11.07.2015 Views

OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ADORNOpara quem o método vale antes <strong>de</strong> tudo. O tema solipsismo,contudo, inverte o estado <strong>de</strong> coisas. A dialética se satisfaztão pouco com o conceito subjetivo <strong>de</strong> razão quanto lhe serve<strong>de</strong> substrato o indivíduo, a que mesmo Max Weber pensaprecisar recorrer em sua <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> ação social; e é justamentenisto que repousa todo solipsismo. Tudo isto se encontra<strong>de</strong>tidamente explicitado nas publicações da escola <strong>de</strong>Frankfurt. A aparência <strong>de</strong> solipsismo produz a circunstâncianotória <strong>de</strong> que, na situação presente, unicamente o que nãose entusiasma com o prazer comunicativo generalizado dasociologia subjetiva rompe o anátema subjetivista. Algo distoparece manifestar-se na recente rebeldia da opinião públicaque reconhece como digno <strong>de</strong> crédito unicamente o que nãovisa, sob a forma <strong>de</strong> 'comunicação', os consumidores da culturaa serem seduzidos.O que soa como música dissonante aos ouvidos dospositivistas é o que não está inteiramente contido em estados<strong>de</strong> coisa, e que necessita da forma da linguagem. Quantomais estritamente esta se adapta aos estados <strong>de</strong> coisa, tantomais se distancia da mera significação e adota algo parecidoà expressão. Que a controvérsia do positivismo tenha atéagora permanecido infrutífera, <strong>de</strong>ve-se também em parte aque os conhecimentos dialéticos são tomados <strong>de</strong> modo excessivamenteliteral por parte <strong>de</strong> seus opositores; literalida<strong>de</strong>e precisão não significam o mesmo, antes são divergentes.Sem ruptura, e improprieda<strong>de</strong>, não existe conhecimento queseja mais do que repetição or<strong>de</strong>nadora. O fato <strong>de</strong> que aomesmo tempo não sacrifica a idéia <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, tal como seriamuito mais <strong>de</strong> acordo com o positivismo conforme seus representantesmais conseqüentes, circunscreve uma contradiçãoessencial: o conhecimento, e isto <strong>de</strong> maneira alguma ocorreper acci<strong>de</strong>ns, constitui um exagero. Pois tão pouco comoalgo singular é 'verda<strong>de</strong>iro', mas, graças à sua mediação,também forma seu próprio outro, assim também o todo nãoé verda<strong>de</strong>iro. Sua permanência como inconciliável com o singularconstitui expressão <strong>de</strong> sua própria negativida<strong>de</strong>. A ver-— 151 —

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!