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arquitetura e consumo Cançado - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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85“uma revolução teria <strong>de</strong> ser feita” (KUBITSCHEK, 1975:12), no sentido <strong>de</strong>possibilitar a construção da cida<strong>de</strong> no tempo exíguo do mandato presi<strong>de</strong>ncial jáem andamento. A confirmação do nome da Nova Capital foi feita por JK 70 queaceitou como sugestão Brasília – <strong>de</strong> um <strong>de</strong>putado que recordara a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong>José Bonifácio – por consi<strong>de</strong>rar “perfeitamente a<strong>de</strong>quado à <strong>de</strong>stinaçãointegracionista da nova capital” (KUBITSCHEK, 1975:44).A construção <strong>de</strong> Brasília no Planalto Central vai ser então a consagração plena eradical dos dogmas urbanísticos mo<strong>de</strong>rnos do CIAM e dos postulados <strong>de</strong> LeCorbusier no Brasil. “Retratando a imagem <strong>de</strong> um futuro imaginado e <strong>de</strong>sejado,Brasília representou a negação das condições existentes da realida<strong>de</strong> brasileira.Essa diferença utópica entre os dois é precisamente a premissa do projeto”(HOLSTON, 1993:13). Suplantando a realida<strong>de</strong> existente, esse i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> fundação<strong>de</strong> uma nova or<strong>de</strong>m é <strong>de</strong>signada por Juscelino Kubitschek, “o fundador” 71 daNova Capital, como um re<strong>de</strong>scobrimento do país, um novo começo. Para isso, ainteriorização da conquista do território brasileiro <strong>de</strong>veria ser articulada eestimulada pela mudança da capital do po<strong>de</strong>r e das <strong>de</strong>cisões, do litoral para ocentro do país:...é necessário <strong>de</strong>sviar o centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> do país, estabelecê-lo nocoração dos dilatados territórios do Brasil, a fim <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rcontemplar, ao alcance <strong>de</strong> todas as classes e <strong>de</strong> todas as regiões, opanorama social inteiro. Assim, os objetivos da construção da novacapital são unida<strong>de</strong>, eficiência administrativa, <strong>de</strong>scentralização,aproximação das fronteiras continentais, <strong>de</strong>senvolvimentoeconômico e social do interior... (KUBITSCHEK, 1975:17).Para JK, “Brasília não po<strong>de</strong>ria e não <strong>de</strong>veria ser uma cida<strong>de</strong> qualquer, igual ousemelhante a tantas outras que existiam no mundo”, <strong>de</strong>veria ser acima <strong>de</strong> tudo“uma metrópole com características diferentes, que ignorasse a realida<strong>de</strong>69 A pedra fundamental na realida<strong>de</strong> era uma cruz que ainda existe em lugar perto <strong>de</strong> on<strong>de</strong> hoje se localizaPlanaltina e on<strong>de</strong> foi rezada a primeira missa em 1957.70 “Quando assumi a Presidência da República, [...] a própria capital <strong>de</strong> que tanto se falava, nem ao menosnome tinha, o Marechal José Pessoa, preocupado com a situação, escolheu, por iniciativa própria umnome: “Vera Cruz” (KUBITSCHEK, 1975:30)71 A inscrição “O FUNDADOR” está sulcada em baixo-relevo no mármore preto do mausoléu que guardao corpo <strong>de</strong> Juscelino Kubitschek no Memorial JK em Brasília, e é também como o próprio presi<strong>de</strong>nte seauto<strong>de</strong>nomina constantemente em seu <strong>de</strong>poimento sobre o processo <strong>de</strong> construção da Nova Capital “Porque construí Brasília”, transformado em livro e publicado em 1975 pela Bloch Editora.

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