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10.07.2015 Views

sucesso. Por cada oportunidade que me fez crescer profissionalmente. Pelos conselhos,troca de experiências, boas risadas e divertidas reuniões e pausas para o lanche. Portomar minhas dores quando precisei de um leal escudeiro. Pelo apoio nos momentosdifíceis e pelas vezes em que me convenceu a não colocar fogo em tudo e sair correndoe gritando. Ao Nissim, um dia no passado meu “chefe”, hoje meu grande amigo. Pelossempre divertidos encontros e pelo melhor Réveillon da minha vida. Por ser meu amigoe estar sempre presente, nem que seja para me amolar. Pelo amor fraternal e seuexemplo de sucesso e competência. Você faz falta, viu? Ao Rafael Drummond, por suainfinita prestabilidade e por sua preocupação em fazer do mundo um lugar melhor. ÀFabi Couto, Leo e Luíza pelas oportunidades de crescimento, agradável convivência etroca de conhecimentos.Aos meus colegas de departamento por tornarem minha caminhada mais leve edivertida. Ao Ericson pelas piadas sempre espirituosas e trocas de conhecimentos. Portornar as saídas de campo mais divertidas e marcá-las positivamente na minha históriaacadêmica. Foi muito divertido trabalhar com você! À Marcela das cornutas, pelas boasrisadas e pelo compartilhamento dos traumas e sandices. Por também ouvir vozes ereconhecer seres detentores do conhecimento universal. À cada um que, mesmo poralguns instantes, tenham me acrescentado um pouco mais de alegria.A todos os professores do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Conservação eManejo da Vida Silvestre (PPG ECMVS) pela amizade e troca de conhecimentos.À Professora Cristiane Valéria de Oliveira, pela atenciosa colaboração e explicaçãosobre o funcionamento dos solos. Ao professor Marcel Giovanni Costa pelas discussõessobre a interação das plantas com o solo. Ao professor Marcos Sobral pela paciência egenerosa colaboração com a identificação das espécies. Ao Pedrinho e colegas doLaboratório de Sistemática Vegetal pela ajuda nas identificações. Ao Marco Aurélio eao Departamento de Ciências do Solo da UFLA pela fundamental análise dos solos. ÀKátia Torres pela sugestão inicial deste estudo, pelas discussões e trocas deconhecimentos e pelo exemplo de empenho profissional. Ao IBAMA do ParqueNacional da Serra do Cipó pelo apoio ao projeto.A CAPES pela bolsa de estudos. À US-FISH e à FAPEMIG pelo auxílio financeiro. AoDepartamento de Biologia Geral pela oportunidade de desenvolvimento desse projeto eobtenção do título de mestrado. Ao Fred e à Cris pela paciência, prestabilidade eeficiência na secretaria.Aos membros da banca examinadora composta pelos professores Dra. Claudia MariaJacobi, Dra. Kátia Torres Ribeiro e Dr. José Fernandes Bezerra Neto, por aceitarem oconvite e contribuírem com suas valiosas sugestões para este estudo.A todos aqueles que porventura eu tenha me esquecido, mas que deixaram suacontribuição para o desenvolvimento deste trabalho.IV

ResumoSegundo relatos de viajantes, durante o processo de ocupação da região onde hoje estálocalizado o Parque Nacional da Serra do Cipó, grandes extensões da paisagem forammanejadas para fins agropastoris, resultando em desmates, queimadas freqüentes eplantio de gramíneas exóticas. Após a implementação do Parque e de programas decombate a incêndios e retirada de gado, teve início a recuperação natural dessas áreas.No vale do Rio Cipó, próximo à convergência dos rios Bocainas e Mascates, uma mataciliar de largura variável é margeada por um campo de gramíneas, localizado em umaplanície de sedimentação arenosa, que permanece encharcada nos períodos chuvosos.Esse campo, por sua vez, é margeado por uma área de cerrado sensu-stricto, situado emcotas altimétricas um pouco mais elevadas. No campo existem espécies herbáceas,arbustivas e arbóreas que indicam um claro processo sucessional impulsionado peloencerramento das atividades agropastoris. O objetivo deste trabalho foi compreender osprocessos que estão determinando a colonização do campo e propor uma possíveltrajetória sucessional para a área. Para isso foram feitos levantamentos florísticos nocampo, na mata e no cerrado pelo método das parcelas, incluindo todos os indivíduoscom altura acima de 50 cm. As síndromes de dispersão foram determinadas com base naliteratura e consulta a especialistas. Em parte dessas parcelas, foram coletadas amostrasde solo para análise de umidade, textura e fertilidade. Adicionalmente, no campo foramfeitas medidas de microclima com um datalogger LICOR-1400. O modelo geométrico,ajustado aos “ranques” de abundância das espécies, reforça a idéia de um campo emfranco processo sucessional. Nesse campo, entre as herbáceas, dominammonocotiledôneas com afinidade por solos úmidos, onde também é menor a riqueza deoutras herbáceas, na sua maioria espécies do cerrado. Em contraste com as espécies demata que se concentram na borda do campo, as espécies do cerrado são encontradas emtoda a extensão do campo. As três síndromes de dispersão podem ser encontradas nocampo, enquanto na mata e no cerrado a zoocoria é predominante. Diferentes texturas efertilidades caracterizam e discriminam bem os solos do campo sucessional, da mata edo cerrado, mas todos apresentaram concentrações tóxicas de alumínio e pobrezanutricional extrema. No campo, dentre outras características, é notável o elevadopercentual de silte, que sugere lento intemperismo, provavelmente causado pelaumidade excessiva mais duradoura, que vem se mantendo ao longo do tempo. Issosugere que o campo pode não ter comportado vegetação densa e de maior porte, comelevada capacidade de evapotranspiração, a ponto de permitir processos oxidativos queresultariam no acúmulo de argila. Em função disso, uma possível trajetória sucessionalseria a manutenção de um campo inundável com grupos de indivíduos lenhososinseridos na matriz de monocotiledôneas típicas de áreas alagadas. Esse contexto poderepresentar uma forte “base de atração”, originada a partir das intervenções antrópicaslocais, na qual o campo tende a se manter.Palavras chave: Campo abandonado, Cerrado, Alagamentos, Sucessão ecológica.V

