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Pavimentos EstruturalmenteArma<strong>do</strong>s <strong>para</strong> Aeroportos


Pavimentos EstruturalmenteArma<strong>do</strong>s <strong>para</strong> AeroportosSão Paulo, 20041º EdiçãoAutor:Públio Penna Firme RodriguesEngenheiro CivilDiretor da LPE Engenharia e ConsultoriaConsultor Técnico <strong>do</strong> Instituto Brasileiro de Telas Soldadas


Instituto Brasileiro de Telas SoldadasResumoEste trabalho tem por objetivo apresentar opavimento estruturalmente arma<strong>do</strong> <strong>para</strong> aeroportos,basea<strong>do</strong> nos trabalhos desenvolvi<strong>do</strong>spor Anders Lösberg e adapta<strong>do</strong>s às nossas condições.Apresenta um retrospecto <strong>do</strong>s seustrabalhos experimentais e as vantagens <strong>do</strong>emprego de estruturas mais delgadas podemproporcionar, tanto técnicas como econômicase principalmente na preservação <strong>do</strong>srecursos naturais.


Instituto Brasileiro de Telas SoldadasSumário1 - INTRODUÇÃO........................................................................................................................... 082 - O TRABALHO PIONEIRO DE LÖSBERG.................................................................................. 093 - DIMENSIONAMENTO DO PEA ................................................................................................ 144 - EXPERIÊNCIA BRASILEIRA ...................................................................................................... 165 - CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 176 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................ 18


Pavimentos Estruturalmente Arma<strong>do</strong>s<strong>para</strong> Aeroportos01OsIntroduçãopavimentos de concreto apresentam vantagens em aeroportos devi<strong>do</strong> principalmente a suagrande durabilidade e são encontra<strong>do</strong>s nas áreas de estacionamento de aeronaves de praticamenteto<strong>do</strong>s os aeroportos de médio e grande porte <strong>do</strong> Brasil.Grande parte desses pavimentos é constituída por estruturas de concreto simples, que apresentamalgumas limitações com relação ao tamanho das placas e controle da fissuração.Modernamente temos visto experiências bem sucedidas com estruturas de concreto protendi<strong>do</strong>,como as pistas <strong>do</strong> aeroporto <strong>do</strong> Rio de Janeiro, os pátios de estacionamento <strong>do</strong>s aeroportos deCuritiba e Porto Alegre, caracterizan<strong>do</strong>-se pela baixa espessura da placa e eleva<strong>do</strong> espaçamentoentre as juntas.Entretanto, há mais um tipo de pavimento que também é muito apropria<strong>do</strong> <strong>para</strong> aeroportos, queé o estruturalmente arma<strong>do</strong>, que foi emprega<strong>do</strong> com grande sucesso no aeroporto de Estocolmo,funcionan<strong>do</strong> com excelente desempenho por mais de 30 anos, que será cita<strong>do</strong> no item seguinte.Pouco divulga<strong>do</strong> e talvez por isso tenha fica<strong>do</strong> relega<strong>do</strong> a um segun<strong>do</strong> plano, embora na Suécia<strong>do</strong>s anos 40 e 50 tenha si<strong>do</strong> o mais emprega<strong>do</strong> em aeródromos civis e militares, os pavimentosestruturalmente arma<strong>do</strong>s aos poucos vêm recobran<strong>do</strong> seu lugar na pavimentação, com expressivasobras na área industrial e aeroportos priva<strong>do</strong>s.A fim de homogeneizar a linguagem, existem basicamente três tipos de pavimentos queempregam armaduras: pavimento com armadura distribuída, pavimento continuamente arma<strong>do</strong> epavimento estruturalmente arma<strong>do</strong>.• O mais comum é o pavimento com armadura distribuída, cuja única função é controlar a fissuração<strong>do</strong> concreto.• O segun<strong>do</strong> tipo, muito popular nos EUA e em alguns países da Europa é o continuamente arma<strong>do</strong>,que se caracteriza por não apresentar juntas de retração e o pavimento acaba fican<strong>do</strong> com fissurasigualmente espaçadas e com abertura máxima calculada em projeto.• Finalmente, temos o pavimento estruturalmente arma<strong>do</strong>, objeto deste trabalho, que apresentaarmadura positiva <strong>para</strong> a absorção <strong>do</strong>s momentos fletores, poden<strong>do</strong> ou não apresentar armaduranegativa <strong>para</strong> o controle das fissuras por retração hidráulica.Ao contrário <strong>do</strong> pavimento simples, o pavimento estruturalmente arma<strong>do</strong> pode ser dimensiona<strong>do</strong>com placas de dimensões bastante superiores, bastan<strong>do</strong> <strong>para</strong> isso estabelecer uma taxa dearmadura compatível com as suas dimensões.8


