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arquitetura e consumo Cançado - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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16um texto <strong>de</strong> 1924, intitulado “A indústria <strong>de</strong> casas pré-fabricadas”, WalterGropius (1884-1969) escreveu:Uma alteração tão profunda na economia da construção por certo seconsumará aos poucos. A <strong>de</strong>speito, porém, <strong>de</strong> todos os contratempos,há <strong>de</strong> vir, inevitavelmente; pois nada po<strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o imenso<strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> tempo, recursos e trabalho <strong>de</strong>corrente do emprego <strong>de</strong>numerosos projetos individuais em complexos habitacionais elocalida<strong>de</strong>s inteiras, que são construídos <strong>de</strong> forma completamentediferente um do outro, artesanal, em vez <strong>de</strong> serem produzidossegundo planos uniformes e processos <strong>de</strong> construção em série.(GROPIUS, 1997:127)Três anos mais tar<strong>de</strong> (1927), em seu livro-manifesto “Por uma <strong>arquitetura</strong>”, LeCorbusier (2000:XXXII) proclamava:A série está baseada sobre a análise e a experimentação.A gran<strong>de</strong> indústria <strong>de</strong>ve se ocupar da construção e estabelecer emsérie os elementos da casa.É preciso criar o estado <strong>de</strong> espírito da série.O estado <strong>de</strong> espírito <strong>de</strong> construir casas em série.O estado <strong>de</strong> espírito <strong>de</strong> residir em casas em série.O estado <strong>de</strong> espírito <strong>de</strong> conceber casas em série.Para Le Corbusier, só havia uma “conseqüência da série: o standard, a perfeição(criação <strong>de</strong> padrões)” (LE CORBUSIER, 2000:217). Entretanto, a associação <strong>de</strong>vários arquitetos em função do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> propostas para habitaçõeseconômicas e coletivas – consagradas no conjunto resi<strong>de</strong>ncial (Siedlung) <strong>de</strong>Weissenhof, coor<strong>de</strong>nado por Mies van <strong>de</strong>r Rohe em Stuttgart (1927), on<strong>de</strong>construíram Walter Gropius, Bruno Taut, J.J.P. Oud, entre outros arquitetosmo<strong>de</strong>rnos, incluindo Le Corbusier – vai tornar-se então um ponto polêmico apartir do CIAM <strong>de</strong> 1929. Neste segundo Congresso Internacional <strong>de</strong> ArquiteturaMo<strong>de</strong>rna, realizado em Frankfurt, Le Corbusier vai reivindicar “um máximopara a existência” (maison maximum) (FRAMPTON, 1997:216), em contrastecom os padrões mínimos <strong>de</strong> condição para habitações, pregados pelos arquitetosalemães.Essa divergência seria acentuada pela inclinação <strong>de</strong> Le Corbusier para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> propostas urbanas em que “experimenta em realizaçõesparciais [...] as hipóteses gerais” <strong>de</strong> intervenção, e “supera os mo<strong>de</strong>los do‘racionalismo’ alemão” (TAFURI, 1985:87). A possibilida<strong>de</strong> da implementação

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