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Por dentro do Mundo Real dos Capitalistas de RiscoCheryl SmithApós exercer altos cargos executivos em três dasmaiores corporações dos Estados Unidos, Cheryl Smithé atualmente diretora executiva da utility.net, empresainiciante de alta tecnologiaUm empreendedor de sucesso aprende que navegar nossistema de capital de risco exige mais do que uma boa idéiacomercial.Cheryl Smith é diretora executiva da empresa inicianteutility.net desde abril de 2006. Antes disso, passou maisde 25 anos como profissional de tecnologia da informaçãoe executiva sênior nas empresas McKesson, KeySpan eVerizon, três das maiores corporações dos Estados Unidosnas áreas de assistência médica, energia e telecomunicações,respectivamente.Há dois anos, um bom e leal amigo, advogado,procurou-me com uma patente de tecnologiacom a qual sua empresa havia se envolvido. Atecnologia patenteada fornece acesso à internet em altavelocidade (banda larga) para residências e empresas pormeio das linhas de energia elétrica. Cerca de 50% dasresidências e das pequenas empresas americanas, a maioriaem zonas rurais, NÃO têm acesso barato à internet emalta velocidade, mas praticamente todas estão conectadas àrede de eletricidade.Cortesia: Cheryl SmithA idéia básica parecia uma situação que trariabenefícios para todos: consumidores carentes desse tipode atendimento; empresas de serviços públicos que seriampagas pelo uso das linhas; e também empreendedorese investidores de capital de risco que, de acordo com omodelo financeiro previsto, teriam grande retorno emtrês anos. Meu amigo perguntou se eu consideraria sera diretora executiva dessa nova empresa que levaria essatecnologia para o mundo todo.Na época, eu era diretora de Informática daMcKesson, empresa de assistência médica com sede emSão Francisco e uma das 20 maiores corporações dosEstados Unidos. Gerenciava um orçamento anual de US$500 milhões. Milhares de pessoas estavam sob o meucomando. Estive à frente de duas subsidiárias iniciantesbem-sucedidas de empresas em que fui executiva sênior.Fui técnica durante 25 anos e me considerava muito,muito boa nisso. Mas, deveria eu assumir o risco de deixara McKesson para dirigir uma empresa iniciante totalmenteindependente?O primeiro passo era fazer o trabalho de pesquisa parao projeto com “diligência”. Isso significava:• Analisar a tecnologia (ter certeza de que elafuncionaria conforme o anunciado),• Analisar a patente (ter certeza de que nenhumaoutra pessoa havia patenteado a tecnologia),• Analisar o mercado (ter certeza de que havia nichoe necessidade para que a tecnologia fosse lucrativa),• E, finalmente, verificar a possibilidade de contarcom as pessoas certas para desenvolver o projeto.Concluí que os riscos eram baixos e as vantagenspotenciais, enormes. Que dificuldade poderia ter? Decidideixar o mundo das grandes corporações pelo mundo dainexperiente empresa iniciante.O que aprendi nos últimos dois anos em busca decapital de risco para o projeto daria um livro. Mantive umdiário durante todo esse tempo, listando dezenas de coisasimportantes das quais gostaria de ter tido conhecimentoantes, mas sobre as quais tive que aprender do jeito maisdifícil. Nos parágrafos seguintes, exponho as “Cinco maisimportantes”.eJournal USA 14

Anatomia de uma idéia: a utility.net pretende levar a internet aos consumidores por meio de suas linhas de energia elétrica. (Este gráfico é um exemplo dedocumento apresentado a financiadores potenciais.)É preciso dinheiroUma empresa iniciante exige mais do que boatecnologia, necessidade no mercado, patentes sólidasou idéias patenteáveis, excelentes parceiros, a equipeabsolutamente adequada, grande experiência gerencial,compromisso, paixão e muito trabalho. É preciso dinheiro.Assegure-se de que há bastante antes de começar ou logoem seguida.A empolgação no início de um novo empreendimentoé palpável. Todos os envolvidos estão ansiosos paratrabalhar e pôr a idéia em prática. Mas o dinheiroé indispensável e, para consegui-lo, são necessáriosdocumentos bem pensados e redigidos de formaapropriada. Entre eles, contratos de propriedade com osfundadores originais, contratos de operação corporativa econtratos de trabalho. Dedique-se com afinco aos detalhesnessa hora — ou eles voltarão para assombrá-lo.Não permita que ninguém, a não ser o diretorexecutivo e o diretor financeiro — nem mesmo a empresainiciante de capital de risco (CR) que talvez forneçao dinheiro inicial durante o período em que você estáentrando em contato com grandes investidores —,tenha acesso às contas bancárias da empresa. Esse não éo momento de ser uma pessoa gentil e que confie nosoutros. É hora de ter controle sobre cada dólar dessascontas e de como será gasto.Quando começar, assegure-se de que contará compelo menos um ano de financiamento. Se não contar comisso, primeiro, não conseguirá atrair uma boa equipe e,segundo, não deve deixar seu emprego “real” para assumiro risco.Es c o l h a c o m c u i d a d o seu b a n c o d e i n v e s t i m e n t oSeu banco de investimento (BI) é a conexãofundamental com os investidores de risco que poderãofornecer a maior parte do financiamento necessário para oprojeto. Comece a procurar um BI qualificado assim queas operações tenham início.Uma vez escolhido, dê ao banco um mês paraajudar na preparação da apresentação que você fará aoscapitalistas de risco e mais 90 dias para que ele trabalhesua rede de contatos na busca do dinheiro. A funçãode seu banco de investimento é obter da empresa decapital de risco um “termo de compromisso” por escritocontendo os termos segundo os quais a empresa financiaráseu projeto. O objetivo é obter recursos suficientesCortesia: Cheryl SmitheJournal USA 15

