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Direito à Memória e à Verdade - DHnet

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COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOSMorreu em Porto Alegre (RS), no dia 08/02/1973, antes de completar18 anos, como resultado das torturas sofridas no DOPS gaúchodesde que preso naquele órgão de segurança nove dias antes.Não obstante o clima de terror ditatorial que envolvia o Brasil nesseperíodo do governo Médici, a Assembléia Legislativa daqueleestado conseguiu instalar uma CPI que elucidou o episódio. LuizAlberto era quase um filho adotivo do delegado Pedro Seelig, quedeterminou sua prisão “para levar um susto”. Submetido a espanca-mentos e afogamento, o jovem foi internado no Hospital Partenonalguns dias depois, vindo a falecer. O delegado Seelig já tinha sidoacusado, várias vezes, de torturar presos políticos. A CPI apontoucomo autores do homicídio, ou cúmplices: Pedro Seelig, EnerinoDaitx, Itacy Vicente Murliki de Oliveira, Henio Melich Coelho, NiloHervelha, João Cezar Vargas e Omar Gilgerto Buede Fernandes.Na CEMDP, o processo foi indeferido pelo fato de o requerimentoter sido apresentado fora do prazo legal.MANOEL BEZERRA SOBRINHO (1942 – 1973)Número do processo: 141/04Data e local de nascimento: 11/10/1942, Águas Belas (PE)Filiação: Maria Tenório de Albuquerque e José Bezerra de AlbuquerquePreacóOrganização política ou atividade: não definidaData e local da morte: 10/06/1973, Águas Belas (PE)Relator: Maria Eliane Menezes de FariasIndeferido em: 02/02/2006Trabalhou no Banco de Boston, em São Paulo, e na Folha de S.Paulo. O requerimento informa também que Manoel declarou sersocialista e que havia sido preso por 10 meses, sendo submetidoa torturas. De volta a Pernambuco, seu estado de origem, praticouum atentado contra a Rádio Difusora de Guaranhuns, naqueleestado. Foi preso e internado em um manicômio. Fugiu em 1973,indo trabalhar em um sítio da família, onde cometeu suicídio nomesmo ano. O caso foi indeferido na CEMDP por falta de provas desua militância política ou de que a morte tenha sido causada poragentes do Estado.ANTÔNIO HERNANDES (1922 – 1974)Número do processo: 305/96Data e local de nascimento: 21/12/1922, Limeira (SP)Filiação: Maria Thomé e Tiburcio ErnandezOrganização política ou atividade: trabalhador ruralData e local do desaparecimento: 23/01/1974, São Paulo (SP)Relator: João Grandino RodasIndeferido em: 17/10/1996Hernandes era diretor de uma Associação dos Lavradores eTrabalhadores Rurais de São Paulo, em 1963, segundo um documentodo DOPS/SP anexado ao processo formado junto àCEMDP. Não foi apresentada, no entanto, nenhuma prova, ouqualquer outro documento que traga informações sobre seu desaparecimento,ou atestando que o eventual desaparecimentoteve motivação política. A falta de documentação fez com quea CEMDP indeferisse o processo.CARLOS LIMA AVELINE – (1913 – 1974)Número do processo: 322/96Data e local de nascimento: 28/04/1913, Rio Pardo (RS)Filiação: Jovelina de Lima e Alfredo AvelineOrganização política ou atividade: PCBData e local da morte: 17/03/1974, BahiaRelator: Oswaldo Pereira GomesIndeferido em: 01/08/1996Segundo informações da sua viúva, Thalita, ela e o marido, o advogadoligado ao PCB Carlos Lima Aveline, foram perseguidos poragentes da ditadura militar, fato que levou Aveline, ainda em 1964,a viver na clandestinidade em São Paulo. Na capital paulista, elefoi preso pelo DOPS em 1969, junto com esse filho de 16 anos. Segundoinformações da família, ficou de 16/01/1969 a 04/02/1969sendo torturado na frente do filho. Libertado, continuou vivendona clandestinidade até ser morto na Bahia, em circunstâncias nãoesclarecidas, sendo enterrado com nome falso, como indigente. Oprocesso foi indeferido na CEMDP por não haver comprovação damorte ou desaparecimento de Carlos.JOÃO FERREIRA DE MACEDOSOBRINHO (1917 – 1974)Número do processo: 037/02Data e local de nascimento: 16/05/1917, Caicó (RN)Filiação: Joana Jovelina de Macedo e Julião Ferreira de MacedoOrganização política ou atividade: sindicalistaData e local da morte: 03/04/1974, Natal (RN)Relator: Belisário dos Santos JúniorIndeferido em: 22/04/2004João Ferreira foi líder sindical do Sindicato dos Trabalhadores da Indústriade Calçados em Natal (RN) durante o período do Golpe de Estado quederrubou o presidente João Goulart e faleceu quase dez anos após a sualibertação da prisão, onde foi torturado. O relator do processo entendeu,no entanto, que não restou provada, através de documentos ou provastestemunhais, haver ligação entre a prisão e a morte de Ferreira.| 455 |

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