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Direito à Memória e à Verdade - DHnet

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DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADELÍGIA MARIA SALGADO NÓBREGA (1947-1972)Número do processo: 198/96Filiação: Naly Ruth Salgado Nóbrega e Gorgônio NóbregaData e local de nascimento: 30/07/1947, Natal (RN)Organização política ou atividade: VAR-PalmaresData e local da morte: 29/03/1972, no Rio de Janeiro (RJ)Relator: João Grandino RodasDeferido em: 14/05/1996 por unanimidadeData da publicação no DOU: 17/05/1996MARIA REGINA LOBO LEITE DE FIGUEIREDO (1938-1972)Número do processo: 117/96Filiação: Cecília Lisbôa Lobo e Álvaro Lobo Leite PereiraData e local de nascimento: 05/06/1938, Rio de Janeiro (RJ)Organização política ou atividade: VAR-PalmaresData e local da morte: 29/03/1972, Rio de JaneiroRelator: João Grandino RodasDeferido em: 29/02/1996 por unanimidadeData da publicação no DOU: 06/03/1996WILTON FERREIRA ( ? -1972)Número do processo: 080/02Filiação: Maria Ferreira DiasData e local de nascimento: não constam no processoOrganização política ou atividade: VAR-PalmaresData e local da morte: 30/03/1972, no Rio de Janeiro (RJ)Extinto sem julgamento em 08/12/2005Esses quatros militantes da VAR-Palmares foram mortos no Rio de Janeiro em 29/03/1972, em circunstâncias até hoje não esclarecidas,ficando o episódio registrado como “Chacina de Quintino”. A versão dos órgãos de segurança só foi divulgada uma semana depois, em06/04/1972. A manchete dos jornais informava que nove militantes teriam se entrincheirado na casa 72, na Avenida Suburbana, nº 8695,bairro de Quintino, naquela data, tendo três deles morrido no local (Antônio Marcos, Lígia Maria e Maria Regina), enquanto os demaisteriam conseguido fugir. Segundo o “livro negro” do Exército, essa residência seria o aparelho onde moravam James Allen da Luz, o principaldirigente da VAR naquele momento e Lígia Maria. O número da casa também é informado em documentos oficiais como sendo 8988.Outro militante, ainda não identificado segundo as informações publicadas, teria morrido em uma oficina mecânica da VAR-Palmares, emCavalcanti. O “livro negro” o indica como sendo Hilton Ferreira, com H no nome, em vez de W.As primeiras notícias trocavam as identidades dos mortos. Entre os nomes de Quintino, não se incluía Antonio Marcos e sim James Allenda Luz, dirigente da mesma organização, que fugiu do cerco. Maria Regina era citada como morta, mas a foto publicada era de RanuziaAlves Rodrigues, que morreria em 1973. Somente o nome de Ligia aparecia corretamente, mas a entrada de seu corpo no IML, datada de30 de março pela guia nº 1, é de uma desconhecida, assim como dos outros. Dias depois, foi divulgado o nome Hilton Ferreira como sendoa identidade do militante morto na oficina mecânica, à Rua Silva Vale, 55, Cavalcanti.Antônio Marcos era carioca, seminarista e atuou no Movimento Estudantil entre 1966 e 1968. Estudou no Colégio João Alfredo, onde teveuma de suas poesias premiada em concurso interno do colégio. Durante o seminário participou de um trabalho comunitário em OsvaldoCruz, subúrbio do Rio, na paróquia do Padre João Daniel. Depois de militar na Ala Vermelha, ingressou na VAR-Palmares. Em 1971 foi força-| 292 |

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