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40Assim, pressionadas pelos mercados interno e externo, muitas empresas brasileirasbuscaram a sua certificação e, dessa forma, o Brasil passou a ter maior visibilidade no cenáriointernacional da qualidade. Em paralelo a esse processo mercadológico, o ABNT/CB­25(Comitê Brasileiro da Qualidade) desenvolvia um trabalho articulando organismosgovernamentais e empresas privadas com o objetivo de ocupar espaços em vários grupos detrabalho do ISO/TC­176 e, com isso, aumentar a influência nas suas decisões.Paralelamente ao fenômeno ISO 9000 citado, em 1992, foi criado o Prêmio Nacionalda Qualidade – PNQ, estabelecendo um referencial de excelência para a área e indicandocaminhos para aquelas empresas que tinham aspirações mais amplas em relação aos seussistemas de gestão.A qualidade em sua concepção mais abrangente, como a que se apresenta na definiçãoda norma NBR ISO 9001:2000, como sendo “a totalidade das características de uma entidadeque determina a sua capacidade de atender necessidades explícitas e implícitas”, ocupa umpapel singular e ainda não totalmente compreendido pelos gestores de empresas (ALVES,2001).Alves (2001) coloca que a gestão da qualidade alcança os níveis estratégicos, tático eoperacionais das empresas, cruza as múltiplas funções nela executadas e abrange fatorestecnológicos, organizacionais e humanos que afetam o seu desempenho. Portanto, a qualidadepode estar incluída no processo de gestão estratégica da empresa, ser associada à lucratividadee ao desempenho competitivo, sendo definida de acordo com o ponto de vista do cliente e dedemandas impostas por outros atores do ambiente de atuação da empresa.Pela sua natureza multidisciplinar, a qualidade é a dimensão que possibilita aintegração de todos os níveis, fatores e aspectos da empresa, como propõe implicitamente o“modelo” definido pelos critérios de excelência do Prêmio Nacional da Qualidade. Esse“modelo” integra aspectos mercadológicos, financeiros, humanos, tecnológicos e

41organizacionais, resultando num sistema de gestão com enfoque sistêmico (na acepção exatada palavra). Ressalte­se que este tipo de sistema de gestão é extremamente importante nomomento atual, na medida em que disponibiliza recursos efetivos para fazer frente aosdesafios impostos à empresa por um ambiente que é complexo, extremamente competitivo eque muda rápida e continuamente.Como conseqüência da evolução da qualidade na sua concepção ocorrida nos anos 90,desde as normas ISO até os “critérios de excelência”, a qualidade foi inserida no universo daadministração. Ao contrário do que ocorria até a década de 80, quando a qualidade era vistacomo sendo simplesmente um conjunto de métodos e ferramentas para resolver problemas deprodução, a sua importância é hoje reconhecida por profissionais e teóricos da área deadministração de empresas. Alves (2001) coloca que isso pode ser constatado por meio devários artigos e livros publicados naquela década, os quais passavam a registrar o seu papeldentro da Teoria das Organizações e tendo Deming e Juran como principais referências,colocaram­nos no mesmo patamar em que se encontram os grandes teóricos e pensadores daadministração do século XX.2.4.3 – A Sér ie ISO 9000:1994A série NBR ISO 9000:1990, que foi a primeira versão traduzida pela ABNT passoupor uma pequena revisão em 1994. A versão de 1994, assim como a versão anterior, nãotratava de especificações de produtos e sim de normas sistêmicas, que estabeleciam oselementos do sistema de gestão e da garantia da qualidade a serem atendidos pelas empresas.De acordo com Maranhão (1996), as normas ISO 9000 eram normas sistêmicas, edeviam ser aplicadas na empresa como um todo e não a produtos, materiais ou serviços.A Figura 2.2 mostra como estava distribuída a família de normas ISO 9000 versão1994, que seguiu a mesma estrutura da versão de 1990.

40Assim, pressionadas pelos mercados interno e externo, muitas empresas brasileirasbuscaram a sua certificação e, dessa forma, o Brasil passou a ter maior visibilidade no cenáriointernacional da qualidade. Em paralelo a esse processo mercadológico, o ABNT/CB­25(Comitê Brasileiro da Qualidade) desenvolvia um trabalho articulando organismosgovernamentais e empresas privadas com o objetivo de ocupar espaços em vários grupos detrabalho do ISO/TC­176 e, com isso, aumentar a influência nas suas decisões.Paralelamente ao fenômeno ISO 9000 citado, em 1992, foi criado o Prêmio Nacionalda Qualidade – PNQ, estabelecendo um referencial de excelência para a área e indicandocaminhos para aquelas empresas que tinham aspirações mais amplas em relação aos seussistemas de gestão.A qualidade em sua concepção mais abrangente, como a que se apresenta na definiçãoda norma NBR ISO 9001:2000, como sendo “a totalidade das características de uma entidadeque determina a sua capacidade de atender necessidades explícitas e implícitas”, ocupa umpapel singular e ainda não totalmente compreendido pelos gestores de empresas (ALVES,2001).Alves (2001) coloca que a gestão da qualidade alcança os níveis estratégicos, tático eoperacionais das empresas, cruza as múltiplas funções nela executadas e abrange fatorestecnológicos, organizacionais e humanos que afetam o seu desempenho. Portanto, a qualidadepode estar incluída no processo de gestão estratégica da empresa, ser associada à lucratividadee ao desempenho competitivo, sendo definida de acordo com o ponto de vista do cliente e dedemandas impostas por outros atores do ambiente de atuação da empresa.Pela sua natureza multidisciplinar, a qualidade é a dimensão que possibilita aintegração de todos os níveis, fatores e aspectos da empresa, como propõe implicitamente o“modelo” definido pelos critérios de excelência do Prêmio Nacional da Qualidade. Esse“modelo” integra aspectos mercadológicos, financeiros, humanos, tecnológicos e

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