Instituto Brasileiro de Telas Soldadas02AndersOutro ponto fundamental <strong>para</strong> a sua a<strong>do</strong>ção é relativo às questões ambientais, por consumir consideravelmentemenores volumes de matéria prima - como os agrega<strong>do</strong>s - <strong>do</strong> que os pavimentosflexíveis e os pavimentos de concreto simples.Seu outro insumo, o aço, é pre<strong>do</strong>minantemente produzi<strong>do</strong> com sucata de ferro, contribuin<strong>do</strong> também<strong>para</strong> a limpeza ambiental.Sob o ponto de vista de comportamento estrutural, o PEA - pavimento estruturalmente arma<strong>do</strong> -é bastante similar aos protendi<strong>do</strong>s:• São bastante delga<strong>do</strong>s;• As deformações são compatíveis;• As tensões geradas na sub-base são similares.Dessa forma, é perfeitamente possível o emprego <strong>do</strong>s seus fundamentos concernentes a essesaspectos-chave no dimensionamento <strong>do</strong> PEA, já que estão bem mais difundi<strong>do</strong>s e suficientementeexperimenta<strong>do</strong>s.O Trabalho Pioneiro de LösbergLösberg foi um engenheiro sueco com especialidade em estruturas, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> professore chefe <strong>do</strong> departamento de estruturas de concreto na Chalmers University of Technology emGotenburgo - Suécia e que dedicou muitos anos de pesquisa ao dimensionamento de placas deconcreto arma<strong>do</strong> apoiadas em meio elástico, volta<strong>do</strong> notadamente ao emprego de pavimento aeroportuário,ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> responsável pelo dimensionamento de diversas unidades civis e militares.Sua pesquisa teórica e experimental culminou com a defesa de sua tese de <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> em 1961(1), que posteriormente foi publicada com diversos aperfeiçoamentos e volta<strong>do</strong>s à divulgação <strong>do</strong>sseus estu<strong>do</strong>s ao meio técnico (2).Como principal referência ao seu trabalho no meio aeroportuário estão as pistas <strong>do</strong> Aeroporto deEstocolmo, Arlanda, que foram dimensionadas como estruturalmente armadas empregan<strong>do</strong> apenasarmadura inferior e placas de até 50m de comprimento (3), como a estrutura apresentada na figura 1.Figura 1 Seção típica <strong>do</strong> Aeroporto de Estocolmo ( 3 )9