Por dentro do Mundo Real <strong>dos</strong> Capitalistas de RiscoCheryl SmithApós exercer altos cargos executivos em três dasmaiores corporações <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, Cheryl Smithé atualmente diretora executiva da utility.net, empresainiciante de alta tecnologiaUm empreendedor de sucesso aprende que navegar nossistema de capital de risco exige mais do que uma boa idéiacomercial.Cheryl Smith é diretora executiva da empresa inicianteutility.net desde abril de 2006. Antes disso, passou maisde 25 anos como profissional de tecnologia da informaçãoe executiva sênior nas empresas McKesson, KeySpan eVerizon, três das maiores corporações <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>nas áreas de assistência médica, energia e telecomunicações,respectivamente.Há dois anos, um bom e leal amigo, advogado,procurou-me com uma patente de tecnologiacom a qual sua empresa havia se envolvido. Atecnologia patenteada fornece acesso à internet em altavelocidade (banda larga) para residências e empresas pormeio das linhas de energia elétrica. Cerca de 50% dasresidências e das pequenas empresas americanas, a maioriaem zonas rurais, NÃO têm acesso barato à internet emalta velocidade, mas praticamente todas estão conectadas àrede de eletricidade.Cortesia: Cheryl SmithA idéia básica parecia uma situação que trariabenefícios para to<strong>dos</strong>: consumidores carentes desse tipode atendimento; empresas de serviços públicos que seriampagas pelo uso das linhas; e também empreendedorese investidores de capital de risco que, de acordo com omodelo financeiro previsto, teriam grande retorno emtrês anos. Meu amigo perguntou se eu consideraria sera diretora executiva dessa nova empresa que levaria essatecnologia para o mundo todo.Na época, eu era diretora de Informática daMcKesson, empresa de assistência médica com sede emSão Francisco e uma das 20 maiores corporações <strong>dos</strong>Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>. Gerenciava um orçamento anual de US$500 milhões. Milhares de pessoas estavam sob o meucomando. Estive à frente de duas subsidiárias iniciantesbem-sucedidas de empresas em que fui executiva sênior.Fui técnica durante 25 anos e me considerava muito,muito boa nisso. Mas, deveria eu assumir o risco de deixara McKesson para dirigir uma empresa iniciante totalmenteindependente?O primeiro passo era fazer o trabalho de pesquisa parao projeto com “diligência”. Isso significava:• Analisar a tecnologia (ter certeza de que elafuncionaria conforme o anunciado),• Analisar a patente (ter certeza de que nenhumaoutra pessoa havia patenteado a tecnologia),• Analisar o mercado (ter certeza de que havia nichoe necessidade para que a tecnologia fosse lucrativa),• E, finalmente, verificar a possibilidade de contarcom as pessoas certas para desenvolver o projeto.Concluí que os riscos eram baixos e as vantagenspotenciais, enormes. Que dificuldade poderia ter? Decidideixar o mundo das grandes corporações pelo mundo dainexperiente empresa iniciante.O que aprendi nos últimos dois anos em busca decapital de risco para o projeto daria um livro. Mantive umdiário durante todo esse tempo, listando dezenas de coisasimportantes das quais gostaria de ter tido conhecimentoantes, mas sobre as quais tive que aprender do jeito maisdifícil. Nos parágrafos seguintes, exponho as “Cinco maisimportantes”.eJournal USA 14

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