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OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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ADORNOveis. Hoje, com a transformação do mundo em indústria, aperspectiva do universal, a realização social do pensar, é tãoamplamente aberta que, por essa razão, o pensar dos própriosdominantes é negado como mera i<strong>de</strong>ologia. A má consciênciadas camarilhas nas quais por fim se encarna a necessida<strong>de</strong>econômica é traída pelo fato <strong>de</strong> que suas manifestações, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>as intuições do Führer até a "visão dinâmica do mundo", nãomais reconhecem, numa <strong>de</strong>cidida oposição à apologética burguesaanterior, as próprias ações criminosas como conseqüênciasnecessárias <strong>de</strong> conjunturas da vida regidas por leis.As mentiras mitológicas relativas a missão e <strong>de</strong>stino, que vêem seu lugar, nem sequer anunciam totalmente a inverda<strong>de</strong>:já não são mais as leis objetivas do mercado que dominavamas ações dos empresários e levavam à catástrofe. Em vezdisso, a <strong>de</strong>cisão consciente dos diretores gerais, enquantoresultante que em nada ce<strong>de</strong> à obrigatorieda<strong>de</strong> dos mais cegosmecanismos <strong>de</strong> preços, põe em execução a antiga lei dovalor e, com isso, o <strong>de</strong>stino do capitalismo. Os próprios dominantesnão acreditam em nenhuma necessida<strong>de</strong> objetiva,embora às vezes eles <strong>de</strong>nominem assim aquilo que tramam.Eles se arvoram em engenheiros da história do mundo. Sóos dominados aceitam como intocável e necessário o <strong>de</strong>senvolvimentoque, a cada aumento <strong>de</strong> custo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>cretado,os torna ainda mais impotentes. Des<strong>de</strong> que se tornou possívelproduzir o sustento daqueles que, <strong>de</strong> alguma maneira, sãousados ainda para manejo das máquinas, com uma partemínima do tempo <strong>de</strong> trabalho que está à disposição dos donosda socieda<strong>de</strong>, o restante supérfluo, a enorme massa dapopulação recebe agora o a<strong>de</strong>stramento dos guardas <strong>de</strong> reservado sistema, para servir, hoje e amanhã, <strong>de</strong> materialpara seus gran<strong>de</strong>s planos. A eles se dá <strong>de</strong> comer como aoexército dos sem-trabalho. Seu rebaixamento a meros objetosda administração, que enforma antecipadamente cada setorda vida mo<strong>de</strong>rna, até mesmo a linguagem e a percepção,prega-lhes a peça da necessida<strong>de</strong> objetiva, contra a qual elescrêem nada podf^r fa)zer. A miséria, enquanto oposição entre

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