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Número 9 - Escola Profissional Gustave Eiffel

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REVISTA DE EDUCAÇÃO DA COOPTÉCNICA • GUSTAVE EIFFEL N.º 9 • JUNHO 2008Entrevista com Joaquim AzevedoProfessor Catedrático da Universidade Católica PortuguesaActividades do Núcleo de Investigação e DesenvolvimentoProjectos e classificações de 2008Matrícula na horaNovo processo de matrícula e de diagnóstico na EPGE


Ficha TécnicaDirectorAugusto GuedesDirectora AdjuntaPatrícia GuerreiroCoordenaçãoRosa Maria MosaColaboradores neste número:Ana AlbuquerqueAna RibeiroAntónio FaustinoCarlos SousaCatarina SantosCláudia ValeCristina CorreiaDaniel FerreiraEduardo PintoEunice BrásIsabel CardosoIsabel Matoso MorgadoJosé Manuel DelgadoJosé MarcelinoJoão JacobKátia BaptistaOs artigos publicados nesta revistasão da responsabilidade dos seus autoresCopy Desk António MoreiraMafalda LimaMargarida MarquesMaria de Fátima RoldãoNuno BarbosaNuno MarocoPaulo GonçalvesPedro BrásPedro CostaPorfírio SilvaRui BrejoRute MachadoRute MendonçaSamuel Bento de SousaSara CardosoSusana FerreiraSusana ValérioDesign Gráfico e Layout - Informaster, Lda.Conselho RedactorialAdelino SerrasCristina CorreiaCristina MarquesHélder PitaIrene GuedesLuís CarvalhoPedro RodriguesPorfírio SilvaImpressão Rolo & Filhos II, S.A.Periodicidade SemestralTiragem 3000 exemplaresDepósito Legal: 205651/04PropriedadeCooptécnica <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong> CRLSede - Rua Elias Garcia, 29 - Venda Nova2700-312 AmadoraTel.: 214 996 440Fax: 214 996 449e-mail: direccao@gustaveeiffel.ptISSN 1645-9113Distribuição gratuita aos membros da Cooptécnica<strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong>Venda ao público 2 €Índice1 Editorial2 EntrevistaJoaquim AzevedoProfessor Catedrático da Universidade Católica PortuguesaFormação6 Ensino <strong>Profissional</strong> em Regime Pós-Laboral7 Projecto comunitário da turmade Ambiente e Recursos Naturais9 Cursos de Educação e Formação de Adultos11 Educação / Formação na Agenda EuropeiaEnsino profissional13 Técnico de Multimédia14 Alunos do 3.º ano do Curso de Multimédia15 Entrevista a ex-aluno do Curso de Multimédia16 Empresa acolhedora de estágios17 Técnico de Apoio à Infância18 Curso de Educação e Formação de JovensElectricidade de InstalaçõesA Nossa <strong>Escola</strong> – Ensinar e Aprender19 Eco-<strong>Escola</strong>s em Acção20 Projecto de Educação Física22 Matrícula na Hora23 Centro de Qualificação de Activos <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong>Projecto Tecl@r.com24 Concerto Pedagógico “Expressões de Sérgio Godinho”25 Semana Internacional do Cérebro26 Maratona da Dança27 Actividades do Núcleo de Investigação e Desenvolvimento<strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong>Notícias29 <strong>Escola</strong> Politécnica do HuamboEntrega dos primeiros diplomas do Básico no CMEA palavra aos alunos30 Vós professores, de vós o Sucesso32 Bullying – Violência escolar33 PoesiasInovação tecnológica34 Reabilitação de Abóbadano Mosteiro de Santa Maria de AlcobaçaOpinião38 O canto das sereiasSaúde e bem-estar39 Dietas loucas até ao VerãoInternet / Livros40 PNETmulher e PNEThomemOs Retornados ⁄ O Último Ano em Luanda41 Oferta FormativaCapa: Reciclagem de materiais realizados no âmbito do ProgramaNacional Eco-<strong>Escola</strong>s, na EPGE do Entroncamento


EDITORIAL Visão, Utopiae RealidadeA <strong>Escola</strong> <strong>Profissional</strong><strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong> continuaráo seu caminho na busca de formasmais eficientes de implementar asactividades de ensino/formaçãodando o seu contributo parao desenvolvimento do país.A Revista <strong>Eiffel</strong>, desde a sua criação, sempre se tem pautadopor ser um espaço de opinião onde, quer os autores,quer os entrevistados expressam de forma livre as suas opiniões.Nem sempre a direcção da revista, nem a sua redacçãoperfilham dessas opiniões.Temos participado e apoiado o esforço que o Ministério daEducação tem vindo a realizar no sentido de aumentar afrequência do Ensino <strong>Profissional</strong>. O seu esforço de implementarnas escolas por si geridas, um modelo há muito testadonas <strong>Escola</strong>s Profissionais, é louvável e deve ser apoiadoe incentivado. Pena é que algumas direcções de escolase SPOs entendam o Ensino <strong>Profissional</strong> como um sub-sistemamenor para onde devem ser encaminhados os alunoscom menor sucesso e não aqueles que por vocação e interesseprofissional pretendem abraçar este tipo de ensino/formação. Pena é que algumas escolas vejam neste esforçodo Ministério uma forma de resolver problemas de retençãoe não um modo de propiciarem percursos alternativosde formação aos seus alunos. Seguramente que nãofoi este o motivo que levou o Ministério a investir nestesub-sistema.Lamentamos que, nesta óptica retrógrada perfilhada poralguns sindicatos, a <strong>Escola</strong> Pública seja vista como a “<strong>Escola</strong>do Estado”. Muito gostaríamos que os sindicatos entendessem,de uma vez por todas, que os sub-sistemas de ensinosão complementares entre si, e que é um desígnio nacionalo aumento das qualificações profissionais e académicas dopovo português. Por isto, o desenvolvimento do país nãopode estar dependente de problemas menores e o esforçodeve ser colocado na busca incessante por mecanismos queconduzam à Excelência de todo o sistema educativo.Nós, enquanto <strong>Escola</strong> <strong>Profissional</strong> privada, desejamos queas reformas continuem no sentido de garantir a eficácia dagestão das escolas, de promover a sua reorganização e deimplementar a sua avaliação construtiva em que participemdocentes, discentes e funcionários. Tudo isto é necessário,imperioso e urgente para tornar Portugal um país mais aptoa encarar os desafios actuais e futuros.Importante, igualmente, é o fortalecimento dos CentrosNovas Oportunidades que permitirão, a breve prazo, quetodos os residentes em Portugal, sejam eles portuguesesou não, possam obter o 12.º ano de escolaridade, comverdade.Felizmente o actual Ministério da Educação tem uma visãobem mais para além dos meros problemas do quotidiano,tendo sabido propor e implementar as reformas que visamo progresso do País.A <strong>Escola</strong> <strong>Profissional</strong> <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong> continuará o seu caminhona busca de formas mais eficientes de implementaras actividades de ensino/formação dando o seu contributopara o desenvolvimento do país.Augusto GuedesEngenheiro Técnico CivilLicenciado em Higiene e SegurançaPresidente da Cooptécnica <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong>


ENTREVISTAJoaquimAzevedoProfessor Catedráticoda Universidade CatólicaPortuguesaM. Joaquim P. Moreira AzevedoNascido em 1955, em Santa Maria da Feira,licenciado em História e doutorado em Ciênciasda Educação pela Universidade de LisboaActividade <strong>Profissional</strong>Professor catedrático da Universidade CatólicaPortuguesa (UCP), Director da Faculdade de Educaçãoe Psicologia da UCP, Presidente da Comissão Instaladorada <strong>Escola</strong> das Artes da UCP e Presidente da FundaçãoManuel Leão. Desempenhou as funções de Director-‐Geral do Ministério da Educação (1988-92) e deSecretário de Estado da Educação (em 1992 e 1993),sendo actualmente membro do Conselho Nacionalde Educação (cooptado), membro do ConselhoEconómico e Social e Presidente do Centro Regionaldo Porto da UCP. Representou Portugal em váriosorganismos internacionais (OCDE, UNESCO) e é autorde vários livros e artigos sobre educação e formação.Como sabe no sistema educativo português existem diferentesopções no ensino secundário: Ensino Tecnológico,Científico-Humanístico e <strong>Profissional</strong>; quais são, na suaopinião, os diferentes públicos destas opções? Dos estudosque tem realizado considera que existe uma escolhainformada por parte das famílias e dos próprios alunossobre estas opções?Sim, existem essas opções e ainda o ensino artístico, quetambém pode estar contido nas modalidades que referiu.A informação que os alunos e as famílias têm sobre estasopções já é bastante, mas ainda é muito insuficiente. Nãoesqueçamos que cerca de 70% da nossa população activanão tem o 12.º ano e não teve que realizar uma opçãodeste tipo. No início dos anos 90, havia uma prática muitodigna que consistia na elaboração anual de materiais informativosmuito bem construídos, destinados aos jovens eàs suas famílias. Eram entregues nas escolas, um a cadaaluno do 9.º ano, e havia um trabalho de discussão nasescolas sobre as alternativas em presença. Com a intervençãodos psicólogos e dos conselheiros de orientaçãovocacional, este trabalho era realizado com outra qualidadee eficácia. Depois deixou de se realizar esta “cam-


ENTREVISTA … toda a vida das escolas (profissionais)se orienta para que os alunossejam bem sucedidos, realizando asaprendizagens necessárias, no tempoprevisto e com a qualidade desejada.panha informativa” que se chamava “9.º ano, e agora?”.Neste tempo de tanta incerteza, esta oportunidade deesclarecer e de poder pensar as escolhas escolares e profissionaisdeve ser vista como uma oportunidade educativamuito importante e útil. Nessa óptica, hoje é maisnecessária que ontem.Que razões existem para manter as opções de ensino tecnológicoe de ensino profissional?Não vejo muitas. O ensino tecnológico, agora que está aser substituído pelo ensino profissional, poderia ser mantidoapenas em escolas onde está a funcionar muito bem ecom bons resultados. São poucas, é certo, mas tudo o quese teve de construir para lá chegar deve ser respeitado enão deve ser agora através de uma medida administrativacega, que visa introduzir cursos profissionais e abandonaros cursos tecnológicos, que anule o que está a ser desenvolvidocom qualidade. Pelo que conheço de algumas escolas,isto não é respeitado. As medidas da administração centraleducacional são sempre iluminadas, as melhores, a salvaçãopara as escolas, independentemente das escolas que queremsalvar (e estas são tão diferentes umas das outras!). E,por isso, persiste essa tendência de conceber e aplicar asleis sempre a varrer!Como avalia estes 20 anos de Ensino <strong>Profissional</strong>, em Portugal?O que devemos esperar deste sistema de ensinono futuro?O ensino profissional deixou uma marca muito positiva,ao fim de vinte anos de existência. Foi muito torpedeadoe por muitos rejeitado, sobretudo entre 1995 e 2005. Foiuma pena, tudo conduzia para um crescimento contínuo elento e hoje estaríamos muito perto de satisfazer a procura.Estudos que fiz em 2002 revelavam que nem sequer 50%da procura das escolas profissionais era satisfeita e agoraandamos à pressa a tentar recuperar e remediar as asneirasfeitas, expandindo a torto e a direito este tipo de ensino.Foram 20 anos muito difíceis para as direcções das escolas,mas muito bons para os milhares de jovens que tiverama oportunidade de frequentar este tipo de escolas. O seusucesso, que começa agora a ser estudado, vinte anos volvidos,está sustentado em cinco aspectos que tenho repetidamentesublinhado: a) numa relação pedagógica muitocuidada e personalizada, que toma cada aluno e a sua progressãoescolar como um caso que precisa de ser acompanhado,apoiado e incentivado, em ordem ao sucesso pessoal;b) numa metodologia de ensino e aprendizagem quevaloriza a progressão modular e não a organização por disciplinae por ano. Deste modo, os alunos são incentivadosa nunca deixar para trás os conhecimentos e as competênciasnão adquiridos e a recuperar aprendizagens nãoalcançadas. O insucesso não cai do céu, é como que umapequenina bola que vai engrossando em cada dia de abandonodo aluno e de desatenção dos professores e que sevai tornando uma bola gigantesca que chega a devorar opróprio aluno, desmotivado e abandonado pela escola; c)na aposta em manter a pequena dimensão nas escolas profissionais,pois a escala é importante numa escola. Nuncapode exceder a possibilidade de cada aluno ser acompanhadopessoalmente, de ser conhecido e reconhecido peloseu nome, pelo seu rosto, pelos seus projectos e pelas suasdificuldades; d) no facto de as escolas serem de iniciativalocal, de instituições sociais da comunidade, que se comprometemneste projecto educativo, em prol do bem comum.Ao serem locais e comunitários, estes projectos ajudam aenraizar o ensino e as aprendizagens e permitem uma boaintegração e aprendizagem no meio socioprofissional; e)no clima escolar que é de grande motivação para a qualidadee para o sucesso, pois toda a vida das escolas seorienta para que os alunos sejam bem sucedidos, realizandoas aprendizagens necessárias, no tempo previsto e com aqualidade desejada.Foi este sucesso, conseguido ao fim de muitos anos, protagonizadopor muitas instituições da sociedade civil portuguesa,que fez com que o actual Governo tenha decididofazer crescer o ensino profissional.Que relevância atribui aos “Cursos Profissionais” no panoramada oferta educativa/formativa do ensino secundário?Justifica-se a implementação generalizada destescursos nas escolas públicas?A abertura desenfreada dos cursos profissionais nas escolassecundárias constitui, já o disse muitas vezes, um granderisco. Era necessário, há muito, reduzir os cursos tecnológicose oferecer cursos profissionais, seja em escolas profissionais,seja em escolas secundárias ou em centros deformação profissional. Mas a opção de localizar quase exclusivamenteo crescimento desta oferta nas escolas secundárias,tenham elas ou não projectos para acolher este tipode cursos, saibam elas ou não o que são, como funcionam,como devem ser regulados para que os alunos alcancem odesejado sucesso, está a traduzir-se em situações de todosos tipos e também em soluções muito perigosas. <strong>Escola</strong>s


