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OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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<strong>OS</strong> <strong>PENSADORES</strong>por Wellmer, <strong>de</strong> "que precisa haver muito preparo na linguagem,para que o simples <strong>de</strong>nominar tenha um sentido", 1nada mais quer dizer senão que, para a linguagem, a tradiçãoé constitutiva, e assim, precisamente no sentido <strong>de</strong> Wittgenstein,também para o conhecimento em geral. Wellmer tocaem um ponto nevrálgico ao <strong>de</strong>rivar disto uma recusa objetivaao reducionismo da escola <strong>de</strong> Viena e ao critério <strong>de</strong> valida<strong>de</strong>das proposições protocolares; tanto menos o reducionismoconstitui um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> para as ciências sociais.Inclusive Carnap renuncia, <strong>de</strong>vido a Wellmer, ao princípioda redução <strong>de</strong> todos os termos a predicados observacionais,e introduz paralelamente à linguagem observacional uma linguagemteórica apenas parcialmente interpretada. 2 Po<strong>de</strong>-seentrever nisto uma tendência <strong>de</strong>terminante do <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> todo o positivismo. Ele se consome mediante umaprogressiva diferenciação e auto-reflexão. Mesmo disto seaproveita sua apologética, conforme um tópos ampliado: objeçõescentrais à escola são postas <strong>de</strong> lado como superadaspelo próprio estado evolutivo <strong>de</strong>sta. Recentemente Dahrendorfafirmava, não literalmente, que o positivismo criticadopela escola <strong>de</strong> Frankfurt já nem existia mais. Entretanto,quanto menos os positivistas são capazes <strong>de</strong> manter suasnormas sugestivamente ríspidas, tanto mais <strong>de</strong>saparece aaparência <strong>de</strong> uma legitimação <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>sapreço pela filosofiae pelos procedimentos por esta permeados. Também Albert,analogamente a Popper, parece abrir mão das normas proibitivas.3 Junto ao término <strong>de</strong> seu trabalho O Mito da RazãoTotal torna-se difícil traçar um limite nítido entre o conceitopopper-albertiano da ciência e o pensamento dialético sobrea socieda<strong>de</strong>. O que sobra como diferença: "O culto dialético<strong>de</strong> razão total é excessivamente exigente para se satisfazercom soluções 'particulares'. Não havendo soluções que sa-1 Wellmer, loc. cit., p. 1Z2 Id., pp. 23 s.3 Albert, "Pelas costas do positivismo?", loc. cit., p. 268.— 186 —

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