ResumoSegundo relatos <strong>de</strong> viajantes, durante o processo <strong>de</strong> ocupação da região on<strong>de</strong> hoje estálocalizado o Parque Nacional da Serra do Cipó, gran<strong>de</strong>s extensões da paisagem forammanejadas para fins agropastoris, resultando em <strong>de</strong>smates, queimadas freqüentes eplantio <strong>de</strong> gramíneas exóticas. Após a implementação do Parque e <strong>de</strong> programas <strong>de</strong>combate a incêndios e retirada <strong>de</strong> gado, teve início a recuperação natural <strong>de</strong>ssas áreas.No vale do Rio Cipó, próximo à convergência dos rios Bocainas e Mascates, uma mataciliar <strong>de</strong> largura variável é margeada por um campo <strong>de</strong> gramíneas, localizado em umaplanície <strong>de</strong> sedimentação arenosa, que permanece encharcada nos períodos chuvosos.Esse campo, por sua vez, é margeado por uma área <strong>de</strong> cerrado sensu-stricto, situado emcotas altimétricas um pouco mais elevadas. No campo existem espécies herbáceas,arbustivas e arbóreas que indicam um claro processo sucessional impulsionado peloencerramento das ativida<strong>de</strong>s agropastoris. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi compreen<strong>de</strong>r osprocessos que estão <strong>de</strong>terminando a colonização do campo e propor uma possíveltrajetória sucessional para a área. Para isso foram feitos levantamentos florísticos nocampo, na mata e no cerrado pelo método das parcelas, incluindo todos os indivíduoscom altura acima <strong>de</strong> 50 cm. As síndromes <strong>de</strong> dispersão foram <strong>de</strong>terminadas com base naliteratura e consulta a especialistas. Em parte <strong>de</strong>ssas parcelas, foram coletadas amostras<strong>de</strong> solo para análise <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, textura e fertilida<strong>de</strong>. Adicionalmente, no campo foramfeitas medidas <strong>de</strong> microclima com um datalogger LICOR-1400. O mo<strong>de</strong>lo geométrico,ajustado aos “ranques” <strong>de</strong> abundância das espécies, reforça a idéia <strong>de</strong> um campo emfranco processo sucessional. Nesse campo, entre as herbáceas, dominammonocotiledôneas com afinida<strong>de</strong> por solos úmidos, on<strong>de</strong> também é menor a riqueza <strong>de</strong>outras herbáceas, na sua maioria espécies do cerrado. Em contraste com as espécies <strong>de</strong>mata que se concentram na borda do campo, as espécies do cerrado são encontradas emtoda a extensão do campo. As três síndromes <strong>de</strong> dispersão po<strong>de</strong>m ser encontradas nocampo, enquanto na mata e no cerrado a zoocoria é predominante. Diferentes texturas efertilida<strong>de</strong>s caracterizam e discriminam bem os solos do campo sucessional, da mata edo cerrado, mas todos apresentaram concentrações tóxicas <strong>de</strong> alumínio e pobrezanutricional extrema. No campo, <strong>de</strong>ntre outras características, é notável o elevadopercentual <strong>de</strong> silte, que sugere lento intemperismo, provavelmente causado pelaumida<strong>de</strong> excessiva mais duradoura, que vem se mantendo ao longo do tempo. Issosugere que o campo po<strong>de</strong> não ter comportado vegetação <strong>de</strong>nsa e <strong>de</strong> maior porte, comelevada capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> evapotranspiração, a ponto <strong>de</strong> permitir processos oxidativos queresultariam no acúmulo <strong>de</strong> argila. Em função disso, uma possível trajetória sucessionalseria a manutenção <strong>de</strong> um campo inundável com grupos <strong>de</strong> indivíduos lenhososinseridos na matriz <strong>de</strong> monocotiledôneas típicas <strong>de</strong> áreas alagadas. Esse contexto po<strong>de</strong>representar uma forte “base <strong>de</strong> atração”, originada a partir das intervenções antrópicaslocais, na qual o campo ten<strong>de</strong> a se manter.Palavras chave: Campo abandonado, Cerrado, Alagamentos, Sucessão ecológica.V

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