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OS PENSADORES - MOM. Morar de Outras Maneiras.

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ADORNOda ciência, do seu caráter constitutivo para qualquer conhecimento.Haveria que questionar se é válida uma disjunçãoconvincente entre o conhecimento e o processo <strong>de</strong> vida real;se, ao contrário, o conhecimento não é mediatizado em relaçãoa este, e mesmo se sua própria autonomia, medianteo que se tornou in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e se objetivou produtivamentediante <strong>de</strong> sua gênese, não é por sua vez <strong>de</strong>rivada <strong>de</strong> suafunção social; se não constitui uma conexão <strong>de</strong> imanência,e igualmente, conforme sua constituição como tal, se se situanum campo circundante, atua também sobre sua estruturaimanente. Uma tal ambigüida<strong>de</strong>, por mais plausível, seriaconflitante com o princípio da não-contradição, pois a ciênciaseria autônoma, e não o seria. Uma dialética que sustentaisto <strong>de</strong>ve tampouco, como em qualquer outra parte, comportar-secomo "pensamento privilegiado"; não <strong>de</strong>ve apresentar-secomo uma capacida<strong>de</strong> particular subjetiva, com queum é dotado e que é negado ao outro, ou até se fazer passarpor intuicionismo. Por outro lado, os positivistas precisamfazer o sacrifício <strong>de</strong> abandonar a posição <strong>de</strong>nominada porHabermas <strong>de</strong> "não-estou-enten<strong>de</strong>ndo", não <strong>de</strong>squalificar simplesmentecomo ininteligível tudo o que não é concor<strong>de</strong> comcategorias como os seus "critérios <strong>de</strong> sentido". Em face dahostilida<strong>de</strong> a se propagar contra a filosofia, não conseguimosabandonar a suspeita <strong>de</strong> que alguns sociólogos querem obstinadamentese livrar do próprio passado, contra o que estecostuma se vingar.Prima vista, a controvérsia se apresenta como se os positivistasrepresentassem um rigoroso conceito <strong>de</strong> valida<strong>de</strong>científica objetiva, diluído pela filosofia; os dialéticos seduzem,conforme o insinua a tradição filosófica, <strong>de</strong> modo especulativo.É certo que nisto o uso da linguagem transformao conceito <strong>de</strong> especulativo em seu oposto. Ele não é maisinterpretado, como em Hegel, no sentido <strong>de</strong> auto-reflexãocrítica do entendimento, sua limitação e sua correção, masinadvertidamente <strong>de</strong> acordo com o mo<strong>de</strong>lo popular, que sobreespeculativo imagina aquele que pensa futilmente sem— 113 —

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