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OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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<strong>OS</strong> <strong>PENSADORES</strong><strong>de</strong>talhes sólidos, que purificam os fatos <strong>de</strong> todo etéreo acréscimoconceituai. Ao hábito cientificista <strong>de</strong> estigmatizar a dialéticacomo teologia introduzida furtivamente, há que opora diferença do caráter social <strong>de</strong> sistema e o assim chamadopensamento globalizante. A socieda<strong>de</strong> é sistema como síntese<strong>de</strong> um diverso atomizado, como sinopse real, mas abstrata,<strong>de</strong> algo não reunido "organicamente", imediatamente. A relação<strong>de</strong> troca confere em ampla medida caráter mecânicoao sistema: é disposta objetivamente sobre seus elementos,<strong>de</strong> modo absolutamente diverso <strong>de</strong> como figura no conceito<strong>de</strong> organismo, similar ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> uma teleologia divina,mediante a qual todo órgão teria sua função no todo, quelhe atribuiria sentido. A mesma conexão que perpetua a vida,simultaneamente a dilacera, e por isto já possui em si aquelealgo da morte em cuja direção se move sua dinâmica. Nacrítica à i<strong>de</strong>ologia globalizante e organizatória, a dialéticanão per<strong>de</strong> em agu<strong>de</strong>za dos positivistas. A não ontologizaçãodo conceito da totalida<strong>de</strong> social, a não admissão <strong>de</strong> ser porsua vez tornado num início que é em-si, constitui uma variantedo mesmo estado <strong>de</strong> coisas. Positivistas que atribuemisto à teoria dialética, tais como recentemente Scheuch, simplesmentea <strong>de</strong>sconhecem. O conceito <strong>de</strong> um início que éem-si, a dialética o aceita ainda menos do que o fazem ospositivistas. O télos do modo dialético <strong>de</strong> encarar a socieda<strong>de</strong>é contrário ao global. Apesar da reflexão sobre a totalida<strong>de</strong>,a dialética não proce<strong>de</strong> a partir do alto, mas trata <strong>de</strong> dominarteoricamente pelo seu procedimento a relação antinômica douniversal e do particular. Os cientificistas <strong>de</strong>sconfiam queos dialéticos sejam megalômanos: em vez <strong>de</strong> percorrerem ofinito em todas as direções, à viril maneira <strong>de</strong> Goethe, e realizaremas exigências do dia no que está ao alcance, <strong>de</strong>ram-sepor satisfeitos no <strong>de</strong>scompromissado infinito. Contudo, comomediação <strong>de</strong> todos os fatos sociais, a totalida<strong>de</strong> não é infinita,mas precisamente graças a seu caráter <strong>de</strong> sistema, é fechada<strong>de</strong> modo finito, ainda que não permita ser apresada. Se asgran<strong>de</strong>s categorias metafísicas eram projeções da experiência— 154 —

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