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OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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<strong>OS</strong> <strong>PENSADORES</strong>rancor não atingem o alvo. Aguardam progressos tangíveisda ciência, ali on<strong>de</strong> se questiona tanto a tangibilida<strong>de</strong> comoa concepção vigente <strong>de</strong>sta. Não parece claro que é possívelsatisfazer ambas as posições mediante uma crítica recíproca,tal como se daria em conformida<strong>de</strong> ao mo<strong>de</strong>lo popperiano;os comentários <strong>de</strong> Albert dirigidos gratuitamente ad spectatoresa respeito do complexo hegeliano, para não falar dosmais recentes, não alimentam muito esta esperança. Asseverarhaver sido incompreendido é da mesma eficácia que oapelo à concordância mediante um piscar <strong>de</strong> olhos, com vistasà afamada ininteligibilida<strong>de</strong> do opositor. A contaminaçãoentre dialética e irracionalismo se opõe cegamente a que acrítica à lógica da não contradição não a elimina, mas a reflete.O que já havia sido observado em Tübingen a respeito dosequívocos do termo crítica, precisa ser generalizado: mesmoambos os conceitos se tornam afins, e mesmo on<strong>de</strong> por cimadisto se estabelece uma concordância, na verda<strong>de</strong> os opositoresteriam em mente coisas tão diferentes, que o consensopermaneceria simples achada <strong>de</strong> antagonismos. Um prosseguimentoda controvérsia teria por tarefa tornar visíveisaqueles antagonismos básicos, <strong>de</strong> maneira alguma já inteiramentearticulados. Muitas vezes se observou na históriada filosofia que doutrinas, <strong>de</strong> que uma se sente como exposiçãofiel da outra, divergem até o âmago através do clima<strong>de</strong> conexão espiritual; o exemplo mais notório disto seria arelação <strong>de</strong> Fichte a Kant. Na sociologia as coisas não ocorremdiferentemente. Se como ciência <strong>de</strong>ve manter a socieda<strong>de</strong> naformação em que se encontra em funcionamento, tal comoa tradição <strong>de</strong> Comte a Parsons, ou se a partir da experiênciasocial impele em direção à transformação <strong>de</strong> suas estruturascentrais, irá <strong>de</strong>terminar em todas as suas categorias a teoriada ciência, motivo por que dificilmente será <strong>de</strong>cidível noâmbito da teoria da ciência. Nem sequer a relação imediatacom a prática é <strong>de</strong>cisiva; muito antes, que valor posicionaise atribui à ciência na vida do espírito, e por fim na realida<strong>de</strong>.Estas não constituem divergências <strong>de</strong> visão do mundo. Têm— 188 —

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