Pavimentos Estruturalmente Arma<strong>do</strong>s<strong>para</strong> AeroportosA armadura era formada por tela de aço soldada, ø 8mm cada 130mm, produzida com aço similarao nosso CA-60. Essas pistas estiveram em operação por mais de 30 anos, com excelentecomportamento estrutural e de rolamento.Talvez pelo fato de Lösberg ter se dedica<strong>do</strong>, após a década de 1960, intensamente às estruturasde concreto arma<strong>do</strong>, acabou não deixan<strong>do</strong> segui<strong>do</strong>res na área <strong>do</strong>s pavimentos e seu méto<strong>do</strong>acabou fican<strong>do</strong> no esquecimento, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> resgata<strong>do</strong> a partir de 1980 <strong>para</strong> o emprego nodimensionamento de pavimentos industriais e ro<strong>do</strong>viários empregan<strong>do</strong> reforços de telas soldadasou fibras de aço.Como especialista em concreto, Lösberg considerava que tensões de tração deveriam ser combatidascom o emprego de armaduras adequadamente posicionadas, cuja taxa, quan<strong>do</strong> apropriada,deveria permitir a fissuração <strong>do</strong> concreto com aberturas que não comprometeriam a sua durabilidade.Complementarmente, essas mesmas armaduras iriam manter eventuais fissuras, principalmenteaquelas não provenientes <strong>do</strong> carregamento, como as de retração hidráulica ou térmicas, ficassemsuficientemente fechadas permitin<strong>do</strong> a transferência de cargas e aumentan<strong>do</strong> a durabilidade <strong>do</strong>pavimento, fato que não ocorre no pavimento simples.Com essa finalidade, as armaduras não estruturais foram largamente estudadas na Inglaterra emdiversas pistas experimentais submetidas ao tráfego ro<strong>do</strong>viário e descritos por Croney (4) demonstran<strong>do</strong>que a vida útil <strong>do</strong> pavimento pode ser significativamente incrementada apenas pelamanutenção das fissuras suficientemente fechadas.Em seus estu<strong>do</strong>s, Lösberg considerou que o pavimento estaria sen<strong>do</strong> submeti<strong>do</strong> à tensões deorigem térmica, que produziam também o empenamento, e aos momentos gera<strong>do</strong>s sob a cargade roda.Neste caso, o pico das tensões ocorre imediatamente abaixo <strong>do</strong> centro <strong>do</strong> carregamento – considera<strong>do</strong>como circular de raio c / proporcional à relação , onde é o raio de rigidez da placa:M = Pƒ ( c / l ) (3)Observan<strong>do</strong> a figura 2, que mostra a distribuição <strong>do</strong>s momentos <strong>para</strong> <strong>do</strong>is níveis de carregamentoe conhecen<strong>do</strong> a natureza frágil da ruptura <strong>do</strong> concreto, que praticamente não apresenta deformaçõesplásticas, força ao dimensionamento da placa de concreto simples pelo pico <strong>do</strong>s momentos,levan<strong>do</strong> a espessuras elevadas de placas. Como agravante temos que quanto mais espessaé a placa, maiores são os momentos gera<strong>do</strong>s.Como alternativa a esses problemas, Lösberg propôs a introdução de uma armadura positiva nasduas direções próxima à base da placa de concreto, permitin<strong>do</strong> a fissuração <strong>do</strong> concreto e umanatural redistribuição <strong>do</strong>s esforços não fican<strong>do</strong> restrita apenas ao ponto de maior carregamento(figura 2).Nesta figura, as curvas A e B representam a distribuição <strong>do</strong>s momentos de acor<strong>do</strong> com a teoriada elasticidade <strong>para</strong> cargas altas e baixas, consideran<strong>do</strong> área de carregamento circular, enquantoa curva C mostra a distribuição <strong>do</strong>s momentos quan<strong>do</strong> a placa de concreto arma<strong>do</strong> entra no estágioplástico, ocorren<strong>do</strong> o princípio de escoamento da armadura; é nesta fase que o pavimentoarma<strong>do</strong> de fato começa a comportar-se como tal.10


Instituto Brasileiro de Telas SoldadasFigura 2Distribuição aproximada<strong>do</strong>s momentos fletoresComo resposta natural à deformação da placa surge um momento negativo, bem menor que opositivo, que precisa ser combati<strong>do</strong> pela resistência à tração na flexão <strong>do</strong> concreto. Quan<strong>do</strong> opavimento arma<strong>do</strong> é submeti<strong>do</strong> a carregamentos crescentes e o aço atinge o seu limite de escoamento,a redistribuição <strong>do</strong>s momentos positivos com o incremento das fissuras inferiores irá progredin<strong>do</strong>até que o momento negativo ultrapasse a capacidade <strong>do</strong> concreto, definin<strong>do</strong> se então aruptura <strong>do</strong> pavimento (figura 3).Em seu trabalho, Lösberg desenvolveu uma série de ábacos de dimensionamento que permitema obtenção da soma <strong>do</strong>s momentos fletores m – positivo – e m’, que ocorre no topo da placa, emfunção da carga aplicada, raio de rigidez da placa de concreto e raio da área de contato, que sãoapresentadas nas figuras 4 a 6. As demais tensões atuantes, como as de retração e as térmicas,geradas pelo empenamento são calculadas pelas formas clássicas.O conceito da soma de momentos emprega<strong>do</strong> nos ábacos pode ser questiona<strong>do</strong> <strong>para</strong> o cálculo<strong>do</strong> momento positivo, que é uma consideração similar à empregada em vigas contínuas, onde aarmadura negativa é capaz promover um alívio nos momentos positivos, proporcional aosmomentos negativos absorvi<strong>do</strong>s.11


Pavimentos Estruturalmente Arma<strong>do</strong>s<strong>para</strong> Aeroportosfissura circularFigura 3Esta<strong>do</strong> de rupturada placa de concretoarma<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong>com a teoria elásticaCARGA NO INTERIOR DA PLACAFigura 4Diagrama de momentos atuantes <strong>para</strong> carga no interior da placa12


