<strong>UFSC</strong>) (coor<strong>de</strong>nadora)Helano Ja<strong>de</strong>r RibeiroDavi PessoaVanessa Daniele <strong>de</strong> MoraesArtur <strong>de</strong> Vargas GiorgiMaria Augusta NunesCristiano MoreiraMarta ArabiaO conceito <strong>de</strong> gestus. Gesta(gênero épico) e gesto residual (conceito benjaminiano) . Gestobrechtiano (distanciamento)e teatro mo<strong>de</strong>rno. Gesto e memória. (Didi Huberman) Gesto elinguagem. Gesto e Imagem. (Pierre Fédida) Gesto como meio (Agamben). Do choque do olharao inconsciente (Freud). O cinema como “p|tria do gesto” (Deleuze). Os gestos e a nouvellevague: literatura e cinema. Entre o gesto, a palavra ,a imagem, o tempo. Gesto entre <strong>de</strong>ntro efora, estátua e gesto : Resnais, Robbe Grillet, Lins e Lispector. Gesto e melodrama Vestido <strong>de</strong>Noiva (Nelson Rodrigues).


Página11PRÉSENTATION DE PROJECTS POSSIBLES EN ETUDES FRANÇAISESProfº Dr. Marie Helene Torres (<strong>UFSC</strong>)Adélce Speck Rendón Céspe<strong>de</strong>s<strong>Resumo</strong>Ivi Fuentealba Villar<strong>Resumo</strong>Bruno Nobre<strong>Resumo</strong>Viviane Lima Ferreira<strong>Resumo</strong>Tradução comentada do conto Couchés dans les maïs, <strong>de</strong> Leïla SebbarFedra Rodríguez HinojosaConsi<strong>de</strong>rando as relações sociopolíticas historicamente construídas entre a França e a Argélia, queresultaram em choques culturais, <strong>de</strong>scritos <strong>de</strong> forma contun<strong>de</strong>nte na literatura argelina, opresente estudo volta-se para a tradução comentada <strong>de</strong> um dos contos da autora argelina LeïlaSebbar, cujos textos discorrem sobre os conflitos e <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas conterrâneasmuçulmanas exiladas na França. O ineditismo no Brasil dos textos <strong>de</strong> Sebbar, aliado à relevânciados mesmos no cenário cultural internacional, motiva a realização <strong>de</strong> uma tradução. Oscomentários <strong>de</strong>correntes da análise do processo tradutório são norteados pela teoria da tradução<strong>de</strong> Antoine Berman, que discute sobre o papel do tradutor como mediador cultural e o respeito àletra e cultura estrangeiras.Palavras chave: Leïla Sebbar; Literatura Argelina; Tradução; Cultura Estrangeira.La loi 101 : les actions <strong>de</strong> l’état du québec pour la préservation <strong>de</strong> la langue françaiseSara Farias da SilvaCe travail développera le pourquoi <strong>de</strong> la loi 101 ainsi que la préservation <strong>de</strong> la langue française auQuébec. La loi 101 a été créée en 1979 pour affirmer l’i<strong>de</strong>ntité d’un peuple qui revendiquait uneconscience linguistique/sociale/culturelle et politique dans leur pays. La charte <strong>de</strong> la languefrançaise : La loi 101 contient plusieurs définitions. Ont été choisie trois définitions pour travaillerdans ce projet : Le but principal <strong>de</strong> la loi 101: Faire du français la langue officielle du Québec.Ensuite <strong>de</strong>ux autres définitions : Faire du français la langue officielle enseignée { l’école. Obligerles enfants <strong>de</strong>s immigrants à fréquenter dans le réseau public une école francophone. Ce travailveut aussi ajouter l´importance du français comme langue secon<strong>de</strong> aux immigrants du Québec.PROJETO AMPER: AS PESQUISAS BRASILEIRASProfª. Drª Izabel Christine Seara (<strong>UFSC</strong>)Profª. Drª Jussara Abraçado <strong>de</strong> Almeida (UFF)Vanessa Gonzaga da Silva (<strong>UFSC</strong>, CAPES/REUNI)Nesta mesa-redonda, serão apresentadas algumas das pesquisas já realizadas no âmbito doProjeto Amper. Esse projeto constitui-se <strong>de</strong> um programa científico <strong>de</strong> geolinguística dialetal, quebusca investigar a entoação sentenças <strong>de</strong>clarativas e interrogativas nos falares que têm origem noLatim. Ele preten<strong>de</strong> ser um repositório <strong>de</strong> dados que revelem as entoações <strong>de</strong> falantes das línguasromânicas e, a partir daí, quer investigar as variações percebidas entre esses diferentes falares.Assim, discutiremos questões relativas ao Projeto Amper que é <strong>de</strong>senvolvido no Brasil, tais como:


Página12a montagem do corpus do português brasileiro, as análises elaboradas, as regiões escolhidas paracoleta <strong>de</strong> dados.QUEM TEM MEDO DA PALAVRA ALFABETIZAÇÃO?Profª Emeritus Leonor Scliar Cabral (<strong>UFSC</strong>) (coor<strong>de</strong>nadora)Drª Nara Salamunes (Secretaria Municipal <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Curitiba)Drª Otília Heinig (FURB)Drª Ana Cláudia <strong>de</strong> Souza (<strong>UFSC</strong>)A mesa “Quem tem medo da palavra alfabetizaç~o?” foi motivada pela preocupaç~o <strong>de</strong> seusintegrantes para com os resultados ainda insatisfatórios obtidos nas avaliações sobrecompetência leitora, que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as realizadas pelo INAF, pelo PISA, ou pelo INEP, como é ocaso da Prova Brasil. Tais <strong>de</strong>bates aprofundam a reflexão <strong>de</strong> que algo não vai bem nosfundamentos que têm orientado a formação do magistério responsável em <strong>de</strong>senvolver talcompetência nos alunos, em particular, dos alunos dos três anos iniciais do ensino fundamental.Entre as distorções dos fundamentos, bastante difundidas, se encontram a do antagonismo entrealfabetização e letramento, ou mesmo a anulação do primeiro; a confusão entre letramento elinguagens e/ou representação mental e até a <strong>de</strong>fesa caricata <strong>de</strong> banir o livro <strong>de</strong> alfabetização (jáque “cartilha” é <strong>de</strong>nominaç~o vedada), confundindo o mau livro did|tico com aquele necess|riopara vencer a batalha da alfabetização e chegar a uma leitura fluente, compreensiva e crítica dostextos que circulam socialmente.REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS NA MODALIDADE A DISTÂNCIAProfª. Drª Adriana Kuerten Dellagnelo (coor<strong>de</strong>nadora)Maria Ester MoritzProfª. Raquel D’ElyProfª. Rosane SilveiraO objetivo <strong>de</strong>sta mesa-redonda é discutir questões relevantes para a formação <strong>de</strong> professores naárea <strong>de</strong> línguas estrangeiras na modalida<strong>de</strong> a distância. Essas reflexões sustentam três gran<strong>de</strong>seixos: o perfil docente e discente, o papel do ambiente virtual e o papel da coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong>tutoria. No que tange ao perfil docente e discente, práticas pedagógicas típicas da educação adistância são apresentadas como alternativas para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> posturas participativasdos sujeitos do processo educativo. Em relação ao papel do ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem,serão discutidas potencialida<strong>de</strong>s e limitações do Moodle como ferramenta para <strong>de</strong>senvolverhabilida<strong>de</strong>s orais dos alunos do Curso <strong>de</strong> Licenciatura em <strong>Letras</strong>-Inglês a Distância, ofertado pela<strong>UFSC</strong>. Por fim, no que diz respeito à coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> tutoria, serão relatadas ações que visaram àpromoção da interdisciplinarida<strong>de</strong>, ao fomento da pesquisa e à participação dos alunos <strong>de</strong>graduação do ensino presencial da <strong>UFSC</strong> como tutores-monitores no Curso <strong>de</strong> Licenciatura em<strong>Letras</strong>-Espanhol a distância.SE SÓ FIZEMOS FESTA, O QUE VOCÊ TEM COM ISSO?CALLNesta mesa redonda será discutido o papel do Centro Acadêmico na vida do estudante <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>e as nossas diretrizes <strong>de</strong> luta (o que somos, por que existimos, o que fazemos, o que estamosfazendo, e o que carece ser feito?).O nome é um pouco chocante, mas é essa a intenção, a <strong>de</strong>chamar os estudantes a participarem justamente pelo lado que mais recebemos críticas (peloscorredores reverbera a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que o Centro Acadêmico é só um buraco sujo e mal-cheiroso e que


Página13se preocupa unicamente com a realização <strong>de</strong> festas. Achamos que o nome <strong>de</strong>va atrair justamenteestes alunos que criticam o C.A. mas não o conhecem <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, não sabem o que fazemospelos cursos, pelo centro, pela <strong>UFSC</strong>, não conhecem a força e a influência do CALL/<strong>UFSC</strong> namobilização estudantil estadual, regional, nacional e - com a construção do primeiro encontroLatinoamericano <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> - internacional.SOCIOLINGUÍSTICA: AS INTERFACESProfª. Drª Edair Maria Görski (<strong>UFSC</strong>) (coor<strong>de</strong>nadora)Profª. Drª Izete Lehmkuhl Coelho (<strong>UFSC</strong>)Profª. Drª Cristine G. Severo (<strong>UFSC</strong>AR)Abordar-se-á a questão da variação e da mudança linguística, consi<strong>de</strong>rando-se diferentesperspectivas teóricas como possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interface. Nesse sentido, discutem-se pontos <strong>de</strong>convergência teóricos e/ou metodológicos entre a sociolinguística <strong>de</strong> vertente laboviana e asabordagens formal, funcional e discursiva <strong>de</strong> fenômenos linguísticos em variação.TEOLOGIA E LITERATURAProfª Salma Ferraz <strong>de</strong> Oliveira (<strong>UFSC</strong>) (coor<strong>de</strong>nadora)Profº Rafael Camorlinga (<strong>UFSC</strong>)Priscila Reis (PGL – <strong>UFSC</strong>)Jonas Tefen (PGL – <strong>UFSC</strong>)Dante Luiz <strong>de</strong> Lima (PGL – <strong>UFSC</strong>)Discussão das relações, influências e confluências entre Literatura e Teologia presente em algunsautores <strong>de</strong> ficção em prosa da literatura oci<strong>de</strong>ntal: Poesia sapiençal em Jorge Drexler, o Diabo nasmúsicas <strong>de</strong> Rock, a questão das traduções na Bíblia, Caim <strong>de</strong> José Saramago, o intertexto bíblicoem Ana Rice.MinicursosA ESPECIFICIDADE DA TRADUÇÃO POÉTICA – UMA INTRODUÇÃOProfª Rosvitha Friesen BlumeO minicurso <strong>de</strong>verá oferecer algumas noções introdutórias ao campo da tradução <strong>de</strong> poesia, apartir da “poética da traduç~o” proposta pelo professor e tradutor M|rio Laranjeira. Exemplos <strong>de</strong>poemas traduzidos das literaturas <strong>de</strong> língua francesa, inglesa e, especialmente, brasileira e alemãcontemporâneas <strong>de</strong>verão servir como base para a explanação dos conceitos introduzidos.A INCORPORAÇÃO DE SUJEITOS DISCURSIVOS DISTINTOS NO ATO DA INTERPRETAÇÃO DELÍNGUA PORTUGUESA/LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LP/LS)Silvana Aguiar dos SantosDiego Mauricio BarbosaEste minicurso tem como base os seguintes objetivos: - Refletir sobre a incorporação <strong>de</strong> sujeitosdiscursivos distintos no ato da interpretação <strong>de</strong> Língua Portuguesa/Libras, auxiliar estes


Página14profissionais a <strong>de</strong>senvolverem estratégias que qualifiquem sua prática. Este curso será divididoem dois momentos: No primeiro momento, será realizada uma reflexão teórica sobre aincorporação e sua relevância na prática <strong>de</strong> intérpretes <strong>de</strong> língua <strong>de</strong> sinais. Em um segundomomento, trabalhar-se-á com ferramentas (técnicas e estratégias) que explicitem as diferentespossibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sujeitos discursivos mais frequentes nos momentos <strong>de</strong> interpretação LínguaPortuguesa/Libras.A MÚSICA COMO FERRAMENTA DE ENSINO NA AULA DE ESPANHOL COMO LÍNGUAESTRANGEIRASila Marisa <strong>de</strong> Oliveira (EaD - <strong>UFSC</strong>)silamari@gmail.comClaci Inês Schnei<strong>de</strong>r (EaD – <strong>UFSC</strong>)claciiness@gmail.comO objetivo geral <strong>de</strong>ste minicurso é explorar a música como ferramenta <strong>de</strong> ensino na aula <strong>de</strong> línguaestrangeira, com foco especial no ensino <strong>de</strong> Espanhol. Para tanto, preten<strong>de</strong>-se fomentar a reflexãodos participantes acerca do uso <strong>de</strong> música em ambiente pedagógico no que toca: 1) estabelecerobjetivos <strong>de</strong> ensino, e 2) construir ativida<strong>de</strong>s que se adéquem aos objetivos estabelecidos. Serãoapresentadas algumas sugestões práticas que buscam explorar o potencial da música comoinstrumento <strong>de</strong> ensino-aprendizgem.A TRAJETÓRIA DA MÚSICA POPULAR ITALIANA DOS ANOS 6OProfº Dr. Sergio RomanelliCristina RosaLusinete France <strong>de</strong> LimaO mini-curso tem como objetivo contextualizar a trajetória da música popular italiana nos anos60, por meio <strong>de</strong> reflexões das manifestações artísticas, culturais e históricas que acontecem apartir da música, estabelecendo relação direta com o cenário político, econômico e social daItália. Preten<strong>de</strong>, também, analisar e evi<strong>de</strong>nciar a evolução dos costumes da socieda<strong>de</strong> italiana quese reflete nos textos das canções da época, i<strong>de</strong>ntificando e/ou reconhecendo os compositores ecantores mais expressivos da década. Objetiva, ainda, expressar a importância do Festival <strong>de</strong>Sanremo, vitrine da música italiana, que sustenta e projeta no mundo novas músicas e artistas <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> sucesso; contribuindo <strong>de</strong>ssa forma com a divulgação da cultura italiana.AÇÃO, NARRAÇÃO E ESPAÇO LITERÁRIO EM GRANDE SERTÃO: VEREDASLuz Adriana Sánchez Segura (Doutoranda/PGET/<strong>UFSC</strong>)Bairon Oswaldo Vélez Escallón (Doutorando/PGL/<strong>UFSC</strong>)Neste minicurso serão apresentadas algumas questões e temáticas da obra Gran<strong>de</strong> Sertão:Veredas (1956), <strong>de</strong> João Guimarães Rosa, principalmente no que tange à sua relação com aproblemática da representação e com a sua abordagem na fortuna crítica. Para isso, serãoexpostos e discutidos os “elementos” aç~o, narraç~o, espaço (ou espaçamento) e a sua paradoxaltransição ao texto, que ten<strong>de</strong> a disseminar o representado em apresentação. O minicurso visa àconsi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> uma reflexão crítica em extrema intimida<strong>de</strong> com a obra <strong>de</strong> que se ocupa e dasimplicações éticas e políticas <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>ssa relação.


Página15AS REDES SOCIAIS, AS REDES DE RELACIONAMENTO E O ENSINO DE LÍNGUASESTRANGEIRAS: EXPERIMENTOS A PARTIR DE BLOGS E FACEBOOKMaria José Damiani CostaLuiziane da SilvaPaula Balbis GarciaO crescente uso <strong>de</strong> certas mídias <strong>de</strong> comunicação na internet em ambientes educativos eos diferentes recursos <strong>de</strong> links, imagens e sons que elas possibilitam levam ao ensinoaprendizagemum gran<strong>de</strong> enriquecimento, não só nas aulas presenciais, mas também nas aulas adistancia. Sendo assim, este minicurso preten<strong>de</strong> apresentar um breve panorama das re<strong>de</strong>s sociaise das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> relacionamento - conceitos e classificações - e suas implicações para o ensinoaprendizagem<strong>de</strong> línguas estrangeiras, com foco na língua espanhola, a partir do uso do Facebooke dos blogs.BIOGRAFEMAS SOBRE FRIDA KHALO – UM OLHAR SOBRE AS BIOGRAFIAS INFANTO-JUVENIS DA ARTISTAAna Maria Alves <strong>de</strong> SouzaA variabilida<strong>de</strong> biográfica sobre Frida Kahlo. Características <strong>de</strong> 2 versões para o público infantil.Introduç~o ao tema das “escritas <strong>de</strong> si”. Consi<strong>de</strong>rações sobre a história dos autorretratos e dodiário.CULTURA E POLÍTICA: UMA LEITURA DO ROMANCE DE ‘30Profª Patrícia Peterle<strong>Resumo</strong>ESTUDOS SOBRE CRIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE PERSONAGENS NOS ROMANCES DEROBERTO ARLTJanete Elenice Jorge (Doutoranda em Literatura PGL-<strong>UFSC</strong>)Gastón Cosentino (Mestrando em Literatura PGL-<strong>UFSC</strong>)O mini-curso tem como proposta analisar a criação e caracterização <strong>de</strong> alguns personagens danarrativa do escritor argentino Roberto Arlt. Primeiramente apresentaremos o escritor e umbreve contexto histórico, apontaremos alguns personagens <strong>de</strong> seus 4 romances, para em seguidaabordar a construção estética <strong>de</strong>sses personagens, que julgamos não canônica, e verificar <strong>de</strong> quemaneira essa configuração acaba influenciando o próprio texto e a crítica que se faz <strong>de</strong>le.Também ofereceremos uma bibliografia crítica e <strong>de</strong> textos teóricos que abordam a escrituraarltiana.ETIQUETAGEM DE DADOS DE FALA USANDO O PRAATCarla CristofoliniLilian BrodVanessa Gonzaga NunesNeste minicurso, serão apresentados alguns aspectos que caracterizam acusticamente ossegmentos <strong>de</strong> fala vocálicos e consonantais. A partir <strong>de</strong>ssa i<strong>de</strong>ntificação acústica, dos segmentosno sinal <strong>de</strong> fala, será realizada a etiquetagem dos dados a partir <strong>de</strong> fatores que sãofrequentemente levados em conta em tais ativida<strong>de</strong>s.


