11.07.2015 Views

OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ADORNOglobal e impe<strong>de</strong> a instauração <strong>de</strong>ste em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua organização.Um tal caráter duplo, porém, altera a relação <strong>de</strong>um conhecimento científico-social ao seu objeto, e disto opositivismo não toma notícia. Ele trata sem mais a socieda<strong>de</strong>,potencialmente o sujeito que se auto<strong>de</strong>termina, como se fosseum objeto a ser <strong>de</strong>terminado a partir do exterior. Literalmente,ele transforma em objeto, o que por sua vez causa aobjetivação e a partir da qual a objetivação há que ser explicada.Uma tal substituição <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> como sujeito, porsocieda<strong>de</strong> como objeto, constitui a consciência coisificada dasociologia. Desconsi<strong>de</strong>ra que, com a mudança em direção aosujeito como algo objetivamente oposto e estranho a si mesmo,necessariamente o sujeito consi<strong>de</strong>rado, se quisermos,precisamente o objeto da sociologia, se transforma em algooutro. Embora é certo que a alteração mediante o enfoquedo conhecimento tenha seu fundamentum in re. Por sua vez,a tendência evolutiva da socieda<strong>de</strong> corre em direção à coisificação;o que favorece a adaequatio a uma consciência coisificadadaquela. Mas a verda<strong>de</strong> exige a inclusão <strong>de</strong>ste quidpro quo. A socieda<strong>de</strong> como sujeito e a socieda<strong>de</strong> como objetosão a mesma coisa e também não são a mesma coisa. Osatos objetivadores da socieda<strong>de</strong> eliminam na socieda<strong>de</strong> o quefaz com que não seja apenas objeto, o que lança sua sombrapor sobre toda a objetivida<strong>de</strong> cientificista. Reconhecer isto éo mais difícil para uma doutrina cuja norma máxima é aausência <strong>de</strong> contraditorieda<strong>de</strong>. Eis aqui a diferença mais profundaentre uma teoria crítica da socieda<strong>de</strong> e o que na linguagemcorrente é <strong>de</strong>nominado sociologia: uma teoria crítica,apesar <strong>de</strong> toda experiência <strong>de</strong> coisificação, e mesmo justamenteao exteriorizar esta experiência, se orienta pela idéiada socieda<strong>de</strong> como sujeito, enquanto a sociologia aceita acoisificação, repetindo-a em seus métodos, per<strong>de</strong>ndo assima perspectiva em que a socieda<strong>de</strong> e sua lei unicamente serevelaram. Isto data regressivamente da pretensão <strong>de</strong> dominaçãoda sociologia anunciada por Comte, e que hoje se reproduzmais ou menos abertamente na convicção <strong>de</strong> que,— 149 —

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!