ENTREVISTAhá, e são muitas, que nada tendo que ver com esta “culturade ensino profissional”, escolas que cultivam uma matrizliceal, que encaram estes cursos como uma boa soluçãopara poderem remeter para lá os “meninos do insucesso”do 9.º ano. Formam-se assim os guetos dos alunos do insucesso,agora travestidos de ensino profissional. Foi precisoo ensino profissional chegar às escolas secundárias e sernelas expandido velozmente para receber esta marca quesempre tem sido historicamente atrelada ao ensino técnico.O ensino profissional tinha conseguido construir outra imagemsocial e isso tem uma importância também históricainexcedível.Ora, não se formaram os professores, não se prepararam asescolas e o modelo de ensino- aprendizagem, como disseacima, é muito diferente. Quando lançámos as escolas profissionaiscuidámos imenso desta componente pedagógica,formámos os directores e os docentes, realizámos encontrosinter-escolas, procurámos dotar os educadores dos instrumentosque permitissem tirar o melhor partido deste novoquadro pedagógico que era proposto. Mas, agora basta umtelefonema de um serviço regional ou uma circular a dizer“na vossa escola vão abrir para o ano que vem os seguintescursos profissionais”…Não havia necessidade nenhuma dese correrem estes riscos. Não sei o preço que iremos pagar,mas não será pequeno.Como percepciona o abandono e o absentismo escolar nonosso país? No seu entender, o aumenta da oferta destetipo de ensino pode contribuir para a diminuição do insucesso/abandonoescolar no ensino secundário?Claro que a diversificação de itinerários de ensino e formaçãoapós o 9.º ano, se estiver ao serviço dos jovens e da suarealização pessoal e ao serviço do alcance de aprendizagenssignificativas e de qualificações adequadas (no limite,a diversificação poderia permitir que cada jovem pudesseconstruir uma parte do seu percurso, à sua medida) vai diminuiro absentismo, o abandono e a agressividade dentrodas escolas. Porquê? Porque o percurso que mais interessaconstruir é o da motivação forte e do envolvimento plenode cada aluno.Portugal, no que diz respeito à qualificação de quadrosintermédios encontra-se, ainda, distante de outros paísesEuropeus. Que contributo pode o Ensino <strong>Profissional</strong>oferecer para melhorar estes resultados?O ensino profissional pode ajudar a qualificar muitos jovensdo ponto de vista profissional, já o faz há vinte anos, é sóter os olhos abertos e ver o que se passa. Esta qualificaçãoé mais uma pedra, uma pedra angular, de uma construçãoque se vai prolongar por toda a vida, com a vida e na vida.Não podemos nem devemos olhar esta modalidade educativacomo algo fechado em si, é apenas uma etapa, que temde ter muita qualidade, são alicerces que se estão a construir,e que deve ser altamente motivadora dos jovens.O Ensino <strong>Profissional</strong> tem sido acompanhado pelo estigmade ser uma 2ª opção para o jovem que pelo seu históricode insucesso não possui “capacidades” para prosseguirestudos no ensino superior. Que evolução tem esteestigma sofrido ao longo destes 20 anos?Voltamos a essa importante questão. O ensino técnicoesteve socialmente muito estigmatizado, mas com o ensinoprofissional essa marca nunca foi tão forte e muitos milharesde jovens que o procuram fazem-no por ser a opção maisadequada para o seu percurso escolar e profissional e nãopor serem oriundos de famílias pobres. A composição socialdos alunos do ensino profissional, isso é certo, tem umasubrepresentação de classes médias e altas, quando o comparamoscom o ensino “geral” ou “liceal” das escolas secundárias.Mas, até pelos factores que acima enunciei comosendo os que sustentam o sucesso do ensino profissional,este descolou lenta e progressivamente dessa imagem dopassado. Por isso criámos escolas novas, as escolas profissionais,enraizadas localmente, fruto do compromisso socialde muitos e importantes actores das comunidades locais.Tudo isso contribui para ir alterando representações e hábitos.Este constitui um dos elementos históricos mais interessantesda evolução do ensino profissional, como inovaçãosocial. Ora, o risco que corremos hoje, com o lançamentodesenfreado de cursos profissionais em escolas secundáriasque nunca os desejaram nem sabem do que se trata, é o doregresso em força desta representação. Mais, os adolescentesdo insucesso, com os quais as escolas e os professoresnão sabem o que fazer, já têm uma saída escolar: os cursosprofissionais. O estigma regressa com toda a força. Gostavatanto de estar enganado! Mas é o que me confessam directorese professores de muitas escolas secundárias, em reu-As taxas de empregabilidade dosalunos do ensino profissional sãoelevadas. Isso é muito positivo. Emtempo de retracção dos mercadosde emprego, estes jovens tambémencontrarão dificuldades acrescidas,mas são os melhor preparados paraenfrentar as dificuldades, em qualquerlocal do país e do mundo.


ENTREVISTA niões em escolas e em encontros e seminários públicos. Emnome de que é que isto se faz? Da pressa? Mas que pressa?Por vezes, ironia da história, queremos andar tão depressapara a frente que andamos para trás.O Ensino <strong>Profissional</strong> teve, em 2005, uma redução dacarga horária que se reflecte sobretudo na componentede formação técnica. Na sua opinião, que implicaçõespoderá ter esta medida?Discordei sempre dessa medida administrativa e economicista(gasta-se muito menos dinheiro com a formação, sãovárias centenas de horas a menos!). Ela foi tomada sob opretexto retórico da equivalência entre os cursos profissionaise os cursos das escolas secundárias. Mas porque é quedois percursos educativos, para serem equivalentes, têm deser iguais? Esta foi outra importante conquista do fim dosanos 80: criar um conjunto de percursos diferenciados, maseducativamente equivalentes. Também aqui se andou paratrás, e muito. Estas horas fazem falta à formação sólida dojovem técnico (são alicerces, senhores, é ainda tempo dealicerces!). Se não fizessem falta não estariam lá.Como avalia a taxa de empregabilidade dos alunos doEnsino profissional?As taxas de empregabilidade dos alunos do ensino profissionalsão elevadas. Isso é muito positivo. É claro que nãosão as escolas e os seus diplomados que criam o emprego,são as empresas, mas o seu contributo é muito relevantepara a empregabilidade de cada diplomado. Em tempo deretracção dos mercados de emprego, estes jovens tambémencontrarão dificuldades acrescidas, mas são os melhor preparadospara enfrentar as dificuldades, em qualquer localdo país e do mundo. O mercado é cada vez mais global etemos de preparar os jovens para esta nova realidade, poiso emprego pode não estar ao pé da porta, mas a milharesde quilómetros, dentro da aldeia global.Na iniciativa “Novas Oportunidades” é sustentado queo governo pretende que, até 2010, 650 mil jovens sejamabrangidos pelos cursos tecnológicos e profissionais,fazendo do 12.º ano o referencial mínimo de formação.Como observador e estudioso atento destes assuntosque comentário lhe oferece fazer sobre as medidas queo governo tem vindo a implementar.Referira algumas medidas que considere positivas e quetêm vindo a ser tomadas pelo actual governo.As novas oportunidades devem ser mesmo oportunidadesa valer e não simulacros de oportunidades, na corrida, quenão consigo compreender, atrás de números gigantescos,que ninguém tinha obrigação nenhuma de inventar. Nãoé por andarmos a correr atropeladamente, durante cincoanos, que vamos resolver problemas com cento e cinquentaanos. É um equívoco. Mas a rede dos CNO e as certificaçõesescolares e profissionais, sempre se bem feitas, como tempo e a qualidade necessários em qualquer processoeducativo, podem constituir um ganho muito significativopara os portugueses. Ganhos nas qualificações, não ganhosadministrativos. De outro modo, é preferível decretar que aantiga quarta classe equivale ao 9.º ano, é mais rápido, maisclaro e muito mais barato.Conheço muitos centros que fazem um trabalho excelentee é esse que tem de ser prosseguido. Devia haver uma avaliaçãocontínua e uma fiscalização muito rigorosa do trabalhoque se está a desenvolver no terreno, mas isso não sefaz. Fazem-se avaliações on-going, de tempos a tempos. Nãochega. São muitos os riscos que acompanham o ritmo tãoacelerado como o processo está a decorrer. Acolher jovense adultos, respeitar, conhecer e reconhecer os seus percursosde vida e de formação, as suas experiências profissionais,etc, até à certificação, é um processo educativo muitocomplexo e que dificilmente é bem feito por jovens recémlicenciadosno desemprego, que nunca ouviram falar destesmesmos processos, cada um diferente do outro. Umacoisa é ambição e devemos ser ambiciosos, mas sempre comconta, peso e medida. Outra coisa é confundirmos ambiçãocom a descolagem da realidade. Mas ainda se podemcorrigir muitas trajectórias e estou certo de que há muitagente capaz a liderar estes processos e que as correcçõesvão surgir a tempo.Mas a rede dos CNO e as certificaçõesescolares e profissionais, sempre sebem feitas, com o tempo e a qualidadenecessários em qualquer processoeducativo, podem constituir umganho muito significativo para osportugueses.Conheço muitos centros que fazem umtrabalho excelente e é esse que temde ser prosseguido. Devia haver umaavaliação contínua e uma fiscalizaçãomuito rigorosa do trabalho que se estáa desenvolver no terreno…


FORMAÇÃOO Ensino <strong>Profissional</strong>em Regime Pós-LaboralPermitir esta formação aos que têm que trabalhar para se sustentar ou sustentar as suas famíliasou aos que por circunstâncias da vida não possuem os requisitos exigidos para a frequênciadeste tipo de formação em regime diurno.Se quisermos falar das mais-valias do Ensino <strong>Profissional</strong>,surge desde logo como primordial o colmatar de umalacuna do Sistema Educativo Português que, durante umlongo período de tempo, não conseguiu dar resposta, emtempo útil, ao mercado de trabalho no que respeita à qualificaçãode técnicos intermédios.Contudo, a possibilidade de os alunos do Ensino <strong>Profissional</strong>poderem prosseguir, de imediato ou posteriormente,para um nível académico ou profissional superior, é, também,um factor que deverá ser considerado uma vez queprocuramos incutir nos nossos jovens o gosto por novasaprendizagens e pela actualização contínua.Para além das vantagens já referidas, as aprendizagens feitascom base na experimentação assim como os conteúdosdirigidos às suas preferências e aptidões, levam a que hajaum maior empenho e envolvimento no processo de Ensino/Aprendizagem por parte de alunos, professores e até dosencarregados de educação.Outro factor de motivação é a possibilidade de colocarem prática os conhecimentos/competências adquiridas aolongo do curso, tanto na formação em contexto de trabalhocomo no desenvolvimento de projectos específicos comosejam o Projecto Tecnológico e a Prova de Aptidão <strong>Profissional</strong>.De referir que muitos outros factores existem, poispreferencialmente os formadores da componente de FormaçãoTécnica são profissionais no activo e muitos dos desafiospropostos aos alunos traduzem-se por casos reais e concretosdo mercado de trabalho.Ainda no que diz respeito à Formação em Contexto de Trabalho,ela é uma mais-valia para quem a realiza, mas para asempresas que as proporcionam é, também, uma forma detomarem conhecimento do nível de qualificação dos nossos”quase diplomados”, permitindo-lhes uma melhor tomadade consciência na selecção/contratação de futuros empregados.Para a <strong>Escola</strong> deverá funcionar como barómetro daqualidade e adequação da formação que ministra, relativamenteàs necessidades do mercado de trabalho.Se todas estas mais-valias são, hoje, uma realidadeindiscutível, porque não estender esta formação àspessoas que não têm possibilidade de a frequentar emregime diurno? Não será legitimo permitir e contemplaresta formação aos que têm que trabalhar para se sustentarou sustentar as suas famílias, ou aos que por circunstânciasda vida não possuem os requisitos exigidos para a frequênciadeste tipo de formação em regime diurno?Esta formação, em regime pós-laboral não seria umamais-valia para todos aqueles que procuram actualizar,aprofundar e aumentar os seus conhecimentos/competências?E para os alunos que se vêem na eminência de ter queingressar na vida activa e como tal abandonar o seu percursoescolar no Ensino <strong>Profissional</strong> Diurno? Não seria maiseficaz poderem terminar o curso, obtendo a respectiva habilitação/certificação,diminuindo, desta forma, os índices deabandono escolar e aumentando os níveis de qualificaçãoprofissional do nosso país?Obviamente que teria que funcionar com moldes própriose adaptado ao seu público-alvo.Defendemos que o seu funcionamento deverá processarsedo seguinte modo:> Creditação de conhecimentos adquiridos pela via formalou, eventualmente, pelas vias não formal ou informal;> Alteração das condições de acesso, permitindo que aidade deixe de ser um factor limitativo;> Possibilitar a creditação da experiência profissional efectiva,permitindo, dessa forma, reduzir o tempo do seu percursoescolar;Defendemos que as aprendizagens adquiridas devem servalorizadas e creditadas. Que motivação terá um aluno paraestar numa sala ouvindo a exposição de uma matéria pela


FORMAÇÃO segunda, terceira ou quarta vez, não porque desconheça oassunto, mas apenas porque mudou o seu percurso escolar?Será útil? Será justo?Acreditamos que as pessoas estarão mais motivadas àsua formação se verificarem que a sua aprendizagem éreal e que se encontra numa escalada crescente rumoao conhecimento e que este se traduz em verdadeirascompetências com aplicação no mercado de trabalho.Assim, e com base em tudo o que refiro neste textoa <strong>Escola</strong> <strong>Profissional</strong> <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong> propõe-se implementarCursos Profissionais em regime pós-laboral, nopróximo ano lectivo, tendo para esse efeito enviadoao Ministério da Educação uma proposta de organizaçãoe o pedido formal de autorização do seu funcionamento.Cristina CorreiaDirecção Pedagógica da EPGEProjecto comunitário da turmade Ambiente e Recursos NaturaisO programa POLIS é um projecto cujo principal objectivo consiste em melhorar a qualidadede vida nas cidades, através de intervenções nas vertentes urbanística e ambiental.Para além da requalificação urbana também se procede à requalificação profissionaldos seus habitantes. Ou seja, a par das intervenções urbanísticas são levadas a cabo acçõesde formação dirigidas a activos desempregados, preferencialmente residentes na área queestá a ser intervencionada. Estas visam dotar os formandos de conhecimentos específicosno tema de desenvolvimento do curso, fornecer-lhes novas capacidades e instrumentospara encararem o seu futuro profissional com maior optimismo.A Costa de Caparica é um centro turístico balnear com umariqueza natural ainda por descobrir aos olhos da populaçãoveraneante e até mesmo dos residentes.As imagens mais associadas à Costa de Caparica são sobretudoo sol, o mar e a praia, no entanto, existem outros sustentoseconómicos para além do turismo e da praia entreos quais se destacam a agricultura e a pesca, sendo queesta ganha maior visibilidade por estar próxima dos quefrequentam as praias.O curso de Ambiente e Recursos Naturais (ARN) é um doscursos que está a ser leccionado pela Cooptécnica <strong>Gustave</strong><strong>Eiffel</strong> no âmbito do programa POLIS na Costa de Caparica. Éum curso que alerta e sensibiliza os seus destinatários paraa problemática ambiental desde o nível global ao nível localatravés da observação e estudo da realidade da área alvodesta intervenção. A transmissão de conhecimentos não sefica só pelo carácter transversal que o Ambiente possui poisdota os formandos de conhecimentos que serão instrumentosde aplicação em contexto real de trabalho.A turma de ARN iniciou a sua formação no dia 4 de Setembrode 2007 e após 900 horas de formação teórica os formandosestão a ser integrados em entidades associadas aotema do ambiente para que realizem a formação prática do


FORMAÇÃOA vertente ambiental pretende,em primeiro lugar, chamar a atençãopara algumas práticas de degradaçãoambiental e, consequentemente,alertar aqueles que as praticampara a necessidade de alteraçãodessas práticas com vista à protecçãoambiental e do património naturalda Costa da Caparica.curso (estágio). Este grupo de formação é bastante heterogéneo:têm entre 25 e 51 anos de idade, a formação escolarvai desde o 9.º ano (nível mínimo) a frequência universitáriae residem no concelho de Almada e concelhos limítrofes,e na margem Norte do rio Tejo. No entanto, une-os o interessepela protecção e valorização ambiental. Desta forma,este curso favorece não só a transmissão de conhecimentosespecíficos para serem aplicados em contexto de trabalhomas, também, a transmissão de conhecimentos que serãoaplicados na vida quotidiana. Esta turma definiu que, noseu Projecto Comunitário, se deveria trabalhar as vertentesambiental e social.A vertente ambiental pretende, em primeiro lugar, chamara atenção para algumas práticas de degradação ambientale, consequentemente, alertar aqueles que as praticampara a necessidade de alteração dessas práticas com vistaà protecção ambiental e do património natural da Costada Caparica. A vertente social assume corpo com a criaçãode um Centro de Apoio Local ao Agricultor e Pescador(CALAP). Este projecto adquire ainda uma maior versatilidadee abrangência quando o CALAP elege como um dosseus pilares o tema da Sensibilização Ambiental, dirigido atoda a população.ao longo de uma vida se acomodaram a um certo estilo devida. Pretende-se com o CALAP a criação de um gabineteque preste auxílio burocrático, legislativo e formação profissional,entre outros.Outra das facetas do CALAP, como já foi referido anteriormente,prende-se com a Sensibilização Ambiental. Nesteâmbito o Projecto da Horta Biológica visa a realização deum conjunto de sessões de sensibilização junto da populaçãoescolar, dos diversos níveis de escolaridade e tambémna realização de visitas de estudo escolares. Ainda nodecorrer da Formação, a turma de ARN cultivou uma hortabiológica, obedecendo aos princípios da agricultura biológicae realizou visitas de estudo à mesma, chamando-lhesde “Pisar a Terra”. O CALAP pode, assim, incluir o cultivode uma horta com diversas funções, tais como: formaçãopara a prática da agricultura biológica, educação ambientalpara a população escolar, sensibilização ambiental juntoda população adulta e, simultaneamente, rentabilização doespaço do Centro através da venda dos produtos biológicos,promovendo deste modo o contacto entre o produtore o consumidor.Criar uma rede de comércio local e promover um consumoesclarecido tem sido outro dos objectivos do CALAP.Para a concretização dos nossos objectivos tem sido fundamentala parceria com entidades existentes no territórioda Costa da Caparica, desde as privadas às públicas pois acriação de uma rede de parceiros com incentivo ao diálogoé uma das chave de sucesso deste projecto.Ana AlbuquerqueCoordenadora do Curso de Ambiente e Recursos NaturaisO CALAP surge, assim, como uma forma de protecçãoambiental local com repercussões a longo prazo. O apoiosocial e financeiro à população que vive da agricultura e dapesca é uma forma de chegar às pessoas, alertá-las, informálase tentar a sua conversão a novas realidades, tais comoa agricultura biológica e a pesca sustentável.As mudanças arrastam consigo profundas alterações e nemsempre são vistas com agrado, sobretudo por pessoas que


