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Proposta de um plano de cuidados para crianças autistas

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Pediatria (São Paulo) 2011;33(1):4-84ARTIGO ORIGINAL<strong>Proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> <strong>plano</strong> <strong>de</strong> <strong>cuidados</strong> <strong>para</strong>crianças <strong>autistas</strong>Proposal of a care plan for autistic childrenElenice Lorenzi Carniel 1 , Letícia Beck Saldanha 2 , Lísia Maria Fensterseifer 31Enfermeira da Universida<strong>de</strong> do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).2Mestre em Psicologia pela UNISINOS; Professora do Curso <strong>de</strong> Psicologia da UNISINOS.3Doutora em Enfermagem pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (UFRGS); Professora do Curso <strong>de</strong> Enfermagemda Universida<strong>de</strong> do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).Res<strong>um</strong>oO presente estudo objetivou a formulação <strong>de</strong> <strong>um</strong><strong>plano</strong> <strong>de</strong> <strong>cuidados</strong> <strong>para</strong> a criança autista. A partir <strong>de</strong><strong>um</strong> estudo qualitativo, enfermeiros <strong>de</strong> diversas instituições,que já trabalharam com crianças <strong>autistas</strong>,respon<strong>de</strong>ram a <strong>um</strong>a entrevista semiestruturada individual,por meio da qual se obtiveram as seguintesinformações: como os enfermeiros veem seu papeldiante da criança autista e da família; a forma <strong>de</strong>obtenção do conhecimento necessário <strong>para</strong> se trabalharcom esse tipo <strong>de</strong> criança e o entendimentoque eles têm sobre o autismo. Com base nos dadoscoletados e na revisão <strong>de</strong> literatura, elaborou-se <strong>um</strong><strong>plano</strong> <strong>de</strong> <strong>cuidados</strong> <strong>para</strong> a criança autista.Descritores: Transtorno autístico. Criança.Enfermagem.AbstractThe present study inten<strong>de</strong>d a formulation of acare plan for the autistic children. Based on a qualitativestudy, nurses from different institutions, whohave already worked with autistic children, answeredan individual semi-estructured interview, throughwhich the following information was obtained: howthe nurses see their role in relation to autistic childand his/her family; the way of obtaining necessaryknowledge to work with this kind of child and the un<strong>de</strong>rstandingthat they have about the autism. Basedon the collected data and the literature review, a careplan for the autistic children was elaborated.Keywords: Autistic disor<strong>de</strong>r. Child. Nursing.IntroduçãoO autismo é <strong>um</strong>a síndrome <strong>de</strong>finida por alteraçõespresentes em ida<strong>de</strong>s muito precoces,tipicamente antes dos três anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, e quese caracteriza sempre por <strong>de</strong>svios qualitativosna comunicação, na interação social e no uso daimaginação. É <strong>um</strong> distúrbio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoh<strong>um</strong>ano extremamente polêmico, que vem sendoestudado pela ciência há quase seis décadase, mesmo assim, ainda permanecem, <strong>de</strong>ntro dopróprio âmbito da ciência, divergências e gran<strong>de</strong>squestões <strong>para</strong> se respon<strong>de</strong>r 1 .O autismo é quatro vezes mais com<strong>um</strong> nosexo masculino e, embora não tenhamos dadosestatísticos oficiais brasileiros, em projeçõesdas pesquisas da década <strong>de</strong> 1970 realizadas porWing − que coloca 4 sujeitos com autismo <strong>para</strong>cada 10.000 nascimentos − a Associação Brasileira<strong>de</strong> Autismo calcula que existam em torno<strong>de</strong> 600.000 pessoas com autismo no Brasil 2 . Entreos americanos, as estatísticas apontam 1 caso<strong>para</strong> cada 150 nascimentos 3 .O diagnóstico <strong>de</strong>ve ser precoce, <strong>um</strong>a vez queos sinais <strong>de</strong> autismo estão presentes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muitocedo. Para tanto, torna-se importante <strong>um</strong>aavaliação das reações da criança tanto por partedos pais, quanto por parte da equipe médica e<strong>de</strong> Enfermagem.O autismo é <strong>um</strong> transtorno com <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>locomplexo, no sentindo <strong>de</strong> que qualquer tentativa<strong>de</strong> compreendê-lo requer <strong>um</strong>a análise que vai docomportamento à cognição, da neurobiologia àgenética, bem como a análise das estreitas interaçõesao longo do tempo 4 .


