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2 A história da Bíblia como história do livro - Maxwell - PUC-Rio

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2. A história <strong>da</strong> Bíblia <strong>como</strong> história <strong>do</strong> <strong>livro</strong> 71<br />

que as linhas, agora independentes, tenderiam a formar<br />

uma mancha gráfica tão desconfortável quanto desinteressante<br />

se dispostas em coluna única.<br />

Figura 35 . Página de uma <strong>da</strong>s mais influentes versões bíblicas <strong>do</strong><br />

ocidente. A Bíblia de Genebra foi a primeira tradução inglesa a<br />

a<strong>do</strong>tar o uso de versículo. Nota-se a separação vertical entre as<br />

frases. A abertura de um novo parágrafo era marca<strong>da</strong> por um sinal<br />

tipográfico, <strong>como</strong> o ¶.<br />

A opção por colunas considera a divisão espacial <strong>da</strong><br />

página fazen<strong>do</strong> com que mesmo os versos menores ocupem<br />

pelo menos duas linhas, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> a impressão de maior<br />

conteú<strong>do</strong>. Outro fator importante nessa forma de diagramação<br />

recai sobre a leitura hipertextual, na medi<strong>da</strong> em que to<strong>do</strong>s<br />

os versos, diagrama<strong>do</strong>s lateralmente, ganham uma estrutura<br />

ain<strong>da</strong> mais independente, poden<strong>do</strong>-se relacionar tanto<br />

verticalmente quanto horizontalmente.<br />

Outra importante contribuição trazi<strong>da</strong> por Estienne foi<br />

a criação <strong>do</strong>s títulos capitulares que orientam o leitor na procura<br />

<strong>do</strong> texto Bíblico.<br />

A “Bíblia <strong>do</strong> homem pobre” de Johannes Froben (Fig.<br />

19), 1491 é a primeira edição impressa a apresentar um outro<br />

recurso gráfico que até hoje é usa<strong>do</strong> nas mais simples<br />

edições <strong>da</strong> Bíblia Sagra<strong>da</strong>. As referências marginais são indicações<br />

de passagens com conteú<strong>do</strong>s relativos ao <strong>do</strong> trecho<br />

li<strong>do</strong>. Nota-se que as referências são feitas a partir de<br />

uma subdivisão capitular comum até então (A,B,C,D...), mas<br />

que ain<strong>da</strong> não alcançava a divisão de versículos posterior a<br />

Estienne.<br />

O uso de referências marginais apresentava-se diferentemente<br />

<strong>da</strong>s glosas que traziam os textos com as interpretações<br />

e análises feitas pelos editores. Seu uso esteve<br />

sempre presente nas Bíblias desde o princípio <strong>do</strong> Cristianismo<br />

e é indica<strong>do</strong>r de uma prática exegética muito comum<br />

e importante para a compreensão <strong>da</strong> construção <strong>da</strong> narrativa<br />

hipertextual.

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