FORMAÇÃO Cursos de Educaçãoe Formação de AdultosPercursos de dupla oportunidadeA par e passo do Sistema Nacional de Reconhecimento, Validaçãoe Certificação de Competências, a antiga AgênciaNacional para a Educação e Formação de Adultos (ANEFA)introduziu também os Cursos de Educação e Formação deAdultos (EFA), ofertas que possibilitam não só uma certificaçãoescolar mas também a aquisição e desenvolvimentode competências profissionais tão necessárias ao desenvolvimentotecnológico e modernização do país. Mais importante,a viragem que hoje estamos a viver em termos doreconhecimento da experiência nos cursos profissionais,deu-se em primeiro lugar nos cursos EFA em que todo equalquer adulto pode ser sujeito a um processo de Reconhecimentoe Validação de Competências inicial, evitandoseensinar aos adultos aquilo que já sabem e adquiriram nodecurso da sua experiência de vida.A recente expansão destes cursos ao Nível Secundário deescolaridade e Nível III de certificação profissional, a cargoda Agência Nacional para a Qualificação, trouxe um novofôlego de oportunidade para os adultos, permitindo não sóque a sua experiência fosse valorizada mas também complementadacom um percurso de aprendizagem contextualizada.Estes cursos decorrem das mudanças conceptuaisque impregnaram todo o sistema educativo português revelandouma tendência clara de valorização de um paradigmade educação e formação de adultos moderno e europeu,possibilitando que todos os adultos beneficiem de oportunidadesidênticas para a adaptação às exigências dasmudanças sociais, económicas e tecnológicas (MemorandoALV). Esta nova forma de ver a aprendizagem e os formandostransforma também a forma de ver os professores/formadores:deixam de ensinar o mesmo a todos, passandopara um papel de companheiro do sujeito envolvido numpercurso individualizado.Tendo como principais destinatários adultos maiores de18 anos, que pretendam obter uma certificação escolar eprofissional, os Cursos EFA foram construídos tendo porbase uma lógica de abertura e flexibilidade, permitindoa adaptação dos percursos de qualificação aos perfis dosadultos. Num Curso EFA são privilegiadas “Actividades Integradoras”,isto é, actividades que agreguem competênciase saberes de várias áreas, concretizando a resolução deproblemas de complexidade crescente, implicando os formandosno processo reflexivo de integração das aprendizagens.A existência de um mediador favorece a inclusãopessoal, profissional e social dos formandos, sendo umafigura que os acompanha ao longo do percurso formativo,ajudando a integração das aprendizagens no percursovivencial dos adultos, facilitando a construção desentido em torno das novas aprendizagens e dos projectosde vida.Os cursos EFA são organizados em torno da Formaçãode Base, construída a partir dos Referenciais de Competências-Chavede Nível Básico ou Secundário, consoanteo nível de certificação do curso, e da Formação Tecnológicaque contempla não só unidades de formação constantesdo Catálogo Nacional de Qualificações, como aexposição dos formandos às práticas das saídas profissionaisem causa através da Formação em Contexto Real deTrabalho.A flexibilidade destas tipologias de formação reflecte-seainda na duração dos cursos, uma vez que é variável consoanteo perfil de entrada dos formandos, o nível de certificaçãopretendida, e a saída profissional.Num Curso EFA são privilegiadas“Actividades Integradoras”, istoé, actividades que agreguemcompetências e saberes de váriasáreas, concretizando a resoluçãode problemas de complexidadecrescente, implicando os formandosno processo reflexivo de integraçãodas aprendizagens.


10 FORMAÇÃOCursos de Educação e Formação de Adultosde nível básico e nível 1 e 2 de formaçãoPercurso formativoCondições mínimasde acessoAprender comAutonomiaComponentes de formaçãoFormaçãode baseFormaçãoTecnológicaTotalCursos EFA de nível básico e nível 1 de formaçãoB1B2B1 + 2< 1.º ciclo do ensinobásico1.º ciclo do ensinobásico< 1.º ciclo do ensinobásico40 400 350 79040 450 350 84040 850 350 1240Cursos EFA de nível básico e nível 2 de formaçãoB3B2 + 3Percurso Flexível a partir deprocesso RVCC2.º ciclo do ensinobásico1.º ciclo do ensinobásico< 1.º ciclo do ensinobásico40 900 1000 194040 1350 1000 239040 1350 1000 VariávelCursos de Educação e Formação de Adultos de nível secundárioe nível 3 de formaçãoDuração máxima de referência (em horas)Componentes da formaçãoPercurso formativoCondições mínimasde acessoFormaçãode baseFormaçãotecnológicaFormaçãoprática emcontextode trabalhoPortefólioReflexivo deAprendizagensTotalS3 - Tipo A 9.º ano 550 1200 210 85 2045S3 - Tipo B 10.º ano 200 1200 210 70 1680S3 - Tipo C 11.º ano 100 1200 210 65 1575Percurso flexível a partir deprocesso RVCC< ou = 9º ano 550 1200 210 85 VariávelSão percursos de reconhecimento, de aprendizagem, de desenvolvimento de competências, não só a um nível escolar maspotenciam a certificação profissional, aproximando os formandos do mercado de trabalho, da reconversão profissional bemsucedida, de projectos qualificantes de nível superior, e de tantos outros percursos de oportunidade para desempenharemactivamente a sua cidadania.Rute MendonçaCNO <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong>


FORMAÇÃO 11A Educação / Formação na Agenda EuropeiaJuntos na DiversidadeMargarida MarquesChefeda Representaçãoda Comissão Europeiaem PortugalDespertar os cidadãos europeuspara a importância de desenvolveruma cidadania europeia activa,aberta ao mundo, respeitadorada diversidade cultural e baseadaem valores comuns na União Europeia.O ano de 2008 foi proclamado Ano Europeu para o DiálogoIntercultural, sob o lema “Juntos na Diversidade”. A ComissãoEuropeia, ao lançar esta proposta, considerou que odiálogo entre culturas é um instrumento indispensável naperspectiva de uma aproximação dos povos europeus, entresi e entre as culturas subjacentes.Tem como objectivo ser um instrumento de sensibilizaçãodos cidadãos para estas vivências que têm um sentido cadavez mais importante na Europa.A Europa sempre foi um espaço de complexidade de origens,de culturas, de religiões, uma mestiçagem que contribuipara a diversidade das identidades europeias. E é,cada vez mais, um espaço de diversidade cultural. O alargamento,a livre circulação de trabalhadores e a globalização,ampliaram ainda mais o carácter multicultural de muitospaíses - número de línguas, religiões, etnias e culturas.E esta enorme diversidade de culturas representa uma vantagemúnica para a Europa.Cerca de 72 % dos cidadãos europeus acreditam que pessoascom etnia, religião ou nacionalidade diferentes, enriquecema vida cultural do seu país. O sentimento dominantena União Europeia sobre o Diálogo Intercultural é que ébenéfico mas, para muitos também é importante preservaras culturas tradicionais. Estes são dois dos resultados divulgadosno Euro-barómetro “Diálogo Intercultural na Europa”que a Comissão Europeia realizou em Novembro de 2007 eque nos apresenta a perspectiva do que pensam os cidadãoseuropeus sobre este tema.O Ano Europeu para o Diálogo Intercultural concentra-se,como o título indica, no diálogo intercultural comocontributo para a melhoria da “vida em comum” entretodas as pessoas que vivem na União Europeia. Implicatodas as dimensões da diversidade cultural entre e dentrodos Estados membros. Encoraja os que cá vivem a exploraros benefícios da nossa riqueza cultural e a aprender coma diferença. O Diálogo Intercultural dá mais significado aopapel da identidade e da cidadania europeias.As políticas e as acções na cultura, na educação, na juventude,no desporto e de cidadania serão aquelas que maisestarão envolvidas na comemoração deste ano do DiálogoIntercultural, pela sua importância na formação para a cidadaniae no desenvolvimento de valores como os da tolerânciae do respeito pela diversidade. Por isso, esta problemáticaintegra as prioridades intrínsecas de todos osprogramas europeus para a educação, formação, cultura,investigação e desenvolvimento, entre outros. Por isso tambémos Estados membros se tenham comprometido a valorizara interculturalidade naquelas políticas.Como exemplo, a promoção da diversidade cultural e diálogointercultural; a promoção da cultura como catalisadorpara os objectivos da Estratégia de Lisboa e a promoção dacultura como elemento vital nas relações internacionais daEU serão assim preocupações da Agenda Europeia para aCultura e, portanto, o seu contributo para o Ano Europeu.Este ano europeu serve:• a promoção do diálogo intercultural como instrumentopara auxiliar os cidadãos europeus e todos os habitantesda União Europeia a adquirir conhecimentos e aptidõesque lhes permitam compreender um ambiente maisaberto e mais complexo.


12 FORMAÇÃO• a sensibilização dos cidadãos europeus e de todos os habitantesda União Europeia para a importância do desenvolvimentode uma cidadania europeia activa e aberta para omundo, no respeito pela diversidade cultural e com baseem valores comuns.Pretende-se que o Ano Europeu para o Diálogo Interculturalseja um instrumento para que os cidadãoseuropeus, e todos os que vivem na União Europeia,possam adquirir conhecimentos e capacidades que lhespermitam lidar com um ambiente cultural cada vez maisaberto e complexo. Quer-se, também, despertar os cidadãoseuropeus para a importância de desenvolver umacidadania europeia activa, aberta ao mundo, respeitadorada diversidade cultural e baseada em valores comuns naUnião Europeia.E tem como mensagens chave, que o Diálogo Interculturalcontribui para o entendimento mútuo e melhor convívio;explora os benefícios da diversidade cultural; encorajauma cidadania europeia activa e o sentimento de pertençaà Europa.Os jovens são os destinatários privilegiados deste anoeuropeu, e convida-se a sociedade civil em geral e asadministrações nacionais e europeias, com especialrelevo para as administrações da educação e da cultura,a promover projectos que sirvam estes princípios.Daí que os Ministros da Educação, Juventude e Cultura, nasua reunião do passado mês de Fevereiro, tenham concluídoda necessidade de promover as competências interculturaisdos jovens e realçado o contributo da mobilidadedos jovens. Lembraram a importância da valorizaçãodesta dimensão na formação de professores. E, sobretudo,os Ministros destacam a escola como espaço privilegiadode diálogo intercultural, onde ele se efectua e onde ele seaprende.EXTERNATO ALEXANDRE HERCULANO3.º Ciclo do Ensino Básico Recorrente(por Unidades Capitalizáveis)Cursos de Índole Científico-Humanísticos(recorrente por módulos capitalizáveis• Ciências e Tecnologias• Ciências Socioeconómicas• Ciências Sociais e HumanasCursos Tecnológicos(recorrente por módulos capitalizáveis)• Informática• Multimédia• Ordenamento Território e Ambiente• Construção Civil e Edificações• AdministraçãoCursos de Educaçãoe Formação de Adultos• Técnicas Administrativas (nível 3)• Técnicas de Acção Educativa (nível 3)• Instalação e Operação de SistemasInformáticos (nível 2)• EFA <strong>Escola</strong>r SecundárioFormações Modulares Certificadas• Informática na Óptica do Utilizador• Secretariado e Trabalho AdministrativoRua Luís de Camões, 4 e 6 • Venteira • 2700-535 Amadora (junto aos Correios)Telef. 214 928 170 • Fax 214 910 597 • e-mail: secretaria.amd@sestudium.pt


ENSINO PROFISSIONAL 13Técnico de Multimédia<strong>Profissional</strong> qualificado a exercer profissões ligadas ao desenho e produção digital de conteúdosmultimédia e a desempenhar tarefas de carácter técnico e artístico com vista à criação de soluçõesinteractivas de comunicaçãoTiago Sousa, aluno do 3.º ano do Curso de MultimédiaO curso de Multimédia visa a formação de técnicos profissionaisque tenham a sua actividade orientada para a criaçãode produtos Multimédia.Dirão alguns que Multimédia é apenas a integração dediferentes tipos de média (texto, gráficos, som, animação,vídeos, dados, etc.) no mesmo suporte. Um exemplo poderáser a página Web de uma escola com o texto do hino a passarenquanto se escuta a música, podendo, inclusive, incluirum vídeo dos seus pequenos cantores.No entanto, e não menos importante que esta integraçãoestá a interactividade. Aqui podemos referenciar os CDscom vídeos que ensinam línguas estrangeiras, quiosquesde informação nos terminais de transportes, e tantos outroshipermédias.O termo Multimédia terá aparecido na década de 60 paradescrever um espectáculo com música, luzes e vídeos. Estáhoje em dia vulgarizado e muito ligado aos DVDs e aos CD--ROMs. A multimédia tornou-se uma referência importantíssimana indústria, na cultura e na educação.Praticamente todo o tipo de informação que nos chegapoderá ser classificada de multimédia, desde a televisão,às revistas da Web e aos filmes.A publicidade é, talvez, a indústria que melhor usa a multimédiapara passar a sua mensagem. A utilização de técnicasde multimédia pode ajudar a que a mensagem seja recebidacom mais facilidade e com melhores resultados.À medida que a tecnologia evolui a multimédia vai acompanhandoesse progresso. A realidade virtual permite novasexperiências multimédia, mais completas, complexas eentusiasmantes.A Multimédia tem vindo a provar ser extremamente eficazno ensino de um largo espectro de temas. A visualizaçãode imagens, animações e vídeos faz com que o cérebrohumano retenha a informação com maior eficácia.A procura cada vez maior de profissionais desta área e quedominem estes saberes e estas tecnologias do conhecimento,faz deles profissionais do futuro.Paulo GonçalvesCoordenador de Curso de Multimédia


