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arquitetura e consumo Cançado - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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49potencializar a ficção do <strong>consumo</strong> em curso. E se o procedimento imobiliárioestabelece como diretriz a construção <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al <strong>de</strong>ntro da própriarealida<strong>de</strong> operante para seus consumidores, a marca é então a síntese <strong>de</strong>sseconceito i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> vida. A publicida<strong>de</strong> nesse processo é o meio como esseconceito vai ser divulgado e absorvido e a <strong>arquitetura</strong>, além <strong>de</strong> potencializar essadivulgação como monumento auto-publicitário, é o dispositivo estéticocapacitado para materializar essa condição i<strong>de</strong>al (a engenharia é o dispositivotecnológico). Dentro da i<strong>de</strong>ologia operante, são possíveis e prováveis entãovárias marcas, com enfoques e conceitos diferentes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que coerentes com opróprio sistema. E <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada marca, vários empreendimentos(edifícios/condomínios) são propostos, com nomes que sempre visam reforçarnão só o conceito sintetizado pela marca-imobiliária como também apossibilida<strong>de</strong> da implementação <strong>de</strong>ssa situação i<strong>de</strong>al vendida. Ou seja: umamarca, muitos produtos diferentes, uma i<strong>de</strong>ologia........................................................................….......8. L’Espritnouveau..............................................................................Os primórdios das campanhas <strong>de</strong> marketing, ainda no século XIX, baseavam-semuito mais nos aspectos publicitários, <strong>de</strong> divulgação dos novos produtos, do quena idéia <strong>de</strong> marca contemporânea.Diante <strong>de</strong> um leque <strong>de</strong> produtos recentemente inventados – rádio,fonógrafo, carro, lâmpada elétrica e assim por diante – ospublicitários tinham tarefas mais prementes do que criar umai<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marca para qualquer corporação; primeiro tinham <strong>de</strong>mudar o modo como as pessoas viviam. A publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong>veriainformar os consumidores da existência <strong>de</strong> algumas novas invenções,<strong>de</strong>pois convencê-los <strong>de</strong> que sua vida seria melhor se usassem, porexemplo, carros em vez <strong>de</strong> bon<strong>de</strong>s, telefones em lugar <strong>de</strong> cartas e luzelétrica em vez <strong>de</strong> lampiões a óleo. Muitos <strong>de</strong>sses novos produtostraziam marcas – e algumas <strong>de</strong>las ainda estão por aí hoje –, mas issoera quase inci<strong>de</strong>ntal. Esses produtos eram em si mesmo umanovida<strong>de</strong>; e isso praticamente bastava como publicida<strong>de</strong>. (KLEIN,2002:29)Entretanto, os produtos baseados na idéia <strong>de</strong> uma marca corporativa foramcriados para aten<strong>de</strong>r a uma <strong>de</strong>manda característica da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> 33 : diferenciar33 Para Fredric Jameson (2001:33), “‘mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>’ é uma palavra suspeita...”, utilizada <strong>de</strong>masiadamentee equivocadamente no lugar <strong>de</strong> “capitalismo” nesses tempos pós-mo<strong>de</strong>rnos. Segundo o autor, para

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