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arquitetura e consumo Cançado - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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30décadas <strong>de</strong> 1920 e 1930, pertencem à mesma linhagem das habitações verticais<strong>de</strong> Oscar Niemeyer no edifício Copam em São Paulo e no Conjunto JK em BeloHorizonte na década <strong>de</strong> 1950.O Conjunto JK em Belo Horizonte é um caso peculiar nesse processoconflituoso <strong>de</strong> urbanização e construção do Brasil. Envolvidos no projetoestavam o arquiteto Oscar Niemeyer, discípulo <strong>de</strong> Lúcio Costa e membro daequipe no projeto do edifício do MES no Rio <strong>de</strong> Janeiro, o prefeito da cida<strong>de</strong>Juscelino Kubitschek e o empresário Joaquim Rolla, legítimo representante da“visão reacionária” e “imediatista” combatida por Artigas, eincorporador/controlador do consórcio formado pelas firmas Wady Simão Cia.,Alcasan Construtora, Construtora Rabello Ltda. e Construtora A<strong>de</strong>rsy Ltda. Emum único projeto, reunidos os representantes das três mais influentes forças dahistória da <strong>arquitetura</strong> brasileira: Le Corbusier, o Estado e a EspeculaçãoImobiliária.Antes mesmo do início dos trabalhos do Conjunto JK, o então governador doEstado <strong>de</strong> Minas Gerais, Juscelino Kubitschek, apregoava:O conjunto caracterizará a silhueta da cida<strong>de</strong> e já se prediz queconstituirá ele, nos impressos e na tradição oral, a ‘marca registrada’<strong>de</strong> Belo Horizonte, ou seja, o que é a torre Eiffel para Paris ou oRockefeller Center para Nova York. (TEIXEIRA, 1999:212)Confirmando a eterna necessida<strong>de</strong> estatal da <strong>arquitetura</strong> como monumento ecomo dispositivo <strong>de</strong> representação i<strong>de</strong>ológica e a fama <strong>de</strong> homem visionário,Juscelino Kubitschek, em plena década <strong>de</strong> 1950, parecia vislumbrar os<strong>de</strong>sdobramentos do capitalismo sobre as “cida<strong>de</strong>s globais”, cinco décadas maistar<strong>de</strong>, reivindicando para a sua obra a patente <strong>de</strong> “marca registrada”: CJK® !?O CJK® seria um complexo habitacional inovador com 1.100 apartamentos <strong>de</strong>vários tipos e tamanhos. Suas dimensões eram aterrorizantes frente às pequenasconstruções existentes no seu entorno. Articulado em dois blocos distintos, ummais alto com 36 andares e outro mais baixo com 26 andares e 120 metros <strong>de</strong>comprimento, juntos, os dois blocos mais pilotis e a parte comercial, abrigariamum programa digno <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pequeno porte: cinemas, hotel, padaria,

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