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Direito à Memória e à Verdade - DHnet

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COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOSCasos enviados paraa Comissão de AnistiaONOFRE ILHA DORNELLES (1918 – 1964)Número do processo: 070/02Filiação: Celina Cândida Dornelles e Vicente de Paula DornellesData e local de nascimento: 21/07/1918, São Pedro do Sul (RS)Organização política ou atividade: sindicalista ferroviárioData e local da morte: 28/12/1964, Santa Maria (RS)Marieta da Silva Dornelles, viúva de Onofre, e seus filhos Volnei eVilnei, através de seus procuradores, requereram simultaneamente,num mesmo ofício ao Ministro da Justiça e ao presidente da CE-MDP, a revisão do valor da pensão recebida por Marieta.Onofre foi ferroviário por 26 anos, sendo funcionário da ViaçãoFérrea do Estado do Rio Grande do Sul e militante do PTB. Foipresidente da União dos Ferroviários Gaúchos e, por sua atividadepolítica e sindical, foi preso várias vezes a partir de abril de 1964 ecassado por força do primeiro Ato Institucional.De abril a outubro de 1964, esteve preso em vários quartéis deSanta Maria (RS), dentre os quais o 7º Regimento de Infantariae Batalhão de Carros de Combate Leves. Como decorrência dastorturas e das condições de prisão, teve sua saúde abalada, sendolibertado em outubro, após pressão dos seus companheiros de prisão,vindo a morrer na Santa Casa da cidade em 28/12/1964.Foram seus companheiros de prisão o advogado gaúcho AdelmoSimas Genro, pai do ministro da Justiça Tarso Genro, e Izidoro LimaGarcia, que atestaram a veracidade dos fatos relatados em requerimentoapresentado por Marieta à Comissão de Indenização dosPresos Políticos do Rio Grande do Sul. Naquele colegiado, entretanto,o pedido foi indeferido, assim como o de Adelmo Simas Genro,por terem ambos permanecido sob guarda de agentes e órgãosfederais, e não estaduais como previa a lei estadual 11.042/97.Na CEMDP o processo não chegou a ser analisado no mérito, sendoencaminhado administrativamente à Comissão de Anistia em28/01/2003.DIÓGENES DE ARRUDA CÂMARA (1914-1979)Número do processo: 022/02Data e local de nascimento: 23/12/1914, Afogados da Ingazeira (PE)Filiação: Júlia Lopes Câmara e José Bezerra CâmaraOrganização política ou atividade: PCdoBData e local da morte: 25/11/1979, São Paulo (SP)Enviado para a Comissão de Anistia em: 30/09/2003Pernambucano de Afogados da Ingazeira, o mais velho de umafamília de 16 filhos, Diógenes iniciou os estudos na cidade de Pesqueira,transferindo-se, em seguida, para o Colégio Padre Félix, emRecife. Estreou nas lutas políticas como secundarista, participandodas manifestações de rua que agitaram Recife após a Revoluçãode 1930.Ingressou no Partido Comunista em 1934. Perseguido em Pernambucopor apoiar o levante da Aliança Nacional Libertadora,de 1935, transferiu-se para a Universidade Federal da Bahia, ondeconcluiu seus estudos superiores, formando-se engenheiro-agrônomo.Atuou no Movimento Estudantil, sendo dirigente do DiretórioAcadêmico, da União dos Estudantes da Bahia e do DiretórioEstadual da União Democrática dos Estudantes.No Partido Comunista, foi editor da revista Problemas. Durante oEstado Novo, viveu por três anos na Argentina. Serviu de elementode ligação entre grupos distintos do partido, que terminaram seaglutinando em torno de Luis Carlos Prestes, durante a Conferênciada Mantiqueira, realizada, clandestinamente, em 1943, na qualfoi eleito membro do Comitê Central. Na trilogia de Jorge Amado,Subterrâneos da Liberdade, Diógenes corresponde ao personagemVitor, que desempenha papel central na máquina clandestina dopartido.Em 1947 foi eleito deputado federal por São Paulo na legenda doPartido Social Progressista (PSP), escapando, assim, da cassaçãode mandatos que se seguiria ao cancelamento do registro do PCB.Durante os anos 50 era visto no partido como peça-chave no controleda vida partidária, só suplantado em importância por LuísCarlos Prestes.| 461 |

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