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Direito à Memória e à Verdade - DHnet

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COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOSOutros casos indeferidosANTÔNIO BENEDITO CORDEIRO ( ? – 1939)Nº do processo: 351/96Data e local de nascimento: não informadosFiliação: Antônio Benedito CordeiroOrganização política ou atividade: não definidaData e local da morte: 14/3/1939, em Londrina (PR)Relator: Oswaldo Pereira GomesIndeferido em: 17/10/1996, por unanimidadeNão obstante inúmeras tentativas realizadas pela Comissão Especialpara obter mais informações a respeito dessa pessoa, quesegundo a petição apresentada por uma neta, de São Roque(SP), teria sido morta em Londrina, em 14 de março de 1939,não foi possível sequer comprovar qualquer atividade políticade Antônio Benedito ou que tenha sido morto sob responsabilidadede agentes do Estado.De qualquer modo, o indeferimento já se imporia pela data mencionadade seu óbito, completamente fora do prazo definido pela Lei nº9.140/95. Sendo extremamente precárias as informações apresentadasno requerimento inicial, a CEMDP não teve condições de verificar,por interesse de registro histórico, se, eventualmente, Antônio BeneditoCordeiro teria sido alguma vítima da outra ditadura que afligiu oBrasil no século 20, a de Getúlio Vargas, entre 1937 e 1945.ARI LOPES DE MACEDO (1943-1963)Número do processo: 146/96Filiação: Zuíla Lopes de Macedo e Raul Lima de MacedoData e local de nascimento: 2/1/1943, Manaus (AM)Organização política ou atividade: não definidaData e local da morte: 22/2/1963, Brasília (DF)Relator: Oswaldo Pereira GomesIndeferido em: 27/8/1996, por unanimidadeDe acordo com o requerimento apresentado pela família à CEMDP,o estudante Ari Lopes Macedo teria sido preso em Belém, no dia22/2/1963 e levado para as dependências do 26º BC. Após váriosdias de buscas, receberam telefonema da Polícia Federal de Brasíliainformando sobre a morte de Ari, por suicídio. Constataram, também,que o Laudo de Exame Necroscópico assinado pelos legistasJosé Maria de Souza e Raimundo Reis de Carvalho, descrevia inúmerasequimoses, escoriações e marcas nas unhas, não eliminandoa hipótese de serem marcas de sevícias.O caso foi levado, na época, à Assembléia Legislativa do Pará, ondeo líder do PSD denunciou o ocorrido e propôs a abertura de inquéritopara investigar o caso e apurar a possível responsabilidade daPolícia Federal nessa morte.O caso foi indeferido pela CEMDP por inexistir qualquer prova, nos autos,de militância política do estudante. Em seu voto, o relator realçapossíveis incongruências da petição dos familiares: “Ari Lopes Macedo”teria sido preso pela Polícia Federal, em 22 de fevereiro de 1963, nacidade de Belém, Pará, no 26º Batalhão de Caçadores.ABDON DA SILVA SANTOS (1913 - 1964)Número do processo: 103/03Filiação: Florentina da Silva Santos e João Silvestre SantosData e local de nascimento: 1926, em Santo Antônio (BA)Organização política ou atividade: sindicalistaData e local do desaparecimento: 1964, Porto Alegre (RS)Relator: Maria Eliane Menezes de FariasIndeferido em: 2/2/2006Ivelise Ângela Soares Santos, filha de Abdon da Silva Santos, foiquem requereu à CEMDP o reconhecimento do pai como desaparecidopolítico. No entanto, o pedido foi indeferido pela inexistênciade documentação comprobatória dos fatos relatados. A CEMDPnão teve êxito nas investigações nos diferentes órgãos públicos,inclusive a ABIN. Segundo a requerente, sua mãe, Antonieta DionísiaSoares Santos, teria lhe contado que a última vez que viu seupai foi na cidade de Porto Alegre, um mês antes da deposição dopresidente da República, João Goulart. Na ocasião, Santos se mostroubastante preocupado com os rumos políticos do País e teriaprevisto a reação dos militares golpistas. Em conseqüência disso,teria recomendado que a esposa fosse para a Bahia e ficasse juntocom os familiares. Antonieta foi e nunca mais viu Santos.Sobre Abdon da Silva Santos há poucas informações. Ele se casoucom Antonieta Dionísia Soares Santos, em 18/4/1959, quando estariacom 33 anos de idade. Teria nascido no ano de 1926, em SantoAntônio, no Estado da Bahia, filho de Florentina da Silva Santos ede João Silvestre Santos. Era funcionário da Marinha Mercante doBrasil e, pelo engajamento político, passou a integrar o Sindicatodos Marítimos da Companhia, elegendo-se Delegado Sindical. Estefato o teria aproximado do presidente da República, João Goulart,com quem passou a ter contatos freqüentes.| 443 |

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