Instituto Brasileiro de Telas SoldadasCARGA NA JUNTAFigura 5Diagrama de momentos atuantes <strong>para</strong> carga na junta (com barras de transferência) da placaEntretanto, ela só é, na nossa opinião, válida apenas quan<strong>do</strong> há armadura negativa que resista aesses momentos, pois caso contrário, quan<strong>do</strong> ocorrer uma fissura na placa de concreto, eledeixará de existir, sobrecarregan<strong>do</strong> os momentos positivos.CARGA NA BORDA LIVREFigura 6Diagrama de momentos atuantes <strong>para</strong> carga na borda livre da placa13


Pavimentos Estruturalmente Arma<strong>do</strong>s<strong>para</strong> Aeroportos03ODimensionamento <strong>do</strong> PEAdimensionamento <strong>do</strong> PEA pode ser feito com base das fórmulas clássicas de Westergard,pelos diagramas de Lösberg ou pelos programas de elementos finitos. Esses procedimentos permitemo conhecimento <strong>do</strong> momento fletor atuante e, a partir dai, a determinação das armaduraspassa a ser elementar. O cálculo das armaduras pode ser feito com base nos adimensionais (estádioIII) k6 e k3 (5).Sob o ponto de vista de cálculo das armaduras, é perfeitamente possível a obtenção de estruturasextremamente delgadas. Consideremos por exemplo o dimensionamento de um pátio de estacionamento<strong>para</strong> aeronaves 747-400, <strong>para</strong> determinadas condições de solo, cujos momentos -obti<strong>do</strong>s com um programa de elementos finitos - são mostradas no quadro 1:Quadro 1Momento Atuante x Espessurah (cm) M f (tf x cm/m)18 35820 39722 43332 59034 61636 641Desse exemplo, vem uma questão crucial: é possível o emprego de estruturas super delgadasdesde que as armaduras resistam aos esforços previstos?Lösberg acreditava que era possível e fez inclusive trechos experimentais de pistas bastante arrojadas,com apenas 8cm de espessura, mas que acabaram apresentan<strong>do</strong> muitos problemas executivos.Hoje sabemos que a rigidez <strong>do</strong> pavimento deve ser governada por uma deformação máximaadmissível, que <strong>para</strong> aeroportos pode ser tomada no centro da placa (<strong>para</strong> pavimentos considerasea deformações de borda livre).O valor dessas deformações podem ser, por exemplo, função <strong>do</strong> solo ou mesmo empresta<strong>do</strong> <strong>do</strong>svalores sugeri<strong>do</strong>s <strong>para</strong> os pavimentos protendi<strong>do</strong>s (6), que é de 1,5mm <strong>para</strong> carga no interior daplaca; o ACI recomenda que, <strong>para</strong> o caso de pavimentos ro<strong>do</strong>viários, a deformação de borda livrenão deve ser superior a 0,75mm.A validade desse critério é que o pavimento protendi<strong>do</strong> apresentará rigidez semelhante ao arma<strong>do</strong>,em função das espessuras finais.Outro critério que pode ser empresta<strong>do</strong> desse mesmo trabalho é relativo ao coeficiente derecalque mínimo admissível, cerca de 80MPa/m.14


