11.07.2015 Views

arquitetura e consumo Cançado - MOM. Morar de Outras Maneiras.

arquitetura e consumo Cançado - MOM. Morar de Outras Maneiras.

arquitetura e consumo Cançado - MOM. Morar de Outras Maneiras.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

83........................................................ ...................14..Brasília................................................................................No Brasil, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma condição utópica no século XX esteveamplamente comprometida com o i<strong>de</strong>al da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> como <strong>de</strong>senvolvimentoeconômico e tecnológico encampado pelo Estado, sendo sustentadasimbolicamente na <strong>arquitetura</strong> e no urbanismo mo<strong>de</strong>rno, principalmente <strong>de</strong> LeCorbusier, e financeiramente pelo capital industrial nacional e internacional.Durante o Estado Novo <strong>de</strong> Getúlio Vargas na década <strong>de</strong> 1930, o incentivopromovido à industrialização e à implantação <strong>de</strong> novas tecnologias foi, muitasvezes, associado a uma questão <strong>de</strong> nacionalismo, no sentido i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> nação.Naquele contexto histórico <strong>de</strong> anseio <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência e segurança nacional, aaproximação entre o setor industrial <strong>de</strong> capital nacional e o próprio governovisava à sustentação do mo<strong>de</strong>lo autoritário mo<strong>de</strong>rnizante estabelecido. Essaaliança entre os interesses populistas e i<strong>de</strong>ológicos e os interesses produtivos,implementada a partir <strong>de</strong> 1933 e articulada principalmente pelo engenheiroRoberto Simonsen (FAUSTO, 1994:364), proprietário da Construtora Santos ediretor da Fe<strong>de</strong>ração das Indústrias do Estado <strong>de</strong> São Paulo (FIESP), teve namo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> da <strong>arquitetura</strong> do Ministério da Educação e Saú<strong>de</strong> a legitimação <strong>de</strong><strong>de</strong>sse projeto <strong>de</strong> fundação <strong>de</strong> um novo Brasil.Na década <strong>de</strong> 1950 – após a queda do Estado Novo, o processo <strong>de</strong> abertura<strong>de</strong>mocrática e a volta do próprio Getúlio ao po<strong>de</strong>r pelo voto popular em 1951 – oprocesso <strong>de</strong> ênfase no <strong>de</strong>senvolvimento econômico baseado na industrializaçãovai ser retomado primeiramente pelo próprio Getúlio, que tenta <strong>de</strong>sempenhar noregime <strong>de</strong>mocrático o papel <strong>de</strong> agenciador das diversas forças sociaisconflitantes, promovendo um processo abrangente <strong>de</strong> diversificação da produçãonacional e <strong>de</strong> fortalecimento <strong>de</strong> áreas consi<strong>de</strong>radas estratégicas como petróleo,si<strong>de</strong>rurgia, transportes, energia e comunicações, sendo posteriormenteconsolidado e ampliado com a eleição <strong>de</strong> Juscelino Kubitschek sob o lema“<strong>de</strong>senvolvimento e or<strong>de</strong>m” em 1955 (FAUSTO, 1994:424).Com o slogan “50 anos em 5”, Juscelino anuncia seu Plano <strong>de</strong> Metas para o paísno qual constavam os seus 31 objetivos <strong>de</strong> governo distribuídos em seis

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!