14 ENSINO PROFISSIONALAlunos do 3.º ano do curso de MultimédiaJoão JacobEunice BrásNeste curso adquiri várias competências ao longo destesanos ao trabalhar com imagem, desenho, vídeo e som, criaçãode animações 2D / 3D e criação de Websites. Aprendi alidar com imagens utilizando o Photoshop. Com o FreeHand,desenhei vários Logótipos e no Flash desenhei e dei vidaao que criei.Na vertente vídeo o curso deu-me a oportunidade de captar,realizar e produzir a minha própria produção “cinematográfica”.Adaptei uma história, fui actor, filmei, fiz produção, cortei“takes”, acrescentei efeitos, tudo isto no Adobe Premiere.Com Audiction criámos o nosso próprio “spot” de rádio.Por fim, chegámos ao mais desafiante de todos os programascom que trabalhamos, o 3D Studio Max e fizemos animações3D, com movimento, luzes, tendo inclusivamenteutilizado leis da Física.No Projecto Tecnológico do 2.º ano colocámos em práticatudo o que aprendemos para a sua execução. Agora, noúltimo ano do curso, as atenções estão mais concentradasna PAP pois esta é uma prova de uma exigência enorme.Para completar o nosso conhecimento aprendemos a programarcom “linguagens” de programação que são utilizadasna criação de Websites (HTML, CSS, Javascript, entreoutras) e utilizámos o programa Dreamweaver.No 3.º ano ingressamos num estágio que nos dá a oportunidadede compreender como funciona uma empresa e denos podermos pôr à prova em ambiente profissional.O curso de Multimédia oferece uma formação muito completae, graças ao horário, à Prova de Aptidão <strong>Profissional</strong>, aoProjecto Tecnológico e ao estágio também, obtemos hábitosde trabalho e experiência profissional.Ao escolher esta escola e este curso penso que foi a melhoropção que fiz depois de terminar o 9.º ano de escolaridade.Neste curso aprendi bastantes coisas, tais como: tratar imagenscompletamente danificadas, sons distorcidos, montagensde vídeos, fazer objectos de utilidade no dia-a-dia em3D, imagens vectoriais em Freehand, Adobe ilustrator, emFlash e fazer as mais diversas animações.No 1.º ano do curso tive muita matéria teórica, de modo aque nos anos seguintes a pudéssemos aplicar na prática.No 2.º ano finalizamos com o nosso PT (Projecto Tecnológico),que consiste na formação de um projecto com basena parte teórica e prática que anteriormente aprendemos.Este projecto decorre nos últimos 6 meses do curso, sendodepois apresentado a professores (júris) que nos avaliam.Depois, no 3.º ano, temos a PAP (Prova de Aptidão <strong>Profissional</strong>),que consiste na realização de um projecto mais elaboradodo que o Projecto Tecnológico. É muito importantetermos sucesso nesta prova, pois é o trabalho final que permiteterminar o curso.Esta escola abriu-me as portas para o mercado de trabalho,pois, de momento, estou a trabalhar numa empresa demodo a poder realizar a minha PAP e onde também irei fazero meu estágio. Depois de terminado o curso, espero desenvolvera minha actividade profissional nessa empresa.Nesta escola nascem grandes amizades, sobretudo com osprofessores, que são incansáveis desde o primeiro ao últimodia. O meu agradecimento a todos.Um dos pontos positivos do curso profissionalé adquirirmos conhecimentos que nospermitem trabalhar e/ou ingressar no ensinosuperior. Eu espero fazer ambas as coisas aomesmo tempo, trabalhar numa empresa deWebdesign, ou qualquer outra empresa comvertente multimédia, e fazer o curso superiorde Engenharia de Multimédia na Universidade.João JacobEunice Brás


ENSINO PROFISSIONAL 15Samuel Branco Bento de SousaEntrevista a ex-aluno do curso de MultimédiaPorque enveredaste pelo ensino profissional?Tudo começou com a minha dificuldade em acabar o ensinosecundário no ensino público. Ouvi falar da EPGE, da boacotação que tinha no mercado, informei-me sobre os cursosque existiam e decidi escolher o curso de Técnico deMultimédia, por ser uma área que me atraía.Como avalias a tua passagem na EPGE?Foi uma experiência bastante agradável. Acho que este tipode ensino, mais prático, é uma mais-valia dos cursos profissionais.O facto de estarmos em contacto com os materiaisda área faz com que a nossa motivação seja bem maior.Quais os pontos fortes e fracos que destacas?Como já referi, a componente prática dos cursos profissionaisé um dos pontos fortes; como é um ensino mais especializado(dentro de cada área), enquanto aluno não mesentia “perdido”, ou com a sensação de “para que é queisto me vai servir?”.Como ponto fraco refiro as condições do pólo em que tireio curso, que na minha opinião deveriam ser melhoradas.De que modo os conhecimentos adquiridos na EPGE teestão a ser úteis?A nível profissional, estou a aplicar os conhecimentos adquiridosuma vez que sou responsável pelas actualizações dapágina Web e estou a colocar em prática os conhecimentosde HTML.Pensas prosseguir estudos no Ensino Superior?Sim. Vou tentar entrar no curso de Audiovisual e Multimédiada <strong>Escola</strong> Superior de Comunicação Social.Onde trabalhas?Actualmente, estou a trabalhar na EPGE onde sou responsávelpelas actualizações da página Web.Que avaliação fazes do mercado de trabalho na tuaárea?Existe um mercado bastante vasto, pois aprendemos diversasaplicações no curso e julgo que temos aptidões paradiferentes tarefas.Qual é o teu projecto de vida a nível profissional?No futuro imediato, quero entrar no ensino superior e concluí-lo.Depois terei de procurar outras oportunidades detrabalho.


16 ENSINO PROFISSIONALWest Icon Design & TechnologyEmpresa acolhedora de estágiosA empresa West Icon tem por missão a dinamização e implementaçãode Projectos de Apoio ao Negócio trazendo maisvaliasreais às empresas e entidades, notoriedade, diferenciaçãoe crescimento sustentável, através de soluçõesorientadas ao negócio focadas nas áreas de Design, Tecnologiase Marketing e Comunicação.O facto de o mercado estar cada vez mais exigente levounosa compreender que as nossas valências nas áreas tecnológicas,design e marketing fazem de nós bons integradores,tendo sempre em conta a componente de gestãodo negócio pois é aqui que reside a nossa diferenciaçãono mercado.O desenvolvimento desta importante vertente de integraçãode mundos tão diferentes, obrigou-nos à constituiçãode uma equipa com perfis multidisciplinares, sendo estauma forte aposta da West Icon, que está consciente que umdos principais factores de sucesso é a qualidade dos nossosrecursos humanos. Os alunos da EPGE, ao fazerem connoscoo estágio, são, para nós, uma fonte de recursos humanos,com uma forte vertente prática e um leque de conhecimentosbastante diversificado. Encontramos nos alunosfinalistas do curso profissional de Multimédia da EPGE, queusufruindo de um estágio profissional subsidiado parcialmentepelo IEFP adquiriam novas competências específicasnas áreas do design e da tecnologia, sendo este um passoimportante na sua carreira na nossa equipa.É notória a diferença entre um elemento que frequentouo ensino profissional e o ensino regular, sendo que os frequentamo ensino profissional demonstram uma componenteprática mais abrangente para implementar projectosde raiz.Outra diferença que encontramos é o apoio dos professores,tanto aos alunos, para os quais estão sempre disponíveis,mesmo depois de terem finalizado o curso, como àsempresas que colaboram com a EPGE.No nosso caso, o apoio do professor Paulo Gonçalves foifundamental na rápida selecção dos alunos com melhorperfil e que se enquadram nas necessidades e na filosofiada West Icon (www.westicon.pt).No mundo empresarial o timing é determinante para sefecharem negócios e dar resposta às necessidades dos nossosclientes, fidelizando-os.Reconhecemos o extremo valor do Ensino <strong>Profissional</strong>e, em particular, o esforço da EPGE em proporcionaraos seus alunos as melhores experiências profissionaisno sentido de construírem uma carreira de sucesso, fornecendo-lhesferramentas, know-how e espírito profissional.Pedro CostaWest Icon


ENSINO PROFISSIONAL 17Técnico de Apoio à InfânciaUm curso com futuro e para o futuroNos dias de hoje, em que o pais têm necessidade de se dedicarmais e mais aos seus empregos, em que as crianças passamcada vez mais tempo nas instituições que as acolhemdiariamente, em que as famílias têm outros padrões de vidae em que os apoios dados pelos avós se tornaram quaseinexistentes, é essencial que toda a equipa da Creche oudo Jardim de Infância esteja muito bem preparada paraassumir a responsabilidade que dela se espera. Assim,cabe ao técnico, participar e apoiar as actividades desenvolvidasdentro e fora da sala de aula assim como colaborarnas outras rotinas. As crianças são o futuro do nossopaís e tudo devemos fazer para promover a melhor educaçãopara elas. O seu sucesso a nível pessoal e profissionaldepende, em grande parte, do investimento que for feitona sua educação e no seu bem-estar.Acreditamos que estes técnicos devem ter ideias próprias,criar actividades inovadoras e colaborar na realização demateriais a produzir. Trabalhando num sistema de partilhade vivências e com a orientação de professores especializados,procuramos ajudar a formar mentalidades. Daformação destes técnicos faz parte, entre outros, o desenvolvimentoinfantil, a saúde, a segurança e a higiene. Osnossos alunos aprendem a deslocar-se numa sala de aulaintegrados numa equipa, trabalhando para o melhor funcionamentoda mesma com um objectivo único e comum:o bem-estar das crianças.Aberto no presente ano lectivo, o curso de Técnico deApoio à Infância teve uma procura bastante elevada e exigiuuma rigorosa selecção dos candidatos. Continuamoscom os nossos critérios de formação bem elevados e bemdefinidos, pois, queremos colocar no mercado de trabalhojovens conscientes e plenamente aptos pessoal e profissionalmentea desenvolver as suas funções com ética e civismo,quer em sala de aula, quer no dia-a-dia.Ser Técnico de Apoio a Infância não é apenas umaprofissão, é um estilo de vida.Kátia BaptismaCoordenadora do Curso de Técnico de Apoio à InfânciaEXTERNATO MOUZINHO DE ALBUQUERQUE3.º Ciclo do Ensino Básico Recorrente(por Unidades Capitalizáveis)Cursos de Índole Científico-Humanísticos(recorrente por módulos capitalizáveis)• Ciências e Tecnologias• Ciências Socioeconómicas• Ciências Sociais e HumanasCursos Tecnológicos(recorrente por módulos capitalizáveis)• InformáticaCursos de Educaçãoe Formação de Adultos• Técnicas Administrativas (nível 2)• Técnicas de Logística (nível 3)• Instalação e Operação de SistemasInformáticos (nível 3)• Contabilidade e Gestão (nível 3)• EFA <strong>Escola</strong>r SecundárioFormações Modulares Certificadas• Ciências Informáticas• Línguas e Literaturas EstrangeirasRua Mouzinho de Albuquerque, 8 • 2330-183 EntroncamentoTelef. 249 717 929 • Fax 249 716 631 • e-mail: irene.guedes@sestudium.pt


18 ENSINO PROFISSIONALCurso de Educação e Formação de JovensElectricidade de InstalaçõesDar resposta à carência de técnicos desta área na nossa região e facultar qualificações escolarese profissionais aos jovensEstando a nossa região em franco crescimento, a actividadeda construção civil ocupa um lugar de enorme destaque.Estamos certos de que os nossos formandos terão nosector da construção civil e obras públicas a sua principalentidade empregadora assim como as autarquias locais, asempresas comerciais e as fábricas ou oficinas de reparaçãode material eléctrico de uso doméstico. Estabelecerem-sepor conta própria é também uma opção a incentivar. Foicom esta certeza que abrimos o Curso de Electricidade deInstalações.A EPGE do pólo do Entroncamento abriu no presente anolectivo uma turma do Curso de Educação e Formação – Electricidadede Instalações, do tipo 2 que se destinam a jovenscom o 6.º, 7.º ou frequência do 8.º ano de escolaridade eque confere uma certificação profissional de nível 2 (níveisUE). O principal objectivo é dar resposta à carência de técnicosdesta área na nossa região, alargando também a suaoferta formativa.Com os Cursos de Educação e Formação para Jovens pretende-sereduzir o número de jovens em situação de abandonoescolar dando-lhes competências escolares, técnicas,sociais e relacionais que facilitem o ingresso no mercadode trabalho.Neste tipo de formação desenvolvem-se competênciaspessoais e técnicas para o exercício de uma profissão. Apreparação científica, tecnológica e experiência profissionaladquiridas serão uma mais-valia no ingresso no mercadode trabalho, permitindo, ao mesmo tempo, prosseguirna aquisição de qualificações escolares e profissionaismais elevadas.A componente prática é muito forte neste curso, ocupandogrande parte do tempo destes alunos. Nesta altura do anolectivo os alunos executaram já os mais diversos trabalhospráticos na área das instalações eléctricas de iluminação etomadas e instalações de sinalização.António FaustinoCoordenador do Curso de Electricidade de Instalações


A NOSSA ESCOLAENSINAR E APRENDER 19Eco-<strong>Escola</strong>s em AcçãoEducação Ambiental de QualidadeNo presente ano lectivo a escola do Entroncamento aderiuao Programa Nacional Eco-<strong>Escola</strong>s, um projecto destinadoàs escolas de todos os níveis de ensino e que pretendeencorajar acções e premiar o trabalho desenvolvido pelosestudantes na melhoria do seu desempenho ambiental. Pretende,igualmente, estimular os hábitos de participação dacomunidade e a adopção de comportamentos sustentáveisno quotidiano, ao nível pessoal, grupal e comunitário.Todos os anos são trabalhados diferentes temas de acordocom o Programa Nacional. Este ano lectivo estão em desenvolvimentoos seguintes temas-base: “Água”, “Resíduos”,“Energia” e ainda as “Alterações Climáticas”. Para além dissocada estabelecimento de ensino escolherá um assunto complementar,tendo a nossa escola seleccionado o tema “Transportes”pelo facto de nos situarmos, geograficamente, juntoa um importante nó ferroviário e sermos uma cidade muitoinfluenciada pelo comboio, um dos meios de mobilidadesustentável mais eficientes.Para além da escolha dos temas é também necessário adoptaruma metodologia específica, que deve ser rigorosamenteseguida para que a escola seja seleccionada para a atribuiçãodo Galardão Final: “Bandeira Verde”. Essa metodologiacontempla 7 passos: criação do Conselho Eco-<strong>Escola</strong>s; realizaçãoda auditoria ambiental; realização e apresentação doPlano de Acção; monitorização e avaliação; trabalho curricular;envolvimento da escola e da comunidade local; realizaçãodo Eco-Código.O Galardão Final será atribuído às escolas que cumpriremestes 7 passos e implementarem acções consideradas pertinentese diversificadas no âmbito da educação ambientaldos jovens. Este galardão será atribuído na Festa Nacionaldas Eco-<strong>Escola</strong>s e consiste numa bandeira verde quedeverá ser hasteada no exterior da escola em local dedestaque durante o período de um ano. É, ainda, atribuídoum certificado para afixar à entrada da escolaque reconhece as boas práticas pedagógicas em matériaambiental.A EPGE do Entroncamento aderiu ao programa em Setembrode 2007 e, desde aí, tem vindo a desenvolver um largoleque de actividades (ver Quadro-Síntese), que têm motivadoamplamente alunos e professores. Ao longo do anolectivo temos constatado uma adesão progressiva às iniciativasdesenvolvidas e um volume cada vez maior de participações,ideias, sugestões e contributos.Foi realizada a Auditoria ambiental, com a implementaçãode um questionário a todos os alunos cujos resultados semostraram muito positivos em termos de atitudes e práticasambientais, nomeadamente do âmbito da separação deresíduos e da eficiência energética. O Conselho Eco-<strong>Escola</strong>sconstituído em Novembro de 2007, já realizou 3 reuniõese integra 35 membros: professores do Grupo Coordenador,Coordenadores de Curso, Responsáveis de Disciplina, representantedos alunos, funcionários, encarregados de educaçãoe até membros externos que têm também participadoECO-CÓDIGO ADOPTADO PELA ESCOLA:Se queres um planeta renovadoQue respire e ganhe um novo rumoSustém a fúria do consumoNão te iludas no hipermercado.Esquece o carro, escolhe a bicicletaCarbono zero e zero desperdíciosÉ uma meta a prosseguir sem víciosPara alcançares a via mais correcta.Prefere o biológico na mesaVeda e desliga depois de utilizarÁgua potável deves conservarSorrirá rendida a Natureza.Se adoptares a dádiva como lemaE pensares global e partilhadoDescobrirás, sem dúvida, o recadoQue se oculta nas letras do poema.(Realizado pela turma 185Disciplina de Antropologia)