Página16EXPERIÊNCIAS COM PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INCLUSIVAMárcia <strong>de</strong> Souza LehmkuhlAndréa Cesco (DLLE/<strong>UFSC</strong>)Mara González Bezerra (mestranda Teoria da Literatura/CNPq).Santa Catarina é o primeiro Estado a contar com uma política <strong>de</strong> educação especial e com umafundação inteiramente pública. A autonomia do aluno e a sua inclusão no espaço comum dassalas <strong>de</strong> aula são objetivos das políticas publicas <strong>de</strong> Educação Inclusiva, a forma como ocorre nasescolas e o relato <strong>de</strong>stas experiências é o foco do curso.GÊNEROS TEXTUAIS APLICADOS AO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRASProfª Maria José Damiani CostaProfª Vera Regina <strong>de</strong> Aquino VieiraBrenda Rocio Ruesta Barrientos (NUSPPLE-GR)Fabíola Teixeira Ferreira (NUSPPLE-GR)Este minicurso preten<strong>de</strong> apresentar um panorama dos presupostos teóricos da teoria <strong>de</strong> GênerosTextuais, e sua aplicação no processo <strong>de</strong> ensino aprendizagem Língua Estrangeira. A partir daprática pedagógica <strong>de</strong>senvolvida no projeto INCLUIR feita pelos integrantes do NUSSPLE/<strong>UFSC</strong> -Núcleo <strong>de</strong> Suporte Pedagógico para Professores <strong>de</strong> Língua Estrangeira <strong>de</strong>monstramos aimportância do professor em dominar conceitos e estratégias para que possa conduzir sua práticadocente, <strong>de</strong> modo a tornar os gêneros textuais um instrumento eficaz.INTERPRETAÇÃO E ENCENAÇÃO DE TEXTOS CLÁSSICOS, NO EXEMPLO DO “FAUSTO” DEGOETHEProfº Markus J. WeiningerDevido ao gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> encenações <strong>de</strong> peças canônicas ou clássicas <strong>de</strong> uma literatura, surgepor um lado a tendência <strong>de</strong> reinterpretações ou atualizações, por outro, existem encenações<strong>de</strong>cididamente tradicionalistas que querem preservar o que h| <strong>de</strong> “cl|ssico” numa peça. Noexemplo do “Fausto” <strong>de</strong> Goethe ser| discutido o panorama <strong>de</strong> inovaç~o e preservaç~o no plano<strong>de</strong> forma e conteúdo.INTRODUÇÃO AO USO DE FERRAMENTAS DE DESENVOLVIMENTO DE MATERIAIS DETREINAMENTO PARA EADFernando da Silva - Tutor na área <strong>de</strong> EADAtravés <strong>de</strong> uma condição onipresente nas relações <strong>de</strong> ensino e aprendizagem, sobretudo nomomento atual, a intermediação <strong>de</strong> conteúdos didáticos por meios digitais torna-se uma quaseque obrigatorieda<strong>de</strong> para a consolidaç~o da proposta “educaç~o para todos”. Todavia, muitasvezes esta intermediação, ou diálogo, entre o conteúdo a ser instrucionado e aquele que oreceberá, por via <strong>de</strong> regra o aluno, não é feita <strong>de</strong> maneira clara, por razões que certamente nãoestão relacionadas à competência didática dos profissionais envolvidos nesta prática, mas por<strong>de</strong>sconhecimento do uso das ferramentas apropriadas para tal mediação. Por intermédio <strong>de</strong>staargumentação inicial venho através <strong>de</strong>ste resumo propor um mini-curso <strong>de</strong> duração mínima <strong>de</strong>3hs (ou mais segundo a disponibilida<strong>de</strong> do programa) no qual farei a introdução <strong>de</strong> algumasferramentas que po<strong>de</strong>m ser usadas por profissionais <strong>de</strong> EAD (ou profissionais interessados) <strong>de</strong>forma a facilitar e tornar mais atraentes as interações <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma prática didática mediata por


Página17computadores. O foco <strong>de</strong>ste mini-curso será o uso do software Adobe Captivate ®, ferramenta<strong>de</strong>senvolvida pela empresa Adobe que permite <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a criação <strong>de</strong> tutoriais e materiais <strong>de</strong>treinamento básicos através <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> captura <strong>de</strong> tela (screen capture) a ricas experiências<strong>de</strong> EAD com conteúdos profissionais avançados e interativos, simulações <strong>de</strong> cenários, softwares,quizzes, e outras experiências que além <strong>de</strong> cumprirem com seus objetivos didáticos, po<strong>de</strong>mauxiliar profissionais e alunos envolvidos a <strong>de</strong>senvolver e melhor se ambientarem com o uso <strong>de</strong>ferramentas digitais para o ensino e aprendizado. Para a realização <strong>de</strong>ste mini-curso não haverá anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> programação ou <strong>de</strong> multimídia, apenas um domínio básico nomanuseio do computador. Além das ferramentas <strong>de</strong>scritas, este mini-curso oferecerá aintrodução a ferramentas <strong>de</strong> captura <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o, conversão, publicação <strong>de</strong> conteúdo online emétodos <strong>de</strong> avaliação.LETRAS-ESPANHOL A DISTÂNCIA: REFLEXÕES E PRÁTICA DESSA MODALIDADE DE ENSINOE DO USO DE SUAS FERRAMENTASClaci Ines Schei<strong>de</strong>r<strong>Resumo</strong>LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E LIBRAS: PRÁTICA DE INCLUSÃOProfª Vera Regina <strong>de</strong> Aquino VieiraCinthia Fortini (PROBOLSA/NUSPPLE-GR)Evelise Groppi Fanco (PROBOLSA/ NUSPPLE-GR)Incluir não é apenas tratar a todos igualmente, mas sim ir além e perceber que nas diferençastodos são capazes <strong>de</strong> atingir os mesmo objetivos quando estimulados a ultrapassarem seuslimites para alcançar o máximo <strong>de</strong> suas potencialida<strong>de</strong>s. E é também, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma visãopedagógica, dar condições para possibilitar a aprendizagem e o conhecimento da línguaespanhola num processo <strong>de</strong> inclusão do aluno surdo com os <strong>de</strong>mais alunos em sala, permitindoque o <strong>de</strong>senvolvimento do espanhol como L2 se torne um instrumento <strong>de</strong> interação interpessoale social.MÍDIA E EDUCAÇÃOProfª Drª Silvia Inês Coneglian Carrilho <strong>de</strong> VasconcelosObjetivo: O minicurso - a ser ministrado na IV <strong>Semana</strong> <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> da <strong>UFSC</strong> - tem por objetivoproblematizar o tratamento que a mídia em geral vem dando a certos conteúdos e como issopo<strong>de</strong> ser utilizado no espaço escolar. Metodologia: Apresentação da base teórica que subsidiaráas análises (análise do discurso e agenda setting). Análise <strong>de</strong> casos veiculados na gran<strong>de</strong> mídia(gran<strong>de</strong> circulação) como as emissoras <strong>de</strong> televisão aberta, os jornais das metrópoles, asemissoras mais populares <strong>de</strong> rádio bem como a internet (sites, blogues, twitters).Palavras-chave: mídia; leitura; sala <strong>de</strong> aula; ensino; formação docenteO DIABO NA CULTURA OCIDENTALProfª Drª Salma Ferraz <strong>de</strong> OliveiraO presente minicurso preten<strong>de</strong> dar uma visão panorâmica da trajetória <strong>de</strong> Lúcifer na Bíblia, entrealguns Teólogos, passando por alguns teóricos se chegando a importância do Diabo na Literaturaoci<strong>de</strong>ntal, a saber: Dante, Milton, Saramago, Machado <strong>de</strong> Assis, Álvares <strong>de</strong> Azevedo, etc.


Página18O ENSINO DA LÍNGUA ESPANHOLA PARA A TERCEIRA IDADE: ELABORAÇÃO DE MATERIALDIDÁTICO PARA GRUPO ESPECÍFICOVera Regina <strong>de</strong> Aquino VieiraAdélia B. Koerich (NETI/NUSPPLE)Fabíola Teixeira Ferreira (NUSPPLE/GR)O fenômeno mundial do envelhecimento populacional apresenta, atualmente, novascaracterísticas, em <strong>de</strong>corrência dos avanços da ciência e da tecnologia. Uma nova concepção <strong>de</strong>velhice e <strong>de</strong> envelhecimento está produzindo uma nova postura educacional e social. Sendo assim,através das pesquisas realizadas no Núcleo <strong>de</strong> Suporte Pedagógico para Professores <strong>de</strong> LínguaEstrangeira (NUSPPLE/<strong>UFSC</strong>) em parceria com o Núcleo <strong>de</strong> Estudos da Terceira Ida<strong>de</strong> (NETI/<strong>UFSC</strong>),<strong>de</strong>senvolvemos o projeto O ensino da língua espanhola para a terceira ida<strong>de</strong> que visa o ensino doespanhol como uma estratégia <strong>de</strong> valorização social. Em virtu<strong>de</strong> disso, o foco das unida<strong>de</strong>sdidáticas está voltado para temas que abordam questões relacionadas ao cotidiano dos alunos, aoseu contexto e perfil diferenciado. Dessa maneira, o objetivo <strong>de</strong>sse mini curso é apresentar comosão elaboradas as aulas através <strong>de</strong> um material didático específico para esse público. Respeitandoassim, os interesses, as necessida<strong>de</strong>s e características específicas <strong>de</strong>ssa faixa etária.O ESPETÁCULO DO COTIDIANO - O COTIDIANO NO TEATRO, OU COMO LIBERAR A DOR NABANALIDADE: EXEMPLOS DO TEATRO ALEMÃOProfº Dr Stephan Baumgärtel (CEART/UDESC)O curso visa apresentar a relação crítica entre o real e o ficcional, o biográfico e o imaginário, talcomo se manifesta em trabalhos <strong>de</strong> diretores alemães a partir dos anos 90. Analisa-se, para isso,principalmente os trabalhos dos coletivos teatrais Rimini-Protokoll e Gob Squad, e discute-se asforças formadoras estéticas e socio-culturais que entram nesta estética pós-dramática.O LÚDICO E O ENSINO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LINGUA ESTRANGEIRAProfª Maria José Damiani CostaProfª. Vera Regina <strong>de</strong> Aquino VieiraAna Paula <strong>de</strong> Carvalho Demétrio (NUSPPLE-GR)Alex Sandro Beckhauser (NUSPPLE-GR)As ativida<strong>de</strong>s lúdicas <strong>de</strong>vem estar constantemente ligadas à educação infantil, pois fazem parte<strong>de</strong> seu universo e é assim que a criança interage com seu entorno. Porém, tais ativida<strong>de</strong>s emanifestações não <strong>de</strong>vem ser confundidas com o simples ato <strong>de</strong> brincar pois o lúdico aliado aoensino aprendizagem <strong>de</strong> uma língua estrangeira vai mais além disso: Trata-se <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r <strong>de</strong>forma natural e prazerosa. E nós participantes do Núcleo <strong>de</strong> Apoio Pedagógico para Professores<strong>de</strong> Língua Estrangeira (NUSPPLE) buscamos, com esta comunicação, mostrar a importância dasativida<strong>de</strong>s lúdicas no ensino <strong>de</strong> língua espanhol apara crianças. O principal objetivo com estetema é reforçar a idéia <strong>de</strong> que o lúdico é uma estratégia <strong>de</strong> caráter participativo impulsionadopelo uso da criativida<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>ve ser planejado e pedagogicamente orientado, utilizando-se <strong>de</strong>dinâmicas, exercícios e jogos didáticos criados para dinamizar o processo <strong>de</strong> ensinoaprendizagemem grupo.


Página20dos conceitos <strong>de</strong> sílaba, bem como da relação entre representação ortográfica e realizaçãofonológica <strong>de</strong> itens lexicais. Durante o curso, serão realizadas diversas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transcriçãofonética com os sons vocálicos e consonantais da língua inglesa que ofereçam dificulda<strong>de</strong>soriginadas pela interferência ortográfica do português.OS GÊNEROS DISCURSIVOS EM AULA DE LÍNGUA (MATERNA E ESTRANGEIRA)Profª Zélia Anita Viviani – LLEO objetivo <strong>de</strong>ste minicurso é oferecer aos professores <strong>de</strong> língua (materna ou estrangeira) algunssubsídios para o estabelecimento da interação verbal em sala <strong>de</strong> aula, através da apresentaçãosucinta dos princípios fundamentais da teoria dos gêneros do discurso proposta por M. Bakhtin(1895-1975). Segundo o linguista-filósofo russo, a linguagem se concretiza a partir <strong>de</strong> umaintenção <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> um locutor para com um interlocutor, ambos sujeitos responsivosativos, i<strong>de</strong>ologicamente constituídos e socio-historicamente <strong>de</strong>terminados. Esta visão modifica,certamente, uma concepção <strong>de</strong> ensino/aprendizagem <strong>de</strong> língua fundada sobre mo<strong>de</strong>los(semi)prontos a serem utilizados, <strong>de</strong>svinculados <strong>de</strong> uma situação <strong>de</strong> interação real. A concepção<strong>de</strong> Bakhtin ultrapassa, então, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> linguagem apenas como comunicação, e o ensino à luz<strong>de</strong> sua teoria po<strong>de</strong>rá proporcionar ao aluno o uso da língua em situações concretas <strong>de</strong> interaçãoverbal, através da varieda<strong>de</strong> dos gêneros do discurso propostos pelo professor <strong>de</strong> formaconsciente em sala <strong>de</strong> aula.OS SCRIPTS DO PRAATProfª. Izabel Christine Seara (<strong>UFSC</strong>)Profº. Fernando Santana Pacheco (IFES)Neste minicurso, serão apresentados alguns scripts que fazem a coleta <strong>de</strong> dados automática emdados etiquetados via software Praat. Serão apresentadas também, algumas maneiras <strong>de</strong> fazeruma readaptação em scripts já elaborados para outras análises <strong>de</strong> dados.POLÍTICA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DE SCSergio Otavio Bassetti, (FCEE)Andréa Cesco (DLLE/<strong>UFSC</strong>)Mara González Bezerra (mestranda Teoria da Literatura/CNPq).A atual política do estado <strong>de</strong> SC estabelece o compartilhamento <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> entre asdiferentes secretarias setoriais <strong>de</strong> estado, <strong>de</strong>terminou a clientela da educação especial e oencaminhamento à re<strong>de</strong> regular <strong>de</strong> ensino, bem como os serviços <strong>de</strong> educação especial. Tambémdiscutir as questões <strong>de</strong> educação especial no ensino superiorPOSTALES DE LA ARGENTINA BICENTENARIA: LA GRAN IMMIGRACIONSanto Gabriel Vaccaro (ONETTI)<strong>Resumo</strong>PRODUÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS EM ESPANHOL: ANÁLISE DE CASOSLiliana RealesSelomar Claudio Borges (Mestrando em Literatura)


Página21O Curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>-Espanhol da <strong>UFSC</strong> se caracteriza pela heterogeneida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus alunos no quetange à formação escolar <strong>de</strong>stes, não só porque são oriundos <strong>de</strong> instituições diversificadas emquanto à gra<strong>de</strong> curricular, sejam essas escolas públicas, particulares ou cursos técnicos, mastambém, e muito mais relevante para nossa argumentação, <strong>de</strong>vido a que <strong>de</strong>monstram perfisdiversos com respeito a um estudo menos ou mais profundo da literatura, e <strong>de</strong> textos <strong>de</strong>produção escrita afins com este assunto. Como conseqüência disso, o aluno <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>-Espanhol,geralmente, ten<strong>de</strong> a se <strong>de</strong>parar com algumas dificulda<strong>de</strong>s na construção <strong>de</strong> seu conhecimento nauniversida<strong>de</strong>, já que vislumbra novos <strong>de</strong>safios, fruto <strong>de</strong> também novas exigências, próprias doensino superior. Notamos, através <strong>de</strong> nossa experiência, que dois problemas se <strong>de</strong>stacam: adificulda<strong>de</strong> na leitura e interpretação <strong>de</strong> textos literários, com seus diversos estilos e gêneros, e,<strong>de</strong> maneira geral, a dificulda<strong>de</strong> na produção escrita, visto que, além das dificulda<strong>de</strong>s comuns àtarefa, se alia o fato <strong>de</strong> que muitos dos escritos exigidos na universida<strong>de</strong> o aluno pouco conhece.Esses escritos tanto po<strong>de</strong>m ser os mais complexos - uma monografia ou um ensaio crítico -, comodos mais simples tal como um resumo. Juntamente a isso, no Curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>-Espanhol,evi<strong>de</strong>ncia-se uma dificulda<strong>de</strong> a mais, que é o idioma espanhol a ser aprendido. Já nas primeirasfases, como é <strong>de</strong>vido, o aluno é incentivado a manusear textos escritos no idioma-meta e,também, a produzir seus textos ou exercícios escritos em espanhol.PROJETO DE LEITURARozelena May <strong>de</strong> FariasAdilson PiresA proposta <strong>de</strong>sse minicurso é <strong>de</strong> apresentar idéias <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s para <strong>de</strong>spertar o interesse doaluno na leitura, na forma <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> leitura. As técnicas sugeridas passam por três etapasimportantes nesse tipo <strong>de</strong> projeto: PRÉ LEITURA, DURANTE A LEITURA e PÓS LEITURA. A préleitura é o momento em que o professor apresenta o livro a ser lido, com ativida<strong>de</strong>s que<strong>de</strong>spertem o interesse pelo assunto. Durante a leitura o professor, acompanhará o <strong>de</strong>sempenhodo aluno, ajudando-o a <strong>de</strong>senvolver a fruição na leitura, bem como <strong>de</strong>spertar uma postura críticasobre o assunto. Na pós-leitura serão propostas ativida<strong>de</strong>s em que o aluno <strong>de</strong>senvolverátrabalhos para consolidar a sua experiência.Essas ativida<strong>de</strong>s abrangem faixas etárias do ensino fundamental até o ensino médio, e tambémpara alunos <strong>de</strong> línguas estrangeiras. O curso não preten<strong>de</strong> ser teórico, mas sim apresentarexperiências próprias da professora em anos <strong>de</strong> trabalho com esse tipo <strong>de</strong> projeto.REVISÃO DE TEXTOSProfª Lúcia Flores<strong>Resumo</strong>SEM LENÇO NEM DOCUMENTO: TROPICALISMO (POR QUE NÃO?)Luiza Possebon RibasRenata Gonçalves GomesO tropicalismo é consi<strong>de</strong>rado o último movimento vanguardista (contra) cultural brasileiro: o"canto dos cisnes" do mo<strong>de</strong>rnismo <strong>de</strong> 22 teve, como uma <strong>de</strong> suas principais características, aapropriação da linguagem <strong>de</strong> díspares meios <strong>de</strong> comunicação na manifestação cultural. Apopularização da televisão e o crescimento da indústria fonográfica, bem como os manifestosesquerdistas contra ditatoriais, tornavam-se instrumentos que, <strong>de</strong> maneira crítica e irônica, foram


Página22incorporados no movimento que tentava acompanhar a mo<strong>de</strong>rnização do país através <strong>de</strong> umamo<strong>de</strong>rnização das artes: do parangolé <strong>de</strong> Oiticica às músicas <strong>de</strong> Caetano e Gil, da revistaNavilouca ao Cinema Novo, <strong>de</strong> Chacrinha à Carmen Miranda, <strong>de</strong> Andy Warhol à RubensGerchman. Este mini-curso preten<strong>de</strong> pôr em <strong>de</strong>bate o movimento tropicalista como últimamanifestação cultural vanguardista no Brasil, e <strong>de</strong>verá se fundamentar no estudo dos principaisarticuladores do movimento e suas obras.Grupos <strong>de</strong> trabalhoA LÍNGUA ESCRITA NA MICROCULTURA E NA ESCOLARIZAÇÃOCoor<strong>de</strong>nadora: Mary Elizabeth Cerutti-RizzattiEste Grupo Temático focaliza estudos sobre usos sociais da escrita em diferentes microculturas,tanto quanto tematiza a formação escolar do usuário da escrita, com especial enfoque emcomunida<strong>de</strong>s escolares e na educação básica em escolas públicas. Nesse âmbito, discutequestões relacionadas ao fenômeno do letramento, ao a(na)lfabetismo, à formação do leitor e doprodutor <strong>de</strong> textos na escola e a <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> domínio da língua escrita no processo <strong>de</strong>habilitação profissional. Reúne recortes <strong>de</strong> pesquisas cujo enfoque é a língua como objeto social,mediando interações histórica e culturalmente situadas.A co-construção dos conceitos <strong>de</strong> alfabetização e letramento por estudantes dos cursos <strong>de</strong>graduação em <strong>Letras</strong> e PedagogiaFernanda Cargnin GonçalvesEsta comunicação correspon<strong>de</strong> a uma pesquisa-ação que se configurou sob forma <strong>de</strong> um cursosemi-presencial realizado no segundo semestre <strong>de</strong> 2009, oferecido pelo Programa <strong>de</strong> Pósgraduaçãoem Linguística da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina – <strong>UFSC</strong> – com acadêmicosdos cursos <strong>de</strong> graduação em Pedagogia e <strong>Letras</strong> – modalida<strong>de</strong>s presencial e a distância. Com oobjetivo <strong>de</strong> trazer à tona concepções dos referidos estudantes a respeito dos conceitos <strong>de</strong>alfabetização e letramento e co-construir novas significações para esses conceitos, este estudobusca analisar o <strong>de</strong>lineamento colegiado <strong>de</strong> caminhos para modificações <strong>de</strong> saberes. (ANDRÉ,2008). Ao longo do Curso intitulado Alfabetização e Letramento, foram observadas as concepçõesdos acadêmicos acerca <strong>de</strong>sses conceitos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da interação até a última produçãorealizada, dando atenção às ressignificações e/ou permanências conceptuais. Dentre asativida<strong>de</strong>s propostas, foram contempladas aulas presenciais, discussões via chats e outrasativida<strong>de</strong>s a distância por meio da plataforma Moodle, como, por exemplo, fóruns, wikis,produções escritas, glossário e diário. O estudo foi realizado à luz <strong>de</strong> teorizações <strong>de</strong> Street (1984;2003), Barton (1994); Tfouni (1995), Soares (2004) e Ferreiro (2003). Ao final do processo,percebeu-se a apropriação dos alunos no que respeita aos conceitos trabalhados;os estudantescompartilharam compreensões <strong>de</strong> que letramento, hoje, implica uso social da escrita e quealfabetização não é restrita ao código escrito, sendo difícil conceber iletrismo nas socieda<strong>de</strong>sgrafocêntricas atuais.


