11.07.2015 Views

arquitetura e consumo Cançado - MOM. Morar de Outras Maneiras.

arquitetura e consumo Cançado - MOM. Morar de Outras Maneiras.

arquitetura e consumo Cançado - MOM. Morar de Outras Maneiras.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

99sentido <strong>de</strong> um futuro que vai ser diferente do passado e do presente” 95(HEYNEN, 1999:10).São as experiências cotidianas transformadas por esse processo, no início doséculo XX, que vão provocar nos movimentos artísticos e culturais uma atitu<strong>de</strong>radical <strong>de</strong> resposta a essa situação, induzindo-os a agir como vanguardas, “comoum explorador num campo <strong>de</strong>sconhecido, que se expõe aos riscos <strong>de</strong> encontros echoques súbitos, que conquista um futuro ainda não explorado, que precisaorientar-se” 96 (HABERMAS, 1994:102). Nesse sentido, a própria idéia <strong>de</strong> umamo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> estética nasce imediatamente vinculada à possibilida<strong>de</strong> imane <strong>de</strong>uma nova experiência e a uma aceleração da história. Sobretudo a ânsia <strong>de</strong>“valorização do transitório, do fugaz, do efêmero, na celebração do dinamismo”(HABERMAS, 1994:102), é o que vai <strong>de</strong>signar as ações e estratégias dasvanguardas nas artes plásticas, na <strong>arquitetura</strong>, na literatura, no cinema e em todasas esferas da cultura. Assim, os próprios caminhos do <strong>de</strong>senvolvimento dacondição da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> estética são <strong>de</strong>terminados pela busca incessante por“encontrar uma direção num território ainda não <strong>de</strong>marcado” em “um futuroainda in<strong>de</strong>terminado” estética e culturalmente (HABERMAS, 1994:102).A mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, então, constitui o elemento que media um processo<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico entendido como mo<strong>de</strong>rnizaçãoe as respostas subjetivas a esta na forma dos movimentos e discursosmo<strong>de</strong>rnistas. Em outras palavras, mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> é um fenômeno compelo menos dois diferentes aspectos: um aspecto objetivo [...] e umconectado com as experiências pessoais, ativida<strong>de</strong>s artísticas, oureflexões teóricas. 97 (HEYNEN, 1999:10)Nesse sentido, a discussão da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> é inseparável das relações entre acivilização capitalista e a cultura mo<strong>de</strong>rnista e no caso da <strong>arquitetura</strong>, “amo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> estética não pô<strong>de</strong> evitar o encontro relacionado com a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>95 Tradução nossa. Texto original inglês.96 Para Jürgen Habermas (1994:100), “quem fizer, como Adorno, a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> iniciar por volta <strong>de</strong> 1850vai observa-la com os olhos <strong>de</strong> Bau<strong>de</strong>laire e da arte <strong>de</strong> vanguarda”, já que “com Bau<strong>de</strong>laire e sua teoriada arte influenciada por E. A. Poe [Edgar Allan Poe], o caráter da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> assume contornos maisnítidos.97 Tradução nossa. Texto original inglês.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!