A NOSSA ESCOLA20 ENSINAR E APRENDERactivamente, designadamente: representantes da Quercus,Resitejo, Parque Ambiental de Santa Margarida, órgãosde comunicação social locais e Vereador do Ambiente daCâmara Municipal do Entroncamento.A EPGE do Entroncamento esteve representada no CongressoNacional Eco-<strong>Escola</strong>s, em Janeiro de 2008, e no CongressoNacional “<strong>Escola</strong> da Energia” em Abril.Os alunos estão, também, a participar em 5 concursos nacionaisEco-<strong>Escola</strong>s: concurso Eco-Poster / Eco-Código, concursoBD-Energia, concurso Eco-Repórter e concurso de Protótipos– tema livre.É com muito agrado e entusiasmo que temos assistido aocrescimento deste projecto e ao empenhamento de todos,tendo sido estabelecido um compromisso junto de toda acomunidade escolar no sentido de garantir uma marca ecológicaem todas as actividades desenvolvidas no presenteano lectivo – o chamado “selo verde” que enquadra todasas iniciativas do nosso plano de actividades. Um exemploilustrativo foi o espectáculo pedagógico de Sérgio Godinhoa quem foi solicitado que incluísse uma mensagem ecológicano seu alinhamento. O cantor iniciou o concerto coma canção “O Primeiro Gomo de Tangerina” que nos transportapara a sustentabilidade do Planeta.Acreditamos estar a trilhar um caminho ecologicamentesustentável, com ideias mais verdes e mais inovadoras, alicerçadasnuma cidadania responsável.Maria de Fátima RoldãoProf.ª da EPGEProjecto de Educação FísicaEspaço privilegiado para o desenvolvimentoda educação para a cidadaniaA actividade física tem diminuído drasticamente nos últimos tempos.Meios técnicos de todas as espécies substituíram progressivamente o trabalho muscular.O indivíduo concebido para um trabalho intenso na Idade da Pedra, tem agora que se adaptara um mundo dominado pelas novas tecnologias.O homem como qualquer animal nasceu para o movimento. O corpo é construído para a acção,não para o repouso. Tudo o que implique falta de movimento e de acção conduz ao atrofiamentogeneralizado quer dos nossos músculos quer das nossas funções, o que implica uma incapacidadecada vez maior nas tarefas que temos que desempenhar no nosso dia-a-dia.É determinante a consciencialização para a importância da prática da actividade física,cujo objectivo principal não seja o culto do corpo, mas sim um estilo de vida saudável.Dê o primeiro passo para uma atitude diferente, faça do exercício físico um estilo de vida.O Projecto de Educação Física da <strong>Escola</strong> <strong>Profissional</strong> <strong>Gustave</strong><strong>Eiffel</strong> tem como principal objectivo maximizar e potencializara motivação dos alunos para a prática da actividadefísica e a aquisição de hábitos de vida saudável.Assim, delineámos uma intervenção a ser adoptada pelosprofessores de Educação Física desta <strong>Escola</strong>, inspirada numafilosofia de projecto, de acordo com as orientações políticasde reorganização do Sistema Educativo (Currículo e Gestão<strong>Escola</strong>r) e com as finalidades propostas pela <strong>Escola</strong>.Este projecto pode definir-se como uma orientação das práticasem que estas são estrategicamente escolhidas, organizadase justificadas, visando a realização plena das capacidadeseducacionais da escola bem como a criação deoutras possibilidades que podem ser identificadas atravésda caracterização das turmas e dos processos de avaliaçãoformativa.As actividades são estruturadas metódica e progressivamente,de modo a que haja uma combinação de tarefas e


A NOSSA ESCOLAENSINAR E APRENDER 21recursos coordenados entre si, no espaço e no tempo, comvista à concretização de objectivos.Analisando as finalidades da Educação Física, na perspectivada qualidade de vida, da saúde e bem-estar, é possívelidentificar três áreas de conhecimentos: os conhecimentosrelativos aos processos de elevação e manutenção dascapacidades físicas; os conhecimentos relativos à importânciadas actividades físicas como factor de saúde e a componenteda cultura, na dimensão individual e social, e osconhecimentos relativos à interpretação e participação nasestruturas sociais, no seio dos quais se desenvolvem as actividadesfísicas.Nas actividades a realizar na escola, um dos objectivos primordiaisconsiste em dinamizar acções de complementocurricular englobando princípios e valores educativos deSaúde, Ambiente e Cidadania.A Educação Física é, também, um espaço privilegiado parao desenvolvimento da educação para a cidadania, visandoa cultura da consciência cívica como fundamental no processode formação de cidadãos responsáveis, críticos, activose intervenientes, com recurso, nomeadamente, aointercâmbio de experiências vividas pelos alunos e à suaparticipação individual e colectiva, na vida da turma, daescola e da comunidade.Seguindo esta linha orientadora e em paralelo com as matériaspráticas serão tratados aos seguintes temas:Vida activa – Uma necessidade actual; Saúde e Bem-estar;Alimentação / Repouso/ Qualidade do meio ambiente;Desenvolvimento das capacidades motoras; Processos deelevação e manutenção da aptidão física (princípios biológicosdo treino, condição física, saúde e actividade física,métodos para o desenvolvimento e controlo das capacidadesmotoras); Estruturas do corpo humano/ movimento;Tabagismo; Drogas e suas consequências.Assim, a escola foi de encontro às necessidades dos alunosproporcionando-lhes aulas de Educação Física num contextoeducativo diferente.Semana da Educação FísicaEm Fevereiro decorreu a semana da Educação Física coma realização de um Campo de Férias, na Praia Azul, emSanta Cruz, em que participaram 140 alunos.Das actividades realizadas constaram: atletismo, ginásticade aparelhos e de solo, dança, futebol, voleibol,exploração da natureza, entre outras.Esta iniciativa contribuiu para o desenvolvimento doespírito de grupo e inter-ajuda proporcionando aos alunosum contacto directo e real com a área de conhecimentosda Educação Física, tendo sido, também, umaforma de solucionar a actual ausência de espaços físicosdestinados à prática desta disciplina sem prejuízoda qualidade do ensino.A importância deste trabalho é fulcral pois oferece interessese possibilidades diferentes aos alunos que seencontram desmotivados pela prática da actividadefísica, ou que encontram muitas dificuldades no cumprimentodos objectivos principais da Educação Física.Por outro lado, coloca os alunos no centro da reflexão dasquestões importantes das actividades físicas e permiterecolher informação que pode ser útil para todos.Catarina SantosProf.ª da EPGE


A NOSSA ESCOLA22 ENSINAR E APRENDERMatrícula na HoraProjecto que visa agilizar o processo de matrícula e fomentar o sucesso de todos os alunosatravés de um diagnóstico célere de expectativas e conhecimentosUm dos princípios da <strong>Escola</strong> <strong>Profissional</strong> <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong> (EPGE)é ser uma escola para todos daí nascer o novo processode matrícula e diagnóstico que pode também ser encaradocomo um processo de ajustamento às expectativas e monitorizaçãodas necessidades dos jovens a partir do momentode decisão de entrada nesta <strong>Escola</strong>.Assim, desde Novembro de 2007 que a EPGE tem vindo aconcentrar esforços na elaboração de um novo modelode recrutamento que se traduz numa forma inovadorade encarar o processo formativo dos jovens. Seguindo oprincípio da simplificação de processos e procedimentospretende-se que os jovens que se candidatam a umCurso de Educação e Formação ou a um Curso <strong>Profissional</strong>(do regime diurno ou pós-laboral), possam efectuara sua matrícula numa única deslocação à escola – processodesignado por “Matrícula na Hora”.O processo decorre da seguinte forma: o candidato quandose dirige à <strong>Escola</strong> preenche o Boletim de Matrícula (podeseleccionar até três cursos por ordem de preferência) e deseguida uma Ficha de Diagnóstico. Fica de imediato matriculadono curso que escolheu em primeiro lugar, desdeque existam vagas. A matrícula torna-se efectiva logo queo aluno entregue todos os documentos necessários e que aturma tenha um número mínimo de elementos para poderfuncionar.A Ficha de Diagnóstico foi construída em colaboração comos coordenadores de curso e sujeita a um pré-teste queenvolveu mais de duas centenas de actuais alunos de primeiroano e tem como finalidade aferir as expectativas emrelação ao futuro profissional e avaliar alguns conhecimentosque são suporte para o desenvolvimento das aprendizagensfuturas. O principal objectivo desta prova é despistarexpectativas desajustadas, para que o jovem não inicie o seupercurso num curso que não lhe permita desenvolver a suaformação na área em que deseja trabalhar futuramente.Esta Ficha é composta por duas partes, na primeira constaum grupo de afirmações que se relacionam com o futuroprofissional de cada um dos cursos disponíveis na oferta formativada escola. Na segunda parte há um conjunto de perguntase exercícios simples que requerem a mobilização deconhecimentos gerais, transversais a todas as áreas, comoPortuguês, TIC, Inglês e Cultura Geral e de conhecimentosespecíficos, onde se apela à compreensão verbal, ao raciocíniológico, matemático, interpretação gráfica, raciocíniomecânico e dedutivo. Os professores e coordenadores decurso colaboraram na elaboração das afirmações referentesàs expectativas e classificaram os vários exercícios de acordocom o grau de importância para cada curso.As Fichas depois de preenchidas pelos candidatos serãoanalisadas e no caso de serem encontradas incongruênciasentre o curso em que se matriculou e o curso para o qualtem expectativas mais elevadas em termos de futuro profissional,o candidato (ou o encarregado de educação, consoantea idade) será contactado telefonicamente com a maiorbrevidade possível no sentido de esclarecer, informar e levarà ponderação da decisão. Se for entendido por ambas aspartes como necessário, o candidato poderá deslocar-se à<strong>Escola</strong> para uma conversa com um técnico por forma a ajustaras expectativas que tem em relação ao curso escolhido,ou alterar a sua matrícula para outro curso que seja maiscongruente com as suas expectativas.Esta medida tem, sobretudo, o objectivo de reduzir oinsucesso ou abandono escolar decorrente da “desmotivação”dos alunos face à descoberta de que o cursofrequentado não é aquele que lhe permite formar-se naárea profissional desejada.A análise dos conhecimentos aferidos a um nível simplespermite perceber, logo no arranque do ano lectivo, se hádificuldades na interpretação dos exercícios, ou na mobilizaçãode raciocínios em determinadas áreas, decorrendodaí a necessidade de um apoio acrescido na evolução edesenvolvimento de conhecimentos e competências aolongo do curso.Desta forma, a EPGE não pretende “deixar à margem” osjovens pelos conhecimentos que revelam (ou não), mas preparar-separa promover o sucesso de todos os alunos, partindodo princípio de que a informação sobre o perfil deconhecimentos da turma permite trabalhar a partir daquiloque sabem, desenvolvendo os saberes nas áreas onde seapresentam mais dificuldades.


A NOSSA ESCOLAENSINAR E APRENDER 23Pretende-se, ainda, através dos resultados relativos aosconhecimentos, constituir turmas heterogéneas, que enriqueçamo processo educativo com diferentes saberes. Crêseque a tomada de consciência por parte do professor dascaracterísticas da turma permite desenvolver propostas flexíveisde ensino-aprendizagem levando a que todos os alunosevoluam, promovendo a colaboração e cooperaçãoentre colegas e potenciando o desenvolvimento de saberesescolares, sociais e culturais.Uma vez que o projecto se iniciou em Abril, este ano seráde teste e de ajustamento do próprio processo às necessidadesdos jovens e aos princípios da escola. Nunca descurandoa consciência de que a colaboração de toda a comunidadeescolar é o ponto forte do desenvolvimento deideias, projectos e do sucesso de todo o processo formativo.Rute MachadoGabinete de Inovação PedagógicaCentro de Qualificação de Activos<strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong>Recentemente criado, o Centro de Qualificação de Activos<strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong>, tem como primordial acção o incremento daoferta formativa dos efectivos adultos residentes não só nosconcelhos em que a Cooptécnica <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong> se encontraimplantada (Amadora, Lisboa, Sintra e Entroncamento),mas também expandir-se a outros territórios, configurandoa sua acção pelos elevados padrões de qualidade e competência,esperando ser considerado uma referência nosmecanismos de Educação e Formação ao Longo da Vida,a nível nacional.O Centro procura criar ofertas formativas adaptadas aosactivos, no sentido da valorização pessoal e promoçãoprofissional dos mesmos, assim como às necessidadesdas empresas, na sua actualização e modernização, pararesponder aos novos desafios europeus e nacionais. Dispondode capacidade formativa própria, o Centro de Qualificaçãode Activos <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong> procura fazer parte de umarede de excelência onde possa ser ministrada a formaçãonecessária aos processos de qualificação das empresas edos trabalhadores, nomeadamente através do desenvolvimentode acções de formação de curta duração, que sejamconsideradas relevantes e necessárias para os percursos dequalificação profissional e pessoal, constantes também doSistema Nacional de Qualificações e outros sistemas profissionaisde qualificação. Actualmente, o Centro dispõe deuma oferta formativa vasta nas áreas de: Formação de Formadores,Segurança e Higiene no Trabalho, Motoristasde Táxi, Empreendedorismo, e Formação Inter-Empresas,entre outras.Rute MendonçaCQA <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong>Projecto Tecl@r.comA <strong>Escola</strong> <strong>Profissional</strong> <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong> presta apoio informáticoàs crianças do 1.º Ciclo da EB1 Santos Mattos, noâmbito do Projecto Tecl@r.com, desde Outubro de 2005.Este projecto continua a realizar-se com a deslocação semanalà escola de uma equipa de dois professores de Informáticaque apoiam as crianças no desenvolvimento de competênciasnesta área, uma professora do curso de Apoio àInfância e uma psicóloga que dinamizam actividades com ascrianças no sentido de desenvolver competências pessoaise sociais. Estão envolvidas neste Projecto duas turmas: umade 1.º e outra de 2.º ano, num total de 40 crianças.No dia 18 de Junho, à semelhança de anos anteriores, realizar-se-áa Festa de Encerramento do ano lectivo do ProjectoTecl@r.com em que serão entregues Diplomas de participaçãoàs crianças. Esta actividade decorrerá no AuditórioBrazão Farinha da EPGE da Venda Nova e contará com aparticipação das crianças, professores, pais e comunidadeescolar. Do programa fazem parte animações, música, projecçãode imagens relativas às actividades desenvolvidas,lanche, presentes e um convívio entre todos.Rute MachadoResponsável do Projecto