Página23A criação do blog Caixa <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ias como ferramenta <strong>de</strong> apropriação da leitura e produção <strong>de</strong>textos para os estudantes do Colégio da UNIVILLE São Bento do SulSimone Lesnhak KrugerA leitura e a produção <strong>de</strong> textos na escola com foco no contexto microcultural dos estudantes sãomodalida<strong>de</strong>s do uso da linguagem ainda hoje pouco difundidas na disciplina <strong>de</strong> LínguaPortuguesa. A partir da divulgação das noções <strong>de</strong> gêneros, da concepção interacionista dalinguagem, da proposição do uso do texto como objeto <strong>de</strong> ensino nas escolas, o ensino <strong>de</strong> leitura e<strong>de</strong> produção textual procura avançar no sentido <strong>de</strong> possibilitar aos estudantes a aproximaçãocom os diversos gêneros que circulam na socieda<strong>de</strong>. Entretanto, observa-se que os trabalhospartem <strong>de</strong> um universo mais amplo, dos textos que circulam na socieda<strong>de</strong> e não especificamenteno contexto dos estudantes. A partir <strong>de</strong>ssa constatação, foi realizado o projeto Blog Caixa <strong>de</strong>I<strong>de</strong>ias como ferramenta <strong>de</strong> apropriação da leitura e <strong>de</strong> produção textual no Colégio da UNIVILLESBS, que teve as seguintes etapas: i<strong>de</strong>ntificação dos textos que circulam no contextomicrocultural dos estudantes <strong>de</strong> ensino médio; i<strong>de</strong>ntificação do blog como ferramenta potencial<strong>de</strong> leitura e produção textual; criação do blog Caixa <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ias; análise dos textos que circulam emblogs na internet; i<strong>de</strong>ntificação da crônica como gênero a ser utilizado no blog; postagem <strong>de</strong>crônicas pelos estudantes; leitura e análise dos textos produzidos. O resultado da criação do blogconfirma a hipótese <strong>de</strong> que a apropriação <strong>de</strong> leitura e <strong>de</strong> produção textual na escola po<strong>de</strong> serpotencializada pelo uso <strong>de</strong> ferramentas que façam parte da microcultura dos estudantes.Educação <strong>de</strong> jovens e adultos e projetos <strong>de</strong> letramento: repensando a prática escolar emprogramas institucionaisRosângela PedralliA co-construção <strong>de</strong> livro <strong>de</strong> histórias, implicada na pesquisa-ação <strong>de</strong> que se constitui este estudo,é uma experiência <strong>de</strong> ensino e aprendizagem <strong>de</strong> língua materna pautada no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>um projeto <strong>de</strong> letramento (KLEIMAN, 2000) <strong>de</strong> curta duração em uma turma do ensinofundamental da educação <strong>de</strong> jovens e adultos. O objetivo da pesquisa-ação foi empreen<strong>de</strong>r aconstrução <strong>de</strong> uma experiência dialética entre práticas <strong>de</strong> letramento locais e globais, ancoradano que propõe Street (1993; 2003) quando concebe que letramento <strong>de</strong>ve ser entendido como umaprática cujo processo cognitivo está encapsulado <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> espaços sócio-histórico-culturais. Aoperacionalização da pesquisa implicou <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações pedagógicas que facultaramaos alunos participantes vivenciar eventos <strong>de</strong> letramento para além da esfera escolar. Acentralida<strong>de</strong> do projeto na produção textual teve por base, ainda, a compreensão <strong>de</strong> Geraldi(1984) <strong>de</strong> que trabalhar com Língua Portuguesa <strong>de</strong>ve passar, necessariamente, pela produçãotextual, concebida como ativida<strong>de</strong> com objetivo interacional efetivo, que transcenda a leituradocente. Para tanto, houve elaboração <strong>de</strong> estratégias pedagógicas que trabalharam com o texto,objetivando o estabelecimento <strong>de</strong> relações intersubjetivas situadas. Faz-se necessário pontuarque, embora o enfoque do projeto seja a incursão por diferentes práticas <strong>de</strong> letramentoancoradas no trabalho com produção textual escrita, ele não esteve dissociado <strong>de</strong> umapreocupação com leitura e produções textuais orais, por enten<strong>de</strong>r que ler é processo dialógicoalimentador da escrita (CERUTTI-RIZZATTI, 2008). A realização da pesquisa-ação contemplou aorganização <strong>de</strong> uma coletânea <strong>de</strong> textos cuja temática perpassa questões inerentes àmacrocultura, na busca <strong>de</strong> hibridização com a microcultura em que se inserem os alunos,contemplando algumas das diferentes esferas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> nas quais esses sujeitos se encontraminseridos.


Página24Exigências <strong>de</strong> leitura e escrita na formação <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> Língua Portuguesa via EaDAline Cassol DagaA comunicação na Educação a Distância contemporaneamente acontece na maior parte dotempo por meio <strong>de</strong> chats, MSN, e-mails e fóruns, trocados entre discentes, tutores e docentes, oque contribui para tornar o uso da língua escrita prevalecente nos processos interacionais <strong>de</strong>mediação na apropriação do conhecimento, dado que tais interações virtuais <strong>de</strong>mandam os atos<strong>de</strong> ler e escrever. Cursos que formam licenciados em Língua Portuguesa via Educação a Distância,portanto, ten<strong>de</strong>m a exigir maior domínio, por parte dos professores e dos estudantes, <strong>de</strong> técnicas<strong>de</strong> interação on-line via língua escrita. Esta comunicação recorta parte <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> caso cujoobjeto é o Curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>-Português da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina na modalida<strong>de</strong> adistância, estudo ancorado, basicamente, nos seguintes autores: Gee (2004), Marcuschi (2008),Bortoni-Ricardo (2004) e Moran (2009). Tal recorte topicaliza o funcionamento e a estrutura <strong>de</strong>quatro disciplinas do chamado núcleo duro do curso, com o objetivo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os espaços quea língua escrita ocupa nos processos interacionais <strong>de</strong> mediação da apropriação do conhecimento.Como resultado da análise, observa-se que tais espaços são prevalecentes, o que suscita oentendimento <strong>de</strong> que a EaD é uma modalida<strong>de</strong> na qual a interação se dá precipuamente por meiodos atos <strong>de</strong> ler e escrever; assim, da proficiência em leitura e escrita parece <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r, em gran<strong>de</strong>medida, o êxito do processo <strong>de</strong> formação. Por outro lado, a alta <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> leitura durante oCurso possivelmente possibilite a habituação do acadêmico com gêneros textuais pautados naescrita e mais próximos à erudição, contribuindo, assim, para a formação <strong>de</strong> um leitor proficiente.Letramento e diferentes usos da escrita: um olhar sobre a escola e o cotidianoAn<strong>de</strong>rson Jair GoulartEste estudo topicaliza resultados <strong>de</strong> uma pesquisa-ação cujo foco é i<strong>de</strong>ntificar quais ossignificados que jovens e adultos em processo <strong>de</strong> escolarização atribuem ao ato <strong>de</strong> escrever –tomados, tais significados, à luz dos estudos sobre letramento – em busca <strong>de</strong> co-construircaminhos para ampliação <strong>de</strong>sses significados. As discussões sobre o tema ancoram-se emestudos <strong>de</strong> Street (1984; 2003), Barton (1994), Barton e Hamilton (2000), Heath (1982) entreoutros estudiosos da área. Enten<strong>de</strong>r como as distintas realida<strong>de</strong>s culturais lidam com a escrita nocotidiano parece <strong>de</strong>terminante na compreensão <strong>de</strong> como as práticas <strong>de</strong> letramento se constituem<strong>de</strong> modo diversificado nas diferentes esferas sociais, o que reverbera na educação. Espera-se,<strong>de</strong>sse modo, um olhar sensível da escola às diferentes realida<strong>de</strong>s que a constituem, <strong>de</strong> modo aaten<strong>de</strong>r às <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> cada entorno social. Salienta-se que a construção <strong>de</strong> sentidos que osujeito atribui aos textos que circulam no seu cotidiano perpassa o contato interativo queestabelece com os diferentes microespaços constituídos na/pela cultura. Reafirma-se, assim, aimportância do papel do professor em conhecer a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus alunos antes <strong>de</strong> iniciar oprocesso <strong>de</strong> ensino-aprendizagem da língua escrita e da leitura. Quanto maior a proximida<strong>de</strong>entre os textos e a realida<strong>de</strong> dos alunos, maior ten<strong>de</strong> a ser a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diálogo entre oconhecimento prévio <strong>de</strong> cada sujeito e os significados que atribui à escrita dos textos. Este estudofundamenta-se nessas concepções e, <strong>de</strong> modo dialógico, busca facultar a tais sujeitospossibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> participação em novos eventos <strong>de</strong> letramento. Textos que particularizem taisrealida<strong>de</strong>s orientam a interação entre docentes e alunos, alunos e docentes, alunos e alunos,levada a termo nesta pesquisa-ação, cujos resultados apontam para interessantes possibilida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> co-construção <strong>de</strong> caminhos para a ressignificação <strong>de</strong> usos sociais da escrita.


Página25Letramento e microcultura: um estudo sobre grafocentrismo e ambientação familiarMichelle Donizeth EuzébioO presente estudo topicaliza a caracterização do grafocentrismo na microcultura. Trata-se <strong>de</strong>uma pesquisa qualitativa cujo objetivo é <strong>de</strong>screver, à luz <strong>de</strong> teorizações <strong>de</strong> Street (1984; 2003);Barton (1994); Barton e Hamilton (1998); Barton, Hamilton e Ivanic (2000), eventos e práticas <strong>de</strong>letramento que caracterizam a rotina <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> mulheres da terceira ida<strong>de</strong>. Baseado em talconsi<strong>de</strong>ração, esse estudo aten<strong>de</strong>u às seguintes questões <strong>de</strong> pesquisa: Como se caracterizam osusos sociais da língua escrita na vida <strong>de</strong>ssas mulheres? Que significados elas atribuem à línguaescrita? Quais práticas e eventos <strong>de</strong> letramento é possível <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r/<strong>de</strong>screver no cotidiano <strong>de</strong>ssassenhoras? O processo <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> dados implicou o uso <strong>de</strong> instrumentos da pesquisaqualitativa, tais como observação e notas <strong>de</strong> campo, paralelamente a entrevistas. A interação foifeita <strong>de</strong> modo a <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r as concepções sobre a língua escrita <strong>de</strong>ssas mulheres, assim como<strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r o significado e a história das práticas e eventos <strong>de</strong> letramento predominantes em suasvidas. O estudo teve por base as teorizações <strong>de</strong> Hamilton (2000), acerca das práticas e eventos <strong>de</strong>letramento. Assim, o processo que envolveu entrevista, observação participante e notas em diário<strong>de</strong> campo teve como foco os elementos visíveis nos eventos <strong>de</strong> letramento, tais comoparticipantes, ambientes, artefatos e ativida<strong>de</strong>s. Os constituintes não-visíveis das práticas <strong>de</strong>letramento, tais como participantes ocultos, domínio, recursos e rotinas foram observados durantea interação. As informantes são três mulheres moradoras do município <strong>de</strong> Garopaba/SC. Uma dassenhoras, referida, aqui, como S1, mantém contato estreito com eventos <strong>de</strong> letramento <strong>de</strong>grupos escolarizados. As outras senhoras, referidas, aqui, como S2 e S3, por outro lado,constantemente estão em contato com eventos <strong>de</strong> letramento <strong>de</strong> grupos escolarizados. O estudosugere, por meio dos resultados, a prevalência <strong>de</strong> concepções <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo autônomo <strong>de</strong> letramentono i<strong>de</strong>ário <strong>de</strong>ssas mulheres tanto quanto aponta para diferenças expressivas entre as senhoras noque tange a práticas e eventos <strong>de</strong> letramento relacionadas à escolarização dos familiares.Práticas escolares no ensino da leitura: tensões, obstáculos e <strong>de</strong>safiosJosa Coelho da SilvaReclamação frequente entre os professores do sistema escolar e, há muitos anos, foco <strong>de</strong>discuss~o entre os teóricos da educaç~o, a chamada “crise da leitura” continua em pauta naspesquisas acadêmicas, nos documentos oficiais e até nos livros didáticos. Como <strong>de</strong>spertar ointeresse pela leitura nos alunos é o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio do educador <strong>de</strong> hoje, responsabilida<strong>de</strong> querecai principalmente no professor <strong>de</strong> Língua Portuguesa. Para tentar amenizar o problema,muitos professores buscam exemplos <strong>de</strong> “sucesso”, quer em teorizações propagadas por cursos<strong>de</strong> formação, quer em mo<strong>de</strong>lizações <strong>de</strong> práticas pedagógicas divulgadas em cursos <strong>de</strong>ssanatureza, para tentar “melhorar” o <strong>de</strong>sempenho dos alunos em leitura. Esse procedimento que, {luz <strong>de</strong> Petit-Jean (2008), é passível, sob vários aspectos, <strong>de</strong> ser classificado como transposiçãodidática, ao que parece n~o funciona na pr|tica. Buscando discutir alguns fatores <strong>de</strong>ssa “crise”,esta comunicação traz o recorte <strong>de</strong> uma pesquisa qualitativa, <strong>de</strong> natureza interpretativista, cujosdados foram gerados por meio <strong>de</strong> observação participante das aulas <strong>de</strong> Português em uma escolaestadual do município <strong>de</strong> São José, SC. Foram observadas <strong>de</strong>z aulas <strong>de</strong> uma 7º série e onze <strong>de</strong>uma turma do 1º ano. Os resultados <strong>de</strong>sta pesquisa apontam para a prevalência do processo <strong>de</strong>transposição didática a partir dos gêneros discursivos na ação docente em se tratando daformação do leitor, bem como sugerem obstáculos institucionais para essa mesma formação. Abase teórica do estudo inclui os conceitos <strong>de</strong> gêneros discursivos sob a concepção dialógica <strong>de</strong>Bakhtin; transposição x elaboração didática; além <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações acerca das práticas <strong>de</strong> leituraem sala <strong>de</strong> aula a partir <strong>de</strong> teóricos da educação como Kleiman (2001) e Geraldi (2003).


Página27Análise instrumental da fala: o PraatJuliane MottaRaquel Darelli MichelonO Praat é um software <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> fala que possibilita a observação <strong>de</strong> fenômenos jáevi<strong>de</strong>nciados pelas teorias fonético/fonológicas, como sândi, monotongação, ditongação, <strong>de</strong>ntreoutros. Po<strong>de</strong>r observar fisicamente tais fenômenos, leva-nos a um melhor entendimento <strong>de</strong>ssasquestões e dá oportunida<strong>de</strong> para percebermos outros tantos fenômenos que estão presentes nafala, mas que ainda não estão contemplados nas teorias mais clássicas. Objetivando-se enten<strong>de</strong>rtais processos fonológicos não só em suas teorias, mas compreen<strong>de</strong>r também como eles surgemna prática e mostrar como se faz uma análise instrumental, escolheu-se três fenômenospresentes no PB: o sândi, a monotongação e a ditongação. O sândi é um fenômeno que ocorreentre palavras, levando a reestruturação silábica; a monotongação ocorre quando um ditongo éconvertido em monotongo; já a ditongação é exatamente o oposto: uma vogal se transforma emditongo. Ambos os processos ocorrem em <strong>de</strong>corrência da assimilação, tornando um som maissemelhante a outro que lhe é adjacente.Palavras-chave: Análise instrumental da fala. Fenômenos fonéticos. Português brasileiro.Estudo acústico exploratório sobre a produção da lateral palatal no PBPedro Augusto GambaAna Paula Bud<strong>de</strong>Felipe Martins PereiraEste estudo apresenta uma análise acústica exploratória <strong>de</strong> uma amostra <strong>de</strong> fala lida <strong>de</strong> doisinformantes, contendo variantes das consoantes laterais palatais do PB. O contexto antece<strong>de</strong>ntee seguinte à palatal é sempre a vogal central baixa. A pergunta a respon<strong>de</strong>r é: a consoante lateralpalatal é encontrada na fala <strong>de</strong> informantes do PB ou ela se constitui <strong>de</strong> uma lateral alveolarseguida <strong>de</strong> um io<strong>de</strong>? Em uma primeira análise exploratória dos dados, com o auxílio <strong>de</strong> medidas<strong>de</strong> dispersão (<strong>de</strong>svio padrão, média e coeficiente <strong>de</strong> variação) relacionadas aos formantes,observamos uma certa consistência dos dados. Tratamos também da comparação <strong>de</strong>sses dadoscom aqueles que consistem <strong>de</strong> laterais alveolares + vogal alta anterior. Os dados mostraramdiferenças entre os dois informantes: o masculino parece produzir a consoante lateral alveolarseguida <strong>de</strong> io<strong>de</strong>, enquanto a informante feminina apresenta duas variantes, sendo uma <strong>de</strong>las aconsoante lateral alveolar seguida <strong>de</strong> io<strong>de</strong>. Entre as variantes da palatal: lateral palatal ou lateralalveolar+io<strong>de</strong>, parece haver diferenças relacionadas principalmente ao F2.Palavras-chave: Laterais palatais. Português brasileiro. Análise acústica.Os róticos em coda silábica no falar florianopolitano e capinzalenseAna Luiza Bazzo da RosaRafaela Alves <strong>de</strong> BritoThalita da Silva CoelhoEsse estudo tem como foco os róticos (sons <strong>de</strong> “r”) no falar <strong>de</strong> dois informantes nascidos noestado <strong>de</strong> Santa Catarina (Florianópolis e Capinzal). Nessa pesquisa, baseamo-nos em umaanálise qualitativa do comportamento acústico dos dados produzidos pelos informantes.Investigamos os róticos presentes em coda silábica, tanto em posição medial quanto em final <strong>de</strong>palavra. Os dados do corpus foram coletados da seguinte maneira: primeiramente, foi realizada aleitura <strong>de</strong> uma história (fala mais natural); em seguida, a repetição <strong>de</strong> frases-veículo (nível médio<strong>de</strong> naturalida<strong>de</strong>) e, por fim, a repetição <strong>de</strong> palavras isoladas (menor grau <strong>de</strong> espontaneida<strong>de</strong>).Para a gravação e análise dos dados, foi usado o software Praat (obtido livremente no en<strong>de</strong>reço:


Página28www.praat.org). Nosso estudo observou que o informante 1 alterna entre o uso <strong>de</strong> róticos glotaise velares e faz apagamento <strong>de</strong> róticos finais, apresentando variações relacionadas ao nível <strong>de</strong>naturalida<strong>de</strong> das leituras feitas. O informante 2 alterna entre o uso <strong>de</strong> tepe e vibrante,apresentando variação também relativa ao padrão <strong>de</strong> naturalida<strong>de</strong>. Foram notadasparticularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vozeamento <strong>de</strong> fonemas surdos e <strong>de</strong>svozeamento <strong>de</strong> fonemas sonoros.Palavras-chave: Fonética experimental. Coda silábica. Róticos. Análise Acústica.Transcrição ortográfica como base para uma transcrição fonética automática: o ProjetoVarsul DigitalPedro Augusto GambaRaquel Darelli MichelonCássio WiemesNilton José <strong>de</strong> MeloAtualmente já é possível se fazer transcrições fonéticas automáticas a partir <strong>de</strong> transcriçõesortográficas. Tal possibilida<strong>de</strong> advém das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> síntese e <strong>de</strong>reconhecimento <strong>de</strong> fala que prescin<strong>de</strong>m <strong>de</strong> tais transcrições para suas bases <strong>de</strong> dados. Ossistemas <strong>de</strong> reconhecimento <strong>de</strong> fala, chamados <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> locutor, necessitam <strong>de</strong> umaenorme quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados transcritos para darem conta da gran<strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong> fonéticaencontrada nos diversos dialetos que constituem os falares do português brasileiro. Por causa<strong>de</strong>ssa necessida<strong>de</strong>, foi construída uma Estação <strong>de</strong> Transcrição que se constitui em um software<strong>de</strong> transcrição automática que permite fazer se uma transcrição ortográfica, possibilitandotambém adicionar informações sobre a qualida<strong>de</strong> do áudio e, através <strong>de</strong> alguns códigos, marcardados que <strong>de</strong> alguma forma prejudicaram a qualida<strong>de</strong> dos dados gravados. Exemplos disso são asinterferências e interrupções <strong>de</strong> turno ocorridas durante a fala como segmentos que contenhamsobreposição <strong>de</strong> voz, ruídos e pausas, preenchidas ou não. Essa Estação <strong>de</strong> Transcrição estáservindo agora para a transcrição <strong>de</strong> dados do Varsul, uma vez que se necessita <strong>de</strong> umatranscrição fonética automática <strong>de</strong>sses dados para a disponibilização <strong>de</strong> dados virtuais, um dosobjetivos do Projeto Varsul Digital.Palavras-chave: Transcrição ortográfica e fonética. Variação. Projeto Varsul Digital.AS DIVERSAS POSSIBILIDADES DE PESQUISA EM ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSOCoor<strong>de</strong>nadora: Silvana NicolosoEste grupo, formado por pesquisadores do grupo <strong>de</strong> pesquisa NUPDiscurso, da <strong>UFSC</strong>, preten<strong>de</strong>discutir as diferentes possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa que nos oferece a Análise Crítica do Discurso,através da apresentação <strong>de</strong> trabalhos sobre: gêneros do discurso – ‘Uma leitura crítica das LendasUrbanas enquanto gêneros do discurso’; gênero e LIBRAS – ‘Uma an|lise sobre a interpretaç~oem língua <strong>de</strong> sinais brasileira em corpos e m~os femininas e masculinas’; pr|ticas <strong>de</strong> letramento eferramentas tecnológicas na sala <strong>de</strong> aula – ‘Professores do Ensino Médio e as pr|ticas <strong>de</strong>letramento adotadas em suas aulas: discursos e pr|ticas’; e, sustentabilida<strong>de</strong> e panfletos <strong>de</strong>propaganda – ‘O uso do termo ‘sustentabilida<strong>de</strong>’ empregado pelos alojamentos <strong>de</strong> selva noestado do Amazonas no gênero propagandas: uma abordagem crítica discursiva’.