<strong>Proposta</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> <strong>plano</strong> <strong>de</strong> <strong>cuidados</strong> <strong>para</strong> crianças <strong>autistas</strong>Diante <strong>de</strong> <strong>um</strong>a síndrome tão complexa, énecessária <strong>um</strong>a pre<strong>para</strong>ção da equipe <strong>de</strong> Enfermagem<strong>para</strong> melhor aten<strong>de</strong>r essa criança esua família.Assim, o presente estudo teve como objetivopropor <strong>um</strong> <strong>plano</strong> <strong>de</strong> <strong>cuidados</strong> <strong>para</strong> a criança autistapor meio da i<strong>de</strong>ntificação da atuação dos enfermeirosquando se <strong>de</strong><strong>para</strong>m com <strong>um</strong>a criançadiagnosticada como autista, bem como a atuação<strong>de</strong>stes frente à família <strong>de</strong>ssa criança, levando-seem consi<strong>de</strong>ração ainda o conhecimento e o entendimentoque esses profissionais têm sobreo autismo, além da forma <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong>sseconhecimento.MétodoO estudo realizado é qualitativo, do tipo <strong>de</strong>scritivoexploratório e não teve <strong>um</strong> local específico,<strong>um</strong>a vez que enfermeiros(as) <strong>de</strong> várias instituiçõespartici<strong>para</strong>m da pesquisa, no período <strong>de</strong>novembro <strong>de</strong> 2006 a fevereiro <strong>de</strong> 2007.Os sujeitos <strong>de</strong> pesquisa foram cinco enfermeiros,tendo como critério <strong>de</strong> inclusão o fato <strong>de</strong> játerem trabalhado com crianças <strong>autistas</strong>. O número<strong>de</strong> participantes <strong>de</strong>u-se pela saturação dosdados e pela aceitação em participar do estudo.Além da saturação dos dados, o número <strong>de</strong> apenascinco profissionais é justificado pela escassez<strong>de</strong> enfermeiros que trabalham ou que já trabalharamcom crianças <strong>autistas</strong>.O método <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>u-se pormeio <strong>de</strong> entrevista semiestruturada individual,a qual foi registrada por <strong>um</strong> gravador portátile, posteriormente, transcrita na íntegra. Obtiveram-seas seguintes informações: como osenfermeiros veem seu papel diante da criançaautista e da família, a forma <strong>de</strong> obtenção do conhecimentonecessário <strong>para</strong> se trabalhar comesse tipo <strong>de</strong> criança e o entendimento que elestêm sobre o autismo.A análise <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>u-se pela avaliação <strong>de</strong>conteúdo proposta por Gomes 5 , seguindo-se asetapas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação e classificação dos dados eanálise final.A partir dos dados coletados e <strong>de</strong> <strong>um</strong>a revisãoexaustiva da literatura, elaborou-se <strong>um</strong> <strong>plano</strong> <strong>de</strong><strong>cuidados</strong> <strong>para</strong> a criança autista.Este estudo foi realizado respeitando-se asnormas da resolução 196, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong>1996 6 . Os entrevistados assinaram <strong>um</strong> termo <strong>de</strong>consentimento livre e esclarecido. Esta pesquisafoi analisada e aprovada, em 1º <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong>2006, pelo Comitê <strong>de</strong> Ética e Pesquisa da Universida<strong>de</strong>do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), RS,Brasil, sob o número 06/020.Resultados e discussãoBaseado no processo <strong>de</strong> Enfermagem, nosdados coletados por meio das entrevistas e nascaracterísticas apresentadas tipicamente pelacriança autista, <strong>de</strong>finiram-se alguns diagnósticosprincipais <strong>de</strong> Enfermagem, base <strong>para</strong> o <strong>plano</strong><strong>de</strong> <strong>cuidados</strong>.Conforme referenciado na literatura e igualmenteevi<strong>de</strong>nciado nas entrevistas o <strong>plano</strong> <strong>de</strong><strong>cuidados</strong> <strong>de</strong>ve ser flexível, individualizado e baseadono <strong>de</strong>senvolvimento e na faixa etária dacriança. Quando se faz <strong>um</strong> <strong>plano</strong> <strong>de</strong> <strong>cuidados</strong>,<strong>de</strong>vem-se estabelecer metas possíveis e concretasa serem alcançadas, e esse <strong>plano</strong> <strong>de</strong>ve serconstantemente modificado. Conforme <strong>um</strong>a dasentrevistas realizadas,O <strong>plano</strong> <strong>de</strong> <strong>cuidados</strong> <strong>de</strong>ve ser bem geral e flexível,<strong>de</strong>ve ser individualizado e bem específico,pois <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada criança (Entrevista 5).O <strong>plano</strong> <strong>de</strong> <strong>cuidados</strong> aqui proposto é fundamentado,ainda, no referencial teórico <strong>de</strong> Townsend7 , Stuart e Laraia 8 e Carpenito 9 :a) Diagnóstico <strong>de</strong> Enfermagem: risco <strong>de</strong> automutilaçãorelacionado a alterações neurológicas.A primeira coisa a se incluir em <strong>um</strong> <strong>plano</strong> <strong>de</strong><strong>cuidados</strong> <strong>para</strong> a criança autista é a preservaçãofísica... (Entrevista 5).- Objetivo da Intervenção: a criança não irá seferir. A segurança da criança é intervenção prioritáriada Enfermagem.- Prescrições <strong>de</strong> Enfermagem:1. tentar <strong>de</strong>terminar as causas que contribuem<strong>para</strong> o comportamento <strong>de</strong> automutilação;2. intervir por meio <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> diversãoquando se perceber que o nível <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>da criança a<strong>um</strong>enta;3. proteger a criança quando ocorrer comportamento<strong>de</strong> automutilação.b) Diagnóstico <strong>de</strong> Enfermagem: interação socialprejudicada relacionada às barreiras <strong>de</strong>comunicação.5


Pediatria (São Paulo) 2011;33(1):4-86Deve-se promover medidas <strong>de</strong> inclusão da criançaautista (Entrevista 5).- Objetivo da Intervenção: a criança iniciaráinterações sociais com o prestador <strong>de</strong> <strong>cuidados</strong>.- Prescrições <strong>de</strong> Enfermagem:1. <strong>de</strong>signar <strong>um</strong> número limitado <strong>de</strong> prestadores<strong>de</strong> cuidado à criança, assegurando quesejam dados calor h<strong>um</strong>ano, aceitação e disponibilida<strong>de</strong><strong>para</strong> o favorecimento <strong>de</strong> <strong>um</strong>arelação <strong>de</strong> confiança;2. dar à criança objetos familiares, <strong>para</strong> estimulá-laa interagir com os outros:...com a criança a gente tentou estabelecer algunscontatos. Claro, sempre mantendo o familiar oualg<strong>um</strong> objeto perto <strong>de</strong>le e a partir do momentoque a gente começou a criar <strong>um</strong> certo vínculo, agente começou a dispensar o familiar e <strong>de</strong>pois oobjeto, e a partir daí a gente tentou estabelecero contato visual... Foi <strong>um</strong> trabalho bem árduo,mas que <strong>de</strong>u certo... (Entrevista 1).3. dar reforço positivo ao contato olhos nosolhos, <strong>um</strong> alimento, por exemplo, que <strong>de</strong>veser gradualmente substituído por reforçosocial – contato físico, sorriso, abraço.4. “proporcionar o convívio com outras crianças”(Entrevista 2).c) Diagnóstico <strong>de</strong> Enfermagem: comunicaçãoverbal prejudicada relacionada à capacida<strong>de</strong>prejudicada <strong>de</strong> produzir a fala secundária à alteraçãoneurológica.Deve-se <strong>de</strong>senvolver comunicação verbal e nãoverbal (Entrevista 2).- Objetivo da Intervenção: a criança estabelecerá<strong>um</strong> meio <strong>de</strong> comunicar necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejosa outras pessoas.- Prescrições <strong>de</strong> Enfermagem:1. prever e satisfazer as necessida<strong>de</strong>s da criançaaté ela po<strong>de</strong>r estabelecer a comunicação;2. proporcionar métodos alternativos <strong>de</strong>comunicação;3. “estimular a expressão <strong>de</strong> sentimentos – <strong>de</strong>senho,brinca<strong>de</strong>ira, afetivida<strong>de</strong>, carinho, abraço”(Entrevista 2);4. procurar obter esclarecimento e validação,<strong>para</strong> assegurar que a mensagem visadaseja transmitida;5. dar reforço positivo quando o contatoolhos nos olhos for usado <strong>para</strong> transmitirmensagens não verbais.d) Diagnóstico <strong>de</strong> Enfermagem: distúrbio dai<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> pessoal relacionado a alteraçõesneurológicas.- Objetivo da Intervenção: a criança <strong>de</strong>signarápartes do próprio corpo como se<strong>para</strong>das e individuaisem relação às das outras pessoas.