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OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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ADORNOcente, se bem que não mais como sujeito criador, absoluto,mas ainda como o topos noeticos 1 <strong>de</strong> toda valida<strong>de</strong>. Enquantoquerem liquidar a filosofia, simplesmente advogam uma que,apoiada na autorida<strong>de</strong> da ciência, se torna impermeável asi mesma. Em Carnap, elo final da ca<strong>de</strong>ia Hume-Mach-Schlick, o vínculo com o positivismo subjetivo mais antigoainda está presente através <strong>de</strong> sua interpretação sensualistados enunciados protocolares. Como também estes são fornecidosà ciência somente através da linguagem, e não sãoimediatamente <strong>de</strong>terminados pelos sentidos, aquela interpretação<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou a problemática <strong>de</strong> Wittgenstein. Porém,<strong>de</strong> modo algum o subjetivismo latente é rompido pela teoriada linguagem do Tractatus. "A filosofia não resulta em proposiçõesfilosóficas", afirma-se neste, "mas em tornar clarasas proposições. A filosofia <strong>de</strong>ve tomar os pensamentos que,por assim dizer, são vagos e obscuros e torná-los claros ebem <strong>de</strong>limitados." 2 Clareza, porém, correspon<strong>de</strong> unicamenteà consciência subjetiva. No espírito cientificista, Wittgensteinsobrecarrega <strong>de</strong> tal modo a pretensão <strong>de</strong> objetivida<strong>de</strong> queela se <strong>de</strong>sfaz e ce<strong>de</strong> àquele paradoxo total da filosofia, queforma o nimbo <strong>de</strong> Wittgenstein. Subjetivismo latente constitui-seem contraponto <strong>de</strong> objetivismo <strong>de</strong> todo movimentonominalista do iluminismo, a permanente reductio ad hominem.A ela o pensamento não precisa se submeter, pois écapaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>svelar criticamente o subjetivismo latente. É surpreen<strong>de</strong>nteque os cientificistas, inclusive Wittgenstein, tenham-seincomodado tão pouco com isto, como também com0 permanente antagonismo da ala lógico-formal e da ala empirista,que, em forma distorcida no interior do positivismo,revela um outro dos mais reais. Já em Hume a doutrina davalida<strong>de</strong> absoluta da matemática se opunha heterogeneamenteao sensualismo cético. Nisto se manifesta o insucesso1 Local <strong>de</strong>terminado do conhecimento. (N. do T.)2 Ludwig Wittgenstein, Tractatus Logico-Phibsophkus, 4.112, Frankfurt, 1960 (1963), pp. 31s., citado pela tradução portuguesa <strong>de</strong> J. A. Giannotti. (N. do T.)— 115 —

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