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Empresa Amiga da Criança - Fundação Abrinq

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ApresentaçãoA história brasileira demonstra considerável enfrentamento dotrabalho infantil nas cadeias produtivas formais, denotandopolíticas efetivas de prevenção e combate do governo brasileiroe boas práticas de responsabili<strong>da</strong>de social <strong>da</strong>s empresas.Vale lembrar os pactos setoriais dos anos 1990, firmados entregoverno, empregadores e trabalhadores, e em que, ca<strong>da</strong> um,dentro do seu escopo e de suas possibili<strong>da</strong>des, se comprometeua identificar, combater e monitorar o não envolvimento laboralde crianças e adolescentes nas cadeias produtivas. Os setoresque mais empregavam essa população à época eram, dentreeles, o canavieiro, o calçadista, o citrícola, o fumageiro, queforam deixando de fazê-lo nas duas déca<strong>da</strong>s que se seguiram.Hoje, se apresentam novos desafios no combate ao trabalhoinfantil, permeados pela nova dinâmica <strong>da</strong> economia e <strong>da</strong>srelações do trabalho, caracteriza<strong>da</strong> pela terceirização e pelaquarteirização dos processos, que colocou as empresasdiante de um desafio que, talvez, seja um dos maiores <strong>da</strong>nossa época – ter conhecimento e capaci<strong>da</strong>de de gerir todosos elos envolvidos em sua cadeia produtiva.Como saber que não há microempresas empregando criançasou adolescentes, ou empresas familiares que envolvem todos osmembros <strong>da</strong> família no trabalho? Como garantir, por exemplo,que não haja crianças ou adolescentes no campo, na cadeiaprodutiva do leite, do couro ou nas ativi<strong>da</strong>des extrativistas?Como ter certeza de que essas crianças estão frequentando aescola e tendo tempo para brincar, estu<strong>da</strong>r e realizar ativi<strong>da</strong>despara ampliar seu universo cultural? É um desafio que encerratambém um dilema – a possibili<strong>da</strong>de de continuar buscando aredução do custo <strong>da</strong> mão de obra sem deixar de contemplar osaspectos ambientais e sociais do trabalho.A empresa socialmente responsável deve olhar para asustentabili<strong>da</strong>de social em to<strong>da</strong> a sua cadeia produtiva. Otrabalho infantil é crítico, pois acontece sem qualquer condição desegurança e saúde, em detrimento dos estudos e por um salárioirrisório. É crítico, pois a criança e o adolescente são privados doseu direito de brincar, estu<strong>da</strong>r e desenvolver-se plenamente.Ca<strong>da</strong> vez mais, as ativi<strong>da</strong>des lúdicas, a música, o esporte, asartes, o estímulo ao raciocínio por meio de distintas ferramentassão entendidos como ações que, junto com o estudo formal,promovem o desenvolvimento integral, incentivam a interaçãoentre os pares, a resolução construtiva de conflitos e a formaçãode ci<strong>da</strong>dãos conscientes, críticos e reflexivos.A atual posição econômica brasileira no cenário mundialrequer desenvolvimento social compatível, responsabili<strong>da</strong>de<strong>da</strong> qual as empresas podem em muito contribuir.Esperamos que este terceiro volume <strong>da</strong> Coleção <strong>Empresa</strong> <strong>Amiga</strong><strong>da</strong> <strong>Criança</strong> seja inspirador de boas práticas de prevenção eproteção <strong>da</strong>s crianças e dos adolescentes e oriente as empresasa comprometer to<strong>da</strong> a sua cadeia produtiva, seus funcionários ecomuni<strong>da</strong>de do entorno com a erradicação efetiva do trabalhoinfantil e suas piores formas no nosso país.Synésio Batista <strong>da</strong> CostaPresidente <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção <strong>Abrinq</strong> – Save the Children 5

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