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OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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ADORNOO que posteriormente se solidifica em valores para a memóriahistórica na verda<strong>de</strong> constitui questões da realida<strong>de</strong>, formalmentenão muito distintas do conceito popperiano do problema.Não seria possível, por exemplo, <strong>de</strong>cretar abstratamenteque todos os homens precisariam ter o que comer,enquanto as forças produtivas não fossem suficientes paraa satisfação das necessida<strong>de</strong>s primitivas <strong>de</strong> todos. Contudo,quando, numa socieda<strong>de</strong> em que a fome seria inevitável,aqui e agora, em face da abundância <strong>de</strong> bens existentes eevi<strong>de</strong>ntemente possível, da mesma maneira existe a fome,então isto exige a abolição da fome pela intervenção nas relações<strong>de</strong> produção. Esta exigência brota da situação, <strong>de</strong> suaanálise em todas as dimensões, sem que para tanto se precisasseda universalida<strong>de</strong> e da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma representação<strong>de</strong> valor. Os valores sobre os quais é projetada aquelaexigência surgida da situação constituem a sua imitaçãodébil e em geral falsificadora. A categoria da mediação écrítica imanente. Ela contém o momento da neutralida<strong>de</strong> <strong>de</strong>valores na figura <strong>de</strong> sua razão não dogmática, acentuadapela confrontação daquilo por que uma socieda<strong>de</strong> se apresentae o que ela é; o momento do valor, contudo, vive naintimação prática a ser apreendida da situação, e para cujaapreensão se requer a teoria social. A falsa cisão entre neutralida<strong>de</strong><strong>de</strong> valores e valor revela-se igual à cisão entre teoriae prática. A socieda<strong>de</strong>, enquanto entendida como conexãofuncional <strong>de</strong> autoconservação humana, "quer dizer": tem porfim objetivamente a reprodução <strong>de</strong> sua vida a<strong>de</strong>quada aoestado <strong>de</strong> suas forças; fora isto qualquer realização social, emesmo socialização, constitui um contrasenso no mais simplesentendimento cognitivo. A razão subjetiva da relaçãofins-meios se transformaria, tão logo não fosse <strong>de</strong>tida efetivamentepor imperativos sociais ou cientificistas, naquela razãoobjetiva, que contém o momento axiológico como o própriomomento do conhecimento. O valor e a ausência <strong>de</strong>valores são mediatizados entre si dialeticamente. Conhecimentoalgum dirigido à essência imediata da socieda<strong>de</strong> seria— 183 —

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