A NOSSA ESCOLA24 ENSINAR E APRENDERConcerto Pedagógico“Expressões de Sérgio Godinho”“Música ou Músico?Comanda a música o músico?É o músico que faz a música?Como nasce? De um gomo de tangerina? De uma barcados amantes? De um segundo andar direito?De que é feita? De horas extraordinárias? De dias úteise raros?Dançamos? Suspensos por água de um lado – maré-altaE do outro a tricotar janelas, dançamos no mundo.E como o riso vem ao ventre, rebenta em floresimpensadas,Vai do pardal à pantera, bebe a cor de uma aguarela,Pousa as palavras no chãoQuatro vezes faz o ninho,Quatro vezes deita lume…… é a música de Sérgio Godinho.”Foi com este mote, a partir da sintonia entre letras e músicas,recados e poemas, que criámos um projecto pedagógico.Concebido e planificado, desde a primeira hora, peloCurso de Animação Sociocultural, pretendeu-se consolidarconhecimentos da área das Expressões Artísticas (Corporal,Dramática, Musical e Plástica), criando um trabalho colectivode fusão entre estas quatro áreas e proporcionando aosalunos, novas experiências e novas aprendizagens.Foi, também, nosso objectivo aprofundar junto dos alunosa importância da educação pela arte na formação da personalidade.O fio condutor foi: na arte é possível encontrartodo o potencial para o crescimento humano – intelectualização,sonho, auto-conhecimento e sublimação.Surgiu, assim, um espectáculo pedagógico à volta da obrade um músico consagrado no passado dia 5 de Abril, noCine-Teatro S. João, no Entroncamento.A primeira parte esteve a cargo dos alunos e professores dastrês turmas do Curso de Animação Sociocultural, que realizaramtrês coreografias (“Com um Brilhozinho nos Olhos”e “O Primeiro Dia” – turma 204; “Colectânea” – turma 222),interpretaram duas músicas (“O Porto aqui tão perto” e “Étão bom” – turma 185) e realizaram uma dramatização intitulada“Letras Enleadas” (turma 185). Foi também exibidoum trabalho multimédia a cargo da disciplina de ExpressãoPlástica sobre a carreira e obra do cantor e uma exposiçãotemática sobre o percurso musical de Sérgio Godinhosob responsabilidade da disciplina de Integração, onde osalunos reflectiram sobre os conteúdos das letras das canções,nomeadamente as que mais directamente retratamos aspectos sociais e políticos.A segunda parte do espectáculo constou de um concerto aovivo com o Sérgio Godinho onde foi possível ouvir um alinhamentorecheado de emoções que percorreu toda a suacarreira, desde os temas mais recentes até aos grandes clássicoscomo “O Primeiro Dia”, “O Charlatão”, “É Terça Feira”,“Com um Brilhozinho nos Olhos”, “Lisboa que Amanhece”,“Noite Passada”… As alunas do Curso de Animação Socioculturalpresentearam o cantor e os seus músicos com flores eum “Programa do Concerto” autografado por todos os intervenientesneste projecto. Viveram-se momentos de grandeintimismo e emoção, amplamente saudados pelo públicoque nunca regateou aplausos durante todo o concerto.Todos se sentiram amplamente gratificados pelo contactoe diálogo que foi mantido nos bastidores com Sérgio Godinho,seus músicos e equipa de produção, observando ospassos de montagem técnica e artística, tendo ainda a oportunidadede colocar algumas questões sobre a produção do


A NOSSA ESCOLAENSINAR E APRENDER 25No final, os alunos reconheceram que tinham ampliado osseus horizontes e perspectivas culturais, tomando contactocom a obra de um músico de referência no panorama musicalportuguês e cuja carreira não conheciam devidamente.No âmbito da educação estética e cultural constituiu umamais-valia para todos.Foi um projecto amplamente positivo em termos pedagógicos,muito apreciado pela comunidade local e largamentedivulgado pelos meios de comunicação social, reforçandoa notoriedade e prestígio da escola.concerto e a carreira do cantor. A simplicidade, abertura eafabilidade de Sérgio Godinho sensibilizou de uma formaespecial os alunos. De realçar, também, os elogios tecidospelo cantor ao trabalho apresentado pela escola, classificando-ocomo um “projecto de excelência”.Ficou-nos a vontade de ouvir mais, ver mais e sentir tudooutra vez… ou, como cantaria Sérgio Godinho, “hoje soubemea pouco, passa aí mais um bocadinho”.Maria de Fátima RoldãoProf.ª da EPGESemana Internacional do CérebroA Semana Internacional do Cérebro é uma iniciativa internacionalorganizada pela Dana Alliance for Brain Initiatives,com o objectivo de divulgar junto do público os progressose benefícios da investigação científica na área docérebro. Conta com a participação de instituições científicas,universidades, hospitais, institutos de saúde, associaçõesde pacientes, escolas e associações profissionais detodo o mundo.Em Portugal, a 12.ª edição da Semana Internacional do Cérebrofoi organizada pela Sociedade Portuguesa de Neurociênciasem colaboração com a Ciência Viva e a SociedadePortuguesa de Neurologia, e decorreu de 9 a 16 deMarço de 2008. Ao público-alvo constituído por alunos detodos os níveis de ensino e organizados por grupos etários,foi proposto responder (em linguagem simples e adaptadaao grau de escolaridade) a curiosidades, questões, dúvidassobre o sistema nervoso.Neste contexto, decorreu no dia 13 de Março de 2008, noauditório da Venda Nova da <strong>Escola</strong> <strong>Profissional</strong> <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong>(EPGE), a palestra “Como Fazer um Cérebro Maior?” presididapelo Doutor Domingos Henrique (Investigador Auxiliarda Faculdade de Medicina de Lisboa, Instituto de Histologiae Embriologia, Professor Associado Convidado no InstitutoSuperior Técnico e Responsável pela Unidade de Biologia doDesenvolvimento, integrada no Instituto de Medicina Molecular),estando presentes cerca de cem alunos da EPGE, das<strong>Escola</strong>s da Amadora, Queluz e Venda Nova.A palestra decorreu de forma interactiva, com a participaçãodos presentes, que demonstraram muito interessena compreensão do funcionamento do cérebro e da suaevolução. Podemos assim, destacar as seguintes palavrasdo orador: “Actualmente, o grupo de investigação pormim coordenado concentra-se em duas áreas de investigação:1.º Compreensão dos mecanismos molecularesque controlam a produção de neurónios durante a vidaembrionária; 2.º estabelecimento de métodos para aprodução de neurónios ex-vivo, a partir de células estaminaisembrionárias”. E que o seu “objectivo a longoprazo é contribuir para um melhor conhecimento dosmecanismos fundamentais que regulam a neurogéneseembrionária e aplicar estes conhecimentos no desenvolvimentode terapias celulares para o tratamento dedoenças do sistema nervoso”.Foi a primeira vez que a EPGE esteve associada a esta iniciativae consideramos muito importante a sua continuidade,pois é uma mais valia para toda a comunidade educativa,especialmente para os nossos alunos.Rui BrejoProf. da EPGE


A NOSSA ESCOLA26 ENSINAR E APRENDERMaratona da DançaEm Fevereiro teve lugar no Cine Teatro S. João uma Maratonada Dança, espectáculo que englobou uma mostra devários tipos de dança e que foi organizado pelos alunos do2.º ano do Curso de Animador Sociocultural (turma 204), epela professora de Expressão Corporal, Susana Valério.Os grupos participantes, convidados pela organização,foram os seguintes:Two ou Four (Turma 204), Fire Dancers (CLAC e Academiados Morangos), União Recreativa da Chancelaria (Dançasde Salão), O Corpo da Dança (<strong>Escola</strong> de Dança de TorresNovas), Mira Ballet (Círculo Cultural Mirense), Ly Belly DanceLy (Art’Club) e Es-Passo de Dança (<strong>Escola</strong> de Dança doEntroncamento)O grupo Two ou Four deu início ao espectáculo apresentandouma coreografia que tinha como tema “a água”, tendoutilizado como adereços aquários, bolinhas de sabão e figurinosem tons de azul e branco. Seguiu-se o grupo Fire Dancersque apresentou uma coreografia com mistura de músicaship hop. O grupo da União Recreativa da Chancelariaexibiu um esquema de Danças de Salão com vários ritmosdesde quickstep, a tango, valsa, rumba, entre outros. De TorresNovas, o grupo O Corpo da Dança apresentou uma coreografiade dança contemporânea intitulada Commedia de’llarte. O grupo Mira Ballet interpretou uma coreografia deDança Clássica em “quatro bonecas” dançaram ao som dePolkas e Gallopes. Tivemos, também, a presença de Ly BellyDance Ly que, com a sua dança do ventre, realizou duascoreografias em que foram utilizadas velas e bengalas. Aúltima coreografia, uma dança contemporânea, foi interpretadapor alunos do Es-Passo de Dança.No final da maratona realizou-se o sorteio de um cabaz quetinha como objectivo angariar fundos para a viagem de finalistasda turma 204.Por último ainda pudemos ouvir duas músicas hip hopinterpretadas por um aluno da escola acompanhado deum amigo tendo o espectáculo acabado num ambientede festa com todos os participantes visivelmente satisfeitose em palco.Mais uma vez, os alunos da turma 204 mostraram o seuempenho ao contribuir para que tudo corresse bem e prestaramtambém a sua colaboração nos bastidores de modo aque tudo decorresse sem falhas. Parabéns a todos!Susana ValérioProf.ª da EPGE


A NOSSA ESCOLAENSINAR E APRENDER 27Actividade do Núcleo de Investigaçãoe Desenvolvimento <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong>Apuramento para o Robocup 2008 durante a participação no Festival Nacional de RobóticaComo já vem sendo hábito, durante o ano de 2008, o Núcleode Investigação e Desenvolvimento (NID) envolveu-se numgrande número de diferentes projectos, uns actualmente jáconcluídos, outros a decorrer e ainda outros que se aproximam.No desenvolvimento destes projectos, não se efectuaum trabalho exclusivamente técnico-científico, existe tambémmuito trabalho burocrático e logístico. Como é lógico,o envolvimento em tão grande número de actividades acarretamuito trabalho e dedicação, só superados pela vontadede atingir os objectivos e pelo prazer de fazer bem ecada vez melhor.Haveria muito para dizer relativamente a todos as actividadesdo NID mas, vamos referir apenas alguns eventos emque participou recentemente.No âmbito do “Projecto Comenius”, o NID participou em duasreuniões, uma em Guimarães, onde, juntamente com colegasingleses e alemães, puderam visitar as instalações da <strong>Escola</strong><strong>Profissional</strong> Cenatex, parceira no projecto, e outra em Krumbach,na Alemanha. Durante a estadia na Alemanha, paralelamenteà reunião, o NID participou também no CampeonatoAlemão de Robótica, com vista ao apuramento para o Robo-Cup 2008. Para além do trabalho e competição, estas reuniões,promovem o convívio e a oportunidade de visitar diferentesregiões, desconhecidas para a maioria dos participantes.Durante alguns dias, Aveiro foi palco do Festival Nacional deRobótica (FNR), onde o NID participou com a maior comitivade sempre, num evento do género. Entre professores e alunos,de três pólos distintos da <strong>Escola</strong> <strong>Profissional</strong> <strong>Gustave</strong><strong>Eiffel</strong>, e um grupo de Alunos do Simpert-Kraemer-Gymnasiumde Krumbach, o número de participantes aproximousedos 50. Independentemente dos resultados, alcançadosem competição, este festival valeu pelo esforço, dedicação,alegria e desportivismo do grupo que, com determinação,enfrentou todas as provas, adversidades e contingênciascom que se deparou. Como exemplo, podem-se referir osseguintes acontecimentos:• Estreia, em competição, na prova de Salvamento, de umaequipa do pólo do Entroncamento da EPGE. Fruto da inexperiência,a equipa tinha um veículo maior que o permitidoem prova, tendo que proceder ao seu redimensionamento,em tempo recorde. Tendo em conta o sucedido, ainda assim,fez uma prova assinalável.• A outra equipa na prova de Salvamento, apesar dos problemasna primeira manga, conseguiu algo inédito, fazer


A NOSSA ESCOLA28 ENSINAR E APRENDERdois percursos completamente limpos, acumulando umadiferença de pontos significativa em relação ás outrasequipas.• Os participantes na Prova de Dança, trabalharam até aoúltimo minuto, no aperfeiçoamento técnico e coreográficoda prova.• Os alunos do curso de Multimédia, no decorrer do festival,realizaram um vídeo de banda desenhada, com tudodesenhado à mão.• As alunas do curso de Animador Sociocultural estiveramincansáveis, tanto no acompanhamento coreográfico dosrobôs, na Prova de Dança, como nos diversos momentosProjectos 2008> Desenvolvimento de nova placa de controlo;> Construção de 5 robôs, totalmente novos;> Participação em duas reuniões, no âmbito do projectoComenius:• 25 a 27 de Janeiro, em Guimarães• 10 a 17 de Março, em Krumbach, Alemanha> Preparação de 2 novos projectos Comenius (envolvendo12 escolas de 8 países);> Participação em demonstrações de robótica, noâmbito da rede europeia Hands on Science:• Expo Amadora• Braga> Participação no “Festival Nacional de Robótica 2008”(2 a 8 de Abril, em Aveiro);> 1ª Participação no concurso “Jovens Cientistas eInvestigadores”;> Elaboração de candidatura ao projecto Science onStage;> Participação na V conferência do HSCI;> Participação na “RoboCup 2008” (15 a 19 de Julho,em Suzhou, China).de animação de rua que protagonizaram ao longo do festival.Em simultâneo, estas alunas participaram também numevento com Sérgio Godinho, tendo que efectuar um périploentre Aveiro e Entroncamento.• Os alunos, do curso de Electrónica, não tiveram um minutode descanso, no aperfeiçoamento técnico das máquinas emprova.Desta forma decorreu o FNR 2008 onde, pelo trabalho deequipa efectuado na busca de soluções para todas as situações,se garantiu o apuramento para o RoboCup 2008, emduas provas distintas.Todos os elementos do NID e seus colaboradores, se congratulamcom o nível alcançado nas suas prestações mas,acima de tudo, pelo facto de todos terem a consciênciaque os resultados são importantes mas, que não devemser alcançados sem respeito pelo trabalho e dedicação decolegas e adversários.Nuno Maroco(tendo por base informações prestadas por Eduardo Pinto,Carlos Sousa e Susana Ferreira)Classificações 2008Campeonato Alemão Robótica:> 1.º Lugar, Prova DançaFestival Nacional Robótica:> 1.º Lugar, Prova Salvamento> 2.º Lugar, Prova Dança> 3.º Lugar, Prova Futebol> Menção Honrosa, Prova Dança, CategoriaCoreografia> Menção Honrosa, Prova Futebol, Categoria Construção(Sistema localização guarda redes)


NOTÍCIAS 29<strong>Escola</strong> Politécnica do HuamboA <strong>Escola</strong> Politécnica do Huambo( EPH) situada nas antigasinstalações do seminário menor, no Huambo, Angola foiinaugurada no dia 25 de Fevereiro de 2008, tendo estadopresentes o Vice Governador Agostinho N’Djaka em substituiçãodo Governador da província Eng. Paulo Cassomae várias entidades da província como sejam o representantedo arcebispo do Huambo, Director Provincial doPlano, Director Provincial da Educação, Director Provincialdo Ministério do Interior e uma centena de convidados. ACooptécnica <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong> tem uma participação nestaescola.As obras de reabilitação e apetrechamento, orçadas em 500000 dólares e sobre adjudicação directa a vários empreiteirose operários, foram efectuadas num tempo recordede 5 meses.O edifício conta com doze salas de aula, anfiteatro e sala deprofessores, uma cantina escolar e papelaria A estrutura funcionalestá de acordo com as normas e directivas do Ministérioda Educação em Angola, tendo um Director, um Subdirector(director pedagógico), um coordenador dos cursosdiurnos, um coordenador dos cursos nocturnos, uma áreaadministrativa e uma área de serviços de apoio.As aulas, que decorrem em períodos diurno e nocturno,tiverem início a 1 de Abril de 2008 para as 9.ª e 10.ª classese abarcam cursos da área técnica e administração e serviçose encontram-se matriculados mais de uma centena de alunos.A, ainda, pouca afluência de alunos deve-se ao começotardio das actividades, nos cursos técnico de informática,técnico de obra de construção civil, técnico de energia einstalações eléctricas, técnico de gestão e sistemas informáticose técnico de contabilidade e gestão.José MarcelinoDirector da <strong>Escola</strong>Entrega dos primeiros Diplomasdo Básico no CMENovas Oportunidades <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong>, Dra. Rute Mendonça.e respectivas responsáveis pelos níveis Básico e Secundário,bem como profissional de RVC e formadoras intervenientesno processo dos adultos hoje certificados. O Sr. Comandanteagradeceu ao Centro Novas Oportunidades <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong>,reconhecendo o mérito de toda a sua equipa, pelo seu bomdesempenho, manifestando o seu interesse e predisposiçãopara dar continuidade ao protocolo estabelecido.Parabéns aos primeiros candidatos do Centro Militar deElectrónica de Paço d’Arcos que receberam os seus diplomasno dia 23 de Abril, os quais comprovam a sua certificaçãode nível B3, equivalente ao 9º ano de escolaridade!A entrega teve lugar no auditório do Centro Militar de Electrónica,numa cerimónia oficial que contou com a presençado Sr. Comandante Santos Pinto, da Directora do CentroSeguiu-se uma visita ao Museu do Centro Militar de Electrónica,onde ressaltaram as afinidades entre o CME e a Cooptécnica,enquanto baluartes da tecnologia electrónica em Portugal,e depois um almoço nas próprias instalações do CME.O Centro Novas Oportunidades <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong> foi finalmentepresenteado com um galhardete e com uma medalha comemorativado dia e da acção desta parceria entre o CME e aCooptécnica.Cláudia ValeFormadora do CNO