- Prescrições <strong>de</strong> Enfermagem:1. ajudar a criança a reconhecer a se<strong>para</strong>çãodurante ativida<strong>de</strong>s como vestir-se ealimentar-se, a<strong>um</strong>entando, <strong>de</strong>ssa forma, aconsciência <strong>de</strong> si mesma como se<strong>para</strong>dados outros;2. ajudar a criança a apren<strong>de</strong>r o nome daspartes do corpo:Com crianças pequenas percebi que é muito bomtrabalhar com animais... Atendi crianças que olhavam<strong>um</strong>a tartaruga e em <strong>um</strong> primeiro momento,viam apenas a casca dura. Depois, percebiam quea tartaruga tinha a cabeça mole. Colocavam atartaruga na água, ela subia e <strong>de</strong>scia, com isso,a criança visualizava as patinhas e montava todaestrutura corporal... (Entrevista 4).e) Diagnóstico <strong>de</strong> Enfermagem: risco <strong>para</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoretardado relacionado a alteraçõesneurológicas.- Objetivo da Intervenção: a criança, <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> suas limitações, <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>sempenhar tarefascompatíveis com sua ida<strong>de</strong>.- Prescrições <strong>de</strong> Enfermagem:1. proporcionar estimulação a<strong>de</strong>quada àida<strong>de</strong>;2. encorajar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> auto-cuidado,como tomar banho e alimentar-se;3. oportunizar a interação com outras crianças;4. “<strong>de</strong>senvolver autonomia – não realizar asativida<strong>de</strong>s pela criança, potencializar que amesma as realize, orientando como se faz”(Entrevista 2).f) Diagnóstico <strong>de</strong> Enfermagem: risco <strong>para</strong> estressepor mudança relacionado à capacida<strong>de</strong>comprometida <strong>de</strong> adaptar-se a mudanças secundáriasà alteração neurológica.- Objetivo da Intervenção: a criança <strong>de</strong>veráaceitar e adaptar-se a mudanças no ambienteou rotina.


Pediatria (São Paulo) 2011;33(1):4-88contrapartida, trata-se <strong>de</strong> <strong>um</strong>a forma <strong>de</strong> visualizar opapel da Enfermagem junto à criança autista.O trabalho em equipe, inter e transdisciplinar,é indiscutível, <strong>um</strong>a vez que há ainda muitas dúvidasem relação às causas do autismo e ao autismo<strong>de</strong> forma geral, sendo necessária, <strong>de</strong>ssa forma,<strong>um</strong>a discussão entre todos os profissionais dasaú<strong>de</strong> <strong>para</strong> se chegar a <strong>um</strong> consenso sobre atuação,visando a <strong>um</strong>a intervenção realmente efetivajunto à criança e sua família.Referências1. Mello AMSR. Autismo: guia prático. 4ª ed. São Paulo:AMA; Brasília: CORDE; 2005.2. Silva ARR. Autismo na criança e seu impacto sobre afamília. Pediatr Mod. 2000;36(7):474-9.3. Tiraboschi J. Gênios solitários: síndromes relacionadasao autismo lançam novas luzes sobre o funcionamentodo cérebro e o superpo<strong>de</strong>r da menteh<strong>um</strong>ana. Revista Galileu. 2007;190:76-83.4. Klin A, Mercadante MT. Autismo e transtornos invasivosdo <strong>de</strong>senvolvimento. Rev Bras Psiquiatr.2006;28(Supl 1):S1-2.5. Gomes R. A análise <strong>de</strong> dados em pesquisa qualitativa.In: Minayo MCS. Pesquisa social: teoria, métodoe criativida<strong>de</strong>. 19ª ed. Petrópolis: Vozes; 2001.p. 67-80.6. Brasil. Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Resoluçãonº 196, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1996. Dispõe sobre asdiretrizes e normas regulamentadoras <strong>de</strong> pesquisasenvolvendo seres h<strong>um</strong>anos. Bioética. 1996;4(2Supl):15-25.7. Townsend MC. Enfermagem psiquiátrica: conceitos<strong>de</strong> <strong>cuidados</strong>. 3ª ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Guanabara Koogan;2002.8. Stuart GW, Laraia MT. Enfermagem psiquiátrica:princípios e prática. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed;2001.9. Carpenito LJ. Manual <strong>de</strong> diagnósticos <strong>de</strong> enfermagem.9ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2003.Trabalho realizado na Universida<strong>de</strong> do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Garibaldi, RS, BrasilEn<strong>de</strong>reço <strong>para</strong> correspondência:Elenice Lorenzi CarnielRua Heitor Mazzini, 879Garibaldi, RS, Brasil − CEP: 95720-000E-mail: nice_carniel@yahoo.com.br.Submissão: 20/9/2009Aceito <strong>para</strong> publicação: 15/7/2010

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