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arquitetura e consumo Cançado - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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21cumpriu e continua a cumprir o seu papel manifesto <strong>de</strong> síntese <strong>de</strong> dois conceitosmuito caros a essa <strong>arquitetura</strong>: produção estandartizada e seu <strong>consumo</strong> emmassa.Não é <strong>de</strong> estranhar, que como reza a lenda, já idoso, Le Corbusiermantinha um quadro do sistema Dom-Ino em sua pare<strong>de</strong> ao lado <strong>de</strong>uma foto do Parthenon: ambos foram centrais para sua produção, eambos incorporavam princípios que consi<strong>de</strong>rava fundamentais. 18(CURTIS, 1998:43).......................................................................…..............3.MES.................................................................................................O contato dos arquitetos brasileiros com os i<strong>de</strong>ais das vanguardas européias se<strong>de</strong>u <strong>de</strong> forma esparsa e rara nos primeiros anos do século XX. GregoriWarchavchik, arquiteto russo radicado no país, havia tido breve contato com osFuturistas e os Dadaístas em seus estudos em Roma (FRAMPTON, 1997:310).Des<strong>de</strong> as primeiras edições <strong>de</strong> L’Esprit Nouveau publicadas por Le Corbusier nadécada <strong>de</strong> 1920, “onze brasileiros constavam como assinantes da revista, entreeles os poetas Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> e Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>” (SEGAWA, 1998:77).Nenhum dos arquitetos que anos mais tar<strong>de</strong> se agarrariam radicalmente aospostulados <strong>de</strong> Le Corbusier constavam na lista dos que tinham conhecimento dosi<strong>de</strong>ais do arquiteto franco-suíço ou <strong>de</strong> outros movimentos das vanguardaseuropéias (SEGAWA, 1998:77).“O ano <strong>de</strong> 1929 seria fundamental para a disseminação das idéias <strong>de</strong> LeCorbusier na América do Sul” (SEGAWA, 1998:78). Em palestras proferidas emvários países, inclusive no Brasil, o catecismo da <strong>arquitetura</strong> mo<strong>de</strong>rna começavaa ser praticado abaixo da linha do Equador. Paulo F. Santos expõe o fato em seulivro, “Quatro Séculos <strong>de</strong> Arquitetura”, em que Le Corbusier proferia suapalestra aos alunos e professores da Escola Nacional <strong>de</strong> Belas Artes no Rio <strong>de</strong>Janeiro e Lúcio Costa, então diretor da escola, “chegou ao meio da conferência,[...] a sala repleta, e que cinco minutos mais tar<strong>de</strong> saía escandalizado”(SANTOS, 1977:142). O contato e a admiração <strong>de</strong> Costa pelo arquiteto mo<strong>de</strong>rnoaconteceriam posteriormente e <strong>de</strong> forma incondicional quando, a pedido dopróprio Lúcio Costa ao ministro Gustavo Capanema, Le Corbusier é convidado a18 Tradução nossa. Texto original inglês.

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