11.07.2015 Views

OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ADORNOigual a todos os outros impotentes e que, por sua auto-supressão,é integrado no coletivo. Nem o sujeito do jazz permiteser assinalado com proposições protocolares, nem o simbolismoda realização po<strong>de</strong> ser reduzido em pleno rigor adados sensíveis. Apesar disto, a construção que explica oesmerado idioma do jazz, cujos estereótipos aguardam tal<strong>de</strong>cifração à maneira <strong>de</strong> uma escrita em código, dificilmenteé <strong>de</strong>sprovida <strong>de</strong> sentido. Para explicar o âmago do fenômenodo jazz, aquilo que significa socialmente, ela será <strong>de</strong> maiorutilida<strong>de</strong> do que levantamentos acerca das opiniões sobre ojazz, <strong>de</strong> diferentes grupos etários e da população, mesmoquando baseados em sólidas proposições protocolares taiscomo as afirmações originais <strong>de</strong> participantes <strong>de</strong> amostragemprévia. Po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>cidir acerca da irreconciliabilida<strong>de</strong> daoposição entre posições e critérios, apenas feitas insistentestentativas <strong>de</strong> transpor teoremas <strong>de</strong>ste tipo em projetos empíricos<strong>de</strong> pesquisa. Até o momento isto foi pouco atraenteao social research, embora dificilmente se possa negar o possívelganho em discernimentos conclu<strong>de</strong>ntes. Sem entregarsea maus compromissos, saltam à vista critérios <strong>de</strong> sentidopassíveis <strong>de</strong> tais interpretações: assim, por exemplo, extrapolaçõesda análise tecnológica <strong>de</strong> um fenômeno <strong>de</strong> cultura<strong>de</strong> massà — o que está em jogo na teoria do sujeito do jazz— ou a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vinculação dos teoremas com outrosfenômenos mais próximos aos critérios usuais, tais como ocloum excêntrico e <strong>de</strong>terminados tipos mais antigos do cinema.Em todo caso, o pretendido por uma tese como a dosujeito do jazz como portador latente <strong>de</strong> uma espécie <strong>de</strong> músicaligeira é inteligível mesmo quando não verificado oufalseado pelas reações <strong>de</strong> ouvintes <strong>de</strong> jazz; reações subjetivas<strong>de</strong> maneira alguma precisam coincidir com o conteúdo <strong>de</strong>termináveldos fenômenos espirituais a que se reage. Há quecitar os momentos que motivam a construção i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> umsujeito do jazz; e isso se tentou, embora <strong>de</strong> modo <strong>de</strong>ficiente,no antigo texto sobre o jazz. Como critério evi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> sentido<strong>de</strong>staca-se e até que ponto um teorema revela conexões— 167 —

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!