Página29O uso do termo ‘sustentabilida<strong>de</strong>’ empregado pelos alojamentos <strong>de</strong> selva no estado doAmazonas no gênero propagandas: uma abordagem crítica discursivaVanúbia MoncayoresumoProfessores do Ensino Médio e as práticas <strong>de</strong> letramento adotadas em suas aulas: discursos epráticasBruna Batista Abreu e Joseline Caramelo Afonso<strong>Resumo</strong>Uma análise sobre a interpretação em língua <strong>de</strong> sinais brasileira em corpos e mãos femininase masculinasSilvana NicolosoresumoUma leitura crítica das Lendas Urbanas enquanto gêneros do discursoGiana Targanski Steffenresumo*AS METAMORFOSES * DE OVÍDIOCoor<strong>de</strong>nadora: Profª Drª Zilma Gesser Nunes<strong>Resumo</strong>A arte <strong>de</strong> amar metamorfoseando-se através das ida<strong>de</strong>sRafaellaMachadoNa proposta <strong>de</strong> trilhar os caminhos da linguagem, a literatura parece a interseção i<strong>de</strong>al entre asdiversas opções <strong>de</strong> escolha, pois a suposta subjetivida<strong>de</strong> nela implicada nos possibilita viajar etransformar as palavras, os textos, e assim percorrer os ambientes mais diversos. O texto épercorrido por diversos sujeitos, é um espaço <strong>de</strong> relações dialógicas. A intertextualida<strong>de</strong>, nessesentido, é como reflexo <strong>de</strong> muitos sujeitos em uma manifestação individual. Mudam-se ospersonagens, os tempos e as circunstâncias, mas há sempre um feixe que se <strong>de</strong>sloca comtrajetórias quase paralelas. Aqui, com Ovídio e Drummond, a poesia foi a escolhida para traçar ocaminho das “Metamorfoses” <strong>de</strong>spertadas pela “Arte <strong>de</strong> amar”, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a mitologia aos temposmo<strong>de</strong>rnos, na “Balada do amor através das ida<strong>de</strong>s”.As Metamorfoses <strong>de</strong> Ovídio em sua relação com o sublime.Renata SantosO sublime, <strong>de</strong> acordo com Longino, está relacionado à i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> elevação dos sentimentos, aquiloque é admirável, impactante, sendo também associado ao divino. Longino <strong>de</strong>staca cinco fontescapazes <strong>de</strong> gerar o sublime: 1. alçar-se a pensamentos sublimados; 2.emoção veemente einspirada; 3. <strong>de</strong>terminada or<strong>de</strong>m das figuras, estas po<strong>de</strong>ndo ser <strong>de</strong> pensamento ou <strong>de</strong> palavras; 4.nobreza da expressão, que se refere à escolha dos vocábulos e à linguagem figurada e elaborada;


Página305. composição com vistas à dignida<strong>de</strong> e elevação. A partir do conceito <strong>de</strong> sublime apresentadopor Longino em Do sublime, foram rastreados no mito Mirra, do livro X d’As Metamorfoses <strong>de</strong>Ovídio, alguns recursos que suscitam o efeito <strong>de</strong> sublime e que estão relacionados às trêsprimeiras fontes <strong>de</strong> sublime: 1. o trágico, a peripécia e o reconhecimento, elementos da tragédia,o gênero <strong>de</strong> representação dos seres superiores; a metamorfose é concedida por algum <strong>de</strong>us; 2. asúplica <strong>de</strong> mirra momentos antes da metamorfose; a dor da transformação e as lágrimas quejorram mesmo quando já está transformada; 3. a transformação começa com a terra cobrindo aspernas, as unhas transformando-se em raízes, dando o sentido mesmo do crescimento <strong>de</strong> umaárvore. Finalmente, pensando no sublime como elevação, algo que provoca admiração, é possíveltrabalhar a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> encantamento e/ou <strong>de</strong> fantástico. Daí então partir para uma proposta didática<strong>de</strong> contaç~o dos mitos apresentados por Ovídio, consi<strong>de</strong>rando a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Ítalo Calvino <strong>de</strong> que “leros clássicos é melhor do que não ler os clássicos”.D’As Metamorfoses <strong>de</strong> Ovídio a Percy Jackson e os Olimpianos: mitologia greco-romana eintertextualida<strong>de</strong> em favor do <strong>de</strong>spertar <strong>de</strong> interesse pelos clássicos.Meiry Peruchi MezariEste trabalho preten<strong>de</strong> mostrar pontos <strong>de</strong> intertextualida<strong>de</strong> entre os quinze livros d’AsMetamorfoses, do autor latino Ovídio, que compreen<strong>de</strong>m cerca <strong>de</strong> 250 narrativas - uma das maisfamosas obras latinas - e os dois primeiros livros da pentalogia Percy Jackson e os Olimpianos - OLadrão <strong>de</strong> Raios e O Mar <strong>de</strong> Monstros -, do autor norte-americano Rick Riordan. O objetivo é<strong>de</strong>spertar o interesse em conhecer os cl|ssicos a partir dos “Best Sellers”, populares entre criançase jovens, que têm como temática principal as aventuras <strong>de</strong> um garoto que <strong>de</strong>scobre ser filho <strong>de</strong>um dos mais famosos <strong>de</strong>uses gregos, Poseidon. Muitas das histórias e muitos dos personagensmitológicos encontrados n’As Metamorfoses são mencionados, direta ou indiretamente, na série.Alguns exemplos são Argos, Íris, os principais <strong>de</strong>uses olimpianos, Aracne, a górgona Medusa,Circe, Andrômeda, entre outros. Algumas histórias, porém, aparecem nos Best Sellers não apenasem curtas menções, mas bastante explicadas, como a <strong>de</strong> Vênus, Marte e Vulcano (com seusrespectivos nomes gregos). Apesar do preconceito que, na aca<strong>de</strong>mia, sofrem os Best Sellers, asérie <strong>de</strong> Percy Jackson mostra-se como uma interessante “porta <strong>de</strong> entrada” nesse - apesar <strong>de</strong>antigo, para muitos novo -“universo”.Livro VII – As Metamorfoses (Ovídio)Larissa Cor<strong>de</strong>iro KressEste trabalho objetiva socializar as lendas Jasão e Medéia; Os Mirmidões; Céfalo e Prócris, todasextraídas do livro As Metamorfoses, <strong>de</strong> Ovídio. Essa leitura po<strong>de</strong>r ser levada ao EnsinoFundamental e Médio, para os alunos conhecerem um escritor nascido antes <strong>de</strong> Cristo e comosuas histórias perduram, misturando personagens míticos e humanos, ficção e realida<strong>de</strong>. Tal obrainfluenciou muitos campos artísticos, como a própria literatura, música, pintura, arquitetura efilosofia. É, sem dúvida, uma das maiores obras clássicas greco-latinas <strong>de</strong> todos os tempos. Todos<strong>de</strong>vem ler pelo menos alguns mitos <strong>de</strong>ste livro, com certeza a vonta<strong>de</strong> em ler os próximos surgirá.Medéia e Progne: o efeito trágico atrelado ao lugar das mulheres na literatura clássicaMaiara KnihsO efeito trágico <strong>de</strong> alguns textos da literatura clássica po<strong>de</strong> ser atrelado ao lugar em que amulher é concebida. Esse lugar, pensado a partir da concepção <strong>de</strong> pensamento dicotômico


Página31hierarquizante da cultura Oci<strong>de</strong>ntal, é co-locado em relação ao corpo, à irracionalida<strong>de</strong> e emoposição à mente, à racionalida<strong>de</strong> e ao homem. Refletir sobre essas questões na literatura gregae latina, buscando exemplificá-las, principalmente, na tragédia <strong>de</strong> Eurípi<strong>de</strong>s, Medéia, e no mito <strong>de</strong>Ovídio, Progne e Filomela, foi o propósito inicial <strong>de</strong>ste estudo. Para tanto, uma análise daspersonagens Medéia e Progne, mulheres que matam os próprios filhos por vingança, foi feita. Aanálise sugeriu que o lugar da mulher e o lugar <strong>de</strong> mãe se confun<strong>de</strong>m em <strong>de</strong>terminado momentoda história. As personagens analisadas, ao matarem seus filhos, rompem com o lugar <strong>de</strong> mãe -protetora, amante incondicional do filho. A leitura sustentada a partir da análise, logo, seria queuma mãe ao agir fora <strong>de</strong>sse discurso, como é o caso das personagens estudadas, causa terror,espanto, estranheza (o efeito trágico) e, po<strong>de</strong>ria-se acrescentar, causa também, por extensão,uma resistência ao lugar da mulher. Medéia e Progne, portanto, sob uma <strong>de</strong>terminada leitura,po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas subversivas das dicotomias que baseiam o pensamento da cultura noOci<strong>de</strong>nte.ASPECTOS DA LITERATURA ITALIANA NA GRADUAÇÃO DE LETRASCoor<strong>de</strong>nadora: Patricia PeterleA proposta <strong>de</strong>sse GT é discutir aspectos da literatura italiana a partir <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> alunos dagraduação em <strong>Letras</strong>/Italiano que estão em fase <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> seus projetos <strong>de</strong> TCC. Oobjetivo é apresentar e discutir algumas <strong>de</strong>ssas pesquisas que já estão em andamento.A <strong>de</strong>sumanização do homem em É isto um homem <strong>de</strong> Primo LeviSara Dotta CorrêaCom a tradução da gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> sua obra literária no Brasil, o escritor italiano Primo Levi jáesta inserido no sistema literário brasileiro. Entre as traduções, evi<strong>de</strong>nciamos A Tabela Periódica(1994), A Trégua (1997), Se Não Agora, Quando? (1999), O Último Natal <strong>de</strong> Guerra (2002), OsAfogados e os Sobreviventes (2004), 71 Contos <strong>de</strong> Primo Levi (2005) e A Chave Estrela (2009). Apresente pesquisa se concentra em específico na obra E isto um homem publicada no Brasil em1988, pela Editora Rocco, traduzido por Luigi <strong>de</strong>l Re. Primo Levi retrata nessa obra a tragédiavivenciada pelos ju<strong>de</strong>us no campo <strong>de</strong> concentração nazista <strong>de</strong> Auschwitz, durante a SegundaGuerra Mundial, apresentando um relato autêntico da <strong>de</strong>sumanização do homem, o tornandoindigno <strong>de</strong> ser qualificado como tal, ou seja, expõe os fatos vivenciados por ele e pelos <strong>de</strong>maisju<strong>de</strong>us no campo <strong>de</strong> concentração nazista, narrando o dia a dia <strong>de</strong> trabalhos forçados, a perda dadignida<strong>de</strong> e o extermínio <strong>de</strong> famílias. Esse relato é fruto da experiência do próprio autor queenfrenta a dor, a humilhação, a <strong>de</strong>gradação que sofre <strong>de</strong>vido às condições <strong>de</strong>sumanas a que erasubmetido e às injustiças, mas sobrevive e <strong>de</strong>screve com <strong>de</strong>talhes as violências vivenciadas noLager nazista. Levi testemunha e relata em vários <strong>de</strong> seus livros a aniquilação do homem, isto é, asua redução ao nada e a perda das qualida<strong>de</strong>s morais humanas. Nesse contexto, este trabalhotem por objetivo, verificar <strong>de</strong> que modo essas <strong>de</strong>scrições <strong>de</strong> <strong>de</strong>sumanização aparecem e crescemna narrativa, em meio a luta pela sobrevivência durante a experiência do Holocausto.Diálogo Itália-Brasil: aspectos da cultura brasileira em “Il Dolore”Ivanize Maria BragagliaA elaboração <strong>de</strong>ste projeto <strong>de</strong> TCC é um estudo sobre as relações existentes entre a culturabrasileira e italiana a partir da an|lise da obra “Il Dolore”, obra poética do escritor italianoGiuseppe Ungaretti. O corpus escolhido, fruto da sua experiência brasileira, período


Página32compreendido entre 1937 e 1942, relata suas experiências pessoais durante os anos aqui vividos eposteriormente na Itália e as suas impressões colhidas sobre o Brasil e que estão impressas emmuitos dos seus versos. Este trabalho tem portanto o objetivo <strong>de</strong> verificar e analisar as relaçõesentre as imagens do Brasil e seus aspectos culturais via produção poética do escritor compostaentre os anos 1937 e 1946.O alimento na senda do Decamerão <strong>de</strong> Boccaccio e <strong>de</strong> Pasolini: espelho da cultura da gentena ItáliaElaine GrandiO alimento, muito além <strong>de</strong> suas funções biológicas e físicas, constitui, ainda, um ato <strong>de</strong> prazeremanado da prática alimentar. Concomitantemente, evi<strong>de</strong>ncia alguns dos aspectos da cultura dacivilização no trajeto <strong>de</strong> sua existência. Consi<strong>de</strong>rando a importância da gastronomia na vida <strong>de</strong>um país, o presente projeto tenta fazer uma interface <strong>de</strong> duas importantes obras cujo tema doalimento é um elemento comum, ou seja, a obra prima <strong>de</strong> Boccaccio, “Decameron”, e a películacinematográfica do filme homônimo <strong>de</strong> Pier Paolo Pasolini, tendo como corpus uma seleção <strong>de</strong>novelas das obras em relevo, com o escopo <strong>de</strong> resgatar as significações pinçadas nos fragmentos<strong>de</strong>ssas obras no mol<strong>de</strong> do tema proposto, <strong>de</strong> modo a produzir uma leitura critica, <strong>de</strong> cunhocientifico sobre a aproximação ou não <strong>de</strong>ssas obras, especialmente com relação na questão dacultura gastronômica na Itália. No entanto, o distanciamento entre ambas, cerca <strong>de</strong> trezentosanos, agregado a diferenciação do estilo <strong>de</strong> linguagens própria da narrativa e da filmografia,po<strong>de</strong>ria constituir uma problemática, o que certamente não ocorre, além do mais, se trata <strong>de</strong>duas produções clássicas que continuam atuais. Abordagens iniciais dão conta da possibilida<strong>de</strong> doevento e mostram traço peculiar a serem ressaltados: Boccaccio é consi<strong>de</strong>rado por seus críticosum representante do estilo “gioioso”, uma alus~o ao car|ter picante, erótico e espirituoso quereportam as novelas do Decamerão <strong>de</strong>monstrando a problemática da socieda<strong>de</strong> medieval. Ditas<strong>de</strong> outro modo, mas ainda no mesmo teor boccacciano, as obras <strong>de</strong> Pasolini, graças ao tomcoloquial, impregnadas <strong>de</strong> ironia, sarcasmo e <strong>de</strong>sdém, também retratam os problemas dasocieda<strong>de</strong>, na esfera política, religiosa e social, no século passado.O espaço feminino em Fontamara <strong>de</strong> Ignazio SiloneEliziane Mara <strong>de</strong> SouzaEsse trabalho tem por escopo apontar os principais elementos relacionados ao espaço femininona obra Fontamara, do escritor italiano Ignazio Silone. Essa exposição divi<strong>de</strong>-se em três etapas:preliminarmente, será feita uma síntese sobre a obra Fontamara e tecidos alguns comentáriossobre o seu autor. Em segundo lugar, aborda-se o tema espaço feminino na narrativa siloniana,através da <strong>de</strong>scrição do ambiente físico, social, e psicológico das personagens femininas doromance. Em terceiro, efetua-se uma reflexão sobre o papel <strong>de</strong>stas personagens no livro e umaconclusão.Questões <strong>de</strong> comparativismo entre Brasil e ItáliaPatricia PeterleEssa fala tem como objetivo maior dar um panorama <strong>de</strong> alguns percursos da LiteraturaComparada e refletir alguns caminhos que po<strong>de</strong>riam ser percorridos no estudo comparado entrea literatura italiana e a brasileira.


