11.07.2015 Views

arquitetura e consumo Cançado - MOM. Morar de Outras Maneiras.

arquitetura e consumo Cançado - MOM. Morar de Outras Maneiras.

arquitetura e consumo Cançado - MOM. Morar de Outras Maneiras.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

19“crítica operativa”, praticada por autores como Sigfried Giedion e Bruno Zevi,no sentido <strong>de</strong>:Uma análise da <strong>arquitetura</strong> (ou da arte em geral) que, ao invés <strong>de</strong> umexame abstrato, tem como objetivo o planejamento preciso <strong>de</strong> umatendência poética, antecipada em sua estrutura e <strong>de</strong>rivada <strong>de</strong> análiseshistóricas programaticamente distorcidas e finalizadas. 11 (TAFURI,1980:141)Assim, para Tafuri, a <strong>arquitetura</strong> mo<strong>de</strong>rna e os procedimentos dos arquitetosincluindo o próprio Le Corbusier, não po<strong>de</strong>m ser entendidos separadamente dainfraestrutura econômica da socieda<strong>de</strong> operada pelo mecanismo capitalista,como interpretado pela “crítica operativa”.Tafuri enxerga o processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização como um<strong>de</strong>senvolvimento social caracterizado por uma racionalização sempreem expansão e uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>de</strong> amplo alcance.Dentro <strong>de</strong>sse processo [...], os movimentos <strong>de</strong> vanguarda<strong>de</strong>sempenham uma série <strong>de</strong> tarefas que <strong>de</strong> fato incrementam essamo<strong>de</strong>rnização. 12 (HEYNEN, 1999:129)Entretanto, ao potencializar o processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização produtiva, a <strong>arquitetura</strong>mo<strong>de</strong>rna “atolou-se” irreversivelmente na contradição <strong>de</strong> querer ser a“mediadora” entre a indústria e um planejamento novo e total da vida cotidiana.Contradição que só po<strong>de</strong>ria ser resolvida por uma forma <strong>de</strong> planejamentoinstituída <strong>de</strong> fora da própria <strong>arquitetura</strong>, ou “uma reestruturação da produção edo <strong>consumo</strong> em geral; por outras palavras, [...] uma coor<strong>de</strong>nação planificada daprodução” em todos os âmbitos da socieda<strong>de</strong> (TAFURI, 1985:68). Para osarquitetos mo<strong>de</strong>rnos, aceitar tais conseqüências <strong>de</strong>veria significar que a“<strong>arquitetura</strong> não seria mais o agente do plano, mas seu objeto” 13 , e isto era algoque não podiam aceitar (HEYNEN, 1999:133). Para Tafuri, “a culturaarquitetônica entre 1920 e 1930 não está pronta a aceitar tais conseqüências”.Nesse período, o que estava claro era “a sua tarefa ‘política’, como enunciadopor Le Corbusier: “a <strong>arquitetura</strong> – ler: a programação e a reorganizaçãoplanificada da produção <strong>de</strong> edifícios e da cida<strong>de</strong> como organismo produtivo –11 Tradução nossa. Texto original inglês.12 Tradução nossa. Texto original inglês.13 Tradução nossa. Texto original inglês.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!