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OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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<strong>OS</strong> <strong>PENSADORES</strong>servem <strong>de</strong> fundamento para todas as outras proposições daciência". 1 É certo que, tanto logicamente como no interior daciência, não se po<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r sem imediatez; caso contrário,a categoria <strong>de</strong> mediação por sua vez não teria sentido razoável.Mesmo categorias tão distantes da imediatez como a da socieda<strong>de</strong>,se <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong> iam imediato, não po<strong>de</strong>riam ser pensadas;quem não percebe primariamente a referência à socieda<strong>de</strong>expressa nos fenômenos sociais não po<strong>de</strong> ascen<strong>de</strong>r a umautêntico conceito <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>. Contudo, o momento <strong>de</strong> imediatezhaverá que ser superado (aufzuheben) 2 durante o prosseguimentodo conhecimento. A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contradizeros enunciados protocolares, que constitui a objeção dos cientistassociais, <strong>de</strong> Neurath e Popper a Carnap, é um sintomada sua própria mediação, inicialmente mediante o sujeito dapercepção, representado conforme o mo<strong>de</strong>lo físico, e a cujorespeito o positivismo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Hume, consi<strong>de</strong>rou supérfluopensar, motivo por que continuamente se insinua sorrateiramentecomo pressuposto <strong>de</strong>spercebido. Isto acaba afetando0 conteúdo <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> das proposições protocolares: elassão verda<strong>de</strong>iras e não o são. O que po<strong>de</strong>ria ser explicitadocom base em muitos questionários <strong>de</strong> levantamentos da sociologiapolítica. Certamente as respostas, como material inicial,são "verda<strong>de</strong>iras", apesar <strong>de</strong> sua referência a opiniõessubjetivas, elas próprias são uma parte da objetivida<strong>de</strong> sociala que pertencem inclusive as opiniões. Os questionados afirmaramou assinalaram isto e não aquilo. Mas por outro lado,no contexto dos questionários, as respostas são muitas vezescontraditórias e não concordantes, por exemplo, pró-<strong>de</strong>mocráticasa um nível abstrato, mas anti<strong>de</strong>mocráticas em face<strong>de</strong> itens mais concretos. Nesta medida a sociologia não po<strong>de</strong>1 ld., p. 14.2 Aujheben constitui no dizer <strong>de</strong> Adorno "a ambigüida<strong>de</strong> funcional mais habitual na linguagem<strong>de</strong> Hegel", e <strong>de</strong>ste modo é utilizada também aqui. Manter a ambigüida<strong>de</strong> seria vertê-la por"suspen<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>ixar em suspenso". Preferimos contudo acentuar ora o momento da conservação,ora o momento da supressão, superação. E notório que numa socieda<strong>de</strong> que valoriza o acúmulo<strong>de</strong> riqueza, o significado mais corrente <strong>de</strong> aufheben é guardar. (N. do T.)— 174 —

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