Instituto Brasileiro de Telas SoldadasNa verdade, devemos observar que a seção de concreto arma<strong>do</strong> irá trabalhar fissurada e que, portanto,haverá uma redução no seu momento de inércia, proporcional à taxa de armadura ρ (porcentagemda área de aço em relação à de concreto).Essa redução irá implicar em uma diminuição <strong>do</strong> raio de rigidez e consequentemente <strong>do</strong> momentofletor atuante. Por outro la<strong>do</strong> irá aumentar as deformações.Lösberg propôs que esse efeito pode ser representa<strong>do</strong> pelo emprego de um coeficiente α,função <strong>do</strong> produto ρ.n, onde ρ é a taxa da armadura e n é a relação entre os módulos de elasticidade<strong>do</strong> aço e <strong>do</strong> concreto, poden<strong>do</strong> ser considerada igual a 7,5, cujos valores podem ser toma<strong>do</strong>spela seguinte expressão:α = -0,0018(n.p) 2 + 0,0852(n.p) + 0,0134O valor de α assume uma importância grande no controle das deformações da placa e pode sercontrola<strong>do</strong> pela taxa de armadura empregada, fazen<strong>do</strong> com que – <strong>para</strong> os pavimentos arma<strong>do</strong>s –a rigidez da placa não seja governada apenas pela sua espessura, mas considerada em conjuntocom o aço emprega<strong>do</strong>.O α nada mais é <strong>do</strong> que a relação entre os momentos de inércia crítico, obti<strong>do</strong> com a seção fissurada(consideran<strong>do</strong> o limite de utilização <strong>do</strong> aço) e o momento de inércia da seção íntegra:α = IcritO momento de inércia da seção fissurada, também denomina<strong>do</strong> por momento de inércia equivalente– I e – pode assumir uma ampla faixa de valores varian<strong>do</strong> entre o da seção não fissuradaaté o crítico, poden<strong>do</strong> ser obti<strong>do</strong> pela expressão:I e =( M critM aIg3)•I g +[ ( 1- M critM a3)•I crit] ≤ I gonde,• M crit é o momento máximo resisti<strong>do</strong> pelo concreto ou, em outras palavras, o momento de fissuração<strong>do</strong> concreto simples:M crit= (f ctM,k)I gy tI g é o momento de inércia da seção não fissurada e y t a distância da linha neutra à fibra mais tracionada.• M a é o momento atuante.• I crit é o momento de inércia da seção fissurada:l crit= b 3.x+ n.A3s .(d - x) 2sen<strong>do</strong> b a largura da seção, x a altura da seção comprimida, n a relação entre os módulos de elasticidade<strong>do</strong> aço e <strong>do</strong> concreto (toma<strong>do</strong> como 7,5), A sa seção de aço e d a altura útil da peça(altura nominal menos o comprimento da armadura).15


Instituto Brasileiro de Telas Soldadas05ConclusãoO pavimento estruturalmente arma<strong>do</strong> passa a ser uma excelente alternativa aos pavimentostradicionais, principalmente quan<strong>do</strong> a oferta de agrega<strong>do</strong>s de boa qualidade não são disponíveisna região da obra.Como sabemos, a resistência à tração na flexão <strong>do</strong> concreto é fortemente dependente danatureza <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s e em diversas regiões brasileiras, principalmente no norte <strong>do</strong> país sãopraticamente inexistentes.Como no pavimento arma<strong>do</strong> o concreto trabalha exclusivamente à compressão, é perfeitamentepossível o emprego de agrega<strong>do</strong>s como o seixo rola<strong>do</strong>, arenitos, basaltos e outros que apresentambaixo desempenho no concreto simples.As armaduras fornecem extrema versatilidade permitin<strong>do</strong> que nas regiões mais solicitadas,como as juntas ou bordas livres possam, quan<strong>do</strong> necessário, serem reforçadas com armadurascomplementares.Finalmente, o fato de permitir estruturas delgadas, apresenta baixo consumo de agrega<strong>do</strong>s possibilitan<strong>do</strong>obras de custo muito competitivo frente a outras estruturas e o emprego das telassoldadas facilita a sua execução, mesmo quan<strong>do</strong> são emprega<strong>do</strong>s equipamentos de grandeporte, possibilitan<strong>do</strong> placas com mais de 200 m 2 , reduzin<strong>do</strong> as juntas de construção e serradas,normalmente o ponto mais frágil <strong>do</strong> pavimento.17


Pavimentos Estruturalmente Arma<strong>do</strong>s<strong>para</strong> AeroportosReferências Bibliográficas( 1 ) Lösberg, Anders: Structurally Reinforced Concrete Pavements.Chalmers Tekniska.Hogshola, Götherburg, 1960( 2 ) Lösberg, Anders: Design Methods for Structurally Reinforced Concrete Pavements.Chalmers Tekniska Hogshola Handlingar, Götherburg, Sweden, 1961( 3 ) Lösberg, Anders: Pavement Slabs on Grade with Structurally Active Reinforcement.ACI Journal, dec. 1978( 4 ) Croney, Paul, Croney, David: The Design and Performance of Road Pavements.3ª Edition, McGraw-Hill, N.Y., 1997( 5 ) Rodrigues, Públio P.F., Pitta, Márcio Rocha: Pavimentos de Concreto.Revista Ibracon nº 19, São Paulo, 1997( 6 ) American Concrete Institute: Recomendations for Designing Pestressed Concrete Pavements.ACI 325.7R-88. USA, 198818

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