30 A PALAVRA AOS ALUNOSVós professores, de Vós o SucessoEste trabalho foi elaborado no âmbito da disciplina de Portuguêse do estudo do texto argumentativo em que foi solicitadoaos alunos que redigissem um texto, dirigido aos professores,ao jeito de um sermão do Padre António Vieira. O mote lançado foi«Vós professores sois a esperança do país»Parte IProfessores, o que seria de Nós sem Vós? O que seria do paíssem o Vosso trabalho? O que seria do Mundo sem a Vossadedicação? Sem a Vossa devoção? Sem a Vossa aplicação?Como poderíamos Nós saber ler e escrever? Como poderíamosNós falar e interpretar bom Português? Como poderíamosNós somar e subtrair? Como poderíamos Nós multiplicare dividir? Como poderíamos Nós aprender o Inglês?Como poderíamos Nós perceber a filosofia da vida? Comopoderíamos Nós aprender uma profissão? Empregados deMesa, Taxistas, Contabilistas, Engenheiros, Doutores, Ministros,como poderiam exercer a profissão sem aprender bema lição? Como seria o Futuro sem Vós? É graças a figurascomo Vós que este país tem Futuro. É em Vós que muitosjovens buscam inspiração, motivação e ambição.Parte IIReparai! Se Vós sois uma equipa, então por onde devereicomeçar? Poderia começar por qualquer um de Vós, poissois todos tão fundamentais como o oxigénio que respiramos,ou a água que bebemos. Não querendo designarexemplos por hierarquia, muito menos por serem melhoresou piores, é bom realçar o que de bom existe em Vós efaz com que o Nosso Saber se desenvolva.O Eng.º Pedro Rodrigues transmite o seu conhecimento coma maior das satisfações. Dinâmico e Motivador, muito dificilmentedeixará alguém perder o comboio. Se tivesse umpapel na equipa, o de “Maestro” não lhe ficaria mal. As suasaulas são relaxantes e facilmente se aprende. Problemaspessoais nas suas aulas? Quem os tem? Muito dificilmentealguém pensará nisso.O papel de Coordenador de Curso assenta-lhe que nemuma luva: um fascinante trabalho de Gestão e Organizaçãoe, ainda, a sabedoria de toda a tecnologia digital e electrónicade um computador. Quando alguém falha, raro seráa culpa ser sua, pois a sua persistência evitará o fracasso.Assim é Jorge Pires.O charme, a elegância, a beleza de uma Professora que nãose deixa enganar. Quando se pinta uma boa professora, omais provável é sair um quadro do Picasso, porque quandose pensa numa boa professora, a imagem de uma velhaavarenta e sabedora é-nos logo projectada na mente. Masquem pensa assim, então que se prepare. A responsabilidadee devoção pelos “seus queridos” não é de desapontar.Simpatia, Emotividade e Perspicácia são alguns dos principaistraços que nos fascinam e nos faz manter o respeito. Aprofessora e Orientadora de Turma, Sofia Carreira, tem umaforma única de estar com os alunos. E sendo única é o quefaz com que ela seja boa naquilo que faz.Quando se fala de um companheiro, realça-se sempre a suadisponibilidade, a presença, a luta, a voz que nos chama àrazão. O Eng.º Luís Carvalho faz por manter o respeito, organização,mística e concentração. Tudo isto faz com que os


A PALAVRA AOS ALUNOS 31alunos mantenham uma certa linha no contexto da formação,com ideias claras, concisas e realistas.Com sabedoria e conhecimento, assim são dadas as aulaspelo experiente Paulo Ernesto. A mistura de Físico-Químicacom histórias interessantes, bom humor e grande culturageral são aulas onde mais podemos aprender, não só teóricae tecnicamente a matéria que é dada, mas também aexplicação de determinados fenómenos da natureza quesuscitam a nossa curiosidade.Aulas sofisticadas em que podemos explorar uma segundalíngua e onde a persistência da professora faz com que nosafastemos do insucesso, são leccionadas pela Dr.ª SusanaOliveira que, pela sua atitude nas aulas e nos seus debates,transmite outra apetência para a aprendizagem da segundalíngua.Mas quando se fala numa disciplina problemática, é impossívelnão responder: MATEMÁTICA. Quando pela frente temosuma professora como a Inês Vicente, podemos dizer queMatemática não tem que ser necessariamente sinónimo deProblema. Paciência extrema, dedicação, simpatia e disponibilidadesão os trunfos de uma professora em início decarreira, que tanto tem ajudado aqueles que mostram vontadeem triunfar.Parte IIIMas se existem exemplos de equipa, porquê ser apenasnuma escola? Porque é que estes professores têm a motivaçãoe devoção, quando são raros aqueles que se poderãogabar de assim o ser?Vós, professores, que escolhestes e lutastes por essa profissão,Vós professores que dedicais uma vida à formação dosjovens, Vós professores, que deveis ter princípios, se não ofizerdes por Vós, fazei-o por Nós. Se não o fazem por Nós,façam-no pelo emprego. Se não o fazem por esse emprego,façam-no pela Nação. Somos um país que muito necessitade Vós. Precisamos de pessoas bem formadas e se Vós maldizeisdo Governo, porque não pensais que a sua atitudederiva do que fora leccionado anteriormente a cada umdos seus membros? Não será de louvar tomar uma atitudepositiva e motivadora embora o pouco empenho dos alunos?Não será de louvar o facto de podermos vir a abrir umagarrafa de Champagne para brindar ao sucesso no futuro eestar a Vossa vocação presente neste sucesso? Porquê fazerparte da carruagem de um comboio, se o comboio podenascer dentro de cada um de Vós? A vossa atitude expandir-se-áe generalizar-se-á a toda a Nação. Se isso acontecer,não haverá Governo que Vos possa parar.Parte IVA todos aqueles professores que dedicam uma vida ao insucessoescolar, a todos aqueles professores orgulhosos queestragam a vida de alunos só por estes revelarem melhorescapacidades numa só área, a todos aqueles professores quejulgam um aluno pela cor, inteligência ou etnia, a todos osprofessores desmotivados e desinteressados por um futuromelhor: “BOA SORTE, TUDO DE BOM!”, pois este comboio desucesso que de algures partirá, não contará convosco.Parte VNão será necessário pensar que é impossível mudarem opaís, pois se um elemento motiva um grupo, então umgrupo motivará uma Nação. Por muito “chato” que possamparecer estas palavras, a paciência e a atitude aindamais positiva serão um dos factores-chave para o futurosorridente do nosso país.Se sabemos ser a “Cauda da Europa”, também saberemosser o “Cérebro da Europa”, ou até mesmo do Mundo.Nuno BarbosaAluno da turma 194Curso de Gestão de Equipamentos Informáticos


32 A PALAVRA AOS ALUNOSBullying – Violência <strong>Escola</strong>rQue prevenção?A psicologia e as ciências da educação têm vindo a desenvolverum conjunto de pesquisas em torno do conceitobullying.Bullying é o que se chama aos comportamentos destrutivoscomo a agressão física, verbal e emocional quase diária,que inclui insultos, discriminação, por vezes assaltos e problemasdisciplinares entre os professores e os alunos. EmPortugal bullying é mais conhecido como “abusar de colegas”,“vitimar”, “intimidar” e “violência na escola”, agressãosistemática e intencional entre pares.Os efeitos do bullying são vários, tais como baixa auto-estima,medos e fobias, pesadelos, rejeição da escola, insegurança,ansiedade, dificuldade de relacionamento interpessoal, dificuldadede concentração, depressão, doenças psicossomáticas,diminuição do rendimento escolar, dores de cabeçae de estômago, mudanças repentinas de humor, vómitos,urinar na cama, falta de apetite, choro e insónias.Os comportamentos de risco da maioria dos adolescentes,como o abandono escolar, o uso de álcool e drogas, actossuicidas e comportamentos delinquentes, estão relacionadosdirecta ou indirectamente com o facto de serem outerem sido sujeitos de bullying.Esta forma de violência passa na maior parte das vezes despercebidaaos olhos dos pais, dos professores e da sociedadeno geral. Ou seja a vítima pode até sofrer de maus-tratosdurante meses e até anos, sem que ninguém se aperceba.Depois acabam por ser descobertos, através dos danos dasagressões, como por exemplo os hematomas.Existem atitudes que os pais e os professores podem adoptar,caso queiram perceber se uma criança sofre de bullying.Por exemplo, se algum destes repararem que uma criançaé muitas vezes alvo de brincadeiras de mau gosto, se eletem alguma alcunha na escola e que tipo de alcunha é,se a criança se recusa a ir à escola e está sempre triste, senão tem muitos amigos e se não se sente à vontade comeles, se é muito sensível e reage de forma agressiva ou atémesmo a chorar.Um factor muito importante é preocupar-se caso aquelacriança tenha alguma característica na sua personalidade oufisionomia que a torna num alvo fácil, se de alguma formaesta foge aos padrões normativos de uma criança. Por exemplo,se sofre de obesidade ou se tem alguma dificuldadede expressão, se é gago ou tem algum tipo de tiques, se édemasiado calado e tímido ou muito falador, se tem necessidadeseducativas especiais ou deficiência, se este pertencea um grupo étnico ou racial diferente do da maioria, se érecém-chegado à escola e se ainda tem poucos amigos.Caso se aperceba que alguma criança que lhe seja próximaé realmente um alvo muito fácil e muito frágil, é semprebom procurar um psicólogo.Mais directamente para os professores é sobretudo fundamentalque estes criem um ambiente favorável à comunicaçãoentre alunos, professores e funcionários, acabandoassim com a conotação negativa das chamadas “queixinhas”e deste modo favorecer os pedidos de ajuda por parte dasvítimas. Os tempos-livres vividos pelas crianças e jovens naescola são efectivamente longos, o que deveria traduzir-sena prioridade de melhoramento dos espaços de recreio ena diversificação da oferta de práticas. Estas práticas constituemum mecanismo de prevenção das práticas agressivasdas crianças. Existem muitos defensores que consideramque é dentro do campo pedagógico que a violência podeser resolvida, ou pelo menos prevenida, dando importânciareduzida a medidas baseadas no uso do policiamento dentrodos limites da escola. A estratégia defendida é centradana promoção das competências sociais e na formação cívicae educativa dos alunos. As situações violentas resultam dafrustração dos alunos e traduzem-se em actos violentos porestes não serem capazes de lidar com o insucesso e sentirem-seagredidos durante o percurso escolar.Apesar de muitos indivíduos não conhecerem o conceito debullying e de não haver muita preocupação por parte dosencarregados, já existe algum trabalho a nível internacionalpara prevenir e solucionar estes casos. Para auxiliar osprofessores foi criada uma linha SOS Professor que prestaapoio psicológico, jurídico e psicopedagógico.Para se perceber melhor o conceito de bullying e as técnicaspara o combater, Allan L. Beane escreveu o livroA Sala de Aula Sem Bullying com mais de cem sugestõespara os professores ultrapassarem este problema.Mafalda Lima e Sara CardosoAlunas do 2.º anoCurso de Animador Sociocultural


A PALAVRA AOS ALUNOS 33PoesiasInconstanteFaz-me lutar, ter forçater coragem para chegar ao fim.Não cabe mais no meu peito!São águas passadas que se acumulamno meu coração,inundam o meu pensamentoe os meus olhos deixam cairlágrimas de sofrimento.Todos já o sentimos, infelizmente…A saudade do que passou,os anos que, por vezes,num segundopassam todos na nossa cabeça.Agora sorriu,vou mentindo a minha dor!E ao notar que eu sorritodo o mundo irá suporque sou feliz…Trovoadas e tempestades…brisas e gotas de orvalhoa calma e a fúria…Inconstante, assim é a natureza das coisas,assim é a natureza dos homens.Inconstante como o céu num dia de vendavalcom um constante tráfego de nuvens,nuvens negras e pesadas,nuvens brancas e passageiras,nuvens que tapam as estrelas e a Luae assombram noites onde piam corujase sopra o vento.Toda a natureza é inconstante:a metamorfose das borboletas,o silêncio antes das tempestades,dia estival em meados do Inverno…Inconstante como tu!Ana Ribeiro,Aluna da turma 223Curso de Técnico de Higiene e Segurança do Trabalho e AmbienteDaniel FerreiraAluno da turma 220Curso de Técnico de Construção Civil


34 INOVAÇÃO TECNOLÓGICAReabilitação de Abóbadano Mosteirode Santa Maria de AlcobaçaO presente estudo visa apresentar as metodologias deintervenção e os processos construtivos, na reabilitaçãode uma abóbada e elementos confinantes, existentes naAla Sul do Mosteiro de Alcobaça - “Galeria de ExposiçõesTemporárias”.A reabilitação da abóbada resultou de uma acção globalde reabilitação e requalificação das construções existentes,onde se conjugaram os processos de reabilitação e conservaçãode monumentos, com os novos processos de construçãoe novas tecnologias, onde se destacam as técnicasde restauro, contenção e consolidação de fachadas, estruturasmetálicas e estruturas em betão armado.As paredes apresentam fendilhações e desaprumo, com origemnas infiltrações da água através das coberturas e assentamentosdiferenciais ao nível das fundações.CORRECÇÃO DAS ANOMALIASE METODOLOGIAS DE INTERVENÇÃOE PROCESSOS CONSTRUTIVOSApós análise e identificação das anomalias, procedeu-se àsua correcção, de forma a reposicionar os elementos degradadose, em simultâneo, actuar preventivamente no sentidode retardar ou evitar o seu reaparecimento.IDENTIFICAÇÃO E CAUSAS DAS ANOMALIASABÓBADAA abóbada em estudo, apresenta anomalias ao nível estruturale de revestimentos, resultante da ausência de obras deconservação ao longo dos anos que, com a degradação dacobertura, originaram infiltrações de água, com ciclos consecutivosde molhagem/secagem, que alteraram as condiçõesde estabilidade de todo o conjunto.As infiltrações através do extradorso da abóbada, conjugadascom a degradação das paredes e arcos, originaram adeformação da abóbada, o aparecimento de fendas e fissurase a degradação de revestimentos.ARCO EXTERIOR (confinante com a abóbada)O arco exterior, confinante com a abóbada, apresenta deslocamentosverticais entre os elementos em pedra, resultantedos efeitos da degradação de abóbada, de degradaçãodas paredes de alvenaria de pedra confinantes e dasinfiltrações de água, por degradação da cobertura.PAREDES EM ALVENARIA DE PEDRAAs anomalias existentes nas paredes de alvenaria de pedra,resultante das infiltrações de água através da cobertura.Após os escoramentos, a abóbada foi confinada por umaviga em betão e vigas em HEB, por forma a melhorar as condiçõesde estabilidade na periferia e em simultâneo garantira colocação de uma cobertura em cobre em todo o edifício,de acordo com os projectos e empreitada em curso.Na reabilitação da abóbada optou-se pela colocação de doistirantes em inox (figuras 7 e 12) de forma a travar e estabilizarconjunto.O carrego da abóbada, elemento essencial ao equilíbrio,foi substituído por argila expandida e argamassa, deforma a contribuir para restabelecer as condições iniciaisde estabilidade.Para melhorar as condições de ligação entre a parede e aviga de bordadura em betão foram adicionados chumbadourosmetálicos, (figura 7) selados com injecção de grout,à parede de alvenaria de pedra.Na restante bordadura do edifício optou-se pela colocaçãode vigas metálicas HEB (figura 7) face ao reduzido espaço,existente entre a cota superior dos arcos de pedra e a cotainferior da base da cobertura de cobre.A parede de alvenaria em pedra foi reabilitada com recursoa rebocos armados, pregagens e reforços ao nível das fundaçõescom microestacas.


INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 37Figura 12Pormenor do tirante em inox, ancorado pelo exteriorà viga metálica e viga em betão (fig. 7).Figura 15A abóbada após a aplicação da argamassa“D. Fradique foi pintada com tinta à basede silicatos, constituindo um conjuntode continuidade, compatível e de elevadaduração. Arco reposicionadocom tratamento de juntas e pedra.Figura 13Reforço do cunhal da parede de alvenaria com recursoa metal distendido e pregagens com Ø 6mm afastadas0.50m, em quicôncio, selados com grout.Figura 16Tratamento de juntas com argamassas de restauronão retrácteis compatíveis com a pedra.Figura 14Reboco da abóbada com recurso a argamassa “D. Fradique”,constituída por mistura de cal areia do rio, areia amarelade Corroios e gordura vegetal (proveniente de prensagensde borras de azeite).Figura 17Aspecto final do conjunto, após as operaçõesde consolidação e restauro.Projectista Arquitectura: Gonçalo Sousa Byrne G.B.ARQUITECTOS Lda.Projectista Estabilidade: A2P CONSULT - Estudos e Projectos, Lda.Fiscalização: ÁZIMO - Consultoria e Fiscalização, Lda.Empreiteiro: TEIXEIRA DUARTE, S.A.Eng. º José Manuel Mendes DelgadoEng.ª Isabel M.ª Matoso Rita Morgado


38 OPINIÃOO canto das sereiasPorfírio Silva“… ser capaz de pensar em conjunto; pensar antesde agir, mas não fugir aos desafios. Fazendo assimpodemos singrar sem cair na armadilha do cantodas sereias.”Homero foi um grande poeta grego da antiguidade (séculoVIII a.C.) que terá sido o autor de grandes obras como aIlíada (em que avultam narrativas de batalhas, episódiosda guerra de Tróia) e A Odisseia (narrativas da vida doméstica,de viagens e de aventuras maravilhosas). As obras deHomero, que representam uma parte importante do legadocultural ocidental, podem ter sido escritas realmente por umautor único ou serem o resultado de um processo de criaçãocolectiva. Em qualquer dos casos, os seus episódios têmsido fonte de muitas interrogações que ainda são pertinentes.Vamos hoje comentar um desses episódios.Homero, no Canto XII da Odisseia, apresenta o episódio docanto das Sereias. As Sereias, na sua ilha, atraíam com umcanto irresistível os marinheiros que navegavam ao largo,que assim se deixavam conduzir a uma armadilha mortal.Ulisses, a certo ponto das suas viagens, uma vez que se aprestavaa passar perto de local onde actuavam as Sereias, corriao risco de cair na armadilha. Circe, uma das muitas e variadasdeusas gregas, intervém avisando Ulisses do estratagema dasSereias. Ulisses, de sobreaviso, compreende que também elee os seus companheiros não resistiriam à tentação e preparasepara a ocasião. Podia simplesmente fugir à situação, masna verdade a sua curiosidade não o deixava perder tal experiênciaúnica. Então o que fez? Explicou a situação à tripulaçãoda sua embarcação, tapou com cera os ouvidos dos seusmarinheiros antes de se aproximarem da zona de perigo, eordenou-lhes que o amarrassem ao mastro do navio e queo prendessem ainda com mais cordas quando ele pedissepara o soltarem. E assim aconteceu e todos seguiram o seucaminho sem caírem na armadilha das Sereias.Ulisses não expôs os seus companheiros à tentação e garantiuque ele próprio, concedendo-se a oportunidade deexperimentar a situação, seria impedido nessa ocasião detomar a má decisão que nesse momento haveria de querertomar: aceder ao armadilhado convite das Sereias. E assimse fez, conseguindo todos evitar o perigo, enfrentando-oem vez de lhe fugir.Diz-se que Ulisses procedeu a uma distribuição do processode decisão. O que quer isto dizer? Quer dizer que, em vezde tomar uma decisão apenas no exacto momento em quea dificuldade se apresentasse, fez com que várias decisõesfossem tomadas em momentos diferentes por várias pessoas,de tal modo que, no conjunto, todos estavam preparadosde maneiras adequadas ao seu papel (e de maneirasdiferentes: ele estava de ouvidos abertos, eles de ouvidostapados) e todos juntos enfrentaram com sucesso asituação. O próprio Ulisses elaborou e decidiu elaborar oplano. Mas partilhou-o com os seus companheiros de aventurae combinou antecipadamente o que fazer em determinadascircunstâncias. E eles, quando chegou o momento,estavam preparados para fazer o que era conveniente: normalmenteos marinheiros obedeceriam ao seu comandante,mas daquela vez sabiam que não lhe deviam obedecer (nãoo libertar quando ele mandasse, porque ele estava sob ainfluência maléfica das sereias). E tudo voltou ao normalquando o perigo passou. Assim, Ulisses revelou uma competênciasofisticada para, com antecipação, tornar evitávelo que de outro modo (e para os que assim não procedessem)era uma inevitabilidade.Esta é a condição de uma boa vida em sociedade: recolherinformação sobre o que aí vem, em vez de improvisar;contar com os outros, não agirmos como se fossemoscapazes de fazer tudo sozinhos, fazer a parte que nostoca no empreendimento colectivo; ser capaz de pensarem conjunto; pensar antes de agir, mas não fugiraos desafios. Fazendo assim podemos singrar sem cairna armadilha do canto das sereias.Parece fácil? Mas vemos tanta gente por aí que faz tudo aocontrário disto…


SAÚDE E BEM-ESTAR 39Dietas loucas até ao VerãoO emagrecimento rápido de 10 a 15 quilogramasaté ao Verão, que é planeado em Janeiroe só em Maio começa a ser executado, é puro milagre.Quando se aproxima o tempo da praia, a “corrida” às dietasloucas com o desejo de um emagrecimento rápido é “fruto”de uma época que bem conhecemos. Deixar tudo para aúltima hora, faz parte de uma mentalidade pouco evoluídaque não prevê, a longo prazo, um trabalho duradouropara que as coisas sejam feitas com a sensatez necessáriae, não à pressa, ou à espera de um milagre. Surge assim,a conotação de “magreza” com beleza, sucesso, controlo,aceitação e competência. As mulheres são particularmentepressionadas a restringir os bons hábitos alimentares parase aproximarem da imagem padronizada de formosura. Asolução passa, frequentemente, por adoptar dietas inadequadas,passar fome, usar laxantes ou, no extremo, provocaro vómito, para atingir o ideal de beleza. Por isso, convémelucidar e alertar as pessoas e, sobretudo, os mais jovens,que vivem num stress diário e prolongado.O emagrecimento rápido de 10 a 15 quilogramas até aoVerão, que é planeado em Janeiro e só em Maio começaa ser executado, é puro milagre. Alerta Vermelho, porque,por vezes, até passa por publicidade enganosa em que seoferece a consulta (de 5 minutos) mas que acaba por serpaga indirectamente pelos produtos “milagrosos” que sãoreceitados, por vezes duvidosos quanto à sua eficiência, eprincipalmente, quanto aos seus benefícios (prejuízos) paraa saúde, porque “depressa e bem, há pouco e quem”, e “maisvale prevenir do que remediar”.Uma consulta de emagrecimento tem um tempo estimadoentre uma a duas horas, porque é preciso saber o que éque as pessoas gostam de comer, se são alérgicas a algumalimento, se têm alguma doença, os seus hábitos alimentares,etc. O processo tem que ser feito com rigor, porquecada um tem as suas especificidades e, por essa razão, nãohá dietas iguais.Esta não é uma mensagem agradável para os adeptos dasdietas milagrosas e de última hora. O emagrecimento rápidonão existe e por vezes é apenas uma ilusão da balança. Realmente,para que haja um emagrecimento efectivo, ou seja,perda de massa gorda, o processo leva algum tempo, não éde um dia para o outro, porque o nosso organismo tem ummetabolismo basal com um determinado comportamento,que pode ser influenciado através de um programa de emagrecimentosaudável e controlado, de modo a provocar umadiminuição da referida massa gorda.Por vezes, algumas dietas da moda (dieta da maçã, do ananás,da sopa e sem hidratos de carbono) nos 2 a 3 dias apóso seu início estimulam uma perda de água que erradamenteleva as pessoas a concluir que estão a emagrecer porquerealmente acusa na balança um valor de peso mais baixo.No entanto, isto é apenas consequência de uma adaptaçãodo organismo a uma ingestão estranha de alguns nutrientesporque, depois, quando tudo estiver equilibrado vaiser mais complicado comer “normalmente”. Algumas destasdietas podem trazer graves problemas para a saúde,quando seguidas por longos períodos. Emagrecer não é sóperder peso e muito menos enfraquecer.Assim, o recomendado é seguir os programas e métodosde emagrecimento cientificamente comprovados, indicadospor profissionais credenciados, aliados ao exercício físico eà aprendizagem da prática diária de uma alimentação saudávelque além de potenciar a perda de peso, diminui, também,os riscos de doenças cardiovasculares.Isabel CardosoNutricionista


40 INTERNET / LIVROSPNETmulher e PNEThomem(www.pnetmulher.pt e www.pnethomem.pt)Estes dois sites são mantidos com as crónicas de sete mulheres e de sete homensque escrevem regularmente textos de opinião, dando também sugestões culturaise de lazer.Pela qualidade de projectos anteriores dos cronistas, que eu já conhecia, e pelostextos já publicados aqui, por conhecidos e desconhecidos, julgo serem sites deleitura interessante e agradável, tanto para homens como para mulheres, que nãose devem cingir ao site referente ao seu género (sexual)!Os RetornadosJúlio MagalhãesNuma altura em que Angola está definitivamente a regressar ao nosso quotidiano,falo-vos de dois livros que através de histórias de amor, recheadas de aventura, nosfazem o enquadramento histórico do que foram os últimos tempos em Angola,enquanto colónia portuguesa a caminho da independência.Em Os Retornados – Um Amor Nunca se Esquece, o primeiro romance de JúlioMagalhães, é através de uma hospedeira, ao serviço da maior ponte aérea jamaisprotagonizada por portugueses, que a história nos é contada.O Último Ano em LuandaTiago RebeloEm O Último Ano em Luanda, o mais recente romance de Tiago Rebelo, somos conduzidosna história através do dia-a-dia de um casal na tentativa de fazer frente aocaos com que se vão deparando.Em ambos os livros, somos confrontados com a realidade daqueles que tiveram queabandonar toda uma vida, e embarcar rumo ao desconhecido, para uma país ondenão eram bem-vindos nem tinham perspectivas de recuperar aquilo que tinham sido“obrigados” a abandonar.Apesar de nos falarem de um mesmo acontecimento, a descolonização de Angola,ao abordarem o assunto de maneiras diferentes, estes dois livros complementam-seno seu conteúdo histórico e individualmente, enquanto romances, ficcionam históriascontagiantes, baseadas em acontecimentos verídicos.Penso que se são dois romances que nos prendem na sua leitura, permitindo-nosconhecer ou reviver fielmente acontecimentos de grande importância na história donosso país.Nuno Maroco


OFERTA FORMATIVA 41Formação à MedidaOrganizamos soluções de formação paraempresas à medida das necessidades• Comunicação e Relações Interpessoais• Liderança e Gestão de Equipas• Excelência no Posto de Trabalho• Técnicas de Procura Activa de Emprego• Balanço de Competências• Desenvolvimento de CompetênciasSistema AprendizagemFormação Inicial ou de Aperfeiçoamento• Técnico de Contabilidade• Assistente Comercial Bancário• Técnico de SegurosCertificado MICROSOFT *Administração de Redes e Suporteao Sistema Operativo• MCSA – Microsoft Certified System Administrator• MCSE – Microsoft Certified System EngeneerDesenvolvimento e Manutençãode Software• MCAD – Microsoft Certified Application Developer* no âmbito do programa It Academy• 4.º ano• 6.º ano• 9.º ano• SecundárioCursos de Nível IIEducação e Formação de Jovens• Práticas Técnico-Comerciais• Práticas Administrativas• Acção Educativa• Electricidade de Instalações• Instalação e Reparação de Computadores• Desenho Assistido por ComputadorProcesso deReconhecimento,Validação e Certificaçãode Competências - RVCCCursos de Nível III(pós - 9.º ano)Ensino <strong>Profissional</strong>Construção Civil e Engenharia Civil• Técnico de Construção Civil- Condutor de Obra- Desenhador- Medidor-Orçamentista- TopógrafoCiências Informáticas• Técnico de Gestão de EquipamentosInformáticos• Técnico de Gestão e Programação deSistemas InformáticosElectrónica e Automação• Técnico de Electrónica, Automação eComando• Técnico de Mecatrónica• Técnico de Electrónica, Automação eComputadoresElectricidade e Energia• Técnico de Energias Renováveis• Técnico de Instalações EléctricasTrabalho Social e Orientação• Animador SocioculturalServiço de Apoio a Crianças e Jovens• Técnico de Apoio à InfânciaDesign• Técnico de DesignGestão e Administração• Técnico de GestãoAudiovisuais e Produção dos Media• Técnico de Multimédia• Técnico de Desenho Digital 3 D• Técnico de Animação 2 D e 3 DMarketing e Publicidade• Técnico de Comunicação – Marketing,Relações públicas e Publicidade• Técnico de Organização de EventosServiço de Transportes• Técnico de TransportesContabilidade e Fiscalidade• Técnico de ContabilidadeSegurança e Higiene no Trabalho• Técnico de Higiene e Segurança doTrabalho e AmbienteCursos de EspecializaçãoTecnológica• Gestão de Redes e Sistemas Informáticos• Planeamento e Coordenação de ObraCAP – Certificadosde Aptidão <strong>Profissional</strong>Formação de Formadores• Inicial (96 h)• Contínua (60 h)Sector do Transporte em Táxi• Tipo I (550 h)• Tipo II (200 h)• Actualização (24 h) e Aperfeiçoamento (30 h)(homologado pela Direcção Geral Transportes Terrestres)Segurança e Higiene do Trabalho• Coordenador de Segurança na Construção(200 h) *• Técnico Superior de Segurança e Higienedo Trabalho (540 h)• Técnico de Segurança e Higiene doTrabalho (1200 h)* a aguardar legislação de enquadramentoConstrução Civil• Técnico de Obra• Técnico de Topografia• Técnico de Medições e Orçamentos• Técnico de Desenho de Construção CivilEducação e Formaçãode Adultos• Técnicas de Acção Educativa• Técnicas Administrativas• Geriatria• Topografia• Segurança e Higiene no Trabalho• Técnicas Comerciais• Instalação e Gestão de Redes Informáticas• EFA – <strong>Escola</strong>r• Técnico de Informática e ComunicaçãoMultimédia• Técnicas de Organização de Eventos• Desenvolvimento de AplicaçõesInformáticas• Técnico de Marketing• Técnicas de Apoio à Gestão• Instalação e Manutenção de SistemasInformáticos• Técnicas de Venda• Técnico de Desenho de Construção CivilFormações ModularesCertificadas• Gestão e Administração• Construção Civil e Engenharia Civil• Ciências Informáticas


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