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Nota Prévia – Metodologia para Avaliação de Cristalização em ...

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ROMÃO, R. B. M. et al.<strong>Nota</strong> Prévia – <strong>Metodologia</strong> <strong>para</strong> Avaliação<strong>de</strong> Cristalização <strong>em</strong> Balas Duras porImag<strong>em</strong> Digitalizada1. INTRODUÇÃOO Brasil é o terceiro maior produtor mundial <strong>de</strong>balas e confeitos, atrás apenas dos EUA e Al<strong>em</strong>anha, tendoexportado, <strong>em</strong> 2004, 153.000 toneladas <strong>para</strong> 144 países,gerando divisas <strong>de</strong> R$ 161 bilhões (FUJII & SALGUEIRO, 2005).A bala dura é um produto pre<strong>para</strong>do à base <strong>de</strong> açúcares eadicionado <strong>de</strong> substâncias que o caracterizam, como corantes,ácidos e aromatizantes. Deve apresentar aspecto brilhante,vítreo, translúcido e seco, s<strong>em</strong> cristalização, n<strong>em</strong> a<strong>de</strong>rênciaà <strong>em</strong>balag<strong>em</strong> (MINIFIE, 1989). No Brasil, a formulação maisutilizada é <strong>de</strong> 60% <strong>de</strong> sacarose e 40% xarope <strong>de</strong> glicose (FADINIet al., 2000). O xarope <strong>de</strong> glicose controla a cristalização da bala,inibindo ou retardando a migração dos cristais <strong>de</strong> sacarose, oque impe<strong>de</strong> a formação <strong>de</strong> cristais gran<strong>de</strong>s e o aparecimento dacamada opaca na superfície (ALMEIDA, 1996). Para balas duras,com 2 a 3% <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, a t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong> transição vítrea (T g ) érelativamente alta (40-50°C), indicando pequena probabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> cristalização à t<strong>em</strong>peratura ambiente (NOWAKOWSKI &HARTEL, 2002). Segundo LEES & JACKSON (1999), a umida<strong>de</strong>relativa <strong>de</strong> equilíbrio <strong>para</strong> balas duras é <strong>de</strong> 30%, o que as torna,portanto, bastante propensas à sorção <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>. Caso hajaaumento da umida<strong>de</strong>, ocorrerá redução da T g e a cristalizaçãoserá favorecida (HARTEL, 2001).TEIXEIRA NETO et al. (1993) <strong>de</strong>fin<strong>em</strong> vida-<strong>de</strong>-prateleiracomo o t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que o alimento po<strong>de</strong> ser preservado <strong>em</strong><strong>de</strong>terminadas condições (t<strong>em</strong>peratura, luz, umida<strong>de</strong> relativa)sofrendo pequenas, mas b<strong>em</strong> estabelecidas alterações,consi<strong>de</strong>radas aceitáveis pelo fabricante, consumidor e legislaçãovigente. Para balas duras, a maioria das indústrias preconizavida útil <strong>de</strong> 2 anos. Em estudos <strong>de</strong> vida-<strong>de</strong>-prateleira é essencialarmazenar as amostras à t<strong>em</strong>peratura e umida<strong>de</strong> controladas.Em testes acelerados, trabalha-se usualmente com variações<strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura e/ou umida<strong>de</strong> relativa acima do padrão normal(LABUZA, 1982).A cristalização é usualmente acompanhada pelosurgimento <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência superficial e avança da superfície<strong>para</strong> o centro da bala, causando perda <strong>de</strong> sabor (HARTEL,2001). Armazenamento e transporte <strong>em</strong> condições quentes eúmidas favorec<strong>em</strong> a cristalização, reduzindo a vida-<strong>de</strong>-prateleira.Apesar da importância <strong>de</strong>sse fenômeno, não foi encontrada naliteratura uma técnica simples <strong>para</strong> acompanhar a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>cristalização. FADINI et al. (2000) mencionaram que a cristalizaçãopo<strong>de</strong>ria ser avaliada medindo-se o halo <strong>de</strong> cristalização nasbordas <strong>de</strong> um produto cortado longitudinalmente.Visualmente, uma indicação <strong>de</strong> que a bala estariacristalizada seria a alteração <strong>de</strong> cor do produto. A cor éuma característica <strong>de</strong>terminante <strong>para</strong> aceitação ou rejeição<strong>de</strong> produtos pelos consumidores mas, muitas vezes, esseparâmetro não é <strong>de</strong>vidamente estudado, pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>equipamentos específicos e pelo preço elevado. Se a superfíciedo produto não é uniforme com relação à cor, como ocorre numprocesso <strong>de</strong> cristalização, medidas pontuais po<strong>de</strong>m exigir umgran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminações e/ou não ser representativas.No caso <strong>de</strong> bala dura, além <strong>de</strong>ssa dificulda<strong>de</strong>, a superfície doproduto não é lisa, dificultando o contato com os sensores<strong>de</strong> medida. Como alternativa aos instrumentos tradicionais,a combinação <strong>de</strong> um digitalizador <strong>de</strong> imagens, computadore software a<strong>de</strong>quado po<strong>de</strong>ria permitir uma análise <strong>de</strong> baixocusto e versátil (PAPADAKIS et al., 2000). SACHS et al. (2001)<strong>de</strong>senvolveram um aplicativo <strong>para</strong> ler, pixel a pixel, cores <strong>de</strong>área pré-selecionada <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> digitalizada e convertê-las avalores RGB médios.SACHS et al. (2002) utilizaram imagens digitalizadas<strong>em</strong> escâner e um software <strong>de</strong> reconhecimento <strong>de</strong> imagens<strong>para</strong> medir a cor <strong>de</strong> misturas <strong>de</strong> açúcar cristal e mascavo.Com<strong>para</strong>ndo os resultados com os obtidos pelo método oficial(ICUMSA), observou-se correlação <strong>de</strong> 99% (p

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