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OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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ADORNOlida<strong>de</strong> efetiva tranqüilizadoramente registrada por Carnapnada mais é do que o espelhamento da ratio subjetiva. Ametacrítica da teoria do conhecimento <strong>de</strong>smente a valida<strong>de</strong>da pretensão subjetiva da apriorida<strong>de</strong> kantiana, mas confirmaKant <strong>de</strong> tal modo que sua teoria do conhecimento, entendidacomo aplicada à valida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>screve mui a<strong>de</strong>quadamentea gênese da razão cientificista. O que, numa grandiosaconseqüência da coisificação cientificista, lhe parece ser a forçada forma subjetiva, que constitui a realida<strong>de</strong> efetiva, emverda<strong>de</strong> constitui a summa daquele processo histórico emque a subjetivida<strong>de</strong> libertada e por isto coisificada se apresentavacomo soberana total da natureza, esquecendo a relação<strong>de</strong> dominação, e a transformando, <strong>de</strong>slumbrada, nacriação do dominado pelo dominador. Nos atos singularesdo conhecimento e nas disciplinas singulares, gênese e valida<strong>de</strong><strong>de</strong>vem ser distinguidas criticamente. Contudo, no âmbitodos assim <strong>de</strong>nominados problemas <strong>de</strong> constituição, elassão indissolúveis, por mais repugnante que isto seja à lógicadiscursiva. Por preten<strong>de</strong>r ser toda a verda<strong>de</strong>, a verda<strong>de</strong> cientificistanão o é. Disto a convence a mesma ratio que nuncase teria constituído <strong>de</strong> outro modo do que por meio daciência. Ela é capaz <strong>de</strong> crítica a seu próprio conceito e <strong>de</strong><strong>de</strong>signar concretamente o que escapa à ciência, a socieda<strong>de</strong>na sociologia.Na acentuação do conceito <strong>de</strong> crítica, houve concordânciaentre o relator e o correlator <strong>de</strong> Tübingen. 1 Em seguidaa uma observação <strong>de</strong> Peter Ludz, Dahrendorf atentou paraa utilização equívoca que <strong>de</strong>le fora feita. Em Popper ele significa,sem nenhuma <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> conteúdo, um "puromecanismo <strong>de</strong> confirmação provisória <strong>de</strong> proposições universaisda ciência", e no correlator, "o <strong>de</strong>sdobramento dascontradições da realida<strong>de</strong> efetiva através do conhecimento1 A vigésima primeira tese <strong>de</strong> Popper encena, numa universida<strong>de</strong> abstrata, algo como um<strong>de</strong>nominador comum entre ambos. Vi<strong>de</strong> Popper, "Die Logic <strong>de</strong>r Sozialwissenschften" CAlógica das ciências sociais"), em A Disputa do Positivismo..., p. 119.— 135 —

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