Página33CRÍTICA GENÉTICA E TRADUÇÃO EM DIÁLOGOCoor<strong>de</strong>nador: Profº Dr. Sergio RomanelliA Crítica Genética (CG) e Os Estudos Descritivos da Tradução (EDT) pertencem ao novoparadigma do pensamento sistêmico com que se quer abordar um objeto <strong>de</strong> estudo por suanatureza múltiplo – manuscrito, tradução e testemunho <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> criação. O corpusconstitui-se <strong>de</strong> manuscritos <strong>de</strong> tradutores: Dom Pedro II, Odorico Men<strong>de</strong>s, Silva Cavalli Felci eEsteban Campanela. Para dar conta <strong>de</strong>sse complexo objeto <strong>de</strong> estudo, se utilizarão princípios daCG e dos EDT que, harmonizados a um pensamento sistêmico novo paradigmático, buscam<strong>de</strong>screvê-lo. Pela primeira vez, <strong>de</strong> fato, tenta-se uma parceria teórica e metodológica entre essasdisciplinas, para estudar o processo criativo do tradutor, a partir <strong>de</strong> seus manuscritos. Tenta-sereconstituir, então, <strong>de</strong> uma forma empírica, com base nos dados colhidos e no corpus <strong>de</strong>limitado,o processo criativo do tradutor, tendo em vista <strong>de</strong>tectar as leis e as normas seguidas, bem comoas razões, as influências <strong>de</strong> vários tipos que o levariam a <strong>de</strong>terminadas escolhas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seuprocedimento tradutório.A gênese <strong>de</strong> um processo tradutório: As Mil e Uma Noites <strong>de</strong> D. Pedro IIRosana <strong>de</strong> Souza (PGET/<strong>UFSC</strong>)Realizaremos uma investigaç~o do trabalho <strong>de</strong> um “<strong>de</strong>sconhecido” tradutor liter|rio do séculoXIX: D. Pedro II, personagem notável ligado à história do Brasil e <strong>de</strong> Portugal, mas pouco citadopor seu trabalho intelectual. O objetivo da investigação que propomos consiste em reconstruir oprocesso criativo do tradutor, usando como embasamento teórico e metodológico a CríticaGenética e os Estudos Descritivos da Tradução. O corpus constitui-se <strong>de</strong> dois ca<strong>de</strong>rnos comtraduções autógrafas das Mil e uma noites que são conservados no museu Imperial <strong>de</strong> Petrópolis,junto com outros documentos relativos à produção tradutória do Imperador, como o diário, livros,cartas, que formam o dossiê <strong>de</strong> pesquisa.Cruzar fronteiras dramatúrgicas: pesquisa, tradução, registro e gênese das obras teatrais douruguaioGabriel Cal<strong>de</strong>rónEsteban Campanela (LLE/<strong>UFSC</strong>)O projeto consiste na pesquisa, tradução, adaptação e registro naBiblioteca Nacional <strong>de</strong> cinco textos teatrais <strong>de</strong> autoria do jovem dramaturgo uruguaio GabrielCal<strong>de</strong>rón. Os objetivos principais <strong>de</strong>sse projeto <strong>de</strong> pesquisa são: aprofundar o intercâmbiocultural entre Brasil e Uruguai; tornar a obra <strong>de</strong> um autor jovem acessível aos estudantes eprofissionais <strong>de</strong> Artes Cênicas do estado; além <strong>de</strong> aperfeiçoar e dar continuida<strong>de</strong> ao trabalho <strong>de</strong>pesquisa já iniciado com a tradução e a gênese do processo criativo <strong>de</strong> um dos textos do autor. Oprojeto intenciona estimular jovens autores catarinenses a encenar suas obras, além <strong>de</strong> colocá-losem contato com o que há <strong>de</strong> mais novo na dramaturgia contemporânea da América Latina.Gênese e metagênese do balé La rosa <strong>de</strong>l <strong>de</strong>serto <strong>de</strong> Silva Cavalli Felci.Sergio Romanelli (LLE-PGET/<strong>UFSC</strong>) & Renato Cristofoletti (LLE/<strong>UFSC</strong>)Preten<strong>de</strong>-se investigar a complexa, mas profícua, re<strong>de</strong> <strong>de</strong> interconexões que subjazem à criaçãodo balé La rosa <strong>de</strong>l <strong>de</strong>serto i<strong>de</strong>alizado pela artista plástica italiana Silva Cavalli Felci. No mesmoespaço criativo e, no meio <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>nsa teia <strong>de</strong> estímulos proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> vários signos,convivem artes plásticas, fotografia, dança, <strong>de</strong>senho, música, coreografias, figurinos, cenografia,concretizando um corpus privilegiado para o estudo do processo criativo da obra <strong>de</strong> arte. A


Página34artífice <strong>de</strong>ssa complexa re<strong>de</strong> perceptiva e criativa é a artista plástica Silva Cavalli Felci que, além<strong>de</strong> conce<strong>de</strong>r o material que constitui o prototexto em apreço, se torna co-pesquisadora da suacriação, em um processo metagenético.O processo criativo das traduções <strong>de</strong> Dom Pedro II: Schiller e ManzoniFernando Pedretti &Rosana Andreatta Carvalho Schmidt (LLE/<strong>UFSC</strong>)Com o objetivo <strong>de</strong> contribuir à história da tradução no Brasil, este projeto investigará a açãotradutória <strong>de</strong> Dom Pedro II. As traduções foram <strong>de</strong>ixadas ao longo dos seus 43 ca<strong>de</strong>rnos nas 5.500páginas e há também correspondências entre o tradutor e os autores. A busca pela conexão entreobras e traduções é o objetivo principal <strong>de</strong>sta pesquisa. Preten<strong>de</strong>-se reconstituir o processocriativo e tradutório <strong>de</strong> Dom Pedro II através da análise <strong>de</strong> seus manuscritos guardados no MuseuImperial <strong>de</strong> Petrópolis e na Biblioteca Nacional do Rio <strong>de</strong> Janeiro. Em modo específicoreconstituiremos o processo tradutório das traduções <strong>de</strong> Dom Pedro II das obras do autor alemãoJohann Cristoph Friedrich von Schiller, mais especificamente a tradução da balada O Sino; e dapoesia Il Cinque Maggio do autor italiano Alessandro Manzoni.O processo tradutório da Ilíada <strong>de</strong> Manuel Odorico Men<strong>de</strong>s através dos manuscritosRaquel da Silva Yee (PGET/<strong>UFSC</strong>)Preten<strong>de</strong>-se analisar o processo criativo do tradutor Manuel Odorico Men<strong>de</strong>s a partir <strong>de</strong> seusmanuscritos. Para fazê-lo, põem-se em foco algumas <strong>de</strong> suas próprias consi<strong>de</strong>rações a respeitoda ativida<strong>de</strong> tradutória. Adota-se como suporte teórico alguns dos pressupostos da CríticaGenética, <strong>de</strong> forma a evi<strong>de</strong>nciar, entre outros: (a) impressões do tradutor relativamente àtradução; (b) traços característicos <strong>de</strong> sua prática tradutória; (c) razões para Odorico Men<strong>de</strong>s terse lançado à tradução da Ilíada em meados do século XIX e finalmente, (d) evocar algumas dasinfluências e referências que permearam o percurso <strong>de</strong> tradução da referida obra. O corpus seráconstituído das notas, do prólogo inédito recentemente encontrado (2008) e <strong>de</strong> cartas ligadas aoprocesso <strong>de</strong> tradução da IlíadaCULTURAL STUDIES: QUESTIONING DISABILITY IN LITERATURE, FILM, TV, AND COMICSCoor<strong>de</strong>nadora: Eliana ÁvilaThis is an exchange on the findings of the joint research group “Estudos (Inter)Culturais eInterseccionais” (CNPq/<strong>UFSC</strong>/DLLE/PGI). Our aim is to contribute to broa<strong>de</strong>n the field, scope andimpact of Critical Disability Studies, now among the most expanding fields within interdisciplinaryCultural Studies. Critical Disability Studies can contribute epistemically to rethink globalizationfrom postcolonial as well as postcolonial queer perspectives, given its force to rework relationsstructured on i<strong>de</strong>ological paradigms of <strong>de</strong>ficit and lack. It is because (not although) disability isi<strong>de</strong>ologically anticipated, installed and segregated, thus structurally constituted as such, that itbecomes a burgeoning epistemic site from which to build creative agency and cultural change inareas ranging from the sexual to the geopolitical, from street art to accented film to culturaltranslation – sites which have gained timely momentum through their potential to bridge bothaca<strong>de</strong>mic and extra-aca<strong>de</strong>mic activity and activism. The specific themes to be discussed at thisvenue are: the concept of disability and its potential as a coalitional episteme; representations ofdisability in the TV series House, M.D.; the metaphor of the open wound in Caribbean literature;instability in the use of metaphoric disability in Brazilian documentary film; and the concept ofpost-disability.


Página35A Theoretical Discussion of the Concept of DisabilityPriscila Fabiane Farias (Graduanda, <strong>UFSC</strong> <strong>Letras</strong>/Ingles)Atualmente, o conceito <strong>de</strong> ‘<strong>de</strong>ficiência’ vem passando por um processo <strong>de</strong> re<strong>de</strong>finiç~o queobjetiva uma releitura da idéia <strong>de</strong> normalida<strong>de</strong>. Porém, <strong>de</strong> acordo com Thomson, tal processo <strong>de</strong>re<strong>de</strong>finição passa por um conflito, pois ao mesmo tempo em que se faz necessário universalizar avisão do que é diferença (ou seja, reconhecer que as questões relacionadas à <strong>de</strong>ficiência não sãolimitadas a pessoas com <strong>de</strong>ficiência e sim remetem à socieda<strong>de</strong> como um todo), corre-se o risco<strong>de</strong> mascarar a particularida<strong>de</strong> da <strong>de</strong>ficiência e apagar as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acomodação que amesma exige. Levando em conta tal paradoxo, este trabalho reunirá diferentes conceitos <strong>de</strong><strong>de</strong>ficiência relevantes para tal processo <strong>de</strong> re<strong>de</strong>finição, para reconsi<strong>de</strong>rá-los à luz <strong>de</strong> Thomson.Post-DisabilityEliana Avila (Profa., <strong>UFSC</strong>/DLLE)Levando em conta o sentido <strong>de</strong> duplicida<strong>de</strong> estratégica na representaç~o cultural da ‘<strong>de</strong>ficiência’conforme teorizado por Rosemarie Garland Thomson (1997), <strong>de</strong>monstro os contornos críticos doconceito <strong>de</strong> pós-<strong>de</strong>ficiência, traçando paralelos a partir <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates em relação aos conceitos <strong>de</strong>pós-colonialismo, pós-mo<strong>de</strong>rnismo e pós-nacionalismo. Em conclusão, elaboro sobre as restriçõesirônicas e os potenciais críticos do termo, favorecidos pela crise instalada por paradigmas antiessencialistasno pensamento cultural sobre a diferença.Representations of Disability in the TV series House, M.D.Isabel Arantes (Graduanda, <strong>UFSC</strong> <strong>Letras</strong>/Ingles);House, M.D., um seriado norte-americano com uma audiência <strong>de</strong> milhares, representa um itempopular da cultura mais dominante do mundo atual. Com a personagem <strong>de</strong> um médico com dorcrônica e dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> andar, a história centra-se na busca <strong>de</strong> curas para seus pacientes—mesmo quando contra a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes, que preferem manter sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> atual. A análise<strong>de</strong>stes casos revela como muitos norte-americanos enxergam os <strong>de</strong>ficientes. Utilizando a teoriada <strong>de</strong>ficiência, minha proposta é fazer uma releitura crítica da i<strong>de</strong>ologia normatizante em House,M.D. cujos corpos são mudados contra sua vonta<strong>de</strong>, com a justificativa <strong>de</strong> torná-los “normais”.The Metaphor of Disability in the Films Favela Rising and Manda BalaSilvia Biehl (Mestranda, <strong>UFSC</strong>/PGI)Esta comunicaç~o analisa a construç~o da met|fora da ‘<strong>de</strong>ficiência’ em Favela Rising (JeffZimbalist e Matt Mochary, 2005), documentário que retrata o trabalho <strong>de</strong> transformação dacomunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vigário Geral, Rio <strong>de</strong> Janeiro, a partir do emprego <strong>de</strong> jovens em ativida<strong>de</strong>sculturais promovidas pelo grupo AfroReggae. No filme, essa transformação da comunida<strong>de</strong> éconstruída em contraste com a noção <strong>de</strong> imobilida<strong>de</strong> social, representada pela metáfora da‘<strong>de</strong>ficiência’. O objetivo <strong>de</strong>sta comunicaç~o é <strong>de</strong>monstrar, a partir da análise <strong>de</strong>talhada doselementos fílmicos e narrativos em duas seqüências (inicial e final), como a construção damet|fora da ‘<strong>de</strong>ficiência’ é utilizada para estruturar uma mensagem <strong>de</strong> emancipaç~o política esocial da favela.


Página36The Metaphor of the Wound in Caribbean LiteratureMarcia Agustini (Doutoranda, <strong>UFSC</strong>/PGI)Assim como acontece na literatura do ‘terceiro mundo’ em geral, o trauma como representaç~ometafórica da realida<strong>de</strong> aparece com freqüência na literatura caribenha (Ramazani, Stitt). Umdos elementos constitutivos da sua representação cultural é a ferida. Consi<strong>de</strong>rando que a idéia <strong>de</strong>trauma suplementa a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma representação da violência histórica imputadasobre estes povos, em que a dor, doenças e <strong>de</strong>ficiências personificam o processo <strong>de</strong> resistênciacolonial e pós-colonial, o foco <strong>de</strong>ste trabalho recairá, primeiramente, na conjuntura histórica,social e literária <strong>de</strong>ssas comunida<strong>de</strong>s e suas estratégias <strong>de</strong> reconstrução cultural. Num segundomomento, o foco recairá especificamente sobre a representação da ferida enquanto metáfora dotrauma. A discussão será centrada nas articulações da metáfora da ferida em Omeros, <strong>de</strong> DerekWalcott.DESCRIÇÃO DE PESQUISAS EM TRADUÇÃO LITERÁRIAFedra Rodrigues Hinojosa; Gilles AbesEste grupo <strong>de</strong> trabalho tem como objetivo apresentar as diferentes pesquisas em traduçãoliterária realizadas pelos alunos do doutorado da PGET – <strong>UFSC</strong>. Após a apresentação, serárealizada a discussão dos assuntos com os participantes do grupo. No dia 27/05, serãoapresentados excertos do conto The Mur<strong>de</strong>rs of the Rue Morgue, <strong>de</strong> Edgar Allan Poe, que foitraduzido e adaptado por Clarice Lispector como Os Crimes da Rua Morgue, para a discussão dosconceitos <strong>de</strong> adaptação, segundo Lauro Maia Amorim, e <strong>de</strong> reescritura, segundo Lefevere. Nasegunda parte, serão explanados os conceitos <strong>de</strong> adaptação, <strong>de</strong> acordo com os teóricos Gambiere Bastin, e verificados os prováveis processos <strong>de</strong> adaptação, a partir da análise <strong>de</strong> trechos datradução Corina ou a Itália (1945). No dia 28/05, serão analisados trechos <strong>de</strong> três traduções para oportuguês dos Pequenos poemas em prosa do poeta francês Charles Bau<strong>de</strong>laire, com o objetivoverificar a postura dos tradutores no que tange aos valores estilísticos e estéticos da poesia. Nasegunda meta<strong>de</strong> da apresentação, será discutido o papel do tradutor <strong>de</strong> obras pós-colonialistas eo conceito da traduç~o composicional, segundo o qual o tradutor estaria operando uma “segundatraduç~o”, sendo, portanto, imprescindível a avaliaç~o e discuss~o das escolhas que nortearão talprojeto tradutório.O pós-colonialismo e a tradução <strong>de</strong> “traduções composicionais”Fedra Rodriguez HinojosaA literatura pós-colonialista aborda a instabilida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntitária e os <strong>de</strong>sacordos entre paíseshegemônicos e ex-colônias, os quais são expressos, muitas vezes, através da traduçãocomposicional. Esta é a <strong>de</strong>scrição da prática <strong>de</strong> escrita <strong>de</strong> autores pós-coloniais, cuja língua ecultura materna não são a da metrópole, mas, por várias razões, veem-se compelidos a produzirsuas obras no dialeto padrão, introduzido em seu país pelo processo <strong>de</strong> colonização. Assim, oautor pós-colonial opera uma “traduç~o”, ainda que n~o haja um texto original, visto que, eletranscreve para o francês, por exemplo, sua cultura e realida<strong>de</strong>. Muitos autores discorrem sobresuas obras como se fossem um trabalho <strong>de</strong> escrita e tradução simultâneas. A traduçãocomposicional resiste às regras da língua e da cultura do colonizador e <strong>de</strong>monstra tal recusaatravés da <strong>de</strong>sconstrução <strong>de</strong> estruturas, variando o dialeto padrão. Assim, tais elementosestrangeirizantes apóiam a impressão captada pelos autores <strong>de</strong> que seus textos são <strong>de</strong>rivados,não autorais. Dentro <strong>de</strong>sta questão, é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia consi<strong>de</strong>rar o papel do tradutor <strong>de</strong> obraspós-colonialistas, visto que, sob o conceito da tradução composicional, ele estaria operando uma


Página37“segunda traduç~o”, sendo, portanto, imprescindível a avaliaç~o e discuss~o das escolhas quenortearão tal projeto tradutório.Palavras chave: Tradução. Tradução Composicional. Pós-Colonialismo. Cultura.Os Crimes da Rua Morgue, <strong>de</strong> Poe, adaptado por Clarice Lispector: adaptação e reescrituraNorma Andra<strong>de</strong> da SilvaSerão abordados excertos do conto The Mur<strong>de</strong>rs of the Rue Morgue, <strong>de</strong> Edgar Allan Poe, que foitraduzido e adaptado por Clarice Lispector como Os Crimes da Rua Morgue. Este conto, conformeconsta na capa do livro, é <strong>de</strong>stinado a um público infanto-juvenil. Também serão abordados osconceitos <strong>de</strong> adaptação, segundo Lauro Maia Amorim, e <strong>de</strong> reescritura, segundo Lefevere.Palvras-chave: Edgar Allan Poe. Clarice Lispector. Adaptação. Reescritura.Os processos <strong>de</strong> adaptação na primeira tradução Corina ou a Itália.Narceli PiuccoSerão explanados os conceitos <strong>de</strong> adaptação dos teóricos Gambier e Bastin e, a partir da análise<strong>de</strong> trechos da tradução Corina ou a Itália (1945), e verificados prováveis processos <strong>de</strong> adaptaçãona tradução, pois a adaptação parte <strong>de</strong> operações tradutivas ligadas ao original, mas semconsi<strong>de</strong>rar que todas as operações utilizadas na tradução são adaptações. Dessa forma, buscarse-|avaliar o conjunto e a amplitu<strong>de</strong> dos “afastamentos”, consi<strong>de</strong>rando a dist}ncia temporal esociolingüística da tradução.Palavras-chave: Estudos da Tradução. Corina ou a Itália. Adaptação.Uma análise <strong>de</strong> três traduções dos Pequenos poemas em prosa <strong>de</strong> Charles Bau<strong>de</strong>laire.Gilles AbesO presente tema tem por objetivo propor uma análise <strong>de</strong> três traduções para o português dosPequenos poemas em prosa do poeta francês Charles Bau<strong>de</strong>laire. Esta obra composta <strong>de</strong> 50 peçassintéticas, não metrificadas nem rimadas, foi publicada após sua morte, ocorrida em 31 <strong>de</strong> agosto<strong>de</strong> 1867, pela editora Michel Lévy em 1869. Bau<strong>de</strong>laire se inspirou no Gaspard <strong>de</strong> la nuit <strong>de</strong>Aloysius Bertrand, livro igualmente póstumo publicado em 1842, um ano após a morte do autor,traduzido para o português por José Jeronymo Rivera pela editora Thesaurus <strong>de</strong> Brasília em 2003.O processo que Bertrand aplicou à pintura da vida antiga, Bau<strong>de</strong>laire quis transpor-lo à vidamo<strong>de</strong>rna com a ambiç~o <strong>de</strong> criar uma “prosa poética, musical, sem ritmo e sem rimas, t~o maciae maleável para se adaptar aos movimentos líricos da alma, às ondulações do <strong>de</strong>vaneio, aossobressaltos da consciência”, conforme o prefácio. A primeira tradução que será analisada é aconsi<strong>de</strong>rada clássica <strong>de</strong> Aurélio Buarque <strong>de</strong> Holanda Ferreira publicada inicialmente em 1950 pelaJosé Olympio, reeditada pela Nova Fronteira a partir <strong>de</strong> 1977 e incluída na obra Poesia e prosa <strong>de</strong>Charles Bau<strong>de</strong>laire, da editora Nova Aguilar, em 1995, com algumas alterações. Além <strong>de</strong>sta,abordaremos as traduções <strong>de</strong> Dorothée <strong>de</strong> Bruchard pela editora da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>Santa Catarina com data <strong>de</strong> 1988 e, finalmente, a <strong>de</strong> Gilson Maurity publicada pela Record em2006. Trata-se <strong>de</strong> avaliar qual foi a postura dos tradutores no que tange aos valores estilísticos eestéticos da poesia <strong>de</strong> Bau<strong>de</strong>laire.Palavras-chave: Bau<strong>de</strong>laire. Poemas em prosa. Tradução. Análise.


