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Número 9 - Escola Profissional Gustave Eiffel

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32 A PALAVRA AOS ALUNOSBullying – Violência <strong>Escola</strong>rQue prevenção?A psicologia e as ciências da educação têm vindo a desenvolverum conjunto de pesquisas em torno do conceitobullying.Bullying é o que se chama aos comportamentos destrutivoscomo a agressão física, verbal e emocional quase diária,que inclui insultos, discriminação, por vezes assaltos e problemasdisciplinares entre os professores e os alunos. EmPortugal bullying é mais conhecido como “abusar de colegas”,“vitimar”, “intimidar” e “violência na escola”, agressãosistemática e intencional entre pares.Os efeitos do bullying são vários, tais como baixa auto-estima,medos e fobias, pesadelos, rejeição da escola, insegurança,ansiedade, dificuldade de relacionamento interpessoal, dificuldadede concentração, depressão, doenças psicossomáticas,diminuição do rendimento escolar, dores de cabeçae de estômago, mudanças repentinas de humor, vómitos,urinar na cama, falta de apetite, choro e insónias.Os comportamentos de risco da maioria dos adolescentes,como o abandono escolar, o uso de álcool e drogas, actossuicidas e comportamentos delinquentes, estão relacionadosdirecta ou indirectamente com o facto de serem outerem sido sujeitos de bullying.Esta forma de violência passa na maior parte das vezes despercebidaaos olhos dos pais, dos professores e da sociedadeno geral. Ou seja a vítima pode até sofrer de maus-tratosdurante meses e até anos, sem que ninguém se aperceba.Depois acabam por ser descobertos, através dos danos dasagressões, como por exemplo os hematomas.Existem atitudes que os pais e os professores podem adoptar,caso queiram perceber se uma criança sofre de bullying.Por exemplo, se algum destes repararem que uma criançaé muitas vezes alvo de brincadeiras de mau gosto, se eletem alguma alcunha na escola e que tipo de alcunha é,se a criança se recusa a ir à escola e está sempre triste, senão tem muitos amigos e se não se sente à vontade comeles, se é muito sensível e reage de forma agressiva ou atémesmo a chorar.Um factor muito importante é preocupar-se caso aquelacriança tenha alguma característica na sua personalidade oufisionomia que a torna num alvo fácil, se de alguma formaesta foge aos padrões normativos de uma criança. Por exemplo,se sofre de obesidade ou se tem alguma dificuldadede expressão, se é gago ou tem algum tipo de tiques, se édemasiado calado e tímido ou muito falador, se tem necessidadeseducativas especiais ou deficiência, se este pertencea um grupo étnico ou racial diferente do da maioria, se érecém-chegado à escola e se ainda tem poucos amigos.Caso se aperceba que alguma criança que lhe seja próximaé realmente um alvo muito fácil e muito frágil, é semprebom procurar um psicólogo.Mais directamente para os professores é sobretudo fundamentalque estes criem um ambiente favorável à comunicaçãoentre alunos, professores e funcionários, acabandoassim com a conotação negativa das chamadas “queixinhas”e deste modo favorecer os pedidos de ajuda por parte dasvítimas. Os tempos-livres vividos pelas crianças e jovens naescola são efectivamente longos, o que deveria traduzir-sena prioridade de melhoramento dos espaços de recreio ena diversificação da oferta de práticas. Estas práticas constituemum mecanismo de prevenção das práticas agressivasdas crianças. Existem muitos defensores que consideramque é dentro do campo pedagógico que a violência podeser resolvida, ou pelo menos prevenida, dando importânciareduzida a medidas baseadas no uso do policiamento dentrodos limites da escola. A estratégia defendida é centradana promoção das competências sociais e na formação cívicae educativa dos alunos. As situações violentas resultam dafrustração dos alunos e traduzem-se em actos violentos porestes não serem capazes de lidar com o insucesso e sentirem-seagredidos durante o percurso escolar.Apesar de muitos indivíduos não conhecerem o conceito debullying e de não haver muita preocupação por parte dosencarregados, já existe algum trabalho a nível internacionalpara prevenir e solucionar estes casos. Para auxiliar osprofessores foi criada uma linha SOS Professor que prestaapoio psicológico, jurídico e psicopedagógico.Para se perceber melhor o conceito de bullying e as técnicaspara o combater, Allan L. Beane escreveu o livroA Sala de Aula Sem Bullying com mais de cem sugestõespara os professores ultrapassarem este problema.Mafalda Lima e Sara CardosoAlunas do 2.º anoCurso de Animador Sociocultural

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