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arquitetura e consumo Cançado - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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39Nesse período, o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do país é acelerado rapidamentepelo chamado “milagre econômico brasileiro”, on<strong>de</strong> a expansão do fenômeno <strong>de</strong>urbanização e a crescente industrialização geram uma “nova classe média urbanaávida por novos objetos <strong>de</strong> <strong>consumo</strong>” (SANTOS, 1987:39). Terreno fértil para aproliferação <strong>de</strong> construtoras e empreiteiras que, longe <strong>de</strong> qualquer regulação dascida<strong>de</strong>s, incentivadas pela i<strong>de</strong>ologia e pela “máquina” estatal e diante dasgran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> todo o tipo <strong>de</strong> infra-estrutura urbana, principalmentemoradias para a classe média, prosperaram sem obstáculos. O projeto mo<strong>de</strong>rnistabrasileiro foi então – no que restou <strong>de</strong>le – cooptado <strong>de</strong>finitivamente pelas forçasprodutivas do mercado imobiliário nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s que começaram a passarpor um processo acelerado <strong>de</strong> transformação urbana. Esse processo que vive seuapogeu internacional na década <strong>de</strong> 1980 pela reestruturação espacial eeconômica das cida<strong>de</strong>s globais (SASSEN, 1991:225), no Brasil vai secaracterizar pela drástica diminuição do papel do Estado em todos os âmbitos dasocieda<strong>de</strong>. No setor brasileiro da indústria da construção civil, <strong>de</strong>vido à própriaabertura política e econômica sofrida pelo país, o mercado se expandiu e asconstrutoras e incorporadoras passaram a ter uma atuação mais abrangente,buscando negócios, clientes e produtos com menor margem <strong>de</strong> prazos e recursos(LEAL, 2002:66). Esse processo vai possibilitar uma reestruturação das formasprodutivas vigentes através da mo<strong>de</strong>rnização tanto dos processos <strong>de</strong> produção,quanto das tecnologias e materiais; fazendo da construção civil uma ativida<strong>de</strong>progressivamente mais corporativa e menos artesanal. Nesse contexto, as antigase estabelecidas formas <strong>de</strong> construir vão ser gradativamente substituídas poroutras mais racionalizadas e <strong>de</strong> mais qualida<strong>de</strong>, seguindo padrões internacionaise/ou procedimentos importados.No final da década <strong>de</strong> 1980 e início dos anos 90, as empresas da construção civilvão começar a priorizar a implantação <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> –incentivadas principalmente por órgãos como o SINDUSCON (Sindicato daIndústria da Construção Civil) – buscando atestados <strong>de</strong> certificação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> processos, em organismos internacionais como a ISO, que em 1987 haviaestabelecido uma maior abertura das possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estandartização, criando

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