Página38ESPANA Y AMÉRICA EM SU DIVERSIDAD LINGUISTICA Y CULTURAL – ESPANA Y AMÉRICAEM SU DIVERSIDAD LINGUISTICA Y CULTURAL.<strong>Resumo</strong>FÁBULAS: DE ESOPO E FEDRO À TURMA 6426 DO CURSO DE LETRAS-PORTUGUÊSProfª Profª Drª Zilma Gesser Nunes<strong>Resumo</strong>TítuloAna Paula Bud<strong>de</strong>, Pedro Augusto Gamba e Maísa Bach <strong>de</strong> SouzaO presente trabalho preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver as noções <strong>de</strong> fábula e a transformação que essegênero sofreu durante o <strong>de</strong>correr dos anos, chegando aos dias atuais. Propõe-se que os alunos,além <strong>de</strong> assistirem a aulas expositivas sobre o tema, escolham uma fábula e a adaptem <strong>de</strong> acordocom a sua criativida<strong>de</strong> e materiais disponíveis. No caso apresentado, transformou-se a fábula <strong>de</strong>Fedro “O Lobo e a Grou” em uma história em quadrinhos, feita através <strong>de</strong> um programa<strong>de</strong>monstrativo encontrado na internet.Qual a moral da estória?Adilson Pires, Karine Schmidt e Rozelena May <strong>de</strong> FariasEsta apresentação tem como objetivo mostrar como po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>senvolver o gênero fábula emsala <strong>de</strong> aula e, ao mesmo tempo, proporcionar momentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontração e estímulo para acriativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossos alunos. Essa proposta será <strong>de</strong>senvolvida através das fábulas <strong>de</strong> Fedro,sendo <strong>de</strong> suma importância fazer uma reflexão com os alunos sobre os valores éticos e moraisque são transmitidos através <strong>de</strong>ssas estórias. Após uma primeira apresentação do tema, faremoscomo primeira ativida<strong>de</strong> um sorteio, no qual cada aluno ficará com uma moral, retirada dasfábulas do autor, para elaborar a sua própria fábula. Num próximo encontro, <strong>de</strong>pois das fábulasprontas e corrigidas pelo professor, cada aluno apresentará o seu texto, on<strong>de</strong> será proposto, pormeio <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate, refletir o papel que as morais ocupam atualmente. Para que, num últimomomento, seja apresentada a eles, uma forma <strong>de</strong> “<strong>de</strong>sconstruir” essas morais, através das f|bulas<strong>de</strong> Millôr Fernan<strong>de</strong>s.Oscar Wil<strong>de</strong>, autor <strong>de</strong> fábulasDiego Ramos, Priscila Santos e Silva, Juliana CoelhoConsi<strong>de</strong>rado um dos mais célebres autores da língua inglesa, Oscar Wil<strong>de</strong> não é tão conhecidocomo autor <strong>de</strong> fábulas. Seus contos <strong>de</strong> fadas, como são chamadas as fábulas <strong>de</strong> Wil<strong>de</strong> têmalgumas características que diferem das clássicas fábulas <strong>de</strong> Esopo e La Fontaine. Este trabalhotem como intuito apresentar estes contos e mostrar que eles têm um conteúdo mais adulto, comhistórias mais elaboradas, textos mais longos e que mostram a realida<strong>de</strong> do mundocontemporâneo on<strong>de</strong> os fracos, na esmagadora maioria das vezes, são submetidos aos ricos epo<strong>de</strong>rosos. Como ativida<strong>de</strong> a ser <strong>de</strong>senvolvida em uma escola foram escolhidas três fábulas: ORouxinol e a Rosa, O Príncipe Feliz e O Filho da Estrela. Estas serão lidas e discutidas pelos alunosque, em uma segunda etapa, irão <strong>de</strong>senvolver sua própria fábula usando e misturando os


Página39personagens, histórias e moral daqueles textos lidos anteriormente. Ao final da ativida<strong>de</strong> será<strong>de</strong>senvolvido um trabalho <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong>stes textos em forma <strong>de</strong> pintura, escultura, teatroou música. Este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> tem como objetivo introduzir este gênero <strong>de</strong> fábulas aosalunos do ensino médio <strong>de</strong> modo a instigar sua imaginação e recapitular o que lhes foi ensinadono ensino fundamental.LITERATURA, HISTÓRIA E MEMÓRIACoor<strong>de</strong>nadora: Profº Drª Patricia PeterleA proposta <strong>de</strong>sse GT é discutir a interlocução entre literatura, história a partir principalmente daprodução cultural do século XX. O discurso literário e o discurso histórico; a leitura eressemantização da história por meio do discurso literário. Em momentos <strong>de</strong> crise ou <strong>de</strong> vazio, aexperiência do vivido passa a ser matéria prima essencial que se somada à outros elementoscomo a história e a própria memória, que é uma (re)construçãoA fonte seca e a vida amarga: relações entre literatura e históriaPatricia PeterleA relação entre literatura e história sempre existiu, mas no século XX essa relação ganha força epassa a ser, <strong>de</strong> certa forma, matéria prima para muitos autores. O título traz um trocadilho apartir dos romances Fontamara, <strong>de</strong> Ignazio Silone, e Vidas Secas, <strong>de</strong> Graciliano Ramos, que emseus relatos literários trazem no primeiro plano a experiência do vivido.Cesare Pavese: do tradutor ao intelectualAlexandra Helena Pavan PavãoCesare Pavese pertence à geração <strong>de</strong> escritores nascidos na primeira década do século XX entreos quais po<strong>de</strong>m ser citados Ignazio Silone e Elio Vittorini. Sua obra, entretanto, é mais conhecidapor sua produção poética e traduções feitas do inglês. Se no trabalho com a tradução osposicionamentos <strong>de</strong> Pavese são mais claros, apesar <strong>de</strong>le nunca ter-se <strong>de</strong>clarado um escritor‘engajado’, na sua produç~o liter|ria tal aspecto aparece menos evi<strong>de</strong>nte se comparado a <strong>de</strong>outros escritores contemporâneos. Todavia, os questionamentos sobre a sua função e o seu papelcomo escritor são constantes. Enquanto intelectual o escritor participa <strong>de</strong> transformaçõesculturais e propicia momentos <strong>de</strong> reflexão também em outras áreas <strong>de</strong> atuação que fogem do seuespaço mais consagrado, que é aquele literário. Pavese, como intelectual, escritor e homem <strong>de</strong>letras, reflete e se questiona sobre aquilo que se apresenta a seu redor e faz um elo entre aliteratura e o dia-a-dia <strong>de</strong> cada leitor.Especulações sobre a linguagem brasileira ou portuguesa - entrevista quase imaginária ehipotética com o intelectual Mário De Andra<strong>de</strong> sobre a obra gramatiquinhaCristiano Mello <strong>de</strong> OliveiraA presente entrevista imaginária visa a ensaiar alguns aspectos teóricos e i<strong>de</strong>ológicos sobre oprocesso <strong>de</strong> formação da linguagem na obra Gramatiquinha, <strong>de</strong> autoria do escritor Mário <strong>de</strong>Andra<strong>de</strong>. Já se passaram sessenta e cinco anos <strong>de</strong> sua trágica e incipiente morte. Porém seupensamento sobre a linguagem ainda consta e inquieta muitos dos nossos estudiosos epesquisadores. Torna-se cada vez mais atual e progressivo suas atitu<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ológicas que praticarano passado. Sobre tal projeção <strong>de</strong> análise salientamos que iremos direcionar o nosso olhar para as


Página40principais inquietu<strong>de</strong>s do escritor paulistano e condiciona-las à uma maneira peculiar <strong>de</strong>estabelecer/encaixar suas idéias conforme prosseguimos nossas indagações. Iremos durante essaentrevista contribuir com nossas abstrações que serão expostas <strong>de</strong> maneira lógica eargumentativa. Tomaremos como pressuposto teórico os autores: Ancona e Moraes. Acontribuição <strong>de</strong>sse ensaio visa a ampliar e difundir o pensamento marioandradiano sobre talperspectiva <strong>de</strong> análise e instigar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estudo sobre suas investigações teóricas dalinguagem brasileira. Ao problematizarmos suas consi<strong>de</strong>rações acreditamos numa possívelhipótese <strong>de</strong> discutirmos suas ambições intelectuais e postulá-las para a comunida<strong>de</strong> acadêmica.Futurismo: a presença da vanguarda italiana em periódicos brasileirosFernanda Moro CechinelA Vanguarda italiana, no início do século XX, teve uma gran<strong>de</strong> repercussão em diferentesculturas. Esse trabalho tem como objetivo enten<strong>de</strong>r melhor o Futurismo e refletir sobre a suarecepção no âmbito da cultura brasileira.George Orwell : um intelectual militanteSandra dos SantosGeorge Orwell, pseudônimo <strong>de</strong> Eric Arthur Blair, representou um importante intelectual naprodução <strong>de</strong> obras literárias do século XX , ao lado <strong>de</strong> tantos outros autores que <strong>de</strong>nunciaram emseus escritos os abusos cometidos por governos <strong>de</strong> regimes Totalitaristas e Fascistas.A mudança<strong>de</strong> seu nome , que reforçou uma contestação ao seu estilo burguês , a participação em lutaspolíticas e o caráter revolucionário e <strong>de</strong>nunciativo <strong>de</strong> suas obras assinalaram parte da vida <strong>de</strong>steescritor.Este artigo tem por objetivo <strong>de</strong>linear o perfil <strong>de</strong> um intelectual engajado, cujos i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong>mudanças e <strong>de</strong> conscientização estiveram presentes concretamente em suas ações como ativista,mas principalmente em obras cuja importância permanece e se solidifica cada vez mais nos diasatuais.Massimo Bontempelli no sistema literário brasileiro: o caso <strong>de</strong> “O colecionador”Arivane Augusta ChiarelottoEste trabalho aborda a reescritura <strong>de</strong> um dos contos do escritor italiano Massimo Bontempelli nosistema liter|rio brasileiro. O conto “O colecionador”, cuja primeira divulgação se dá na primeiradécada do século XX, é publicado em português na obra “Mar <strong>de</strong> Histórias: antologia do contomundial”, em 1999. Esta an|lise permite-nos resgatar aspectos do processo tradutório que serelacionam a estilística do referido conto, assim como alguns outros aspectos que dizem respeitoao seu processo <strong>de</strong> reescritura, a que estão envolvidos não somente a concepção <strong>de</strong> tradução,como também os elementos e constructos i<strong>de</strong>ológicos que operam efetivamente comomediadores culturais. Para a análise do processo <strong>de</strong> reescritura, mostram-se importantes osprocedimentos da Literatura Comparada, privilegiando, assim, um estudo <strong>de</strong> natureza dialógicaque possibilite perscrutar as repercussões que se entrecruzam à obra literária.MARIOSWALD(S): ANTROPOFAGIA – ONTEM. HOJE. AMANHÃ .Coor<strong>de</strong>nadora: Flávia CeraA Antropofagia nasce sob o signo da metamorfose: “marioswald”, autonomeaç~o híbridocompostautilizada pelos dois “pontas-<strong>de</strong>-lança” <strong>de</strong> nosso mo<strong>de</strong>rnismo e recorrentemente


Página41invocada nas reapropriações posteriores do canibalismo político-cultural. Por isso, ela nascetambém sob o signo da improprieda<strong>de</strong>, da impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fixar uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> estável:<strong>de</strong>ntre as peculiarida<strong>de</strong>s da Antropofagia do final da década <strong>de</strong> 1920, está o fato – poucopercebido pela crítica – <strong>de</strong> que não há, a rigor, nenhuma obra antropofágica (se Macunaíma erareivindicado pelo “movimento” como sua obra-prima, seu autor, Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, negavaveementemente o rótulo e foi, além disso, constantemente atacado pelos antropófagos; CobraNorato, <strong>de</strong> Raul Bopp, e o par <strong>de</strong> romances Miramar/Serafim, <strong>de</strong> Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, foramgestados muito antes da Antropofagia; e os quadros <strong>de</strong> Tarsila do Amaral, muito mais queinspirarem-se no i<strong>de</strong>ário do grupo, foram a sua inspiração). Ao contrário da Poesia Pau-Brasil,fundada na idéia <strong>de</strong> invenção, i.e., <strong>de</strong> uma apropriação visando à proprieda<strong>de</strong>, à criação <strong>de</strong> umlegado que possa ser transmitido e inventariado, a Antropofagia <strong>de</strong>fine-se como prática semobra, como um meio sem fim, como um objetivo sem objeto, que aparece/acontece em umatemporalida<strong>de</strong> não-redutível à linearida<strong>de</strong> cronológica que funda o tempo da transmissão daproprieda<strong>de</strong> (ou seja, da tradição).“Abusos da usança” ou “Abusos do <strong>de</strong>suso”: Desabrigo entre a Antropofagia e a LiteraturaMarginalAlexandre Nodari<strong>Resumo</strong>Antropofagia e obnubilação. Gregório <strong>de</strong> Matos e o daimonDiego Cervelin<strong>Resumo</strong>Antropofagia e Perspectivismo literárioAna Carolina Cernicchiaro<strong>Resumo</strong>Do outro lado do rio: Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> e Paulo DuarteGeorge FrançaO banquete <strong>de</strong> Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> diante do espelho: questões do corpo híbridoEvandro <strong>de</strong> Sousa<strong>Resumo</strong>O mo<strong>de</strong>rnismo nasceu na zona: em torno d'O perfeito cozinheiro das almas <strong>de</strong>ste mundo'Victor da Rosa<strong>Resumo</strong>Saneamento básicoFlávia Cera<strong>Resumo</strong>O ENSINO DA LE COMO ELEMENTO MEDIADOR DE INCLUSÃO SOCIALCoor<strong>de</strong>nadora: Profª Vera Regina <strong>de</strong> Aquino Vieira


Página42O objetivo do presente GT é dar um panorama <strong>de</strong> algumas formas <strong>de</strong> ensino aprendizagem <strong>de</strong>uma língua estrangeira, no caso o espanhol, através das ativida<strong>de</strong>s propostas nos projetos<strong>de</strong>senvolvidos pelos alunos da graduação e pós graduação, intermediadas pelo NUSPPLE.Enten<strong>de</strong>mos que através do ensino aprendizagem <strong>de</strong> uma língua estrangeira propiciamos uma viapara a inclusão social, uma vez que, em nosso entendimento, conhecer idiomas proporciona aossujeitos uma participação mais ativa nas relações sociais nos diversos aspectos da vida emsocieda<strong>de</strong>, pois ao transitarem por outros universos lingüísticos os indivíduos passam a conheceroutras culturas e práticas sociais, conectando-se a diferentes códigos e vislumbrando novoshorizontes. Assim passam a sentir-se incluídos e a fazer parte do universo do qual são partícipes.Ensino da língua espanhola: a ressignificação do espaço social na terceira ida<strong>de</strong>Adélia B. Koerich e Fabíola Teixeira FerreiraO projeto O ensino da língua espanhola para a terceira ida<strong>de</strong> surgiu em 2004 da parceria entre oNúcleo <strong>de</strong> Suporte Pedagógico para Professores <strong>de</strong> Língua Estrangeira (NUSPPLE/<strong>UFSC</strong>) e oNúcleo <strong>de</strong> Estudos da Terceira Ida<strong>de</strong> (NETI/<strong>UFSC</strong>), e da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proporcionar ao adulto<strong>de</strong>ssa faixa etária a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r uma língua estrangeira com um curso e materiala<strong>de</strong>quados a seus anseios e necessida<strong>de</strong>s. É nesse sentido que na preparação das aulas e domaterial didático específico para esse público levamos em consi<strong>de</strong>ração a vasta experiência <strong>de</strong>vida <strong>de</strong>sses sujeitos, como uma estratégia <strong>de</strong> valorização social e também para que se tornemparticipantes <strong>de</strong> sua aprendizagem. Assim, tais procedimentos permitem a ativação e ocompartilhamento <strong>de</strong> conhecimentos prévios e reforçam a auto-estima do grupo, além <strong>de</strong> ser umimportante caminho na busca por melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.Língua espanhola e libras: prática <strong>de</strong> inclusãoCinthia FortiniIncluir não é tratar a todos igualmente, mas sim perceber que nas diferenças todos são capazes<strong>de</strong> atingir os mesmo objetivos quando estimulados a irem além <strong>de</strong> seus limites para alcançarem omáximo <strong>de</strong> suas potencialida<strong>de</strong>s. Dentro <strong>de</strong>sta visão, construir a aprendizagem e o conhecimentoda língua espanhola num processo <strong>de</strong> inclusão do aluno surdo com os <strong>de</strong>mais alunos em salapossibilita que o <strong>de</strong>senvolvimento do espanhol como L2 se torne um instrumento <strong>de</strong> interaçãointerpessoal e social.O Ensino da Língua Espanhola para crianças: abrindo espaço para a inclusão socialAna Paula <strong>de</strong> Carvalho Demetrio e Alex Sandro BeckhauserNa socieda<strong>de</strong> atual, conhecer uma língua estrangeira é também uma forma <strong>de</strong> participar maisativamente das relações estabelecidas, seja no universo estudantil, profissional ou social. Estetrabalho tem como objetivo apresentar as ativida<strong>de</strong>s realizadas pelo Projeto Incluir, <strong>de</strong>senvolvidopelo NUSPPLE (Núcleo <strong>de</strong> Suporte Pedagógico para Professores <strong>de</strong> Língua Estrangeira) empareceria com a ONG Casa São José, ressaltando a importância <strong>de</strong> uma língua estrangeira naformação do cidadão. E <strong>de</strong>sta forma, sua contribuição para a abertura <strong>de</strong> novos horizontes e ummaior acesso a novos meios <strong>de</strong> conhecimento. E através <strong>de</strong> nossa prática no Projeto Incluir,<strong>de</strong>senvolvido na Casa São José/Serrinha, percebemos nas atitu<strong>de</strong>s e no comportamento dosalunos, como o ensino aprendizagem da língua estrangeira possibilita a abertura para o diálogocom outros textos, outras culturas e outras práticas sociais.


Página43Relato <strong>de</strong> Experiência da participação do aluno graduando nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa eextensão no âmbito do "Projeto Incluir"Diogo Sardá <strong>de</strong> FariaO trabalho refere-se à pratica exercida no Projeto Incluir: o ensino <strong>de</strong> espanhol para crianças <strong>de</strong> 6a 8 anos, <strong>de</strong>senvolvido na Casa São José – Serrinha, através do NUSPPLE/CCE/<strong>UFSC</strong>. O objetivodo projeto é, por um lado, apresentar às crianças o idioma espanhol, permitindo a elas o acesso auma nova cultura e estabelecer uma relação real com a língua estrangeira. E por outro lado,proporcionar aos membros do grupo <strong>de</strong> pesquisa e extensão do INCLUIR uma experiência <strong>de</strong>investigação e elaboração <strong>de</strong> material didático para um público específico e, também, umaprática docente aos graduandos do Curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> Espanhol.O ENSINO DE ESPANHOL E A PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA FINS ESPECÍFICOSCoor<strong>de</strong>nadora: Profª Maria José Damiani CostaO <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo do indivíduo, seu contexto cultural, seu conhecimento <strong>de</strong> mundo,seu papel no grupo social são elementos que constituem o perfil do aluno e, conseqüentemente,<strong>de</strong>terminam seu interesse na aprendizagem <strong>de</strong> uma língua estrangeira. O objetivo <strong>de</strong>ste grupotemático é apresentar os resultados <strong>de</strong> pesquisas e experiências docentes sobre o ensino <strong>de</strong>língua espanhola como língua estrangeira, dos membros do Nuspple – Núcleo <strong>de</strong> SuportePedagógico para Professores <strong>de</strong> Língua Estrangeira e as diretrizes tomadas à elaboração <strong>de</strong>materiais didáticos para públicos específicos.Ensino <strong>de</strong> espanhol para alunos surdos: uma proposta <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s lúdicasProfª Vera Regina <strong>de</strong> Aquino VieiraEvelise Groppi Franco (PROBOLSA/ NUSPPLE-GR)Consciente das mudanças significativas na área da sur<strong>de</strong>z e na forma <strong>de</strong> perceber o ser surdoprocurou-se <strong>de</strong>senvolver uma prática educativa, proporcionando a este um ambiente lingüístico eum conteúdo a<strong>de</strong>quados. Neste processo, o uso do lúdico entra como um recurso metodológico,numa proposta <strong>de</strong> educação bilíngüe. Ao adotar essa estratégia, acreditamos que a aquisição e oconhecimento <strong>de</strong> uma L2 po<strong>de</strong>m acontecer <strong>de</strong> forma agradável e divertida, tornando aaprendizagem atrativa e prazerosa, ao mesmo tempo em que auxilia e favorece o professor noprocesso <strong>de</strong> ensino aprendizagem, <strong>de</strong>spertando nos alunos o interesse e a motivação pelalínguaespanhola.Ensino do espanhol para terceira ida<strong>de</strong>: o mapa semântico como ferramenta na elaboraçãodas unida<strong>de</strong>s didáticas.Camila Teixeira Saldanha e Noemi Teles <strong>de</strong> MeloComo o envelhecimento populacional tem aumentado <strong>de</strong> forma veloz, com a mesma velocida<strong>de</strong>vem surgindo uma nova <strong>de</strong>manda por políticas públicas e consequentemente vem gerando novos


