11.07.2015 Views

Direito à Memória e à Verdade - DHnet

Direito à Memória e à Verdade - DHnet

Direito à Memória e à Verdade - DHnet

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADEALVINO FERREIRA FELIPE (1921-1963)Número do processo: 130/04Filiação: Maria do Patrocínio Silva e Antônio FelipeData e local de nascimento: 27/12/1921, Ferros (MG)Organização política ou atividade: não definidaData e local da morte: 07/10/1963, Ipatinga (MG)Relator: Belisário dos Santos Jr.Deferido em: 26/10/2004 por unanimidadeData da publicação no DOU: 29/10/2004Alvino morreu em decorrência de ferimentos causados por disparos de arma de fogo. Segundo relato da filha Maria da Conceição GomesFelipe, Alvino fazia um tratamento de saúde devido a um acidente em que foi atingido pela roda do caminhão que transportava operáriospara o trabalho. Naquele dia de 1963, ele se dirigia à sede do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários (IAPI), em Acesita,para se submeter a uma perícia médica. Ao passar nas imediações do conflito, foi atingido por uma bala que perfurou seu crânio na regiãooccipital. Morreu antes de ser socorrido. O corpo foi levado para o escritório central da Usiminas e depois encaminhado à família.Funcionário da empreiteira A.D. Cavalcanti, Alvino foi tido pelas autoridades como indigente, por causa das roupas que usava, um paletómuito simples, diferente do uniforme dos colegas. Porém, um funcionário da usina reconheceu o corpo na sala da empresa e avisou a família.Maria da Conceição soube que o pai, a caminho do IAPI, chegou a ser avisado da greve na portaria da Usiminas. Segundo ela, ele nãoacreditou no que estava acontecendo e continuou a caminhar em direção ao escritório central, onde foi atingido pelo tiro. O legista HercílioCosta Lage assinou o óbito, atestando “hemorragia interna devido a ferimento penetrante no crânio, por projétil de armas de fogo”.ANTÔNIO JOSÉ DOS REIS (1925-1963)Número do processo: 120/04Filiação: Almerinda Antônio dos Reis e Manoel Celestino dos ReisData e local de nascimento: 15/12/1925, Mantena (MG)Organização política ou atividade: não definidaData e local da morte: 07/10/1963, Ipatinga (MG)Relator: Belisário dos Santos JúniorDeferido em: 26/10/2004 por unanimidadeData da publicação no DOU: 29/10/2004No laudo da necropsia de Antônio José dos Reis, assinado pelo legista Hercílio da Costa Lage, está escrito: “fratura na base do crânio devidoa projétil de arma de fogo”. Ele trabalhava na Convap, empresa de construção civil, há dois meses. Naquele dia, havia saído de casa nohorário de costume, quatro da manhã, para pegar a condução. A esposa, Tereza Gomes, acordou com o chamado do sogro, que a avisoudos graves acontecimentos na portaria da Usiminas. No primeiro momento ninguém se preocupou, pois Antônio José certamente já estariadentro da empresa. Ao final do dia, Tereza percebeu que ele demorava demais para chegar em casa. Ficou então sabendo da morte do maridopor meio de um colega de serviço, Irineu, presente no local na hora dos tiros.| 52 |

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!