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OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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<strong>OS</strong> <strong>PENSADORES</strong>fato <strong>de</strong> que o dialético Marx não cogita <strong>de</strong> uma representaçãoplenamente <strong>de</strong>senvolvida da dialética, com a qual julgavaapenas "flertar". Um pensamento que apren<strong>de</strong> que a seu própriosentido pertence o que por sua vez não constitui pensamento,rompe a lógica da não-contradição. Há janelas emsua prisão. A estreiteza do positivismo consiste em que elenão toma conhecimento disto, refugiando-se como em umaúltima alternativa, numa ontologia, mesmo sendo apenas ainteiramente formalizada e sem conteúdo da conexão <strong>de</strong>dutiva<strong>de</strong> proposições.A crítica à relação <strong>de</strong> proposições científicas àquilo aque se referem, converte-se contudo inevitavelmente em críticada coisa. Precisa <strong>de</strong>cidir racionalmente se as insuficiênciasque encontra são apenas científicas, ou se a coisa nãobasta ao que a ciência quer exprimir mediante seus conceitos.Quão pouco é absoluta a separação entre as formações daciência e da realida<strong>de</strong>, tão pouco o conceito <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> <strong>de</strong>veser atribuído unicamente àquelas. Tem tanto sentido falarda verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma instituição social como da dos teoremasque <strong>de</strong>la se ocupam. De modo legítimo o uso da linguagemna crítica não visa somente autocrítica — tal como suce<strong>de</strong>propriamente em Popper — mas também a crítica à coisa.Nisto se constitui o pathos da resposta <strong>de</strong> habermas a Albert. 10 conceito <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>, especificamente burguês e antifeudal,implica a representação <strong>de</strong> uma associação <strong>de</strong> sujeitoslivres e autônomos em torno da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma vidamelhor, e, <strong>de</strong>sta forma, implica crítica a relações sociais primitivas.O enrijecimento da socieda<strong>de</strong> civil em algo primitivoe impenetrável constitui sua involução imanente. Nas teoriascontratuais exprimia-se a intenção inversa. Por pouco quese verifiquem historicamente, lembram à socieda<strong>de</strong> insistentementeo conceito <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> indivíduos, cujo consensopor fim postula sua razão, liberda<strong>de</strong> e igualda<strong>de</strong>. E1 Vi<strong>de</strong> Juergen Habermas, "Gegen einen Positivistisch halbierten Rationalismus" ("Contraum radonalismo dividido pelo positivismo"), em A Disputa do Positivismo..., p. 249.— 138 —

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