Página44<strong>de</strong>safios para os profissionais da área educacional. Neste contexto a universida<strong>de</strong> brasileira temum papel fundamental a assumir neste processo, no sentido <strong>de</strong> fornecer subsídios para que osidosos possam almejar um futuro e ter qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. A partir <strong>de</strong>sta premissa, surgiu aproposta <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> língua espanhola para o NETI - Núcleo <strong>de</strong> estudos da Terceira Ida<strong>de</strong> emparceria com o NUSPPLE/<strong>UFSC</strong> – Núcleo <strong>de</strong> suporte pedagógico para professores línguaestrangeira. Este trabalho tem como objetivo principal apresentar o planejamento das unida<strong>de</strong>sdidáticas elaboradas com base nos paradigmas teóricos do mapa semântico. Acredita-se que como auxílio <strong>de</strong>ste, o material didático trabalhado com os alunos proporciona uma coerênciatemática que viabiliza a aquisição <strong>de</strong> um novo léxico em contextos diversos e a ativação erecuperação do conhecimento armazenado por eles ao longo <strong>de</strong> suas trajetórias <strong>de</strong> vida,tornando o novo conhecimento mais significativo.Gêneros Textuais como ferramenta didática aplicada no ensino <strong>de</strong> espanhol como línguaestrangeira (LE)Brenda Rocio Ruesta BarrientosO objetivo <strong>de</strong>ste presente trabalho é apresentar o relato <strong>de</strong> experiência como resultado da práticapedagógica do uso <strong>de</strong> Gêneros Textuais como ferramenta didática, aplicadas no ensino <strong>de</strong>espanhol como língua estrangeira (LE). E <strong>de</strong>monstrar o possível diálogo entre a teoria <strong>de</strong> gênerostextuais e a prática pedagógica, o qual acreditamos que possa contribuir como instrumento <strong>de</strong>reflexão à prática docente.Reflexões acerca do ensino/aprendizagem do idioma espanhol para alunos da terceira ida<strong>de</strong>:a importância do tratamento do “filtro afetivo”.Miryan Vasques OyarzabalO presente trabalho tem como objetivo trazer reflexões acerca do ensino/aprendizagem doidioma espanhol para alunos da terceira ida<strong>de</strong> e das motivações que levam esse grupo a almejar aaquisição <strong>de</strong> uma segunda língua. As razões que interferem no ânimo e impulsionam os alunos<strong>de</strong>sta faixa etária são inúmeras, geralmente ligadas a melhorias em seu convívio social e sua autoestima.Por isso <strong>de</strong>stacamos a importância do papel do “filtro afetivo” em tal processo, uma vezque os indivíduos que possuem menor filtro ten<strong>de</strong>m a apren<strong>de</strong>r <strong>de</strong> forma mais rápida e eficaz. Aspesquisas indicam que os alunos que se sentem à vonta<strong>de</strong> em sala <strong>de</strong> aula, em nosso caso emaulas <strong>de</strong> língua estrangeira, agem com maior naturalida<strong>de</strong> e menor timi<strong>de</strong>z, favorecendo aparticipação em e conseqüentemente a aquisição do idioma.O USO DE FERRAMENTAS NO EAD - UM OLHAR PEDAGÓGICOCoor<strong>de</strong>nadora: Raquel D’ElyTendo por base a experiência como tutora em disciplinas do curso <strong>de</strong> licenciatura <strong>de</strong> Espanhol adistancia, mais especificamente na disciplina Pesquisa em <strong>Letras</strong> Estrangeiras, esta comunicaçãovisa compartilhar alguns dos <strong>de</strong>safios que a equipe pedagógica enfrentou ao utilizar asferramentas disponíveis na plataforma <strong>de</strong> aprendizagem (MOODLE). Resultados advindos <strong>de</strong>ssareflexão sobre as ações <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adas no ambiente virtual apontam para a importância daa<strong>de</strong>quação do tema e ferramenta utilizada, a<strong>de</strong>quação da linguagem e sensibilida<strong>de</strong> da equipepara solucionar problemas. Conclui-se que promover espaços que visem a interação abarcaquestões que vão além do potencial técnico <strong>de</strong>ssas ferramentas, fato que enfatiza a necessida<strong>de</strong>


Página45<strong>de</strong> um olhar pedagógico ante elas e coloca a equipe docente no cerne do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>ações que fomentem o ensino-aprendizado.Palavras chave: ferramentas pedagógicas, processo ensino aprendizado, EADO feedback como forma <strong>de</strong> comunicação na EaD: um breve relato da experiência <strong>de</strong> uso <strong>de</strong>staprática pedagógicaMaíra TonelliO presente trabalho preten<strong>de</strong> expor uma breve análise da linguagem utilizada nos feedbacksdados pelos tutores a distância às ativida<strong>de</strong>s dos alunos no curso <strong>de</strong> graduação a distância em<strong>Letras</strong>-Espanhol/<strong>UFSC</strong>. A partir <strong>de</strong> uma experiência pessoal como tutora em tal curso foi possívelperceber que parte da comunicação entre tutores e alunos ocorre através <strong>de</strong>sta práticapedagógica <strong>de</strong> retorno às ativida<strong>de</strong>s. Com o objetivo <strong>de</strong> observar como ocorre esta comunicação,assim como a existência <strong>de</strong> uma relação dialógica neste processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem,proponho um projeto <strong>de</strong> pesquisa utilizando como arcabouço teórico os conceitos <strong>de</strong> dialogismo<strong>de</strong> Bakhtin, <strong>de</strong> aprendizagem dialógica <strong>de</strong> Freire e da eficiência do feedback <strong>de</strong> Zeferino,Domingues e Amaral. Partindo da hipótese <strong>de</strong> que a linguagem utilizada pelos tutores nestatarefa pedagógica <strong>de</strong>ve ser diferenciada, tendo por base as especificida<strong>de</strong>s da modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>educação a distância, e as ferramentas utilizadas por essa modalida<strong>de</strong>, este trabalho traz o relatoda experiência em tutoria que suscitou tal pesquisa.Palavras-chave: feedback, Ead, prática pedagógicaO uso <strong>de</strong> blogs como ferramenta pedagógica na modalida<strong>de</strong> a distânciaPaula Balbis e Luiziane SilvaEsta comunicação preten<strong>de</strong> apresentar a experiência com o uso <strong>de</strong> Blog nos cursos <strong>de</strong> licenciaturaem Matemática e em Física na modalida<strong>de</strong> a distância (EaD), no segundo semestre <strong>de</strong> 2009, nadisciplina <strong>de</strong> Introdução à Educação a Distância (IEaD) na <strong>UFSC</strong>. As práticas pedagógicas advindasdo uso <strong>de</strong>ssa ferramenta tiveram por objetivo promover a interação entre professores e alunos(no caso da Matemática) e entre alunos e tutores (no caso da Física), como também ampliar oconhecimento entre os pares no ciberespaço além da plataforma <strong>de</strong> aprendizagem (MOODLE).Palavras-chave: Blog, EaD, ferramenta pedagógicaOS CAMINHOS DA TRADUÇÃO: ALGUNS RECORTESCoor<strong>de</strong>nadora: Profº Drª Meta Elisabeth ZipserA tradução, quando vista também sob aspectos da cultura, em uma dimensão ampliada, tomaoutras configurações, não pensadas em um primeiro momento. Assim sendo, na área jornalísticapassa a ser vista como "Representação Cultural". Também na música e nas artes tem seu papelampliado, enriquecendo processos e resultados.Marcas culturais em interface: os caminhos <strong>de</strong> aproximação entre tradução e jornalismoSandra Mazuttiresumo


Página46Português europeu e Português brasileiro: olhares culturais no fazer jornalísticoMichelle <strong>de</strong> Abreu AioresumoVinicius <strong>de</strong> Morais: música, arte e traduçãoAndré Maia e Gabriela CorrearesumoPESQUISAS DE/EM ALEMÃOCoor<strong>de</strong>nadora: Profa Ina EmmelDIFERENTES SIGNIFICADOS DO weil NO ALEMÃO CONTEMPORÂNEOLei<strong>de</strong> Freiberger Aranovich (MEN/CA/<strong>UFSC</strong>)Nesta comunicação, que é parte <strong>de</strong> minha pesquisa <strong>de</strong> TCC no curso <strong>de</strong> bacharelado em <strong>Letras</strong>-Alemão, mostro que nem todas as frases com o elemento weil no alemão, a princípiosubordinadas, e, portanto, <strong>de</strong>mandando o verbo na última posição da frase, aparecem <strong>de</strong>staforma no alemão atual. Através <strong>de</strong> uma pesquisa baseada em dois corpora, COSMAS II e AGD,ficou comprovado que este fenômeno ocorre <strong>de</strong> fato somente na língua falada. Ou seja, na línguafalada, a conjunção weil, aqui então nem sempre um conjunção, aparece numa sentença com overbo na segunda posição, fenômeno típico <strong>de</strong> uma sentença <strong>de</strong>clarativa na língua alemã eatípico para uma sentença subordinada. Com base nestes corpora, indico que weil po<strong>de</strong> carregardiferentes significados: a conjunção weil <strong>de</strong>nota causa, weil não explica <strong>de</strong> fato a frase anterior,mas sim todo o contexto da colocação anterior, weil como marcador <strong>de</strong> discurso e weil como umconector e não mais como uma conjunção.O FUTUR I NO ALEMÃO CONTEMPORÂNEO: CARACTERÍSTICAS TEMPORAIS E MODAISHeloísa da Rosa Silva (DLLE/<strong>UFSC</strong>)A comunicação é parte <strong>de</strong> minha pesquisa para realização <strong>de</strong> meu TCC no curso <strong>de</strong> Bachareladoem <strong>Letras</strong> Alemão. A discussão sobre o Futur I no alemão traz a tona controvérsias,frequentemente discute-se sobre como seria melhor classificá-lo (como tempo ou modo) e sepossuiria mais características modais ou temporais. Isso se <strong>de</strong>ve principalmente ao seu caráterhipotético, pois na verda<strong>de</strong> o futuro não passa <strong>de</strong> uma “projeção”. Saltveit (1960) inaugurou essadiscussão que dura até hoje - sem uma conclusão <strong>de</strong>finitiva -, já que muitos autores seinteressaram pela questão modal no futuro. Deste modo, o trabalho trata <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>scrição e <strong>de</strong>um estudo teórico sobre as duas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interpretação da perífrase wer<strong>de</strong>n + infinitivoatravés <strong>de</strong> uma orientação mais voltada para linguística e também da assim chamada literaturatradicional. O objetivo do trabalho é elucidar esse tema que vem sendo pouco abordado nas aulas<strong>de</strong> alemão como língua estrangeira (DaF-Unterricht) e lançar a mesma discussão no meioacadêmico - no contexto do curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> Alemão -, <strong>de</strong> maneira que isso possa eventualmente


Página47enriquecer as aulas <strong>de</strong> alemão. Ao final do trabalho é proposta uma pequena análise com basenum corpus real - 81 cartas em alemão - que é discutida a partir <strong>de</strong> Leiss (1992).CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS SOBRE UMA PESQUISA EM INTERFONOLOGIA: AQUISIÇÃODO ICHLAUT ACHLAUT POR ESTUDANTES DE ALEMÃO COM LEMágat Nágelo Junges (DLLE/PGLg/ <strong>UFSC</strong>)Nesta comunicação, parte da pesquisa do trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso (TCC) – Bacharelado<strong>Letras</strong>-Alemão, analisa-se a realização <strong>de</strong> dois fones do atual alemão padrão (doravante, AP), oIchlaut e o Achlaut , por quatro estudantes brasileiros <strong>de</strong> alemão como língua-estrangeira(doravante, DaF, em alemão) da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina (<strong>UFSC</strong>). Tal pesquisaengloba duas áreas da lingüística, que são a fonética e a fonologia e a aquisição <strong>de</strong> fones em LM eLE. A motivação surgiu durante a minha graduação, quando percebi que estudantes brasileiros <strong>de</strong>alemão <strong>de</strong>monstravam dificulda<strong>de</strong>s na realização <strong>de</strong>sses dois “sons”. O fato <strong>de</strong> o Ichlaut nãoexistir no português brasileiro (doravante, PB) e o Achlaut ocorrer somente em algumas variantesregionais, po<strong>de</strong> representar uma “barreira” para esses estudantes na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “sons” <strong>de</strong> umaL2. Neste sentido, os objetivos <strong>de</strong>sta pesquisa foram os <strong>de</strong>: 1º Analisar o Ichlaut e o Achlaut comofones <strong>de</strong> uma L2; 2º Aplicar o teste <strong>de</strong> percepção com os quatro informantes (dois homens e duasmulheres); 3º Realizar a transcrição fonética da produção dos informantes, a fim <strong>de</strong> encontraralguma possível variação fonética ou influência do sistema escrito da L1 (PB) na LE (AP). A baseteórica escolhida para a pesquisa abrange a fonética articulatória, por um lado, e, por outro, ocontato e a transferência linguística, e, por fim, a interlíngua (a “língua do aprendiz”). Aquiapresentarei mais <strong>de</strong>talhadamente a metodologia utilizada, constituída <strong>de</strong> um teste <strong>de</strong> percepçãofonética, dividido em um estímulo visual e outro lido, que foi aplicado com os quatro informantes.TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO ACADÊMICA EM ALEMÃO COM BASE EM UMA PESQUISA DECAMPO DA TURMA DE ALEMÃO ORAL VIITurma <strong>de</strong> Alemão VII-Oral (DLLE/<strong>UFSC</strong>)Nesta comunicação nos propomos a apresentar uma pesquisa realizada pelo nosso grupo naBiblioteca Central da <strong>UFSC</strong> sobre a satisfação dos usuários da mesma, <strong>de</strong>ntro dos parâmetrosteóricos estudados e exercitados na aula <strong>de</strong> alemão oral sobre técnicas <strong>de</strong> apresentaçãoacadêmica. O objetivo é exercitar a técnica em contexto real (evento acadêmico) e abrir adiscussão para as dificulda<strong>de</strong>s encontradas e para as possíveis soluções.PESQUISAS EM TERMINOLOGIACoor<strong>de</strong>nadora: Profª Ina EmmelDiscutiremos a importância e apresentaremos os trabalhos <strong>de</strong> pesquisas sobre terminologiarealizados por mestrandos da PGET.TERMINOLOGIA TEÓRICA E APLICADA ÀS ÁREAS HUMANAS: UMA DISCUSSÃO AINDAEMBRIONÁRIA


Página48Ina Emmel (DLLE/<strong>UFSC</strong>)Nesta comunicação apresentamos as reflexões empreendidas durante a disciplina TerminologiaTeórica no âmbito da PGET/<strong>UFSC</strong> no semestre 2009/2 em conjunto com os alunos, indicando asevoluções e limitações observadas na área dos estudos terminológicos para áreas <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>não técnicas e as implicações disso para a área da tradução. Exemplificaremos as consi<strong>de</strong>raçõestendo por base a terminologia da própria área da tradução.TERMINOLOGIA E LEGENDAGEMThais Collet (DLLE/PGET/<strong>UFSC</strong>)Neste trabalho foram analisadas as traduções para o português brasileiro dos termos médicosreferentes a aparelhos e exames em legendas do seriado americano House. Esta pesquisa visouverificar se os termos foram traduzidos em consonância com a terminologia médica usada noBrasil e se havia tradução para todos os termos usados no original em inglês. E, em caso negativo,sabendo-se das restrições que a legendagem impõe, que tratamento foi dado nas legendas a essasituação - empréstimo (Vinay & Darbenet, 1958, 1958/1995), uso <strong>de</strong> paráfrase, criação <strong>de</strong>neologismos (Cabré, 1999) ou omissão (Munday, 2009)? Este trabalho faz parte <strong>de</strong> uma pesquisamaior e não preten<strong>de</strong> ser exaustivo, portanto, para esta comunicação, foi analisado apenas umepisódio e foram coletados <strong>de</strong>z termos, dos quais três foram analisados por terem sido omitidosda tradução.TERMINOLOGIA NA TRADUÇÃO: CORTES DE CARNE BOVINA EM PORTUGUÊS E INGLÊSRobert Coulthard (PGET/<strong>UFSC</strong>)Dentro da área <strong>de</strong> terminologia culinária, cortes <strong>de</strong> carne se apresentam como uma das subáreasmais difíceis para traduzir do português do Brasil ao inglês. Existem duas explicações principaispara tal fato. A primeira é que o rebanho bovino do Brasil é uma mistura <strong>de</strong> raças zebuínas (Bosindicus), como o Nelore, raças européias (Bos taurus), como o Aber<strong>de</strong>en Angus, e <strong>de</strong> gado queresultou da miscigenação das duas. Isso significa que a anatomia e, como conseqüência, as cortesnão são iguais no Brasil e em países <strong>de</strong> língua inglesa. A segunda explicação é que não é possíveltirar todos os cortes <strong>de</strong> uma dada cultura, seja brasileira, européia ou estaduni<strong>de</strong>nse, <strong>de</strong> umacarcaça só.Esse projeto <strong>de</strong> pesquisa parte da Teoria Geral da Terminologia <strong>de</strong> Eugen Wüster, contemplatambém a Teoria Cultural da Terminologia <strong>de</strong> Maria Teresa Cabré, e, a partir <strong>de</strong> uma revisão doestado atual da terminologia monolíngüe <strong>de</strong> cortes <strong>de</strong> carne bovina, propõe uma metodologiapara a produção <strong>de</strong> um glossário unidirecional (português para inglês) <strong>de</strong> cortes <strong>de</strong> carnebrasileiras que possa ser <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia aos tradutores <strong>de</strong> receitas, cardápios e outros textosculinários por combinar precisão anatômica e terminológica com relevância e a<strong>de</strong>quação cultural.O PARÁGRAFO 1 DA LEI FEDERAL ALEMÃ DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS: UMA PROPOSTATRADUTÓRIA BASEADA NA ANÁLISE TERMINOLÓGICA DOS TERMOS Erhebung, Nutzung eVerarbeitungAndréia Biaggioni (DLLE/PGET/<strong>UFSC</strong>)Trata-se <strong>de</strong> apresentar os resultados preliminares <strong>de</strong> um estudo dos termos Erhebung, Nutzung eVerarbeitung, presentes no parágrafo 1º da Lei Fe<strong>de</strong>ral Alemã <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Dados Pessoais, <strong>de</strong>um ponto <strong>de</strong> vista terminológico, com vistas à posterior elaboração <strong>de</strong> tradução integral da leisupracitada.


Página49TRADUÇÃO LITERÁRIA – ESPANHOL/PORTUGUÊSCoor<strong>de</strong>nadora: Andréa Cesco (DLLE/<strong>UFSC</strong>)O objetivo <strong>de</strong>ste GT é reunir trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos na área da tradução literária em línguaespanhola para que possam ser apresentados e discutidos pelo grupo, no sentido <strong>de</strong> contribuirpara o avanço das pesquisas nessa área.A tradução da prosa poética <strong>de</strong> Leopoldo Lugones em “El imperio jesuítico”Marlova Aseff (Doutora em Teoria Literária – <strong>UFSC</strong>)resumoAs traduções <strong>de</strong> Faraco e Arrigucci Jr. do conto “El balcón”, <strong>de</strong> Felisberto Hernán<strong>de</strong>zLetícia Maria Vieira <strong>de</strong> Souza Goellner (Graduanda em <strong>Letras</strong>/Espanhol – <strong>UFSC</strong>)resumoPedro Páramo <strong>de</strong> Juan Rulfo e sua tradução ao português – “Los problemas”\Mara Gonzalez Bezerra (Mestranda na Pós-Graduação em Literatura – CNPq/<strong>UFSC</strong>)resumoTradução comentada do conto “Dándole vueltas a una ceiba” <strong>de</strong> Cabrera InfanteEliana Cecília Rossarolla Schukste (Graduada em <strong>Letras</strong>/Espanhol – <strong>UFSC</strong>/Nelool)resumoUm estudo do humor metafórico no conto “Una reputación”, <strong>de</strong> Juan José ArreolaVanessa Carmo <strong>de</strong> Oliveira (Graduada em <strong>Letras</strong>/Espanhol – <strong>UFSC</strong>)resumoAtivida<strong>de</strong>s CulturaisCriação literária digitalCentro Acadêmico Livre <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>Valorizar a produção artística emergente dos acadêmicos <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>, especialmente a produçãoartística veiculada nos meios virtuais, como por exemplo vi<strong>de</strong>o-poemas, poemas publicados emblogs, foto-poemas e afins.


Página50El burguês gentilhombre: escena IVProfª Luizete Guimaraes Barros, com a participação <strong>de</strong> Ana Girondi e Christian Abes e 32 alunos<strong>de</strong> Espanhol.Filme <strong>de</strong> montagem da cena 4 do segundo ato da peça <strong>de</strong> Molière, adaptada ao espanhol, comresumo do sistema vocálico do português, inglês, espanhol, francês e incursões sobre a peça nomundo.Apresentação do grupo musical Babel Ensemble (do CCE- <strong>UFSC</strong>)Diretora Artística: Ana BragaCULPA E PODER – „FAUST“ DE GRÜNDGENS vs “AUSLÄNDER RAUS” DE SCHLINGENSIEFMichael <strong>de</strong> Jong (DAAD/<strong>UFSC</strong>)Na apresentação serão confrontadas duas produções teatrais, à primeira vista muito diferentes,realizadas em épocas distintas – “Faust” <strong>de</strong> Goethe na encenação clássica <strong>de</strong> Gustav Gründgens,<strong>de</strong> 1960 e a instalação “Auslän<strong>de</strong>r raus!” <strong>de</strong> Christoph Schlingensief <strong>de</strong> 2000, uma interpretaçãocínica do conceito Big Brother, no qual cidadãos austríacos <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>cidir sobre o <strong>de</strong>stino <strong>de</strong>asilados.O ponto central nas duas produções são as questões <strong>de</strong> culpa e po<strong>de</strong>r – elas serão discutidas emseguida à apresentação.A céu aberto o Fim <strong>de</strong> Partida, o que revém?Giorgio Zimann GislonProfº Orientador: Sérgio Me<strong>de</strong>irosPostersA literatura <strong>de</strong> João Gilberto Noll nos apresenta personagens marginais que contam fugazespassagens <strong>de</strong> suas vidas <strong>de</strong> maneira escorrida. O presente trabalho busca como referências paraanalisar os procedimentos <strong>de</strong> Noll ao construir os personagens e ao fazê-los narrar os textos <strong>de</strong>dois autores irlan<strong>de</strong>ses, James Joyce e Samuel Beckett. Os personagens <strong>de</strong> Beckett servem <strong>de</strong>contraponto aos <strong>de</strong> Noll, enquanto o monólogo interior do autor <strong>de</strong> Finnegans Wake é colocadoem perspectiva para análise do fluxo <strong>de</strong> consciência dos personages <strong>de</strong> Noll.A tradução <strong>de</strong> metáforas no filme japonês "A Viagem De Chihiro"Gisele Tyba Mayrink Redondo OrgadoProfº Orientador: Profº Dr. Ronaldo LimaEste trabalho tem por objetivo investigar a tradução <strong>de</strong> metáforas realizada no processo <strong>de</strong>legendaç~o do filme <strong>de</strong> animaç~o intitulado: “A viagem <strong>de</strong> Chihiro”, do diretor japonês HayaoMiyazaki. Para fazê-lo, será consi<strong>de</strong>rado o contexto <strong>de</strong> suporte teórico <strong>de</strong>scritivista <strong>de</strong> van <strong>de</strong>nBroeck (1981), complementado pela proposta <strong>de</strong> Toury (1995), <strong>de</strong>screvendo as opções existentes,a fim <strong>de</strong> analisar as escolhas feitas pelo tradutor/legendador para a tradução das metáforasselecionadas, levando-se em consi<strong>de</strong>ração as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> se lidar com a tradução <strong>de</strong>stas sob aótica linguística, bem como sob a perspectiva <strong>de</strong> culturalida<strong>de</strong> intrínseca <strong>de</strong> cada idioma. Nesta


Página51investigação levanta-se a suposição <strong>de</strong> que a parcela imagética está em consonância com o textooral e escrito, e que neste espaço <strong>de</strong> diálogo entre as expressões semióticas imbricadas<strong>de</strong>lineiam-se algumas das ações do tradutor a serem aqui investigadas e discutidas.Observaremos, particularmente, a questão da tradução interlinguística <strong>de</strong> metáforas, a saber:japonês/português, sob a influência dos aspectos culturais e interculturais, bem como, como jáafirmado, sua circunscrição no âmbito das perspectivas técnicas da legendação.PALAVRAS-CHAVE : Tradução. Metáfora. Cultura. Legendação.Applied Linguistics and the Method’s problematic i<strong>de</strong>ntityCloves CardozoGuilherme PeresLeonardo da SilvaLeonardo SimoneNara RochaProfª Orientadora: Drª Marimar da SilvaThis research paper will analyze the ways in which method has been <strong>de</strong>fined, discussed andcriticized throughout time by different Applied Linguists. The i<strong>de</strong>a is that method has alwaysbeen an unstable and complex concept. In this sense, this paper aims at discussing the method’sproblematic i<strong>de</strong>ntity in or<strong>de</strong>r to summarize and present a critical view of several articles on thesubject. In other words, we will try to provi<strong>de</strong> a more comprehensive, chronological and in<strong>de</strong>edlogical way of un<strong>de</strong>rstanding method and other important concepts for this area of study.As aventuras <strong>de</strong> Pinocchio / Le avventure di PinocchioRaquel Dotta CorreaProfª Orientadora: Márcia CavalcantiA proposta <strong>de</strong>sta pesquisa é o uso <strong>de</strong> obras literárias no ensino <strong>de</strong> uma língua estrangeira.Iniciamos nossa experiência com a adaptação da obra As aventuras <strong>de</strong> Pinocchio, por meio <strong>de</strong>teatro <strong>de</strong> fantoches, utilizamos a história da obra original com alguns elementos da culturabrasileira, tornando-a mais divertida, sem caracterizá-la. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é incentivar autilização <strong>de</strong> obras literárias que relatam a cultura da língua estrangeira que esta sendo ensinadaem um intercâmbio com a cultura local,e além <strong>de</strong> difundir a cultura estrangeira, propor umametodologia <strong>de</strong> ensino que atraia a atenção dos alunos.Caprichos & relaxos: sem mais nem menosLizaine Weingärtner MachadoProfº Orientador: Jair Ta<strong>de</strong>u da FonsecaAnálise da poesia <strong>de</strong> Paulo Leminski tendo como objeto <strong>de</strong> pesquisa a obra inicial leminskianaCaprichos & relaxos, coletânea contendo, parcialmente, as obras não fosse isso/ e era menos/ nãofosse tanto/ e era quase e polonaises. A pesquisa centra-se na poética <strong>de</strong> Leminski a partir dodiálogo do autor com as vanguardas artísticas (Mo<strong>de</strong>rnismo, Beat Generation, Concretismo eTropicalismo) e a Filosofia Zen-Budista. Para tanto, o trabalho objetiva i<strong>de</strong>ntificar o diálogo dapoética leminskiana com as vanguardas artísticas; perceber as intertextualida<strong>de</strong>s existentes eevi<strong>de</strong>nciar o caráter crítico da obra analisada.


Página52Palavras - chave: Poesia; Paulo Leminski, Caprichos & relaxosCenários Textuais <strong>de</strong> Maura <strong>de</strong> Senna PereiraJúlia Telésforo OsórioProfª Orientadora: Tânia Regina Oliveira RamosO acervo da escritora catarinense Maura <strong>de</strong> Senna Pereira está sendo catalogado e digitalizandopelo nuLIME, núcleo <strong>de</strong> Literatura e Memória, no âmbito do Projeto Acervos Digitais <strong>de</strong>Escritor@s Catarinenses, financiado pelo Projeto PRONEX/FAPESC e CNPq. Maura <strong>de</strong> SennaPereira nasceu em Florianópolis, mas viveu boa parte <strong>de</strong> sua vida na cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro,acompanhada <strong>de</strong> seu marido, também escritor. No acervo <strong>de</strong> escritora catarinense, encontram-se<strong>de</strong>s<strong>de</strong> recortes <strong>de</strong> colunas <strong>de</strong> jornais, correspondências com intelectuais, entre eles, CarlosDrummond <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, até documentos pessoais, documentais e literários. Com adisponibilização <strong>de</strong>ste acervo no futuro "Portal Catarina", ampliar-se-á a divulgação e apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novas pesquisas da relevante e vasta produção intelectual do poeta e ex membroda Aca<strong>de</strong>mia Catarinense <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>, órgão que disponibilizou os acervos <strong>de</strong> intelectuais eescritores catarinenses para o projeto.E (nem) a literaturaTanay Gonçalves NotargiacomoProfª Orientadora: Dr. Tânia Regina Oliveira RamosresumoEstilo em tradução automática: análise em tradução <strong>de</strong> textos genéricos específicosLautenai Antonio Bartholamei JuniorProfº Orientador: Lincoln Paulo Fernan<strong>de</strong>sresumoÊxito <strong>de</strong> livros infanto-juvenis conforme TabbertAdriana Maximino Dos SantosManuela Acássia AccácioO teórico alemão Reinbert Tabbert (1994) aborda um tema pouco estudado no Brasil: ascaracterísticas que fazem livros infanto-juvenis terem sucesso junto ao público leitor. Tabbert(1994) <strong>de</strong>clara haver elementos comuns a essas obras, os quais resultariam em uma tipologia <strong>de</strong>êxito editorial. Em seu mo<strong>de</strong>lo, ele sugere quais elementos internos e externos à narrativa sãorelevantes em literatura infanto-juvenil (LIJ) e como eles estão interligados. Com este trabalho,preten<strong>de</strong>mos apresentar a proposta <strong>de</strong> Tabbert e dispor em português seu diagrama sobre os


Página53componentes <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong> livros <strong>de</strong> LIJ. Desta forma, objetivamos contribuir com a difusão <strong>de</strong>sua abordagem para estudiosos e interessados em LIJ.Goethe- nascido para ser vistoVerena Marga Hense JungklausApresentar através <strong>de</strong> um painel, uma obra criativa e ilustrada da vida <strong>de</strong> um ícone da literaturaalemã, com o intuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar nos estudantes/leitores um maior prazer pela leitura sobre umpoeta e pensador da história alemã, que influencia até hoje a cultura oci<strong>de</strong>ntal.Implementação <strong>de</strong> tarefas orais em inglês: uma experiênciaThaís Suzana Scha<strong>de</strong>chProfª Orientadora: Mailce Borges MotaNeste pôster <strong>de</strong>screvemos as ativida<strong>de</strong>s do projeto <strong>de</strong> extens~o “Implementaç~o <strong>de</strong> tarefas oraisem Inglês no ensino fundamental: uma experiência”, o qual foi realizado com alunos <strong>de</strong> 5ª sérieEscola Municipal Albertina Madalena Dias, em Florianópolis/SC, entre maio e <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008.Amparado no aporte teórico da proposta <strong>de</strong> ensino-aprendizagem baseada em tarefas<strong>de</strong>senvolvida por Willis (1996a), foram criadas tarefas com o objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver a habilida<strong>de</strong>oral dos alunos em língua inglesa. Os resultados do projeto <strong>de</strong>monstram que o construto“tarefas” po<strong>de</strong> ser adotado como princípio para o tratamento das habilida<strong>de</strong>s orais em contextosinstrucionais como a escola pública.Implementing the task-based language learning approach – An example of a task cycle in anun<strong>de</strong>rgraduate courseGuilherme PeresLeonardo da SilvaProfª Orientadora: Drª Raquel D ElyThis research paper aims at <strong>de</strong>scribing and discussing some aspects regarding the classes thatwere observed at “Fe<strong>de</strong>ral University of Santa Catarina” (<strong>UFSC</strong>). The “Oral English – Level 5”classes were observed from March to May, 2009 and they occurred twice a week. Havingobserved several classes, the main objective is to discuss the following aspects: the task-basedlanguage learning and its similarities and differences with the course’s activities, how theactivities that were conducted impacted upon the stu<strong>de</strong>nts’ learning, the focus of the courseconcerning the speaking skill (that is, what was [not] learned and why), how grammar was taught,strengths and weaknesses of the module and the processes built throughout the task cycle.Leitura com(o) disciplina a hora e vez da leituraTanay Gonçalves NotargiacomoProfª Orientadora: Dr. Tânia Regina Oliveira RamosO projeto orientado pela professora Dr. Tânia Regina Oliveira Ramos teve, <strong>de</strong> início, o objetivo <strong>de</strong>compor perfis <strong>de</strong> leitores. O que se queria era perceber os obstáculos no ensino da literatura e atéque ponto as questões das provas pressuporiam uma leitura integral dos textos. Encaminhamos a


Página54nossa pesquisa para um lugar que repensasse as listas sugeridas pela Comissão Permanente doVestibular da <strong>UFSC</strong>. Através <strong>de</strong>sses questionamentos a partir das análises <strong>de</strong> cânone literário eescrita feminina po<strong>de</strong>mos pensar on<strong>de</strong> e quando é a vez da leitura. Percebemos até agora que aliteratura é capaz <strong>de</strong> chegar a um lugar em que se permite ser ensinada <strong>de</strong> outras formasespecialmente para se bucar seu sentido e a ver a educação literária como metáfora social. Agora,ocorreram mudanças trazidas pelo MEC, com a proposta <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rir um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ENEM quesirva como prova. no vestibular Com essa proposta, em um primeiro momento, parece ocorrerum sucateamento da literatura na sua especificida<strong>de</strong> cultural, ética e estética. On<strong>de</strong> ficaria aleitura do texto e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escrever a leitura, como <strong>de</strong>sejava Roland Barthes?Necessitamos, agora , pensar outros perfis <strong>de</strong> pesquisa em busca <strong>de</strong> novas compreensões,especialmente que nos permitam enten<strong>de</strong>r nos espaços disciplinares e avaliações nacionais apossibilida<strong>de</strong> política da leitura por caminhos críticos contemporâneos: que espaço, por exemplo,o jovem leitor tem <strong>de</strong> conhecer a literatura homoerótica, o realismo afetivo, as questões póscoloniais.É possível a escola ensinar literatura? Estamos vivendo o fim da literatura comodisciplina? São para estas perguntas que procuraremos respostas.LINGUAGEM DE SINAIS-LIBRAS - COMO OBJETO MEDIADOR NA PRATICA DEALFABETIZAÇÃO DO SURDO: ESTUDO DE CASO NA TURMA DE SURDOS NA ESCOLAGERALDO CALDANI SÃO MIGUEL DO IGUAÇU.<strong>Resumo</strong>Linguagem: práticas lingüísticas, culturais e <strong>de</strong> ensinoDilma Pereira Dos Santos<strong>Resumo</strong>Projeto INCLUIR – A língua estrangeira como parceria na inclusão socialEvelise Groppi FrancoDiogo Sardá De FariaCínthia Fortini De Oliveira SantosMyrian Vasques OyarzabalProf as Orientadoras: Vera Regina <strong>de</strong> Aquino Vieira e Maria José Damiani CostaO projeto INCLUIR foi <strong>de</strong>senvolvido em parceria com o NUSPPLE – Núcleo <strong>de</strong> SuportePedagógico para Professores <strong>de</strong> Língua Estrangeira – da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarinae a Casa São José, localizada no bairro Serrinha, em Florianópolis/SC, Brasil. Coor<strong>de</strong>nado pelasprofessoras Maria José Damiani Costa e Vera Regina <strong>de</strong> Aquino Vieira. Objetivo: Oferecer para ascrianças da comunida<strong>de</strong> carente Serrinha em Florianópolis, a convivência com uma línguaestrangeira, durante a sua etapa <strong>de</strong> escolarização nas séries iniciais, contribuindo para o<strong>de</strong>senvolvimento psicológico, intelectual, cultural e social, proporcionando aproximação evivência com a língua espanhola. Metodologia: ( estamos <strong>de</strong>cidindo o material que colocaremos,crio que um mapa com a ativida<strong>de</strong> do ví<strong>de</strong>o no ensino das cores, ainda vamos conversar) A línguaestrangeira como alternativa <strong>de</strong> inclusão social Como a maioria dos alunos <strong>de</strong> certa forma éexcluída socialmente por não ter acesso aos meios <strong>de</strong> comunicação, a uma educação <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> e a uma vida cultural, o ensino <strong>de</strong> língua espanhola como L2 contribuí para umaampliação no conhecimento <strong>de</strong> outras culturas e práticas sociais, e os conecta na era dacomunicação virtual propiciando o vislumbrar <strong>de</strong> novos horizontes e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas


Página55formas <strong>de</strong> expressão. Conclusão Contribuir para <strong>de</strong>senvolver personalida<strong>de</strong>; Possibilitar interaçãoe relações sociais; Ajudar na reconstrução <strong>de</strong> novos indivíduos.Revista Literária Ponto e VírgulaNicola Mira Gonzaga Da SilvaProfª Orientadora: Susan <strong>de</strong> OliveiraA Revista Literária Ponto e Vírgula é um projeto das alunas Nicola Gonzaga, Karine Schmidt,Carla Mello e Jones Silva, todos do curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> Português Noturno. A Revista preten<strong>de</strong> exportextos próprios, entre poesias e contos. A proposta da revista é alcançar a escrita livre, tendocomo influência escritores do mo<strong>de</strong>rnismo e do pós-mo<strong>de</strong>rnismo.Uma experiência <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> língua italiana através da Literatura - Ítalo Calvino - comcrianças da re<strong>de</strong> publica <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> FlorianópolisElaine GrandiIvanize BragagliaSara DottaProfº Cristiana <strong>de</strong> Azevedo TramonteO presente banner aborda a experiência <strong>de</strong> estagio obrigatório em língua italiana, realizado naescola básica Beatriz Souza Brito em Florianópolis SC. O tema <strong>de</strong> estagio foi o ensino <strong>de</strong> línguaitaliana através da Literatura - Ítalo Calvino, obra: Marcovaldo Ovvero Le stagioni in città, comcrianças da 4ª série. As ativida<strong>de</strong>s do estagio foram elaboradas tendo como subsidio para oensino/aprendizagem a literatura italiana.Uma tertúlia peculiar: Borges e Pitágoras em "La lotería en Babilonia"Juan Manuel TerenziProfª. Orientadora: Liliana RealesPartindo do conto La lotería en Babilonia que se encontra no livro intitulado “Ficciones” buscarse-áneste trabalho aproximar as idéias e raciocínios <strong>de</strong> Pitágoras <strong>de</strong> Samos, importante einfluente filósofo naturalista grego que ainda hoje nos mostra a potência e relevância <strong>de</strong> suasobservações, com o texto ficcional <strong>de</strong> Jorge Luis Borges. Os textos <strong>de</strong> Borges abundam no que dizrespeito à intertextualida<strong>de</strong>, e como não po<strong>de</strong>ria ser diferente, em La lotería en Babilonia existeuma miría<strong>de</strong> <strong>de</strong> referências. Desta forma, busca-se aqui po<strong>de</strong>r refletir um pouco acerca <strong>de</strong> quemaneira a palavra Pitágoras está, no texto <strong>de</strong> Borges, representada e nomeada. Através da leituraaverigua-se que seu nome aparece em apenas uma ocasião, mas isto basta para que intentemosabarcar como a ficção borgeana vai se <strong>de</strong>lineando ao redor <strong>de</strong>sta mágica e ao mesmo tempoobscura menção do filósofo. O conto alu<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma menos direta ao também filósofo Zenão eao discípulo <strong>de</strong> Sócrates, Platão (que se ampara na doutrina pitagórica).Utilizando a cultura no ensino da língua italiana para a terceira ida<strong>de</strong>Raquel Dotta Correa


Página56Profª Orientadora: Cristiana TramontePreten<strong>de</strong>-se expôr neste trabalho a experiência <strong>de</strong> estágio <strong>de</strong> quatro alunas <strong>de</strong> graduação em<strong>Letras</strong>- Língua e Literatura Italiana na disciplina Prática <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Língua Estrangeira Mo<strong>de</strong>rnaItaliano, no Núcleo <strong>de</strong> Estudos da Terceira Ida<strong>de</strong>- NETI da <strong>UFSC</strong>. Consi<strong>de</strong>rando o conhecimentopré existente que os alunos da terceira ida<strong>de</strong> possuíam sobre a cultura italiana, trabalhamosaspectos culturais <strong>de</strong> três regiões da Itália, inserindo <strong>de</strong>sta maneira a língua italiana. Semprepropondo uma aproximação entre a cultura italiana e a brasileira, realizamos uma viagemimaginária <strong>de</strong> 11 dias, visitando algumas cida<strong>de</strong>s do Vêneto, Toscana e Sicília.

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